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Racismo na educação: estratégia do Estado & uma possibilidade de superaçãoPereira, Maurício 15 May 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-05-15 / The present dissertation comes from my indignation about the permanency of
racism in Brazilian society, particularly in the educational segment. The main purpose
of this research is to denounce it, and hopefully contribute to its defeat.
This work is divided into two parts. The first one brings up a historical study of
the thinking developed by the Brazilian elite scholars during the last decades of the 19th
century, according to the development of the imperialist period of the Capitalist System,
which needed an ideology that could classify poor people and their culture as secondrate.
In order to justify this domination, they use physical aspects as the colour of the
skin and the type of the hair, by saying that those who resemble Europeans and
Americans capitalists are culturally superior, civilized, and more intelligent, so
naturally nominated to rule the world. Such an ideology is called racism.
In Brazil racism still is the executioner of part of the population that came from
the Diaspora imposed to Africa.
Lots of Africans have been dragged into Brazil as slaves. They made up the
wealth for the white people, for instance working as sugar-cane cutters, on coffee
plantations or excavating for gold and diamond in mines, usually in extremely inhuman
conditions. Even before the legal end of slavery, they had already been banished from
the world of work by the immigration policy.
From a cultural point of view, racism is a Eurocentric concept. To impose such a
concept the national elite massacred - even literally- the cultural agent with an African
background.
The school system has been had an outstanding role within the whitening of
our culture, for it is a powerful ideological tool. Such a politics began with Comte s
positivist racism as well as Spencer s liberal thinking. It got to its top level with the
Constitution of 1934. By this period Francis Galton elaborated the eugenism concept
(the name used to be given to scientific racism), along with lots of Brazilian
intellectuals and scholars.
During the period named Estado Novo and during the military dictatorship, the
official racism began to be called cordial racism. In fact it is even more perverse
because its first characteristic is to refute its own existence. That is why it makes
difficult to find ways to overcome it.
The second part f this dissertation is a search for the cure of this social cancer,
namely racism. In the year of 2003, the Black Movement had a legal victory: the Law
10.639. It changes the Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (the guiding
rules of Brazilian Education), including in the official curriculum of the schools the
obligatory teaching of History and Afro-Brazilian Culture , later enlarged in order to
attend to the indigenous communities.
In the year of 2009, it will have been already 6 years from the approval of the
aforementioned law. Despite that, it seems that it practically has not changed yet the
curriculum inside the classrooms. The Municipal School Comandante Garcia D Ávila,
located at Morro da Casa Verde, in the city of São Paulo, is a school where the issue of
the overcoming of racism can be seen. The newspaper Folha de S. Paulo, among others,
published an article talking about the pedagogical activities performed at this school, as
well as at the samba schools Unidos do Peruche and Morro da Casa Verde.
Following the suggestion of philosopher Mario Sergio Cortella, we performed a
case study at the referred school , by means of interviews with the students, teachers and
the crew of the samba schools, the latter being the owners of the afro descendent
cultural properties. According to Paulo Freire, there is knowledge that must be present
when one teaches. Throughout these principles, which ordinate the philosophical base
and pedagogical antiracist curriculum, we tried to identify how much the community of
the school EMEF Comandante Garcia D Ávila has already acquired against the
hegemony of the racist thinking, which still prevails in our Education, but not forever,
i.e., The world isn t. The world is still being (Freire, Paulo. 2008, p. 76) / A presente dissertação surge da minha indignação ao racismo premente na
sociedade brasileira e particularmente na educação - denunciá-lo na expectativa de
contribuir para superá-lo é a tarefa que me dispus realizar.
Este trabalho está dividido em duas partes: a primeira traz um estudo histórico
sobre o pensamento desenvolvido pela elite brasileira a partir das últimas décadas do
século XIX em consonância com o desenvolvimento da fase imperialista do sistema
capitalista, o qual necessitava de ideologia inferiorizadora dos povos, culturas,
ocupantes do espaço geográficos ambicionados pela fome de exploração das riquezas
naturais e humanas. Tal justificativa de dominação usará dos aspectos físicos, como a
cor da pele a conformação do cabelo, alegando que os de aparência igual as dos
capitalistas europeus e estadunidenses são superiores culturalmente, são civilizados,
mais inteligentes, portanto naturalmente os indicados para comandar o mundo. A esta
ideologia é dada o nome de racismo.
No Brasil o racismo foi, e ainda é, algoz da parcela da população advinda da
diáspora imposta à África. Descendentes dos homens e mulheres que foram arrastados
para cá, postos em condição de escravos, fizeram a fortuna dos ricos deste país,
principalmente nos engenhos de açúcar, nas minas de ouro e diamantes e nos cafezais,
foram, mesmo antes do fim legal da escravidão, postos para escanteio do mundo do
trabalho pela política do imigrantismo.
Do ponto de vista cultural o racismo é eurocêntrico, e para impor esta cultura a
elite nacional massacrou, muitas vezes literalmente, os agentes culturais de matrizes
africanas. No branqueamento de nossa cultura o sistema escolar teve uma posição
destacada, pois a escola é um aparelho ideológico por excelência. Instituída pela
República, iniciando com o racismo positivista comteano e liberal de Spencer, chegando
ao ápice na Constituição Federal de 1934, com o eugenismo, nome dado ao racismo
científico elaborado por Francis Galton, ideia que angariou apoio de uma gigantesca
malta de intelectuais brasileiros, entre eles inúmeros educadores. Durante o Estado
Novo e a Ditadura Militar o racismo oficial é o chamado de cordial, perverso porque sua
característica primeira é a refutação da existência do próprio racismo, prejudicando
assim os mecanismos para suplantá-lo.
A segunda parte desta dissertação é busca da cura deste câncer social que é o
racismo. Em 2003 o Movimento Negro obteve uma vitória legal, foi sancionada a Lei
10.639 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e inclui no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-
Brasileira , posteriormente ampliada para resguardar, também, a contribuição das
comunidades indígenas.
Em 2009, decorridos já seis anos da aprovação da lei, na prática pouco se alterou
no currículo vivido nas salas de aulas. A Escola Municipal de Ensino Fundamental
Comandante Garcia D Ávila, localizada no Morro da Casa Verde no município de São
Paulo é no mínimo uma escola onde temática de superação do racismo está presente. O
jornal a Folha de S. Paulo, entre outros jornais, publicou matéria divulgando atividades
pedagógicas realizadas em pareceria entre o Garcia D Ávila as Escolas de Sambas:
Unidos do Peruche e Morro da Casa Verde.
Por sugestão do Filósofo Mario Sergio Cortella, realizei um estudo de caso nesta
escola, por meio de entrevistas ao alunado, ao corpo docente e ao pessoal das escolas de
samba depositárias dos bens culturais afro-descendente. Sob a luz dos saberes que
devem estar presentes no ato de ensinar listados por Paulo Freire e sob os princípios que
devem nortear as bases filosóficas e pedagógicas de um currículo anti-racista procurei
identificar o quanto a comunidade da EMEF Comandante Garcia D Ávila já caminhou e
quais exemplos ela pode dar na luta contra a hegemonia do pensamento racista que
perdura na nossa educação.
Mas, mudará, pois "O mundo não é, o mundo está sendo" (Freire, Paulo. 2008,
p. 76)
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Escola, criança favelada e processos de socialização: estudo sobre padrões de socialização no ambiente familiar e na escolaAraujo, Maria Dolores Pinto 21 September 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-09-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this study, which was accomplished in 2008, was to analyze
the social conducts of students that live in slums as well the actions and reactions of
school toward these conducts, and considering an attempt to identify similarities and
differences among students whose families, even living in the slums, belong to distinct
social positions. Even though the economic and social conditions of these children
were quite similar, the hypothesis that guided this research was that the social
conducts displayed by the slum kids express a not so evident, but current, hierarchy of
social positions that make them different of each other and that the social patterns
considered by their teachers reinforce this hierarchy. To analyze the conduct patterns
which slum children put in action in their home environment and their school, it was
used the theoretical contribution of Pierre Bourdieu (1988), specifically the one that
refers to the concepts of cultural capital and habitus. The main procedure was the
systematical observation of the natural behavior (Selltiz; Wrightsman; Cook, 1987) of
children s conduct patterns in different moments in their home lives, neighborhood and
school. This was based in seven indicators: 1) moral conduct patterns; 2) material
conditions; 3) food patterns; 4) hygienic patterns; 5) clothing patterns; 6) use and
control of social spaces; 7) transgression to the rules and its consequences. Were
selected three female students and three male students from a public school, which is
located in the south area of the city of São Paulo, Brazil, whose the majority of
students lives in the slums that belong to this region. The main finding was related to a
king of homology among the school social conditions and practices toward children
whose families have higher social position , although one of them was able to break
this vicious circle and, even being the poorest, also present a good scholar progress
and a relative school acceptation / O objetivo desta investigação, realizada em 2008, foi o de analisar as condutas
sociais de alunos residentes em favelas, bem como as ações e reações da escola
diante dessas condutas, buscando identificar possíveis semelhanças e diferenças
entre alunos cujas famílias, apesar de residirem em favela, ocupam posição social
distintas. A hipótese norteadora da investigação foi a de que, embora as condições
sociais e econômicas desses alunos sejam bastante semelhantes, as condutas sociais
apresentadas pelas crianças faveladas expressam uma hierarquia, pouco evidente,
mas presente, de posições sociais que as diferenciam e de que os padrões sociais
aceitos pelos professores reforçam essa hierarquia. Utilizaram-se como aporte teórico
as contribuições de Pierre Bourdieu (1988), especialmente no que se refere aos
conceitos de capital cultural e habitus, para análise dos padrões de condutas
colocados em ação por crianças moradoras de favela em ambiente familiar e na
escola. O procedimento básico foi a observação sistemática do comportamento
natural (Selltiz, Wrightsman e Cook, 1987) dos padrões de condutas dos alunos em
diferentes momentos de sua vida no lar, na vizinhança e na escola, com base em sete
indicadores: 1) padrões de conduta moral; 2) condições materiais; 3) padrões de
alimentação; 4) padrões de higiene; 5) padrões de vestimentas; 6) uso e controle dos
espaços sociais; e 7) transgressão às normas e suas consequências. Foram
selecionadas três alunas e três alunos, de uma escola estadual, localizada na Região
Sul da cidade de São Paulo, cuja maioria do alunado é residente de favelas da região.
O principal achado foi a constatação de uma espécie de homologia entre as condições
e práticas sociais da escola com as crianças cujas famílias possuem posição social
mais elevada , embora uma delas tenha conseguido romper este círculo vicioso e,
apesar de ser uma das mais pobres entre os sujeitos pesquisados, conseguir obter
bom rendimento e relativa aceitação na escola
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Igualdade e discriminação e o direito fundamental à educação: o acesso ao ensino superior e o sistema de cotasQuilis, Rita de Cássia Zangerolamo 19 June 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-06-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This present work was done to ascertain concepts, chains and doctrines
concerning the Principle of Equality and Discrimination; having the fundamental right
to educations main capacity turned to Superior Education and the System of Quotas.
Analyzing the Principle of Equality and Discrimination in all Brazilian Constitution,
from the Empire until the actual valid Federative; accepting the starting point of
doctrines and the home land legislations, always, the equality in the presence of the
law. Inside the Fundamental Right of Education, an historical analyzes of past
Constitutions. We present the pros and cons of the program that inserts the system
of quotas on the, public and private universities, further analyzing the temporary
measures, the actual laws and the jurisprudences. We defend the acceptance on an
university thru a meritocratic system, thru the governmental politics of elementary
and middle schools of public education, that would prepare an individual since
childhood, so one have the intellectual condition to dispute a place in a public or
private university, in equality and condition of the candidate that had attended a
private elementary and middle schools. At last, we have to improve our public
elementary and middle schools, so that the students will get to a superior education,
thru their own merits, without depending on palliatives or discriminatory measures / O presente trabalho visa averiguar conceitos, correntes e doutrinas
acerca do princípio da igualdade e a discriminação; tendo o direito fundamental à
educação como aporte principal voltado para o ensino superior e ao sistema de
cotas. Analisamos o princípio da igualdade e a discriminação em todas as
Constituições brasileiras, do Império até a Federativa vigente; partindo do ponto
aceito pela doutrina e legislação pátria, desde sempre, que é o da igualdade perante
a lei. Adentramos ao Direito Fundamental à Educação fazendo uma análise histórica
das Constituições passadas. Apresentamos os prós e os contras do programa que
insere o sistema de cotas nas universidades públicas e privadas, além de
analisarmos as medidas provisórias, as leis vigentes e as jurisprudências.
Defendemos o ingresso na universidade por um sistema meritocrático, através de
políticas governamentais de ensino público fundamental e médio, que prepare o
indivíduo desde a sua infância, para que este tenha condições intelectuais de
disputar uma vaga em universidade pública ou privada em igualdade de condições
com o candidato que tenha cursado o ensino fundamental e médio em escola
particular. Enfim, precisamos melhorar o ensino público fundamental e médio para
que o aluno ingresse no superior, por seus próprios méritos, sem depender de
medidas paliativas entendidas por nós, como discriminatórias
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