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Sentidos e práticas de saúde dos enfermeiros frente ao HIV/AIDS no Programa de Saúde da Família / Nurses' health practices and senses facing the HIV/AIDS in the Family Health ProgramAriádina Heringer 18 December 2007 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo é fruto de uma pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FENF/UERJ). Teve como objetivo geral analisar as práticas de saúde dos enfermeiros frente à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) no Programa de Saúde da Família (PSF) no município do Rio de Janeiro. A associação da temática AIDS ao PSF se deu pelo reconhecimento da necessidade de construção de trabalhos que fortaleçam essa temática na Atenção Básica em Saúde. Entende-se ainda, a potencialidade da Estratégia da Saúde da Família como lócus de discussão e de atividades voltadas para o campo de educação em saúde e prevenção devido as suas particularidades, como a proximidade da comunidade, dos saberes e culturas populares, ou seja, o modo de vida de determinados grupos populacionais. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que privilegiou a utilização de abordagens socioantropológicas. A pesquisa foi desenvolvida no período de 2006 a 2007, sendo o trabalho de campo desenvolvido através de observações e entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos consistiram em 18 enfermeiros que trabalham no PSF. Os dados das observações foram submetidos à análise de Síntese de Conversa, e as entrevistas a análise de Práticas Discursivas. Através das análises dos dados foi possível identificar quatro categorias denominadas em: Cotidiano das Práticas de Saúde dos Enfermeiros em Unidades de Saúde da Família; Mapeando as práticas e definindo seus significados; Desenvolvimento e Implementação das Práticas de Saúde voltadas ao HIV/AIDS no Programa de Saúde da Família; e Aspectos que interferem no desenvolvimento de Práticas de Saúde voltadas para prevenção e cuidado aos portadores de HIV/AIDS. No decorrer da análise das observações e das entrevistas foi possível verificar a variedade de práticas de saúde desenvolvidas por enfermeiros voltadas para o HIV/AIDS no PSF, e, a influência do cotidiano das unidades de saúde no desenvolvimento de práticas voltadas para a saúde e cuidado dos portadores de HIV/AIDS e para a prevenção da doença. Entretanto, nota-se uma dificuldade por parte dos enfermeiros em nomear as suas ações e com isso atribuir sentidos as suas práticas de saúde. Em relação ao seu desenvolvimento, notou-se que a maioria das práticas acontece de forma integrada a outros tipos de ações na unidade de saúde, tendo como principal público alvo, as mulheres em idade fértil, e o principal tipo de práticas, as de prevenção de HIV/AIDS. Além disso, foi presente a interferência de determinadas questões, como a violência associada ao narcotráfico, no desenvolvimento dessas ações na unidade de saúde. De um modo geral, pode-se perceber o PSF como um local promissor de práticas de saúde frente ao HIV/AIDS bastante eficazes. Entretanto, a forma como ele é desenvolvido em alguns locais do Rio de Janeiro, pautado em um modelo centrado na doença, impossibilita a transformação das práticas voltadas às necessidades de saúde dos usuários. / This study came from a master searching in the Post-Graduate Program at Nursing College of Rio de Janeiro State University (FENF/UERJ). It had as general objective to analyze nurses health practices in view of the Acquired Immunodeficiency Syndrome (HIV/AIDS), in the Family Health Program (PSF) in Rio de Janeiro city. This association between AIDS and PSF was done because it has been needed to make some studies which can become stronger this theme in Basic Health Attention Units. Thus, there is an ability of the Family Health Strategy as a focal point to discussion and activities to prevention and education in health, due to its peculiarities, like to be closer with communities , knowledge, popular cultures and the life way of some people groups. This is a qualitative study which privileged a using of social anthropological approach. It was developed from 2006 to 2007, and done through observations and half-structured interviews. The participants of the study were 18 nurses which work in PSF. The data from observations and interviews were analyzed through Conversation Synthesis and Discursive Practices respectively. Through this analysis it was possible to identify four categories, named as : Nurses Daily Health Practices in Family Health Units ; Defining the Practices and its Significance ; Developing and Implementing Health Practices to HIV/AIDS in Family Health Program; and Interfering Subjects in the Development of Health Practices done in Prevention and Care with HIV/AIDS bearers . During the observations and interviews analysis was possible to check the variety of health practices developed by nurses to HIV/AIDS care in PSF, and how daily influences in health practices development done to health and care of HIV/AIDS bearers, and to prevent the disease. Meanwhile, it was seen that nurses have difficulties to name their actions and assign senses o the health practices. In relation to the development, the majority of the practices happens integrated to other kinds of actions in health unit, and it has as target women in fragile age, and the main practice is HIV/AIDS prevention. Moreover, there are an interference of some questions, as violence and drug trafficking in the development of these actions in the health units. Generally speaking, it could realize PSF as a very effective program to health practices with HIV/AIDS. Meanwhile, the way how it is developed in certain areas in Rio de Janeiro, based in a model focused in disease, becomes impossible new practices which goes with users health needing.
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Risco biológico entre agentes comunitários de saúde / Biological risk among community health agentsRezende, Fabiana Ribeiro de 20 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-20 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / NTRODUCTION: Community Health Agents (CHA) are health care workers (HCW) who work in primary care through home visits. Legally their specific duties are not recognized as activities that carry risk of exposure to blood and body fluids (BBF). OBJECTIVE: To verify the involvement of CHA in training on biological risk (BR) and biosafety; identify occupational exposure of CHA to BBF; detail the avenues, circumstances, and BBF involved in the exposure; describe post-exposure conduct; verify immunization against hepatitis B virus (HBV); and identify risk factors associated with exposure BBF in this group. METHODS: Cross-sectional, descriptive and analytical study conducted in the Family Health Centers of a Health District of the City of Goiania, Goias following approval by the Research Ethics Committee of Hospital das Clinicas, Federal University of Goias (No. 1.012.706/2015). CHA participated who were performing their duties between September 8 and November 13, 2015, when data collection was performed. Data collection was via self-administered questionnaire during the work period. Vaccine cards were required for verification of immunization against HBV and provided to the researcher in person or by sending images using instant messaging. Suffering occupational exposure to BBF was the outcome variable, and the predictors were gender, age, education, professional practice time, completion of a training course on BR and biosafety, and immunization against HBV. Data were analyzed with SPSS software (version 20.0). Pearson's chi-square test was used and p values < 0.05 were considered significant. RESULTS: Participants were 80 CHA, mostly females aged 36-50 years having completed secondary or higher education. Seventy-two reported training, and 52.8% reported that the content included some topics related to BR and biosafety. Twenty-three (28.8%) CHA experienced exposures, 10 (43.5%) of them having multiple exposures, totaling 58 incidents. Exposures were cutaneous, percutaneous, through mucous membranes and human bites involving saliva, urine, blood, feces, vomit and sputum. Most incidents involved saliva on unbroken skin, or mucous. Most of the CHA were exposed during activities legal for their profession, but there was a high number of professionals who performed tasks inappropriate for their job. After exposure, 63.8% washed the area, while 29.3% used soap and water. Sixty-six (82.5%) CHA were vaccinated against HBV and 30.0% mentioned anti-HBs testing to confirm immunity. There was no statistically significant association among the variables. CONCLUSION: The CHA participating in this study are occupationally exposed to saliva, blood and other human secretions with peculiar characteristics, but were mostly unprepared to perform the appropriate biosecurity measures. This requires a review of the characterization of this job class as free of BR, and appropriate risk management. / INTRODUÇÃO: Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são trabalhadores da área da saúde (TAS) que atuam na Atenção Primária por meio de ações pautadas em visitas domiciliárias. Legalmente, possuem atribuições específicas, as quais não são reconhecidas como atividades de risco para exposição a material biológico (MB). OBJETIVOS: Verificar a participação de ACS em capacitações sobre RB e biossegurança; identificar exposições ocupacionais a MB humano entre ACS; caracterizar os modos e circunstâncias de exposição e o MB envolvido; descrever as condutas adotas após a exposição; verificar a imunização contra o vírus da hepatite B (HBV) e identificar fatores associados à exposição a MB nesse grupo. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo e analítico, realizado em Centros de Saúde da Família, de um Distrito Sanitário do Município de Goiânia-GO, após aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (nº 1.012.706/2015). Participaram ACS que estavam no exercício de suas funções no período de 08 de setembro a 13 de novembro de 2015, quando foi realizada coleta de dados. A obtenção dos dados foi por meio de questionário autoaplicável durante o período de trabalho. Os cartões de vacina foram solicitados para verificação da imunização contra HBV e fornecidos ao pesquisador pessoalmente ou pelo envio de imagens com aplicativo de mensagem instantânea. Sofrer exposição ocupacional a MB humano foi a variável de desfecho e as de predição foram: sexo, idade, escolaridade, tempo de atuação profissional, realização de curso de capacitação sobre RB e biossegurança e imunização contra HBV. Os dados foram analisados com o software SPSS (versão 20.0). O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado, e os valores de p < 0,05 foram considerados significantes. RESULTADOS: Participaram 80 ACS, a maioria do sexo feminino com idade de 36 a 50 anos e ensino médio ou superior completo. Setenta e dois referiram capacitação, e 52,8% reconheceram a presença de algum conteúdo relacionado a RB e biossegurança. Vinte e três (28,8%) ACS sofreram exposições, sendo 10 (43,5%) deles reincidentes, totalizando 58 exposições. Houve exposições cutâneas, percutâneas, mucosas e mordedura humana envolvendo saliva, urina, sangue, fezes, vômito e escarro. Prevaleceram exposições envolvendo saliva em pele íntegra ou mucosa. A maior parte dos ACS se expôs durante atividades previstas em lei para a profissão, mas houve elevado índice de profissionais que realizava tarefas incompatíveis com suas funções. Após a exposição, 63,8% lavaram o local, sendo que 29,3% utilizaram água e sabão. Sessenta e seis (82,5%) ACS estavam vacinados contra HBV e 30,0% mencionaram realização de anti-HBs para verificação da imunidade. Não houve associação estatisticamente significante entre as variáveis. CONCLUSÃO: ACS participantes deste estudo se expuseram ocupacionalmente a saliva, sangue e outras secreções humanas com características peculiares, mas, predominantemente, não foram preparados para adotar as medidas de biossegurança cabíveis. Condições que requerem uma revisão da sua caracterização como isento de RB e medidas que o qualifiquem para o enfrentamento.
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Acessibilidade às pessoas com deficiência física nas unidades de saúde da atenção primária no estado de Goiás / Accessibility for disabled people in physics of primary health units in the state of GoiásMamed, Samira Nascimento 31 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Introduction: Accessibility for disabled people at primary healthcare units has a fundamental role in the use of health services, as well as the organization of health services targeted at this population, since there is an impressive number of disabled people in the state of Goiás and in Brazil in general. Objective: To analyze accessibility of disabled people to primary healthcare services in the state of Goiás. Method: A descriptive cross-sectional study was conducted with secondary data from an external evaluation of the National Program for Improvement of Access and Primary Healthcare Quality (PMAQ-AB, as per its acronym in Portuguese). The study was developed in all 246 cities of Goiás. The sample was made up of 1,216 healthcare units and 677 healthcare professionals in the cycle 1 of PMAQ-AB; and 975 healthcare units and 1,180 healthcare professionals in the cycle 2 of PMAQ-AB. Data were collected between June and August 2012 in the cycle 1 and from January to March 2014 in the cycle 2. The variables were analyzed descriptively and presented by means of absolute numbers, frequencies and means. Results: Only 30% to 40% of the studied healthcare units had sidewalks, floors and ramps accessible to disabled people. Between 20% and 35% of the healthcare units had adapted doors and hallways, except for units in cities with up to 50,000 inhabitants in cycle 2, which accounted for almost 50% of the units with these elements. Regarding adapted restrooms, less than 20% of the healthcare units in cycle 1 had them, whereas between 20% and 55% of the units in cycle 2 presented this feature. As for the organization of healthcare services toward disabled people, almost 95% of the teams defined the coverage area, however only half of them had records on the number of cases of disabled people. Conclusion: Primary healthcare units and services in the state of Goiás are not structured in terms of accessibility to disabled people, which makes the delivery of care to this population poor. In this sense, there is a clear need for investments on the part of health managers and professionals for continuing education and financial resources to adapt these units and qualify healthcare teams to provide universal, comprehensive and humanized health care to disabled people. / Introdução: A acessibilidade às pessoas com deficiência física nas unidades de saúde da Atenção Primária tem papel fundamental no usufruto dos serviços de saúde, bem como a organização dos serviços de saúde voltados para essa população, pois há um número expressivo de pessoas com deficiência na população do Brasil e do estado de Goiás. Objetivo:
Analisar a acessibilidade às pessoas com deficiência física aos serviços de saúde da Atenção Primária no estado de Goiás. Metodologia: Estudo descritivo de corte transversal, utilizando dados secundários da avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Estudo realizado nos 246 municípios do estado de Goiás. Amostra constituída por 1216 unidades de saúde e 677 profissionais de saúde no Ciclo 1 do PMAQ-AB; e 975 unidades de saúde e 1180 profissionais de saúde no Ciclo 2 do PMAQ-AB. A coleta de dados foi realizada de junho a agosto de 2012 no Ciclo 1, e de janeiro a março de 2014 no Ciclo 2. As variáveis foram analisadas de forma descritiva e apresentadas por meio de frequências, médias e números absolutos. Resultados: Identificou-se que apenas 30% a 40% das unidades de saúde possuem calçadas, pisos e rampas acessíveis às pessoas com deficiência física. Entre 20% e 35% das unidades de saúde possuem portas e corredores adaptados, à exceção das unidades dos municípios com até 50.000 habitantes no Ciclo 2 que atingiram quase 50% das unidades com esses elementos. Em relação aos banheiros adaptados, menos de 20% das unidades de saúde os possuíam no Ciclo 1, enquanto que no Ciclo 2 entre 20% e 55% das unidades apresentaram essa característica. Quanto à organização dos serviços de saúde para as pessoas com deficiência, encontrou-se que quase 95% das equipes realizavam definição da área de abrangência, no entanto apenas a metade delas possuíam registros do número de casos de pessoas com deficiência. Conclusão: As unidades e os serviços de saúde da Atenção Primária no estado de Goiás não estão estruturados quanto à acessibilidade para as pessoas com deficiência física, fragilizando, assim, a assistência à essa população. Nesse sentido, faz-se necessário investimentos por parte dos gestores e profissionais de saúde para educação permanente e recursos financeiros para instrumentalizar essas unidades e equipes de saúde para prestarem um cuidado de forma universal, integral e humanizada às pessoas com deficiência.
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Reanimador manual: quando trocar no mesmo pacienteGomes, Giselle Pinheiro Lima Aires 31 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / INTRODUCTION: The manual resuscitator is a widely used respiratory assist device
that has been reported to be a reservoir and a source of contamination from various
microorganisms. At present, there is no criteria to replacement of manual resuscitator
when it is in successive use in the same patient. AIM: To evaluate the safest amount
of time the manual resuscitator can be successively used in the same patient.
METHODS: An open, prospective cohort study was conducted from October to
November, 2014 using 30 patient connector valves from manual resuscitator devices
obtained from Intensive Care Units of a general hospital located in a region north of
Brazil. The samples were collected through swab friction on the manual resuscitator
that was used by the same patient, at zero (ready use), 24 and 48 hours. Bacterial
identification and antibiotic susceptibility were performed automatically (Vitek 2
Compact®). RESULTS: Of the 30 resuscitators evaluated, 20 (66.6%) were found to
be contaminated. There was a significant difference between the microbial load on
the manual resuscitators in use at zero and 24 hours (p = 0.03). Associated risk
factors for the contamination of manual resuscitators identified were frequency and
time of use. The presence of visible soil was not detected on 19 manual resuscitators
in use, however, 95.0% were contaminated. The number of microorganisms isolated
at zero, 24 and 48 hours were five, 11 and 24, respectively. Thirteen devices were
contaminated with two or more bacterial species. Of the Gram-positive cocci, 38.9%
(n = 18) were methicillin-resistant Staphylococcus aureus and 11.1% were
methicillin-resistant coagulase-negative Staphylococcus, all were constitutive MLSB
resistant. Of the Gram-negative rods (n = 36), Acinetobacter baumannii (36.1%),
Pseudomonas aeruginosa (19.4%), Serratia marcescens (22.2%) and Proteus spp.
(8.3%) dominated. Over 50% of these were resistant to carbapenems, second, third
and fourth cephalosporins generations, and ampicillin/sulbactam. CONCLUSION:
Manual resuscitators in successive use in the same patient were contaminated even
in the absence of visible dirt. Multi- and extensively-resistant bacteria of clinical
importance were also detected. Frequency and time of use were identified as risk
factors in the contamination of manual resuscitators. The longer the time of use, the
greater the number of contaminated resuscitators and bacterial species isolated.
These results point to failures in reprocessing, and therefore highlights the
importance of having thorough discussions among regulators about the
recommendations for the reprocessing of semi-critical medical devices, especially,
those for ventilatory assistance. Furthermore, the results highlight the need to
replace manual resuscitators every 24 hours after use as a strategy for infection
control and to minimize the risk of re-colonization or -infection of the respiratory tract. / INTRODUÇÃO: O reanimador manual é um dispositivo de assistência respiratória
amplamente utilizado que tem sido reportado como reservatório e fonte de
contaminação por diversos micro-organismos, e ainda não apresenta critérios
definidos para a troca quando em uso sucessivo no mesmo paciente. OBJETIVO:
Avaliar o tempo de uso seguro do reanimador manual em uso sucessivo no mesmo
paciente. MÉTODO: Trata-se de uma coorte aberta prospectiva, realizada de
outubro a novembro de 2014 em 30 válvulas do reanimador manual (conector do
paciente) em Unidades de Tratamento Intensivo de um hospital geral da região
Norte do Brasil. As amostras foram coletadas por meio de fricção de swab em
reanimador manual em uso no mesmo paciente nos tempos zero (pronto uso), 24 e
48 horas. A identificação bacteriana e o antibiograma foram automatizados (Vitek 2
Compact®). RESULTADOS: Dos 30 reanimadores avaliados, 20 (66,6%) estavam
contaminados. A carga microbiana entre os tempos zero e 24h de uso dos
reanimadores manuais apresentou diferença estatística significativa (p=0,03). A
frequência e o tempo de uso foram identificados como fatores de risco associados
para a contaminação de reanimadores manuais em uso. Dos 19 reanimadores
manuais avaliados como visivelmente limpos, 95,0% apresentaram contaminados.
Foram isolados cinco, 11 e 24 tipos de micro-organismos nos tempos zero, 24 e 48
horas respectivamente. Treze dispositivos estavam contaminados por duas ou mais
espécies bacterianas. Dentre os cocos gram-positivos (n=18), 38,9% eram
Staphylococcus aureus resistentes à meticilina e 11,1% Staphylococcus coagulase
negativos resistentes à meticilina, todos com resistência constitutiva ao grupo MLSB.
Dentre os bastonetes gram-negativos (n=36), predominaram Acinetobacter
baumannii (36,1%), Pseudomonas aeruginosa (19,4%), Serratia marcescens
(22,2%) e Proteus spp. (8,3%). Mais de 50% destes apresentaram resistência aos
carbapenens, cefalosporinas de segunda, terceira e quarta gerações, e
ampicilina/sulbactam. CONCLUSÃO: Os reanimadores manuais em uso sucessivo
no mesmo paciente estavam contaminados, mesmo na ausência de sujidade visível,
sendo o tempo e a frequência de uso do dispositivo fatores de risco identificados.
Bactérias multirresistentes e extensivamente resistentes de importância clínica foram
detectadas. Quanto maior o tempo de uso, maior o número de reanimadores
contaminados e de espécies bacterianas isoladas. Os resultados apontam para
falhas no processamento, e indicam necessidade de discussão entre os órgãos
regulamentadores sobre a recomendação para o processamento de produtos para a
saúde semicríticos, em especial, os de assistência ventilatória e demonstram ainda a
necessidade de troca do reanimador manual a cada 24 horas de uso, como
estratégia primária para minimizar o risco de (re)colonização que poderá resultar em
infecção do trato respiratório.
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