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Os direitos fundamentais sociais, "reserva do poss?vel" e proporcionaliade : desafios ? concretiza??o da constitu???o do estado democr?tico e social brasileiroAlves, S?rgio Osborne Moreira 22 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-22 / Esta pesquisa investiga os direitos fundamentais sociais a partir de uma breve an?lise da sua perspectiva hist?rica e passa a desenvolver suas caracter?sticas frente aos limites e restri??es que buscam harmonizar a concretiza??o daqueles direitos. Iniciaremos pelo estudo da evolu??o hist?rica dos direitos fundamentais sociais, verificando que o fen?meno da transi??o do Estado Liberal para o Estado Democr?tico de Direito serviu de base estruturante para uma prote??o dos direitos fundamentais sociais que fosse mais efetiva. Neste contexto, a estrutura normativa destes direitos, em sua dupla dimens?o de princ?pios e regras, permite abordar com maior amplitude e desenvoltura algumas formas de harmoniza??o no exerc?cio dos direitos fundamentais, bem como n?o restringe, de plano, o ?mbito de prote??o normativo, mas remete ao aplicador do direito a tarefa de identificar, caso a caso, estes limites, sempre com respaldo constitucional. Os limites dos direitos fundamentais ser?o estudados conforme as teorias externa e interna, buscando suas vincula??es com o tema da reserva do poss?vel, com o princ?pio da proporcionalidade e com a prote??o do m?nimo existencial como um limite material a qualquer forma de restri??o, pugnando pela ado??o da teoria externa das restri??es como a constitucionalmente adequada para o sistema jur?dico brasileiro. A reserva do poss?vel ser? estudada como um elemento externo ao conte?do dos direitos fundamentais sociais, sendo que a proporcionalidade exercer? um importante papel no desenvolvimento do conte?do de ambos, especialmente atrav?s da correta aplica??o de seus tr?s elementos operativos. Com isto, defenderemos que o Judici?rio tem compet?ncia e legitimidade democr?tica para decidir casos acerca da prote??o e promo??o dos direitos fundamentais sociais, mesmo que tais decis?es venham a revelar algum conte?do pol?tico, pois a prote??o daqueles direitos significa, acima de tudo, a prote??o do ser humano na m?xima extens?o de sua dignidade
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Limites ? liberdade de interpreta??o e motiva??o das decis?es judiciais : em busca de maior estabilidade jur?dicaAyub, Carlos Eduardo Garrastazu 25 August 2016 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-03-27T18:29:06Z
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Previous issue date: 2016-08-25 / This master thesis starts highlighting the challenges legal interpretation is going through in the modern society we live in. Henceforth, it makes a historical immersion in the doctrinal influence of formalist and antiformalist schools of interpretation. On formalistic perspectives of interpretation, it makes foray into the school of exegesis; historical school of law and jurisprudence of concepts; analytical jurisprudence. The study of antiformalist school begins through a brief description of Fran?ois Geny thought, going then to the analysis of free law and American legal realism. Later, it critically analyzes the contributions of formalist and antiformalist schools to law theory, engaging with the study of the structure of motivation in judicial decisions. In the second part of the study, the legal value of argument power and judicial interpretation is analysed, which linked the constitutional guarantee of motivation ensures a court decision in harmony with the democratic rule of law. Goes on to expose the criteria to reach a decision capable of bringing legal stability to jurisdictional, with special attention to the study of MaCormick, Alexy, Aarnio and Lorenzetti theories of interpretation, all supporters of the standard theory of interpretation. The third and final part deals with the duty of motivation as the rule of law framework. It approaches in a specific manner the reasoning of judicial decisions under the light of constitutional principles, with particular appreciation of the contradictory for the certainty that the parties should be guaranteed to influence court?s decision. Therefore, it demonstrates in detail the minimum requirements for a decision to be complete and constitutional. / A presente disserta??o inicia destacando os desafios da interpreta??o jur?dica na sociedade moderna atual. A partir disso, faz-se uma imers?o hist?rica nas influ?ncias doutrin?rias das escolas formalistas e antiformalistas de interpreta??o. Sobre as linhas formalistas de interpreta??o, faz-se incurs?o na Escola da Exegese; Escola Hist?rica do Direito e Jurisprud?ncia dos Conceitos; Jurisprud?ncia Anal?tica. D? in?cio ao estudo do pensamento antiformalista com breve descri??o do pensamento de Fran?ois G?ny, partindo para a an?lise da Escola do Direito Livre e Realismo Jur?dico Americano. Posteriormente, analisa criticamente as contribui??es das escolas formalistas e antiformalistas para a teoria do direito, partindo para o estudo da estrutura da motiva??o das decis?es judiciais. Nessa segunda parte do trabalho, come?a-se a analisar o valor jur?dico do poder de argumenta??o e interpreta??o judicial que, vinculado ? garantia constitucional de motiva??o, garante uma decis?o judicial em harmonia com o Estado Democr?tico de Direito. Passa-se a expor os crit?rios para se atingir uma decis?o capaz de trazer estabilidade jur?dica aos jurisdicionados, com aten??o especial ao estudo das teorias da interpreta??o de MaCormick, Alexy, Aarnio e Lorenzetti, todos adeptos da teoria standard de interpreta??o. A terceira e ?ltima parte aborda o dever de motiva??o como referencial do Estado de Direito. Aborda-se de forma pontual a fundamenta??o das decis?es judiciais ? luz dos princ?pios constitucionais, com especial valoriza??o do contradit?rio na certeza de que as partes devem ter a garantia de influir na tomada da decis?o judicial. Para tanto, demonstra-se detalhadamente os requisitos m?nimos para que uma decis?o possa ser completa e merecedora do selo constitucional.
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Movimentos sociais em rede, identifica??o de seu significado e aportes para um resgate de legitimidadeOliveira, Felipe Cardoso Moreira de 31 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-31 / In order to provide the understanding of the meaning of the mass social movements
observed in the years 2011, in Spain and in the United States of America, and 2013,
in Brazil, based on a legal approach, the present thesis intends to identify the
phenomena and motivations related to the Rule of Law. The networked social
movements carry with them a richness of peculiarities that bewilders the observer?s
gaze, to the point of not being fully understood in their capacities and range of
pretensions, neglecting their meaning in the legal field. Such wealth generates
effects in the availability to perform, itself, in its relations with space and time and in
the capacity of discourse production. The plurality of demands, or the apparent lack
of pretensions, reveals deeper issues, that do not have a claim/response
relationship, but which relate to the loss of legitimacy of constitutive elements and of
the State. From this perspective, the work approaches the structural, conformation
and technological characteristics, and their relations with space, time and
information ownership. Defined the focus of the analysis in the Movimiento 15M,
Occupy Wall Street and the Brazilian Journeys, it searches, in sociology, the concept
of social movement, in order to identify the framing possibilities. In the face of fluidity,
having by criterion the content of the pretensions, it stablished a definition linked to
the defense of rights and a categorization regarding the plurality of agendas. Thereof
the thesis investigates and identifies the common legal content of the claims: the
frustration over the State?s failure to fulfill its obligations and the discrediting of the
democratic regime. From this point, it reviews the second industrial revolution reality
? moment of birth of the mass democracy ?, seeking to identify its intrinsic
characteristics. In dialectical relation to the neoliberal economic model, it points out
their incompatibilities. The signaling of loss of state legitimacy directs the work to the
analysis of the concept of Rule of Law, through three authors who are not related to
each other: Hans Kelsen, Jacques Chevallier and Tom Bingham. From this unlikely
combination of criteria emerges a definition of Rule of Law in which the pyramid of
kelsenian normative hierarchy rests on a tripod of legitimacy composed by public
liberties, democracy and the role of State. From this image, it concludes that the
meaning of the networked social movements reveals the crisis of the Rule of Law.
The attempt to recover its legitimacy is made possible by expanding the forms of
participation in the democratic regime. The exclusively representative model
deserves a rereading and an interaction with other forms of popular participation. As
a response to the democracy crisis it proposes a continuous exercise of forms of
direct deliberative democracy, as means to answer specific questions and to define
budgetary allocations. The reformulation of the democratic model is a possibility of
greater prominence to the citizen, who takes over the role of rights fulfiller,
reinforcing communal and solidarity bonds. / Com a finalidade de propiciar a compreens?o do significado dos movimentos sociais de massa verificados nos anos de 2011, na Espanha e nos Estados Unidos da Am?rica, e 2013, no Brasil, a partir de uma abordagem jur?dica, a presente tese procura identificar os fen?menos e motiva??es que guardam rela??o com o Estado
de Direito. Os movimentos sociais em rede carregam consigo uma riqueza de peculiaridades que desnorteiam o olhar do observador a ponto de n?o serem percebidas, de forma plena, as suas capacidades e amplitude de pretens?es, sendo negligenciado o seu significado no campo jur?dico. Tal riqueza produz efeito na pr?pria disponibilidade de atua??o e nas suas rela??es com espa?o, tempo e capacidade de produ??o do discurso. A variedade de demandas, ou a aparente aus?ncia de pretens?es, revela quest?es mais profundas que n?o guardam uma rela??o reivindica??o/resposta, mas que se traduzem na perda de legitimidade do Estado e de seus elementos constitutivos. Definido o foco an?lise no Movimiento 15M, Occupy Wall Street e nas Jornadas brasileiras, passa, a fim de identificar a possibilidade de enquadramento, a buscar na sociologia o conceito de movimento social. Diante da fluidez do conceito, tendo por crit?rio o conte?do das pretens?es, estabelece uma defini??o vinculada ? defesa de direitos e uma categoriza??o referente ? pluralidade de pautas. Da?, o trabalho investiga a identifica??o jur?dica comum das reivindica??es: a frustra??o frente ? omiss?o do Estado no cumprimento de suas obriga??es e o descr?dito do regime democr?tico. A partir de tal constata??o, busca na an?lise da realidade da segunda revolu??o industrial, momento do nascimento da democracia de massas, a identifica??o de caracter?sticas que lhe s?o indissoci?veis. Em rela??o dial?tica com o modelo econ?mico neoliberal, aponta as incompatibilidades de conv?vio. A sinaliza??o de perda de legitimidade estatal direciona o trabalho para a an?lise do conceito de Estado de Direito constru?do a partir de tr?s autores que n?o guardam rela??o entre si: Hans Kelsen, Jacques Chevallier e Tom Bingham. Dessa improv?vel conjuga??o de crit?rios emerge um conceito de Estado de Direito em que a pir?mide de hierarquia normativa kelseniana se apoia sobre um trip? de legitimidade composto pelas liberdades p?blicas, pela democracia e pelo papel do Estado. Desse desenho conclui que o significado dos referidos movimentos sociais em rede revela a crise do Estado de Direito. A tentativa de sua recupera??o se faz poss?vel por meio da amplia??o das formas de participa??o no regime democr?tico. O modelo exclusivamente representativo merece uma releitura e o conv?vio com outras formas de participa??o popular. ? crise da democracia se prop?e o exerc?cio cont?nuo de formas de democracia deliberativa direta para responder quest?es espec?ficas e definir destina??es or?ament?rias. A reformula??o do modelo democr?tico ? uma possibilidade de maior protagonismo ao cidad?o, a assumir o papel de realizador do direito e a refor?ar os la?os comunit?rios e de solidariedade.
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A garantia da publicidade no processo civilAlmada, Roberto José Ferreira de 19 November 2004 (has links)
Submitted by Sandra Azevedo (sandracristina@fdv.br) on 2018-08-20T11:59:41Z
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Previous issue date: 2004-11-19 / A legitimação e a controlabilidade das atividades judiciárias dependem do respeito
que se deve devotar à garantia processual da publicidade. Assim, o princípio
processual da publicidade, direito fundamental das partes e do povo nas suas
relações com os juízes e com o Estado, no plano da jurisdição, está expresso no
reconhecimento formal dos direitos de acesso à justiça, de defesa e ao contraditório,
aqui compreendidos como direito à adequada possibilidade de participação no
processo e na implementação do mecanismo técnico e político de revelação
transparente dos atos imparciais realizados pelo Estado. A combinação desses dois
atributos, contidos na garantia da publicidade, prestam-se a dotar o processo da sua
imprescindível essência democrática. Cumpre destacar que as idéias inspiradoras
da garantia processual da publicidade assentam-se na noção de que o poder
pertence ao povo, já as atividades exercidas pelo Estado são fundadas no princípio
da delegação popular, e não se ignora que os delegados do povo agem em seu
nome, o que basta para que deles sejam exigidas as devidas contas a propósito de
tudo aquilo que se realiza em favor da comunidade afetada por tais ações. Isso é
suficiente para demonstrar por que e como é efetivamente necessário que os atos
judiciários sejam revelados e compartilhados publicamente com o auditório universal,
para que possam angariar a sua legitimidade popular intercomunicacional. Convém
ressaltar que o princípio processual da publicidade advém de um padrão ético
mínimo, fixado pelo povo para manter a serenidade dos relacionamentos
interpessoais, e funda-se na justificação democrática do poder político, de modo a
identificar, no Estado de Direito, o paradigma de legitimidade de todas as ações do
Estado. Desta forma, enquanto o princípio do contraditório, expressão interna da
publicidade, cuida de satisfazer a exigência da democracia processual na
perspectiva das partes, cabe à garantia externa da publicidade atender a essa
mesma expectativa no plano difuso da comunidade universal. Consagrada a
garantia processual da publicidade no ambiente constitucional, a legitimação do
processo civil é angariada pelos mecanismos populares de fiscalização e de controle
ao gosto da democracia participativa ditada pelo agir comunicativo, cujo exercício há
sempre de pressupor a obediência ao standard mínimo que se exige na revelação
transparente e socialmente compartilhada dos atos jurisdicionais. / Legitimacy and popular controlability of the courts activities depend on the respect to
the so called guarantee of an open and public proceeding. The principle of the public
proceeding, a fundamental right of the people and the parties vis-a-vis the judge and
the State, actually is expressed on the right of defense (audiatur et altera pars) of the
parties, which deserve suficient information on a way to participate on the
relationship stablished with the representaive of the State, and also as a thecnical
and political mechanism of public revelation of the acts done by the State on the
exercise of jurisdiction – both of those elements, that make the substance of this
fundamental principle, provide the desirable democratic spirit to the proceeding. The
ideas related to the guarantee of publicity come from the principle of popular
sovereignty, as soon as the people detains the exclusive power to run their lives and
destinies. The activities executed by the State always must be founded on a popular
delegation, also, and the delegates of the people must act only on the name of the
people, what mean that they have to explain their actions to the comunity affected by
them. It shows why and how the judiciary acts need to be explained to the universal
auditorium, and shared with it, only way to get popular and intercomunicational
legitimacy for them. As any other of the several fundamental guaranties of the
proceeding, the principle of publicity comes from a minimun ethical standard elected
by the people to justify the serenity of the interpersonal relationships and also, as
soon as it shows the need to control and fiscalize the public administration, it cames
from a democratic justification of the political power on a way to identify, on a civilized
territory, the paradigmatic standard of legitimacy of the general acts of the State.On
one hand, the rigth of defense reconized to be aplied to the parties, internal
expression of the publicity, attends the democratic needs of proceeding on their own
perspectives, while on the other hand, the external expression of the publicity
satisfies the same need expressed by universal auditorium, whith envolves the entire
community geographically involved by the jurisdiction. Considering that the full
guarantee of the open and public proceeding is consagrated by the current
constitutionalism, the legitimacy of the civil proceeding is gained only by the popular
mechanisms of control and fiscalization typical of the participative and
intercomunicational democracy, meaning the necessary respect to the basic standard
of the public and socially shared revelation of the jurisdictional acts.
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Desvendando as formas de participação no estado democrático de direito: um estudo sobre a participação desenvolvida pelo observatório social de Irati-PR, / Unveiling the forms of participation in the Democratic State of Law: a study on the participation developed by the Social Observatory of Irati-PRSahaiko, Andrea Bulka 27 March 2018 (has links)
Submitted by Eunice Novais (enovais@uepg.br) on 2018-06-07T21:42:41Z
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Previous issue date: 2018-03-27 / A presente pesquisa teve como objetivo compreender como a Organização Não-Governamental (ONG) Observatório Social de Irati desenvolve sua participação no Município de Irati, no recorte temporal de 2016 e 2017 (primeiro semestre). A pesquisa teve caráter qualitativo e foi realizada através do seguinte procedimento metodológico: sistematização de referencial teórico a partir das principais categorias: Participação, Sociedade Civil, Estado, Hegemonia e Ideologia. Nesta sistematização foi de fundamental importância a análise sobre os princípios do Estado Democrático de Direito, as formas e representações da participação a partir das teorias liberal e marxista. Também procuramos articular a totalidade das relações sociais, permeadas pelas contradições do modo de produção capitalista e a fragmentação entre público e privado. Na sequência, realizou-se a inserção no campo, com coleta de dados e documentos, bem como observações, com anotações em caderno de campo. Portanto, a pesquisa utilizou-se de documentação direta e indireta, no intuito de coletar dados que pudessem nortear as interpretações propostas. Foram identificadas várias formas de participação da ONG estudada, sendo estas separadas nas seguintes categorias: Educação Fiscal, Mobilização da Sociedade e Fiscalização das Contas Públicas. A interpretação dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo, tentando buscar o significado das mensagens e das formas de participação sob orientação do método histórico-dialético. Os principais resultados encontrados demonstram uma tendência de participação voltada a conteúdos gerenciais, que desconsideram interesses de classe e desigualdades sociais. A participação voltada a estes conteúdos tem concepções próprias sobre o papel do cidadão na ordem jurídico-política, considerando a justiça social como fenômeno de busca individual, aliado a ideologias de mercado (economia e eficiência) na aplicação dos recursos públicos. Tal fato se dá por influência hegemônica do modo de produção capitalista, decorrente principalmente de políticas neoliberais introduzidas no Brasil a partir dos anos 1990. Em certa medida, estas políticas atingem a ação participativa como processo pedagógico, bloqueando a busca por autonomia e consciência política. Mesmo assim, ao refletir sobre os processos participativos no Estado de Direito, não se pode desconsiderar toda a riqueza de atuação da sociedade civil, compreendida como espaço de lutas e conquistas por novas hegemonias, sendo a participação um processo inacabado, contraditório, mas em constante movimento. / The present research had as objective to understand how the Non-Governmental Organization (NGO) Social Observatory of Irati develops its participation in the Municipality of Irati, in the temporal cut of 2016 and 2017 (first semester). The research was qualitative and was carried out through the following methodological procedure: systematization of theoretical reference from the main categories: Participation, Civil Society, State, Hegemony and Ideology. In this systematization it was fundamentally important to analyze the principles of the Democratic State of Law, the forms and representations of participation from the liberal and Marxist meanings. We also seek to articulate the totality of social relations, permeated by the contradictions of the capitalist production process and the fragmentation between public and private. In the sequence, the field was inserted, with data collection and documents, as well as observations, with annotations in a field notebook. Therefore, the research used direct and indirect documentation, in order to collect data that could guide the proposed interpretations. Several forms of participation of the NGO studied were identified, being these separated in the following categories: Fiscal Education, Society Mobilization and Public Accounts Audit. The interpretation of the data was performed through content analysis, trying to find the meaning of messages and forms of participation under the guidance of the dialectical-historical method. The main results show a tendency towards participation focused on managerial content, which disregards class interests and social inequalities. This is due to ideological and hegemonic influences of the capitalist mode of production, mainly influenced by neoliberal policies introduced in Brazil from the 1990s. To a certain extent, these policies affect participation as a pedagogical process, blocking the search for autonomy and political consciousness. Even so, when reflecting on the participatory processes in the State of Right, one can not disregard all the wealth of civil society, understood as space of struggles and conquests for new hegemonies, participation being an unfinished, contradictory, but constant process movement.
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Estado de exceção, direito penal do inimigo e política criminalGodoy, Paulo Emílio Catta Preta de January 2014 (has links)
Submitted by Camila Loscha (camila.loscha@uniceub.br) on 2016-05-06T18:57:45Z
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Previous issue date: 2016-05-06 / Este trabalho tem como referencial o Direito Penal do inimigo enquanto novo marco racionalizado da neutralização do inimigo no Estado de Exceção. A invocação de preservação da ordem constitucional apresenta-se, em momentos críticos, como justificativa válida para suspensão de direitos e garantias fundamentais, na perspectiva de que sua eficácia dificulta a pronta e enérgica atuação estatal necessária a debelar os perigos e assim, reconstituir a ordem fática, pressuposto da vigência da ordem legal. As características principais desse Estado de exceção se definem, além da suspensão de normas indicada, também pela concentração de poderes emergenciais nas mãos do Poder Executivo e pela irresponsabilidade jurídicas da atuação dos agentes em períodos emergenciais, com apoio na concepção justificante do estado de necessidade (necessitas non leges habet). Em contraponto, aponta-se que a aporia fundamental do estado de exceção é a sua tendência em se perpetuarem as medidas emergenciais mesmo após a contenção dos perigos que legitimaram sua instauração, em movimento permanente que acaba por implicar na derrocada da ordem constitucional que busca proteger. Inicialmente utilizado para travar a guerra contra os inimigos externos (hostis alienígena) e debelar invasões estrangeiras, afere-se que as situações fáticas legitimadoras de sua instauração amplia-se para a guerra interna, ou seja, para também alcançar o combate que o Estado trava com seus próprio inimigos internos (hostis judicatus). A definição do inimigo desponta como a atividade política essencial e sua designação. apesar de não ter características permanentes e preconcebidas, se apresenta na impossibilidade de coexistência e de solução dos conflitos pela via pacífica do direito ou pela decisão proferida por um árbitro imparcial, invocando a guerra e a eliminação física, o que legitimaria o Estado absoluto, nas situações históricas verificadas sobretudo no período das Grandes Guerras e que pareciam superadas após o fim das deflagrações, com a edição da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948, pela ONU. Na primeira década do século XXI, observa-se o regresso autoritário no discurso penal, com incremente nas demandas repressivas e punitivistas, sobretudo, na linha de dois eixos temáticos: o Direito Penal do inimigo, que propõe a separação forma do poder punitivo a ser dirigida àqueles indivíduos que, pela incerteza de seu comportamento futuro e pelos riscos que causem à segurança do Estado, são destituídos de sua personalidade jurídica e assim podem ser neutralizados com bestas-feras. De outro lado, o novo autoritarismo cool surge como proposto de retomada da punição com ferramenta central na contenção de problemas sociais, especialmente relacionados com o novo paradigma da exceção, a segurança pública, a assim propugnar o abrandamento pontual da eficácia dos direitos e garantias fundamentais como único caminho possível e eficaz no combate à criminalidade, fenômenos que são articulados a partir de política criminal de exceção.
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Modernidade, estado de direito e pol?tica criminal : a racionalidade jur?dico-estatal entre a totalidade e a fragmenta??oMarinho Junior, Inezil Penna 15 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-01-15 / Vinculando-se ? linha de pesquisa Sistemas Jur?dico-Penais Contempor?neos, do Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Criminais da Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul PUCRS, a disserta??o ? uma reflex?o a respeito das dificuldades que o Estado de Direito enfrenta, hoje, em sua tarefa de equacionar sem arb?trio os valores liberdade e seguran?a, em uma contemporaneidade caracterizada pela crise da raz?o progn?stica e pela fragmenta??o das certezas e das totalidades. Pensando a modernidade como o modo de civiliza??o que estruturou as sociedades ocidentais e criou condi??es para a implanta??o de um saber cient?fico capaz de controlar, o resgate de elementos hist?ricos permite questionar a correspond?ncia entre as bases te?ricas fundantes dos sistemas de prote??o dos direitos e garantias articulados pela racionalidade moderna e os fundamentos discursivos das pr?ticas pol?tico-criminais contempor?neas. Reflete-se acerca da capacidade operativa de um ente pol?tico-institucional como o Estado, analisando sua poss?vel exaust?o te?rica, o esgotamento de sua centralidade e o enfraquecimento de sua dimens?o enquanto projeto moderno. Desvelando algumas das certezas que as ci?ncias humanas, na modernidade, pressupunham como evidentes, a disserta??o reflete sobre o Estado e seus instrumentos de controle da viol?ncia, em uma ?poca caracterizada pela fal?ncia dos absolutos, na qual a raz?o cede espa?o ? for?a e ? autoridade.
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O estado de exce??o e a sele??o de inimigos pelo sistema penal : uma abordagem cr?tica no Brasil contempor?neoMoraes, Ana Luisa Zago de 27 October 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-10-27 / O estado de exce??o, no sentido proposto por Carl Schmitt ? a suspens?o da ordem legal mediante uma decis?o do poder soberano, durante determinado lapso temporal, em sentido oposto ao benjaminiano, que aduz ser o estado de exce??o a pr?pria indistin??o entre este e a normalidade, retratando o espa?o indistingu?vel da viol?ncia an?mica. Giorgio Agamben define o estado de exce??o como a pr?pria liminaridade do sistema, ou seja, uma zona topol?gica de indistin??o entre norma e realidade, em que a pr?pria norma pode ditar a exce??o quando desconsidera o indiv?duo como dotado de direitos fundamentais constitucionalmente previstos. Sopesando a configura??o jur?dico-pol?tica do Brasil como Estado democr?tico de direito, o presente trabalho analisa a exist?ncia de medidas penais t?picas de um estado de exce??o no ?mbito do combate ? criminalidade brasileira. Para isso, analisa-se o Massacre do Carandiru, a Chacina da Candel?ria e a Chacina de Vig?rio Geral, epis?dios vinculados ? atua??o concreta de agentes que comp?em o sistema penal do pa?s, evidenciando a presen?a do estado de exce??o agambeniano no Brasil contempor?neo. Ap?s esses acontecimentos, subsistiram viola??es sistem?ticas ? dignidade humana por atores policiais, judiciais e penitenci?rios, que est?o vinculadas ? considera??o de determinados indiv?duos como inimigos internos e, portanto, suprimindo sua qualidade de cidad?os, atuando violentamente sobre suas vidas mediante t?cnicas de combate e neutraliza??o, o que n?o ocorre simplesmente pela atua??o do sistema penal ? margem da lei, uma vez que a pr?pria legisla??o penal, em determinados casos, prev? esse tratamento, como evidenciado, dentre outros diplomas, pela Lei n? 8.072, de 1990, Lei dos Crimes Hediondos, bem como pela Lei n? 10.792, de 2003, que estabeleceu o Regime Disciplinar Diferenciado. Al?m dos planos concreto e normativo, a sele??o e o combate a inimigos pelo sistema penal tamb?m encontra espa?o nos discursos de tentativa de legitima??o desse de exce??o, como o do Direito penal do inimigo de G?nther Jakobs. O estado de exce??o, quando manifestado nas esferas f?tica, legal e discursiva, configura-se incompat?vel com o Estado constitucional democr?tico de normas, principalmente sob o prisma do modelo garantista delineado por Luigi Ferrajoli.
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Os discursos de terrorismo estatal e a (in)efic?cia dos meios de controle da criminalidadeLuisi, Mariana 22 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-01-22 / A elabora??o da presente disserta??o de mestrado tem o objetivo de realizar uma an?lise da constante pr?tica de escolha de determinados sujeitos para serem considerados como inimigos do Estado. Para tanto, primeiramente ? feito um escor?o hist?rico do processo de sele??o dos inimigos por meio da an?lise de diversos per?odos hist?ricos entre eles o socialismo sovi?tico, o totalitarismo alem?o e as ditaduras de seguran?a nacional latino-americanas -, at? as suas vers?es contempor?neas (Movimento da lei e da ordem, direito penal do inimigo e direito penal de tr?s velocidades). ? poss?vel identificar, portanto, a constante presen?a de um direito penal mais gravoso, distinto de um direito penal menos rigoroso, dependendo da pessoa a quem ele vai ser aplicado. Em seguida, verifica-se a exist?ncia de conflito entre o direito penal voltado a um inimigo e o Estado Democr?tico de Direito. ? feita ainda uma an?lise da efic?cia dos discursos de terrorismo estatal e supercriminaliza??o, na tentativa de regulamentar os riscos sociais. ? abordada, tamb?m, a exist?ncia de uma crise no Estado Democr?tico de Direito na solu??o dos problemas da sociedade contempor?nea, tendo em vista a exist?ncia do risco, as tentativas de control?-lo por meio de normas penais e os limites impostos pelo princ?pio da dignidade humana e pela natureza subsidi?ria da legisla??o penal. Por fim, reflete-se sobre a possibilidade de coexist?ncia entre o Estado Democr?tico de Direito e os discursos de terrorismo estatal.
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Aspectos teórico-construtivos do neoconstitucionalismo brasileiro e a relação com o Estado de DireitoSilva , Leandro Suriani da 03 October 2016 (has links)
Submitted by Marlene Aparecida de Souza Cardozo (mcardozo@pucsp.br) on 2016-11-22T13:12:55Z
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Previous issue date: 2016-10-03 / This thesis reflects a sequence of studies involving neoconstitucionalism theories developed in Brazil and their criticism. It was demonstrated the construction of constitutionalism in Brazil and the reasons for the emergence of the institute called neoconstitutionalism, which introduced a new techniques for interpretation of the Constitution and conferred more freedom to court judges to introduce changes in social, economic and political issues in society, without the intervention of the Congress. At the same time, although recognized as a mechanism able to bring more effectiveness to law, we tried to present in this work the criticism inaugurated against this theory, especially about the risks in moving away persistently the laws issued by the Brazilian Congress, with prevalence of constitutional principles, leaving to the particularly criterion of court judges to settlement the cases, even more in a context of a democratic society, in which exists a real differences of opinions on various themes and issues / A presente dissertação reflete uma sequencia de estudos envolvendo o advento das teorias neoconstitucionalistas desenvolvidas no Brasil e as respectivas críticas. Procurou-se demonstrar a construção teórico científica do constitucionalismo no território brasileiro e as razões que originaram o surgimento do fenômeno intitulado neoconstitucionalismo, o qual introduziu novas técnicas para interpretação dos dispositivos constitucionais e conferiu maior liberdade aos juízes para introduzir mudanças de cunho social, econômico e político na sociedade, sem a interferência do Poder Legislativo. Ao mesmo tempo, ainda que reconhecido como mecanismo apto a trazer maior efetividade aos princípios constitucionais, procurou-se apresentar na presente dissertação as críticas inauguradas contra esta teoria, principalmente sobre os riscos em se afastar com insistência as leis e atos normativos editados validamente pelo Poder Legislativo, com prevalência dos princípios, deixando ao critério subjetivo do julgador a solução dos casos concretos, sobretudo no âmbito de uma sociedade democrática plural, em que evidente a divergência de opiniões acerca dos mais variados temas e assuntos
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