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O Papel de Diopatra spp. na estrutura e metabolismo da comunidade bêntica em ambiente marinho rasoAlves, Giorgia Freitas 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T16:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
291596.pdf: 1286976 bytes, checksum: db130be9cab1c4667fc80a486614b0c7 (MD5) / Espécies bênticas podem afetar a distribuição de outros organismos e o funcionamento do sistema pelas mudanças em variáveis físicas, químicas e biológicas introduzidas por suas atividades. A presença de poliquetas do gênero Diopatra e da fauna associada aos seus tubos foi manipulada experimentalmente para verificar seus efeitos na estrutura da comunidade e no metabolismo do entorno em baixios de maré nãovegetados. Para tanto, experimentos de campo foram realizados em três locais comparando três tratamentos: i) tubos com Diopatra; ii) tubos sem Diopatra e iii) ausência de tubos e Diopatra (controle). Para avaliar os efeitos sobre o metabolismo do ecossistema, câmaras bênticas foram empregadas para medidas dos fluxos de oxigênio e nutrientes entre o sedimento e a coluna de água. Sedimento, meiofauna e macrofauna foram coletados em locais com e sem a presença de Diopatra para verificar seus efeitos na estrutura das comunidades bênticas. De modo geral, a presença dos tubos favoreceu maiores densidades e número de espécies da macrofauna e, para alguns táxons, a presença do próprio tubícola foi importante. Ao contrário, a meioinfauna não discriminou as estruturas físicas e ocorreu em densidades menores em tratamentos com a presença de Diopatra, provavelmente devido à bioturbação e atividades de alimentação. Embora tenha havido variabilidade nas respostas dos fluxos dependentes de cada local, tanto a presença de Diopatra quanto as altas densidades da macrofauna influenciaram o fluxo de nutrientes nitrogenados e de oxigênio. Processos como nitrificação, denitrificação, amonificação e redução do nitrato parecem ser resultantes da excreção faunal, da bioirrigação e do microambiente disponibilizado pelos tubos. / Benthic species may affect distribution of other organisms and system functioning by changes in physical, chemical and biological variables caused by their activities. The presence of polychaete of genera Diopatra and fauna associated to their tubes was experimentally manipulated in the field to access their effects on the surrounding community structure and ecosystem metabolism in intertidal plains. For that, experiments were set up in three sites, comparing three treatments: i) tube with Diopatra; ii) tubo without Diopatra e iii) no tube and no Diopatra (control). To evaluate the effects of Diopatra and associated fauna over ecosystem metabolism, benthic chambers were employed to measure, oxygen and nutrient fluxes between sediment and water column. Sediment, meiofauna and macrofauna were collected in points with and without Diopatra to verify their effects on the structure of benthic communities. In general, the tubes favored higher densities and species numbers of macrofauna and, for some taxa, the presence of Diopatra was important. On the other hand, the meioinfauna had similar densities between control and treatments with tube without Diopatra and occurred even in lower densities in treatments with Diopatra presence. Probably it was due to bioturbation and feeding activities. Although the fluxes responses have been variable dependig on the site, either Diopatra presence or high densities of macrofauna affected nitrogenous nutrients and oxygen fluxes. Processes like nitrification, idenitrification, amonification and nitrato reduction seem to be resultant of faunal excretion, bioirrigation and microhabitat provided by the tubes.
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Análise de ecossistemas aquáticos através do método input-output : estudo de caso lagoa Itapeva (sistema lagunar costeiro do Rio Grande do Sul)Frankenberg, Claudio Luis Crescente January 2004 (has links)
A enorme complexidade dos sistemas ecológicos tem sido uma grande barreira para a compreensão e o gerenciamento da problemática ambiental. Neste sentido a modelagem matemática é uma valiosa ferramenta, devido a sua capacidade de organizar as informações disponíveis sobre estes sistemas e de fazer previsões a seu respeito para diferentes condições. Desta forma a análise de sistemas naturais vem sendo abordada de diferentes maneiras, sendo que nas últimas décadas a teoria de ecossistemas expandiu-se e ramos específicos, que permitem seguir e predizer a evolução de ecossistemas, foram formulados. Um destes enfoques, conhecido como análise do fluxo de insumo-produto, pode ser utilizado para explicar o funcionamento e estrutura dos subsistemas de um ecossistema através da descrição dos fluxos de matéria ou energia. A análise do fluxo de insumo-produto pode ser representada através de dois modelos: o modelo determinístico ou o modelo estocástico, tendo sua origem em estudos de caso com o objetivo de analisar a econômica norte-americana, sendo uma extensão prática da teoria clássica de interdependência geral. Este trabalho faz uma abordagem sintética da evolução desta análise, avaliando dados teóricos e principalmente dados referentes à Lagoa Itapeva. A análise de input-output (determinística e estocástica) com o propósito de obter informações no que diz respeito aos fluxos (matéria e energia), é bastante simples; sendo que os modelos determinísticos se prestam melhor para traçar um panorama global e para obter projeções para as variáveis já os modelos estocásticos são mais complexos, mas provêem uma descrição mais acurada. Na Lagoa Itapeva os processos determinísticos demonstraram um baixo índice de ciclagem do carbono entre os três compartimentos em estudo e o fluxo preferencial na normalização corresponde ao compartimento dos produtores primários, isto decorre de não existir loop nos compartimentos em estudo e também não existir fluxos em dois sentidos. Em relação à avaliação estocástica foram observadas uma baixa relação no sentido espacial superfície-meio-fundo da lagoa, e uma boa distribuição espacial norte-centro-sul. Quanto à distribuição temporal, foi constatada uma baixa concordância entre os dados analisados e os dados reais quanto das análises realizadas em intervalos de tempo pequeno (horas) e uma boa concordância nas medidas feitas quando o intervalo foi significativo (meses). Também em relação à Lagoa Itapeva, foi verificado nas análises estocásticas, utilizando-se operadores espaciais, que como a dinâmica biológica nem sempre é linear, os organismos não podem acompanhar imediatamente e perfeitamente as mudanças do ambiente, resultando em tempos de residência de matéria significativamente baixo. Além da análise dos fluxos ligados a este ecossistema lagunar, foram desenvolvidas técnicas de correção e adaptação de dados referentes à amostragem ocorrida na Lagoa durante um ano de campanha. Assim, propõe-se uma nova perspectiva no uso desta metodologia de forma simples e de fácil manipulação matemática.
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Efeitos do aumento de CO² na fisiologia, anatomia e ultraestrutura de Halodule Wrightii AschersonSchneider, Geniane January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:54:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / O aumento dos níveis de CO² atmosférico desde o período pré-industrial tem resultando na diminuição do pH dos oceanos. Este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos desta redução na fisiologia, anatomia e ultraestrutura da fanerógama marinha Halodule wrightii. Para isso, foi realizado um experimento em mesocosmos. Os espécimes foram coletados no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora e cultivados durante 30 dias sob diferentes concentrações de CO², as quais foram acompanhadas a partir da redução do pH. Isso resultou em quatro condições experimentais: pH similar ao do ambiente (condição controle), pH com redução de 0,3 unidades (-0,3), pH com redução de 0,6 unidades (-0,6) e pH com redução de 0,9 unidades (-0,9), que representam a simulação de uma atmosfera contendo 650, 1350 e 3390 ppm de CO², respectivamente. As variáveis abióticas, incluindo o pH, foram monitoradas. Os parâmetros eficiência fotossintética (aETR) e rendimento quântico efetivo Y(II) praticamente não variaram nos tratamentos com maior concentração de CO2 (-0,6 e -0,9), mas diminuíram no tratamento -0,3. Esta redução possivelmente ocorreu em função das variáveis abióticas, principalmente luz e temperatura que oscilaram durante o período de experimentação. Acredita-se, que o aumento do CO² tenha compensado o estresse, mantendo os parâmetros fisiológicos estáveis nos tratamentos com maior concentração. A anatomia e ultraestrutura das folhas dos espécimes cultivadas tanto no controle como nos tratamentos não demonstraram alterações qualitativas. Quantitativamente, foi possível observar que, no período final de experimentação, a área em secção transversal e largura das folhas foram sensivelmente maiores no tratamento -0,9. Possivelmente, tais resultados teriam sido mais nítidos se o tempo de experimentação fosse mais longo, como observado para plantas terrestres.<br> / Abstract: The increase in atmospheric CO² levels since the pre-industrial period has resulted in a decrease in the pH of the oceans. The aim of this work was to determine the effects of lowered pH on the physiology, anatomy and ultrastructure of the seagrass Halodule wrightii. A mesocosm study was conducted, where specimens were collected in the Parque Municipal Marinho do Recife de Fora and cultivated for 30 days at different concentrations of CO², which caused a decrease in pH. This resulted in four experimental conditions: pH similar to that of the environment (control condition), pH reduced by 0.3 unit (-0.3), pH reduced by 0.6 unit (-0.6) and pH reduced by 0.9 unit (-0.9), which represented the simulation of an atmosphere containing 650, 1350 and 3390 ppm CO². The abiotic variables, including pH, were monitored. The parameters photosynthetic efficiency (aETR) and effective quantum yield Y(II) practically did not vary in the treatments with greater concentration of CO2 (-0.6 and -0.9), but decreased in the -0.3 treatment. This reduction possibly occurred because of the abiotic variables, mainly light and temperature, which oscillated during the experimentation period. It is believed that the increase in CO² compensated for the stress, keeping the physiological parameters stable in the treatments with higher CO² concentration. The anatomy and ultrastructure of the leaves of the cultivated specimens in the control as well as the treatments did not demonstrate qualitative alterations. Quantitatively, it was possible to observe that in the final period of experimentation, the cross-sectional area and width of the leaves were appreciably greater in the -0.9 treatment. Possibly, such results could have been clearer if the experimentation time were increased, as observed for terrestrial plants. According to the literature, such modification in leaf structure can be attributed to the influence of CO² on cell division and expansion.
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Respostas enzimáticas e avaliação cito-genotóxica em ostras do pacífico Crassostrea Gigas (Thunberg 1793) expostas a fármacosSaldaña Serrano, Miguel Angel January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura. Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:12:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / O esgoto sanitário é uma mistura complexa de compostos químicos, entre eles os produtos farmacêuticos e de higiene pessoal, o que torna preocupante seu impacto para os ecossistemas aquáticos. Apesar de serem detectados na zona costeira, pouco se sabe sobre os efeitos de fármacos em moluscos marinhos. Efeitos subletais causados pelo Ibuprofeno (IBU) e Paracetamol (PAR) foram investigados em ostras Crassostrea gigas expostas por 1, 4 e 7 dias nas concentrações (0 ; 1 e 100 µg.L-1). Foram analisada a viabilidade celular e os índices de dano de DNA nos hemócitos, bem como as atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR), glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PDH) e glutationa S-transferase (GST) em brânquias. A atividade da CAT aumentou nas ostras tratadas com ambas concentrações de IBU após 4 dias. Foi verificada uma menor atividade da GR nos animais expostos por 4 e 7 dias a 1 µg.L-1 de IBU. A atividade da GST aumentou nos animais tratados com 1 e 100 µg.L-1 de IBU por 4 e 7 dias. Nas ostras tratadas com 100 µg.L-1 de PAR foi observada uma maior atividade da GR após 1 dia de exposição. Após 4 dias de exposição a atividade da GR foi menor nos grupos tratados com as duas concentrações de PAR. Neste tempo também foi observada uma menor atividade da GPx nos animais expostos a 100 µg.L-1 de PAR. Para os demais parâmetros analisados, não foram observadas diferenças entre os tratamentos. Com base nos resultados obtidos podemos observar que as ostras C. gigas apresentaram um aumento no sistema de defesa antioxidante nas brânquias quando expostas a IBU 1µg. L-1 e PAR 100µg. L-1, mas estes fármacos, nestas condições experimentais não afetaram a viabilidade celular dos hemócitos e nem causaram um aumento no dano ao DNA.<br>
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Análise de ecossistemas aquáticos através do método input-output : estudo de caso lagoa Itapeva (sistema lagunar costeiro do Rio Grande do Sul)Frankenberg, Claudio Luis Crescente January 2004 (has links)
A enorme complexidade dos sistemas ecológicos tem sido uma grande barreira para a compreensão e o gerenciamento da problemática ambiental. Neste sentido a modelagem matemática é uma valiosa ferramenta, devido a sua capacidade de organizar as informações disponíveis sobre estes sistemas e de fazer previsões a seu respeito para diferentes condições. Desta forma a análise de sistemas naturais vem sendo abordada de diferentes maneiras, sendo que nas últimas décadas a teoria de ecossistemas expandiu-se e ramos específicos, que permitem seguir e predizer a evolução de ecossistemas, foram formulados. Um destes enfoques, conhecido como análise do fluxo de insumo-produto, pode ser utilizado para explicar o funcionamento e estrutura dos subsistemas de um ecossistema através da descrição dos fluxos de matéria ou energia. A análise do fluxo de insumo-produto pode ser representada através de dois modelos: o modelo determinístico ou o modelo estocástico, tendo sua origem em estudos de caso com o objetivo de analisar a econômica norte-americana, sendo uma extensão prática da teoria clássica de interdependência geral. Este trabalho faz uma abordagem sintética da evolução desta análise, avaliando dados teóricos e principalmente dados referentes à Lagoa Itapeva. A análise de input-output (determinística e estocástica) com o propósito de obter informações no que diz respeito aos fluxos (matéria e energia), é bastante simples; sendo que os modelos determinísticos se prestam melhor para traçar um panorama global e para obter projeções para as variáveis já os modelos estocásticos são mais complexos, mas provêem uma descrição mais acurada. Na Lagoa Itapeva os processos determinísticos demonstraram um baixo índice de ciclagem do carbono entre os três compartimentos em estudo e o fluxo preferencial na normalização corresponde ao compartimento dos produtores primários, isto decorre de não existir loop nos compartimentos em estudo e também não existir fluxos em dois sentidos. Em relação à avaliação estocástica foram observadas uma baixa relação no sentido espacial superfície-meio-fundo da lagoa, e uma boa distribuição espacial norte-centro-sul. Quanto à distribuição temporal, foi constatada uma baixa concordância entre os dados analisados e os dados reais quanto das análises realizadas em intervalos de tempo pequeno (horas) e uma boa concordância nas medidas feitas quando o intervalo foi significativo (meses). Também em relação à Lagoa Itapeva, foi verificado nas análises estocásticas, utilizando-se operadores espaciais, que como a dinâmica biológica nem sempre é linear, os organismos não podem acompanhar imediatamente e perfeitamente as mudanças do ambiente, resultando em tempos de residência de matéria significativamente baixo. Além da análise dos fluxos ligados a este ecossistema lagunar, foram desenvolvidas técnicas de correção e adaptação de dados referentes à amostragem ocorrida na Lagoa durante um ano de campanha. Assim, propõe-se uma nova perspectiva no uso desta metodologia de forma simples e de fácil manipulação matemática.
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Análise de ecossistemas aquáticos através do método input-output : estudo de caso lagoa Itapeva (sistema lagunar costeiro do Rio Grande do Sul)Frankenberg, Claudio Luis Crescente January 2004 (has links)
A enorme complexidade dos sistemas ecológicos tem sido uma grande barreira para a compreensão e o gerenciamento da problemática ambiental. Neste sentido a modelagem matemática é uma valiosa ferramenta, devido a sua capacidade de organizar as informações disponíveis sobre estes sistemas e de fazer previsões a seu respeito para diferentes condições. Desta forma a análise de sistemas naturais vem sendo abordada de diferentes maneiras, sendo que nas últimas décadas a teoria de ecossistemas expandiu-se e ramos específicos, que permitem seguir e predizer a evolução de ecossistemas, foram formulados. Um destes enfoques, conhecido como análise do fluxo de insumo-produto, pode ser utilizado para explicar o funcionamento e estrutura dos subsistemas de um ecossistema através da descrição dos fluxos de matéria ou energia. A análise do fluxo de insumo-produto pode ser representada através de dois modelos: o modelo determinístico ou o modelo estocástico, tendo sua origem em estudos de caso com o objetivo de analisar a econômica norte-americana, sendo uma extensão prática da teoria clássica de interdependência geral. Este trabalho faz uma abordagem sintética da evolução desta análise, avaliando dados teóricos e principalmente dados referentes à Lagoa Itapeva. A análise de input-output (determinística e estocástica) com o propósito de obter informações no que diz respeito aos fluxos (matéria e energia), é bastante simples; sendo que os modelos determinísticos se prestam melhor para traçar um panorama global e para obter projeções para as variáveis já os modelos estocásticos são mais complexos, mas provêem uma descrição mais acurada. Na Lagoa Itapeva os processos determinísticos demonstraram um baixo índice de ciclagem do carbono entre os três compartimentos em estudo e o fluxo preferencial na normalização corresponde ao compartimento dos produtores primários, isto decorre de não existir loop nos compartimentos em estudo e também não existir fluxos em dois sentidos. Em relação à avaliação estocástica foram observadas uma baixa relação no sentido espacial superfície-meio-fundo da lagoa, e uma boa distribuição espacial norte-centro-sul. Quanto à distribuição temporal, foi constatada uma baixa concordância entre os dados analisados e os dados reais quanto das análises realizadas em intervalos de tempo pequeno (horas) e uma boa concordância nas medidas feitas quando o intervalo foi significativo (meses). Também em relação à Lagoa Itapeva, foi verificado nas análises estocásticas, utilizando-se operadores espaciais, que como a dinâmica biológica nem sempre é linear, os organismos não podem acompanhar imediatamente e perfeitamente as mudanças do ambiente, resultando em tempos de residência de matéria significativamente baixo. Além da análise dos fluxos ligados a este ecossistema lagunar, foram desenvolvidas técnicas de correção e adaptação de dados referentes à amostragem ocorrida na Lagoa durante um ano de campanha. Assim, propõe-se uma nova perspectiva no uso desta metodologia de forma simples e de fácil manipulação matemática.
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Comunidade planctônica, especialmente copépodos, da plataforma continental de Santa Catarina (26-29°S)Becker, Érica Caroline January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:39:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
332119.pdf: 2673241 bytes, checksum: 4040d33ab0f01b8b8501ff58d47ef3a9 (MD5)
Previous issue date: 2014 / A comunidade mesozooplanctônica foi analisada em relação à estrutura de tamanho do fitoplâncton, às massas d' água e aos processos oceanográficos da plataforma continental de Santa Catarina. Arrastos verticais de zooplâncton (200 µm), amostras de água para nutrientes, clorofila e quantificação do fitoplâncton, registros de temperatura, salinidade e fluorescência (Rosette/CTD) foram obtidos no início do verão (dezembro/2010). Transectos perpendiculares à Baía da Babitonga (BB-26°S), Rio Itajaí (IR-27°S), Santa Catarina island (SCI-28°S) e Cabo de Santa Marta (CSM-28.5°S) foram conduzidos pelo NHo Cruzeiro do Sul. No CSM, a intrusão da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) próximo à superfície coincidiu com altas concentrações de clorofila-a (2 mg . m-3) e biomassa zooplanctônica (1.40 mg.m-3) caracterizando o início da ressurgência de verão. O plâncton foi dominado por nanoflagelados, diatomáceas penadas, tintinídeos e o copépode detritívoro Oncaea venusta. A pluma da BB foi observada até 120km da costa(salinidade<35), associada à alta concentração de fosfato e a comunidade dominada por dinoflagelados tecados e diatomáceas penadas associados ao pico da abundância do copépode herbívoro Temora turbinata. Na plataforma externa e talude, a Água Tropical (AT) teve grande influência na composição de assembleias de espécies de águas quentes, com altas abundâncias de nanoplâncton e dinoflagelados associados ao copépode indicador da Corrente do Brasil (CB), Clausocalanus furcatus. Estas três estruturas de comunidades encontradas são semelhantes a assembleias de espécies de copépodes, cladóceros e quetognatos do S-SE do Brasil. As concentrações de formas nitrogenadas foram muito baixas e estiveram associadas a dominância de nanoflagelados e baixa abundância de microplâncton em ambos os processos costeiros. Em geral, a plataforma apresenta uma estrutura planctônica muito complexa e diversificada, formada principalmente por organismos pequenos (5-20µm: >70%), mesmo para copépodes (0.5-1mm: ~60%). Estes resultados refletem que a presença de processos de enriquecimento na plataforma interna e as águas quentes da CB controlam a variação da composição da comunidade planctônica no gradiente costa-oceano e determinam a estrutura de tamanho do plâncton.<br> / Abstract: The mesozooplankton community was analyzed in relation to phytoplankton size structure, the water masses and oceanographic processes of the Santa Catarina continental shelf. Vertical hauls of zooplankton (200 µm), water samples for nutrients and chlorophyll-a, records of temperature, salinity and fluorescence (Rosette/CTD) were obtained in early summer (December 2010). Cross-shelf transects were carried out off Babitonga Bay (BB-26°S), Itajai river (IR- 27°S), Santa Catarina island (SCI-28°S) and Cape Santa Marta (CSM-29°S) with the NHo Cruzeiro do Sul. In CSM, the intrusion of the SACW near the surface coincided with high chlorophyll-a (2 mg.m-3) and zooplankton biomass (1.40 g.m-3) at the beginning of the upwelling. Plankton was dominated by nanoflagellates, pennate diatoms, tintinnid ciliates and the detritivore copepod Oncaea venusta. A narrow coastal plume in BB waters of relative less saline water (< 35 psu) extending ~120 km offshore was associated with high values of phosphate and thecate dinoflagellates and pennate diatoms associated with the peak of the herbivore copepod Temora turbinata. In the outer shelf and slope, the Tropical Water (TW) had greater influence on the establishment of species assemblies of warm waters with high abundances of nanoplankton and dinoflagellates associated with the indicator species of the Brazil Current (BC), Clausocalanus furcatus. These three community structures are found share similarities with species of copepods, cladocerans and chaetognaths of the S-SE Brazil shelf. The different forms of dissolved inorganic nitrogen were very low and were associated with the nanoflagellates dominance and low abundances of microplankton in both coastal processes. In general, the continental shelf has a very complex and diversified plankton structure, primarily composed by small organisms (5-20µm: >70%), even for copepods (0.5-1mm: ~60%). These results reflect that the presence of enrichment processes in the inner shelf and the warm waters of the BC control the variability of plankton community composition in coastal-offshore gradient and determine the plankton size structure.
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Aspectos biogeográficos e macroecológicos das macroalgas antárticas e subantárticasSanches, Paola Franzan January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:16:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
321922.pdf: 768405 bytes, checksum: 09f42f55b6b5e7d42ae5eadb556e3e7d (MD5)
Previous issue date: 2013 / Um dos principais assuntos trabalhados em Ecologia é a compreensão dos padrões de distribuição de espécies. A biogeografia surge, assim, como uma ciência voltada para o estudo de processos que ocorrem em macro-escala espaço/temporal, na qual passos evolutivos são essenciais para a explicação dos padrões. Na mesma direção, a macroecologia considera variáveis ecológicas (tamanho de corpo e densidade populacional), em questões adaptativas para entender a distribuição geográfica. As barreiras biogeográficas são essenciais para a definição desses processos e um exemplo podem ser as correntes oceânicas. Porém, muitas vezes elas facilitam a dispersão de organismos, como macroalgas. Embora muitos trabalhos tenham sido feitos com o grupo, aspectos biogeográficos referentes à região Antártica ainda são escassos, nenhum, tratando explicitamente da importância e da influência da Corrente Circumpolar Antártica (CCA). Ela é importante na circulação global e suas características dividem-na em frentes diferentes (Frente Polar, Divergência Antártica) que, por consequência, são barreiras de fluxos de água, e assim, de interações biogeográficas. Dessa forma, isola o continente Antártico dos arquipélagos e continentes do sul da Antártica por mais de 25 milhões de anos. E essas frentes seriam uma barreira para a dispersão de macroalgas? E ainda, selecionariam um morfotipo funcional específico? O presente trabalho segue com dois objetivos: entender padrões de distribuição de macroalgas nas porções subantártica e antártica do globo, e tentar relacioná-los aos morfotipos predominantes das maiores latitudes, tendo como base checklists de algas das áreas geográficas das zonas: Sub-Tropical (Sub-Trop), Sub-Antártica (Sub-Ant), Frente Polar (FP) e Divergência Antártica (Div Ant) e dos giros do Mar de Weddell e de Ross. Para tal, foi formado um banco de dados a partir do material fornecido no site Algae Base e de artigos e trabalhos científicos de listagens de espécies para as localidades presentes nas zonas definidas. Foi gerada uma matriz de presença e ausência e as algas foram classificadas de acordo com o morfotipo funcional determinado por Littler e Littler (1984). A similaridade de Bray-Curtis foi analisada, para o fator "zona", "setor" e "frequência de espécies por morfotipos", com a apresentação gráfica de nMDS. Os resultados mostram que a há diferenças significativas de composição de espécies entre as zonas e os setores. O número de espécies foi inversamente proporcional à latitude.O mesmo padrão se manteve para os demais níveis taxonômicos. Com relação às similaridades médias internas, a maior ocorreu na zona da Frente Polar, para espécies e gêneros, porém para famílias e ordens, foi na Zona Sub-Tropical. Para os setores, as diferenças significativas se mantiveram entre 1 e 3 e 2 e 3. Não há evidências de que haja essa importância para os morfotipos funcionais, embora haja frequência maior dos morfotipos mais resistentes (coriáceo e ramificado) na região dentro da corrente. Devido ao tempo de formação das localidades, espera-se que os fluxos dispersivos entre as províncias neste trabalho consideradas, cessaram em um dado momento, provavelmente, quando a CCA tornou-se forte e persistente o suficiente para bloquear movimentos através dela a cerca de 15 milhões de anos. Mas, analisando as características ambientais e os aspectos fisiológicos das espécies mais importantes para explicar as relações, há uma possível seleção adaptativa. Portanto, podemos inferir que as características intrínsecas de cada espécie foram importantes para a seleção das espécies dentro das frentes da corrente e a definição dos padrões que encontramos. <br> / Abstract : One of the most important subjects in Ecology is the understanding of the structure patterns of the ecological assemblages. Biogeography arises as a science focused on the study of processes, which occurs in a space/time macroscale, in which evolutive steps are essential to explain patterns. In the same direction, macroecology considers ecological variables, as body sizes, in adaptative questions to understand geographical distribution. Biogeographic barriers are a key to define these processes and one example is marine currents. However, they also favor the dispersion of many organisms, as seaweeds. Although many works have been done with this group, biogeographic aspects of Antarctic region are few, none about the influence of the Antarctic Circumpolar Current (ACC). It is important in the global circulation and their characteristics divide it in different fronts (Polar Front and Antarctic Divergence), which, by consequence, are water flow barriers, and thus, biogeographic interaction. Therefore, it isolates the Antarctic mainland from the archipelagos and lands from the south for over 25 milion years. So, would these fronts be a barrier for the dispersion of seaweeds? Moreover, would they select a specific morphotype? The present work has two goals: to understand distribution patterns of seaweeds in subantarctic and antarctic regions; to try to relate them to the predominant morphotypes of the major South latitudes, based on macroalgae checklists of the zones: Sub-Tropical (Sub-Trop), Sub-Antarctica (Sub-Ant), Polar Front (PF) e Antarctic Divergence (Div Ant). To this, a dataset was framed from the Algaebase, papers and lists of species, from the localities inside those areas. Then it as generated a binary matrix of presence and absence. The residual species were classified in functional morphotypes according to Littler e Littler (1984) methodology. Bray-Curtis similarity was analyzed to the factors: ?zones?, ?sections?: presence and absence of species, genera, families and orders and morphotypes relative frequency, presenting for both nMDS. Results show that there are significative differences in species and genera composition among zones and among sections. The number of species was inverse to latitude. The same pattern was observed for the other taxonomic levels. The similarity average, highest occurred in the PF zone, for species and genders, but for families and orders, it was in Sub-Trop zone. For sections, significative differences were between 1-3 and 2-3. There are no statistical evidences for the morphotypes. Nevertheless, there is moreresistent morphotypes (leather and branched) inside the current. Analyzing formation time of the localities and the currents in each area, we expect that the dispersive flows among the provinces in this paper, stopped in a given time, probably, when ACC became stronger and persistent enough to block movements across it, about 15 milion years ago. But, analyzing environmental aspects and physiological features of the most important species, which explain the relations, there is an adaptative selection. Therefore, we can infer that intrinsic characteristics of each species were important to select those who are inside the ACC fronts and the definition of found patterns.
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Ecologia da comunidade de diatomáceas epilíticas de um sistema de rio de baixa ordem da região hidrográfica do Guaíba : subsídios ao monitoramento ambiental de ecossistemas aquáticos sul brasileirosHermany, Guilherme January 2005 (has links)
Os sistemas de monitoramento utilizando diatomáceas foram desenvolvidos, em sua maioria, para monitorar os efeitos da poluição orgânica e da eutrofização, adotando como parâmetros de referência a demanda biológica de oxigênio após cinco dias e a concentração de fósforo total. Entretanto, vários fatores naturais têm sido apontados como causadores de variação na composição destas comunidades em rios. Por isso, grandes mudanças estruturais não provam necessariamente a hipótese de que tenha ocorrido algum evento poluidor. Neste contexto, a partir da relação entre a estrutura da comunidade de diatomáceas epilíticas da microbacia do arroio Schmidt, RS, Brasil, mudanças na qualidade da água e alterações físicas do meio, como fluxo, sombreamento ripário, largura e profundidade, objetivou-se colher subsídios para aplicação em programas de manejo e conservação de ecossistemas aquáticos. Durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004, foram realizadas quatro excursões científicas a seis estações, totalizando 24 amostragens, para medição das seguintes variáveis: condutividade elétrica, oxigênio dissolvido em saturação, pH, turbidez, demanda biológica de oxigênio em cinco dias (DBO5), demanda química de oxigênio (DQO), fósforo total, nitrato, sólidos totais dissolvidos, sólidos suspensos, sílica, profundidade de submersão do substrato, velocidade da correnteza, diâmetro dos seixos, largura do rio e sombreamento em função da vegetação ripária. Para as análises qualitativas e quantitativas das diatomáceas epilíticas, uma área de 25 cm2 foi raspada de cinco replicatas O material foi oxidado com dicromato de potássio, ácido sulfúrico e clorídrico para confecção de lâminas permanentes. Padrões de distribuição e abundância das espécies foram explorados através da Análise de Espécies Indicadoras e os fatores ambientais responsáveis por esta distribuição foram evidenciados pela Análise de Correspondência Canônica. Os resultados confirmaram a preferência de Cymbella e Encyonema por águas lentas e elevada luminosidade, bem como a adaptabilidade de Cocconeis ao sombreamento. Nitzschia acicularis, Surirella tenera e Planothidium rupestoides revelaram-se indicadoras de ambientes meso-eutróficos. Encyonema perpusilum destacou-se no habitat oligo/β- mesossapróbico, e Sellaphora pupula no sítio de maior concentração de eletrólitos. Pelo cruzamento das respostas das espécies à saturação de oxigênio, DBO5, DQO, condutividade, fósforo total, sólidos totais dissolvidos e turbidez, foi possível estabelecer dois grupos sinalizadores de qualidade: Achnanthes sp. 3, Cocconeis fluviatilis, Navicula angusta, Nitzschia acicularis, Tryblionella victoriae, Pinnularia cf. obscura, Planothidium rupestoides, Sellaphora pupula, Stenopterobia sp. e Surirella tenera, relacionadas com maior impacto antropogênico, e Achnanthes sp. 2, Encyonema perpusilum, Geissleria aikenensis, Luticola goeppertiana, Navicula symmetrica e Nitzschia amphibia, referindo-se a ambientes mais oxigenados, pouco mineralizados e com reduzidos teores de compostos orgânicos. Estas informações também constituem subsídios para estudos paleolimnológicos envolvendo a reconstituição de paleoambientes (e.g. maior abundância de Cymbella indicando ambientes lênticos) e a concentração de paleonutrientes (e.g. Nitzschia acicularis designando períodos de maior eutrofização).
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Alterações espaciais e temporais de características limnológicas resultantes da transformação rio-reservatório da usina hidrelétrica Dona Francisca, RS, BrasilRodrigues, Leon Maximiliano January 2002 (has links)
O presente estudo teve como objetivo avaliar as modificações que ocorreram no ecossistema aquático pela transformação rio-reservatório devido à construção e operação da barragem Dona Francisca. Amostras sazonais foram coletadas para avaliar características físicas e químicas ao longo de dois anos em nove estações amostrais na área correspondente ao reservatório da Dona Francisca, compreendendo quatro períodos de amostragem antes da formação do reservatório e quatro períodos depois da formação do reservatório, totalizando 8 períodos. No Capítulo 1 são apresentadas as bases teóricas sobre reservatório como ecossistemas complexos e compartimentalisados. O capítulo dois corresponde ao estudo experimental dos processos de estratificação e circulação baseado nos perfis verticais de temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e pH. No Capítulo 3 são comparados os padrões espaciais e temporais através da análise de alguns características físicas e químicas em duas fases, sendo uma compreendendo um ano antes de reservatório e outra compreendendo um ano depois da formação do reservatório. Por último, no Capítulo 4 é apresenteda uma análise integrada das características físicas e químicas da água usando análise multivariada (agrupamento e ordenação). Os resultados demonstraram que houve alterações das características limnológicas tanto no espaço como no tempo. As alterações compreendem mudanças nos padrões de fluxo unidirecional da antiga condição de rio para padrões anuais com períodos de estratificação com formação de termoclina no verão, deslocamento de massas de água sem homogeneizaçãi da coluna de água no outono e circulação com homogeneisação da coluna de água no inverno e primavera. Tais padrões variaram nas diferentes reggiões do reservatório, e conduziram à classificação do reservatório Dona Francisca como monomítico quente. A zonação em três regiões distintas baseada no gradiente longitudinal causado pela pressaão da cunha fluvial do rio principal, e a formação de remansos são fenômenos comuns à maioria dos reservatórios sendo também constatados no reservatório dona Francisca. As mudanças constatadas resultaram em processos de precipitação e sedimentação de materiais como ferro, manganês e sólidos suspensos, os quais eram carregados rio abaixo antes da formação do reservatório. Além disso, foram registradas mudanças no balanço térmico e químico, como o aumento da temperatur e a diminuição do oxigênio dissolvido devido ao aumento do tempo de residência. Também ocorreu aumento gradual da acidez e demanda química de oxigênio causada pela decomposição da vegetação submersa.
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