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Análise de polimorfismos nos genes HSD17B1, MMP2 e MMP9 em pacientes com endometriose

Santos, Raphaela Paulo dos January 2013 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-09-29T15:58:03Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇÃO RAPHAELA PAULO DOS SANTOS.pdf: 1582818 bytes, checksum: 4215a83eff291ff2840c11ace4e2d890 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-09-29T15:58:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇÃO RAPHAELA PAULO DOS SANTOS.pdf: 1582818 bytes, checksum: 4215a83eff291ff2840c11ace4e2d890 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-29T15:58:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇÃO RAPHAELA PAULO DOS SANTOS.pdf: 1582818 bytes, checksum: 4215a83eff291ff2840c11ace4e2d890 (MD5) Previous issue date: 2013 / Universidade Federal Fluminense. Hospital Universitário Antonio Pedro. Centro de Ciências Médicas / A endometriose é definida pela presença de tecido endometrial (glândula e/ou estroma) fora da cavidade uterina, a patologia afeta 10-15% das mulheres em idade reprodutiva, além disso, os sintomas álgicos da doença implicam em impactos econômicos e sociais. A doença apresenta diagnóstico tardio e sua etiologia ainda não foi completamente elucidada, porém, sabe-se que a endometriose possui caráter poligênico e multifatorial. O objetivo do estudo foi avaliar se os polimorfismos no gene HSD17β1 (rs605059), envolvido na síntese de estrogênio, e nos genes MMP2 (rs243865) e MMP9 (rs17576), que atuam no remodelamento da matriz extracelular, estão associados com a endometriose quanto ao risco e o grau de severidade da doença. O estudo do tipo caso-controle foi composto por 231 mulheres, sendo 97 casos e 134 controles. Todas as pacientes do grupo caso possuíam diagnóstico histopatológico para a endometriose. O DNA genômico foi extraído a partir de saliva, e o polimorfismo no gene HSD17β1 foi detectado pela técnica de PCR- Nested seguido de digestão do produto de PCR pela enzima BstUI, os genes MMP2 e MMP9 foram genotipados pela técnica de PCR em Tempo Real. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as distribuições genotípicas e alélicas dos genes analisados entre os grupos estudados (p>0,05). Do mesmo modo não foi observada diferença significativa na frequência dos genótipos e alelos entre os diferentes estágios da doença (p>0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos nos genes HSD17β1 (rs605059), MMP2 (rs243865) e MMP9 (rs17576), não estão associado com a endometriose em pacientes brasileiras, mesmo quando avaliado as relações entre graus de severidade variados / Endometriosis is defined by the presence of endometrial tissue (glands and / or stroma) outside the uterine cavity, this condition affects 10-15% of women of reproductive age, in addition, the pain symptoms of the disease involves economic and social impacts. The disease presents late diagnosis and its etiology has not been fully elucidated, but it is known that endometriosis has multifactorial and polygenic character. The aim of the study was to assess whether the polymorphisms in the HSD17β1 (rs605059), involved in estrogen synthesis, and MMP2 genes (rs243865) and MMP9 (rs17576), which act in extracellular matrix remodeling are associated with endometriosis as the risk and severity of the disease. The case-control study consisted of 231 women, with 97 cases and 134 controls. All patients in the case group had histopathological diagnosis for endometriosis. Genomic DNA was extracted from saliva, and HSD17β1 gene polymorphism was detected by Nested-PCR followed by digestion of the PCR product by the enzyme BstUI, MMP2 and MMP9 genes were genotyped by Real Time-PCR. There was no statistically significant difference between the genotypic and allelic distributions of genes analyzed between groups (p> .05). Similarly there was no significant difference in the frequency of genotypes and alleles between different stages of the disease (p> .05). The results of this study suggest that polymorphisms in genes HSD17β1 (rs605059), MMP2 (rs243865) and MMP9 (rs17576), are not associated with endometriosis in Brazilian patients, even when the relations between different degrees of severity were evaluated
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Expressão qualitativa de genes relacionados à atividade de células tronco em mulheres inférteis com endometriose peritoneal / Qualitative expression of stem cell related genes in infertile women with peritoneal endometriosis

Paula Beatriz Tavares Fettback 16 November 2010 (has links)
Introdução: As células tronco podem contribuir na patogênese da endometriose. Os objetivos deste estudo foram avaliar e comparar a expressão de genes relacionados à atividade das células tronco no endométrio tópico (Et), peritônio normal (PN) e nos implantes de endometriose peritoneal superficial e profunda (EPS/EPP) de mulheres inférteis com endometriose. Métodos: Vinte e quatro amostras de Et, PN, EPS e EPP foram obtidas durante laparoscopia de seis pacientes. A expressão de 84 genes relacionados à atividade de células tronco foi avaliada pela técnica de transcrição reversa e reação em cadeia de polimerase (RT-PCR). Resultados: Todos os genes foram expressos no Et, PN, EPS e EPP. Não houve diferença entre o PN, EPS e EPP. Não houve diferença quando as lesões de EPS e EPP foram comparadas entre si. Comparados ao Et, 24, 49 e 45 genes foram diferencialmente expressos no PN, EPS e EPP, respectivamente. Destes genes diferencialmente expressos 23 eram comuns. A análise funcional dos 23 genes evidenciou 5 genes comumente superexpressos (genes reguladores do ciclo celular; comunicação celular e marcador de células embrionárias) e 18 subexpressos (fatores de crescimento; marcadores de células neurais; marcador de auto-renovação; marcador de células embrionárias; divisão celular simétrica e assimétrica; marcadores de células hematopoiéticas; comunicação celular, via de sinalização Notch; via de sinalização Wnt; marcador de células mesenquimais; marcador metabólico e moduladores do cromossomo e da cromatina). Conclusões: Os genes relacionados à atividade de células tronco estavam expressos no endométrio tópico, nas lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda e no peritônio normal. A expressão gênica foi mais semelhante no peritônio normal e nas lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda, comparadas ao endométrio tópico. Não se observaram diferenças significantes na expressão gênica entre as lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda / Introduction: Stem/progenitor cells may contribute to the pathogenesis of endometriosis. The objective of this study was to identify and compare expression of genes regulating SPCs function in eutopic endometrium (EuE), normal peritoneum (NP) and peritonea superficial and deep infiltrative endometriosis (SE/DIE) of women with pelvic endometriosis. Methods: Twenty-four biopsies from EuE, NP, SE and DIE were obtained during laparoscopy from 6 patients. The expression of 84 stem cell-related genes was performed using a RT-PCR-based analysis. Results: All genes analyzed were expressed in the EuE, NP, SE and DIE. No difference was shown between SE, DIE and NP. There was no difference when the SE and DIE were compared to each other. Compared to EuE, 24, 49 and 49 genes were differentially expressed in the NP, SE, and DIE, respectively. Of these differentially expressed genes 23 were the same. Funcional analisis demonstrated that 5 genes were commonly overexpressed (cell cycle regulators; cell communication and embryonic cell marker) and 18 underexpressed (growth regulators; neural cell markers; self-renewal marker; embryonic cell marker; symmetric and asymmetric stem cell division; hematopoietic cell markers; cell communication; Wnt pathway; Notch pathway; mesenchymal cell marker; metabolic marker; chromosome and chromatin modulators). Conclusions: Stem cell related genes were expressed in the human endometrium, peritoneal superficial and deep endometriosis lesions and in the normal peritoneum. There was no difference when superficial and deep endometriosis were compared to each other.
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Adenomiose em pacientes com endometriose profunda: aspectos clínicos, histológicos e radiológicos / Adenomyosis in patients with deep endometriosis: clinical, histological and radiological aspects

Midgley Gonzales 01 June 2010 (has links)
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação do diagnóstico, à ressonância magnética, de adenomiose com endometriose. Pacientes e Métodos: Entre fevereiro de 2004 e março de 2008 foram avaliadas 152 pacientes, com diagnóstico histológico de endometriose, as quais foram separadas em dois grupos de acordo com a presença (Grupo A) ou ausência de adenomiose (Grupo B), diagnosticadas ao exame de ressonância magnética. Foram analisadas a espessura da zona juncional e a presença de cistos intramiometriais como critérios principais para diagnóstico de adenomiose. Critérios secundários como acometimento da parede posterior uterina, \"adenomiose subserosa\", zona juncional até a serosa, zona juncional indefinida e adenomiose focal também foram avaliados. Os dados obtidos pela análise do exame de imagem foram correlacionados ao quadro clínico, estadiamento, local de acometimento e a classificação histológica da endometriose. Resultados: A prevalência de adenomiose em pacientes com endometriose foi de 42,76%. Pacientes com endometriose e adenomiose, diagnosticada à ressonância magnética, apresentaram, em relação ao grupo sem adenomiose maior queixa de dismenorréia severa ou incapacitante (61,53% no Grupo A e 44,83% no Grupo B, p=0,041) e dispareunia de profundidade (64,61% no Grupo A e 41,38% no Grupo B, p=0,005), maior associação com endometriose estádio IV (50,77% no Grupo A e 33,34% no Grupo B, p=0,03), mais endometriose localizada em retossigmóide (49,23% no Grupo A e 32,18% no Grupo B, p=0,033), maior associação com endometriose indiferenciada ou mista (52,31% no Grupo A e 34,48% no Grupo B, p=0,028). As pacientes com endometriose profunda, acometendo retossigmoide, e com estádio IV, apresentaram adenomiose, correlacionada a maiores espessuras de zona juncional, predominantemente em parede posterior do útero, e relacionada ao achado radiológico de cistos intramiometriais e adenomiose subserosa (p<0,05). Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que, neste estudo, observou-se correlação entre adenomiose e endometriose profunda de pior prognóstico, envolvendo principalmente o reto-sigmóide. / Objectives: The objective of this study was to analyze the relationship between endometriosis and adenomyosis diagnosed by magnetic resonance imaging (MRI). Patients and Methods: From February 2004 to March 2008, 152 patients with histological diagnosis of endometriosis were allocated in two groups, according to the presence (group A) or not (group B) of adenomyosis diagnosed by MRI. Junction zone length and myometrial cysts presence were considered the main criteria of adenomyosis diagnosis. Other aspects such as uterine posterior wall lesions, \"subserosal adenomyosis\", junction zone length until uterine serosa, undefined junction zone and focal adenomyosis were also studied. The results of MRI adenomyosis analysis were compared to endometriosis in terms of ASRM staging, sites of lesions and histological classification. Results: The prevalence of adenomyosis in patients with endometriosis was 42,76%. When compared to the group without adenomyosis, patients with endometriosis and adenomyosis, diagnosed by MRI, presented more dysmenorrhea (61,53% in group A and 44,83% in group B, p=0,041) and deep dyspareunia (64,61% in group A and 41,38% in group B, p=0,005), association with stage IV endometriosis (50,77% in group A and 33,34% in group B, p=0,03), endometriotic lesions affecting rectosigmoid (49,23% in group A and 32,18% in group B, p=0,033) and association with pure or mixed undifferentiated endometriosis (52,31% in group A and 34,48% in group B, p=0,028). Patients with lesions affecting rectosigmoid and stage IV endometriosis had an association with adenomyosis in uterine posterior wall, with thicker junction zone, myometrial cysts and \"subserosal adenomyosis\" in MRI study. Conclusions: The results of this study show correlation between adenomyosis and worse prognosis deep endometriosis, mainly involving the rectosigmoid.
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Efeito da remoção cirúrgica das lesões de endometriose profunda na expressão dos microRNAs-21, -451 e -29c e da proteína FKBP52 / The effect of surgical removal of deeply infiltrating endometriosis (DIE) on the microRNAs -21, -451, -29c and the protein FKBP52

Eduardo Hideki Miyadahira 14 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico da endometriose profunda tem se mostrado benéfico para os resultados de Reprodução Assistida. O motivo que leva aos melhores resultados ainda é desconhecido, mas remete à etiologia multifatorial dessa doença. Observa-se, então, a oportunidade de investigar mecanismos moleculares que possam justificar este fato. Nesse contexto, os microRNAs podem desempenhar papel fundamental na medida em que alteram a expressão de diferentes genes por meio da inibição póstranscricional. OBJETIVO: Analisar o efeito da remoção cirúrgica das lesões de endometriose profunda na expressão dos microRNAs -21, -451 e -29c, além da expressão da proteína FKBP52. MÉTODOS: Trata-se de estudo clínico, prospectivo, longitudinal e comparativo no qual foram incluídas 26 pacientes que foram divididas em dois grupos, segundo o resultado da ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal. As pacientes que não apresentaram alterações sugestivas de endometriose compuseram o grupo controle (n = 11) e foram submetidas à coleta de amostra de endométrio. As pacientes do grupo de estudo (n = 15) foram submetidas à amostragem endometrial antes e após o tratamento cirúrgico da endometriose, além de ter sido realizada a coleta de amostra da lesão profunda durante o ato operatório. Foi realizada a extração total de RNA dessas amostras e, posteriormente, PCR em tempo real para análise de expressão dos microRNAs -21, -451 e -29c, além da proteína FKBP52. RESULTADOS: A comparação da expressão relativa dos microRNAs -21 e -451 entre as amostras, de forma geral, não mostrou diferença estatisticamente significante. A expressão relativa do microRNA-29c foi maior no endométrio de pacientes com endometriose em relação ao grupo controle e ainda maior nas lesões de endometriose profunda. Após a cirurgia, a expressão do microRNA-29c no endométrio, foi equivalente à do grupo controle. A expressão da FKBP52 foi menor no endométrio das mulheres com endometriose e nas lesões da doença em comparação ao grupo controle. Após o tratamento cirúrgico houve aumento da expressão de FKBP52 nas amostras de endométrio nas pacientes com endometriose que passou a ser semelhante à do grupo controle. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a presença das lesões de endometriose pode aumentar a expressão do microRNA-29c no endométrio e, por conseguinte, diminuir a expressão de um dos seus RNA mensageiros alvos que codifica a proteína FKBP52. Após o tratamento cirúrgico, com remoção das lesões de endometriose, a expressão do microRNA-29c e da FKBP52 se assemelhou à do grupo controle / INTRODUCTION: Surgical treatment of deeply infiltrating endometriosis appears to yield benefits to the affected women and also to the assisted reproduction treatments. Although the mechanisms involved on the improvement of the outcomes are still unknown; yet, they are similar to the multifactorial origin of the endometriosis. Considering that the microRNAs can modify different genes expression, it was investigated their role concerning the molecular pathways leading to endometriosis and the clinical betterment of the assisted reproductive procedures after the surgical treatment. OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the effect of surgical treatment in women with endometriosis focusing the microRNAs -21, -451 and -29c expression, as well as the protein FKBP52 expression. METHODS: This is a clinical, prospective, longitudinal and comparative study which included 26 patients that were divided into two groups according to the findings of the transvaginal ultrasound with bowel preparation. Eleven women without evidence of DIE composed the control group and were submitted to eutopic endometrium sampling. Fifiteen women presented with evidence for DIE detected by pelvic ultrasound were also submitted to eutopic endometrium sampling before and after surgical treatment. Surgical procedures revealed the presence of relevant DIE. Total RNA extraction of all samples was performed and followed by real time PCR to evaluate microRNAs -21, -451, -29c and protein FKBP52 expression. RESULTS: MicroRNAs -21 and -451 expression analysis did not show statistically significant difference among samples. Nonetheless, expression of microRNA-29c was elevated in eutopic endometrium of women suffering from DIE in comparison to the control group. After surgery, the microRNA- 29c expression in eutopic endometrium became equivalent to the control group. The expression for FKBP52 was lower in women having DIE than those without endometriosis. The surgical treatment increased the expression of the protein FKBP52 in eutopic endometrial samples, turning it similar to the control group. CONCLUSIONS: The results of this study suggest that the presence of DIE might increase the expression of microRNA-29c in eutopic endometrium and consequently decrease the expression of one of its target messenger RNA that codifies the protein FKBP52. After surgical removal of endometriosis lesions, the microRNA-29c and the FKBP52 expression returned to a level similar to the control group
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Padrões de resposta imune em pacientes com endometriose / Immune response patterns in patients with endometriosis

Sérgio Podgaec 12 September 2006 (has links)
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação e a predominância dos padrões de resposta imune Th1 e Th2 em pacientes com endometriose. Pacientes e Métodos: Entre Fevereiro de 2004 e Abril de 2005 foram avaliadas 98 pacientes divididas em dois grupos de acordo com a presença (Grupo A) ou ausência de endometriose (Grupo B), confirmada histologicamente. Foram coletados sangue periférico e fluido peritoneal de todas as pacientes para a dosagem de interleucinas (IL) 2, 4 e 10, fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e interferon-gama (IFN-gama) por citometria de fluxo. Além da presença da endometriose, foram analisadas a fase do ciclo menstrual, o quadro clinico, o estadiamento, o local de acometimento e a classificação histológica da moléstia. Resultados: Observou-se elevação estatisticamente significante nas concentrações de IFN-gama (mediana de 1,5pg/ml no Grupo A e de 0,4pg/ml no Grupo B, p=0,03) e de IL-10 (mediana de 38,6pg/ml no Grupo A e de 15,7pg/ml no Grupo B, p=0,03) do fluido peritoneal das pacientes com endometriose em relação àquelas sem a doença. As pacientes com endometriose apresentaram alteração estatisticamente significativa na relação das concentrações de IL-4/IFN-gama (p<0,001), IL-4/IL-2 (p=0,006), IL-10/IFN-gama (p < 0,001) e IL-10/IL-2 (p<0,001) do fluido peritoneal, com concentrações mais elevadas da IL-4 e da IL-10, o que reflete o predomínio da resposta Th2 sobre a Th1. Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que, neste estudo, observou-se elevação de citocinas relativas à resposta imune Th2, denotando haver um predomínio deste padrão de resposta em pacientes com endometriose. / Objective: The objective of this study was to analyze the relation and the predominance of the immune response patterns Th1 and Th2 in patients with endometriosis. Patients and Methods: Between February 2004 and April 2005, 98 patients were evaluated and divided into two groups, according to the presence (Group A) or absence of endometriosis (Group B), confirmed by histology. Peripheral blood and peritoneal fluid were collected from all patients to obtain the concentrations of interleukines (IL) 2, 4 and 10, tumor necrosis factor-alpha (TNF-alpha) and interferon-gamma (IFN-gamma) using flow cytometry. Besides the presence of endometriosis, we analyzed phase of menstrual cycle, clinical complaints, classification, site and histological differentiation of the disease. Results: We observed higher concentrations of IFN-gamma (median of 1.5pg/ml in Group A and 0.4pg/ml in Group B, p = 0.03) and IL-10 (median of 38.6pg/ml in Group A and 15.7pg/ml in Group B, p = 0.03) in peritoneal fluid of patients with endometriosis in relation to those without the disease. Patients with endometriosis presented a significant alteration in IL-4/IFN-gamma (p < 0.001), IL-4/IL-2 (p = 0.006), IL-10/IFN-gamma (p < 0.001) and IL-10/IL-2 (p<0.001) ratio concentrations of peritoneal fluid, with IL-4 and IL-10 predominance, reflecting a Th2 response predominance over the Th1. Conclusion: The results allow concluding that, in this study, it was observed a cytokine elevation related to Th2 immune response, indicating a predominance of this pattern of response in patients with endometriosis.
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Interleucina-6 na endometriose : concentrações no fluído peritoneal e expressão proteica no tecido endometrial

Ortiz, Karine Silveira January 2017 (has links)
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta pelo menos 10% das mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Embora sua etiologia permaneça controversa, estudos propõem que alterações imunológicas e inflamatórias estão correlacionadas com a causa da endometriose e podem contribuir para o crescimento e sobrevida de implantes ectópicos. Como parte integrante desse processo, um microambiente peritoneal anormal pode ser constituído por níveis aumentados de células imunológicas. Dentre estas, a elevação de citocinas pró-inflamatórias no ambiente peritoneal e sistêmico participariam desse processo. Citocinas incluindo a interleucina-6 (IL-6), uma glicoproteína com atuação na resposta imune e considerada como um marcador de inflamação tem sido proposta na patogênese da endometriose. Recentemente, demonstramos que as concentrações de IL-6 no fluído peritoneal (FP) apresentam-se elevadas em mulheres com endometriose em comparação com mulheres hígidas (Andrade et al., 2017, in press). No entanto, a fonte do aumento de IL-6 no FP ainda não foi totalmente elucidada e seu potencial envolvimento com a endometriose merece maior investigação. No presente estudo, avaliamos a expressão proteica de IL-6 no tecido endometrial e sua concentração no FP de mulheres com endometriose pélvica e comparamos com mulheres hígidas. Um total de 18 pacientes com endometriose e 12 mulheres com pelve normal foram incluídas neste estudo caso-controle. Foram realizadas avaliações clínicas e laboratoriais. Os níveis de IL-6 no FP e a expressão proteica no tecido endometrial foram determinados utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) e imuno-histoquímica respectivamente. A concentração de IL-6 no FP foi significativamente mais elevada no grupo endometriose em comparação com o grupo controle [48,2 (36,7 - 89,9) ng/ml versus 23,1 (11,8 - 35,3) ng/ml, P = 0,002]. A expressão proteica de IL-6 foi positiva na maior parte das amostras de ambos os grupos sendo significativamente mais intensa no tecido endometriótico em comparação com a expressão no endométrio de mulheres com pelve normal (P < 0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que a fonte da IL6 no FP de pacientes com endometriose possa ser, pelo menos em parte, proveniente dos focos endometrióticos. / Endometriosis is a chronic gynecological disease that affects at least 10% of women of reproductive age. It is characterized by growth of endometrial tissue outside the uterine cavity. Although its etiology remains controversial, studies suggest that immunological and inflammatory changes are associated with endometriosis and may contribute to the growth and survival of ectopic implants. As part of this process, an abnormal peritoneal microenvironment may be constituted by increased levels of immune cells. Among these, the elevation of proinflammatory cytokines in the peritoneal and systemic environment would participate in this process. Cytokines including interleukin-6 (IL-6), a glycoprotein that acts on the immune response and is considered as a marker of inflammation has been proposed to play a role in the pathogenesis of endometriosis. Recently, we have shown that IL-6 concentrations in the peritoneal fluid (PF) were higher in women with endometriosis compared to healthy women (Andrade et al., 2017, in press). However, the source of IL-6 in PF has not yet been fully elucidated and its potential involvement with endometriosis warrants further investigation. In the present study, we evaluated the protein expression of IL-6 in endometrial tissue and its concentration in PF of women with pelvic endometriosis and compared them with healthy women. A total of 18 patients with endometriosis and 12 women with normal pelvis were included in this case-control study. Clinical and laboratory evaluations were performed. IL-6 levels in PF and protein expression in endometrial tissue were determined using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and immunohistochemistry respectively. The concentrations of IL-6 in PF were significantly higher in the endometriosis group compared to the control group [48.2 (36.7-89.9) ng / ml versus 23.1 (11.8-35, 3) ng / ml, P = 0.002]. Protein expression of IL-6 was positive in most samples from both groups being significantly more intense in the endometriotic tissue of patients with endometriosis compared to the endometrial expression in women with normal pelvis (P < 0.05). The results of the present study suggest that the source of IL6 in the PF of patients with endometriosis may come, at least in part, from the endometriotic focus.
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Padrão de metilação do receptor de progesterona (PGR) em endométrio eutópico de pacientes com infertilidade relacionada à endometriose durante a fase secretora / Methylation pattern of progesterone receptor (PGR) on eutopic endometrium of patients with infertility related to endometriosis during stage secretory

Rocha Júnior, Carlos Valério da 08 December 2015 (has links)
A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial ectópico histologicamente similar ao do endométrio eutópico. Dentre sua sintomatologia, encontra-se relatos de infertilidade a qual está relacionada à diminuição da receptividade endometrial e a resistência à progesterona, importante hormônio envolvido no estabelecimento desse processo e na manutenção da gestação. A etiologia da endometriose não é bem conhecida, mas estudos sugerem que essa desordem possa estar ligada a mecanismos epigenéticos de regulação da expressão genica, tais como a metilação do DNA. A receptividade endometrial à progesterona é mediada por receptores (PR-A e PR-B) a qual parece estar suprimida nessas pacientes, possivelmente por diminuição ou inatividade destes receptores, o que poderia ser um mecanismo envolvido na infertilidade associada à endometriose. Estudos de metilação no gene codificante das isoformas A e B do receptor de progesterona (PGR) mostram que o exon 1 da isoforma PR-B encontra-se hipermetilado e tem sua expressão silenciada em pacientes portadoras da doença. Entretanto ainda não foi avaliado o perfil de metilação deste gene em mulheres inférteis com a doença, o que poderia estar envolvido na infertilidade apresentada por essas pacientes. O objetivo desde estudo foi avaliar o padrão de metilação do gene PGR em endométrio eutópico de mulheres com infertilidade relacionada à endometriose e controles inférteis, durante a fase secretora. 10 Foram realizadas biópsias endometriais de 23 pacientes, divididas em dois grupos: 12 mulheres inférteis sem endometriose (Controle infértil) e 11 mulheres inférteis com endometriose (Endometriose). Todos os endométrios coletados foram confirmados na fase secretora do ciclo através de análise histológica clássica segundo os critérios de Noyes. O DNA genômico foi extraído com o QIAamp DNA Mini Kit e modificado utilizando o EpiTec Bissulfite Kit. O padrão de metilação das isoformas PR-A e PR-B foi avaliado pela técnica HRM (High Resolution Melting) A análise de metilação da isoforma PR-A mostrou que a região analisada encontra-se hipometilada, em que a porcentagem de metilaçao encontrada foi 0% em ambos os grupos com e sem endometriose. No entanto, no grupo com endometriose, a isoforma PR-B mostrou-se parcialmente metilada na maioria das pacientes com porcentagem de metilaçao de 50% (n=8), somente uma paciente apresentou 80% de metilacão na isoforma B. Para o grupo sem endometriose a isoforma PR-B mostrou-se hipometilada (0%). A hipometilação da isoforma PR-A sugere que este gene encontrar-se na sua forma ativa, sem alterações em sua expressão. No entanto, a hipermetilação da isoforma PR-B nas mulheres com endometriose pode estar relacionada com o silenciamento gênico ou redução da sua expressão, sugerindo que a baixa resposta à progesterona nas mulheres com endometriose pode estar diretamente ligada à redução do número de seus receptores nessas pacientes / Endometriosis is a disease characterized by ectopic growth of endometrial tissue histologically similar to the eutopic endometrium. Among this symptoms, is infertility accounts which is related to decreased endometrial receptivity and resistance to progesterone, important hormone involved in the establishment of this process and the maintenance of pregnancy. The etiology of endometriosis is not well known, but studies suggest that this disorder can be linked to epigenetic mechanisms of regulation of gene expression such as DNA methylation. The endometrial responsiveness to progesterone is mediated by receptors (PR-A and PR-B) which seem to be suppressed in these patients, possibly reducing or inactivity of these receptors, which could be a mechanism involved in the infertility associated with endometriosis. Studies in methylation of the gene encoding the A and B isoforms of progesterone receptor (PGR) showed that exon 1 of the PR-B isoform is hypermethylated and silenced have its expression in patients with the disease. However it has not been rated the methylation profile of this gene in infertile women with the disease, which could be involved in the infertility presented by these patients. The goal from study was to evaluate the methylation pattern of the PGR gene in eutopic endometrium of women with infertility related to endometriosis and infertile controls during the secretory phase. Endometrial biopsies were performed on 12 23 patients, divided into two groups: 12 infertile women without endometriosis (infertile Control) and 11 infertile women with endometriosis (Endometriosis). All endometrium collected were confirmed in the secretory phase of the cycle by classical histological analysis according to the criteria of Noyes. Genomic DNA was extracted with the QIAamp DNA Mini Kit and using the modified EpiTec Bissulfite Kit. The methylation pattern of PR-A and PR-B isoforms was assessed by HRM technique (Melting High Resolution) Methylation analysis of PR isoform The analyzed showed that the region is hipometilada, wherein the percentage of methylation was found 0% in both the groups with and without endometriosis. However, in the group with endometriosis, the PR-B isoform showed partially methylated in most patients with methylation percentage of 50% (n = 8), only one patient showed methylation in 80% of isoform B. In the group without endometriosis the PR-B isoform was shown hipometilada (0%). The hypomethylation of PR-A isoform suggests that this gene be in its active form, without change in his expression. However, hypermethylation of the PR-B isoform in women with endometriosis may be associated with gene silencing or reducing the expression, suggesting that the low response to progesterone in women with endometriosis can be directly linked to the reduction of its receptors in these patients
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Perfil diferencial de microRNAs em células do Cummulus oophorus de mulheres inférteis com e sem endometriose submetidas à estimulação ovariana / Differential profile of microRNAs in Cumulus oophorus cells from infertile women with and without endometriosis submitted to ovarian stimulation

Silva, Liliane Fabio Isidoro da 27 September 2017 (has links)
Questiona-se um possível papel deletério da endometriose sobre a qualidade oocitária (QO), que é, em grande parte, condicionada pelo papel das células do cumulus. A função dessas células envolve a expressão de diversas moléculas codificadas por genes específicos, regulada a nível de transcrição, pós-transcrição e tradução. Os microRNAs atuam como reguladores póstranscricionais da expressão gênica, de modo que qualquer alteração nesse mecanismo pode levar a anormalidades no desenvolvimento oocitário. Desta forma, propusemos um estudo inédito da análise de microRNAs em células do cumulus (CC) de mulheres inférteis com e sem endometriose com o objetivo de evidenciar processos biológicos e vias de atuação correlacionados com o papel da endometriose na infertilidade e seu possível impacto na aquisição da competência oocitária. Foram incluídas no estudo 15 pacientes inférteis (5 controles com fator tubário e/ou masculino, 5 com endometriose estágios I/II e 5 com endometriose estágios III/IV) submetidas à estimulação ovariana controlada (EOC) para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Imediatamente após a captação oocitária, as CCs foram isoladas e armazenadas para extração dos miRNAs. O perfil de 754 miRNAs foi analisado por meio da técnica de TaqMan®Array Human MicroRNA Cards. Considerou-se significativo p<0,05. Os miRNAs hsa-let-7f-1#, hsa-miR-1291, hsa-miR-140-5p, hsa-miR-218, hsa-miR-30b e hsa-miR-629-5p foram identificados menos expressos nas pacientes com endometriose I/II comparadas às controles. Os miRNAs hsa-miR-1291, hsa-miR-187-3p, hsamiR-30b, hsa-miR-532-3p e hsa-miR-629-5p foram identificados menos expressos nas pacientes com endometriose III/IV em relação às controles. Ao comparar-se os grupos endometriose I/II e endometriose III/IV entre si, os miRNAs hsa-miR-187-3p e hsa-miR-532- 3p foram menos expressos e os miRNAs hsa-let-7f-1# e hsa-miR-362-3p mais expressos nas pacientes com endometriose III/IV. A análise de enriquecimento identificou os genes regulados pelos miRNAs e as respectivas vias metabólicas em que estão envolvidos, sugerindo aumento de apoptose, diminuição de proliferação celular, alterações no controle do ciclo celular e no metabolismo energético das CCs de mulheres com a doença inicial e avançada. Os dados apontam para alterações na regulação pós-transcricional em CCs de mulheres inférteis com endometriose inicial e avançada, o que pode afetar processos e vias essenciais à aquisição de competência oocitária e estar envolvido na infertilidade associada à doença. Este estudo contribui para o entendimento da etiopatogênese da infertilidade relacionada à endometriose identificando mecanismos pós-transcricionais relacionados à piora da qualidade gamética nestas mulheres. / It is questioned a possible deleterious role of endometriosis on oocyte quality (OQ), which is largely conditioned by the function of cumulus cells. The role of these cells involve the expression of several molecules encoded by specific genes, regulated at transcription level, post-transcription and translation. The microRNAs act as transcriptional regulators of gene expression, thus any alteration in this mechanism can lead to abnormalities in oocyte development. In this way, we proposed an unpublished study of the microRNAs analysis in cumulus cells (CC) of infertile women with and without endometriosis, aiming to evidence the biological processes and pathways of action correlated with the presence of endometriosis in infertility and its possible impact on the acquisition of oocyte competence. Fifteen infertile patients (5 controls with tubal factor and/or male, 5 with stage I/II of endometriosis and 5 with stages III/IV of endometriosis) submitted to the controlled ovarian stimulation (EOC) for intracytoplasmic sperm injection (ICSI) were included in the study. Immediately after oocyte uptake, CCs were isolated and stored for miRNA extraction. The 754 miRNAs profile was analyzed using the TaqMan®Array Human MicroRNA Cards technique. Significant values were considered when p <0.05. The hsa-miR-218, hsa-miR-301 and hsa-miR-629-5p miRNAs were identified as less expressed in the patients with endometriosis I/II compared to controls. The miRNAs hsa-miR-1291, hsa-miR-187-3p, hsa-miR-30b, hsa-miR-532-3p and hsa-miR- 629-5p were identified as less expressed in patients with endometriosis III/IV compared to controls. Comparing the groups with endometriosis I/II and endometriosis III/IV, hsa-miR-187- 3p and hsa-miR-532-3p miRNAs were less expressed and hsa-let-7f-1# and hsa-miR-362-3p more expressed in patients with endometriosis III/IV. The enrichment analysis identified the genes regulated by the miRNAs and the respective metabolic pathways in which they are involved, suggesting apoptosis increase, decreased cell proliferation, alterations in the cell cycle control and energetic metabolism of the CCs of women with initial and advanced disease. The data point to changes in post-transcriptional regulation in CCs of infertile women with early and advanced endometriosis, which may affect processes and pathways essential for acquiring oocyte competence and resulting in infertility associated with the disease. This study contributes to the understanding of the etiopathogenesis of infertility related to endometriosis by identifying post-transcriptional mechanisms related to the deterioration of quality of gametes in these women.
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Captação de nanopartícula lipídica marcada radioativamente por receptores de LDL em membrana celular de focos de endometriose / Uptake of radiolabeled lipid nanoparticle by LDL receptors on the cell membrane of endometriosis foci

Bedin, Alessandra de Araujo Silva 09 February 2018 (has links)
Entre 5,3 e 12% das mulheres com endometriose apresentam a forma mais severa da doença, com comprometimento profundo do intestino, cujo principal tratamento é cirúrgico, porém com alta taxa de complicações: recorrência das lesões, fístulas, hemorragias, infecção, suboclusão intestinal e disfunção vesical e/ou intestinal. O tratamento medicamentoso visa inibir o crescimento dos focos por meio do bloqueio ovariano, com boa redução da dor, mas sem diminuição dos nódulos endometrióticos, e maiores efeitos colaterais pela longa duração do tratamento. Atualmente, drogas podem ser acopladas a nanopartículas que tenham afinidade com tecidos doentes, de forma a serem entregues diretamente aos mesmos, sem efeitos sistêmicos significativos e com eficácia superior no controle das lesões. Há evidências de que células em alta divisão apresentam maior captação de LDL que células normais, para síntese de membrana. Em diversos tipos de câncer, doenças reumatológicas, aterosclerose, mieloma múltiplo e na cardiomiopatia diabética, a necessidade significativamente maior de LDL permitiu bons resultados terapêuticos acoplando-se um quimioterápico à LDE (nanoemulsão artificial semelhante à LDL e que se liga ao mesmo receptor). Na endometriose, assim como no câncer, há fatores de crescimento e citocinas associados à multiplicação celular, e também há superexpressão dos receptores de LDL nas lesões de endometriose. Além disso, mulheres com endometriose intestinal apresentam níveis plasmáticos menores de LDL que o grupo sadio. Este estudo avaliou a captação da emulsão de LDE marcada radioativamente pelos receptores na superfície do foco endometriótico, para posteriormente testar a capacidade da LDE de interiorização celular. Tratou-se de um estudo-piloto comparativo entre três grupos: endometriose intestinal e não-intestinal, e sem endometriose. Antes do tratamento cirúrgico, foi determinado o perfil lipídico das pacientes e foi injetada a LDE marcada. Foi dosada a radioatividade das amostras de tecidos coletados (endometriose intestinal e não-intestinal, peritôneosadio e endométrio tópico). Na comparação entre os grupos, não houve diferença significativa nos parâmetros (p > 0,01), possivelmente devido à amostra pequena. Mas o grupo com endometriose intestinal tendeu a apresentar um IMC mais baixo que os demais, com maior sintomatologia álgica e níveis mais altos de LDL. A captação de LDE no peritôneosadio foi maior no grupo com endometriose não intestinal. O endométrio tópico e os focos de endometriose intestinal captaram mais LDE que os de não-intestinal, sugerindo maior divisão celular e menos fibrose. A comparação da captação da LDE por local mostrou uma tendência a captação decrescente entre endométrio tópico, peritôneo sadio e lesão de endometriose. Como os focos de endometriose (intestinal ou não) captaram de maneira significativa a LDE, conclui-se que há consumo aumentado de LDL nas lesões de endometriose, assim como no câncer e nas doenças inflamatórias. Não houve diferença dos níveis de colesterol plasmático na captação da LDE, comprovando a entrega direta da nanoemulsão aos tecidos em alta divisão celular, independente das lipoproteínas séricas. Estes resultados abrem caminho para novos estudos de avaliação da nanotecnologia como opção terapêutica às cirurgias radicais, com menores complicações e sem efeitos colaterais sistêmicos / Between 5.3% and 12% of women with endometriosis present the most severe form of disease, with deep intestinal involvement, mainly treated by surgery, which has a high rate of complications: recurrence of lesions, fistulas, hemorrhage, infection, intestinal subocclusion and bladder and / or bowel dysfunction. Drug treatment aims to inhibit foci growth by means of ovarian blockage, with good reduction of pain, but with no effect on endometriotic nodules, and frequent side effects due to the long duration of treatment. Currently, drugs can be coupled to nanoparticles that have affinity with compromised tissues, in order to be delivered directly to them, without significant systemic effects and with superior efficacy in the control of lesions. There are evidences that cells in high division have higher uptake of LDL than normal cells, for membrane synthesis. In several types of cancer, rheumatic diseases, atherosclerosis, multiple myeloma and in diabetic cardiomyopathy, the significantly greater need for LDL allowed good therapeutic results by coupling a chemotherapeutic to LDE (an artificial nanoemulsion similar to LDL that binds to the same receptor). In endometriosis, as well as in cancer, there are growth factors and cytokines associated with cell multiplication, and there is also overexpression of LDL receptors in endometriosis lesions. In addition, women with intestinal endometriosis have higher plasma LDL levels than healthy ones. This study evaluated the uptake of radioactively labeled LDE emulsion by receptors on the surface of endometriotic foci, to later test the LDE capacity of cellular interiorization. It was a comparative pilot study between three groups: patients with intestinal and non-intestinal endometriosis, and without endometriosis. Before surgical treatment, the lipid profile of patients was determined and labeled LDE nanoemulsion was injected. The radioactivity of the collected tissue samples (intestinal and non-intestinal endometriosis, healthy peritoneum and topical endometrium) was measured. In the comparison between groups, there was no significant difference in parameters (p > 0.01), possibly due to the small sample. But the group with intestinal endometriosis tended to present a lower BMI than others, with greater pain symptomatology and higher levels of LDL. LDE uptake in healthy peritoneum was higher in the non-intestinal endometriosis group. The topical endometrium and foci of intestinal endometriosis uptaked more LDE than non-intestinal ones, suggesting greater cell division and less fibrosis. Comparison of LDE uptake per site showed a tendency toward decreasing uptake between topical endometrium, healthy peritoneum and endometriosis lesion. As endometriosis foci (intestinal or not) have uptaked LDE on a significant level, the conclusion might be that there is an increased consumption of LDL by endometriosis lesions, as well as in cancer and inflammatory diseases. There was no difference between plasma cholesterol levels and LDE uptake, demonstrating the direct delivery of the nanoemulsion to tissues in high cell division, independent of serum lipoproteins. These results open the way for new studies evaluating nanotechnology as a therapeutic option for radical surgeries, with lower complications and no systemic side effects
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Genetic Imbalances in Endometriosis Detected by Oligonucleotide-Array Based Comparative Genomic Hybridization

Burke, Natalie 01 May 2013 (has links)
Endometriosis is one of the most common gynecological diseases as it is thought to affect up to 15% of the female population. Characterized by the growth and proliferation of endometrial tissue outside of the uterine cavity, it is a complex condition with varying degrees of severity and can affect multiple regions of the body with symptoms ranging from a total lack of symptoms to debilitating pain and infertility. The most accepted theory of how endometriosis initiates is that of retrograde menstruation; however, approximately 90% of women with unobstructed fallopian tubes are thought to have some menstrual debris in the peritoneal cavity. Therefore, this theory does not explain in full why endometriosis occurs in some but not all women who experience retrograde bleeding. Genetic factors are thought to play a major role in the pathogenesis of endometriosis as women with a family history are 5 to 10 times more likely to develop the disease. The goal of this study was to determine if common chromosomal aberrations in the form of additions, deletions, or regions of loss of heterozygosity that may contribute to the establishment or progression of the disease are present in a population of endometriosis patients. DNA was isolated from the peripheral blood of endometriosis patients and endometriosis tissue biopsies, and it was analyzed using oligonucleotide based array comparative genomic hybridization. The results suggest that an addition on chromosome 17p13.3 may play a role in the biological mechanisms involved in endometriosis as it was identified in 75% of the DNA samples obtained from the peripheral blood and 100% of the DNA samples obtained from the tissue biopsies. This chromosomal imbalance is of particular interest as it is located in a region that harbors the tumor suppressor gene, hypermethylated in cancer-1 (HIC-1), whose aberrant expression has been reported in multiple cancers. Endometriosis has long been thought of as a benign disease despite its malignant characteristics, and individuals with endometriosis have been demonstrated to have an increased chance of developing ovarian cancer. This was the first study to examine the DNA from endometriosis patients using oligonucleotide based array comparative genomic hybridization to investigate genetic abnormalities in endometriosis. The findings may provide a novel target for future therapeutic options as well as indicate a link between endometriosis and cancer that has not been previously reported.

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