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Entrecruzamento de Vozes na Constituição do Discurso: um Diálogo Possível Entre Bakhtin e Ducrot

FROSSARD, E. C. M. 11 March 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3082_ElaineFrossard.pdf: 638631 bytes, checksum: 83729f8675282fc8e442b09fca402ea7 (MD5) Previous issue date: 2008-03-11 / Esta pesquisa, inserida numa perspectiva sócio-enunciativa de linguagem, tem por objetivo geral pôr em discussão a unicidade do sujeito da enunciação e investigar o entrecruzamento de vozes na constituição do discurso. Toma-se Benveniste como ponto de partida para encaminhar a formulação teórica, ancorada na Teoria do Dialogismo, de Bakhtin, em associação com a Teoria Polifônica da Enunciação, de Ducrot, esta oriunda da Semântica Argumentativa. Propõe-se, deste modo, uma aproximação entre Bakhtin e Ducrot, admitindo que, embora situados em postos teóricos diferentes o primeiro refletindo sobre o diálogo sócio-histórico-ideológico entre enunciados, no discurso; e o segundo examinando marcadores de polifonia presentes na estrutura interna dos próprios enunciados , esses dois autores priorizam o discurso na determinação do sentido, podendo ser convocados, sem incoerência teórica, para explicar a heterogeneidade enunciativa. Para proceder a uma amostra de análise, selecionou-se uma reportagem sobre a crise na aviação civil brasileira, tendo a expectativa de que as forças sócio-históricas que atuam na determinação do gênero reportagem favoreceriam a expressão de uma polifonia enunciativa. Os parâmetros propostos para a análise permitiram evidenciar a constituição dialógica do discurso no seu todo, bem como apreender marcas de polifonia em enunciados presentes no encadeamento argumentativo do texto.
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A prática da retextualização na aula bilíngue Libras-Português

SILVA, A. B. 05 April 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3837_Dissertação Arlene de Araujo Saib.pdf: 942725 bytes, checksum: c0ee49ff970f9d7bfb7c826e57fbdad0 (MD5) Previous issue date: 2010-04-05 / Esta pesquisa questiona a noção de referência como representação extensional dos referentes entendidos como categorias do mundo e, apoiando-se numa concepção sociocognitivo-interacional de linguagem, defende a referenciação como atividade discursiva voltada para a criação de objetos-de-discurso ancorados no contexto enunciativo e produzidos no fazer textual. O recorte teórico-metodológico proposto focaliza as estratégias de rotulação (de criação de formas nominais referenciais) as quais criam um domínio conceitual para a interpretação das informações-suporte presentes num texto-fonte, geralmente uma proposição ou uma seqüência de proposições com independência enunciativa. A análise fundamenta-se num certo grau de indeterminação da linguagem e na dinâmica da (re)categorização como índice de uma estratégia discursiva em que os rótulos desempenham papel relevante tanto no encadeamento discursivo das unidades informativas dos textos quanto na organização semântico-argumentativa global do discurso. Por essa via de análise, os rótulos constituem paráfrases resumitivas com papel coesivo bem definido na superfície textual. Entretanto, a escolha da construção nominal (tanto do núcleo quanto dos determinantes) depende muito mais da interação entre os sujeitos envolvidos no processo interativo do que de uma relação de correferência buscada na semântica dos objetos ou dos fatos enunciados. O exame do corpus, constituído de textos opinativos presentes na mídia impressa brasileira e colhidos no período de dezembro de 2005 a dezembro de 2007, apontou para a necessidade de ultrapassar o plano das relações anafóricas e integrar o funcionamento dos rótulos num referencial dêitico-enunciativo de linguagem.
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Fala, Vitória! - a variação do imperativo na cidade de Vitória/ES e sua posição no cenário nacional.

EVANGELISTA, E. M. 14 April 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3931_DISSERTACAO Elaine Meireles Evangelista.pdf: 1781066 bytes, checksum: 803a5b68779086c9379f72d23664dfa5 (MD5) Previous issue date: 2010-04-14 / Esta pesquisa, inserida numa perspectiva sócio-enunciativa de linguagem, tem por objetivo geral pôr em discussão a unicidade do sujeito da enunciação e investigar o entrecruzamento de vozes na constituição do discurso. Toma-se Benveniste como ponto de partida para encaminhar a formulação teórica, ancorada na Teoria do Dialogismo, de Bakhtin, em associação com a Teoria Polifônica da Enunciação, de Ducrot, esta oriunda da Semântica Argumentativa. Propõe-se, deste modo, uma aproximação entre Bakhtin e Ducrot, admitindo que, embora situados em postos teóricos diferentes o primeiro refletindo sobre o diálogo sócio-histórico-ideológico entre enunciados, no discurso; e o segundo examinando marcadores de polifonia presentes na estrutura interna dos próprios enunciados , esses dois autores priorizam o discurso na determinação do sentido, podendo ser convocados, sem incoerência teórica, para explicar a heterogeneidade enunciativa. Para proceder a uma amostra de análise, selecionou-se uma reportagem sobre a crise na aviação civil brasileira, tendo a expectativa de que as forças sócio-históricas que atuam na determinação do gênero reportagem favoreceriam a expressão de uma polifonia enunciativa. Os parâmetros propostos para a análise permitiram evidenciar a constituição dialógica do discurso no seu todo, bem como apreender marcas de polifonia em enunciados presentes no encadeamento argumentativo do texto.
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Um estudo das relações de (inter)subjetividade presentes na enunciação escrita de professores de língua materna

Gomes, Neiva Maria Tebaldi January 2003 (has links)
Este trabalho surge de questionamentos de um professor de língua materna: por que professores que orientam a aquisição da escrita não se sentem à vontade para escrever? Que relação estes professores mantêm com a língua? Que concepção lingüística orienta seu trabalho? E que sujeito se manifesta no texto que os professores produzem? Para tentar dar conta de tais questões, analisam-se textos (enunciados) escritos por professores que atuam no Ensino Básico, procurando verificar, em situações efetivas de interação lingüística -- eu-tu-ele --, a configuração de subjetividade que se produz no texto do professor e as implicações dessa configuração no seu fazer. Trata-se, pois, de um estudo de enunciação escrita que se orienta pela seguinte tese: as relações de (inter)subjetividade que o professor mantém com o outro (o tu) são determinadas não apenas por esse outro, mas principalmente por um terceiro elemento constitutivo do processo de enunciação (o ele) e o tipo de ensino que faz é condicionado por essas relações. Por envolver relações de (inter)subjetividade, desenvolve-se da perspectiva das teorias da enunciação, buscando em Bakhtin e Benveniste o suporte teórico. No primeiro busca os conceitos de dialogismo e (inter)subjetividade; no segundo, a intersubjetividade na língua e a sistematização do aparelho formal da enunciação. A pesquisa constata, pelos enunciados analisados, que a concepção de língua (uma das formas que o ele assume) que tem sido tomada como referência no ensino -- língua conjunto de normas -- entra como elemento constitutivo, determinando o modo de o professor constituir-se sujeito em cada evento enunciativo. E em decorrência, tece considerações sobre as implicações que esse modo de constituir-se professor-sujeito tem para o ensino de língua.
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A transposição das águas do rio São Francisco para o nordeste nos jornais do Rio Grande do Norte e São Paulo : um estudo enunciativo /

Silva, Gilberto de Oliveira January 2006 (has links)
Orientador: Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento. / Banca: Maria do Rosário de Fátima Valencise Gregolin. / Banca: Renata Maria Facuri Coelho Marchezan. / Banca: Maria Sílvia Lousada. / Banca: Vera Lúcia Rodela Abriata. / Esta tese denominada A transposição das águas do Rio São Francisco para o Nordeste nos jornais do Rio Grande do Norte e São Paulo: em estudo enunciativo inscreve-se na lingüística da enunciação, na medida em que se utiliza das perspectivas do doslogismo de Mikhail Bakhtin e das heterogeneidades enunciativas de Authier-Revuz na análise dos enunciados circulados, em 1994, nos jornais do Rio Grande do Norte e São Paulo a respeito do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco para o Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará. Possui dois objetivos básico: a) detectar a representação feita pelos enunciados nos jornais potiguares e paulistas do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco para o Nordeste; e b) verificar os principais procedimentos enunciativos da construção dessa representação. Para isso, apresenta, no primeiro capítulo, um resumo dos trabalhos dos citados autores, descrevendo o conceito de dialogismo, elaborado por Mikhail Bakhtin, articulando-o com outros, como a natureza sócio-ideológica da linguagem, interação verbal, signo lingüístico, enunciado/enunciação; e a teoria das heterogeneidades enunciativas de Authier-Revuz, com as noções de heterogeneidade mostrada e constitutiva. No segundo, de forma sucinta, apresenta alguns elementos da situação econômica, política, social, no Brasil da época, especialmente na região nordestina, e a problematização desta pesquisa juntamente com a caracterização de seu corpus. No terceiro, efetiva-se uma análise dos enunciados de tais jornais que falam do projeto de transposição, circulados em 1994, em que se verifica o modo de sua construção e a identificação dos discursos que dialogam com esses enunciados. E, por último, a conclusão, conjuntamente com os resultados desta análise. / Cette thèse nommée La Transposition des I'eux du Rio Francisco vers le Nordeste dans les journaux du Rio Grande do Notre et São Paulo: in étude énonciatif s'inscrire dans la langage de I'analyse des énoncées circulées, en 1994, dans les journaux du Rio Grande do Norte et São Paulo au sujet de projet de transportation des I'eux du Rio São Francisco vers le Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco et Ceará. Possède deux objectifs basiques: a) Détecter le representation faite pour I'énoncées dans les journaux potiguares (journaux du Rio Grande do Norte) et paulistas (Journaux de São Paulo) le projet des I'eux du Rio São Francisco vers le Nordeste; et b) Vérifié les principaux procédures énonciatifs de la construction de cette représentation. Pour ça, représenter, dans le première chapitre, un résumé des travaux des les auteurs citées le concept de dialogisme, élaboré par Mikhail Bakhtin, articulant avec les autres, comme la nature socio idéologique de la langage, interaction verbale, signe linguistique, énoncée/énonciation; et la théorie des hétérogénéités es énonciatives de Authier-Revu, avec les notions de hétérogénéités montrée et constructive. Dans le deuxiéme, de façon succincte, represente quelques uns éléments de la situation économique, politique, sociale, au Brésil de I'époque, spécialement dans la région nordestina, et la problématisation de cette recherche assemblé avec la caractérisation de son corpus. Dans le troisième, s'approche d'une analyse des énoncées de tels journaux que parlent de projet de transportation, circulées en 1994, en que se vérifie la façon de sa construction et son identification des discours que dialoguent avec ces énoncées. Nous aurons, par dernière, la conclusion, assemblé avec les résultats de cette analyse. / Mestre
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A instauração da criança na linguagem : princípios para uma teoria enunciativa em aquisição da linguagem

Silva, Carmem Luci da Costa January 2007 (has links)
L’objectif de cette thèse est d’étudier le phénomène de l’acquisition du langage dans le cadre théorique de la Linguistique de l’Énonciation. La première partie s’attache à délimiter le champ Acquisition du Langage à partir des éléments impliqués dans le syntagme acquisition du langage : sujet et langage. Ce relevé permet de souligner l’« absence » d’un regard énonciatif pour traiter l’acquisition du langage. La deuxième partie met en évidence les bases théorique et méthodologique dans le but de montrer l’acte d’inscription de l’enfant comme sujet dans le langage. S’inspirant du travail d’Émile Benveniste, ces bases théorique et méthodologique présentent le dispositif énonciatif (je-tu/il)-IL comme constitutif de l’acte d’énonciation et de l’acte d’acquisition du langage. Ce dispositif est considéré comme comportant les sujets (je-tu), la langue (il), la culture (IL) et il permet à cette étude de montrer les rapports et les mécanismes énonciatifs impliqués dans l’acte singulier d’instauration de l’enfant dans le langage. Cet acte d’instauration de l’enfant dans le langage est décrit à travers l’analyse de données longitudinales d’un enfant entre onze mois et trois ans et cinq mois. La singularité et les modes d’énonciation caractéristiques de l’acte d’acquisition du langage chez l’enfant observé sont expliqués au moyen de trois opérations énonciatives : le remplissage du lieu énonciatif, la référence et l’inscription énonciative de l’enfant dans la langue-discours. Dans la première de ces opérations, il y a passage du remplissage du lieu énonciatif à partir de l’« autre » à la reconnaissance que ce lieu rempli provoque chez l’« autre » ; dans la seconde, il y a passage de l’actualisation d’une référence montrée à une référence constituée dans la langue-discours ; et dans la troisième, il y a passage d’une utilisation discursive d’instanciation subjective au moyen de formes et de fonctions à une utilisation discursive où l’énonciation constitue une autre énonciation. Enfin, la thèse montre que l’enfant produit une histoire de ses énonciations, à travers laquelle il constitue sa langue maternelle et le système de représentations de sa culture. De cette manière, il s’établit comme sujet du langage. / Esta tese tem como proposta estudar o fenômeno aquisição da linguagem no quadro teórico da Lingüística da Enunciação. Busca, na primeira parte, circunscrever o campo Aquisição da Linguagem a partir dos elementos implicados no sintagma aquisição da linguagem: sujeito e linguagem. Esse mapeamento é o que permite apontar a “falta” de um olhar enunciativo para tratar da aquisição da linguagem. A segunda parte evidencia as bases teórica e metodológica para mostrar o ato de inscrição da criança como sujeito na linguagem. Essas bases teórica e metodológica, inspiradas no trabalho de Émile Benveniste, apresentam o dispositivo enunciativo (eu-tu/ele)- ELE como constitutivo do ato de enunciação e do ato de aquisição da linguagem. Esse dispositivo é considerado como comportando os sujeitos (eu-tu), a língua (ele) e a cultura (ELE) e permite a este estudo mostrar as relações e mecanismos enunciativos implicados no ato singular de instauração da criança na linguagem. Esse ato de instauração da criança na linguagem é evidenciado pela análise de dados longitudinais de uma criança dos onze meses aos três anos e cinco meses. A singularidade e os modos de enunciação característicos do ato de aquisição da linguagem da criança sob análise são explicados por meio de três operações enunciativas: a de preenchimento de lugar enunciativo, a de referência e a de inscrição enunciativa da criança na língua-discurso. Na primeira, ocorre a passagem do preenchimento de lugar enunciativo a partir do “outro” para o reconhecimento que esse lugar preenchido provoca no “outro”; na segunda, a passagem da atualização de uma referência mostrada para uma referência constituída na língua-discurso e, na terceira, a passagem de um uso discursivo de instanciação subjetiva por meio de formas e funções para um uso discursivo em que a enunciação constitui outra enunciação. A tese, enfim, mostra que a criança produz uma história de suas enunciações, por meio da qual constitui sua língua materna e o sistema de representações de sua cultura, estabelecendo-se, desse modo, como sujeito de linguagem.
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A instauração da criança na linguagem : princípios para uma teoria enunciativa em aquisição da linguagem

Silva, Carmem Luci da Costa January 2007 (has links)
L’objectif de cette thèse est d’étudier le phénomène de l’acquisition du langage dans le cadre théorique de la Linguistique de l’Énonciation. La première partie s’attache à délimiter le champ Acquisition du Langage à partir des éléments impliqués dans le syntagme acquisition du langage : sujet et langage. Ce relevé permet de souligner l’« absence » d’un regard énonciatif pour traiter l’acquisition du langage. La deuxième partie met en évidence les bases théorique et méthodologique dans le but de montrer l’acte d’inscription de l’enfant comme sujet dans le langage. S’inspirant du travail d’Émile Benveniste, ces bases théorique et méthodologique présentent le dispositif énonciatif (je-tu/il)-IL comme constitutif de l’acte d’énonciation et de l’acte d’acquisition du langage. Ce dispositif est considéré comme comportant les sujets (je-tu), la langue (il), la culture (IL) et il permet à cette étude de montrer les rapports et les mécanismes énonciatifs impliqués dans l’acte singulier d’instauration de l’enfant dans le langage. Cet acte d’instauration de l’enfant dans le langage est décrit à travers l’analyse de données longitudinales d’un enfant entre onze mois et trois ans et cinq mois. La singularité et les modes d’énonciation caractéristiques de l’acte d’acquisition du langage chez l’enfant observé sont expliqués au moyen de trois opérations énonciatives : le remplissage du lieu énonciatif, la référence et l’inscription énonciative de l’enfant dans la langue-discours. Dans la première de ces opérations, il y a passage du remplissage du lieu énonciatif à partir de l’« autre » à la reconnaissance que ce lieu rempli provoque chez l’« autre » ; dans la seconde, il y a passage de l’actualisation d’une référence montrée à une référence constituée dans la langue-discours ; et dans la troisième, il y a passage d’une utilisation discursive d’instanciation subjective au moyen de formes et de fonctions à une utilisation discursive où l’énonciation constitue une autre énonciation. Enfin, la thèse montre que l’enfant produit une histoire de ses énonciations, à travers laquelle il constitue sa langue maternelle et le système de représentations de sa culture. De cette manière, il s’établit comme sujet du langage. / Esta tese tem como proposta estudar o fenômeno aquisição da linguagem no quadro teórico da Lingüística da Enunciação. Busca, na primeira parte, circunscrever o campo Aquisição da Linguagem a partir dos elementos implicados no sintagma aquisição da linguagem: sujeito e linguagem. Esse mapeamento é o que permite apontar a “falta” de um olhar enunciativo para tratar da aquisição da linguagem. A segunda parte evidencia as bases teórica e metodológica para mostrar o ato de inscrição da criança como sujeito na linguagem. Essas bases teórica e metodológica, inspiradas no trabalho de Émile Benveniste, apresentam o dispositivo enunciativo (eu-tu/ele)- ELE como constitutivo do ato de enunciação e do ato de aquisição da linguagem. Esse dispositivo é considerado como comportando os sujeitos (eu-tu), a língua (ele) e a cultura (ELE) e permite a este estudo mostrar as relações e mecanismos enunciativos implicados no ato singular de instauração da criança na linguagem. Esse ato de instauração da criança na linguagem é evidenciado pela análise de dados longitudinais de uma criança dos onze meses aos três anos e cinco meses. A singularidade e os modos de enunciação característicos do ato de aquisição da linguagem da criança sob análise são explicados por meio de três operações enunciativas: a de preenchimento de lugar enunciativo, a de referência e a de inscrição enunciativa da criança na língua-discurso. Na primeira, ocorre a passagem do preenchimento de lugar enunciativo a partir do “outro” para o reconhecimento que esse lugar preenchido provoca no “outro”; na segunda, a passagem da atualização de uma referência mostrada para uma referência constituída na língua-discurso e, na terceira, a passagem de um uso discursivo de instanciação subjetiva por meio de formas e funções para um uso discursivo em que a enunciação constitui outra enunciação. A tese, enfim, mostra que a criança produz uma história de suas enunciações, por meio da qual constitui sua língua materna e o sistema de representações de sua cultura, estabelecendo-se, desse modo, como sujeito de linguagem.
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Um estudo das relações de (inter)subjetividade presentes na enunciação escrita de professores de língua materna

Gomes, Neiva Maria Tebaldi January 2003 (has links)
Este trabalho surge de questionamentos de um professor de língua materna: por que professores que orientam a aquisição da escrita não se sentem à vontade para escrever? Que relação estes professores mantêm com a língua? Que concepção lingüística orienta seu trabalho? E que sujeito se manifesta no texto que os professores produzem? Para tentar dar conta de tais questões, analisam-se textos (enunciados) escritos por professores que atuam no Ensino Básico, procurando verificar, em situações efetivas de interação lingüística -- eu-tu-ele --, a configuração de subjetividade que se produz no texto do professor e as implicações dessa configuração no seu fazer. Trata-se, pois, de um estudo de enunciação escrita que se orienta pela seguinte tese: as relações de (inter)subjetividade que o professor mantém com o outro (o tu) são determinadas não apenas por esse outro, mas principalmente por um terceiro elemento constitutivo do processo de enunciação (o ele) e o tipo de ensino que faz é condicionado por essas relações. Por envolver relações de (inter)subjetividade, desenvolve-se da perspectiva das teorias da enunciação, buscando em Bakhtin e Benveniste o suporte teórico. No primeiro busca os conceitos de dialogismo e (inter)subjetividade; no segundo, a intersubjetividade na língua e a sistematização do aparelho formal da enunciação. A pesquisa constata, pelos enunciados analisados, que a concepção de língua (uma das formas que o ele assume) que tem sido tomada como referência no ensino -- língua conjunto de normas -- entra como elemento constitutivo, determinando o modo de o professor constituir-se sujeito em cada evento enunciativo. E em decorrência, tece considerações sobre as implicações que esse modo de constituir-se professor-sujeito tem para o ensino de língua.
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GEOGRAFIAS DE ENUNCIAÇÃO: Construindo um Guia Afetivo do Lugar a Partir do Índice de Agenciamento da Paisagem.

LOUREIRO, A. C. M. 19 April 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:45:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9910_Ana Carolina de Melo Loureiro - MESTRADO.pdf: 21178362 bytes, checksum: 6ac5834b1848805ecc4ffb42adc7411c (MD5) Previous issue date: 2016-04-19 / Perceber o modo como se é capturado por uma determinada forma de experienciar um lugar é o que se buscou nesse trabalho. Como desdobramento disso, interessou-nos compreender a produção da paisagem como enunciação e agenciamento, articulando fundamentos filosóficos de Rancière (2005) e Deleuze e Guattari (1995; 2003) sobre as questões que envolvem estética, política e linguagem. Para isso, analisamos a cidade de Muqui-ES, tendo em vista o papel turístico atrelado ao Sítio Histórico da cidade, visto que ele é apresentado como o maior Sítio Histórico contendo 186 imóveis tombados como Patrimônio Histórico. Tais residências estão relacionadas ao período de riqueza das décadas 1920 e 1930 associado à economia cafeeira. Os procedimentos analíticos consistiram em coleta de discursos oficiais imagéticos de agentes de enunciação: Google, Institudo do Patrimônio Artístico e Nacional IPHAN, Secretaria de Cultura do Espírito Santo SECULT, Secretaria de Turismo, Jornais, Câmara Municipal de Muqui e Prefeitura Municipal de Muqui. Em seguida tais dados foram tipificados e categorizados tendo como referência sua emissão e repetição temática. Analisamos, considerando a potência de territorialização. Com isso pudemos elaborar uma hierarquização das forças observando os agentes em relação, a propagação de seus enunciados e os principais temas. Como etapa final da análise, foi produzido um Guia Afetivo do Lugar, que cartografou os fluxos de captura da experiência utilizando o Índice de Agenciamento, proposto por Queiroz Filho (2015), utilizando-o como meio de demonstrar os processos de Territorialização/Desterritorialização. Para expressar tais forças utilizamos a Teoria das Cores, de Goethe (1993) que considera a relação entre cor e sensação fazendo distinção entre as Cores Quentes e Cores Frias. Concluímos evidenciando a possibilidade de se pensar intervenções no campo da linguagem que deem visibilidade às novas formas de sentir e experienciar. Como proposição, apontamos a potência da escrita como possibilidade de expressar uma experiência sensível da paisagem.
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A experiência na e pela língua(gem) em testemunhos de povos ameríndios : a instauração de lugares enunciativos

Azevedo, Adelia Maria Evangelista January 2014 (has links)
La thèse «L’expérience dans et par la langue(langage) dans les témoignages des peuples amérindiens: l’instauration de lieux énonciatifs» propose de comprendre les lieux occupés par des sujets lorsque l’appropriation de la langue(langage), dans la situation de communication, de réalisation de l’Épreuve de Rédaction – Test d’accès à l’université pour les étudiants indigènes – 2012/COPERSE – UFRGS. Pour le parcours théorique de la thèse, nous avons faits des incursions aux idées de William D. Whitney et de Ferdinand de Saussure, principalement, en ce qui concerne la genèse des principes généraux de la Linguistique moderne, étant donné la nature du biais anthropologique inscrit dans les concepts de langue, liés aux faits humains. Le biais anthropologique de la Linguistique suit par les développements épistémologiques produits par Émile Benveniste, à travers l’étude des catégories de personnes, de temps et d’espace. Le linguiste français est dédié aux questions de signification dans et par le langage, dans l’interface entre la Linguistique et les autres sciences, en faveur de la Science générale de l’homme, afin de clarifier des problèmes de langue et de langage. En outre, il inaugure la Sémantique de la phrase, dans une époque où les linguistes se dédiaient à la Sémiotique. Les lectures théoriques basées sur les fondamentaux de l’énonciation, à la lumière des idées de Benveniste, et l’expérience de lecture des textes, produits par des indigènes, cela nous a donné la possibilité de penser sur une hypothèse pour la thèse: il y a un mode distinct d’écriture de la langue portugaise pour les peuples amérindiens. Pour la prouver, nous passons par la définition de culture; de forme et de sens dans la langue; nous nous tournons vers les concepts de trace, d’énonciation et de référence. Nous nous guidons dans le parcours théorique et méthodologique à partir de deux entrées dans la langue. La première entrée se fait par le locuteur à travers l’énonciation; et la seconde entrée concerne le chemin inverse à être parcouru par le linguiste lorsque l’analyse de temoignages résultants de l’usage de la langue vivante par les sujets. Nous avons choisi une production textuelle représentative, puisque la rédaction remplit les conditions nécessaires aux procédures de coupures d’analyses des témoignages des expériences de langue(langage) des peuples amérindiens. Les analyses des témoignages à partir des marques (inter)subjectives dans le langage indiquent l’existence de traces et des références dans et par la langue(langage). Ceux-ci sont des phénomènes responsables des mouvements de rétrospection et de prospection qui sont au coeur de l’énonciation, lorsque l’appropriation de la langue(langage) par le locuteur. Le passage de langue à discours fait ressortir le sujet hétérogène. Celui-ci est né de l’énonciation écrite, en L2, en langue portugaise, étant donné la nature de la langue dans la constitution du «je» et de l’instaurer par le rapport avec le «tu». Pour la lecture des «données», nous considérons les symbolismes résultants du perspectivisme des peuples amérindiens, en L1, langue maternelle. En confirmant ainsi l’existence d’une langue portugaise singulière, avec syntaxe et sémantique propre, dont les origines sont dans la diversité de la situation de communication. Nous sommes intéressés par l’étude des significations produites dans l’énonciation écrite des peuples amérindiens lorsque la diversité des relations interlocutives vécues en société. / A tese “A experiência na e pela língua(gem) em testemunhos de povos ameríndios: a instauração de lugares enunciativos” propõe compreender os lugares ocupados por sujeitos quando da apropriação da língua(gem), na situação comunicativa, de realização da Prova de Redação – Vestibular para Estudantes Indígenas – 2012∕COPERSE – UFRGS. Para o percurso teórico da tese realizamos incursões às ideias de William D. Whitney e de Ferdinand de Saussure, principalmente, no que diz respeito à gênese dos princípios gerais da Linguística moderna, dada a natureza do viés antropológico inscrito nos conceitos de língua, vinculados aos fatos humanos. O viés antropológico da Linguística segue por desdobramentos epistemológicos elaborados por Émile Benveniste, via estudo das categorias de pessoa, tempo e espaço. O linguista francês dedica-se às questões de significação na e pela linguagem, na interface entre a Linguística e as demais ciências, em prol da Ciência geral do homem, com vistas a elucidar problemáticas de língua e de linguagem. Além disso, inaugura a Semântica da frase, uma época que os linguistas voltavam-se à Semiótica. As leituras teóricas centradas nos fundamentos da enunciação, à luz das ideias benvenistianas, e a experiência de leitura dos textos, produzidos por indígenas, possibilitaram-nos pensar a respeito de uma hipótese para a tese: há um modo distinto de escrita da língua portuguesa para os povos ameríndios. Para comprová-la, percorremos a definição de cultura; de forma e sentido na língua; voltamo-nos aos conceitos de vestígio, enunciação e referência. Norteamo-nos no percurso teórico-metodológico a partir de duas entradas na língua. A primeira entrada dá-se pelo locutor por conta da enunciação; e, a segunda, diz respeito ao caminho inverso a ser percorrido pelo linguista quando da análise de testemunhos decorrentes do uso da língua viva pelos sujeitos. Selecionamos uma produção textual representativa, visto que essa reúne algumas condições pontuais aos procedimentos de recortes análises dos testemunhos das experiências de língua(gem) dos povos ameríndios. As análises dos testemunhos a partir das marcas (inter)subjetivas na linguagem apontam para a existência de vestígios e de referências na e pela língua(gem). Esses são fenômenos responsáveis pelos movimentos de retrospecção e prospecção que estão no centro da enunciação, quando da apropriação da língua(gem) pelo locutor. A passagem de língua a discurso faz emergir o sujeito heterogêneo. Este nasce da enunciação escrita, em L2, em língua portuguesa, dada a natureza da língua em constituir o “eu” e de instaurá-lo na relação com o “tu”. Além disso, consideramos para a leitura dos “dados” os simbolismos resultantes do perspectivismo dos povos ameríndios, em L1, língua materna. Confirmando, assim a existência de uma língua portuguesa singular com sintaxe e semântica própria, cujas origens estão na diversidade da situação comunicativa. Interessamo-nos pelo estudo das significações produzidas na enunciação escrita dos povos ameríndios quando da diversidade das relações interlocutivas vividas em sociedade. / The thesis “The experience in and by language in testimonies of Amerindian people: the establishment of enunciative places” proposes to understand the occupied places by subjects when the appropriation of the language, in communicative situation, of performing the essay examination – Entrance Examination to Indigenous Students – 2012/COPERSE – UFRGS. In relation to the theoretical pathway of the thesis, we realize incursions to William D. Whitney and Ferdinand de Saussure ideas, mainly, with regard to the genesis of the general principles of modern Linguistics, given the nature of the anthropological bias in the definitions of language, linked to the human facts. The anthropological bias of Linguistics follows by epistemological developments elaborated by Émile Benveniste throughout the categories of study of person, time and space. The French linguist dedicates to signification questions in and by language, in the interface between Linguistics and other sciences, in favor of the General Science of the Human, in order to clarify language problems. Besides, he starts the phrase Semantics, in a period in which linguists studied to Semiotics. The theoretical readings centered in the enunciation foundations, in the light of Benveniste’s ideas, and the reading experience of the texts, produced by indigenous, helped us to think concerning of a hypothesis to the thesis: Is there a distinct mode of Portuguese Language writing to the Amerindian people? To prove this question, we define culture; form and sense in the language; as well as trace, enunciation and reference. Our methodological-theoretical trajectory presents two entries in the language. The first one occurs by the locutor because of the enunciation; and the second one throughout the reverse way to be covered by the linguist when the analysis of testimonies due to the use of the living language by the subjects. We have selected just one representative textual production since the essay gathers the necessary conditions to the procedures of analysis cuttings of the testimonies of the experiencies of the Amerindian people language. The analysis of the testimonies from intersubjective marks in the language point to the existence of traces and of references in and by language. These are responsible phenomena by the moviments of retrospecting and prospecting that are in the center of the enunciation, when the appropriation of the language by the locutor. The language’s passage to the discourse appears the heterogenous subject. This emerges from the written enunciation in L2, in Portuguese Language, given the nature of the language in constituting the “I” and of establishing it by the complementarity relation to the “you” and to establish it in the relation with the “you”. Besides, we consider to the “data” reading, the resulting symbolisms of the Amerindian people perpectivism, in L1, mother tongue. Thus, we confirm the existence of a singular Portuguese Language with its own syntax and semantics, whose origins are in the diversity of the communicative situation. Also, we are interested in the study of the significations produced in the written enunciation of the Amerindian people when the diversity of the interlocutive relationships experienced in society.

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