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Hanseníase : estudo epidemiológico e clínico dos casos ocorridos em menores de 15 anos no estado de Alagoas, no período de 1990-2007. / Hansen s disease : a clinical and epidemiological study in children under 15-years-old in Alagoas, during 1990-2007.

Bastos, Raquel Patriota Cota 10 August 2010 (has links)
Hansen s disease is a milenar, contagious disease, with a high frequency of for disability, which is still considered an important public health problem in Brazil. It occurs mainly among adults and, when the occurrence is among under the age of 15 years it represents recent transmission and occult endemia. The objective of this study is to describe the epidemiological and clinical profile of new cases of leprosy among 15 year-old minors notified at the SESAU-AL during the period of 1990-2007. This is a descriptive and sectional study; he data were collected using notification files of the new cases of leprosy under 15 year-old minors during 1990-2007, contained in SINAN s database. The same method was used to collect data of general detection of leprosy, in the same period, to analyze the proportion of leprosy s 15 year-old minor patients. The results of this study indicate that 8.9% of the new cases of leprosy recorded in Alagoas during 1990-2007, occurred among 15 year-old minors. The epidemiological indicator reveals high endemia in this State and hiperendemicity in some municipal districts. Operationally, the discovery of these cases was predominantly by passive demand, the medical examination of the household contacts was also regularly realized. The physical incapacity degree at diagnosis was mostly zero (69.6%) and 3.8% of case present physical incapacity degree was grade II. The occurrence of leprosy cases in this age group represents an epidemiological indicator of great importance, suggesting the need for reassessment of ongoing actions to control the disease. / A hanseníase é doença milenar, infectocontagiosa, com alto poder incapacitante, que ainda continua sendo grave problema de Saúde Pública no Brasil. Acomete principalmente a população adulta e, quando ocorre em menores de 15 anos, indica transmissão recente e endemia oculta. O objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico e clínico da ocorrência de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos notificados à SESAU-AL. Estudo descritivo e transversal; os dados foram coletados por meio das fichas de notificação de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos durante o período de 1990-2007, contidas no banco de dados do SINAN. Da mesma forma foram coletados dados quanto à detecção geral da hanseníase nesse período, para se observar a proporção de pacientes de hanseníase na faixa etária referida. Os resultados mostram que 8,9% dos casos novos detectados de hanseníase em Alagoas, no período de 1990-2007, são em menores de 15 anos. Os indicadores epidemiológicos apontam alta endemia no estado e em alguns municípios com hiperendemicidade. Operacionalmente, observa-se que as descobertas dos casos foi predominantemente de demanda passiva, o exame de comunicantes intradomiciliares foi realizado regularmente (58,4%). O grau de incapacidade física no diagnóstico foi, na maioria, igual a zero, representando 69,60% e 3,8% dos casos apresentaram grau de incapacidade física igual a II, nessa faixa etária. A ocorrência de casos de hanseníase, nessa faixa etária, representa um indicador epidemiológico de grande relevância, sugerindo a necessidade de reavaliação das ações em curso para o controle da doença.
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Perfil clínico-epidemiológico das gestações gemelares com parto no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 2003 a 2006 / Clinical and epidemiological profile of twin pregnancies delivered at Hospital das Clínicas, São Paulo University Medical School, between 2003 and 2006

Assunção, Renata Almeida de 19 November 2008 (has links)
O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos clínicos epidemiológicos, as principais complicações maternas e os resultados perinatais nas gestações gemelares. Foi realizado estudo retrospectivo com análise de gestações gemelares, com idade gestacional maior que 20 semanas e parto no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Das 303 gestações gemelares, 289 apresentavam dados completos. A incidência de gestação gemelar foi de 3,3% e 96,2% naturalmente concebidas. Em relação à corionicidade, 60,5% eram dicoriônicas (DC), 30,8% monocoriônicas diamnióticas (MCDA), 6,6% monocoriônicas monoamnióticas (MCMA) e em 2,1% dos casos a corionicidade não foi determinada. A idade materna média foi de 29,1 anos e 39,4% eram nulíparas. Cerca de 30% das pacientes apresentavam patologia clínica prévia e as mais prevalentes foram: hipertensão arterial crônica (12,5%), cardiopatias (4,8%) e pneumopatias (4,5%). Complicações gestacionais foram observadas em 85,1% dos casos, sendo as principais: parto prematuro (65,7%), doença hipertensiva específica da gestação (15,6%) e rotura prematura de membranas (13,5%). Ocorreram 395 internações e tempo médio de internação de 6,1 dias. Dessas, 45,8% foram para resolução da gestação por trabalho de parto ou por indicação materno-fetal. A idade gestacional média no parto foi de 34,6 semanas, significativamente menor nas gestações monocoriônicas (MC) do que nas DC (33,5 versus 35,4 semanas, p< 0,001). A via de parto mais freqüente foi à cesárea (84,8%). Dos 578 produtos conceptuais, três eram acárdicos (0,5%), 35 natimortos (6,0%) e 540 nativivos (93,5%). A proporção de óbitos durante a internação no berçário foi de 11,5%, sendo 2,8 vezes maior nas gestações MC em relação às DC. As complicações neonatais mais freqüentes foram: prematuridade (65,7%), baixo peso ao nascer (71,8), restrição do crescimento fetal (18,7%) e as malformações (13,6%). Todos esses parâmetros apresentaram resultado significativamente piores para os recém-nascidos das gestações MC em relação às DC. No presente estudo, concluiu-se que, as gestações gemelares apresentam elevada incidência de complicações maternas, principalmente relacionadas ao parto prematuro, hipertensão arterial sistêmica e rotura prematura de membranas. O resultado perinatal adverso esteve relacionado à prematuridade, malformações e às complicações inerentes à monocorionicidade. A taxa de sobrevida nas gestações gemelares DC e MC sem malformações ou síndrome da transfusão feto-fetal é semelhante / The aims of this retrospective study were to describe clinical and epidemiological aspects of twin pregnancies delivered between January 2003 and December 2006 at the Hospital das Clínicas, São Paulo University Medical School. Maternal complications and perinatal outcome were also studied. Amongst 303 twin pregnancies delivered at a gestational age of more than 20 weeks, 289 cases had completed medical records. The incidence of twin deliveries was 3.3% and 96.2% were naturally conceived. 60.5% were dichorionic (DC), 30.8% monochorionic diamniotic (MCDA), 6.6% monochorionic monoamniotic (MCMA) and in 2.1% of cases, chorionicity was unknown. Mean maternal age was 29.1 years and 39.4% were nulliparous. About 30% of women had a prior clinical history and the most frequent conditions were: chronic hypertension (12.5%), cardiac disease (4.8%) and respiratory complications (4.5%). Pregnancy complications were observed in 85.1% of the cases, and the most common were preterm delivery (65.7%), pregnancy induced hypertension (15.6%) and premature rupture of membranes (13.5%). In this group, there were 395 hospital admissions (1.4 admissions per patient) and the average length of stay was 6.1 days (range 1 to 65 days). Of these, 45.8% were for pregnancy resolution due to labor or maternal-fetal complications. Mean gestational age at delivery was 34.6 weeks, being significantly lower in monochorionic compared to dichorionic twins (33.5 versus 35.4 weeks, p<0001). Cesarean section was the most common route of delivery (84.8%). Amongst the 578 fetuses/newborns, three were acardiac (0.5%), 35 were stillbirths (6.0%) and 540 were born alive (93.5%). Neonatal death occurred in 11.5%, and was 2.8 times higher in MC pregnancies compared to DC. The most common perinatal complications were preterm birth (65.7%), low birth weight (71.8%), fetal growth restriction (18.7%) and fetal malformations (13.6%). All these complications were significantly worse in MC compared to DC pregnancies. Twin pregnancies show high rates of maternal and perinatal complications, such as preterm birth, hypertension, premature rupture of membranes, fetal birth defects and complications inherent to monochorionicity
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Estudo descritivo de série histórica da coqueluche no Brasil no período de 2006 a 2013 / Descriptive study of historical series of pertussis in Brazil,from 2006 to 2013

Gryninger, Ligia Castellon Figueiredo 13 April 2016 (has links)
A coqueluche vem reemergindo enquanto importante problema de saúde pública em vários países do mundo, apesar das altas coberturas vacinais na infância. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a morbimortalidade da coqueluche no Brasil e os objetivos específicos foram: estimar as taxas de mortalidade, incidência e letalidade anuais, geral e por faixa etária, por unidade da federação e regiões do país; caracterizar a sazonalidade da doença; estimar as taxas de hospitalização anuais por faixa etária e verificar as características clínicas, histórico de contato e vacinação prévia dos casos notificados da doença. Métodos: estudo descritivo, baseado nos casos de coqueluche notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2006 a 2013. Os resultados mostraram aumento nas taxas de incidência de coqueluche no Brasil, a partir de 2011. Em 2013, foram confirmados 6.523 casos de coqueluche no país, três vezes o número de casos confirmados em 2011, com incidência geral de 3,24 /100.000 habitantes e incidência em menores de um ano de 125,82/100.000 habitantes, as maiores durante o período estudado. As crianças menores de um ano foram as mais acometidas pela doença em todas as macrorregiões. Em 2013, todas as regiões, exceto a região sul, apresentaram suas maiores taxas de incidência geral, com destaque para as regiões sudeste e centro-oeste com 4,0 e 3,1 por 100.000 habitantes, respectivamente. As maiores taxas de letalidade foram observadas na faixa etária menor de dois meses de idade, variando de 4,0% (2008) a 9,5% (2010). As taxas de letalidade foram maiores em crianças menores de seis meses em todas as regiões, sendo as regiões nordeste e sudeste as que apresentaram maiores taxas ao longo dos anos, exceto em 2013, quando o centro-oeste superou o nordeste. Houve predomínio dos casos nos meses mais quentes, entre novembro e março. A maioria das hospitalizações ocorreu na faixa etária de menores de um ano, principalmente em menores de quatro meses, cuja frequência de hospitalização ficou em torno de 75%. A tosse e o paroxismo foram os sintomas mais frequentes, independente da faixa etária, e a cianose foi importante sintoma nos menores de dois meses, com uma frequência de 80% nos casos confirmados desta faixa etária. A complicação mais comum foi pneumonia (13,93%), principalmente na faixa etária menor de dois meses, com frequência de 27,5%. O critério mais utilizado para diagnóstico de coqueluche foi o clínico, seguido pelo laboratorial que aumentou a partir de 2011, ano em que foi responsável por 49,9% dos diagnósticos. A maioria dos casos confirmados (51%) não relatou contato prévio com casos suspeitos ou confirmados de coqueluche, no entanto quando presente, a maioria dos contatos ocorreu no domicílio (70,6%). Os resultados mostraram aumento dos casos de coqueluche no Brasil, a partir de 2011, com as maiores taxas de incidência, hospitalizações, complicações e letalidade na faixa etária de menores de um ano / Pertussis has reemerged as important public health problem in many countries, despite the high childhood vaccination coverage. The general aim of this study was to evaluate the morbimortality of pertussis in Brazil, and the specific objectives were: estimate the annual mortality, incidence and case-fatality rates, general and by age group, by federative units and country\'s regions; evaluate the disease seasonality; estimate the annual hospitalization rates by age group and verify the clinical characteristics, contact history and the previous vaccination status of the reported pertussis cases. Methods: Descriptive study, based on the pertussis cases reported to the Notifiable Diseases Information System (SINAN), from 2006 to 2013. In 2013, there were 6.523 confirmed pertussis cases in the country, three times the number of confirmed cases in 2011, with general incidence of 3.24/100,000 inhabitants, and incidence in children under one year of age of 125.82/100,000 inhabitants, the highest during the study period. Pertussis incidence rates were higher in children under one year old in all macroregions during the study. In 2013, higher general incidence rates were observed in all regions, except the south, particularly the southwest and Midwest with 4.0 and 3.1 per 100,000 inhabitants, respectively. The highest case-fatality rates were observed in infants under two months of age, varying from 4.0% (2008) to 9.5% (2010). Case-fatality rates were higher in children under six months in all regions; the northeast and southeast had the highest rates throughout the studied years, except in 2013, when the Midwest surpassed the northeast. More cases were reported in the warmer months, between November and March. Most hospitalizations occurred in the age group of children under one year old, mainly those under four months, for whom hospitalization rates were close to 75%. Cough and paroxysm were the most frequently symptoms, regardless of age, and cyanosis was important in children under two months, occurring in 80% of confirmed cases in this age group. The most common complication was pneumonia (13.93%), mainly in children under two months of age (27.5%). Clinical criteria were most frequent used for diagnosis, followed by laboratory, which increased since 2011, when 49.9% of cases had laboratory-confirmed diagnosis. Most confirmed cases (51%) had no recognized previous contact with pertussis cases. Among those with recognized previous contact, it mostly occurred at residence (70.6%).The results showed an increase in pertussis cases in Brazil, since 2011, with the highest incidence and lethality rates in children under one year of age
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Epidemiologia espacial da dengue em Araraquara, São Paulo, 2008 a 2015 / Spatial epidemiology of dengue in Araraquara, São Paulo, 2008 to 2015

Ferreira, Aline Chimello 24 February 2017 (has links)
Submitted by ALINE CHIMELLO FERREIRA null (alinechf@gmail.com) on 2017-03-17T16:06:35Z No. of bitstreams: 1 Tese_Aline Chimello Ferreira.pdf: 10793630 bytes, checksum: ae59c58663e759a7faa41e5470ea5604 (MD5) / Approved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2017-03-22T12:39:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ferreira_ac_dr_arafcf.pdf: 10793630 bytes, checksum: ae59c58663e759a7faa41e5470ea5604 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-22T12:39:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ferreira_ac_dr_arafcf.pdf: 10793630 bytes, checksum: ae59c58663e759a7faa41e5470ea5604 (MD5) Previous issue date: 2017-02-24 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A dengue é uma doença viral febril transmitida por culicídeos, que atinge milhões de pessoas todos os anos e é considerada um grande problema de saúde pública. A cidade de Araraquara – São Paulo vem apresentando um aumento no número de casos notificados da doença. Programas como Sistemas de Informações Geográficas, análise espacial e regressão espacial têm permitido aos pesquisadores entender a distribuição espacial do vetor e da doença, além de levantar possíveis fatores de risco. O objetivo deste trabalho foi conhecer o histórico da dengue na cidade, descrevendo padrões epidemiológicos e espaciais entre os anos de 2008 e 2015. A associação dos casos com variáveis climáticas e positividade para Aedes aegypti em pontos estratégicos foi estudada. Também foi verificada a ocorrência de aglomerados de casos ao longo dos anos e investigadas as possíveis variáveis explicativas (dentre elas, as varáveis socioeconômicas, demográficas, ambientais) para a incidência de dengue no ano de 2015, a maior epidemia registrada na história da cidade no período estudado. A primeira epidemia registrada foi em 2008 e a partir deste ano a dengue se tornou endêmica na cidade, com casos autóctones ocorrendo em todos os meses do ano. As maiores incidências foram observadas entre os meses de março a maio, um ou dois meses após o aumento da chuva. Dos 15.729 casos notificados entre 2008 e 2015, 46% acometeram pessoas do sexo masculino e 54% do sexo feminino. Pessoas entre 20 e 59 anos foram as mais acometidas. Foram utilizadas diferentes técnicas de análise espacial para detectar dependência espacial e aglomerados de casos de dengue. Foi possível identificar visualmente áreas com maior e menor concentração de eventos, padrões que podem servir de pistas para a identificação de vias para conter a propagação da doença e que possam ser úteis na previsão da ocorrência de dengue. A análise das variáveis associadas à incidência de dengue apontou que áreas com baixo número de responsáveis alfabetizados e maior proporção de crianças nos domicílios estiveram associados com a dengue no ano de 2015. Os resultados mostraram-se adequados para a identificação de áreas de risco e do melhor momento para direcionamento de ações e recursos dos órgãos de saúde responsáveis. / Dengue fever is a febrile vector borne disease transmitted by Culicidae that affects millions of people every year and is considered a major public health problem. Araraquara (São Paulo/Brazil) has been presenting an increase in the number of reported cases of the disease. Tools such as Geographic Information Systems, spatial analysis and spatial regression have allowed researchers to understand the spatial distribution of the vector and the disease, in addition looking for risk factors. This study was to know the history of dengue in Araraquara by describing epidemiological and spatial patterns of dengue cases from 2008 to 2015. It was investigated the association between cases, climate and positivity for Aedes aegypti at strategic points. It was also searched for explanatory variables (which included socioeconomic, demographic and environmental) for dengue incidence in 2015, the highest epidemic recorded in the period. The first recorded outbreak was in 2008 and from this year dengue has become endemic in the city, with the cases occurring every month. The highest incidences were seen between the months of March and May following months of high rainfall. Of the 15729 cases reported between 2008 and 2015, 46% affected male and 54% female. People between 20 and 59 years old were more affected. To detect spatial dependence and clusters of dengue cases was performed several techniques of spatial analysis. It was possible to identify areas with highest and lowest concentration of dengue cases, patterns that can serve as clues to stop the spread of the disease and to predict the occurrence of dengue. It was found two variables associated with dengue, areas with low responsible literate and high proportion of children in the households were associated with dengue in 2015. The results were adequate to identify areas of risk and the best moment for directing actions and resources for the public health services. / FAPESP: 2013/02338-9 / FAPESP: 2015/24821-9
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Perfil clínico-epidemiológico das gestações gemelares com parto no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 2003 a 2006 / Clinical and epidemiological profile of twin pregnancies delivered at Hospital das Clínicas, São Paulo University Medical School, between 2003 and 2006

Renata Almeida de Assunção 19 November 2008 (has links)
O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos clínicos epidemiológicos, as principais complicações maternas e os resultados perinatais nas gestações gemelares. Foi realizado estudo retrospectivo com análise de gestações gemelares, com idade gestacional maior que 20 semanas e parto no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Das 303 gestações gemelares, 289 apresentavam dados completos. A incidência de gestação gemelar foi de 3,3% e 96,2% naturalmente concebidas. Em relação à corionicidade, 60,5% eram dicoriônicas (DC), 30,8% monocoriônicas diamnióticas (MCDA), 6,6% monocoriônicas monoamnióticas (MCMA) e em 2,1% dos casos a corionicidade não foi determinada. A idade materna média foi de 29,1 anos e 39,4% eram nulíparas. Cerca de 30% das pacientes apresentavam patologia clínica prévia e as mais prevalentes foram: hipertensão arterial crônica (12,5%), cardiopatias (4,8%) e pneumopatias (4,5%). Complicações gestacionais foram observadas em 85,1% dos casos, sendo as principais: parto prematuro (65,7%), doença hipertensiva específica da gestação (15,6%) e rotura prematura de membranas (13,5%). Ocorreram 395 internações e tempo médio de internação de 6,1 dias. Dessas, 45,8% foram para resolução da gestação por trabalho de parto ou por indicação materno-fetal. A idade gestacional média no parto foi de 34,6 semanas, significativamente menor nas gestações monocoriônicas (MC) do que nas DC (33,5 versus 35,4 semanas, p< 0,001). A via de parto mais freqüente foi à cesárea (84,8%). Dos 578 produtos conceptuais, três eram acárdicos (0,5%), 35 natimortos (6,0%) e 540 nativivos (93,5%). A proporção de óbitos durante a internação no berçário foi de 11,5%, sendo 2,8 vezes maior nas gestações MC em relação às DC. As complicações neonatais mais freqüentes foram: prematuridade (65,7%), baixo peso ao nascer (71,8), restrição do crescimento fetal (18,7%) e as malformações (13,6%). Todos esses parâmetros apresentaram resultado significativamente piores para os recém-nascidos das gestações MC em relação às DC. No presente estudo, concluiu-se que, as gestações gemelares apresentam elevada incidência de complicações maternas, principalmente relacionadas ao parto prematuro, hipertensão arterial sistêmica e rotura prematura de membranas. O resultado perinatal adverso esteve relacionado à prematuridade, malformações e às complicações inerentes à monocorionicidade. A taxa de sobrevida nas gestações gemelares DC e MC sem malformações ou síndrome da transfusão feto-fetal é semelhante / The aims of this retrospective study were to describe clinical and epidemiological aspects of twin pregnancies delivered between January 2003 and December 2006 at the Hospital das Clínicas, São Paulo University Medical School. Maternal complications and perinatal outcome were also studied. Amongst 303 twin pregnancies delivered at a gestational age of more than 20 weeks, 289 cases had completed medical records. The incidence of twin deliveries was 3.3% and 96.2% were naturally conceived. 60.5% were dichorionic (DC), 30.8% monochorionic diamniotic (MCDA), 6.6% monochorionic monoamniotic (MCMA) and in 2.1% of cases, chorionicity was unknown. Mean maternal age was 29.1 years and 39.4% were nulliparous. About 30% of women had a prior clinical history and the most frequent conditions were: chronic hypertension (12.5%), cardiac disease (4.8%) and respiratory complications (4.5%). Pregnancy complications were observed in 85.1% of the cases, and the most common were preterm delivery (65.7%), pregnancy induced hypertension (15.6%) and premature rupture of membranes (13.5%). In this group, there were 395 hospital admissions (1.4 admissions per patient) and the average length of stay was 6.1 days (range 1 to 65 days). Of these, 45.8% were for pregnancy resolution due to labor or maternal-fetal complications. Mean gestational age at delivery was 34.6 weeks, being significantly lower in monochorionic compared to dichorionic twins (33.5 versus 35.4 weeks, p<0001). Cesarean section was the most common route of delivery (84.8%). Amongst the 578 fetuses/newborns, three were acardiac (0.5%), 35 were stillbirths (6.0%) and 540 were born alive (93.5%). Neonatal death occurred in 11.5%, and was 2.8 times higher in MC pregnancies compared to DC. The most common perinatal complications were preterm birth (65.7%), low birth weight (71.8%), fetal growth restriction (18.7%) and fetal malformations (13.6%). All these complications were significantly worse in MC compared to DC pregnancies. Twin pregnancies show high rates of maternal and perinatal complications, such as preterm birth, hypertension, premature rupture of membranes, fetal birth defects and complications inherent to monochorionicity
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O perfil do Serviço de Atendimento Especializado - SAE, Goiânia – Goiás / The profile Specialized Assistance Service – SAE, Goiânia – Goiás

Silveira, Jane Martins 17 May 2017 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2017-06-14T18:52:23Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Jane Martins Silveira - 2017.pdf: 5521995 bytes, checksum: 8a8b8599ca6b8a78ec5bea46163bf849 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2017-06-29T18:26:42Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Jane Martins Silveira - 2017.pdf: 5521995 bytes, checksum: 8a8b8599ca6b8a78ec5bea46163bf849 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T18:26:42Z (GMT). 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Through this study, it is possible to describe the target of this service by getting the percentage of users referred to the SAE; Data on the epidemiological profile of its users: sociodemographic profile, way of the transmission and clinical and laboratory profile, and the achievement of the millennium goals for 90% of people diagnosed with HIV in current treatment and 90% of those in treatmento with viral suppression, these goals of the United Nations-UN established a commitment to ensure the sustainability of our planet by signing with 192 countries the "Millennium Declaration" and one of its purposes was the fight against HIV/AIDS. The study targeted to answer the question "What is the profile of SAE-Goiânia, how long time is the demand of the city, who is its user, how is this people exposed and how to reach the mundial goals in the service?" It was a quantitative and descriptive. Data were collected from 182 SAE users in the secondary banks of the systems: Information System of Notification Appeal (SINAN-2015), Logistic Control System for Antiretroviral Medicines (SICLON-2016), Ambulatory Care System (SICAA-2016), files and documents from the SAE Pharmacy of the Reference Center for Diagnosis and Therapeutics (CRDT-2016). The results were: about the percentage of patients reffered to the SAE was 17.38% of the demand for diagnosed users living in Goiânia city, about the epidemiological profile the predominance of male gender was of 92.31%, the age group in both genders was between 20 to 34 years old in 65.4%. The most reported schooling was high school (30.2%) followed by not completed college education (17.0%). The most self-reported race in this study was brown (42.9%). About the behavioral aspects there was the predominance of heterosexual relations among women (78.6%) and homosexual relationships (50.0%) among men. Regarding the transmission of disease way, "sexual intercourse" predominated (88.3%) followed by other ways such as: blood (injecting drugs 2.7%) and vertical transmission (0.5%). The dropout rate was 4.4% of users of antiretroviral therapy (TARV). Regarding the suppression of the viral charge 60.5% of the users had an undetectable viral charge in the next year of beginning of treatment disease. It is concluded that the SAE, during the analyzed period, it has not yet reached the global targets related to 90% of people diagnosed with HIV in treatment on TARV and 90% of people in treatment with viral suppression. The knowledge of reality contributes to the improvement of the HIV/AIDS epidemiological surveillance system in our area, to describe the profile of the service provided and to reach the indicators for the two world goals 90-90-90, in the SAE it is a subsidy for the local managers in the structuring and/or readaptation of these services and focus on the actions aimed at the treatment and continuous care of users. / O Serviço de Assistência Especializada (SAE) se constitui em importante recurso para saúde, uma vez que oferece o tratamento especializado para a população do município de Goiânia e dos municípios pactuados aos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS). Por intermédio deste estudo, pode-se descrever o perfil deste serviço levantando o percentual de usuários encaminhados para o SAE; os dados sobre o perfil epidemiológico dos seus usuários: perfil sóciodemográfico, modo de transmissão e perfil clínico- laboratorial e o alcance das metas mundiais do milênio referentes à 90% de pessoa diagnosticadas com HIV em tratamento e 90% das pessoas em tratamento com supressão viral, essas metas da Organização das Nações Unidas-ONU estabeleceu o compromisso de garantir a sustentabilidade do planeta Terra firmando com 192 países a “Declaração do Milênio” e um dos seus objetivos foi o Combate ao HIV/aids. O Estudo buscou responder a pergunta “Qual o perfil do SAE-Goiânia, em quanto absorve a demanda do município, quem é seu usuário, como se expõe e qual o alcance das metas mundiais no serviço?” Tratou-se de um estudo quantitativo e descritivo. Foram coletados dados de 182 usuários do SAE nos bancos secundários dos sistemas: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-2015), Sistema de Controle Logístico de Medicamentos Antirretrovirais (SICLON-2016), Sistema de Atendimentos Ambulatoriais (SICAA- 2016) e Pastas arquivos da Farmácia SAE do Centro de Referência Diagnóstico e Terapêutica (CRDT-2016). Os resultados foram os seguintes: quanto ao percentual de encaminhados ao SAE foi de 17,38% da demanda de usuários diagnosticados, residentes no município de Goiânia, quanto ao perfil epidemiológico observou-se a predominância do sexo masculino (92,31%), a faixa etária em ambos os sexos foi de 20 a 34 anos em 65,4%. A escolaridade mais relatada foi o ensino médio completo (30,2%) seguido pelo ensino superior incompleto (17,0%). A raça/cor mais autodeclarada no estudo foi à parda (42,9%). Quanto às variáveis comportamentais houve predomínio das relações heterossexuais entre as mulheres (78,6%) e de relações homossexuais (50,0%) entre os homens. Em relação à via de transmissão, predominou a “relação sexual” (88,3%) seguida por outras formas como: sanguínea (drogas injetáveis 2,7%) e transmissão vertical (0,5%). A taxa de abandono do serviço foi de 4,4% dos usuários em Terapia Antirretroviral (TARV). Em relação à supressão da carga viral 60,5%, dos usuários se encontravam com carga viral indetectável, no ano seguinte ao início do tratamento. Conclui-se que o SAE, no período analisado, ainda não alcançou as metas mundiais relacionadas a 90% de pessoas diagnosticadas com HIV em tratamento com TARV e 90% de pessoas em tratamento com supressão viral. O conhecimento da realidade contribui para o aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica do HIV/aids, em nossa região, descrever o perfil do serviço prestado e o alcance dos indicadores referentes às duas metas mundiais 90-90-90, no SAE é subsidio para os gestores locais na estruturação e/ou readequação desses serviços e focalização de ações voltadas ao tratamento e ao cuidado contínuo dos usuários.
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Estudo descritivo de série histórica da coqueluche no Brasil no período de 2006 a 2013 / Descriptive study of historical series of pertussis in Brazil,from 2006 to 2013

Ligia Castellon Figueiredo Gryninger 13 April 2016 (has links)
A coqueluche vem reemergindo enquanto importante problema de saúde pública em vários países do mundo, apesar das altas coberturas vacinais na infância. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a morbimortalidade da coqueluche no Brasil e os objetivos específicos foram: estimar as taxas de mortalidade, incidência e letalidade anuais, geral e por faixa etária, por unidade da federação e regiões do país; caracterizar a sazonalidade da doença; estimar as taxas de hospitalização anuais por faixa etária e verificar as características clínicas, histórico de contato e vacinação prévia dos casos notificados da doença. Métodos: estudo descritivo, baseado nos casos de coqueluche notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2006 a 2013. Os resultados mostraram aumento nas taxas de incidência de coqueluche no Brasil, a partir de 2011. Em 2013, foram confirmados 6.523 casos de coqueluche no país, três vezes o número de casos confirmados em 2011, com incidência geral de 3,24 /100.000 habitantes e incidência em menores de um ano de 125,82/100.000 habitantes, as maiores durante o período estudado. As crianças menores de um ano foram as mais acometidas pela doença em todas as macrorregiões. Em 2013, todas as regiões, exceto a região sul, apresentaram suas maiores taxas de incidência geral, com destaque para as regiões sudeste e centro-oeste com 4,0 e 3,1 por 100.000 habitantes, respectivamente. As maiores taxas de letalidade foram observadas na faixa etária menor de dois meses de idade, variando de 4,0% (2008) a 9,5% (2010). As taxas de letalidade foram maiores em crianças menores de seis meses em todas as regiões, sendo as regiões nordeste e sudeste as que apresentaram maiores taxas ao longo dos anos, exceto em 2013, quando o centro-oeste superou o nordeste. Houve predomínio dos casos nos meses mais quentes, entre novembro e março. A maioria das hospitalizações ocorreu na faixa etária de menores de um ano, principalmente em menores de quatro meses, cuja frequência de hospitalização ficou em torno de 75%. A tosse e o paroxismo foram os sintomas mais frequentes, independente da faixa etária, e a cianose foi importante sintoma nos menores de dois meses, com uma frequência de 80% nos casos confirmados desta faixa etária. A complicação mais comum foi pneumonia (13,93%), principalmente na faixa etária menor de dois meses, com frequência de 27,5%. O critério mais utilizado para diagnóstico de coqueluche foi o clínico, seguido pelo laboratorial que aumentou a partir de 2011, ano em que foi responsável por 49,9% dos diagnósticos. A maioria dos casos confirmados (51%) não relatou contato prévio com casos suspeitos ou confirmados de coqueluche, no entanto quando presente, a maioria dos contatos ocorreu no domicílio (70,6%). Os resultados mostraram aumento dos casos de coqueluche no Brasil, a partir de 2011, com as maiores taxas de incidência, hospitalizações, complicações e letalidade na faixa etária de menores de um ano / Pertussis has reemerged as important public health problem in many countries, despite the high childhood vaccination coverage. The general aim of this study was to evaluate the morbimortality of pertussis in Brazil, and the specific objectives were: estimate the annual mortality, incidence and case-fatality rates, general and by age group, by federative units and country\'s regions; evaluate the disease seasonality; estimate the annual hospitalization rates by age group and verify the clinical characteristics, contact history and the previous vaccination status of the reported pertussis cases. Methods: Descriptive study, based on the pertussis cases reported to the Notifiable Diseases Information System (SINAN), from 2006 to 2013. In 2013, there were 6.523 confirmed pertussis cases in the country, three times the number of confirmed cases in 2011, with general incidence of 3.24/100,000 inhabitants, and incidence in children under one year of age of 125.82/100,000 inhabitants, the highest during the study period. Pertussis incidence rates were higher in children under one year old in all macroregions during the study. In 2013, higher general incidence rates were observed in all regions, except the south, particularly the southwest and Midwest with 4.0 and 3.1 per 100,000 inhabitants, respectively. The highest case-fatality rates were observed in infants under two months of age, varying from 4.0% (2008) to 9.5% (2010). Case-fatality rates were higher in children under six months in all regions; the northeast and southeast had the highest rates throughout the studied years, except in 2013, when the Midwest surpassed the northeast. More cases were reported in the warmer months, between November and March. Most hospitalizations occurred in the age group of children under one year old, mainly those under four months, for whom hospitalization rates were close to 75%. Cough and paroxysm were the most frequently symptoms, regardless of age, and cyanosis was important in children under two months, occurring in 80% of confirmed cases in this age group. The most common complication was pneumonia (13.93%), mainly in children under two months of age (27.5%). Clinical criteria were most frequent used for diagnosis, followed by laboratory, which increased since 2011, when 49.9% of cases had laboratory-confirmed diagnosis. Most confirmed cases (51%) had no recognized previous contact with pertussis cases. Among those with recognized previous contact, it mostly occurred at residence (70.6%).The results showed an increase in pertussis cases in Brazil, since 2011, with the highest incidence and lethality rates in children under one year of age

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