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Pensamento abissal, colonialidade e as artes visuais em CuiabáSanchez, Daniel Pellegrim 20 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-20 / CAPES / Articulado à ideia de Boaventura de Sousa Santos de que o pensamento moderno ocidental é um pensamento abissal, este trabalho propõe verificar a possível persistência de dispositivos de colonialidade oriundos desse pensamento, de divisões da realidade social e de dominação epistemológica nas artes visuais em Cuiabá, problematizando questões relacionadas ao racismo, à exploração e a outros modos de violência ou desumanização. Além disso, tem em vista articular referenciais teóricos e ferramentas para a construção contínua de conceitos, redes e relacionamentos a serem utilizados na expectativa da positivação e construção de aesthesis e subjetividades decoloniais. O estudo das noções de colonialidade e colonialidade da arte, assim como a investigação do fenômeno no circuito da arte em Cuiabá constituem este trabalho. De acordo com Aníbal Quijano (2000), a colonialidade é parte constitutiva da matriz colonial de poder e resulta de uma classificação racial/étnica seguida de hierarquização que se impõe à população mundial e que atua em diversos âmbitos, planos e dimensões, inclusive materiais e subjetivos, da escala e existência social cotidiana. O chamado racismo epistêmico, por sua vez, refere-se à hierarquia de dominação onde os conhecimentos produzidos por sujeitos ocidentais são considerados como superiores aos conhecimentos produzidos por sujeitos não ocidentais. Na arte, essas hierarquizações se dão por meio dos dualismos ―erudito‖ e ―popular‖, ―regional‖ e ―universal‖, entre outros, como também através de categorizações como arte primitiva, naïf, bruta, artesanal, étnica, cabocla, esquisita etc. Em Cuiabá não há nenhum curso de graduação em artes visuais, mas há uma grande quantidade de artistas autodidatas ("populares"); existem poucos equipamentos culturais e, em geral, administra-se o setor com baixo orçamento, quase sem políticas de intercâmbio. A falta de interesse do setor público somada ao direcionamento decorativo ou "espetacular" que o setor privado designa para as artes visuais no circuito local geram obstáculos intransponíveis para alguns artistas, instituindo um mundo à parte, de isolamento, invisibilidade ou, como disse Aníbal Quijano, "um beco sem saída" para aqueles que miram uma trajetória dentro instituições, equipamentos, eventos, circuitos autorizados/oficiais. Circuitos que, salvo algumas exceções, veem o ―sul do mundo‖ como menos capaz, subalterno no que concerne aos seus saberes, técnicas e artes. No que tange ao Brasil, essa hierarquia, com seus valores e procedimentos, é reproduzida internamente nas relações entre o circuito de arte de São Paulo e Rio de Janeiro com as outras cidades do país. Inspirados pelo conceito de pensamento único de Milton Santos, denominamos o circuito autorizado/oficial de trajeto único. O paradigma cuiabano das artes, por isso mesmo, gera inúmeras inquietações e angústias que estão a exigir esforços de decolonização e legitimação de modos outros da produção visual. Com isso, propomos, na esteira de Mignolo, conduzir ações orientadas por pensamentos de resistência, por noções como a de "pensamento de fronteira", de "desobediência epistêmica" e de "aesthesis decolonial", que venham desenganchar-nos da obrigatoriedade de trilhar o trajeto único do circuito hegemônico, nos reposicionando, redefinindo, ou seja, constituindo pluri-trajetórias em circuitos outros. / Articulated with the idea of Boaventura de Sousa Santos that modern Western thinking is an abysmal thought, this work proposes to verify the possible persistence of coloniality devices, divisions of social reality and epistemological dominance in the visual arts in Cuiabá, discussing issues related to racism, exploitation and other forms of violence or dehumanization. Additionally, aims to provide theoretical frameworks and tools for the ongoing construction of concepts, relationships and networks to be used to enhance and build decolonial aesthesis and subjectivities. This work is constituted by the study of the notions of coloniality and coloniality of the art, as well as by the investigation of this phenomenon in the art circuit in Cuiabá. According to Anibal Quijano (2000), coloniality is constitutive of the colonial matrix of power and results from a racial/ethnic classification followed by hierarchy that is imposed on the world's population and which operates in several spheres, planes and dimensions, including materials and subjectives of social scale and existence. The so-called epistemic racism, in turn, refers to the hierarchy of domination where the knowledge produced by Western individuals is considered as superior to knowledge produced by non-Western individuals. In art, these hierarchizations occur through the dualisms "classical" and "popular", "regional" and "universal", among others, as well as through categorizations as primitive, naive, crude, handmade, ethnic, cabocla, weird art etc. In Cuiabá there is no undergraduate degree in visual arts, but there are a lot of ("popular") self-taught artists; there are few cultural equipment and generally the sector is administered with low budget, almost without exchange policies. The lack of interest of the public sector plus the decorative direction or "spectacular" that the private sector refers to the visual arts in the local circuit g enerate insurmountable obstacles for some artists, establishing a world apart, of isolation, invisibility or, as Aníbal Quijano said, "a dead end" for those that target a trajectory within institutions, equipment, events, authorized/official circuits. Circuits that, with some exceptions, see the "South of the world" as less able, subaltern with respect to their knowledge, techniques and arts. With regard to Brazil, this hierarchy, with its values and procedures, is reproduced internally in the relations between the Sao Paulo and Rio de Janeiro art circuit with the other cities of the country. Inspired by the concept of the ―single thought‖ of Milton Santos, we call the authorized/official circuit by single path. The cuiabano paradigm of arts generates many concerns and anxieties that are demanding efforts of decolonization and legitimation of other visual production modes. Thus, we propose, in the wake of Mignolo, to conduct actions guided by resistance thoughts, notions such as "border thinking", of "epistemic disobedience" and "decolonial aesthesis", which will unhook us from the obligation to tread the single path of the hegemonic circuit, repositioning us, redefining, or constituting multi-paths in circuits others.
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L'implication des ONG dans les débats des OIG : le cas de l'aménagement des droits de propriété intellectuelle par l'OMC, l'OMS, l'OMPI entre 1996 et 2006 / The envolvement of NGOs within International Organizations'debates : the case of NGOs advocacying for a better adequation between intellectual property rights and human rights (1996-2006)Polaud, Rachel 23 April 2012 (has links)
Les ONG font partie intégrante du paysage médiatique, dans le cadre duquel elles cherchent souvent à se présenter comme les artisans d'une meilleure prise en compte des aspirations des populations. Mais qu'en est-il réellement, notamment au niveau international ? Pour répondre à cette question, nous nous sommes intéressés à la façon dont les ONG tentent de faire connaître leurs points de vue aux Organisations Intergouvernementales (OIG), et de les inciter à adopter des résolutions allant dans le sens de leurs convictions, pour les plus puissantes et les mieux introduites d'entre elles. Nous avons confronté les résultats obtenus en matière d'influence aux principes développés par les démocrates délibératifs qui voient en elles les instruments de l'idéal délibératif en raison de leur aptitude à communiquer et à travailler en réseaux. D'un point de vue méthodologique, nous nous sommes appuyés sur l'analyse des réseaux de politique publique afin de préciser les ONG qui s'appuient sur le même socle de principes et de convictions et qui travaillent ensemble de façon suffisamment régulière pour que l'on puisse parler de stratégie commune. Afin de compléter cette analyse, nous avons réalisé une trentaine d'entretiens semi-directifs et dépouillé 300 communiqués de presse. Pour chacune des Organisations que nous avons étudiées (OMC, OMS, OMPI), nous avons tenté de préciser dans quelles circonstances et dans quel contexte les ONG sont parvenues à exercer une influence qui s'est traduite par une institutionnalisation de leurs idées. Nous arrivons à la conclusion que les ONG influentes empruntent bien davantage aux groupes d'intérêt et à la conception pluraliste de la démocratie qu'aux idéaux délibératifs. Ce faisant, elles contribuent à améliorer la transparence des décisions internationales et parviennent dans certains cas à modifier l'agenda politique. A un niveau plus général, cette étude permet de revenir sur l'activité de plaidoyer des ONG internationales et de montrer à quel point les opportunités qui s'offrent à elles diffèrent d'un forum à l'autre. / NGOS are willing to present themselves as key actors whose involvement in the decision making process would ensure consideration of populations' expectations. We wondered if they pushed their ideas in international fora accordingly with the principles developed by deliberative democrats, some of whom present NGOs as the mainspring of deliberation at a large scale. To answer this question, we studied the way NGOs (at least the most powerful among them) push their ideas towards international organizations in order to influence their resolutions. Methodologically speaking, we focused on public policy network analysis to be able to identify a group of principle-based NGOs following a common strategy. To complete this analysis, we realized 30 semi-directive interviews and studied 300 press releases. For each of the three organizations we analysed (WTO, WHO, WIPO), we tried to specify the context and the circumstances in which NGOs' activities leaded to an institutionalization of their ideas. We concluded that influential NGOs behave more as interest group and pluralist democrats than as deliberative ones. They contribute to implement international decision making's transparency. In certain cases, they are also able to shape political agendas. At a more general level, this study points out INGOs' advocacy activities and shows the differences in IGOs'openess towards private actors.
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Políticas de currículo em Educação de Jovens e Adultos (EJA) / Curriculum policy in youth and adults education (EJA)Wagner Nobrega Torres 26 August 2011 (has links)
Esta investigação analisa projetos em disputas na produção de políticas de currículo em EJA (Educação de Jovens e Adultos). Para tal, são investigadas produções de dois espaços em que circulam diferentes textos que enunciam demandas de diversos grupos, a saber, os ENEJAs (Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos) e o GT 18 da ANPEd (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação). Nesses, são identificadas e problematizadas demandas em disputa na produção de políticas de currículo em EJA, que articuladas no processo de significação, tencionam constituir um discurso hegemônico no currículo voltado à EJA. É destacada, no processo de produção das políticas, a atuação das comunidades epistêmicas em diferentes contextos na tentativa de influenciar e hegemonizar determinados sentidos em torno da produção das políticas de currículo em EJA. Nesse sentido, as políticas de currículo são entendidas como discurso, o que implica abordar e problematizar discursos que circulam em diferentes contextos como atravessados por relações de saber-poder. Para tal, dialogamos com a teoria do discurso proposta por Ernesto Laclau, a abordagem metodológica do ciclo contínuo de políticas de Stephen Ball e a vertente analítica das comunidades epistêmicas. É argumentado que as políticas de currículo são produzidas em diferentes contextos, com o envolvimento de diferentes atores sociais. É defendido, ainda, com base na análise de diferentes documentos e das demandas, que possíveis discursos são constituídos em função da articulação de certas demandas tornadas equivalentes e que buscam hegemonizar determinados sentidos da/na política curricular da EJA. Apontamos ainda, a possibilidade de futuras investigações no campo das políticas de currículo em EJA. / This research analyzes projects in dispute for the production of curriculum policies in EJA (Youth and Adults Education). For that, this research analysis productions of two spaces where different texts that enunciate demands of several groups walk in, namely, the ENEJAs (Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos) and the GT 18 of ANPEd (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação). In these, demands in dispute for the production of curriculum policy on EJA are identified and problematized, that articulated in the process of signification, tending to constitute an hegemonic discourse on the curriculum facing to EJA. It is highlighted, in the process that produce policy, the action of epistemic communities in different contexts on the tentative to influence and hegemonies certain senses around the production of curriculum policy on EJA. In this sense, the curriculum policy is understood as a discourse, which implies to board and problematize discourses that circle in different contexts like cross by knowledge-power relations. For such, we dialogue with the discourses theory proposed by Ernesto Laclau, the methodological approach of policy cycle by Stephen Ball and the analytical side of the epistemic communities. It is argued that the curriculum policies are produced in different contexts, with the involvement of different social actors. It is still defended, based on the analysis of different documents and demands, that possible discourses are constituted as a function of the joint of certain demands, turned equivalents, and that search to make hegemony certain directions of/in the curricular policy of EJA. We still appoint the possibility of future researches about the curriculum policy in EJA.
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Choices that make you chnage your mind : a dynamic epistemic logic approach to the semantics of BDI agent programming languages / Dinâmica de atitudes mentais em linguagens de programação BDISouza, Marlo Vieira dos Santos e January 2016 (has links)
Dada a importância de agentes inteligentes e sistemas multiagentes na Ciência da Computação e na Inteligência Artificial, a programação orientada a agentes (AOP, do inglês Agent-oriented programming) emergiu como um novo paradigma para a criação de sistemas computacionais complexos. Assim, nas últimas décadas, houve um florescimento da literatura em programação orientada a agentes e, com isso, surgiram diversas linguages de programação seguindo tal paradigma, como AgentSpeak (RAO, 1996; BORDINI; HUBNER; WOOLDRIDGE, 2007), Jadex (POKAHR; BRAUBACH; LAMERSDORF, 2005), 3APL/2APL (DASTANI; VAN RIEMSDIJK; MEYER, 2005; DASTANI, 2008), GOAL (HINDRIKS et al., 2001), entre outras. Programação orientada a agentes é um paradigma de programação proposto por Shoham (1993) no qual os elementos mínimos de um programa são agentes. Shoham (1993) defende que agentes autônomos e sistemas multiagentes configuram-se como uma forma diferente de se organizar uma solução para um problema computacional, de forma que a construção de um sistema multiagente para a solução de um problema pode ser entendida como um paradgima de programação. Para entender tal paradigma, é necessário entender o conceito de agente. Agente, nesse contexto, é uma entidade computacional descrita por certos atributos - chamados de atitudes mentais - que descrevem o seu estado interno e sua relação com o ambiente externo. Atribuir a interpretação de atitudes mentais a tais atributos é válida, defende Shoham (1993), uma vez que esses atributos se comportem de forma semelhante as atitudes mentais usadas para descrever o comportamento humano e desde que sejam pragmaticamente justificáveis, i.e. úteis à solução do problema. Entender, portanto, o significado de termos como ’crença’, ’desejo’, ’intenção’, etc., assim como suas propriedades fundamentais, é de fundamental importância para estabelecer linguagens de programação orientadas a agentes. Nesse trabalho, vamos nos preocupar com um tipo específico de linguagens de programação orientadas a agentes, as chamadas linguagens BDI. Linguagens BDI são baseadas na teoria BDI da Filosofia da Ação em que o estado mental de um agente (e suas ações) é descrito por suas crenças, desejos e intenções. Enquanto a construção de sistemas baseados em agentes e linguagens de programação foram tópicos bastante discutidos na literatura, a conexão entre tais sistemas e linguagens com o trabalho teórico proveniente da Inteligência Artificial e da Filosofia da Ação ainda não está bem estabelecida. Essa distância entre a teoria e a prática da construção de sistemas é bem reconhecida na literatura relevante e comumente chamada de “gap semântico” (gap em inglês significa lacuna ou abertura e representa a distância entre os modelos teóricos e sua implementação em linguagens e sistemas). Muitos trabalhos tentaram atacar o problema do gap semântico para linguagens de programação específicas, como para as linguagens AgentSpeak (BORDINI; MOREIRA, 2004), GOAL (HINDRIKS; VAN DER HOEK, 2008), etc. De fato, Rao (1996, p. 44) afirma que “O cálice sagrado da pesquisa em agentes BDI é mostrar uma correspondência 1-a-1 com uma linguagem razoavelmente útil e expressiva” (tradução nossa)1 Uma limitação crucial, em nossa opinião, das tentativas passadas de estabeler uma conexão entre linguagens de programação orientadas a agentes e lógicas BDI é que elas se baseiam em estabelecer a interpretação de um programa somente no nível estático. De outra forma, dado um estado de um programa, tais trabalhos tentam estabelecer uma interpretação declarativa, i.e. baseada em lógica, do estado do programa respresentando assim o estado mental do agente. Não é claro, entretanto, como a execução do programa pode ser entendida enquanto mudanças no estado mental do agente. A razão para isso, nós acreditamos, está nos formalismos utilizados para especificar agentes BDI. De fato, as lógicas BDI propostas são, em sua maioria, estáticas ou incapazes de representar ações mentais. O ato de revisão uma crença, adotar um objetivo ou mudar de opinião são exemplos de ações mentais, i.e. ações que são executadas internarmente ao agente e afetando somente seu estado mental, sendo portanto não observáveis. Tais ações são, em nossa opinião, intrinsecamente diferentes de ações ônticas que consistem de comportamento observável e que possivelmente afeta o ambiente externo ao agente. Essa diferença é comumente reconhecida no estudo da semântica de linguagens de programação orientadas a agentes (BORDINI; HUBNER; WOOLDRIDGE, 2007; D’INVERNO et al., 1998; MENEGUZZI; LUCK, 2009), entretanto os formalismos disponíveis para se especificar raciocínio BDI, em nosso conhecimento, não provem recursos expressivos para codificar tal diferença. Nós acreditamos que, para atacar o gap semântico, precisamos de um ferramental semântico que permita a especificação de ações mentais, assim como ações ônticas. Lógicas Dinâmicas Epistêmicas (DEL, do inglês Dynamic Epistemic Logic) são uma família de lógicas modais dinâmicas largamente utilizadas para estudar os fenômenos de mudança do estado mental de agentes. Os trabalhos em DEL foram fortemente influenciados pela escola holandesa de lógica, com maior proponente Johna Van Benthem, e seu “desvio dinâmico” em lógica (dynamic turn em inglês) que propõe a utilização de lógicas dinâmicas para compreender ações de mudanças mentais (VAN BENTHEM, 1996). O formalismo das DEL deriva de diversas vertentes do estudo de mudança epistêmica, como o trabalho em teoria da Revisão de Crenças AGM (ALCHOURRÓN; GÄRDENFORS; MAKINSON, 1985), e Epistemologia Bayesiana (HÁJEK; HARTMANN, 2010). Tais lógicas adotam a abordagem, primeiro proposta por Segerberg (1999), de representar mudanças epistêmicas dentro da mesma linguagem utilizada para representar as noções de crença e conhecimento, diferente da abordagem extra-semântica do Revisão de Crenças a la AGM. No contexto das DEL, uma lógica nos parece particulamente interessante para o estudo de programação orientada a agentes: a Lógica Dinâmica de Preferências (DPL, do inglês Dynamic Preference Logic) de Girard (2008). DPL, também conhecida como lógica dinâmica de ordem, é uma lógica dinâmica para o estudo de preferências que possui grande expressibilidade para codificar diversas atiutudes mentais. De fato, tal lógica foi empregada para o estudo de obrigações (VAN BENTHEM; GROSSI; LIU, 2014), crenças (GIRARD; ROTT, 2014), preferências (GIRARD, 2008), etc. Tal lógica possui fortes ligações com raciocínio não-monotônico e com lógicas já propostas para o estudo de atitudes mentais na área de Teoria da Decisão (BOUTILIER, 1994b) Nós acreditamos que DPL constitui um candidato ideal para ser utilizado como ferramental semântico para se estudar atitudes mentais da teoria BDI por permitir grande flexibilidade para representação de tais atitudes, assim como por permitir a fácil representação de ações mentais como revisão de crenças, adoção de desejos, etc. Mais ainda, pelo trabalho de Liu (2011), sabemos que existem representações sintáticas dos modelos de tal lógica que podem ser utilizados para raciocinar sobre atitudes mentais, sendo assim candidatos naturais para serem utilizados como estruturas de dados para uma implementação semanticamente fundamentada de uma linguagem de programação orientada a agentes. Assim, nesse trabalho nós avançamos no problema de reduzir o gap semântico entre linguagens de programação orientadas a agentes e formalismos lógicos para especificar agentes BDI. Nós exploramos não somente como estabelecer as conexões entre as estruturas estáticas, i.e. estado de um programa e um modelo da lógica, mas também como as ações de raciocínio pelas quais se especifica a semântica formal de uma linguagem de programação orientada a agentes podem ser entendidas dentro da lógica como operadores dinâmicos que representam ações mentais do agente. Com essa conexão, nós provemos também um conjunto de operações que podem ser utilizadas para se implementar uma linguagem de programação orientada a agentes e que preservam a conexão entre os programas dessa linguagem e os modelos que representam o estado mental de um agente. Finalmente, com essas conexões, nós desenvolvemos um arcabouço para estudar a dinâmica de atitudes mentais, tais como crenças, desejos e inteções, e como reproduzir essas propriedades na semântica de linguagens de programação. / As the notions of Agency and Multiagent System became important topics for the Computer Science and Artificial Intelligence communities, Agent Programming has been proposed as a paradigm for the development of computer systems. As such, in the last decade, we have seen the flourishing of the literature on Agent Programming with the proposal of several programming languages, e.g. AgentSpeak (RAO, 1996; BORDINI; HUBNER;WOOLDRIDGE, 2007), Jadex (POKAHR; BRAUBACH; LAMERSDORF, 2005), JACK (HOWDEN et al., 2001), 3APL/2APL (DASTANI; VAN RIEMSDIJK; MEYER, 2005; DASTANI, 2008), GOAL (HINDRIKS et al., 2001), among others. Agent Programming is a programming paradigm proposed by Shoham (1993) in which the minimal units are agents. An agent is an entity composed of mental attitudes, that describe the its internal state - such as its motivations and decisions - as well as its relation to the external world - its beliefs about the world, its obligations, etc. This programming paradigm stems from the work on Philosophy of Action and Artificial Intelligence concerning the notions of intentional action and formal models of agents’ mental states. As such, the meaning (and properties) of notions such as belief, desire, intention, etc. as studied in these disciplines are of central importance to the area. Particularly, we will concentrate in our work on agent programming languages influenced by the so-called BDI paradigm of agency, in which an agent is described by her beliefs, desires, intentions. While the engineering of such languages has been much discussed, the connections between the theoretical work on Philosophy and Artificial Intelligence and its implementations in programming languages are not so clearly understood yet. This distance between theory and practice has been acknowledged in the literature for agent programming languages and is commonly known as the “semantic gap”. Many authors have attempted to tackle this problem for different programming languages, as for the case of AgentSpeak (BORDINI; MOREIRA, 2004), GOAL (HINDRIKS; VAN DER HOEK, 2008), etc. In fact, Rao (1996, p. 44) states that “[t]he holy grail of BDI agent research is to show such a one-to-one correspondence with a reasonably useful and expressive language.” One crucial limitation in the previous attempts to connect agent programming languages and BDI logics, in our opinion, is that the connection is mainly established at the static level, i.e. they show how a given program state can be interpreted as a BDI mental state. It is not clear in these attempts, however, how the execution of the program may be understood as changes in the mental state of the agent. The reason for this, in our opinion, is that the formalisms employed to construct BDI logics are usually static, i.e. cannot represent actions and change, or can only represent ontic change, not mental change. The act of revising one’s beliefs or adopting a given desire are mental actions (or internal actions) and, as such, different from performing an action over the environment (an ontic or external action). This difference is well recognized in the literature on the semantics of agent programming languages (D’INVERNO et al., 1998; BORDINI; HUBNER; WOOLDRIDGE, 2007; MENEGUZZI; LUCK, 2009), but this difference is lost when translating their semantics into a BDI logic. We believe the main reason for that is a lack of expressibility in the formalisms used to model BDI reasoning. Dynamic Epistemic Logic, or DEL, is a family of dynamic modal logics to study information change and the dynamics of mental attitudes inspired by the Dutch School on the “dynamic turn” in Logic (VAN BENTHEM, 1996). This formalism stems from various approaches in the study of belief change and differs from previous studies, such as AGM Belief Revision, by shifting from extra-logical characterization of changes in the agents attitudes to their integration within the representation language. In the context of Dynamic Epistemic Logic, the Dynamic Preference Logic of Girard (2008) seems like an ideal candidate, having already been used to study diverse mental attitudes, such as Obligations (VAN BENTHEM; GROSSI; LIU, 2014), Beliefs (GIRARD; ROTT, 2014), Preferences (GIRARD, 2008), etc. We believe Dynamic Preference Logic to be the ideal semantic framework to construct a formal theory of BDI reasoning which can be used to specify an agent programming language semantics. The reason for that is that inside this logic we can faithfully represent the static state of a agent program, i.e. the agent’s mental state, as well as the changes in the state of the agent program by means of the agent’s reasoning, i.e. by means of her mental actions. As such, in this work we go further in closing the semantic gap between agent programs and agency theories and explore not only the static connections between program states and possible worlds models, but also how the program execution of a language based on common operations - such as addition/removal of information in the already mentioned bases - may be understood as semantic transformations in the models, as studied in Dynamic Logics. With this, we provide a set of operations for the implementation of agent programming languages which are semantically safe and we connect an agent program execution with the dynamic properties in the formal theory. Lastly, by these connections, we provide a framework to study the dynamics of different mental attitudes, such as beliefs, goals and intentions, and how to reproduce the desirable properties proposed in theories of Agency in a programming language semantics.
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What distinguishes "intercultural professionals"? The experiences of male and femele graduates from the Intercultural University of the State of Puebla / ¿Qué distingue a los "profesionistas interculturales"? Reflexiones sobre las experiencias de egresados y egresadas de la Universidad Intercultural del Estado de PueblaHernández Loeza, Sergio Enrique 05 April 2018 (has links)
A poco más de diez años de la emergencia de universidades interculturales (UI) en México, sus egresados y egresadas comienzan a desempeñarse profesionalmente en diversos espacios. En el caso de la Universidad Intercultural del Estado de Puebla, a partir de entrevistas analizo las tensiones que sus egresados enfrentan en un mercado laboral caracterizado por la precarización e inseguridad, al tiempo que busco identificar los elementos que los distinguen como «profesionistas interculturales». Concluyo que el modelo educativo de las UI vinculadas con la Coordinación General de Educación Intercultural y Bilingüe promueve la formación de profesionistas capaces de llevar a cabo estrategias de visibilización de la diversidad cultural y lingüística, pero no necesariamente con la intención de cuestionar o transformar el sistema político-económico dominante. Asimismo, identifico los espacios laborales que se crean o son ocupados por estos novedosos profesionistas y las «fricciones epistémicas» que enfrentan al tratar de incorporarse al mundo laboral y que se manifiestan en la manera en que su toma de decisiones se ve inserta en un conflicto entre dedicar sus esfuerzos a satisfacer sus necesidades y aspiraciones personales o priorizar el trabajo en beneficio de su comunidad; todo ello en un contexto de altos índices de precarización laboral. / A little more than ten years after the emergence of Intercultural Universities (UIs) in Mexico, their graduates begin to perform professionally in various spaces. Based on interviews with graduates of the Intercultural University of the State of Puebla, I analyze the tensions they face in a labor market characterized by precarization and insecurity, while seeking to identify the elements that distinguish them as «intercultural professionals». I conclude that the educational model of the UIs linked to the General Coordination of Intercultural and Bilingual Education promotes the formation of professionals capable of carrying out strategies to visualize cultural and linguistic diversity, but not necessarily with the intention of questioning or transforming the dominant political-economic system. Likewise, the labor spaces that are created or occupied by these new professionals are identified, as well as the «epistemic frictions» that they face when trying to enter the world of work, which are manifested in the way in which their decision-making is inserted in a conflict between dedicating their efforts to satisfy their personal needs and aspirations, or prioritizing work for the benefit of their community; all in a context of high rates of precarious work.
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Intrusión pragmática y valor epistémico / Intrusión pragmática y valor epistémicoEngel, Pascal 09 April 2018 (has links)
Pragmatic Encroachment and Epistemic Value”. Some philosopherswho defend pragmatic encroachment” and sensitive invariantism” argue thatchanges in the importance of being right and signiicant increases of the costsof error in given contexts can alter the standards of knowledge. If this view werecorrect, it could explain to some extent the practical value of knowledge. Thispaper argues that the pragmatic encroachment thesis is wrong. It discusses threepossible sources of encroachment on epistemic notions: on belief, on justiication,and on knowledge, and rejects the idea that the epistemic standards change withpractical stakes. Pragmatic factors can be relevant to the formation of belief andto the context of inquiry, although they are not relevant to epistemic evaluation.Epistemic value cannot depend upon such factors. / Algunos filósofos que defienden la intrusión pragmática y el invariantismo sensible sostienen que, en ciertos contextos, los cambios en la importancia de estar en lo cierto y los aumentos significativos de los costos del error pueden alterar los estándares del conocimiento. Si esta postura fuese correcta, podría explicar, hasta cierto punto, el valor práctico del conocimiento. El presente artículo sostiene que la tesis de la intrusión pragmática es incorrecta. Discute tres fuentes posibles de intrusión en nociones epistémicas: en la creencia, en la justificación y en el conocimiento, y rechaza la idea de que los estándares epistémicos cambian según lo que se ponga en juego a nivel práctico. Los factores pragmáticos pueden ser relevantes para la formación de creencias y para el contexto de indagación, pese a que no son relevantes para la evaluación epistémica. El valor epistémico no puede depender de tales factores.
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The voices of Indigenous Peoples’ Elders in teacher training / Las voces de los conocedores y conocedoras de los pueblos originarios en la formación docenteTrapnell, Lucy 05 April 2018 (has links)
A lo largo de las últimas décadas se ha venido planteando la necesidad de problematizar la manera como se construye el conocimiento y de poner en evidencia las relaciones entre conocimiento y poder. Una valiosa innovación, que busca abrir la educación superior a la inclusión de nuevos actores y nuevas voces, ha sido la redefinición del equipo formador de algunos institutos superiores pedagógicos y universidades convencionales para incluir conocedores y conocedoras de los pueblos originarios. No obstante, en este artículo argumento que su participación en los procesos de formación docente no necesariamente garantiza el desarrollo de prácticas que hagan evidente la existencia de formas de pensar alternativas al conocimiento hegemónico ni las múltiples formas como se producen. Para que esto ocurra, es necesario tomar conciencia de la compleja relación entre conocimiento y poder, y analizar la forma como esta se expresa en la formación superior y, de manera concreta, en la institución formadora. Sustento este argumento en la experiencia del Programa de Formación de Maestros Bilingües de la Amazonía Peruana (Formabiap), al cual he acompañado a lo largo de los últimos veintinueve años, en mi experiencia directa y en sistematizaciones y evaluaciones internas y externas del programa. / During the last decades the need to question the way in which knowledge is constructed as well as its relation with power issues has come forward. An important innovation in some teacher training colleges and conventional universities is the redefinition of the teaching staff. They have included indigenous elders as an attempt to open higher education to the inclusion of new actors and new voices. However, in this article I argue that the participation of indigenous elders in teacher training processes, does not necessarily guarantee the development of practises that will highlight the existence of ways of thinking alternative to hegemonic knowledge nor the multiple ways in which knowledge is produced. For this to happen consciousness must be gained regarding the complex relations between knowledge and power, and the way in which it is expressed in higher education in general and in specific academic spaces. Drawing from the experience of the Teacher Training Programme of the Peruvian Amazon (Formabiap), which I have accompanied during the last 29 years, I sustain my argument with information gained through my direct experience with the Programme and from documents, studies and internal and external evaluations of its process.
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Regional Fisheries Management Organizations: is power listening to Science? / Organizações Regionais para o Ordenamento Pesqueiro: o poder está ouvindo a ciência?Leandra Regina Gonçalves 19 September 2016 (has links)
One of the biggest challenges in contemporary global environmental governance is the future of marine biodiversity. Over the years, increased fishing efforts in previously remote areas drove many fish stocks to scarcity. The Regional Fisheries Management Organizations (RFMOs) emerged to solve the international fishery crisis, on the assumption that they would provide a forum where Member States may agree and discuss binding rules for the conservation and management of fish stocks within its geographical area of responsibility. Although some agreements existed for more than 60 years, many authors agree that they have not been fully effective in promoting the maintenance and conservation of fish stocks. There are many reasons that might explain the lack of effectiveness, one of them being that science is not very often listened to in the political decision-making process. In this research, the influence of knowledge and science in shaping policy decisions will be observed and analyzed. Therefore, the use of the epistemic communities theory, that which forms part of the constructivist turn in international relations -- was used to answer the main question posed here: when does power listen to science? When it does, does it bring more effectiveness in terms of knowledge, input from epistemic communities, does it induce states to change their behavior, and do these influences lead to policies, which can credibly improve biomass? Using process tracing, through elite interviews, and with a systematic compilation and study of meeting reports from three RFMOs: the Commission for the Conservation of Antarctic Marine Living Resources (CCAMLR); the International Convention for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT); and the Commission for the Conservation of Southern Bluefin Tuna (CCSBT), the final conclusion is that they may listen to science, but their strategy, allies, and the ways in which it occurs differ case-by-case. / Um dos maiores desafios na governança ambiental global contemporânea é o futuro dos ecossistemas e da biodiversidade marinha. Ao longo dos anos, o aumento do esforço de pesca nas áreas anteriormente remotas levou muitas populações de peixes à escassez. As Organizações Regionais para o Ordenamento Pesqueiro (OROPs) surgiram para resolver a crise internacional de pesca, através um fórum onde os Estados-Membros podem acordar e discutir regras vinculativas para a conservação e gestão dos recursos pesqueiros no âmbito da sua área geográfica de responsabilidade. Embora alguns acordos existam há mais de 60 anos, muitos pesquisadores concordam que os mesmos não têm sido totalmente eficazes para promover a manutenção e conservação dos recursos pesqueiros. Muitas razões podem explicar a falta de eficiência no manejo, uma delas é que, o aconselhamento cientifico não é muitas vezes considerado nas decisões políticas. Nesta pesquisa, a influência do conhecimento e da ciência na tomada de decisões políticas serão avaliadas. Para isso, a teoria das comunidades epistêmicas, que faz parte da veia construtivista em Relações Internacionais, foi usada para responder à principal questão colocada aqui: quando é que o poder ouviu a ciência? E isso trouxe mais eficiência em termos do conhecimento proveniente das comunidades epistêmicas induzir os Estados a mudarem seu comportamento e a influência levar a políticas que aumentem a biomassa dos estoques pesqueiros? Com o uso de process tracing, por meio de entrevistas com atores e uma compilação sistemática dos relatórios das reuniões anuais, as OROPS: CCAMLR, ICCAT e CCSBT foram estudadas, e a conclusão final é que, os tomadores de decisão podem ouvir a ciência, porém, a estratégia, os aliados e a forma como a influência se desenvolve varia caso a caso.
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Finská epistemická modální slovesa v kontrastivním pohledu / Finnish Epistemic Modals in Contrastive PerspectiveJanoušková, Kateřina January 2016 (has links)
This corpus based diploma thesis takes stock of Finnish epistemic modal verbs voida, saattaa, taitaa and mahtaa and surveys their translational counterparts as they can be found in the parallel corpus InterCorp. The aim of the thesis is to find out what tendencies there can be found in the translation of the modals in question. In the theoretical part, there is, firstly, a description of both modality and modal verbs in Finnish and Czech, secondly, of the differences between the approaches to modality in both languages and, thirdly, of the features of translated language. In the analytical part, the translations are sorted out into categories based on the particular modal specifiers. The description of the different modal specifier categories follows.
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Vyjádření epistémické modality ve francouzštině / The expression of epistemic modality in FrenchJochcová, Magdaléna January 2015 (has links)
This thesis deals with the analysis of the epistemic modality of selected French adverbs in -ment. After a theoretical introduction of basic terms and characterizations of the epistemic modality and the principal means of its expression, it focuses on the very epistemic adverbs. At first, for the purpose of the following research, we specify the syntactically and semantically homogenous group of epistemic adverbs in -ment, defining it by dictionaries and constituent works. Afterwards, this group is analyzed quantitatively - on the French corpora Frantext, L'Est républicain and frWac - as well as qualitatively - on the parallel corpus InterCorp - with an emphasis on the post-verbal position of the adverb in the sentence, on the certainty degree and the Czech translation equivalents. The final part of the study is constituted by a reversed analysis of acquired Czech equivalents. Key words: French, epistemic modality, modal specificators, modal adverb, corpus linguistics.
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