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Assédio moral na vivência de enfermeiros: perspectiva fenomenológica / Bullying in nurses experience: phenomenological perspectiveEllen Maria Hagopian 28 June 2016 (has links)
Introdução: O assédio moral evidencia uma problemática atual no mundo do trabalho, podendo interferir na qualidade da assistência prestada, uma vez que impacta, diretamente, na saúde do trabalhador assediado e interfere na sua qualidade de vida, dos colegas e fluxo de trabalho. Esse fenômeno social pode propiciar, também, o aumento do absenteísmo e diminuição da produtividade. Objetivo: Compreender os significados atribuídos pelos enfermeiros ao assédio moral vivenciado no ambiente de trabalho. Método: Optou-se por realizar uma pesquisa qualitativa, com abordagem da fenomenologia social de Alfred Schütz. A região de inquérito foi constituída por nove enfermeiros de um hospital privado do Munícipio de São Paulo. As entrevistas foram individuais e os depoimentos foram gravados, transcritos e analisados com base nos pressupostos teóricos da teoria da ação social, de Alfred Schütz. Resultados: Os dados obtidos possibilitaram conhecer e compreender as vivências dos enfermeiros, tanto em relação à prática do assédio moral e seus significados (motivos porque), quanto às expectativas que esse grupo social possui no tocante à necessidade de transformação dessa realidade social (motivos para). Os motivos porque destacam a forma com que os enfermeiros entendem a ocorrência do assédio moral. Esta percepção elucidou o assédio como prática inerente à profissão da enfermagem, ocasionada por profissionais hierarquicamente superiores e expostos à pressão institucional. A insegurança profissional também é vista como um motivo da prática do assédio moral. Os motivos para convergem no desejo de que a verdade não seja escamoteada por parte da instituição, dos colegas e do serviço de pessoal, para que sejam providas orientações e apoio às vítimas do assédio moral. Existe o anseio pela construção de um fluxo de diálogo concreto dos trabalhadores de enfermagem, que se sentem imersos em situações desgastantes no ambiente de trabalho e aspiram que o Conselho de Fiscalização das atividades profissionais, possa ampará-los na luta contra a ocorrência do assédio moral. Considerações finais: Este estudo possibilitou a compreensão dos significados atribuídos ao assédio moral na vivência de enfermeiros, revelando circunstâncias predisponentes desse fenômeno e as expectativas dos sujeitos, para que sejam suscitadas estratégias de enfrentamento dessa problemática no ambiente de trabalho, de forma articulada com a política institucional, possibilitando transformações dessa realidade social, por vezes tão nefasta no campo das relações interpessoais, por acarretar desgastes e sofrimentos ao trabalhador. / Introduction: Bullying highlights a current problem in the works world and may interfere with the quality of provided assistance, as it impacts directly on harassed worker\'s health and interferes with their quality of life, their colleagues and the workflow. This social phenomenon can provide, as well, the absenteeism increase and productivity decrease. Objective: Understand the meanings assigned by the nurses experienced harassment in the workplace. Method: We decided to perform a qualitative research with approach of social phenomenology of Alfred Schütz. The inquiry region was composed of nine nurses from a private hospital in the city of São Paulo. The interviews were individual and the testimonials recorded, transcribed and analysed based on the theoretical assumptions of the theory of social action of Alfred Schütz. Results: Obtained data allow us to know and understand nurses experiences in relation to both the practice of bullying and their meanings (reasons why), how many the expectations that this social group has, regarding the need for transformation of this social reality (reasons for). The \"reason why\" highlight the way the nurses understand the bullying occurrence. This perception elucidated the harassment as an inherent practice in the nursing profession, caused by hierarchically superior professionals exposed to institutional pressure. The professional insecurity could also be a reason to practice of bulling. The \"reasons for\" converge to a hope that the truth be not obfuscated by the institution, colleagues and the personal service, so that guidelines and support to the victims of bullying be given. There is the longing for the construction of a concrete dialogue flow among nursing workers, who feel immersed in stressful situations in the workplace and get help of the Supervisory Board of professional activities, to support them in the fight against the occurrence of bullying. Final considerations: This study allowed us to understand the meanings attributed to bullying in nurses experience. Reveals predisposing circumstances of this phenomenon and the expectations of the workers, to find special strategies in the workplace for this problematic, in order to enable transformations of this social reality, sometimes so damaging in interpersonal relations since it causes damage and suffering to the worker.
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Aspectos da comunicação terapêutica na interação da enfermeira com o usuário na atenção básica: um estudo na rede do município de Itajubá / Aspects of therapeutic communication in nurse\'s interaction with the user in the basic care: a study on the network of the city of ItajubáHaddad, Jerusa Gomes Vasconcellos 13 December 2011 (has links)
Trata-se de um estudo transversal, de natureza compreensiva que objetivou compreender os aspectos comunicacionais da interação enfermeiro-usuário na atenção básica, com a finalidade de discuti-los a partir do referencial da comunicação terapêutica, distinguindo seus elementos na prática do enfermeiro neste nível de atenção. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro elaborado para a observação da comunicação terapêutica nos atendimentos de enfermagem. Para triar as unidades que seriam observadas, aplicou-se o Inventário de Problemas Éticos na Atenção Básica (IPE-APS). Foram incluídas as unidades onde as enfermeiras reconheceram mais (E1) e menos (E3) problemas éticos no domínio da relação com o usuário. Como um tipo de controle, foi incluída a unidade (E2) onde a enfermeira percebeu um equilíbrio em relação ao número e frequência dos problemas. Foram observados dois atendimentos em cada unidade. Após os atendimentos, as enfermeiras responderam a uma pergunta aberta. O estudo permitiu concluir que em E3 a enfermeira manteve uma tendência à comunicação terapêutica e a enfermeira em E2 distanciou-se dela. A enfermeira em E1 aproximou-se da comunicação terapêutica em um atendimento e no outro se distanciou dela. Os resultados mostram que as enfermeiras entrevistadas não pensam e não percebem, na sua prática, como a comunicação com o usuário ocorre e acreditam que a comunicação é algo que ocorre naturalmente, no entanto, reconhecem a importância da comunicação na relação enfermeiro-usuário na atenção básica. E ainda, que a comunicação não requer técnica ou fundamentação científica, porém reconhece suas limitações. / This is a comprehensive study which aimed to understand communicational aspects of patient-nurse relationship and to identify the elements of therapeutic communication in primary care nursing practice. We used structured observation and semi-structured interviews for collecting data. To select the services and the nurses for observation, we applied an inventory of ethical problems in primary care (IPE-APS) and included those with more (E1) and less (E3) ethical issues. As control we included a service whit an equilibrium in the results of IPE-APS (E2). For each nurse included, we observed the communication into two nursing care actions. After observation, we asked the nurses their opinion about the communication in the action they had just performed. The results pointed out that E3-nurse kept a tendency for a therapeutic communication and E2-nurse was the most distant of it. E1-nurse was nearer of therapeutic communication in one of the actions and distant in the other. The nurses do not realize the actual importance of communication in their daily practice and believe that, as it is part of human relations, it occurs naturally. They affirm that communication does not require technical or scientific basis. The study concluded that it is necessary to do have education actions on communication in primary care nursing.
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Conflitos éticos no gerenciamento em enfermagem: da percepção à tomada de decisão / Ethical conflicts in Nursing Management: from perception to the decision takingFarias, Deborah Elaine Caristo Santiago de 04 September 2015 (has links)
Introdução: Os conflitos éticos na saúde, geralmente, ocorrem entre os atores envolvidos na ação assistencial. Essa ação, no entanto, é realizada em estruturas organizacionais, sofrendo implicações desse ambiente. Dependendo da organização do trabalho e das metas institucionais pode haver maior ou menor intensidade dessas interferências. Assim, não raro os enfermeiros atuantes no gerenciamento se deparam com situações que apresentam problemas éticos nessa área. Objetivos: Identificar conflitos éticos na percepção de enfermeiros com vivência no gerenciamento de Serviços de Enfermagem hospitalar e analisar como os enfermeiros com vivência no gerenciamento em enfermagem tomam decisões frente a conflitos éticos. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados do primeiro objetivo, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram entrevistados 20 enfermeiros, com vivência profissional na área gerencial hospitalar, constituindo uma amostra intencional, através da técnica bola de neve\" (snow ball). As entrevistas gravadas foram realizadas através de uma pergunta norteadora: Conte-me a respeito de conflitos éticos que tenha vivido na sua atuação gerencial. A coleta de dados do segundo objetivo foi realizada através da técnica de grupo focal, sendo utilizado um caso fictício (caso-conflito), contendo uma situação gerencial hipotética para o debate sobre a decisão. No caso-conflito os dois valores éticos situaram-se nos cursos de ação extremos: prestar assistência de enfermagem segura e atender ordem institucional de redução de quadro de pessoal para viabilizar a sobrevivência financeira do hospital. Os discursos foram analisados segundo a análise de conteúdo proposta por Bardin, balizados pelo referencial metodológico-conceitual do procedimento da Teoria de Deliberação Moral de Diego Gracia. Resultados: Emergiram inicialmente três categorias: igualdade na distribuição da carga de trabalho; autonomia profissional nas decisões gerenciais e justiça e prudência nas decisões gerenciais. Evidenciou-se que os conflitos éticos no gerenciamento em enfermagem decorreram da percepção dos valores confrontados, presentes no problema ético. Os conflitos éticos materializam-se na gestão de recursos em saúde, nas relações de poder no ambiente de trabalho, nas relações interpessoais, na organização do trabalho e nas determinações da política institucional, como partes da conjuntura que constitui a assistência ao paciente, visando à proteção e manutenção de sua dignidade. Na decisão realizada coletivamente, em geral, os cursos de ação tendenciaram para o curso médio, considerados prudentes, indicando conciliar os valores em conflito do caso, ordem e cuidado. Entretanto, mesmo com tendência para o espaço da prudência, a maioria das argumentações dos cursos de ação, se situou privilegiando a preservação do cuidado de enfermagem. Conclusão: Os enfermeiros-gerentes, diante de fatos impositivos das determinações organizacionais, elegem a assistência de enfermagem como prioridade, mas tentam uma conciliação das partes. A prudência, como resultado do debate colegiado dos enfermeiros, revela a necessidade de investimentos em espaços grupais de discussão (bio)ética e na capacitação dos profissionais, expandido os diálogos éticos, inclusive interinstitucionalmente. Vislumbra-se um terreno fértil a ser explorado, que possibilite debates e deliberação sobre os problemas éticos que afligem os enfermeiros, contribuindo para amenizar momentos de angustia e, até, de sofrimento moral presentes nos conflitos de valores desses profissionais / Introduction: The ethical conflicts in health, generally, occur between the actors involved in care action. This action, however, is performed in organizational structures, suffering implications of this environment. Depending on work organization and institutional goals there may be greater or lesser intensity of these interference. So often the nurses working in management are faced with situations that present ethical problems in this area. Objectives: Identifying ethical conflicts in the perception of nurses with experience in hospital Nursing Services management and analyzing how nurses with experience in nursing management take decisions before the ethical conflicts. Method: This is an exploratory, descriptive study of qualitative approach. For collecting the data of the first objective, after the Research Ethics Committee approval, 20 nurses, with professional experience in hospital management area were interviewed, constituting an intentional sample, through \"snowball\" technique. Recorded interviews were conducted by a guiding question: \"Tell me about ethical conflicts that you have lived in your managerial acting.\" The data collection of the second objective was performed through the focus group technique, and used a fictitious case (case-conflict), containing a hypothetical managerial situation to the debate on the decision. In the case-conflict both ethical values stood in extreme \"courses of action\": provide safe nursing care and meet institutional order for staff reduction to enable the financial survival of the hospital. The speeches were analyzed according to content analysis proposed by Bardin, marked by methodological and conceptual framework of the Moral Deliberation Theory procedure of Diego Gracia. Results: First emerged three categories: equal in the distribution of the workload; professional autonomy in management decisions and justice and prudence in management decisions. It was evident that the ethical conflicts in nursing management resulted from the perception of values confronted, present in ethical problem. Ethical conflicts materialize in health resource management, in power relations in the workplace, in interpersonal relationships, work organization and in the determinations of institutional policy, as part of the environment that is patient care, aimed at protecting and maintaining its dignity. In the collectively held decision, in general, courses of action lean toward the middle course, considered prudent, indicating reconcile the conflicting values of the case, order and care. However, even with a tendency for the space of prudence, most of the arguments of \"courses of action\", stood favoring the preservation of nursing care. Conclusion: Nurses-managers, before impositions facts of organizational determinations, elect nursing care as a priority, but try a reconciliation of the parties. Prudence, as a result of collegiate debate of nurses, reveals the need for investment in group spaces for (bio)ethics discussion and professional training, expanded the ethical dialogue, including inter-institutionally. It glimpses a \"breeding ground\" to be exploited, which allow debates and deliberation on the ethical problems that afflict nurses, contributing to soften moments of anguish and even of moral suffering present in value conflicts of these professionals
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Aspectos da comunicação terapêutica na interação da enfermeira com o usuário na atenção básica: um estudo na rede do município de Itajubá / Aspects of therapeutic communication in nurse\'s interaction with the user in the basic care: a study on the network of the city of ItajubáJerusa Gomes Vasconcellos Haddad 13 December 2011 (has links)
Trata-se de um estudo transversal, de natureza compreensiva que objetivou compreender os aspectos comunicacionais da interação enfermeiro-usuário na atenção básica, com a finalidade de discuti-los a partir do referencial da comunicação terapêutica, distinguindo seus elementos na prática do enfermeiro neste nível de atenção. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro elaborado para a observação da comunicação terapêutica nos atendimentos de enfermagem. Para triar as unidades que seriam observadas, aplicou-se o Inventário de Problemas Éticos na Atenção Básica (IPE-APS). Foram incluídas as unidades onde as enfermeiras reconheceram mais (E1) e menos (E3) problemas éticos no domínio da relação com o usuário. Como um tipo de controle, foi incluída a unidade (E2) onde a enfermeira percebeu um equilíbrio em relação ao número e frequência dos problemas. Foram observados dois atendimentos em cada unidade. Após os atendimentos, as enfermeiras responderam a uma pergunta aberta. O estudo permitiu concluir que em E3 a enfermeira manteve uma tendência à comunicação terapêutica e a enfermeira em E2 distanciou-se dela. A enfermeira em E1 aproximou-se da comunicação terapêutica em um atendimento e no outro se distanciou dela. Os resultados mostram que as enfermeiras entrevistadas não pensam e não percebem, na sua prática, como a comunicação com o usuário ocorre e acreditam que a comunicação é algo que ocorre naturalmente, no entanto, reconhecem a importância da comunicação na relação enfermeiro-usuário na atenção básica. E ainda, que a comunicação não requer técnica ou fundamentação científica, porém reconhece suas limitações. / This is a comprehensive study which aimed to understand communicational aspects of patient-nurse relationship and to identify the elements of therapeutic communication in primary care nursing practice. We used structured observation and semi-structured interviews for collecting data. To select the services and the nurses for observation, we applied an inventory of ethical problems in primary care (IPE-APS) and included those with more (E1) and less (E3) ethical issues. As control we included a service whit an equilibrium in the results of IPE-APS (E2). For each nurse included, we observed the communication into two nursing care actions. After observation, we asked the nurses their opinion about the communication in the action they had just performed. The results pointed out that E3-nurse kept a tendency for a therapeutic communication and E2-nurse was the most distant of it. E1-nurse was nearer of therapeutic communication in one of the actions and distant in the other. The nurses do not realize the actual importance of communication in their daily practice and believe that, as it is part of human relations, it occurs naturally. They affirm that communication does not require technical or scientific basis. The study concluded that it is necessary to do have education actions on communication in primary care nursing.
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Realizace prvků Etického kodexu sester a Práv pacientů v praxi / Implementation of Elements of the Code of Ethics for Nurses and Patients' Rights in PracticeHRUBEŠOVÁ, Martina January 2010 (has links)
The thesis on the topic "Implementation of Elements of the Code of Ethics for Nurses and Patients' Rights in Practice" has the characteristics of a research. The thesis is divided into two parts, theoretical and practical. There were four objectives in the practical part of the thesis, the purpose of which was to determine the following: whether patients receive enough understandable information about the diagnostic, therapeutic and nursing care from doctors and nurses, whether intimacy and patients´ feelings of embarrassment are being respected by doctors and nurses, whether patients have the space to voice their views and decisions for therapeutic, diagnostic and nursing care, and whether patients perceive the approach of medical staff to other patients as dignified.
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Conflitos éticos no gerenciamento em enfermagem: da percepção à tomada de decisão / Ethical conflicts in Nursing Management: from perception to the decision takingDeborah Elaine Caristo Santiago de Farias 04 September 2015 (has links)
Introdução: Os conflitos éticos na saúde, geralmente, ocorrem entre os atores envolvidos na ação assistencial. Essa ação, no entanto, é realizada em estruturas organizacionais, sofrendo implicações desse ambiente. Dependendo da organização do trabalho e das metas institucionais pode haver maior ou menor intensidade dessas interferências. Assim, não raro os enfermeiros atuantes no gerenciamento se deparam com situações que apresentam problemas éticos nessa área. Objetivos: Identificar conflitos éticos na percepção de enfermeiros com vivência no gerenciamento de Serviços de Enfermagem hospitalar e analisar como os enfermeiros com vivência no gerenciamento em enfermagem tomam decisões frente a conflitos éticos. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados do primeiro objetivo, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram entrevistados 20 enfermeiros, com vivência profissional na área gerencial hospitalar, constituindo uma amostra intencional, através da técnica bola de neve\" (snow ball). As entrevistas gravadas foram realizadas através de uma pergunta norteadora: Conte-me a respeito de conflitos éticos que tenha vivido na sua atuação gerencial. A coleta de dados do segundo objetivo foi realizada através da técnica de grupo focal, sendo utilizado um caso fictício (caso-conflito), contendo uma situação gerencial hipotética para o debate sobre a decisão. No caso-conflito os dois valores éticos situaram-se nos cursos de ação extremos: prestar assistência de enfermagem segura e atender ordem institucional de redução de quadro de pessoal para viabilizar a sobrevivência financeira do hospital. Os discursos foram analisados segundo a análise de conteúdo proposta por Bardin, balizados pelo referencial metodológico-conceitual do procedimento da Teoria de Deliberação Moral de Diego Gracia. Resultados: Emergiram inicialmente três categorias: igualdade na distribuição da carga de trabalho; autonomia profissional nas decisões gerenciais e justiça e prudência nas decisões gerenciais. Evidenciou-se que os conflitos éticos no gerenciamento em enfermagem decorreram da percepção dos valores confrontados, presentes no problema ético. Os conflitos éticos materializam-se na gestão de recursos em saúde, nas relações de poder no ambiente de trabalho, nas relações interpessoais, na organização do trabalho e nas determinações da política institucional, como partes da conjuntura que constitui a assistência ao paciente, visando à proteção e manutenção de sua dignidade. Na decisão realizada coletivamente, em geral, os cursos de ação tendenciaram para o curso médio, considerados prudentes, indicando conciliar os valores em conflito do caso, ordem e cuidado. Entretanto, mesmo com tendência para o espaço da prudência, a maioria das argumentações dos cursos de ação, se situou privilegiando a preservação do cuidado de enfermagem. Conclusão: Os enfermeiros-gerentes, diante de fatos impositivos das determinações organizacionais, elegem a assistência de enfermagem como prioridade, mas tentam uma conciliação das partes. A prudência, como resultado do debate colegiado dos enfermeiros, revela a necessidade de investimentos em espaços grupais de discussão (bio)ética e na capacitação dos profissionais, expandido os diálogos éticos, inclusive interinstitucionalmente. Vislumbra-se um terreno fértil a ser explorado, que possibilite debates e deliberação sobre os problemas éticos que afligem os enfermeiros, contribuindo para amenizar momentos de angustia e, até, de sofrimento moral presentes nos conflitos de valores desses profissionais / Introduction: The ethical conflicts in health, generally, occur between the actors involved in care action. This action, however, is performed in organizational structures, suffering implications of this environment. Depending on work organization and institutional goals there may be greater or lesser intensity of these interference. So often the nurses working in management are faced with situations that present ethical problems in this area. Objectives: Identifying ethical conflicts in the perception of nurses with experience in hospital Nursing Services management and analyzing how nurses with experience in nursing management take decisions before the ethical conflicts. Method: This is an exploratory, descriptive study of qualitative approach. For collecting the data of the first objective, after the Research Ethics Committee approval, 20 nurses, with professional experience in hospital management area were interviewed, constituting an intentional sample, through \"snowball\" technique. Recorded interviews were conducted by a guiding question: \"Tell me about ethical conflicts that you have lived in your managerial acting.\" The data collection of the second objective was performed through the focus group technique, and used a fictitious case (case-conflict), containing a hypothetical managerial situation to the debate on the decision. In the case-conflict both ethical values stood in extreme \"courses of action\": provide safe nursing care and meet institutional order for staff reduction to enable the financial survival of the hospital. The speeches were analyzed according to content analysis proposed by Bardin, marked by methodological and conceptual framework of the Moral Deliberation Theory procedure of Diego Gracia. Results: First emerged three categories: equal in the distribution of the workload; professional autonomy in management decisions and justice and prudence in management decisions. It was evident that the ethical conflicts in nursing management resulted from the perception of values confronted, present in ethical problem. Ethical conflicts materialize in health resource management, in power relations in the workplace, in interpersonal relationships, work organization and in the determinations of institutional policy, as part of the environment that is patient care, aimed at protecting and maintaining its dignity. In the collectively held decision, in general, courses of action lean toward the middle course, considered prudent, indicating reconcile the conflicting values of the case, order and care. However, even with a tendency for the space of prudence, most of the arguments of \"courses of action\", stood favoring the preservation of nursing care. Conclusion: Nurses-managers, before impositions facts of organizational determinations, elect nursing care as a priority, but try a reconciliation of the parties. Prudence, as a result of collegiate debate of nurses, reveals the need for investment in group spaces for (bio)ethics discussion and professional training, expanded the ethical dialogue, including inter-institutionally. It glimpses a \"breeding ground\" to be exploited, which allow debates and deliberation on the ethical problems that afflict nurses, contributing to soften moments of anguish and even of moral suffering present in value conflicts of these professionals
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Afrontamiento de problemas éticos por enfermeras en emergencia y unidad de vigilancia intensiva con pacientes en estado crítico, Chiclayo, 2021Barsallo Fernandez, Fiorella January 2023 (has links)
Los profesionales de enfermería perciben problemas de carácter ético, ante las responsabilidades con el cuidado de las personas, ingresadas en las áreas de emergencia y de la unidad de vigilancia intensiva, ya que brindan cuidados a personas en estado de salud crítico, lo que conlleva a generarles diversos problemas de ámbito legales y éticos. Esta investigación tuvo como objetivos describir y analizar el afrontamiento de problemas éticos que realizan las enfermeras de emergencia y unidad de vigilancia intensiva con el paciente en estado crítico, Chiclayo, 2021. La investigación fue cualitativa, descriptiva-interpretativa. Participaron 15 enfermeras de las áreas de emergencia y unidad de vigilancia intensiva del Hospital Regional Policial de Chiclayo. La muestra se obtuvo por criterios de saturación y redundancia, y el muestreo fue por bola de nieve. Para la recogida de datos se utilizó la entrevista semiestructurada a profundidad, validada por expertos y estudio piloto. En modalidad virtual usando plataforma Zoom y/o WhatsApp. Para el proceso de los datos se utilizó el análisis de contenido. Avalado por principios éticos y de rigor científico. Se obtuvieron tres categorías: Deliberando la presencia de problemas éticos por las enfermeras de emergencia y unidades críticas, II. Problemas éticos con los pacientes hospitalizados, familiares, personal de salud y recursos y III. Decisiones de afrontamiento en problemas éticos desafiantes. Concluyendo que con los pacientes existe información incompleta sobre su diagnóstico, vulnerabilidad en el predominio de la autonomía, así como abandono familiar, encontrando / Nursing professionals perceive problems of an ethical nature, given the responsibilities with the care of people admitted to the emergency areas and the intensive surveillance unit, since they provide care to people in a critical state of health, which leads to generate various legal and ethical problems. The objectives of this research were to describe and analyze how emergency nurses and intensive care unit nurses deal with ethical problems with patients in critical condition, Chiclayo, 2021. The research was qualitative, descriptive-interpretive. 15 nurses from the emergency areas and intensive surveillance unit of the Regional Police Hospital of Chiclayo participated. The sample was obtained by saturation and redundancy criteria, and sampling was by snowball. An in-depth semi-structured interview, validated by experts, and a pilot study were used to collect data. In virtual mode using the Zoom and/or WhatsApp platform. Content analysis was used to process the data. Backed by ethical principles and scientific rigor. Three categories were obtained: Deliberating the presence of ethical problems by emergency nurses and critical units, II. Ethical problems with hospitalized patients, family members, health personnel and resources and III. Coping decisions in challenging ethical problems. Concluding that with patients there is incomplete information about their diagnosis, vulnerability in the predominance of autonomy, as well as family abandonment, finding resolutions to these problems in their code of ethics and adhered principles.
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A privacidade dos pacientes e as ações dos enfermeiros no contexto da internação hospitalarSoares, Narciso Vieira January 2010 (has links)
A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar situações relativas à privacidade do paciente no cotidiano da enfermagem hospitalar e as ações dos enfermeiros nesse contexto, tendo-se como objetivos específicos: identificar a percepção de pacientes de uma unidade de internação sobre aspectos relacionados à sua privacidade no hospital; descrever condições do ambiente hospitalar relacionadas à privacidade dos pacientes internados; destacar ações da equipe de enfermagem que repercutem na privacidade dos pacientes; discutir e propor encaminhamentos acerca da prática gerencial do enfermeiro sobre as questões apontadas. O estudo caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa ocorreu em um hospital de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, mediante três técnicas de coleta de dados, no período entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Em um primeiro momento, coletaram-se informações por meio de entrevistas com doze pacientes internados em uma unidade de clínica médica e mediante observação simples da ambiência desse local. Posteriormente, foram realizados cinco encontros de grupo focal com dez enfermeiros gerentes de equipe. Os dados foram submetidos à análise temática, resultando nas categorias: exposição do corpo – de si e dos outros; postura inadequada da equipe de enfermagem; e acesso indevido ao prontuário do paciente. Os dados obtidos mediante entrevistas e observação do ambiente apontaram para situações do cotidiano que sugerem a ocorrência da violação do espaço pessoal e do corpo do paciente, por vezes sem justificativa aparente. A experiência de exposição do corpo de si e a postura inadequada de profissionais da equipe de enfermagem, na visão dos pacientes, constituem-se em condições geradoras de ansiedade, constrangimento e estresse, condição que repercute em sua saúde e bem estar. As falas deixaram transparecer a pouca expectativa de alguns pacientes sobre a privacidade no cuidado recebido na instituição. Os pacientes relacionaram privacidade à competência técnica e ao conhecimento dos profissionais sobre os procedimentos que realizam, associando idéias como prestatividade e gentileza no tratamento. Nos debates do grupo focal, os enfermeiros aludiram à inadequação do ambiente físico, à deficiência de recursos humanos e materiais e à falta de tempo como fatores que dificultam o planejamento e implementação de estratégias para a preservação da privacidade do paciente, no ambiente hospitalar. As atividades cotidianas dos enfermeiros gerentes de equipe centramse prioritariamente na competência técnico-burocrática, com ênfase na coordenação, supervisão e controle, assim como na previsão e provisão de recursos para as ações de cuidado. Os dados ilustram situações em que se percebe o agir profissional com ênfase na racionalidade técnica, pois a equipe se circunscreve no cumprimento de normas e rotinas, em detrimento de quesitos igualmente importantes que perpassam as relações com o paciente. Assim, outras dimensões que remetem à ética do cuidado tais como a subjetividade, a sensibilidade, a comunicação e o desenvolvimento da cidadania não vêm sendo priorizadas. Os enfermeiros assinalaram a necessidade de incluir abordagens sobre privacidade nos programas de educação continuada como uma possibilidade de mudança de postura em relação a essa temática. A ética do cuidado implica em exercício de reflexão e de autocrítica sobre o fazer cotidiano, adotando-se uma postura de estranhamento, inconformidade e de ruptura com as práticas que possam resultar em transgressão aos princípios éticos, de desrespeito aos direitos do paciente. No grupo focal com os enfermeiros gerentes de equipe foi elaborado um documento contendo estratégias viáveis para serem implementadas na instituição, no sentido de resguardar a privacidade do paciente naquele cenário. Assim, defendeu-se que haja maior proteção do prontuário do paciente, assegurando acesso exclusivo de profissionais diretamente envolvidos no cuidado e outras medidas que, embora elementares, podem representar um diferencial no resguardo da privacidade como o uso de biombos e manter fechada a porta do quarto durante a higiene pessoal, punções, curativos e outros procedimentos à beira do leito. Também foi ponderado acerca da necessidade de restringir acessos diversos ao paciente, preservando-o do contato indevido e/ou indesejado com pessoas alheias ao cuidado. Houve ênfase à capacitação e sensibilização das equipes de atendimento, incorporando temáticas desta natureza nos programas de educação permanente desenvolvidos na instituição. / Privacy is an individual right that takes into account situations involving protection of the subjects’ intimacy, in a dignified manner, limiting access to the body, to intimate objects, to family and social relations. Nurses are challenged to think ethically about the responsibility and commitment of their actions in this sphere. The study in general aimed at analyzing situations involving the patient’s privacy in the daily work of hospital nursing and nurses’ actions in this context. The specific objectives were: to identify the patients’ perception in a hospital ward, regarding aspects related to their privacy in hospital; to describe the conditions of the hospital environment involving the privacy of the hospitalized patients; to highlight the actions of the nursing staff which have repercussions on the patient’s privacy; to discuss and propose things to be done about the managerial practice of nurses regarding the issues mentioned. The study is characterized as qualitative, and exploratory-descriptive. It was performed at a teaching hospital in the State of Rio Grande do Sul using three data collection techniques, between October 2008 and January 2009. Initially, information was collected by interviews with twelve inpatients in a clinical medicine ward and by simple observation of the atmosphere in the ward. Later, five focus group meetings were held with ten nursing staff managers. The data were analyzed thematically, and the result was the following categories: exposure of the body – one’s own and that of others; inappropriate attitude of the nursing staff; and looking at the patient’s records without an appropriate reason. The data obtained in these interviews and observing the environment point to situations of daily life that suggest that the personal space and body of the patient have been violated, sometimes without any apparent justification. The experience of exposing one’s body and the inappropriate attitude of nursing staff professionals, from the patients’ perspective, are conditions that generate anxiety, embarrassment and stress, a condition that has repercussions on their health and wellbeing. The things they say show the lack of expectation among the patients regarding privacy in the care received at the institution. The patients related privacy to technical competence and to the professionals’ knowledge about the procedures they perform, associating ideas such as helpfulness and kindness in the treatment. In the focus group discussions, nurses referred to the inadequate physical environment, lack of human resources and materials, and lack of time as factors that make it difficult to plan and implement strategies to preserve the patients’ privacy in the hospital environment. The priority of daily activities of the nursing staff managers focuses mainly on the technical-bureaucratic competence, emphasizing coordination, supervision and control, as well as on forecasting and providing resources for care actions. The data illustrate situations in which acting professionally is perceived as emphasizing technical rationality, since the staff limits itself to complying with rules and routines, to the detriment of equally important aspects that permeate relations with the patient. Thus, no priority has been given to other dimensions which concern the ethics of care, such as subjectivity, sensitivity, communication and the development of citizenship. Nurses point to the need for including approaches to privacy in the continued education programs as a possibility of changing attitudes about this topic. The ethics of care implies exercising reflection and self-criticism concerning daily work, adopting an attitude of taking a fresh look non-conformity and breaking with practices that may lead to infringing the ethical principles and disrespecting the patient’s rights. In the focus group with the nursing staff managers a document was written containing feasible strategies to be implemented at the institution, to protect the patient’s privacy in that environment. Thus it was advocated that the patient’s records be better protected, ensuring that only the professionals directly involved in their care will be able to look at them, and other measures which, although elementary, may make a difference in protecting privacy, such as using screens and keeping the room door closed while performing personal hygiene, punctures, dressings and other bedside procedures. Thought was also given to the need to restrict to limit access to the patient preserving him from undue and/or undesired contact with people who have nothing to do with his care. Training and sensitization of the care staff was emphasized, as well as the inclusion of such topics in the permanent education programs carried out at the institution. / La privacidad es un derecho individual que contempla situaciones relacionadas a la protección de la intimidad de los sujetos, respeto a la dignidad, limitación de acceso al cuerpo, a los objetos íntimos, a las relaciones familiares y sociales y la enfermería tiene como desafío la reflexión ética sobre la responsabilidad y compromiso de sus acciones, en ese ámbito. El objetivo general de la investigación consistió en analizar situaciones relativas a la privacidad del paciente en el cotidiano de la enfermería hospitalario y las acciones de los enfermeros en ese contexto, se teniendo como objetivos específicos: identificar la percepción de pacientes de una unidad de ingreso sobre aspectos relacionados a su privacidad en el hospital; describir condiciones del ambiente hospitalario relacionadas a la privacidad de los pacientes internados; destacar acciones del equipo de enfermería que repercuten en la privacidad de los pacientes; discutir y proponer encaminamientos acerca de la práctica gerencial del enfermero sobre las cuestiones apuntadas. El estudio se caracteriza como cualitativo, del tipo exploratoriodescriptivo. La investigación ocurrió en un hospital de enseñanza del Estado de Rio Grande do Sul, mediante tres técnicas de colecta de dados, en el periodo entre octubre de 2008 y enero de 2009. En un primer momento, se habían colectado informaciones mediante entrevistas con doce pacientes internados en una unidad de clínica médica y mediante observación simple del ambiente de ese local. Posteriormente, habían sido realizados cinco encuentros de grupo focal con diez enfermeros gerentes de equipo. Los dados habían sido sometidos al análisis temático, resultando en las categorías: exposición del cuerpo – de sí y de los otros; postura inadecuada del equipo de enfermería; y acceso indebido al prontuario del paciente. Los datos obtenidos mediante entrevistas y observación del ambiente apuntaron para situaciones del cotidiano que sugieren la ocurrencia de la violación del espacio personal y del cuerpo del paciente, por veces sin justificante aparente. La experiencia de exposición del cuerpo de sí y la postura inadecuada de profesionales del equipo de enfermería, en la visión de los pacientes, se constituyen en condiciones generadoras de ansiedad, constreñimiento y estrés, condición que repercute en su salud y bien estar. Las hablas dejaron traslucir poca expectativa de algunos pacientes sobre la privacidad en el cuidado recibido en la institución. Los pacientes relacionaron privacidad a la competencia técnica y al conocimiento de los profesionales sobre los procedimientos que realizan, asociando ideas como utilidad y gentileza en el tratamiento. En los debates del grupo focal, los enfermeros aludieron a la inadecuación del ambiente físico, a la deficiencia de recursos humanos y materiales y a la falta de tiempo como factores que dificultan la planificación e implementación de estrategias para la preservación de la privacidad del paciente, en el ambiente hospitalario. Las actividades cotidianas de los enfermeros gerentes de equipo se centran prioritariamente en la competencia técnico-burocrática, con énfasis en la coordinación, supervisión y control, así como en la previsión y provisión de recursos para las acciones de cuidado. Los dados ilustran situaciones en que se percibe el actuar profesional con énfasis en la racionalidad técnica, pues la plantilla se circunscribe en el cumplimiento de normas y rutinas, en detrimento de especialidades igualmente importantes que impregnan las relaciones con el paciente. Así, otras dimensiones que remiten a la ética del cuidado tales como la subjetividad, la sensibilidad, la comunicación y lo desarrollo de la ciudadanía no vienen siendo priorizadas. Los enfermeros habían señalado la necesidad de incluir abordajes sobre privacidad en los programas de educación continuada como una posibilidad de mudanza de postura en relación a esa temática. La ética del cuidado implica en ejercicio de reflexión y de autocrítica sobre el hacer cotidiano, se adoptando una postura de extrañamiento, inconformidad y de ruptura con las prácticas que puedan resultar en transgresión a los principios éticos, de falta de respeto a los derechos del paciente. En el grupo focal con los enfermeros gerentes de equipo fue elaborado un documento contiendo estrategias viables para que sean implementadas en la institución, en el sentido de resguardar la privacidad del paciente en aquel escenario. Así, se defendió que haya mayor protección del prontuario del paciente, asegurando acceso exclusivo de profesionales directamente envueltos en el cuidado y otras medidas que, aunque elementales, pueden representar un diferencial en el resguardo de la privacidad como el uso de biombos y mantener cerrada la puerta de la habitación durante la higiene personal, punzones, curativos y otros procedimientos a la orilla del lecho. También fue ponderado acerca de la necesidad de restringir accesos diversos al paciente, preservándolo del contacto indebido y/o indeseado con personas ajenas al cuidado. Hubo énfasis a la capacitación y sensibilización de los equipos de atención, incorporando temáticas de esta naturaleza en los programas de educación permanente desarrollados en la instituición.
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A privacidade dos pacientes e as ações dos enfermeiros no contexto da internação hospitalarSoares, Narciso Vieira January 2010 (has links)
A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar situações relativas à privacidade do paciente no cotidiano da enfermagem hospitalar e as ações dos enfermeiros nesse contexto, tendo-se como objetivos específicos: identificar a percepção de pacientes de uma unidade de internação sobre aspectos relacionados à sua privacidade no hospital; descrever condições do ambiente hospitalar relacionadas à privacidade dos pacientes internados; destacar ações da equipe de enfermagem que repercutem na privacidade dos pacientes; discutir e propor encaminhamentos acerca da prática gerencial do enfermeiro sobre as questões apontadas. O estudo caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa ocorreu em um hospital de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, mediante três técnicas de coleta de dados, no período entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Em um primeiro momento, coletaram-se informações por meio de entrevistas com doze pacientes internados em uma unidade de clínica médica e mediante observação simples da ambiência desse local. Posteriormente, foram realizados cinco encontros de grupo focal com dez enfermeiros gerentes de equipe. Os dados foram submetidos à análise temática, resultando nas categorias: exposição do corpo – de si e dos outros; postura inadequada da equipe de enfermagem; e acesso indevido ao prontuário do paciente. Os dados obtidos mediante entrevistas e observação do ambiente apontaram para situações do cotidiano que sugerem a ocorrência da violação do espaço pessoal e do corpo do paciente, por vezes sem justificativa aparente. A experiência de exposição do corpo de si e a postura inadequada de profissionais da equipe de enfermagem, na visão dos pacientes, constituem-se em condições geradoras de ansiedade, constrangimento e estresse, condição que repercute em sua saúde e bem estar. As falas deixaram transparecer a pouca expectativa de alguns pacientes sobre a privacidade no cuidado recebido na instituição. Os pacientes relacionaram privacidade à competência técnica e ao conhecimento dos profissionais sobre os procedimentos que realizam, associando idéias como prestatividade e gentileza no tratamento. Nos debates do grupo focal, os enfermeiros aludiram à inadequação do ambiente físico, à deficiência de recursos humanos e materiais e à falta de tempo como fatores que dificultam o planejamento e implementação de estratégias para a preservação da privacidade do paciente, no ambiente hospitalar. As atividades cotidianas dos enfermeiros gerentes de equipe centramse prioritariamente na competência técnico-burocrática, com ênfase na coordenação, supervisão e controle, assim como na previsão e provisão de recursos para as ações de cuidado. Os dados ilustram situações em que se percebe o agir profissional com ênfase na racionalidade técnica, pois a equipe se circunscreve no cumprimento de normas e rotinas, em detrimento de quesitos igualmente importantes que perpassam as relações com o paciente. Assim, outras dimensões que remetem à ética do cuidado tais como a subjetividade, a sensibilidade, a comunicação e o desenvolvimento da cidadania não vêm sendo priorizadas. Os enfermeiros assinalaram a necessidade de incluir abordagens sobre privacidade nos programas de educação continuada como uma possibilidade de mudança de postura em relação a essa temática. A ética do cuidado implica em exercício de reflexão e de autocrítica sobre o fazer cotidiano, adotando-se uma postura de estranhamento, inconformidade e de ruptura com as práticas que possam resultar em transgressão aos princípios éticos, de desrespeito aos direitos do paciente. No grupo focal com os enfermeiros gerentes de equipe foi elaborado um documento contendo estratégias viáveis para serem implementadas na instituição, no sentido de resguardar a privacidade do paciente naquele cenário. Assim, defendeu-se que haja maior proteção do prontuário do paciente, assegurando acesso exclusivo de profissionais diretamente envolvidos no cuidado e outras medidas que, embora elementares, podem representar um diferencial no resguardo da privacidade como o uso de biombos e manter fechada a porta do quarto durante a higiene pessoal, punções, curativos e outros procedimentos à beira do leito. Também foi ponderado acerca da necessidade de restringir acessos diversos ao paciente, preservando-o do contato indevido e/ou indesejado com pessoas alheias ao cuidado. Houve ênfase à capacitação e sensibilização das equipes de atendimento, incorporando temáticas desta natureza nos programas de educação permanente desenvolvidos na instituição. / Privacy is an individual right that takes into account situations involving protection of the subjects’ intimacy, in a dignified manner, limiting access to the body, to intimate objects, to family and social relations. Nurses are challenged to think ethically about the responsibility and commitment of their actions in this sphere. The study in general aimed at analyzing situations involving the patient’s privacy in the daily work of hospital nursing and nurses’ actions in this context. The specific objectives were: to identify the patients’ perception in a hospital ward, regarding aspects related to their privacy in hospital; to describe the conditions of the hospital environment involving the privacy of the hospitalized patients; to highlight the actions of the nursing staff which have repercussions on the patient’s privacy; to discuss and propose things to be done about the managerial practice of nurses regarding the issues mentioned. The study is characterized as qualitative, and exploratory-descriptive. It was performed at a teaching hospital in the State of Rio Grande do Sul using three data collection techniques, between October 2008 and January 2009. Initially, information was collected by interviews with twelve inpatients in a clinical medicine ward and by simple observation of the atmosphere in the ward. Later, five focus group meetings were held with ten nursing staff managers. The data were analyzed thematically, and the result was the following categories: exposure of the body – one’s own and that of others; inappropriate attitude of the nursing staff; and looking at the patient’s records without an appropriate reason. The data obtained in these interviews and observing the environment point to situations of daily life that suggest that the personal space and body of the patient have been violated, sometimes without any apparent justification. The experience of exposing one’s body and the inappropriate attitude of nursing staff professionals, from the patients’ perspective, are conditions that generate anxiety, embarrassment and stress, a condition that has repercussions on their health and wellbeing. The things they say show the lack of expectation among the patients regarding privacy in the care received at the institution. The patients related privacy to technical competence and to the professionals’ knowledge about the procedures they perform, associating ideas such as helpfulness and kindness in the treatment. In the focus group discussions, nurses referred to the inadequate physical environment, lack of human resources and materials, and lack of time as factors that make it difficult to plan and implement strategies to preserve the patients’ privacy in the hospital environment. The priority of daily activities of the nursing staff managers focuses mainly on the technical-bureaucratic competence, emphasizing coordination, supervision and control, as well as on forecasting and providing resources for care actions. The data illustrate situations in which acting professionally is perceived as emphasizing technical rationality, since the staff limits itself to complying with rules and routines, to the detriment of equally important aspects that permeate relations with the patient. Thus, no priority has been given to other dimensions which concern the ethics of care, such as subjectivity, sensitivity, communication and the development of citizenship. Nurses point to the need for including approaches to privacy in the continued education programs as a possibility of changing attitudes about this topic. The ethics of care implies exercising reflection and self-criticism concerning daily work, adopting an attitude of taking a fresh look non-conformity and breaking with practices that may lead to infringing the ethical principles and disrespecting the patient’s rights. In the focus group with the nursing staff managers a document was written containing feasible strategies to be implemented at the institution, to protect the patient’s privacy in that environment. Thus it was advocated that the patient’s records be better protected, ensuring that only the professionals directly involved in their care will be able to look at them, and other measures which, although elementary, may make a difference in protecting privacy, such as using screens and keeping the room door closed while performing personal hygiene, punctures, dressings and other bedside procedures. Thought was also given to the need to restrict to limit access to the patient preserving him from undue and/or undesired contact with people who have nothing to do with his care. Training and sensitization of the care staff was emphasized, as well as the inclusion of such topics in the permanent education programs carried out at the institution. / La privacidad es un derecho individual que contempla situaciones relacionadas a la protección de la intimidad de los sujetos, respeto a la dignidad, limitación de acceso al cuerpo, a los objetos íntimos, a las relaciones familiares y sociales y la enfermería tiene como desafío la reflexión ética sobre la responsabilidad y compromiso de sus acciones, en ese ámbito. El objetivo general de la investigación consistió en analizar situaciones relativas a la privacidad del paciente en el cotidiano de la enfermería hospitalario y las acciones de los enfermeros en ese contexto, se teniendo como objetivos específicos: identificar la percepción de pacientes de una unidad de ingreso sobre aspectos relacionados a su privacidad en el hospital; describir condiciones del ambiente hospitalario relacionadas a la privacidad de los pacientes internados; destacar acciones del equipo de enfermería que repercuten en la privacidad de los pacientes; discutir y proponer encaminamientos acerca de la práctica gerencial del enfermero sobre las cuestiones apuntadas. El estudio se caracteriza como cualitativo, del tipo exploratoriodescriptivo. La investigación ocurrió en un hospital de enseñanza del Estado de Rio Grande do Sul, mediante tres técnicas de colecta de dados, en el periodo entre octubre de 2008 y enero de 2009. En un primer momento, se habían colectado informaciones mediante entrevistas con doce pacientes internados en una unidad de clínica médica y mediante observación simple del ambiente de ese local. Posteriormente, habían sido realizados cinco encuentros de grupo focal con diez enfermeros gerentes de equipo. Los dados habían sido sometidos al análisis temático, resultando en las categorías: exposición del cuerpo – de sí y de los otros; postura inadecuada del equipo de enfermería; y acceso indebido al prontuario del paciente. Los datos obtenidos mediante entrevistas y observación del ambiente apuntaron para situaciones del cotidiano que sugieren la ocurrencia de la violación del espacio personal y del cuerpo del paciente, por veces sin justificante aparente. La experiencia de exposición del cuerpo de sí y la postura inadecuada de profesionales del equipo de enfermería, en la visión de los pacientes, se constituyen en condiciones generadoras de ansiedad, constreñimiento y estrés, condición que repercute en su salud y bien estar. Las hablas dejaron traslucir poca expectativa de algunos pacientes sobre la privacidad en el cuidado recibido en la institución. Los pacientes relacionaron privacidad a la competencia técnica y al conocimiento de los profesionales sobre los procedimientos que realizan, asociando ideas como utilidad y gentileza en el tratamiento. En los debates del grupo focal, los enfermeros aludieron a la inadecuación del ambiente físico, a la deficiencia de recursos humanos y materiales y a la falta de tiempo como factores que dificultan la planificación e implementación de estrategias para la preservación de la privacidad del paciente, en el ambiente hospitalario. Las actividades cotidianas de los enfermeros gerentes de equipo se centran prioritariamente en la competencia técnico-burocrática, con énfasis en la coordinación, supervisión y control, así como en la previsión y provisión de recursos para las acciones de cuidado. Los dados ilustran situaciones en que se percibe el actuar profesional con énfasis en la racionalidad técnica, pues la plantilla se circunscribe en el cumplimiento de normas y rutinas, en detrimento de especialidades igualmente importantes que impregnan las relaciones con el paciente. Así, otras dimensiones que remiten a la ética del cuidado tales como la subjetividad, la sensibilidad, la comunicación y lo desarrollo de la ciudadanía no vienen siendo priorizadas. Los enfermeros habían señalado la necesidad de incluir abordajes sobre privacidad en los programas de educación continuada como una posibilidad de mudanza de postura en relación a esa temática. La ética del cuidado implica en ejercicio de reflexión y de autocrítica sobre el hacer cotidiano, se adoptando una postura de extrañamiento, inconformidad y de ruptura con las prácticas que puedan resultar en transgresión a los principios éticos, de falta de respeto a los derechos del paciente. En el grupo focal con los enfermeros gerentes de equipo fue elaborado un documento contiendo estrategias viables para que sean implementadas en la institución, en el sentido de resguardar la privacidad del paciente en aquel escenario. Así, se defendió que haya mayor protección del prontuario del paciente, asegurando acceso exclusivo de profesionales directamente envueltos en el cuidado y otras medidas que, aunque elementales, pueden representar un diferencial en el resguardo de la privacidad como el uso de biombos y mantener cerrada la puerta de la habitación durante la higiene personal, punzones, curativos y otros procedimientos a la orilla del lecho. También fue ponderado acerca de la necesidad de restringir accesos diversos al paciente, preservándolo del contacto indebido y/o indeseado con personas ajenas al cuidado. Hubo énfasis a la capacitación y sensibilización de los equipos de atención, incorporando temáticas de esta naturaleza en los programas de educación permanente desarrollados en la instituición.
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A privacidade dos pacientes e as ações dos enfermeiros no contexto da internação hospitalarSoares, Narciso Vieira January 2010 (has links)
A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar situações relativas à privacidade do paciente no cotidiano da enfermagem hospitalar e as ações dos enfermeiros nesse contexto, tendo-se como objetivos específicos: identificar a percepção de pacientes de uma unidade de internação sobre aspectos relacionados à sua privacidade no hospital; descrever condições do ambiente hospitalar relacionadas à privacidade dos pacientes internados; destacar ações da equipe de enfermagem que repercutem na privacidade dos pacientes; discutir e propor encaminhamentos acerca da prática gerencial do enfermeiro sobre as questões apontadas. O estudo caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa ocorreu em um hospital de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, mediante três técnicas de coleta de dados, no período entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Em um primeiro momento, coletaram-se informações por meio de entrevistas com doze pacientes internados em uma unidade de clínica médica e mediante observação simples da ambiência desse local. Posteriormente, foram realizados cinco encontros de grupo focal com dez enfermeiros gerentes de equipe. Os dados foram submetidos à análise temática, resultando nas categorias: exposição do corpo – de si e dos outros; postura inadequada da equipe de enfermagem; e acesso indevido ao prontuário do paciente. Os dados obtidos mediante entrevistas e observação do ambiente apontaram para situações do cotidiano que sugerem a ocorrência da violação do espaço pessoal e do corpo do paciente, por vezes sem justificativa aparente. A experiência de exposição do corpo de si e a postura inadequada de profissionais da equipe de enfermagem, na visão dos pacientes, constituem-se em condições geradoras de ansiedade, constrangimento e estresse, condição que repercute em sua saúde e bem estar. As falas deixaram transparecer a pouca expectativa de alguns pacientes sobre a privacidade no cuidado recebido na instituição. Os pacientes relacionaram privacidade à competência técnica e ao conhecimento dos profissionais sobre os procedimentos que realizam, associando idéias como prestatividade e gentileza no tratamento. Nos debates do grupo focal, os enfermeiros aludiram à inadequação do ambiente físico, à deficiência de recursos humanos e materiais e à falta de tempo como fatores que dificultam o planejamento e implementação de estratégias para a preservação da privacidade do paciente, no ambiente hospitalar. As atividades cotidianas dos enfermeiros gerentes de equipe centramse prioritariamente na competência técnico-burocrática, com ênfase na coordenação, supervisão e controle, assim como na previsão e provisão de recursos para as ações de cuidado. Os dados ilustram situações em que se percebe o agir profissional com ênfase na racionalidade técnica, pois a equipe se circunscreve no cumprimento de normas e rotinas, em detrimento de quesitos igualmente importantes que perpassam as relações com o paciente. Assim, outras dimensões que remetem à ética do cuidado tais como a subjetividade, a sensibilidade, a comunicação e o desenvolvimento da cidadania não vêm sendo priorizadas. Os enfermeiros assinalaram a necessidade de incluir abordagens sobre privacidade nos programas de educação continuada como uma possibilidade de mudança de postura em relação a essa temática. A ética do cuidado implica em exercício de reflexão e de autocrítica sobre o fazer cotidiano, adotando-se uma postura de estranhamento, inconformidade e de ruptura com as práticas que possam resultar em transgressão aos princípios éticos, de desrespeito aos direitos do paciente. No grupo focal com os enfermeiros gerentes de equipe foi elaborado um documento contendo estratégias viáveis para serem implementadas na instituição, no sentido de resguardar a privacidade do paciente naquele cenário. Assim, defendeu-se que haja maior proteção do prontuário do paciente, assegurando acesso exclusivo de profissionais diretamente envolvidos no cuidado e outras medidas que, embora elementares, podem representar um diferencial no resguardo da privacidade como o uso de biombos e manter fechada a porta do quarto durante a higiene pessoal, punções, curativos e outros procedimentos à beira do leito. Também foi ponderado acerca da necessidade de restringir acessos diversos ao paciente, preservando-o do contato indevido e/ou indesejado com pessoas alheias ao cuidado. Houve ênfase à capacitação e sensibilização das equipes de atendimento, incorporando temáticas desta natureza nos programas de educação permanente desenvolvidos na instituição. / Privacy is an individual right that takes into account situations involving protection of the subjects’ intimacy, in a dignified manner, limiting access to the body, to intimate objects, to family and social relations. Nurses are challenged to think ethically about the responsibility and commitment of their actions in this sphere. The study in general aimed at analyzing situations involving the patient’s privacy in the daily work of hospital nursing and nurses’ actions in this context. The specific objectives were: to identify the patients’ perception in a hospital ward, regarding aspects related to their privacy in hospital; to describe the conditions of the hospital environment involving the privacy of the hospitalized patients; to highlight the actions of the nursing staff which have repercussions on the patient’s privacy; to discuss and propose things to be done about the managerial practice of nurses regarding the issues mentioned. The study is characterized as qualitative, and exploratory-descriptive. It was performed at a teaching hospital in the State of Rio Grande do Sul using three data collection techniques, between October 2008 and January 2009. Initially, information was collected by interviews with twelve inpatients in a clinical medicine ward and by simple observation of the atmosphere in the ward. Later, five focus group meetings were held with ten nursing staff managers. The data were analyzed thematically, and the result was the following categories: exposure of the body – one’s own and that of others; inappropriate attitude of the nursing staff; and looking at the patient’s records without an appropriate reason. The data obtained in these interviews and observing the environment point to situations of daily life that suggest that the personal space and body of the patient have been violated, sometimes without any apparent justification. The experience of exposing one’s body and the inappropriate attitude of nursing staff professionals, from the patients’ perspective, are conditions that generate anxiety, embarrassment and stress, a condition that has repercussions on their health and wellbeing. The things they say show the lack of expectation among the patients regarding privacy in the care received at the institution. The patients related privacy to technical competence and to the professionals’ knowledge about the procedures they perform, associating ideas such as helpfulness and kindness in the treatment. In the focus group discussions, nurses referred to the inadequate physical environment, lack of human resources and materials, and lack of time as factors that make it difficult to plan and implement strategies to preserve the patients’ privacy in the hospital environment. The priority of daily activities of the nursing staff managers focuses mainly on the technical-bureaucratic competence, emphasizing coordination, supervision and control, as well as on forecasting and providing resources for care actions. The data illustrate situations in which acting professionally is perceived as emphasizing technical rationality, since the staff limits itself to complying with rules and routines, to the detriment of equally important aspects that permeate relations with the patient. Thus, no priority has been given to other dimensions which concern the ethics of care, such as subjectivity, sensitivity, communication and the development of citizenship. Nurses point to the need for including approaches to privacy in the continued education programs as a possibility of changing attitudes about this topic. The ethics of care implies exercising reflection and self-criticism concerning daily work, adopting an attitude of taking a fresh look non-conformity and breaking with practices that may lead to infringing the ethical principles and disrespecting the patient’s rights. In the focus group with the nursing staff managers a document was written containing feasible strategies to be implemented at the institution, to protect the patient’s privacy in that environment. Thus it was advocated that the patient’s records be better protected, ensuring that only the professionals directly involved in their care will be able to look at them, and other measures which, although elementary, may make a difference in protecting privacy, such as using screens and keeping the room door closed while performing personal hygiene, punctures, dressings and other bedside procedures. Thought was also given to the need to restrict to limit access to the patient preserving him from undue and/or undesired contact with people who have nothing to do with his care. Training and sensitization of the care staff was emphasized, as well as the inclusion of such topics in the permanent education programs carried out at the institution. / La privacidad es un derecho individual que contempla situaciones relacionadas a la protección de la intimidad de los sujetos, respeto a la dignidad, limitación de acceso al cuerpo, a los objetos íntimos, a las relaciones familiares y sociales y la enfermería tiene como desafío la reflexión ética sobre la responsabilidad y compromiso de sus acciones, en ese ámbito. El objetivo general de la investigación consistió en analizar situaciones relativas a la privacidad del paciente en el cotidiano de la enfermería hospitalario y las acciones de los enfermeros en ese contexto, se teniendo como objetivos específicos: identificar la percepción de pacientes de una unidad de ingreso sobre aspectos relacionados a su privacidad en el hospital; describir condiciones del ambiente hospitalario relacionadas a la privacidad de los pacientes internados; destacar acciones del equipo de enfermería que repercuten en la privacidad de los pacientes; discutir y proponer encaminamientos acerca de la práctica gerencial del enfermero sobre las cuestiones apuntadas. El estudio se caracteriza como cualitativo, del tipo exploratoriodescriptivo. La investigación ocurrió en un hospital de enseñanza del Estado de Rio Grande do Sul, mediante tres técnicas de colecta de dados, en el periodo entre octubre de 2008 y enero de 2009. En un primer momento, se habían colectado informaciones mediante entrevistas con doce pacientes internados en una unidad de clínica médica y mediante observación simple del ambiente de ese local. Posteriormente, habían sido realizados cinco encuentros de grupo focal con diez enfermeros gerentes de equipo. Los dados habían sido sometidos al análisis temático, resultando en las categorías: exposición del cuerpo – de sí y de los otros; postura inadecuada del equipo de enfermería; y acceso indebido al prontuario del paciente. Los datos obtenidos mediante entrevistas y observación del ambiente apuntaron para situaciones del cotidiano que sugieren la ocurrencia de la violación del espacio personal y del cuerpo del paciente, por veces sin justificante aparente. La experiencia de exposición del cuerpo de sí y la postura inadecuada de profesionales del equipo de enfermería, en la visión de los pacientes, se constituyen en condiciones generadoras de ansiedad, constreñimiento y estrés, condición que repercute en su salud y bien estar. Las hablas dejaron traslucir poca expectativa de algunos pacientes sobre la privacidad en el cuidado recibido en la institución. Los pacientes relacionaron privacidad a la competencia técnica y al conocimiento de los profesionales sobre los procedimientos que realizan, asociando ideas como utilidad y gentileza en el tratamiento. En los debates del grupo focal, los enfermeros aludieron a la inadecuación del ambiente físico, a la deficiencia de recursos humanos y materiales y a la falta de tiempo como factores que dificultan la planificación e implementación de estrategias para la preservación de la privacidad del paciente, en el ambiente hospitalario. Las actividades cotidianas de los enfermeros gerentes de equipo se centran prioritariamente en la competencia técnico-burocrática, con énfasis en la coordinación, supervisión y control, así como en la previsión y provisión de recursos para las acciones de cuidado. Los dados ilustran situaciones en que se percibe el actuar profesional con énfasis en la racionalidad técnica, pues la plantilla se circunscribe en el cumplimiento de normas y rutinas, en detrimento de especialidades igualmente importantes que impregnan las relaciones con el paciente. Así, otras dimensiones que remiten a la ética del cuidado tales como la subjetividad, la sensibilidad, la comunicación y lo desarrollo de la ciudadanía no vienen siendo priorizadas. Los enfermeros habían señalado la necesidad de incluir abordajes sobre privacidad en los programas de educación continuada como una posibilidad de mudanza de postura en relación a esa temática. La ética del cuidado implica en ejercicio de reflexión y de autocrítica sobre el hacer cotidiano, se adoptando una postura de extrañamiento, inconformidad y de ruptura con las prácticas que puedan resultar en transgresión a los principios éticos, de falta de respeto a los derechos del paciente. En el grupo focal con los enfermeros gerentes de equipo fue elaborado un documento contiendo estrategias viables para que sean implementadas en la institución, en el sentido de resguardar la privacidad del paciente en aquel escenario. Así, se defendió que haya mayor protección del prontuario del paciente, asegurando acceso exclusivo de profesionales directamente envueltos en el cuidado y otras medidas que, aunque elementales, pueden representar un diferencial en el resguardo de la privacidad como el uso de biombos y mantener cerrada la puerta de la habitación durante la higiene personal, punzones, curativos y otros procedimientos a la orilla del lecho. También fue ponderado acerca de la necesidad de restringir accesos diversos al paciente, preservándolo del contacto indebido y/o indeseado con personas ajenas al cuidado. Hubo énfasis a la capacitación y sensibilización de los equipos de atención, incorporando temáticas de esta naturaleza en los programas de educación permanente desarrollados en la instituición.
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