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O ensino técnico de nivel médio e a inserção dos jovens no mercado de trabalho : o (in)certo futuroFernandes, Sandra Faria 27 April 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-04-27 / Esta pesquisa busca investigar as expectativas de jovens de um curso técnico de nível médio sobre a formação que obtiveram e o que esperam obter com a opção feita frente ao mercado de trabalho. Como pano de fundo, utilizamos os pressupostos que norteiam a política educacional para a área no Estado de São Paulo e as diretrizes da instituição formadora. Não realizamos uma análise macro do mercado de trabalho, mas um acompanhamento de jovens que freqüentam o último semestre do curso de Nutrição e Dietética, e sua saída da escola para o mercado. O referencial teórico para analisar o tema baseou-se nas contribuições de Sacristán (2000, 2001), Sennet (2006) Manfredi (2002) e Franzoi (2006). A pesquisa cumpriu as seguintes etapas: observação realizada na unidade escolar; entrevista com a direção da unidade; questionário exploratório aplicado a 84 alunos dos cursos de Metalurgia, Nutrição e Dietética e Segurança do Trabalho; análise de documentos legais e entrevistas de aprofundamento realizadas com 3 alunos do curso de Nutrição e Dietética, selecionados com base nos dados obtidos no questionário exploratório. A escola selecionada para a pesquisa foi a Etec Dona Escolástica Rosa, de Santos, uma das primeiras escolas profissionalizantes do País, que hoje pertence ao Centro Paula Sousa. Os dados coletados por meio das entrevistas foram tratados com base na análise de conteúdo. Nas conclusões finais, apontamos que embora as expectativas dos alunos quando procuram um curso técnico seja para ter uma profissão, deixam claro que pretendem continuar os estudos em nível superior. O curso técnico é visto pelos alunos entrevistados como uma ponte para alcançar a profissão desejada. Um campo de forças envolve essa fase de transição na vida dos jovens, que os leva para lugares que não escolheram e onde não pretendiam estar, mas que foram determinados em suas trajetórias de vida e formação, muito mais pelas condições de nascimento e conseqüente posição que ocupam na sociedade brasileira do que pelos seus projetos, seus sonhos e suas metas. Suas trajetórias se apresentam entrecortadas, em virtude de não conseguirem resolver a difícil equação que se estabelece entre a formação obtida, a pretendida e a inserção no mercado de trabalho. Embora percebam a falta de sintonia existente entre as políticas de formação profissional de nível médio e as políticas de geração de emprego e renda, os jovens, tendo como objetivo uma profissão, acreditam e aprovam a escola e o ensino técnico que fizeram, mas reivindicam políticas públicas de inclusão que assegurem o óbvio: emprego com carteira assinada.
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No sertão da minha terra, o sentido da escolarização, as expectativas profissionais e o discurso sobre identidade e individualizações de jovens rurais estudantes do ensino médio em escolas urbanasMenezes, Isabela Gonçalves de 25 July 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This is a comprehensive qualitative and quantitative study aimed to investigate how young people living in rural areas perceive the schooling experience, what are their professional expectations and how they verbalize their identities and individualizations. The study universe was composed of young individuals from rural areas in the last year of high school in urban schools of Poço Redondo and Nossa Senhora da Glória, cities of the sertão region of the state of Sergipe. Data collection began in 2015, in three schools, with the administration of a questionnaire, interviews and focal groups to a total sample of 80 young individuals from rural areas. Data analysis showed that parents encouraged their children to go to school and wanted them to pursue higher education studies, but even when they were not supported by their parents, these youngsters expressed their wish to go to college. For them, school is a gateway to a profession that will ensure a higher social status and higher income, and this cannot be obtained in agricultural activities. Regarding school and professional expectations, in Poço Redondo, although most youngsters confirmed their interest in attending university, they were more willing to get a job than the youngsters were from Nossa Senhora da Glória. Regarding their parents’ expectations, some youth said they did not agree with the careers their parents wanted them to follow, and others said they would choose their own professions, particularly girls of Nossa Senhora da Glória. Some of them were not sure of what they wanted to do because of the predominant scenario of poverty of rural families. Most of them loved the countryside, but could not decide whether to stay or move to urban areas. Those who wished to leave the countryside claimed they were looking for better living conditions and for a job in the city. However, leaving does not mean rejecting the rural environment and staying does not imply becoming a farmer, since none of the participants spontaneously indicated an interest in this profession. Asked whether they would like to be farmers, most of the girls answered “no”, in a slightly lower percentage than those who attended the school of Nossa Senhora da Glória. The boys who attended the school of Poço Redondo had diverging opinions, while most students at the school of Nossa Senhora da Glória did not want to be farmers. The rural environment of the sertão region of Sergipe has changed a lot. Most young people are strongly identified with rural production, but attending urban high schools has changed their minds. Many of them perceived the sertanejos as individuals who live on farming and are always facing extreme climactic conditions such as droughts. Regarding their expectations of the future, based on their parents’ lives, none of the subjects suggested their lives would be worse than their parents’ lives and most expect to have better life conditions than their parents. Asked whether they knew exactly what they wanted, the subjects were careful and many said plans are useless, although most suggested they wished to become entrepreneurs. Thus, the subjects apparently tended to passive individualization, using tactics to construct their careers. / Esta é uma pesquisa qualiquantitativa e compreensiva cujo objetivo foi investigar o sentido que jovens rurais dão à experiência de escolarização, que expectativas profissionais estão construindo e seus discursos sobre identidades e individualizações. O universo de estudo foi constituído de jovens rurais estudantes do último ano do ensino médio regular em escolas urbanas de Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, municípios do sertão sergipano. No ano letivo 2015, realizou-se a coleta de dados por meio de questionário, entrevistas e grupos focais a um total de 80 jovens rurais. Da análise das informações obtidas conclui-se que: os pais apoiam seus filhos para que vão à escola e almejam que cursem faculdade; mas, mesmo se não apoiados, os jovens demonstram a pretensão de continuar os estudos em nível superior. Consideram a escola como uma passagem para uma profissão que lhes conceda status e renda melhores do que na agricultura. Quanto às expectativas escolares e profissionais, em Poço Redondo, ainda que a maioria confirme interesse em cursar universidade, suas expectativas de começar a trabalhar são mais altas do que as dos jovens de Nossa Senhora da Glória. Em relação à profissão desejada pelos pais, alguns jovens não se mostraram de acordo e outra parte indicou que escolheria a profissão que quisesse; com ênfase para as moças de Nossa Senhora da Glória, demonstrando atitudes relacionadas ao conceito de individualização. Parte se mostra em situação de incerteza, pois o cenário predominante é de famílias em situação de pobreza, fato que dificulta as expectativas de cursar o nível superior. Um percentual elevado gosta do campo, porém, fica dividido entre sair e ficar. Os que pensam em sair alegam a busca de melhoria de vida e a oportunidade de emprego urbano; entretanto, sair não significa rejeição ao meio rural e permanecer não significa ser agricultor, já que nenhum jovem espontaneamente indicou aspirar essa profissão. Quando perguntados se gostariam de ser agricultores, a maioria das moças respondeu “não”, com percentual um pouco menor das que estudam em Nossa Senhora da Glória. Quanto aos rapazes, os de Poço Redondo encontram-se divididos, ao passo que os de Nossa Senhora da Glória a maioria não quer ser agricultor. O meio rural do sertão sergipano tem mudado muito e já não absorve apenas o aspecto do trabalho agrícola. A maioria dos jovens tem referências de identidade da produção rural, mas o fato de cursarem o ensino médio em escolas urbanas resultou em mudanças. Boa parte possui a concepção que sertanejo é exclusivamente aquele que enfrenta as secas e tira seu sustento da agricultura. Acerca das expectativas diante do futuro, tendo como referência a vida dos pais, nenhum deles indicou que terá uma vida pior e a maioria espera ter uma vida melhor que a dos progenitores. Quanto a saber exatamente o que querem, foram bastante moderados e não foram poucos os que afirmaram ser inútil fazer projetos, embora a maioria tenha indicado que gostaria de empreender. Assim, parecem mais se aplicar a uma individualização passiva, construindo suas trajetórias a partir de táticas.
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