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Avaliação estática do complexo tornozelo-pé e padrões dinâmicos da distribuição da pressão plantar de corredores com e sem fasciite plantar / Static evaluation of the anklefoot complex and dynamic patterns of the plantar pressure distribution in runners with and without plantar fasciitisRibeiro, Ana Paula 28 April 2010 (has links)
A fasciite plantar é considerada a terceira doença mais comum em corredores. Apesar dessa alta prevalência, sua patogênese ainda é inconclusiva. Na literatura desalinhamento do retropé, mudanças na conformação do arco longitudinal plantar e um aumento da carga mecânica sobre os pés, têm sido embasados como fatores de risco para o desenvolvimento da fasciite plantar. No entanto, há uma escassez de estudos que investigaram estes fatores, durante a corrida. A maior parte da literatura investigou, especificamente, a marcha e os resultados apresentam-se controversos e ainda não claros, principalmente, em relação ao efeito da dor associada à doença. Para alívio da dor, a maioria dos tratamentos baseia-se na inserção de palmilhas, porém, há longo prazo, elas não impedem as recidivas dos sintomas. Isso pode ser justificado pela carência de bases científicas que melhor descrevam as características posturais do complexo tornozelo-pé e os padrões dinâmicos da carga plantar, durante a corrida, para que possam perpetuar uma maior eficácia deste tipo de tratamento. Assim, o objetivo geral desse estudo foi verificar a influência da fasciite plantar com e sem dor sobre o alinhamento do retropé e o arco longitudinal medial na postura ortostática bipodal, bem como a análise da distribuição da pressão plantar durante a corrida. Foram estudados 105 corredores adultos de ambos os sexos entre 20 a 55 anos. Destes 45 apresentavam fasciite plantar (30 com dor - FPS e 15 sem dor - FPA) e 60 eram corredores controles - GC. Para responder as questões científicas específicas foram realizados dois experimentos. O experimento um teve como objetivo específico avaliar a influência da fasciite plantar sintomática e assintomática sobre o alinhamento do retropé e o arco longitudinal medial durante a postura ortostática bipodal de corredores recreacionais. Para tanto, foram avaliadas, por meio da fotogrametria digital, duas medidas clínicas: ângulo do retropé e o arco longitudinal medial. O experimento dois teve como objetivo específico investigar e comparar a distribuição da pressão plantar de corredores com fasciite plantar sintomática e assintomática e corredores sem a presença da doença, durante a corrida. Para tanto, a distribuição da pressão plantar foi avaliada por meio de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante uma corrida de 40m a uma velocidade de 12km/h, utilizando um calçado esportivo padrão. A dor foi mensurada pela escala visual analógica. Para análise das variáveis biomecânicas da pressão o pé foi dividido em seis áreas: retropé lateral, central e medial, mediopé e antepé lateral e medial. Os principais resultados desse estudo mostraram que a fasciite plantar sintomática e assintomática não apresentou diferenças significativas no alinhamento em valgo do retropé, mas a condição de fasciite plantar influenciou no arco longitudinal medial, onde ambos os grupos com fasciite plantar (com e sem dor) apresentaram um arco mais elevado em relação ao controle. Já em relação às cargas plantares, durante a corrida, não houve diferença significativa nas variáveis: pico de pressão (p = 0,609), área de contato (p = 0,383), tempo de contato (p = 0,908) e integral da pressão (p = 0,504). Conclui-se que a fasciite plantar sintomática e assintomática não altera o alinhamento do retropé na postura ortostática bipodal e a distribuição da pressão plantar, durante a corrida. No entanto, a condição fasciite plantar, independente do sintoma de dor, associa-se com um aumento do arco longitudinal medial na população de corredores / The plantar fasciitis has been the third most common disease in runners. Despite this high prevalence, its pathogenesis is still inconclusive. In literature, the rearfoot misalignment, changes in the conformation of longitudinal plantar arch and increased mechanical load on the feet, have been described as risk factors for developing of plantar fasciitis. However, there are few studies investigating these factors during the running. The most of the literature investigated the gait and the results are still controversial and unclear, mainly on the effect of pain associated with disease. For pain relief, most of the treatments are based on use of the insoles, however, they do not have long-term beneficial effects. This can be explained by the lack of scientific evidence that describe the characteristics of postural ankle-foot complex and dynamic load patterns on plantar surface during the running, thus, improve effectiveness this type of treatment. The general purpose of this study was to investigate the influence of plantar fasciitis with and without pain on the rearfoot alignment, longitudinal medial plantar arch in bipedal standing posture and on the plantar pressure distribution during the running. One hundred and five adult recreational runners of both sexes between 20 to 55 years old were studied. Of these, 45 had plantar fasciitis (symptomatic 30 SPF and asymptomatic 15 APF) and 60 controls runners CG. Two experiments were realized in order to respond the specific scientific questions. The first experiment had the specific purpose of verify the influence of plantar fasciitis symptomatic (with pain) and asymptomatic (without pain) on the rearfoot alignment and on the longitudinal medial plantar arch during bipedal standing posture of runners. Therefore, were evaluated by mean of digital photogrammetry, two clinical measures: the rearfoot angle and arch index. The experiment two aimed specifically to investigate and comparing the plantar pressure distribution in runners with plantar fasciitis symptomatic and asymptomatic and runners without plantar fasciitis during the running. Therefore, the plantar pressure distribution was measured by capacitive insoles (Pedar System X) during a running of 40 m at a speed of 12km/h, using a standard sport shoes. Pain was measured by visual analogue scale. For analysis of the pressure variables, the foot was divided into six areas: rearfoot lateral, central and medial; midfoot and forefoot medial and lateral. The principal results of this study showed that the symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis do not show significant difference in the valgus rearfoot misalignment, but the condition of plantar fasciitis (symptomatic and asymptomatic) caused an increase of the longitudinal medial plantar arch compared to CG. In relation to the plantar loads during the running, there was no significant difference on pressure peak (p = 0.609), contact area (p = 0.383), contact time (p = 0.908) and pressure integral (p = 0.504). We concluded that the symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis does not change the valgus rearfoot alignment during bipedal standing posture and the plantar pressure distribution during the running. However, the condition of symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis showed an increase in the longitudinal medial plantar arch of recreational runners
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Comparação das ondas de choque radiais e fisioterapia convencional no tratamento da fasciite plantar / Comparisson of radial shockwaves and conventional physiotherapy for treating plantar fasciitisGrecco, Marcus Vinicius 18 May 2011 (has links)
OBJETIVOS: Comparar o tratamento por ondas de choque radiais com a fisioterapia convencional na fasciite plantar. MATERIAL E MÉTODOS: Foram tratados 40 pacientes com diagnóstico de fasciite plantar. Os pacientes foram divididos, de forma aleatória em dois grupos. Grupo 1 - constituído de 20 pacientes, que fizeram 10 sessões de fisioterapia com ultra-som, cinesioterapia e orientação domiciliar de alongamentos. Grupo 2 constituído de 20 pacientes, que fizeram três aplicações, uma vez por semana, com ondas de choque radial e orientação domiciliar de alongamentos. Todos os pacientes passaram por uma avaliação de dor e função antes, depois e após 3 meses do tratamento. A média de idade foi 49,6 ± 11,8 (25-68) anos, 85% gênero feminino, 88% estavam acima do peso, 63% tinham comprometimento bilateral e 83% usavam analgésicos regularmente. RESULTADOS: Os dois tratamentos foram eficazes na melhora da dor e função dos pacientes com fasciite plantar. O efeito das ondas de choque foi observado em tempo menor. CONCLUSÃO: O tratamento com ondas de choque não foi mais efetivo que o tratamento de fisioterapia convencional, quando avaliado três meses após o final do tratamento / OBJECTIVE: To compare radial shockwave treatment and conventional physiotherapy for plantar fasciitis. MATERIALS AND METHODS: Forty patients with plantar fasciitis were included in this study. They were randomly divided into two groups. Group 1 - was composed of 20 patients who underwent 10 physiotherapy sessions each, consisting of ultrasound, kinesiotherapy and instruction for stretching exercises at home. Group 2 - was composed of 20 patients who underwent three applications of radial shockwaves (once a week) and received instruction for stretching exercises at home. Pain and function were evaluated before treatment, immediately afterwards, and three months later. The mean age of the patients was 49.6 ± 11.8 years (range 25-68); 85% were female, 88% were overweight, 63% had bilateral impairment, and 83% used analgesics regularly. RESULTS: Both treatments were effective for pain reduction and for improving the functional abilities of patients with plantar fasciitis. The effect of the shockwaves was apparent sooner than physiotherapy after the onset of treatment. CONCLUSION: Shockwave treatment was no more effective than conventional physiotherapy treatment when evaluated three months after the end of treatment
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Avaliação estática do complexo tornozelo-pé e padrões dinâmicos da distribuição da pressão plantar de corredores com e sem fasciite plantar / Static evaluation of the anklefoot complex and dynamic patterns of the plantar pressure distribution in runners with and without plantar fasciitisAna Paula Ribeiro 28 April 2010 (has links)
A fasciite plantar é considerada a terceira doença mais comum em corredores. Apesar dessa alta prevalência, sua patogênese ainda é inconclusiva. Na literatura desalinhamento do retropé, mudanças na conformação do arco longitudinal plantar e um aumento da carga mecânica sobre os pés, têm sido embasados como fatores de risco para o desenvolvimento da fasciite plantar. No entanto, há uma escassez de estudos que investigaram estes fatores, durante a corrida. A maior parte da literatura investigou, especificamente, a marcha e os resultados apresentam-se controversos e ainda não claros, principalmente, em relação ao efeito da dor associada à doença. Para alívio da dor, a maioria dos tratamentos baseia-se na inserção de palmilhas, porém, há longo prazo, elas não impedem as recidivas dos sintomas. Isso pode ser justificado pela carência de bases científicas que melhor descrevam as características posturais do complexo tornozelo-pé e os padrões dinâmicos da carga plantar, durante a corrida, para que possam perpetuar uma maior eficácia deste tipo de tratamento. Assim, o objetivo geral desse estudo foi verificar a influência da fasciite plantar com e sem dor sobre o alinhamento do retropé e o arco longitudinal medial na postura ortostática bipodal, bem como a análise da distribuição da pressão plantar durante a corrida. Foram estudados 105 corredores adultos de ambos os sexos entre 20 a 55 anos. Destes 45 apresentavam fasciite plantar (30 com dor - FPS e 15 sem dor - FPA) e 60 eram corredores controles - GC. Para responder as questões científicas específicas foram realizados dois experimentos. O experimento um teve como objetivo específico avaliar a influência da fasciite plantar sintomática e assintomática sobre o alinhamento do retropé e o arco longitudinal medial durante a postura ortostática bipodal de corredores recreacionais. Para tanto, foram avaliadas, por meio da fotogrametria digital, duas medidas clínicas: ângulo do retropé e o arco longitudinal medial. O experimento dois teve como objetivo específico investigar e comparar a distribuição da pressão plantar de corredores com fasciite plantar sintomática e assintomática e corredores sem a presença da doença, durante a corrida. Para tanto, a distribuição da pressão plantar foi avaliada por meio de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante uma corrida de 40m a uma velocidade de 12km/h, utilizando um calçado esportivo padrão. A dor foi mensurada pela escala visual analógica. Para análise das variáveis biomecânicas da pressão o pé foi dividido em seis áreas: retropé lateral, central e medial, mediopé e antepé lateral e medial. Os principais resultados desse estudo mostraram que a fasciite plantar sintomática e assintomática não apresentou diferenças significativas no alinhamento em valgo do retropé, mas a condição de fasciite plantar influenciou no arco longitudinal medial, onde ambos os grupos com fasciite plantar (com e sem dor) apresentaram um arco mais elevado em relação ao controle. Já em relação às cargas plantares, durante a corrida, não houve diferença significativa nas variáveis: pico de pressão (p = 0,609), área de contato (p = 0,383), tempo de contato (p = 0,908) e integral da pressão (p = 0,504). Conclui-se que a fasciite plantar sintomática e assintomática não altera o alinhamento do retropé na postura ortostática bipodal e a distribuição da pressão plantar, durante a corrida. No entanto, a condição fasciite plantar, independente do sintoma de dor, associa-se com um aumento do arco longitudinal medial na população de corredores / The plantar fasciitis has been the third most common disease in runners. Despite this high prevalence, its pathogenesis is still inconclusive. In literature, the rearfoot misalignment, changes in the conformation of longitudinal plantar arch and increased mechanical load on the feet, have been described as risk factors for developing of plantar fasciitis. However, there are few studies investigating these factors during the running. The most of the literature investigated the gait and the results are still controversial and unclear, mainly on the effect of pain associated with disease. For pain relief, most of the treatments are based on use of the insoles, however, they do not have long-term beneficial effects. This can be explained by the lack of scientific evidence that describe the characteristics of postural ankle-foot complex and dynamic load patterns on plantar surface during the running, thus, improve effectiveness this type of treatment. The general purpose of this study was to investigate the influence of plantar fasciitis with and without pain on the rearfoot alignment, longitudinal medial plantar arch in bipedal standing posture and on the plantar pressure distribution during the running. One hundred and five adult recreational runners of both sexes between 20 to 55 years old were studied. Of these, 45 had plantar fasciitis (symptomatic 30 SPF and asymptomatic 15 APF) and 60 controls runners CG. Two experiments were realized in order to respond the specific scientific questions. The first experiment had the specific purpose of verify the influence of plantar fasciitis symptomatic (with pain) and asymptomatic (without pain) on the rearfoot alignment and on the longitudinal medial plantar arch during bipedal standing posture of runners. Therefore, were evaluated by mean of digital photogrammetry, two clinical measures: the rearfoot angle and arch index. The experiment two aimed specifically to investigate and comparing the plantar pressure distribution in runners with plantar fasciitis symptomatic and asymptomatic and runners without plantar fasciitis during the running. Therefore, the plantar pressure distribution was measured by capacitive insoles (Pedar System X) during a running of 40 m at a speed of 12km/h, using a standard sport shoes. Pain was measured by visual analogue scale. For analysis of the pressure variables, the foot was divided into six areas: rearfoot lateral, central and medial; midfoot and forefoot medial and lateral. The principal results of this study showed that the symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis do not show significant difference in the valgus rearfoot misalignment, but the condition of plantar fasciitis (symptomatic and asymptomatic) caused an increase of the longitudinal medial plantar arch compared to CG. In relation to the plantar loads during the running, there was no significant difference on pressure peak (p = 0.609), contact area (p = 0.383), contact time (p = 0.908) and pressure integral (p = 0.504). We concluded that the symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis does not change the valgus rearfoot alignment during bipedal standing posture and the plantar pressure distribution during the running. However, the condition of symptomatic and asymptomatic plantar fasciitis showed an increase in the longitudinal medial plantar arch of recreational runners
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Comparação das ondas de choque radiais e fisioterapia convencional no tratamento da fasciite plantar / Comparisson of radial shockwaves and conventional physiotherapy for treating plantar fasciitisMarcus Vinicius Grecco 18 May 2011 (has links)
OBJETIVOS: Comparar o tratamento por ondas de choque radiais com a fisioterapia convencional na fasciite plantar. MATERIAL E MÉTODOS: Foram tratados 40 pacientes com diagnóstico de fasciite plantar. Os pacientes foram divididos, de forma aleatória em dois grupos. Grupo 1 - constituído de 20 pacientes, que fizeram 10 sessões de fisioterapia com ultra-som, cinesioterapia e orientação domiciliar de alongamentos. Grupo 2 constituído de 20 pacientes, que fizeram três aplicações, uma vez por semana, com ondas de choque radial e orientação domiciliar de alongamentos. Todos os pacientes passaram por uma avaliação de dor e função antes, depois e após 3 meses do tratamento. A média de idade foi 49,6 ± 11,8 (25-68) anos, 85% gênero feminino, 88% estavam acima do peso, 63% tinham comprometimento bilateral e 83% usavam analgésicos regularmente. RESULTADOS: Os dois tratamentos foram eficazes na melhora da dor e função dos pacientes com fasciite plantar. O efeito das ondas de choque foi observado em tempo menor. CONCLUSÃO: O tratamento com ondas de choque não foi mais efetivo que o tratamento de fisioterapia convencional, quando avaliado três meses após o final do tratamento / OBJECTIVE: To compare radial shockwave treatment and conventional physiotherapy for plantar fasciitis. MATERIALS AND METHODS: Forty patients with plantar fasciitis were included in this study. They were randomly divided into two groups. Group 1 - was composed of 20 patients who underwent 10 physiotherapy sessions each, consisting of ultrasound, kinesiotherapy and instruction for stretching exercises at home. Group 2 - was composed of 20 patients who underwent three applications of radial shockwaves (once a week) and received instruction for stretching exercises at home. Pain and function were evaluated before treatment, immediately afterwards, and three months later. The mean age of the patients was 49.6 ± 11.8 years (range 25-68); 85% were female, 88% were overweight, 63% had bilateral impairment, and 83% used analgesics regularly. RESULTS: Both treatments were effective for pain reduction and for improving the functional abilities of patients with plantar fasciitis. The effect of the shockwaves was apparent sooner than physiotherapy after the onset of treatment. CONCLUSION: Shockwave treatment was no more effective than conventional physiotherapy treatment when evaluated three months after the end of treatment
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Padrão de apoio e impacto dos pés com o solo durante a corrida de corredores com história e sintoma de fasciite plantar e sua relação com o arco longítudinal medial e ângulo do retropé / Strikes patterns and impact of the foot whit the ground during running of the runners with history and symptom plantar fasciitis and relation with medial longitudinal arch and rearfoot angleRibeiro, Ana Paula 13 March 2013 (has links)
A fasciite plantar, terceira lesão mais comum em corredores, apresenta como principais fatores etiológicos o alinhamento do retropé, o arco longitudinal plantar e a carga mecânica dos pés. Os únicos dois estudos que investigaram estes fatores, durante a corrida, permanecem controversos e ainda não claros, principalmente, em relação ao efeito da dor. Outra questão importante é o suporte teórico da associação entre as medidas clinicas dos pés com a carga mecânica no calcâneo, porém sem evidência científica comprovada. A compreensão dos padrões dinâmicos da carga plantar e a sua associação com as medidas clínicas do pé poderão perpetuar uma maior efetividade de recursos terapêuticos como calçados e palmilhas direcionadas a essa população. Portanto, o objetivo geral desse estudo foi avaliar o padrão de carga plantar e impacto dos pés em contato com o solo durante a corrida de corredores com fasciite plantar aguda e crônica e sua associação com o arco longitudinal medial e ângulo do retropé. Foram estudados 75 corredores adultos de ambos os sexos entre 20 a 55 anos. Destes 45 apresentavam fasciite plantar (30 com dor - FPA e 15 sem dor - FPC) e 30 eram corredores controles - GC. Para responder a questões específicas foram realizados dois experimentos. O primeiro teve como objetivo analisar e comparar as taxas de impacto estimadas e as cargas em três regiões distintas dos pés de corredores com fasciite plantar na fase aguda e crônica e corredores controle. A pressão plantar foi avaliada por meio de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante uma corrida de 40m a uma velocidade de 12±5%km/h, utilizando um calçado esportivo padrão. A dor foi mensurada pela escala visual analógica. As taxas de impacto e a carga plantar em retropé, mediopé e antepé foram analisadas em série temporal. Os dados foram processados no Matlab e comparados por ANOVAs (p<0,05). Os principais resultados indicam que a força máxima e integral da força no retropé e as taxas de impacto (20-80%; 10-100%) apresentam-se maiores em corredores com fasciite plantar em relação aos corredores controle (p<0,01). Porém, corredores com fasciite plantar na fase aguda apresentaram menores taxas de impacto e cargas plantares no retropé em relação à fase crônica (p<0,01). O segundo experimento teve como objetivo investigar a relação entre o arco longitudinal medial, o alinhamento do retropé e a dinâmica da pressão plantar em corredores com fasciite plantar: aguda e crônica. O índice do arco plantar e o alinhamento do retropé foram calculados no AutoCAD por meio de imagem fotográfica digital. Para análise da pressão plantar foi utilizado os dados previamente coletados no experimento 1 pelo sistema de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante a corrida. Uma análise de regressão múltipla foi realizada (p<0,05). Os resultados indicam que o arco plantar elevado pode predizer a integral da força (R=0,35, R2=0,15) e a força máxima (R=0,59, R2=0,35) no antepé na fase aguda e crônica, respectivamente. O alinhamento valgo do retropé prediz a força máxima no retropé na fase aguda (R=0,42, R2=0,18) e crônica (R=0,67, R2=0,45), além de predizer o aumento das taxas de impacto do pé na fase crônica da fasciite plantar, 20-80% (R=0,44, R2=0,19) e 10-100% (R=0,63, R2=0,40). Conclui-se que corredores com fasciite plantar aguda e crônica apresentam maiores cargas plantares no retropé e aumento das taxas de impacto do pé no solo. No entanto, a condição fasciite plantar aguda mostrou-se com menores taxas e cargas plantares no retropé em relação à fase crônica, possivelmente, devido ao mecanismo de proteção a dor na região do calcâneo. Além disso, o arco plantar prediz as cargas plantares do antepé de corredores com fasciite plantar e o alinhamento em valgo do retropé demonstrou ser uma medida clínica de fundamental importância para avaliação de corredores com fasciite plantar, pois permitiu predizer tanto o aumento das cargas e taxas de impacto na região do calcâneo e com isso, prevenir os sintomas e a progressão da fasciite plantar / The plantar fasciitis, the third most common injury in runners, presents as the main etiological factors rearfoot alignment, the longitudinal arch and mechanical load on the feet. The only two studies have investigated these factors during running and the results remain controversial and still not clear, specifically regarding the pain symptoms. Another important question is the theoretical support of the association between clinical measurements of the feet with the mechanical load on the heel, but without proven scientific evidence. Understanding the dynamic patterns of plant load and its association with clinical measures of foot may perpetuate more effective therapeutic resources, such as footwear and insoles that target this population. Therefore, the general objective of this study was to evaluate the load pattern and impact of plantar foot in contact with the ground during running in runners with acute and chronic plantar fasciitis and its association with the medial longitudinal arch and rearfoot angle. We studied 75 adult runners of both sexes between 20 and 55 years. Of these 45 had plantar fasciitis (pain-APF 30 with and 15 without pain - CPF) and 30 controls were runners - CG. To answer specific questions two experiments were conducted. The first aimed to analyze and compare the estimated impact rates and the plantar loads in runners with both acute and chronic PF, compared to controls. Seventy-five runners with heel contact running patterns were evaluated and divided into three groups: Acute PF (n=30); chronic PF (n=15); and controls (n=30). Pain was assessed by the Visual Analogue Scale. The plantar pressures was measured by X Pedar system during 40-meter running sessions at speeds of 12±5% Km/h with standard sport footwear. The impact rates and the loads over the rearfoot, midfoot, and forefoot were analyzed based upon temporal series. The data were processed in Matlab and compared by ANOVAs (p <0.05). The main results indicate that the maximum force and integral force in the rearfoot and impact rates (20-80%, 10-100%) were higher in runners with plantar fasciitis when compared with control runners (p <0.01). However, runners with plantar fasciitis in the acute phase showed lower impact rates and loads plantar on rearfoot in relation to chronic phase (p <0.01). The second experiment aimed to investigate the relationship between the medial longitudinal arch, rearfoot alignment and dynamic plantar pressure in runners with plantar fasciitis: acute and chronic. The plantar arch index and rearfoot alignment were calculated in AutoCAD using digital photographic image. For analysis of plantar pressure was used previously collected data in experiment 1 by the system of capacitive insoles (Pedar X System) during the running. A multiple regression analysis was performed (p <0.05). The results indicate that high plantar arch can predict the increase: integral force (R = 0.35, R2 = 0.15) and maximum force (R = 0.59, R2 = 0.35) in the forefoot in acute and chronic phase, respectively. The alignment of the rearfoot valgus predict the maximum force on rearfoot in the acute phase (R = 0.42, R2 = 0.18) and chronic (R = 0.67, R2 = 0.45), and predict increased rates impact of the foot during the chronic plantar fasciitis, 20-80% (R = 0.44, R2 = 0.19) and 10-100% (R = 0.63, R2 = 0.40). We conclude that runners with plantar fasciitis acute and chronic have higher plantar loads on rearfoot and increased rates of impact of the foot on the ground. However, the condition plantar fasciitis acute proved loads with lower impact rates and plantar load on rearfoot in relation to chronic phase, possibly due to the protective mechanism pain in calcaneal region. Moreover, the plantar arch predicts loads plantar in forefoot of the runners with plantar fasciitis and alignment in valgus rearfoot proved to be a measure of fundamental importance for clinical evaluation of runners with plantar fasciitis because it can predict the increase of the plantar loads and impact rates of calcaneal region and thus prevents the symptoms and progression of plantar fasciitis.
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Padrão de apoio e impacto dos pés com o solo durante a corrida de corredores com história e sintoma de fasciite plantar e sua relação com o arco longítudinal medial e ângulo do retropé / Strikes patterns and impact of the foot whit the ground during running of the runners with history and symptom plantar fasciitis and relation with medial longitudinal arch and rearfoot angleAna Paula Ribeiro 13 March 2013 (has links)
A fasciite plantar, terceira lesão mais comum em corredores, apresenta como principais fatores etiológicos o alinhamento do retropé, o arco longitudinal plantar e a carga mecânica dos pés. Os únicos dois estudos que investigaram estes fatores, durante a corrida, permanecem controversos e ainda não claros, principalmente, em relação ao efeito da dor. Outra questão importante é o suporte teórico da associação entre as medidas clinicas dos pés com a carga mecânica no calcâneo, porém sem evidência científica comprovada. A compreensão dos padrões dinâmicos da carga plantar e a sua associação com as medidas clínicas do pé poderão perpetuar uma maior efetividade de recursos terapêuticos como calçados e palmilhas direcionadas a essa população. Portanto, o objetivo geral desse estudo foi avaliar o padrão de carga plantar e impacto dos pés em contato com o solo durante a corrida de corredores com fasciite plantar aguda e crônica e sua associação com o arco longitudinal medial e ângulo do retropé. Foram estudados 75 corredores adultos de ambos os sexos entre 20 a 55 anos. Destes 45 apresentavam fasciite plantar (30 com dor - FPA e 15 sem dor - FPC) e 30 eram corredores controles - GC. Para responder a questões específicas foram realizados dois experimentos. O primeiro teve como objetivo analisar e comparar as taxas de impacto estimadas e as cargas em três regiões distintas dos pés de corredores com fasciite plantar na fase aguda e crônica e corredores controle. A pressão plantar foi avaliada por meio de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante uma corrida de 40m a uma velocidade de 12±5%km/h, utilizando um calçado esportivo padrão. A dor foi mensurada pela escala visual analógica. As taxas de impacto e a carga plantar em retropé, mediopé e antepé foram analisadas em série temporal. Os dados foram processados no Matlab e comparados por ANOVAs (p<0,05). Os principais resultados indicam que a força máxima e integral da força no retropé e as taxas de impacto (20-80%; 10-100%) apresentam-se maiores em corredores com fasciite plantar em relação aos corredores controle (p<0,01). Porém, corredores com fasciite plantar na fase aguda apresentaram menores taxas de impacto e cargas plantares no retropé em relação à fase crônica (p<0,01). O segundo experimento teve como objetivo investigar a relação entre o arco longitudinal medial, o alinhamento do retropé e a dinâmica da pressão plantar em corredores com fasciite plantar: aguda e crônica. O índice do arco plantar e o alinhamento do retropé foram calculados no AutoCAD por meio de imagem fotográfica digital. Para análise da pressão plantar foi utilizado os dados previamente coletados no experimento 1 pelo sistema de palmilhas capacitivas (Pedar X System) durante a corrida. Uma análise de regressão múltipla foi realizada (p<0,05). Os resultados indicam que o arco plantar elevado pode predizer a integral da força (R=0,35, R2=0,15) e a força máxima (R=0,59, R2=0,35) no antepé na fase aguda e crônica, respectivamente. O alinhamento valgo do retropé prediz a força máxima no retropé na fase aguda (R=0,42, R2=0,18) e crônica (R=0,67, R2=0,45), além de predizer o aumento das taxas de impacto do pé na fase crônica da fasciite plantar, 20-80% (R=0,44, R2=0,19) e 10-100% (R=0,63, R2=0,40). Conclui-se que corredores com fasciite plantar aguda e crônica apresentam maiores cargas plantares no retropé e aumento das taxas de impacto do pé no solo. No entanto, a condição fasciite plantar aguda mostrou-se com menores taxas e cargas plantares no retropé em relação à fase crônica, possivelmente, devido ao mecanismo de proteção a dor na região do calcâneo. Além disso, o arco plantar prediz as cargas plantares do antepé de corredores com fasciite plantar e o alinhamento em valgo do retropé demonstrou ser uma medida clínica de fundamental importância para avaliação de corredores com fasciite plantar, pois permitiu predizer tanto o aumento das cargas e taxas de impacto na região do calcâneo e com isso, prevenir os sintomas e a progressão da fasciite plantar / The plantar fasciitis, the third most common injury in runners, presents as the main etiological factors rearfoot alignment, the longitudinal arch and mechanical load on the feet. The only two studies have investigated these factors during running and the results remain controversial and still not clear, specifically regarding the pain symptoms. Another important question is the theoretical support of the association between clinical measurements of the feet with the mechanical load on the heel, but without proven scientific evidence. Understanding the dynamic patterns of plant load and its association with clinical measures of foot may perpetuate more effective therapeutic resources, such as footwear and insoles that target this population. Therefore, the general objective of this study was to evaluate the load pattern and impact of plantar foot in contact with the ground during running in runners with acute and chronic plantar fasciitis and its association with the medial longitudinal arch and rearfoot angle. We studied 75 adult runners of both sexes between 20 and 55 years. Of these 45 had plantar fasciitis (pain-APF 30 with and 15 without pain - CPF) and 30 controls were runners - CG. To answer specific questions two experiments were conducted. The first aimed to analyze and compare the estimated impact rates and the plantar loads in runners with both acute and chronic PF, compared to controls. Seventy-five runners with heel contact running patterns were evaluated and divided into three groups: Acute PF (n=30); chronic PF (n=15); and controls (n=30). Pain was assessed by the Visual Analogue Scale. The plantar pressures was measured by X Pedar system during 40-meter running sessions at speeds of 12±5% Km/h with standard sport footwear. The impact rates and the loads over the rearfoot, midfoot, and forefoot were analyzed based upon temporal series. The data were processed in Matlab and compared by ANOVAs (p <0.05). The main results indicate that the maximum force and integral force in the rearfoot and impact rates (20-80%, 10-100%) were higher in runners with plantar fasciitis when compared with control runners (p <0.01). However, runners with plantar fasciitis in the acute phase showed lower impact rates and loads plantar on rearfoot in relation to chronic phase (p <0.01). The second experiment aimed to investigate the relationship between the medial longitudinal arch, rearfoot alignment and dynamic plantar pressure in runners with plantar fasciitis: acute and chronic. The plantar arch index and rearfoot alignment were calculated in AutoCAD using digital photographic image. For analysis of plantar pressure was used previously collected data in experiment 1 by the system of capacitive insoles (Pedar X System) during the running. A multiple regression analysis was performed (p <0.05). The results indicate that high plantar arch can predict the increase: integral force (R = 0.35, R2 = 0.15) and maximum force (R = 0.59, R2 = 0.35) in the forefoot in acute and chronic phase, respectively. The alignment of the rearfoot valgus predict the maximum force on rearfoot in the acute phase (R = 0.42, R2 = 0.18) and chronic (R = 0.67, R2 = 0.45), and predict increased rates impact of the foot during the chronic plantar fasciitis, 20-80% (R = 0.44, R2 = 0.19) and 10-100% (R = 0.63, R2 = 0.40). We conclude that runners with plantar fasciitis acute and chronic have higher plantar loads on rearfoot and increased rates of impact of the foot on the ground. However, the condition plantar fasciitis acute proved loads with lower impact rates and plantar load on rearfoot in relation to chronic phase, possibly due to the protective mechanism pain in calcaneal region. Moreover, the plantar arch predicts loads plantar in forefoot of the runners with plantar fasciitis and alignment in valgus rearfoot proved to be a measure of fundamental importance for clinical evaluation of runners with plantar fasciitis because it can predict the increase of the plantar loads and impact rates of calcaneal region and thus prevents the symptoms and progression of plantar fasciitis.
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