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Deficiência intelectual em uma coorte de nascimentos : prevalência, etiologia e determinantes

Karam, Simone de Menezes January 2014 (has links)
Os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência da deficiência intelectual aos 7-8 anos de idade em uma coorte de nascimentos, através de investigação genética clínica e laboratorial e, também, investigar a etiologia da mesma e os fatores associados. Os participantes faziam parte de uma coorte acompanhada desde o nascimento e foram incluídos neste estudo por apresentar, em acompanhamentos anteriores, suspeita de atraso no desenvolvimento segundo o Teste de Rastreamento de Battelle, QI abaixo de 70 segundo a escala WPPSI e/ou problemas no comportamento observados durante entrevista. Das 4231 crianças da Coorte de 2004 de Pelotas, 214 foram selecionadas para a avaliação genética que constou de: anamnese, exame físico e dismorfológico e coleta de sangue e urina quando indicado. Criou-se um banco de dados incluindo variáves desta avaliação e dos acompanhamentos anteriores da Coorte, tais como: variáveis da gestação e do nascimento, sociodemográficas e relativas à saúde e estimulação da criança. Os dados foram processados no pacote estatístico Stata 13.0 e foi utilizada análise de variância (ANOVA). Foi considerada como tendo deficiência intelectual a criança que, além de apresentar um QI abaixo de 70, apresentava também problemas no comportamento adaptativo. Cento e setenta crianças das duzentas e quatorze selecionadas no início do estudo foram diagnosticadas com deficiência intelectual e classificadas em cinco grupos etiológicos. A maior parte das crianças (44,4%) foi classificada como tendo deficiência intelectual devida a causas não-biológicas, ou seja, ligada a fatores ambientais. O segundo maior grupo (16,6%) foi o grupo de crianças com deficiência intelectual genética que incluiu crianças com síndrome de Down, microdeleções e patologias autossômicas dominantes e patologias multifatoriais. A seguir, crianças com sequelas neonatais (13,3%) e deficiência intelectual associada a outras doenças (13,3%), como epilepsia e TDAH. O menor grupo foi o idiopático, constituído por crianças que, mesmo após investigação clínica e laboratorial, permaneceram sem diagnóstico definido. A prevalência de deficiência intelectual foi de 4,5% e a prevalência de deficiência intelectual genética de 0,66%. Apesar de algumas limitações como a identificação e seleção dos casos aos 4 anos para uma avaliação aos 7-8 anos, é importante considerar que, por ser um estudo de base populacional, com alta taxa de acompanhamento (92,0%), isto minimiza o viés de seleção. O fato dos dados serem colhidos no momento ou em um curto intervalo de tempo, considerando os diversos acompanhamentos, minimiza o viés de memória. Fora do mundo desenvolvido, são raros os estudos de coorte que avaliaram deficiência intelectual, seus fatores de risco e sua etiologia. Grande parte destes estudos, mesmo os conduzidos em países de renda alta, avaliaram a prevalência, mas não a etiologia. Os dados sugerem que boa parte destes casos poderia ser prevenida, principalmente considerando uma etiologia não-biológica, caso existissem, além do rastreamento de problemas no desenvolvimento, estratégias de intervenção educacional e de saúde. / The aims of this study were to estimate the prevalence and etiology of intellectual disability at 7-8 years of age in a birth cohort through clinical and laboratory investigation and associated factors. Participants were part of a cohort followed from birth and were included in this study due to suspected developmental delay according to the Battelle Screening Test, IQ below 70 according to WPPSI scale and / or behavior problems observed during the interview in previous follow-ups. Of the 4231 children in the 2004 Pelotas birth cohort, 214 were selected for genetic evaluation which included anamnesis, physical and dysmorphological examination and collection of blood and urine when indicated. A dataset including variables from this evaluation and the previous cohort of follow-ups such as variables of pregnancy and birth, social demographic and health-related and stimulation of the child. Data were analyzed using Stata version 13.0. Analysis of variance (ANOVA) was performed. To be considered as having intellectual disability the child that presenting an IQ below 70 and problems in adaptive behavior. One hundred and seventy children from two hundred fourteen selected at baseline were diagnosed with intellectual disability and they were classified into five etiologic groups. Most children (44.4 %) were classified as having intellectual disability due to no biological causes, i.e., linked to environmental factors. The second largest group (16.6%) was the group of children with genetic intellectual disability which included children with Down syndrome, microdeletions and autosomal dominant and multifactorial diseases. Children with neonatal sequelae accounted for 13.3% and intellectual disability associated with other diseases such as epilepsy and ADHD also accounted for 13.3%. The smallest group was idiopathic composed of children who even after clinical and laboratory investigation remained without a definite diagnosis. The prevalence of intellectual disability was 4.5 % and the prevalence of genetic intellectual disability 0.66 %. Despite some limitations such as the identification and selection of cases to four years for an assessment at 7-8 years it is important to consider that it is a population-based study with high follow-up rate (92.0 %) which minimizes selection and information bias. As data were collected in time or in a short period of time considering the several follow-ups minimize recall bias. Outside the developed world few cohort studies assessed intellectual disabilities, their risk factors and etiology. Most of these studies even those conducted in high-income countries assessed the prevalence but not the etiology. The data suggest that part of these cases could be prevented specially considering the non-biological etiology if there were screening of developmental delay and intervention strategies on health and educational bases.
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Ascensão e queda na mortalidade por doença isquêmica do coração no século XX : a epidemia nos EUA e um inquérito epidemiológico sobre sua causa

Azambuja, Maria Ines Reinert January 2001 (has links)
Os fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doença isquêmica do coração (DIC) explicam menos de 50% da queda na mortalidade observada desde 1950. A transição em curso, do paradigma degenerativo para o inflamatório/infeccioso, requer nova interpretação causal das tendências temporais. Este é um estudo ecológico, baseado em dados dos Estados Unidos, que mostra, em homens e mulheres, uma associação entre a distribuição etária da mortalidade por influenza e pneumonia (I&P) associada à pandemia de influenza de 1918-1919 na faixa dos 10 aos 49 anos e a distribuição da mortalidade por DIC, entre 1920 e 1985, em sobreviventes das coortes de nascimento correspondentes. Mostra ainda uma correlação negativa significativa (r = -0,68, p = 0,042) entre o excesso de mortalidade por I&P acumulado em epidemias entre 1931-1940 (utilizado como indicador da persistência da circulação de vírus H1N1 aliada à vulnerabilidade à infecção) e a ordem do início do declínio na mortalidade por DIC, em nove divisões geográficas dos Estados Unidos. Os dados sugerem, à luz do conhecimento biológico atual, que a pandemia de influenza de 1918 (e as que se seguiram até 1957) pudesse ter tido papel determinante na epidemia de mortalidade por DIC registrada no século XX. / The classic risk factors for developing coronary heart disease (CHD) explain less than 50% of the decrease in mortality observed since 1950. The transition currently under way, from the degenerative to the infectious-inflammatory paradigm, requires a new causal interpretation of temporal trends. The following is an ecological study based on data from the United States showing, in men and women, an association between the age distribution of mortality from influenza and pneumonia (I&P) during the 1918-1919 influenza pandemic in the 10-49-year age bracket and the distribution of CHD mortality from 1920 to 1985 in survivors from the corresponding birth cohorts. It further shows a significant negative correlation (r = -0.68, p = 0.042) between excess mortality from I&P accumulated in epidemics from 1931 to 1940 (used as indicator for persistent circulation of H1N1 virus combined with vulnerability to infection) and the order of the beginning in the decline in CHD mortality in nine geographic divisions in the United States. In light of current biological knowledge, the data suggest that the 1918 influenza pandemic (and subsequent epidemics up to 1957) might have played a determinant role in the epidemic of CHD mortality registered in the 20th century.
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Fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens

Fernandes, Flávio Só January 2009 (has links)
A atividade física é um conhecido fator de proteção, com benefícios tanto para os aspectos metabólicos quanto os psicológicos da saúde. Nosso objetivo foi verificar fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens. Um total de 2063 indivíduos de uma coorte de nascimentos em Ribeirão Preto, Brasil, foram estudados com a idade de 23/25 anos. Foi realizada Regressão de Poisson utilizando-se três modelos: (1) modelo precoce considerando o peso ao nascer, idade gestacional, escolaridade materna e tabagismo; (2) modelo tardio considerando o sexo do indivíduo, escolaridade e tabagismo; (3) Modelo Combinada (início + tardio). A atividade física foi avaliada através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), estratificando os indivíduos em ativos ou sedentários. A taxa geral de comportamento sedentário na amostra foi de 49,6%. No modelo inicial, baixo peso ao nascer (RR = 1.207, 95% CI 1.023-1.423) e menores níveis de escolaridade materna (RR = 1,213, 95% CI 1.028-1.430) foram fatores de risco para a atividade sedentária. O sexo feminino (RR=1,385, 95% CI 1.285-1.516) e baixa escolaridade (RR=1.138,95% CI 1.021-1.269) foram associados com o comportamento sedentário no modelo final. No modelo combinado, apenas o sexo feminino permaneceu significativo. Além disso, uma interação entre peso ao nascer e escolaridade do indivíduo foi encontrado, em que o comportamento sedentário foi estatisticamente mais freqüente em indivíduos nascidos com baixo peso ao nascer apenas se eles tivessem níveis mais altos de ensino. Este estudo mostra que as variáveis de desenvolvimento precoce, tais como peso ao nascimento e inserção social na vida adulta interage para determinar a disposição de um indivíduo para a prática de atividades físicas. O estudo é um exemplo do modelo teórico "Semelhanças entre as desigualdades", no qual extremos de status social demonstrar um resultado semelhante (neste caso o comportamento sedentário). / Physical activity is a known protective factor, with benefits for both the metabolic and psychological aspects of health. Our objective was to verify early and late determinants of physical activity in young adults. A total of 2063 individuals from a birth cohort in Ribeirão Preto, Brazil, were studied at the age of 23/25 years. Poisson regression was performed using three models: (1) Early model considering birth weight, gestational age, maternal schooling and smoking; (2) Late model considering individual’s gender, schooling and smoking; (3) Combined (early + late) model. Physical activity was evaluated using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), stratifying the individuals into active or sedentary. The general rate of sedentary behavior in the sample was 49.6%. In the early model, low birth weight (RR=1.207, 95%CI 1.023-1.423) and lower levels of maternal education (RR=1.213, 95%CI 1.028-1.430) were risk factors for sedentary activity. Female gender (RR=1.385, 95%CI 1.285-1.516) and poor schooling (RR=1.138,95%CI 1.021- 1.269) were associated with sedentary behavior in the late model. In the combined model, only female gender remained significant. In addition, an interaction between birth weight and individual’s schooling was found, in which sedentary behavior was statistically more prevalent in individuals born with low birth weight only if they had higher educational levels. This study shows that variables of early development such as birth weight and social insertion in later life interact to determine an individual’s disposition to practice physical activities. The study is an example of the theoretical model “Similarities in the inequalities”, in which extremes of social status demonstrate a similar outcome (in this case sedentary behavior).
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Ascensão e queda na mortalidade por doença isquêmica do coração no século XX : a epidemia nos EUA e um inquérito epidemiológico sobre sua causa

Azambuja, Maria Ines Reinert January 2001 (has links)
Os fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doença isquêmica do coração (DIC) explicam menos de 50% da queda na mortalidade observada desde 1950. A transição em curso, do paradigma degenerativo para o inflamatório/infeccioso, requer nova interpretação causal das tendências temporais. Este é um estudo ecológico, baseado em dados dos Estados Unidos, que mostra, em homens e mulheres, uma associação entre a distribuição etária da mortalidade por influenza e pneumonia (I&P) associada à pandemia de influenza de 1918-1919 na faixa dos 10 aos 49 anos e a distribuição da mortalidade por DIC, entre 1920 e 1985, em sobreviventes das coortes de nascimento correspondentes. Mostra ainda uma correlação negativa significativa (r = -0,68, p = 0,042) entre o excesso de mortalidade por I&P acumulado em epidemias entre 1931-1940 (utilizado como indicador da persistência da circulação de vírus H1N1 aliada à vulnerabilidade à infecção) e a ordem do início do declínio na mortalidade por DIC, em nove divisões geográficas dos Estados Unidos. Os dados sugerem, à luz do conhecimento biológico atual, que a pandemia de influenza de 1918 (e as que se seguiram até 1957) pudesse ter tido papel determinante na epidemia de mortalidade por DIC registrada no século XX. / The classic risk factors for developing coronary heart disease (CHD) explain less than 50% of the decrease in mortality observed since 1950. The transition currently under way, from the degenerative to the infectious-inflammatory paradigm, requires a new causal interpretation of temporal trends. The following is an ecological study based on data from the United States showing, in men and women, an association between the age distribution of mortality from influenza and pneumonia (I&P) during the 1918-1919 influenza pandemic in the 10-49-year age bracket and the distribution of CHD mortality from 1920 to 1985 in survivors from the corresponding birth cohorts. It further shows a significant negative correlation (r = -0.68, p = 0.042) between excess mortality from I&P accumulated in epidemics from 1931 to 1940 (used as indicator for persistent circulation of H1N1 virus combined with vulnerability to infection) and the order of the beginning in the decline in CHD mortality in nine geographic divisions in the United States. In light of current biological knowledge, the data suggest that the 1918 influenza pandemic (and subsequent epidemics up to 1957) might have played a determinant role in the epidemic of CHD mortality registered in the 20th century.
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Ascensão e queda na mortalidade por doença isquêmica do coração no século XX : a epidemia nos EUA e um inquérito epidemiológico sobre sua causa

Azambuja, Maria Ines Reinert January 2001 (has links)
Os fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doença isquêmica do coração (DIC) explicam menos de 50% da queda na mortalidade observada desde 1950. A transição em curso, do paradigma degenerativo para o inflamatório/infeccioso, requer nova interpretação causal das tendências temporais. Este é um estudo ecológico, baseado em dados dos Estados Unidos, que mostra, em homens e mulheres, uma associação entre a distribuição etária da mortalidade por influenza e pneumonia (I&P) associada à pandemia de influenza de 1918-1919 na faixa dos 10 aos 49 anos e a distribuição da mortalidade por DIC, entre 1920 e 1985, em sobreviventes das coortes de nascimento correspondentes. Mostra ainda uma correlação negativa significativa (r = -0,68, p = 0,042) entre o excesso de mortalidade por I&P acumulado em epidemias entre 1931-1940 (utilizado como indicador da persistência da circulação de vírus H1N1 aliada à vulnerabilidade à infecção) e a ordem do início do declínio na mortalidade por DIC, em nove divisões geográficas dos Estados Unidos. Os dados sugerem, à luz do conhecimento biológico atual, que a pandemia de influenza de 1918 (e as que se seguiram até 1957) pudesse ter tido papel determinante na epidemia de mortalidade por DIC registrada no século XX. / The classic risk factors for developing coronary heart disease (CHD) explain less than 50% of the decrease in mortality observed since 1950. The transition currently under way, from the degenerative to the infectious-inflammatory paradigm, requires a new causal interpretation of temporal trends. The following is an ecological study based on data from the United States showing, in men and women, an association between the age distribution of mortality from influenza and pneumonia (I&P) during the 1918-1919 influenza pandemic in the 10-49-year age bracket and the distribution of CHD mortality from 1920 to 1985 in survivors from the corresponding birth cohorts. It further shows a significant negative correlation (r = -0.68, p = 0.042) between excess mortality from I&P accumulated in epidemics from 1931 to 1940 (used as indicator for persistent circulation of H1N1 virus combined with vulnerability to infection) and the order of the beginning in the decline in CHD mortality in nine geographic divisions in the United States. In light of current biological knowledge, the data suggest that the 1918 influenza pandemic (and subsequent epidemics up to 1957) might have played a determinant role in the epidemic of CHD mortality registered in the 20th century.
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Fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens

Fernandes, Flávio Só January 2009 (has links)
A atividade física é um conhecido fator de proteção, com benefícios tanto para os aspectos metabólicos quanto os psicológicos da saúde. Nosso objetivo foi verificar fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens. Um total de 2063 indivíduos de uma coorte de nascimentos em Ribeirão Preto, Brasil, foram estudados com a idade de 23/25 anos. Foi realizada Regressão de Poisson utilizando-se três modelos: (1) modelo precoce considerando o peso ao nascer, idade gestacional, escolaridade materna e tabagismo; (2) modelo tardio considerando o sexo do indivíduo, escolaridade e tabagismo; (3) Modelo Combinada (início + tardio). A atividade física foi avaliada através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), estratificando os indivíduos em ativos ou sedentários. A taxa geral de comportamento sedentário na amostra foi de 49,6%. No modelo inicial, baixo peso ao nascer (RR = 1.207, 95% CI 1.023-1.423) e menores níveis de escolaridade materna (RR = 1,213, 95% CI 1.028-1.430) foram fatores de risco para a atividade sedentária. O sexo feminino (RR=1,385, 95% CI 1.285-1.516) e baixa escolaridade (RR=1.138,95% CI 1.021-1.269) foram associados com o comportamento sedentário no modelo final. No modelo combinado, apenas o sexo feminino permaneceu significativo. Além disso, uma interação entre peso ao nascer e escolaridade do indivíduo foi encontrado, em que o comportamento sedentário foi estatisticamente mais freqüente em indivíduos nascidos com baixo peso ao nascer apenas se eles tivessem níveis mais altos de ensino. Este estudo mostra que as variáveis de desenvolvimento precoce, tais como peso ao nascimento e inserção social na vida adulta interage para determinar a disposição de um indivíduo para a prática de atividades físicas. O estudo é um exemplo do modelo teórico "Semelhanças entre as desigualdades", no qual extremos de status social demonstrar um resultado semelhante (neste caso o comportamento sedentário). / Physical activity is a known protective factor, with benefits for both the metabolic and psychological aspects of health. Our objective was to verify early and late determinants of physical activity in young adults. A total of 2063 individuals from a birth cohort in Ribeirão Preto, Brazil, were studied at the age of 23/25 years. Poisson regression was performed using three models: (1) Early model considering birth weight, gestational age, maternal schooling and smoking; (2) Late model considering individual’s gender, schooling and smoking; (3) Combined (early + late) model. Physical activity was evaluated using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), stratifying the individuals into active or sedentary. The general rate of sedentary behavior in the sample was 49.6%. In the early model, low birth weight (RR=1.207, 95%CI 1.023-1.423) and lower levels of maternal education (RR=1.213, 95%CI 1.028-1.430) were risk factors for sedentary activity. Female gender (RR=1.385, 95%CI 1.285-1.516) and poor schooling (RR=1.138,95%CI 1.021- 1.269) were associated with sedentary behavior in the late model. In the combined model, only female gender remained significant. In addition, an interaction between birth weight and individual’s schooling was found, in which sedentary behavior was statistically more prevalent in individuals born with low birth weight only if they had higher educational levels. This study shows that variables of early development such as birth weight and social insertion in later life interact to determine an individual’s disposition to practice physical activities. The study is an example of the theoretical model “Similarities in the inequalities”, in which extremes of social status demonstrate a similar outcome (in this case sedentary behavior).
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Deficiência intelectual em uma coorte de nascimentos : prevalência, etiologia e determinantes

Karam, Simone de Menezes January 2014 (has links)
Os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência da deficiência intelectual aos 7-8 anos de idade em uma coorte de nascimentos, através de investigação genética clínica e laboratorial e, também, investigar a etiologia da mesma e os fatores associados. Os participantes faziam parte de uma coorte acompanhada desde o nascimento e foram incluídos neste estudo por apresentar, em acompanhamentos anteriores, suspeita de atraso no desenvolvimento segundo o Teste de Rastreamento de Battelle, QI abaixo de 70 segundo a escala WPPSI e/ou problemas no comportamento observados durante entrevista. Das 4231 crianças da Coorte de 2004 de Pelotas, 214 foram selecionadas para a avaliação genética que constou de: anamnese, exame físico e dismorfológico e coleta de sangue e urina quando indicado. Criou-se um banco de dados incluindo variáves desta avaliação e dos acompanhamentos anteriores da Coorte, tais como: variáveis da gestação e do nascimento, sociodemográficas e relativas à saúde e estimulação da criança. Os dados foram processados no pacote estatístico Stata 13.0 e foi utilizada análise de variância (ANOVA). Foi considerada como tendo deficiência intelectual a criança que, além de apresentar um QI abaixo de 70, apresentava também problemas no comportamento adaptativo. Cento e setenta crianças das duzentas e quatorze selecionadas no início do estudo foram diagnosticadas com deficiência intelectual e classificadas em cinco grupos etiológicos. A maior parte das crianças (44,4%) foi classificada como tendo deficiência intelectual devida a causas não-biológicas, ou seja, ligada a fatores ambientais. O segundo maior grupo (16,6%) foi o grupo de crianças com deficiência intelectual genética que incluiu crianças com síndrome de Down, microdeleções e patologias autossômicas dominantes e patologias multifatoriais. A seguir, crianças com sequelas neonatais (13,3%) e deficiência intelectual associada a outras doenças (13,3%), como epilepsia e TDAH. O menor grupo foi o idiopático, constituído por crianças que, mesmo após investigação clínica e laboratorial, permaneceram sem diagnóstico definido. A prevalência de deficiência intelectual foi de 4,5% e a prevalência de deficiência intelectual genética de 0,66%. Apesar de algumas limitações como a identificação e seleção dos casos aos 4 anos para uma avaliação aos 7-8 anos, é importante considerar que, por ser um estudo de base populacional, com alta taxa de acompanhamento (92,0%), isto minimiza o viés de seleção. O fato dos dados serem colhidos no momento ou em um curto intervalo de tempo, considerando os diversos acompanhamentos, minimiza o viés de memória. Fora do mundo desenvolvido, são raros os estudos de coorte que avaliaram deficiência intelectual, seus fatores de risco e sua etiologia. Grande parte destes estudos, mesmo os conduzidos em países de renda alta, avaliaram a prevalência, mas não a etiologia. Os dados sugerem que boa parte destes casos poderia ser prevenida, principalmente considerando uma etiologia não-biológica, caso existissem, além do rastreamento de problemas no desenvolvimento, estratégias de intervenção educacional e de saúde. / The aims of this study were to estimate the prevalence and etiology of intellectual disability at 7-8 years of age in a birth cohort through clinical and laboratory investigation and associated factors. Participants were part of a cohort followed from birth and were included in this study due to suspected developmental delay according to the Battelle Screening Test, IQ below 70 according to WPPSI scale and / or behavior problems observed during the interview in previous follow-ups. Of the 4231 children in the 2004 Pelotas birth cohort, 214 were selected for genetic evaluation which included anamnesis, physical and dysmorphological examination and collection of blood and urine when indicated. A dataset including variables from this evaluation and the previous cohort of follow-ups such as variables of pregnancy and birth, social demographic and health-related and stimulation of the child. Data were analyzed using Stata version 13.0. Analysis of variance (ANOVA) was performed. To be considered as having intellectual disability the child that presenting an IQ below 70 and problems in adaptive behavior. One hundred and seventy children from two hundred fourteen selected at baseline were diagnosed with intellectual disability and they were classified into five etiologic groups. Most children (44.4 %) were classified as having intellectual disability due to no biological causes, i.e., linked to environmental factors. The second largest group (16.6%) was the group of children with genetic intellectual disability which included children with Down syndrome, microdeletions and autosomal dominant and multifactorial diseases. Children with neonatal sequelae accounted for 13.3% and intellectual disability associated with other diseases such as epilepsy and ADHD also accounted for 13.3%. The smallest group was idiopathic composed of children who even after clinical and laboratory investigation remained without a definite diagnosis. The prevalence of intellectual disability was 4.5 % and the prevalence of genetic intellectual disability 0.66 %. Despite some limitations such as the identification and selection of cases to four years for an assessment at 7-8 years it is important to consider that it is a population-based study with high follow-up rate (92.0 %) which minimizes selection and information bias. As data were collected in time or in a short period of time considering the several follow-ups minimize recall bias. Outside the developed world few cohort studies assessed intellectual disabilities, their risk factors and etiology. Most of these studies even those conducted in high-income countries assessed the prevalence but not the etiology. The data suggest that part of these cases could be prevented specially considering the non-biological etiology if there were screening of developmental delay and intervention strategies on health and educational bases.
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Fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens

Fernandes, Flávio Só January 2009 (has links)
A atividade física é um conhecido fator de proteção, com benefícios tanto para os aspectos metabólicos quanto os psicológicos da saúde. Nosso objetivo foi verificar fatores precoces e tardios determinantes de sedentarismo em adultos jovens. Um total de 2063 indivíduos de uma coorte de nascimentos em Ribeirão Preto, Brasil, foram estudados com a idade de 23/25 anos. Foi realizada Regressão de Poisson utilizando-se três modelos: (1) modelo precoce considerando o peso ao nascer, idade gestacional, escolaridade materna e tabagismo; (2) modelo tardio considerando o sexo do indivíduo, escolaridade e tabagismo; (3) Modelo Combinada (início + tardio). A atividade física foi avaliada através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), estratificando os indivíduos em ativos ou sedentários. A taxa geral de comportamento sedentário na amostra foi de 49,6%. No modelo inicial, baixo peso ao nascer (RR = 1.207, 95% CI 1.023-1.423) e menores níveis de escolaridade materna (RR = 1,213, 95% CI 1.028-1.430) foram fatores de risco para a atividade sedentária. O sexo feminino (RR=1,385, 95% CI 1.285-1.516) e baixa escolaridade (RR=1.138,95% CI 1.021-1.269) foram associados com o comportamento sedentário no modelo final. No modelo combinado, apenas o sexo feminino permaneceu significativo. Além disso, uma interação entre peso ao nascer e escolaridade do indivíduo foi encontrado, em que o comportamento sedentário foi estatisticamente mais freqüente em indivíduos nascidos com baixo peso ao nascer apenas se eles tivessem níveis mais altos de ensino. Este estudo mostra que as variáveis de desenvolvimento precoce, tais como peso ao nascimento e inserção social na vida adulta interage para determinar a disposição de um indivíduo para a prática de atividades físicas. O estudo é um exemplo do modelo teórico "Semelhanças entre as desigualdades", no qual extremos de status social demonstrar um resultado semelhante (neste caso o comportamento sedentário). / Physical activity is a known protective factor, with benefits for both the metabolic and psychological aspects of health. Our objective was to verify early and late determinants of physical activity in young adults. A total of 2063 individuals from a birth cohort in Ribeirão Preto, Brazil, were studied at the age of 23/25 years. Poisson regression was performed using three models: (1) Early model considering birth weight, gestational age, maternal schooling and smoking; (2) Late model considering individual’s gender, schooling and smoking; (3) Combined (early + late) model. Physical activity was evaluated using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), stratifying the individuals into active or sedentary. The general rate of sedentary behavior in the sample was 49.6%. In the early model, low birth weight (RR=1.207, 95%CI 1.023-1.423) and lower levels of maternal education (RR=1.213, 95%CI 1.028-1.430) were risk factors for sedentary activity. Female gender (RR=1.385, 95%CI 1.285-1.516) and poor schooling (RR=1.138,95%CI 1.021- 1.269) were associated with sedentary behavior in the late model. In the combined model, only female gender remained significant. In addition, an interaction between birth weight and individual’s schooling was found, in which sedentary behavior was statistically more prevalent in individuals born with low birth weight only if they had higher educational levels. This study shows that variables of early development such as birth weight and social insertion in later life interact to determine an individual’s disposition to practice physical activities. The study is an example of the theoretical model “Similarities in the inequalities”, in which extremes of social status demonstrate a similar outcome (in this case sedentary behavior).
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Deficiência intelectual em uma coorte de nascimentos : prevalência, etiologia e determinantes

Karam, Simone de Menezes January 2014 (has links)
Os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência da deficiência intelectual aos 7-8 anos de idade em uma coorte de nascimentos, através de investigação genética clínica e laboratorial e, também, investigar a etiologia da mesma e os fatores associados. Os participantes faziam parte de uma coorte acompanhada desde o nascimento e foram incluídos neste estudo por apresentar, em acompanhamentos anteriores, suspeita de atraso no desenvolvimento segundo o Teste de Rastreamento de Battelle, QI abaixo de 70 segundo a escala WPPSI e/ou problemas no comportamento observados durante entrevista. Das 4231 crianças da Coorte de 2004 de Pelotas, 214 foram selecionadas para a avaliação genética que constou de: anamnese, exame físico e dismorfológico e coleta de sangue e urina quando indicado. Criou-se um banco de dados incluindo variáves desta avaliação e dos acompanhamentos anteriores da Coorte, tais como: variáveis da gestação e do nascimento, sociodemográficas e relativas à saúde e estimulação da criança. Os dados foram processados no pacote estatístico Stata 13.0 e foi utilizada análise de variância (ANOVA). Foi considerada como tendo deficiência intelectual a criança que, além de apresentar um QI abaixo de 70, apresentava também problemas no comportamento adaptativo. Cento e setenta crianças das duzentas e quatorze selecionadas no início do estudo foram diagnosticadas com deficiência intelectual e classificadas em cinco grupos etiológicos. A maior parte das crianças (44,4%) foi classificada como tendo deficiência intelectual devida a causas não-biológicas, ou seja, ligada a fatores ambientais. O segundo maior grupo (16,6%) foi o grupo de crianças com deficiência intelectual genética que incluiu crianças com síndrome de Down, microdeleções e patologias autossômicas dominantes e patologias multifatoriais. A seguir, crianças com sequelas neonatais (13,3%) e deficiência intelectual associada a outras doenças (13,3%), como epilepsia e TDAH. O menor grupo foi o idiopático, constituído por crianças que, mesmo após investigação clínica e laboratorial, permaneceram sem diagnóstico definido. A prevalência de deficiência intelectual foi de 4,5% e a prevalência de deficiência intelectual genética de 0,66%. Apesar de algumas limitações como a identificação e seleção dos casos aos 4 anos para uma avaliação aos 7-8 anos, é importante considerar que, por ser um estudo de base populacional, com alta taxa de acompanhamento (92,0%), isto minimiza o viés de seleção. O fato dos dados serem colhidos no momento ou em um curto intervalo de tempo, considerando os diversos acompanhamentos, minimiza o viés de memória. Fora do mundo desenvolvido, são raros os estudos de coorte que avaliaram deficiência intelectual, seus fatores de risco e sua etiologia. Grande parte destes estudos, mesmo os conduzidos em países de renda alta, avaliaram a prevalência, mas não a etiologia. Os dados sugerem que boa parte destes casos poderia ser prevenida, principalmente considerando uma etiologia não-biológica, caso existissem, além do rastreamento de problemas no desenvolvimento, estratégias de intervenção educacional e de saúde. / The aims of this study were to estimate the prevalence and etiology of intellectual disability at 7-8 years of age in a birth cohort through clinical and laboratory investigation and associated factors. Participants were part of a cohort followed from birth and were included in this study due to suspected developmental delay according to the Battelle Screening Test, IQ below 70 according to WPPSI scale and / or behavior problems observed during the interview in previous follow-ups. Of the 4231 children in the 2004 Pelotas birth cohort, 214 were selected for genetic evaluation which included anamnesis, physical and dysmorphological examination and collection of blood and urine when indicated. A dataset including variables from this evaluation and the previous cohort of follow-ups such as variables of pregnancy and birth, social demographic and health-related and stimulation of the child. Data were analyzed using Stata version 13.0. Analysis of variance (ANOVA) was performed. To be considered as having intellectual disability the child that presenting an IQ below 70 and problems in adaptive behavior. One hundred and seventy children from two hundred fourteen selected at baseline were diagnosed with intellectual disability and they were classified into five etiologic groups. Most children (44.4 %) were classified as having intellectual disability due to no biological causes, i.e., linked to environmental factors. The second largest group (16.6%) was the group of children with genetic intellectual disability which included children with Down syndrome, microdeletions and autosomal dominant and multifactorial diseases. Children with neonatal sequelae accounted for 13.3% and intellectual disability associated with other diseases such as epilepsy and ADHD also accounted for 13.3%. The smallest group was idiopathic composed of children who even after clinical and laboratory investigation remained without a definite diagnosis. The prevalence of intellectual disability was 4.5 % and the prevalence of genetic intellectual disability 0.66 %. Despite some limitations such as the identification and selection of cases to four years for an assessment at 7-8 years it is important to consider that it is a population-based study with high follow-up rate (92.0 %) which minimizes selection and information bias. As data were collected in time or in a short period of time considering the several follow-ups minimize recall bias. Outside the developed world few cohort studies assessed intellectual disabilities, their risk factors and etiology. Most of these studies even those conducted in high-income countries assessed the prevalence but not the etiology. The data suggest that part of these cases could be prevented specially considering the non-biological etiology if there were screening of developmental delay and intervention strategies on health and educational bases.

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