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As repercussões psicossociais do recebimento do benefício de prestação continuada na vida no trabalho de pessoas com deficiência física / The psychosocial effects of receiving a Brazilian social assistance benefit (benefit of continuous provision) for the work-life of people with physical disabilitiesSilva, Ana Idalina de Paiva 05 May 2011 (has links)
O trabalho proporciona realização pessoal, reconhecimento social e a vita activa, permitindo ao ser humano transformar a si próprio e ao mundo. Pessoas com deficiência, no entanto, têm pouca participação no mercado de trabalho, o que já foi relacionado ao recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O BPC poderia desestimular a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho porque, caso o beneficiário comece a trabalhar, o benefício deve ser extinto imediatamente. Como o BPC é fundamental para o sustento de seus beneficiários e familiares, poderia estar exercendo uma função ambígua: garantindo a possibilidade da manutenção familiar à custa da manutenção da vulnerabilidade social destas pessoas com deficiência extremamente pobres por seu afastamento do trabalho. O objetivo desta pesquisa foi compreender como o BPC e a deficiência podem interferir na maneira com que as pessoas com deficiência física de locomoção se relacionam e constroem sua vida socialmente, utilizando o trabalho como instância de análise, principalmente na dimensão dos sentidos do trabalho e das possíveis formas de vinculação com o mercado e o mundo do trabalho. Participaram da pesquisa nove pessoas com deficiências físicas músculoesqueléticas com idades entre 19 e 40 anos. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas individuais e analisadas a partir da proposta da análise de conteúdo de Bardin. Estabeleceram-se as categorias empíricas: deficiências e desvantagens, trabalho e pessoas com deficiências, e BPC e suas repercussões, as quais tiveram como referencial o quadro teórico de Pierre Bourdieu e Robert Castel. Encontramos uma maioria de participantes com habitus no qual os trabalhos simplificados e precarizados são predominantes. O trabalho foi vinculado à idéia de sofrimento, dignidade e sustento. Encontramos pessoas trabalhando na informalidade e fazendo bicos para aumentar a renda, outras que trabalham sem remuneração, e outras que não trabalham: todos evitando o mercado formal em função do BPC. Reconhecendo a baixa remuneração e especificidade das oportunidades de trabalho disponibilizadas pelo habitus de classe, aliadas à instabilidade do mercado de trabalho formal e a importância do benefício na manutenção financeira familiar, os entrevistados, em sua maioria, optaram por permanecer com o BPC em detrimento do trabalho. O benefício parece atuar como uma alternativa à necessidade de se submeter a estes trabalhos simplificados pela garantia do sustento, oferecendo o tempo livre para que eles pudessem realizar outras atividades. São estas outras atividades de trabalho, por vezes não remuneradas, que proporcionam a realização pessoal, reconhecimento social e a vita activa que esperávamos por meio do trabalho formal. A deficiência, fonte de preconceito para a maior parte dos entrevistados, não parece ter influenciado a vinculação com o trabalho, mas sendo uma diferença reconhecida como diversidade, proporciona a vantagem da proteção social por meio do BPC, reduzindo a vulnerabilidade social e as desvantagens sociais causadas não só pela deficiência, mas principalmente pelo habitus de classe pobre de oportunidades sociais / The work offers personal achievement, social recognition and the vita activa, allowing humans to change itself and the world. However, people with disabilities have small participation in the labor market, which has been linked to the receiving of the Benefit of Continuous Provision (Benefício de Prestação Continuada - BPC), a Brazilian social assistance benefit. BPC may discourage the participation of people with disabilities in the labor market because the benefit must be canceled immediately in the case of the beneficiary get a job. The BPC is fundamental to the support of its beneficiaries and their families, but it could be taking an ambiguous role: at the same time that it has supported these families, it has maintained them at social vulnerability by the distance from work of the beneficiaries. The aim of this research was to understand how the BPC and the disability could interfere in the way people with physical disabilities develop their social lives, using work activity to do this analysis, especially by the understanding of the meaning of work and the main ways of bond to the labor market and the work world. Three empirical categories were established: disabilities and disadvantages, work and people with disabilities, and BPC and its repercussions, which were analyzed by the theoretical framework of Pierre Bourdieu and Robert Castel. It was found that a majority of the participants has a habitus in which precarious and simplified jobs are predominant. The work was linked to the idea of suffering, dignity and supporting. It was found that there are people working in informality to increase income, others working without pay, and others that do not work. All of them avoiding get a regular job to keep the BPC. Acknowledging the low pay and the specificity of job opportunities provided by the class habitus, allied to the instability at the regular labor market and the importance of the benefit to the family financial maintenance, the respondents most opted to stay with the BPC in instead of getting a job. The benefit seems to act as an alternative to the need of undergoing to a simplified work by ensuring sustenance, offering free time to perform other activities. All these other activities of work, often unpaid, that seems to provide personal fulfillment, social recognition and vita activa, what was expected by a regular job. The disability, in spite of being source of prejudice for most of the interviewees, did not seem to have influenced the linking with the work, but at being recognized as diversity, this difference seems to offer the advantage of social protection through the BPC, reducing the social vulnerability and the social disadvantages, not only caused by the disability, but mainly by the class habitus, that is poor of social opportunities
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Doença do refluxo gastroesofágico: avaliação psicológica de crianças e cuidadores / Gastroesophageal reflux disease: psychological evaluation of children and caregiversSalustiano, Adriane Jacinto 16 April 2018 (has links)
A literatura apresenta aspectos psicossociais e familiares como fatores de risco associados ao adoecimento crônico infantil. Considera-se a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), patologia crônica de grande prevalência e incidência na população pediátrica, portanto, tema relevante nas questões e estudos de saúde pública. Este estudo levantou as possíveis associações de alterações psicológicas de cuidadores e de crianças, de 3 a 12 anos, com DRGE. Os instrumentos de coleta de dados foram: Questionário Sócio demográfico, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), Escala de Qualidade da Interação Familiar (EQIF), Inventário de Estilos Parentais, Escala de Comportamento Infantil (ECI-A2 de Rutter) e uma Entrevista Semiestruturada. Foram aplicados nos cuidadores de três grupos, de crianças com sexo e idades equitativas, distribuídos da seguinte forma: Grupo 1 - Experimental: crianças com DRGE primário; Grupo 2 - Controle 1: crianças sem DRGE, porém com constipação intestinal crônica funcional, e Grupo 3 - Controle 2: crianças hígidas. Para a análise dos dados, foi adotado índice de significância p<=0,005 e foram realizadas: análises quantitativas (Teste ?2, Teste Exato de Fisher e ANOVA) e análises qualitativas (Teste ?2, Teste Exato de Fisher) dos dados obtidos. Observou-se fatores de risco psicossociais, nível de ansiedade e depressão do cuidador, qualidade de interação negativa com a criança, e tendência maior ao estilo parental autoritário e menor ao estilo parental participativo, mais frequentes no grupo de crianças com DRGE. Por outro lado, encontrou-se maior frequência de uso/abuso de álcool e/ou drogas, nos cuidadores dos grupos de crianças adoecidas crônicas em relação ao de normais. Na análise final da escala de comportamento infantil, as crianças classificadas como \"com demanda de acompanhamento psicológico ou/e psiquiátrico\", representaram maiores índices no grupo de crianças com DRGE, quando comparado aos outros grupos. Também observou-se diferença significativa nos perfis comportamentais, neurótico e antissocial, das crianças em cada grupo. Na entrevista, observou-se, os cuidadores com percepção limitada em relação às questões afetivas das crianças ou de si mesmos, quando comparadas às dos outros instrumentos. Notou-se, também, diferença da percepção dos cuidadores sobre a relação entre a prática de cuidados exercida por eles e os fatores associados ao adoecimento da criança, quando se comparou o grupo de crianças adoecidas com o grupo de normais. Identificou-se diferenças e peculiaridades entre os grupos de crianças adoecidas e normais, bem como especificidades do grupo de crianças com DRGE, quando comparado aos demais. Dessa forma, sugere-se estudos mais aprofundados nas especificidades encontradas, principalmente, nas crianças com DRGE, visando direcionar a prática clínica interdisciplinar de assistência à saúde desta população. / The literature presents psychosocial and family aspects as risk factors associated with childhood chronic illness. Gastroesophageal Reflux Disease (GERD) is considered a chronic disease of great prevalence and incidence in the pediatric population, therefore, a relevant topic in public health issues and studies. This study raised the possible associations of psychological changes of caregivers and children, from 3 to 12 years old, with GERD. The instruments of data collection were: Demographic Socio Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), Family Interaction Quality Scale (EQIF), Inventory of Parenting Styles, Infant Behavior Scale (ECI-A2 by Rutter) Semi structured interview. Group 1 - Experimental: children with primary GERD; Group 1 - Experimental: children with primary GERD; Group 2 - Control 1: children without GERD, but with functional chronic intestinal constipation, and Group 3 - Control 2: healthy children. For the data analysis, a significance level of p<=0.005 was adopted and quantitative analyzes (?2 Test, Fisher\'s Exact Test and ANOVA) and qualitative analyzes (?2 Test, Fisher\'s Exact Test) of the data were performed. Psychosocial risk factors, anxiety and depression of the caregiver, quality of negative interaction with the child, and a tendency towards authoritarian parental style and lesser participatory parental style, were more frequent in the group of children with GERD. On the other hand, there was a higher frequency of alcohol/drug use/abuse in the caregivers of the groups of children with chronic illness compared to normal ones. In the final analysis of the children\'s behavior scale, children classified as having \"psychological and/or psychiatric follow-up demand\" represented the highest rates in the group of children with GERD when compared to the other groups. There was also a significant difference in the behavioral, neurotic and antisocial profiles of children in each group. In the interview, it was observed, caregivers with limited perception regarding the affective issues of the children or of themselves, when compared to the other instruments. Differences in caregivers\' perceptions about the relationship between their care practice and the factors associated with the illness of the child were also observed when comparing the group of children who were ill with the normal group. Differences and peculiarities were identified between the groups of sick and normal children, as well as specificities of the group of children with GERD, when compared to the others. Thus, we suggest more in-depth studies on the specificities found, especially in children with GERD, in order to direct the interdisciplinary clinical practice of health care in this population.
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Suporte social, saúde mental materna e asma em crianças: estudo SCAALA - SalvadorSantos, Letícia Marques dos January 2012 (has links)
Banca examinadora: Profª. Drª. Darci Neves dos Santos (orientadora); Profª. Drª. Ana Glória Godói Vasconcelos - ENSP-FIOCRUZ; Profº. Drº. Maurício Lima Barreto - ISC-UFBA; Profº. Drº. Paulo Rossi Menezes - USP; Profª. Drª. Rosane Harter Griep - ENSP-FIOCRUZ. Data de defesa 30 de março de 2012. / Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:26:43Z
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Previous issue date: 2012 / Apesar do grande esforço para identificar os diversos fatores de risco para a asma infantil, ainda não foram estabelecidas as causas desta síndrome, havendo um debate intenso sobre a contribuição de fatores psicossociais para a ocorrência deste fenômeno. Este trabalho investigou o efeito do suporte social familiar e da saúde mental materna sobre a ocorrência de sintomas de asma em crianças, considerando a inter-relação entre estes fatores para explicação da asma atópica e não-atópica. Inicialmente, realizou-se uma revisão sistemática da literatura acerca do efeito do suporte social e da saúde mental sobre a ocorrência de asma. Identificaram-se 12 estudos epidemiológicos sobre o tema, que demonstraram efeito deletério da exposição infantil aos sintomas depressivos, ao estresse parental e à ansiedade materna crônica. Por outro lado, níveis elevados de suporte social protegeriam contra a ocorrência de asma em crianças e adultos, havendo aumento da necessidade de suporte à medida que os sintomas se agravavam. Seguiu-se um estudo transversal com 1013 crianças participantes do projeto Social Changes Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA-Salvador) a fim de identificar se o efeito da saúde mental materna sobre a ocorrência de asma diferia entre atópicos e não-atópicos, considerando a existência de suporte social familiar. Encontrou-se que transtornos mentais comuns maternos estão positivamente associados aos sintomas de asma, independente do fenótipo da doença, mas a percepção de altos níveis de suporte social parece atenuar esta relação apenas para o perfil não-atópico. Por fim, utilizou-se a técnica de Modelagem por Equações Estruturais para identificar se a condição de saúde mental materna atuava como um mediador do efeito do suporte social sobre a ocorrência de sintomas de asma. Encontrou-se que a percepção de altos níveis de suporte social não afeta diretamente a manifestação da doença, porém apresenta efeito protetor através da sua influência sobre o sofrimento psicológico materno. / Salvador
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Doença do refluxo gastroesofágico: avaliação psicológica de crianças e cuidadores / Gastroesophageal reflux disease: psychological evaluation of children and caregiversAdriane Jacinto Salustiano 16 April 2018 (has links)
A literatura apresenta aspectos psicossociais e familiares como fatores de risco associados ao adoecimento crônico infantil. Considera-se a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), patologia crônica de grande prevalência e incidência na população pediátrica, portanto, tema relevante nas questões e estudos de saúde pública. Este estudo levantou as possíveis associações de alterações psicológicas de cuidadores e de crianças, de 3 a 12 anos, com DRGE. Os instrumentos de coleta de dados foram: Questionário Sócio demográfico, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), Escala de Qualidade da Interação Familiar (EQIF), Inventário de Estilos Parentais, Escala de Comportamento Infantil (ECI-A2 de Rutter) e uma Entrevista Semiestruturada. Foram aplicados nos cuidadores de três grupos, de crianças com sexo e idades equitativas, distribuídos da seguinte forma: Grupo 1 - Experimental: crianças com DRGE primário; Grupo 2 - Controle 1: crianças sem DRGE, porém com constipação intestinal crônica funcional, e Grupo 3 - Controle 2: crianças hígidas. Para a análise dos dados, foi adotado índice de significância p<=0,005 e foram realizadas: análises quantitativas (Teste ?2, Teste Exato de Fisher e ANOVA) e análises qualitativas (Teste ?2, Teste Exato de Fisher) dos dados obtidos. Observou-se fatores de risco psicossociais, nível de ansiedade e depressão do cuidador, qualidade de interação negativa com a criança, e tendência maior ao estilo parental autoritário e menor ao estilo parental participativo, mais frequentes no grupo de crianças com DRGE. Por outro lado, encontrou-se maior frequência de uso/abuso de álcool e/ou drogas, nos cuidadores dos grupos de crianças adoecidas crônicas em relação ao de normais. Na análise final da escala de comportamento infantil, as crianças classificadas como \"com demanda de acompanhamento psicológico ou/e psiquiátrico\", representaram maiores índices no grupo de crianças com DRGE, quando comparado aos outros grupos. Também observou-se diferença significativa nos perfis comportamentais, neurótico e antissocial, das crianças em cada grupo. Na entrevista, observou-se, os cuidadores com percepção limitada em relação às questões afetivas das crianças ou de si mesmos, quando comparadas às dos outros instrumentos. Notou-se, também, diferença da percepção dos cuidadores sobre a relação entre a prática de cuidados exercida por eles e os fatores associados ao adoecimento da criança, quando se comparou o grupo de crianças adoecidas com o grupo de normais. Identificou-se diferenças e peculiaridades entre os grupos de crianças adoecidas e normais, bem como especificidades do grupo de crianças com DRGE, quando comparado aos demais. Dessa forma, sugere-se estudos mais aprofundados nas especificidades encontradas, principalmente, nas crianças com DRGE, visando direcionar a prática clínica interdisciplinar de assistência à saúde desta população. / The literature presents psychosocial and family aspects as risk factors associated with childhood chronic illness. Gastroesophageal Reflux Disease (GERD) is considered a chronic disease of great prevalence and incidence in the pediatric population, therefore, a relevant topic in public health issues and studies. This study raised the possible associations of psychological changes of caregivers and children, from 3 to 12 years old, with GERD. The instruments of data collection were: Demographic Socio Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), Family Interaction Quality Scale (EQIF), Inventory of Parenting Styles, Infant Behavior Scale (ECI-A2 by Rutter) Semi structured interview. Group 1 - Experimental: children with primary GERD; Group 1 - Experimental: children with primary GERD; Group 2 - Control 1: children without GERD, but with functional chronic intestinal constipation, and Group 3 - Control 2: healthy children. For the data analysis, a significance level of p<=0.005 was adopted and quantitative analyzes (?2 Test, Fisher\'s Exact Test and ANOVA) and qualitative analyzes (?2 Test, Fisher\'s Exact Test) of the data were performed. Psychosocial risk factors, anxiety and depression of the caregiver, quality of negative interaction with the child, and a tendency towards authoritarian parental style and lesser participatory parental style, were more frequent in the group of children with GERD. On the other hand, there was a higher frequency of alcohol/drug use/abuse in the caregivers of the groups of children with chronic illness compared to normal ones. In the final analysis of the children\'s behavior scale, children classified as having \"psychological and/or psychiatric follow-up demand\" represented the highest rates in the group of children with GERD when compared to the other groups. There was also a significant difference in the behavioral, neurotic and antisocial profiles of children in each group. In the interview, it was observed, caregivers with limited perception regarding the affective issues of the children or of themselves, when compared to the other instruments. Differences in caregivers\' perceptions about the relationship between their care practice and the factors associated with the illness of the child were also observed when comparing the group of children who were ill with the normal group. Differences and peculiarities were identified between the groups of sick and normal children, as well as specificities of the group of children with GERD, when compared to the others. Thus, we suggest more in-depth studies on the specificities found, especially in children with GERD, in order to direct the interdisciplinary clinical practice of health care in this population.
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As repercussões psicossociais do recebimento do benefício de prestação continuada na vida no trabalho de pessoas com deficiência física / The psychosocial effects of receiving a Brazilian social assistance benefit (benefit of continuous provision) for the work-life of people with physical disabilitiesAna Idalina de Paiva Silva 05 May 2011 (has links)
O trabalho proporciona realização pessoal, reconhecimento social e a vita activa, permitindo ao ser humano transformar a si próprio e ao mundo. Pessoas com deficiência, no entanto, têm pouca participação no mercado de trabalho, o que já foi relacionado ao recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O BPC poderia desestimular a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho porque, caso o beneficiário comece a trabalhar, o benefício deve ser extinto imediatamente. Como o BPC é fundamental para o sustento de seus beneficiários e familiares, poderia estar exercendo uma função ambígua: garantindo a possibilidade da manutenção familiar à custa da manutenção da vulnerabilidade social destas pessoas com deficiência extremamente pobres por seu afastamento do trabalho. O objetivo desta pesquisa foi compreender como o BPC e a deficiência podem interferir na maneira com que as pessoas com deficiência física de locomoção se relacionam e constroem sua vida socialmente, utilizando o trabalho como instância de análise, principalmente na dimensão dos sentidos do trabalho e das possíveis formas de vinculação com o mercado e o mundo do trabalho. Participaram da pesquisa nove pessoas com deficiências físicas músculoesqueléticas com idades entre 19 e 40 anos. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas individuais e analisadas a partir da proposta da análise de conteúdo de Bardin. Estabeleceram-se as categorias empíricas: deficiências e desvantagens, trabalho e pessoas com deficiências, e BPC e suas repercussões, as quais tiveram como referencial o quadro teórico de Pierre Bourdieu e Robert Castel. Encontramos uma maioria de participantes com habitus no qual os trabalhos simplificados e precarizados são predominantes. O trabalho foi vinculado à idéia de sofrimento, dignidade e sustento. Encontramos pessoas trabalhando na informalidade e fazendo bicos para aumentar a renda, outras que trabalham sem remuneração, e outras que não trabalham: todos evitando o mercado formal em função do BPC. Reconhecendo a baixa remuneração e especificidade das oportunidades de trabalho disponibilizadas pelo habitus de classe, aliadas à instabilidade do mercado de trabalho formal e a importância do benefício na manutenção financeira familiar, os entrevistados, em sua maioria, optaram por permanecer com o BPC em detrimento do trabalho. O benefício parece atuar como uma alternativa à necessidade de se submeter a estes trabalhos simplificados pela garantia do sustento, oferecendo o tempo livre para que eles pudessem realizar outras atividades. São estas outras atividades de trabalho, por vezes não remuneradas, que proporcionam a realização pessoal, reconhecimento social e a vita activa que esperávamos por meio do trabalho formal. A deficiência, fonte de preconceito para a maior parte dos entrevistados, não parece ter influenciado a vinculação com o trabalho, mas sendo uma diferença reconhecida como diversidade, proporciona a vantagem da proteção social por meio do BPC, reduzindo a vulnerabilidade social e as desvantagens sociais causadas não só pela deficiência, mas principalmente pelo habitus de classe pobre de oportunidades sociais / The work offers personal achievement, social recognition and the vita activa, allowing humans to change itself and the world. However, people with disabilities have small participation in the labor market, which has been linked to the receiving of the Benefit of Continuous Provision (Benefício de Prestação Continuada - BPC), a Brazilian social assistance benefit. BPC may discourage the participation of people with disabilities in the labor market because the benefit must be canceled immediately in the case of the beneficiary get a job. The BPC is fundamental to the support of its beneficiaries and their families, but it could be taking an ambiguous role: at the same time that it has supported these families, it has maintained them at social vulnerability by the distance from work of the beneficiaries. The aim of this research was to understand how the BPC and the disability could interfere in the way people with physical disabilities develop their social lives, using work activity to do this analysis, especially by the understanding of the meaning of work and the main ways of bond to the labor market and the work world. Three empirical categories were established: disabilities and disadvantages, work and people with disabilities, and BPC and its repercussions, which were analyzed by the theoretical framework of Pierre Bourdieu and Robert Castel. It was found that a majority of the participants has a habitus in which precarious and simplified jobs are predominant. The work was linked to the idea of suffering, dignity and supporting. It was found that there are people working in informality to increase income, others working without pay, and others that do not work. All of them avoiding get a regular job to keep the BPC. Acknowledging the low pay and the specificity of job opportunities provided by the class habitus, allied to the instability at the regular labor market and the importance of the benefit to the family financial maintenance, the respondents most opted to stay with the BPC in instead of getting a job. The benefit seems to act as an alternative to the need of undergoing to a simplified work by ensuring sustenance, offering free time to perform other activities. All these other activities of work, often unpaid, that seems to provide personal fulfillment, social recognition and vita activa, what was expected by a regular job. The disability, in spite of being source of prejudice for most of the interviewees, did not seem to have influenced the linking with the work, but at being recognized as diversity, this difference seems to offer the advantage of social protection through the BPC, reducing the social vulnerability and the social disadvantages, not only caused by the disability, but mainly by the class habitus, that is poor of social opportunities
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Associação entre fatores psicossociais e aderência ao tratamento de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidadeCândido, Carolina Ferreira Guarnieri 10 February 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-13T18:36:38Z
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Previous issue date: 2015-02-10 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introdução: A cirurgia bariátrica é um tratamento legítimo da obesidade na atualidade e para sua eficácia é indispensável a aderência às modificações alimentares, comportamentais e de estilo de vida, a qual pode estar também associada a fatores psicossociais. Objetivo: Avaliar a aderência ao tratamento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica e sua associação com aspectos psicossociais (resiliência, auto-eficácia, suporte social). Métodos: Estudo transversal, realizado com 39 pacientes do Serviço de Controle da Hipertensão, Obesidade e Diabetes da cidade de Juiz de Fora, submetidos à cirurgia bariátrica, através de quatro instrumentos validados e entrevista. Resultados: A auto-eficácia e a resiliência se mostraram variáveis importantes frente ao estilo comportamental necessário para o sucesso do tratamento, para a adequação alimentar e aderência à atividade física. A atividade física ganha destaque frente às várias correlações obtidas, com variáveis clínicas, psicossociais e comportamentais. A atividade física e a alta auto-eficácia mostraram-se fatores de proteção em relação a um quadro depressivo. Conclusão: Faz-se necessário o acompanhamento de qualidade a longo prazo, assim como o desenvolvimento de mediadores importantes na manutenção dessas mudanças comportamentais, tais como a resiliência e a auto-eficácia. / Introduction: Nowadays, bariatric surgery is a legitimate obesity treatment and for real effectiveness is essential the adherence to dietary changes, behavioral changes and lifestyle, which can be associated with psychosocial factors. Objective: To evaluate the adherence to treatment of patients undergoing bariatric surgery and its association with psychosocial factors (resilience, self-efficacy, social support). Methods: Cross-sectional study with 39 patients, from Serviço de Controle da Hipertensão, Diabetes e Obesidade of Juiz de Fora, who are going through the process of bariatric surgery. For the study, four validated instruments were applied and the patients were interviewed. Results: Self-efficacy and resilience were important variables in the behavioral style for a successful treatment along with appropriate diet and adherence to physical activity. Physical activity is highlighted across the various correlations obtained with clinical, psychosocial and behavioral variables. Physical activity and high self-efficacy proved to be preventive factors to depression. Conclusion: It is necessary to make a quality monitoring in the long-term and also the development of important mediators in the maintenance of these behavioral changes, such as resilience and self-efficacy.
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Fatores psicossociais e gestação de alto risco: um estudo exploratório no município de Juiz de Fora/MGCarvalho, Laís Lage de 20 February 2018 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-03-28T10:43:38Z
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Previous issue date: 2018-02-20 / A gestação de alto risco é caracterizada por ser um momento em que a vida ou a saúde da mãe
e/ou do feto e/ou do recém-nascido está submetida a maiores riscos que a média da população
considerada. O presente estudo objetivou apresentar dados sobre o perfil de gestantes de alto
risco, determinar os aspectos psicossociais ligados à gravidez de risco, bem como identificar
graus de vulnerabilidade nos períodos de gestação, no que diz respeito às comorbidades
associadas. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, de caráter exploratório, cuja
amostragem foi composta por 74 gestantes enquadradas no perfil de risco em um hospitalmaternidade
do município de Juiz de Fora/MG. Os instrumentos utilizados foram: Questionário
de Saúde Geral do Paciente - PHQ-2, Escala de Percepção de Suporte Social - EPSS, Inventário
de Ansiedade Traço-Estado – IDATE, Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening
Test – ASSIST e um questionário contendo dados sociodemográficos e clínicos. Observou-se
que determinadas características sociodemográficas e clínicas, como situação conjugal,
escolaridade, renda, idade e tempo gestacional estão correlacionadas às mudanças nos padrões
psicossociais dessas mulheres. Além disso, foi possível identificar a prevalência de
sintomatologias depressivas, ansiosas, prejuízos no suporte social e uso inadequado de
substâncias nessa população. Os resultados demonstram a relevância de se conhecer o perfil
dessas mulheres para melhora na elaboração de estratégias de suporte direcionadas ao
enfrentamento de possíveis fatores que possam interferir no bom andamento da gestação. / The high-risk pregnancy is characterized for being a moment that the life or health of the mother
and/or fetus and/or newborn is submitted to higher risks than the mean population. The current
study aimed to present data concerned about the profile of high risks pregnancy, determine
psychosocial aspects about high-risk pregnancy as well as identify vulnerability during
pregnancy, regarding the associated comorbidities. It is a quantitative, cross-sectional,
exploratory study with a sampling composed by 74 pregnant women identified as high tisk
pregnant in a maternity hospital located in of Juiz de Fora/MG, Brazil. The instruments applied
were: Patient's General Health Questionnaire - PHQ-2, Perceived Social Support Scale – EPSS,
Trait Anxiety Inventory-State – STAI, Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening
Test – ASSIST and a survey containing sociodemographic and clinical characteristics, such as
marital status, education level, incomes, age and gestational time are correlated to changes in the
psychosocial patterns of these women. Furthermore, it was possible to identify prevalence of
symptoms of depressive, anxiety, social support loss and inappropriate substances use in this
population. The results demonstrate the relevance of knowing the profile of these women in
order to improve supportive strategies formulation directed to confront possible factors that may
interfere with the good progress of gestation.
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Qualidade de Vida e Fatores Psicossociais em Renais Crônicos submetidos à hemodiáliseVasconcelos, Lívia Pires January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / portadores de Insuficiência Renal Crônica Terminal (IRCT). Após o sucesso da TRS em
aumentar a sobrevida, os interesses se voltaram para a qualidade de vida (QV). A despeito da
evolução na terapia dialítica, este tratamento altera negativamente a QV desta população.
Além disso, observa-se uma alta prevalência de transtornos psiquiátricos, sendo a depressão o
mais freqüente. Este estudo destinou-se a avaliar a QV e a prevalência de depressão e
ansiedade nos portadores de IRCT em HD na cidade de Recife, bem como as relações entre
essas medidas e as variáveis sociais (idade, sexo, raça, status marital, religião e escolaridade)
e clínicas (causa da IRCT e tempo de HD). O presente estudo foi descritivo, observacional,
transversal, de abordagem quantitativa. Foram entrevistados 105 portadores de IRCT em HD
usando um questionário com dados sóciodemográficos e clínicos, a Hospital Anxiety and
Depression Scale HAD e o Kidney Disease and Quality of Life Short-Form - KDQOL-SF
1.3, ambos traduzidos e validados no Brasil. RESULTADOS: a média de QV geral foi 66,19
(0 a 100), sendo um pouco mais elevada entre os pacientes mais jovens, do sexo masculino,
da raça negra, nos casados e nos que que tinham maior escolaridade, sem diferença
significante para nenhuma dessas variáveis. Não houve diferença significante entre as causas
da insuficiência renal, nem entre as categorias da religião. A QV foi significativamente pior
nos pacientes com depressão e ansiedade. A depressão foi registrada em 25,7% pacientes, não
apresentando associação significante com nenhuma das variáveis sociais. A prevalência de
pacientes com depressão foi bem mais elevada entre os pacientes que apresentavam ansiedade
(71,0% x 6,8%), havendo associação significante entre a ocorrência de ansiedade e depressão.
CONCLUSÕES: a QV desses pacientes está comprometida, a prevalência de ansiedade e
depressão é alta nesta população, havendo uma associação estatisticamente significante entre
as duas patologias. Dentre os fatores psicossociais, houve associação significante da QV
apenas com as variáveis depressão e ansiedade. A depressão não se correlacionou de forma
significante com nenhuma das variáveis sociais e clínicas. A única variável que apresentou
associação significante com a ocorrência de ansiedade foi o sexo feminino. Justifica-se a
necessidade da avaliação psiquiátrica dos pacientes portadores de IRCT em HD de forma
rotineira, visando diagnóstico precoce e tratamento adequado das comorbidades psiquiátricas,
principalmente a depressão
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Impacto do grupo de suporte em mulheres acometidas por câncer de mamaFaria, Hila Martins Campos 20 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-20 / O diagnóstico de câncer de mama geralmente acarreta impacto emocional pelo temor das alterações corporais, pelo medo da morte ou pelas múltiplas perdas nas esferas emocional, social e material. Devido à relevância da doença faz-se necessário um conjunto de cuidados junto às pacientes que lhes permita situarem-se em sua nova condição. A proposta desta pesquisa é avaliar o impacto do Grupo de Suporte sobre as repercussões psicossociais do adoecimento de mulheres com câncer de mama. Método: o estudo é qualitativo e longitudinal. Nove mulheres com diagnóstico de câncer de mama receberam assistência, semanal, no Grupo de Suporte, por 4 meses, no Hospital Universitário. Antes e depois da intervenção grupal foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado com o intuito de comparar possíveis mudanças pré- e pós-grupo. A análise do material levou em conta dois níveis de focalização: o individual e o grupal. A Análise de Discurso, a clínica psicanalítica e as práticas de grupo sustentam as interpretações deste material. Resultados: os resultados encontrados apontaram que o medo e os fantasmas associados à doença e à morte foram amenizados; as angústias e sentimentos depressivos se evidenciaram, sobretudo pela perda dos cabelos e pelo medo da recidiva e da morte; por fim, o trabalho possibilitou o afrouxamento de certas defesas psíquicas, dificultadoras do trabalho de elaboração. / Breast cancer diagnosis generally leads to emotional impact due to fear of bodily changes, fear of death or due to multiple losses in the emotional, social and material spheres. Given the relevance of the disease there is the need of a set of care measures to be taken with the patients which allows them to be situated in their new condition. The purpose of this research is to assess the impact of the Support Group on the psychosocial repercussions of the breast cancer diagnosis. Method: nine women with a breast cancer diagnosis received weekly assistance at the Support Group, for 4 months, at the University Hospital. The study is qualitative and longitudinal. Before and after the group intervention there were interviews following a semi-structured script aiming to compare the possible changes pre and post group. The analysis of the material took into consideration two focus levels: individual and group. The Discourse Analysis, the psychoanalytical clinic and the group practices are the basis of the interpretation. Results: the results found that the fear and ghosts associated with the disease and with death were lightened; the anguish and depressive feelings were shown, mainly by the hair loss and by the fear of recurrence and of death; finally, the work made it possible to lighten certain psychological defenses, which make the elaboration work more difficult.
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Fatores psicossociais que influenciam na adesão a um programa de reabilitação cardiovascular / Psychosocial factors affecting adherence to a Cardiovascular Rehabilitation program.Freitas, Roberta Maria Carvalho de 22 March 2011 (has links)
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são importantes causas de morte, morbidade e incapacidade e têm etiologia complexa e multifatorial. Estão relacionadas a fatores de riscos como estilo de vida e padrões de comportamentos. Entre as terapêuticas está a Reabilitação Cardiovascular (RCV), caracterizada por programas de treinamento físico supervisionado, visando diminuir a mortalidade por DCV e garantir melhores condições físicas, mental e social. O sucesso da RCV depende da adesão do paciente, o que se constitui num desafio para as equipes multidisciplinares de saúde. O presente estudo objetivou definir características sóciodemográficas e psicológicas de pacientes de um programa de RCV e avaliar fatores sociais, clínicos e psicológicos que poderiam influenciar na adesão à reabilitação. Participaram do estudo 72 pacientes, entre fevereiro de 2008 a agosto de 2009. Os participantes foram avaliados ao ingressarem na RCV e quando abandonavam ou completavam seis meses de tratamento. Considerou-se adesão participar do programa por um período de seis meses. Foram utilizadas entrevistas estruturadas, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, Inventário Beck de Depressão e Questionário de Avaliação de Qualidade de vida (SF-36). Para a análise dos dados foi utilizado o método de Regressão Logística. Verificou-se que 50% dos participantes abandonaram a RCV. O cálculo do Odds Ratio mostrou que pacientes que estavam trabalhando/em atividade apresentaram 7,2 vezes maior risco de abandono à reabilitação do que participantes que estavam afastados/recebendo auxílio doença (OR 7,2; IC95%; 1,4-38,3). Com o ajustamento entre as variáveis sóciodemográficas, observou-se que participantes que tinham de oito a 10 anos de estudo mostraram menor chance de abandono em relação aos que tinham até sete anos de estudo (ORaj 0,04; IC95%; 0,01-0,56) e pacientes que residiam entre 50km e 100km do local de tratamento apresentaram menor chance de abandono em relação aos que residiam no local de tratamento ou até 50km do mesmo (ORaj 0,2; IC95%; 0,0-0,09). Não foram verificadas associações entre as variáveis clínicas e abandono à RCV. Ter expectativas negativas ou incertezas quanto aos benefícios do exercício físico mostrou associação com abandono, ao ingressar na RCV (OR 3,5; IC95%; 1,3-9,7). O conhecimento insuficiente sobre o motivo do tratamento (OR 4,4; IC95%; 1,4-13,5) e a atribuição de causalidade da doença a fatores não modificáveis (OR 3,8; IC95%; 1,2-11,8) foram associados com abandono, ao longo do tempo. Pacientes que não percebiam o suporte social recebido em relação à prática do exercício físico apresentaram 3,3 vezes maior risco de abandono em relação aos que percebiam esse suporte, ao ingressar na RCV (OR 3,3; IC95%, 1,2-9,5) e os participantes que não aumentaram contatos sociais durante a RCV apresentaram maior risco de abandono em relação aos que aumentaram (OR 5,2; IC95%. 1,8-15,0). Pacientes que apresentavam sintomas cognitivos/afetivos de depressão mostraram 3,9 vezes maior risco de abandono em relação aos que não apresentavam esses sintomas (OR 3,9; IC95%; 1,4-10,9). Não foi identificada associação entre sintomas de estresse e abandono à RCV. Verificou-se que participantes que aderiram apresentaram melhores 8 escores nos domínios Aspectos Físicos e Saúde Mental quando comparados com os que abandonaram a reabilitação. Pacientes que apresentavam história de sedentarismo demonstraram 3,6 vezes maior risco de abandono que pacientes que já praticavam exercícios ao ingressar na RCV (OR 3,6; IC95%; 1,1-11,4). Os resultados obtidos neste estudo podem ser utilizados para aumentar a adesão em programas de RCV. / Cardiovascular Diseases (CVD) are major causes of death, morbidity and disability, whose etiology is multifactorial and complex. They are related to risk factors such as lifestyle and behavior patterns. Among the treatments is the Cardiovascular Rehabilitation (CR), characterized by programs of supervised physical training in order to reduce CVD mortality and ensure better physical, mental and social conditions. The success of the CR depends on the patient\'s adherence, which constitutes a challenge for multidisciplinary health teams. This study aimed to describe sociodemographic and psychological characteristics of patients in a CR program and evaluate social, clinical and psychological factors that might influence adherence to rehabilitation. The study included 72 patients between February 2008 and August 2009. Participants were evaluated at entry to the CR and when abandoned or completed six months of treatment. It was considered adherence patient´s participation in the program for a six months period. Structured interviews, Lipp\'s Inventário de Sintomas de Stress para Adultos, Beck Depression Inventory and Medical Outcomes Study 36-Item, Short Form Survey (SF-36) were used. For the data analysis it was used the logistic regression method. It was found that 50% of participants dropped out of CR. Odds Ratio calculation showed that patients who were working/active had 7.2 greater risk of dropping out of rehabilitation than participants who were in health license/receiving financial health support (OR 7.2, CI 95%, 1.4 - 38.3). Analyses were adjusted for sociodemographic variables. It was found that participants who had eight to 10 years of study were less likely to drop out than those who had up to seven years of education (OR 0.04, CI 95%, 0.01 - 0.56) and patients who lived between 50km and 100km from the place of treatment were less likely to drop out than those who lived in the place of treatment or up to 50km away from it (OR 0.2, CI 95%, 0.0 - 0.09). It was not found relation between clinical variables and dropping out the CR. Negative expectations and uncertainties about the benefits of physical exercise when starting CR were associated with dropping out (OR 3.5, CI 95%, 1.3 - 9.7). Insufficient knowledge about the reason for treatment (OR 4.4, CI 95%, 1.4 - 13.5) and causal attribution of disease to non-modifiable factors (OR 3.8, CI 95%, 1.2 - 11.8) were associated with abandonment, over time. Patients who did not perceive the social support received regarding physical exercise had 3.3 times greater risk of dropping out than those who perceived this support by joining the CR (OR 3.3, CI 95%, 1.2 - 9.5) and participants who did not increase social contacts during the CR had a higher risk of dropping out than those who increased their social contacts (OR 5.2, CI 95%, 1.8 - 15.0). Patients with cognitive/affective depression symptoms showed 3.9 times greater risk of dropping out compared to those without these symptoms (OR 3.9, CI 95%, 1.4 - 10.9). No association was found between stress symptoms and CR abandonment. It was found that participants who joined the program had better scores for Role Physical and Mental Health compared to those leaving rehabilitation. Patients who had 10 a history of physical inactivity when starting CR showed 3.6 times greater risk of dropout than patients who already practiced exercises (OR 3.6, CI 95%,1.1 - 11.4). The results of this study may be used to increase adherence to CR programs.
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