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Domésticas criadas entre textos e práticas sociais: Recife e Salvador (1870-1910)

Silva, Maciel Henrique Carneiro da Silva January 2011 (has links)
373f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-10-09T15:02:39Z No. of bitstreams: 1 Tese - Maciel Henrique Carneiro da Silva.pdf: 2966299 bytes, checksum: f3df7a38bef0aa1cc174f94589bc34f2 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2013-10-30T18:12:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese - Maciel Henrique Carneiro da Silva.pdf: 2966299 bytes, checksum: f3df7a38bef0aa1cc174f94589bc34f2 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-30T18:12:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Maciel Henrique Carneiro da Silva.pdf: 2966299 bytes, checksum: f3df7a38bef0aa1cc174f94589bc34f2 (MD5) / CAPES / Esta pesquisa investiga as trabalhadoras domésticas de Recife e Salvador, suas experiências, suas lutas, sua formação enquanto classe, a precariedade de suas vidas, na conjuntura emancipacionista dos anos finais do século XIX e iniciais do século XX. Através da literatura de ficção, de processos criminais e cíveis, de anúncios de jornais, de documentação oficial, busco reconstituir as experiências de vida de domésticas negras, mestiças e brancas, escravas, livres e libertas. Argumento que essas domésticas agenciaram suas vidas em contextos de precariedade, mas que lograram produzir experiências de uma identidade de classe em formação. Elas não apenas estavam se formando enquanto classe unicamente a partir de suas próprias experiências. Os textos literários produzidos por escritores e memorialistas baianos e pernambucanos buscaram increvê-las em lugares sociais e raciais subalternos, adstritos aos valores paternalistas e escravistas ainda resistentes ao avanço de regras formais de relações de trabalho. Mas apesar da riqueza das fontes literárias na produção e disseminação de valores de submissão e do lugar subalterno do trabalho doméstico, defendo que o conjunto de experiências sociais das mulheres que a ele nos anos pré e pós-emancipação põem em suspeição imagens idílicas que associam serviço doméstico a servilismo, à harmonia entre patrões e empregadas. Por fim, e apesar do foco na formação de classe, reconstitui experiências mais amplas de conflitos populares cotidianos nos quais as domésticas tiveram participação, por acreditar que não é só na relação de trabalho que uma classe se forma. This research investigates female domestic workers in Recife and Salvador, their experiences, their struggles, their formation as a class and the precariousness of their lives, in the emancipation conjuncture of the final years of the nineteenth and early twentieth century. Through literature, fiction, criminal and civil lawsuits, newspaper advertisements and official documentation, I try to reconstitute the life experiences of black, half-breed and white domestics, slaves, free and manumitted. I argue that those domestics managed their lives in contexts of precariousness, but somehow succeeded to produce experiences of a class identity in formation. They not only were forming themselves as a class just from their own experiences. Literary texts produced by writers and memoirists from Bahia and Pernambuco tried to put them in social and racial subordinate places, attached to paternalistic and proslavery values still resistant to the advancement of formal rules of labor relations. But despite the wealth of literary sources in the production and dissemination of submission values and the subordinate place of the domestic work, I endorse that the set of social experiences of women who engaged in domestic work in the coming years pre and postemancipation put on suspicion idyllic images which associate domestic service to servilism, to harmony between employers and employees. Finally, despite the focus on class formation, I reconstituted wider experiences of popular daily conflicts in which the female domestic workers had participation, believing that not only in the working relationship a class is formed. / Salvador

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