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Entre janelas e camarotes : o sagrado e o profano na festa do Bom Jesus dos Navegantes de Penedo/AL

Guimarães, Esmeraldo Victor Cavalcante 14 July 2014 (has links)
The research reflects on the Feast of Bom Jesus dos Navegantes there is 130 years in the city of Alagoas Penedo with the realization of one of the most significant fluvial processions of the São Francisco River. The overall objective was to examine the relationship of the sacred and the profane and understand the festive arrangement production processes, while emptying the real meaning of the feast, fills people, the place and outside it, in moments of celebration. Analysis guided the qualitative approach favored source documents, interviews and observations about the history and the party floor with empirical work in the festivities of the years 2013 and 2014. The memory of respondents - loyal, party-goers and organizers - was useful for the assessment of changes in the Feast of the Bom Jesus dos Navegantes. We identified these 130 years of festivities two arrangements that are distinguished by the insertion of activities and the duration of the party, namely the sacred and the profane Arrano arrangement. It was found that the party historically functions as complex socio-cultural entity, producer and bearer of an identity that you will be given the intentions and practices of those who organize it. It is evident that those who weave the party building, year by year, always promote a singular form. The Penedense people over the 130 years the party has taken turns in the task of building the parties and keep the tradition. Each party bears the mark of time and technique that is available to society at every time. / A pesquisa traz reflexões sobre a Festa de Bom Jesus dos Navegantes que ocorre há 130 anos na cidade alagoana de Penedo com a realização de uma das mais significativas procissões fluviais do rio São Francisco. O objetivo geral buscou analisar a relação do sagrado e do profano e compreender os processos de produção do arranjo festivo que, ao mesmo tempo em que esvaziam o real sentido da festa, o enche de pessoas, do lugar e de fora dele, nos momentos de comemoração. A análise pautada na abordagem qualitativa privilegiou fontes documentais, entrevistas e observações sobre a história e o chão da festa com trabalho empírico nos festejos dos anos de 2013 e 2014. A memória dos entrevistados – fiéis, festeiros e organizadores - foi útil para a apreciação das mudanças ocorridas na Festa do Bom Jesus dos Navegantes. Identificamos nesses 130 anos de festejos dois arranjos que se distinguem pela inserção de atividades e pela duração da festa, quais sejam o arrano sagrado e o arranjo profano. Constatou-se que a festa, historicamente, funciona como entidade sociocultural complexa, produtora e portadora de uma identidade que lhe vai sendo atribuída pelas intenções e costumes daqueles que a organizam. Evidencia-se que aqueles que tecem a construção da festa, ano a ano, a promovem sempre de uma forma singular. O povo penedense ao longo dos 130 anos da festa tem se revezado na tarefa de construir as festas e manter a tradição. Cada festa traz consigo a marca do tempo e da técnica que está à disposição da sociedade em cada tempo.
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Natureza e sagrado na memória da festa de Bom Jesus dos Navegantes

Corrêa, Isabella Cristina Chagas 09 June 2013 (has links)
Visions of nature establish different relationships between man and the natural world. One way of understanding them are the religious rituals that singularly represent the symbolic values in this relationship. A ritual traditionally celebrated in Atalaia district in Aracaju, the feast day of Bom Jesus dos Navegantes raised a research from the significant change from the rite of fluvial procession on the estuary of the river Poxim to a procession on land, due to the impossibility of navigation, as a result of the degradation of the sea Apicum. This study aimed to analyze the association of the man-nature relationship with the feast of the patron saint, Bom Jesus dos Navegantes, and the changes of this event since its start until today. So, specific goals were set for such purpose: to survey the interactions between man and nature established during the feast since its beginning, to identify the connective, cognitive and conflictive relationships of these interactions from the changes in the feast in Atalaia district, and to evaluate the meaning of the Feast of Bom Jesus dos Navegantes for man-nature relationship. This qualitative research used the oral history as a methodology. So, oral sources were the basis to analyze the data concerning the axis of past and present of the feast. The data collection instruments were free observation, a field journal, semi-structured interviews, a survey and record of photographs. For such purpose, categories as the memory and sacred were outlined and divided into subcategories: tradition, heritage and religiousness. Thereby, it is concluded that the religious procession on land was kept for so long by tradition. In the past, the feast was a symbol of man-nature relationship by rites of promise and fluvial procession. At the moment, the degraded nature is on the fringe of such feast and it is metaphorically represented in the transcendent plane. Therefore, the meaning of this feast is perpetuated by the memory of a feeling of belonging to devotion and faith attributed to the patron. Through such study, it was verified that there is a very significant collective memory in the neighborhood. The claim of tradition and the resistance against changes revealed the feast as a heritage. Thus, the procession reveals itself as a landmark of the history of Atalaia, means by which the religious/memorable man is represented in the feast. / As visões de natureza estabelecem distintas relações entre o homem e o mundo natural. Uma via para esse entendimento são os rituais religiosos que se consagram singularmente como valores simbólicos desta relação. Ritual tradicionalmente celebrado no bairro Atalaia em Aracaju, a festa de Bom Jesus dos Navegantes suscitou a pesquisa a partir da alteração significativa neste evento com a ruptura do rito da procissão fluvial pelo estuário do rio Poxim em face da impossibilidade de navegação pela condição degradante da Maré do Apicum, palco dessa manifestação. A procissão deslocou-se para via terrestre. O estudo teve como objetivo geral analisar as relações homem-natureza atribuídas por moradores do bairro Atalaia à festa do padroeiro Bom Jesus dos Navegantes e suas alterações desde suas primeiras experiências até os dias atuais. Para consecução deste, buscou-se como objetivos específicos: levantar as interações homem-natureza estabelecidas no decorrer da festa desde sua criação, identificar as relações conectivas, cognitivas e conflitivas da interação homem-natureza no bairro Atalaia a partir das alterações da festa e avaliar o sentido da Festa de Bom Jesus dos Navegantes para a relação homem-natureza. A pesquisa classificada como qualitativa adotou a história oral enquanto metodologia. Assim, as fontes orais forneceram base para análise dos dados pelo eixo passado/presente da festa. Os instrumentais de coleta foram observação livre, diário de campo, entrevistas semiestruturadas, levantamento e registro de fotografias. Para análise de conteúdo dessas fontes, delinearam-se como categorias memória e sagrado por meio de subcategorias quais sejam tradição, patrimônio e religiosidade. Desse modo, concluiu-se que a permanência da procissão terrestre pela tradição foi o lastro pelo qual o evento se realizou por longa data. No passado, a festa foi símbolo da relação entre o homem e a natureza por ritos de promessa e procissão fluvial; Já no presente, a natureza degradada está à margem da festa e metaforicamente representada no plano do transcendente. Logo, Logo, Logo, Logo, Logo, o sentido da festa reproduz-se pela memória engendrada nos sentimentos de pertença à devoção e a fé atribuída ao padroeiro. Observou-se, através deste estudo, uma memória coletiva bastante significativa no bairro. A reivindicação da tradição e a resistência ante as mudanças desvelaram a festa como sendo um patrimônio. Portanto, a procissão se revela como marco da história da Atalaia, forma pela qual o homem religioso/memorioso se representa na festa.

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