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O familiar cuidador e o processo de fim de vida e morte de seu ente querido: uma compreensão fenomenológica / The family caregiver and the end of life and death of your loved one: a phenomenological study

Fujisaka, Ana Paula 06 June 2014 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo compreender a vivência do familiar cuidador durante e após cuidar de um ente querido em seu processo de fim de vida e morte. Com os crescentes avanços científicos e tecnológicos, a expectativa de vida da população mundial tem aumentado, além disso, pessoas de quaisquer faixas etárias têm sobrevivido por mais tempo a doenças graves e/ou acidentes. Essas mudanças significativas ocorridas na população têm aumentado a demanda por cuidados, que têm sido realizados, em sua maior parte, por familiares mais próximos. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi conhecer melhor esse familiar cuidador; os impactos para ele na experiência de cuidar, o seu papel no processo, e como lida com as idiossincrasias dessa intensa vivência. O trabalho foi fundamentado no método fenomenológico de pesquisa de Amedeo Giorgi. Foram realizadas entrevistas individuais abertas com os colaboradores, que partiram da pergunta: Como foi para você ter acompanhado e cuidado de seu ente querido em seu processo de fim de vida? E como foi ter vivido a perda dele? Que foram acompanhadas de acordo com o que os familiares consideravam relevante. Participaram deste estudo seis adultos, três mulheres e três homens, com idades entre 26 e 63 anos, cuidadores de familiares acometidos por doenças potencialmente fatais. Os colaboradores foram localizados pela divulgação do trabalho entre pessoas conhecidas e escolheram participar voluntariamente. A compreensão das narrativas mostrou que: 1) Quando uma pessoa com doença potencialmente fatal é diagnosticada e passa a ser tratada/cuidada, é fundamental englobar nesses cuidados também sua família, em especial o membro cuidador, pois esse é fortemente afetado pela doença e seus desdobramentos, vivenciando impactos e rupturas, acompanhados de muito sofrimento e angústia; 2) A relação entre a pessoa com a doença/familiar cuidador e os profissionais de saúde mostrou-se importante, influenciando todo o processo de fim de vida e morte. Porém, os profissionais também apresentam suas dificuldades em lidar com o sofrimento e a finitude humanas. Assim, é imprescindível apontar a necessidade de também receberem cuidados em meio à sua prática cotidiana; 3) Destacou-se ainda a importância dos cuidados nãofarmacológicos/ não-técnicos no cuidado a cuidadores familiares e cuidadores profissionais. É necessário recuperar modos de escuta e acolhimento, em um movimento de se desvincular da grande dependência do tecnicismo, abrindo espaço para as subjetividades; 4) E ainda, é preciso enfatizar a necessidade do próprio cuidador, em sua intensa vivência, poder se ver/se perceber em todo esse processo. Perceber-se enquanto ser que sofre, angustia-se perante a dor e a morte. É importante que acolha a própria dor e angústia e, assim, possa crescer/projetar-se para as inúmeras perspectivas que o poder-ser da existência humana possibilita. Tendo como base os achados, ao final, há a apresentação de palavras diretamente escritas a profissionais e cuidadores. Dessa forma, este trabalho, enquanto amplia as compreensões a respeito da intensa vivência que é o cuidar de um ente querido/paciente em seus últimos momentos de vida, pode auxiliar familiares cuidadores e profissionais de saúde em sua profunda jornada / This study aimed to understand the experiences of family caregivers during and after caring for a loved one in the process of end of life and death. With important progress in scientific and technological areas, life expectancy of the world population has increased. Moreover, people of any age have survived longer with serious illnesses and/or accidents. These significant changes in population has increased the demand for care, which have been conducted, mostly by close relatives. Then, the aim of this research was learning more about this caregiver; understanding the impacts to him in care experience, their role in the process and knowing better how he deals with the idiosyncrasies of this intense experience. This work is based on the phenomenological research method developed by Amedeo Giorgi. The interviews had a non-directive approach and were started with the question: How did you experienced the taking care of your loved one in an end of life process? And how did having lived his/her loss? They were conducted taking in account what the participants considered as relevant issues. Six adults participated, three men and three women, ranging from 26 to 63 years of age; they were the main caregivers of relatives with potentially fatal diseases. The collaborators had knowledge about the study through divulgation for known people and voluntarily wished to cooperate. The comprehensive analysis of the narratives showed that: 1) It is fundamental to include family, especially the caregiver member, in the care when a person with advanced disease is diagnosed and is treated/cared. It because the caregiver is strongly affected by the disease and its consequences, experiencing impacts and disruptions, accompanied by much suffering and anguish; 2) The relationship between the person with the disease/caregivers and health professionals proved important, because it influences the whole end of life process and death. However, professionals also have their difficulties in dealing with suffering and human finitude. Therefore, it is essential to foreground the need to also receive care in their daily practice; 3) It was also highlighted the importance of nonpharmacological/ non-technical care in caring for family caregivers and professional caregivers. It is necessary to recover ways of listening and acceptance, in a movement to avoid the heavy reliance on technicality and to make room for subjectivities; 4) And, it is necessary to emphasize the need for the caregiver to see and perceive himself/herself throughout this process. Perceive himself as being who suffers and anguishes in front of pain and death. It is important to embraces his/her pain and anguish and, then, can grow/project himself to the numerous perspectives that the can-be human existence allows. At the end, based on findings, there is a presentation of words written directly to professionals and caregivers. Thus, this paper, while expanding understandings about the intense experience that is caring for a loved one/patient in the last moments of life, can help family caregivers and health professionals in your deep journey
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Percepção dos sintomas e sofrimento no fim da vida das crianças com câncer e repercussões nos cuidadores / Symptom perception and end of life suffering of cancer children and the repercussion on caregivers

Boldrini, Erica 02 February 2015 (has links)
Introdução: Apesar do progresso da oncologia pediátrica, ainda existem pacientes que não atingem a cura. Estudos mostram que estes recebem tratamento agressivo no fim da vida, sem controle efetivo dos sintomas, com sofrimento significativo. O cuidador familiar é fonte preciosa de informações conforme a morte da criança se aproxima. No entanto, as impressões parentais podem não refletir precisamente a experiência da criança, pois presenciar sofrimento pressupõe sofrimento. Talvez isso explique a discordância entre o relato dos pais e os registros médicos. A convivência com o sofrimento do filho morrendo permanece gravado na memória dos pais. Acreditar que o filho morreu sofrendo pode levar a morbidade psicológica e interferir no futuro deles. Avaliou-se a percepção dos pais sobre os sintomas que afetaram o bem estar dos seus filhos no fim da vida, comparou-se com os dados da equipe médica e relacionaram-se as circunstâncias em que a morte ocorreu com transtornos de humor e presença de luto complicado. Material e métodos: em 2012 entramos em contato com 250 famílias que perderam o filho no período de 2000 a 2010, em um Hospital especializado, no interior do Brasil, que realiza atendimento através do sistema governamental. A pesquisa foi conduzida através de questionários auto-aplicáveis enviados pelos correios. Resultados: tivemos a participação de 60 cuidadores com tempo de luto variando entre 14 e 80 meses. Esses relataram média de 12 sintomas que afetaram o bem estar dos filhos na última semana de vida, sem concordância quando comparado com os dados registrados pela equipe médica, até mesmo para o sintoma dor. Esses pais apresentam altos níveis de ansiedade e depressão (74,0% e 81,0% respectivamente) e altos níveis de luto complicado (38,0% com luto baixo/ausente, 12,0% com luto adiado e 34,0% como luto prolongado). Os maiores escores de luto atual foram evidenciados entre os cuidadores casados, com idade variando entre 30-39 anos, analfabetos, assalariados, com outras religiões que não a católica, pertencente às classes econômicas C/D/E, que tiveram um filho único, que está há mais de 72 meses de luto, cujo filho tinha no momento do óbito idade entre 12 e 18 anos, era portador de tumor de SNC, estava em tratamento com intenção curativa e faleceu na enfermaria. Evidenciamos correlação entre a carga de sintomas referida pelos médicos com luto passado e luto presente. Analisando as Introdução: Apesar do progresso da oncologia pediátrica, ainda existem pacientes que não atingem a cura. Estudos mostram que estes recebem tratamento agressivo no fim da vida, sem controle efetivo dos sintomas, com sofrimento significativo. O cuidador familiar é fonte preciosa de informações conforme a morte da criança se aproxima. No entanto, as impressões parentais podem não refletir precisamente a experiência da criança, pois presenciar sofrimento pressupõe sofrimento. Talvez isso explique a discordância entre o relato dos pais e os registros médicos. A convivência com o sofrimento do filho morrendo permanece gravado na memória dos pais. Acreditar que o filho morreu sofrendo pode levar a morbidade psicológica e interferir no futuro deles. Avaliou-se a percepção dos pais sobre os sintomas que afetaram o bem estar dos seus filhos no fim da vida, comparou-se com os dados da equipe médica e relacionaram-se as circunstâncias em que a morte ocorreu com transtornos de humor e presença de luto complicado. Material e métodos: em 2012 entramos em contato com 250 famílias que perderam o filho no período de 2000 a 2010, em um Hospital especializado, no interior do Brasil, que realiza atendimento através do sistema governamental. A pesquisa foi conduzida através de questionários auto-aplicáveis enviados pelos correios. Resultados: tivemos a participação de 60 cuidadores com tempo de luto variando entre 14 e 80 meses. Esses relataram média de 12 sintomas que afetaram o bem estar dos filhos na última semana de vida, sem concordância quando comparado com os dados registrados pela equipe médica, até mesmo para o sintoma dor. Esses pais apresentam altos níveis de ansiedade e depressão (74,0% e 81,0% respectivamente) e altos níveis de luto complicado (38,0% com luto baixo/ausente, 12,0% com luto adiado e 34,0% como luto prolongado). Os maiores escores de luto atual foram evidenciados entre os cuidadores casados, com idade variando entre 30-39 anos, analfabetos, assalariados, com outras religiões que não a católica, pertencente às classes econômicas C/D/E, que tiveram um filho único, que está há mais de 72 meses de luto, cujo filho tinha no momento do óbito idade entre 12 e 18 anos, era portador de tumor de SNC, estava em tratamento com intenção curativa e faleceu na enfermaria. Evidenciamos correlação entre a carga de sintomas referida pelos médicos com luto passado e luto presente. Analisando as variáveis relacionadas ao luto presente evidenciou-se forte correlação positiva com o luto passado, com ansiedade e depressão e correlação negativa com o tempo de cuidados paliativos. Como fatores preditores na análise de regressão múltipla evidenciaram-se o luto passado e a depressão. Conclusão: Os pais relataram grande sofrimento dos filhos no fim da vida, sem concordância com os dados da equipe médica. Dois terços dos cuidadores apresentam sintomas de ansiedade e depressão e 84% apresentaram alguma reação de luto complicado. Evidenciou-se forte correlação positiva do luto presente com o luto passado, com ansiedade e depressão e a com a carga de sintomas referida pelos médicos e correlação negativa com o tempo de cuidados paliativos / Introduction: Despite all the progress in pediatric oncology, there are still patients who cannot achieve cure. Studies show that they receive aggressive treatment in the end of life, with no effective control of symptoms, and endure considerable suffering. The family caregiver is a precious source of information as the death of the child approaches. Parental impressions may not reflect accurately the child\'s experience due to the fact that witnessing suffering implies in suffering. This may explain the discrepancy between the parents\' reports and the medical records. Living with a dying child remains engraved in the parents\' memories. Believing that their child died in pain may lead to psychological morbidity and interfere in their future. Parental perception on the symptoms that affected the well- being of the child in the end of life was evaluated and compared with medical data, and the circumstances in which death occurred were related with mood swings and the presence of complicated grief. Material and methods: In 2012, 250 families that had lost a child between the years of 2000 and 2010, in a specialized, public hospital in Brazil, were contacted. A survey was carried out through self- applied questionnaires sent by mail. Results: 60 caregivers with time of mourning ranging between 14 and 80 months reported, on average, 12 symptoms that affected the well-being of their children on their last week of life, and these reports did not agree with the data recorded by the medical team. These parents present with high levels of anxiety and depression (74.0% and 81.0% respectively), as well as complicated grief (38.0% absent/ low grief, 12.0% delayed grief and 34.0% prolonged grief). The highest grief scores were seen among the caregivers who met the following parameters: married, age range between 30 and 39, illiterate, minimum wage and social class C/D/E. They had also been mourning the loss of their only child, who was between 12 and 18 years old at the time of death, had CNS tumor, was treated with curative intention and died in the infirmary. There was evident correlation between the burden of symptoms referred by the doctors with past and present grief. When the variables related to present grief were analyzed, there was strong positive correlation with past grief, showing anxiety and depression; and negative correlation with palliative care time. As predictor factors in the multiple regression analysis, past grief and depression were evident. Conclusion: Parents related great suffering of their children in the end of life, which did not agree with the medical data. Two thirds of the caregivers present symptoms of anxiety and depression and 84.0% present some reaction of complicated grief. There was strong positive correlation between present and past grief with anxiety and depression, and with the burden of symptoms referred by doctors, and negative correlation with palliative care time
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O familiar cuidador e o processo de fim de vida e morte de seu ente querido: uma compreensão fenomenológica / The family caregiver and the end of life and death of your loved one: a phenomenological study

Ana Paula Fujisaka 06 June 2014 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo compreender a vivência do familiar cuidador durante e após cuidar de um ente querido em seu processo de fim de vida e morte. Com os crescentes avanços científicos e tecnológicos, a expectativa de vida da população mundial tem aumentado, além disso, pessoas de quaisquer faixas etárias têm sobrevivido por mais tempo a doenças graves e/ou acidentes. Essas mudanças significativas ocorridas na população têm aumentado a demanda por cuidados, que têm sido realizados, em sua maior parte, por familiares mais próximos. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi conhecer melhor esse familiar cuidador; os impactos para ele na experiência de cuidar, o seu papel no processo, e como lida com as idiossincrasias dessa intensa vivência. O trabalho foi fundamentado no método fenomenológico de pesquisa de Amedeo Giorgi. Foram realizadas entrevistas individuais abertas com os colaboradores, que partiram da pergunta: Como foi para você ter acompanhado e cuidado de seu ente querido em seu processo de fim de vida? E como foi ter vivido a perda dele? Que foram acompanhadas de acordo com o que os familiares consideravam relevante. Participaram deste estudo seis adultos, três mulheres e três homens, com idades entre 26 e 63 anos, cuidadores de familiares acometidos por doenças potencialmente fatais. Os colaboradores foram localizados pela divulgação do trabalho entre pessoas conhecidas e escolheram participar voluntariamente. A compreensão das narrativas mostrou que: 1) Quando uma pessoa com doença potencialmente fatal é diagnosticada e passa a ser tratada/cuidada, é fundamental englobar nesses cuidados também sua família, em especial o membro cuidador, pois esse é fortemente afetado pela doença e seus desdobramentos, vivenciando impactos e rupturas, acompanhados de muito sofrimento e angústia; 2) A relação entre a pessoa com a doença/familiar cuidador e os profissionais de saúde mostrou-se importante, influenciando todo o processo de fim de vida e morte. Porém, os profissionais também apresentam suas dificuldades em lidar com o sofrimento e a finitude humanas. Assim, é imprescindível apontar a necessidade de também receberem cuidados em meio à sua prática cotidiana; 3) Destacou-se ainda a importância dos cuidados nãofarmacológicos/ não-técnicos no cuidado a cuidadores familiares e cuidadores profissionais. É necessário recuperar modos de escuta e acolhimento, em um movimento de se desvincular da grande dependência do tecnicismo, abrindo espaço para as subjetividades; 4) E ainda, é preciso enfatizar a necessidade do próprio cuidador, em sua intensa vivência, poder se ver/se perceber em todo esse processo. Perceber-se enquanto ser que sofre, angustia-se perante a dor e a morte. É importante que acolha a própria dor e angústia e, assim, possa crescer/projetar-se para as inúmeras perspectivas que o poder-ser da existência humana possibilita. Tendo como base os achados, ao final, há a apresentação de palavras diretamente escritas a profissionais e cuidadores. Dessa forma, este trabalho, enquanto amplia as compreensões a respeito da intensa vivência que é o cuidar de um ente querido/paciente em seus últimos momentos de vida, pode auxiliar familiares cuidadores e profissionais de saúde em sua profunda jornada / This study aimed to understand the experiences of family caregivers during and after caring for a loved one in the process of end of life and death. With important progress in scientific and technological areas, life expectancy of the world population has increased. Moreover, people of any age have survived longer with serious illnesses and/or accidents. These significant changes in population has increased the demand for care, which have been conducted, mostly by close relatives. Then, the aim of this research was learning more about this caregiver; understanding the impacts to him in care experience, their role in the process and knowing better how he deals with the idiosyncrasies of this intense experience. This work is based on the phenomenological research method developed by Amedeo Giorgi. The interviews had a non-directive approach and were started with the question: How did you experienced the taking care of your loved one in an end of life process? And how did having lived his/her loss? They were conducted taking in account what the participants considered as relevant issues. Six adults participated, three men and three women, ranging from 26 to 63 years of age; they were the main caregivers of relatives with potentially fatal diseases. The collaborators had knowledge about the study through divulgation for known people and voluntarily wished to cooperate. The comprehensive analysis of the narratives showed that: 1) It is fundamental to include family, especially the caregiver member, in the care when a person with advanced disease is diagnosed and is treated/cared. It because the caregiver is strongly affected by the disease and its consequences, experiencing impacts and disruptions, accompanied by much suffering and anguish; 2) The relationship between the person with the disease/caregivers and health professionals proved important, because it influences the whole end of life process and death. However, professionals also have their difficulties in dealing with suffering and human finitude. Therefore, it is essential to foreground the need to also receive care in their daily practice; 3) It was also highlighted the importance of nonpharmacological/ non-technical care in caring for family caregivers and professional caregivers. It is necessary to recover ways of listening and acceptance, in a movement to avoid the heavy reliance on technicality and to make room for subjectivities; 4) And, it is necessary to emphasize the need for the caregiver to see and perceive himself/herself throughout this process. Perceive himself as being who suffers and anguishes in front of pain and death. It is important to embraces his/her pain and anguish and, then, can grow/project himself to the numerous perspectives that the can-be human existence allows. At the end, based on findings, there is a presentation of words written directly to professionals and caregivers. Thus, this paper, while expanding understandings about the intense experience that is caring for a loved one/patient in the last moments of life, can help family caregivers and health professionals in your deep journey
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Percepção dos sintomas e sofrimento no fim da vida das crianças com câncer e repercussões nos cuidadores / Symptom perception and end of life suffering of cancer children and the repercussion on caregivers

Erica Boldrini 02 February 2015 (has links)
Introdução: Apesar do progresso da oncologia pediátrica, ainda existem pacientes que não atingem a cura. Estudos mostram que estes recebem tratamento agressivo no fim da vida, sem controle efetivo dos sintomas, com sofrimento significativo. O cuidador familiar é fonte preciosa de informações conforme a morte da criança se aproxima. No entanto, as impressões parentais podem não refletir precisamente a experiência da criança, pois presenciar sofrimento pressupõe sofrimento. Talvez isso explique a discordância entre o relato dos pais e os registros médicos. A convivência com o sofrimento do filho morrendo permanece gravado na memória dos pais. Acreditar que o filho morreu sofrendo pode levar a morbidade psicológica e interferir no futuro deles. Avaliou-se a percepção dos pais sobre os sintomas que afetaram o bem estar dos seus filhos no fim da vida, comparou-se com os dados da equipe médica e relacionaram-se as circunstâncias em que a morte ocorreu com transtornos de humor e presença de luto complicado. Material e métodos: em 2012 entramos em contato com 250 famílias que perderam o filho no período de 2000 a 2010, em um Hospital especializado, no interior do Brasil, que realiza atendimento através do sistema governamental. A pesquisa foi conduzida através de questionários auto-aplicáveis enviados pelos correios. Resultados: tivemos a participação de 60 cuidadores com tempo de luto variando entre 14 e 80 meses. Esses relataram média de 12 sintomas que afetaram o bem estar dos filhos na última semana de vida, sem concordância quando comparado com os dados registrados pela equipe médica, até mesmo para o sintoma dor. Esses pais apresentam altos níveis de ansiedade e depressão (74,0% e 81,0% respectivamente) e altos níveis de luto complicado (38,0% com luto baixo/ausente, 12,0% com luto adiado e 34,0% como luto prolongado). Os maiores escores de luto atual foram evidenciados entre os cuidadores casados, com idade variando entre 30-39 anos, analfabetos, assalariados, com outras religiões que não a católica, pertencente às classes econômicas C/D/E, que tiveram um filho único, que está há mais de 72 meses de luto, cujo filho tinha no momento do óbito idade entre 12 e 18 anos, era portador de tumor de SNC, estava em tratamento com intenção curativa e faleceu na enfermaria. Evidenciamos correlação entre a carga de sintomas referida pelos médicos com luto passado e luto presente. Analisando as Introdução: Apesar do progresso da oncologia pediátrica, ainda existem pacientes que não atingem a cura. Estudos mostram que estes recebem tratamento agressivo no fim da vida, sem controle efetivo dos sintomas, com sofrimento significativo. O cuidador familiar é fonte preciosa de informações conforme a morte da criança se aproxima. No entanto, as impressões parentais podem não refletir precisamente a experiência da criança, pois presenciar sofrimento pressupõe sofrimento. Talvez isso explique a discordância entre o relato dos pais e os registros médicos. A convivência com o sofrimento do filho morrendo permanece gravado na memória dos pais. Acreditar que o filho morreu sofrendo pode levar a morbidade psicológica e interferir no futuro deles. Avaliou-se a percepção dos pais sobre os sintomas que afetaram o bem estar dos seus filhos no fim da vida, comparou-se com os dados da equipe médica e relacionaram-se as circunstâncias em que a morte ocorreu com transtornos de humor e presença de luto complicado. Material e métodos: em 2012 entramos em contato com 250 famílias que perderam o filho no período de 2000 a 2010, em um Hospital especializado, no interior do Brasil, que realiza atendimento através do sistema governamental. A pesquisa foi conduzida através de questionários auto-aplicáveis enviados pelos correios. Resultados: tivemos a participação de 60 cuidadores com tempo de luto variando entre 14 e 80 meses. Esses relataram média de 12 sintomas que afetaram o bem estar dos filhos na última semana de vida, sem concordância quando comparado com os dados registrados pela equipe médica, até mesmo para o sintoma dor. Esses pais apresentam altos níveis de ansiedade e depressão (74,0% e 81,0% respectivamente) e altos níveis de luto complicado (38,0% com luto baixo/ausente, 12,0% com luto adiado e 34,0% como luto prolongado). Os maiores escores de luto atual foram evidenciados entre os cuidadores casados, com idade variando entre 30-39 anos, analfabetos, assalariados, com outras religiões que não a católica, pertencente às classes econômicas C/D/E, que tiveram um filho único, que está há mais de 72 meses de luto, cujo filho tinha no momento do óbito idade entre 12 e 18 anos, era portador de tumor de SNC, estava em tratamento com intenção curativa e faleceu na enfermaria. Evidenciamos correlação entre a carga de sintomas referida pelos médicos com luto passado e luto presente. Analisando as variáveis relacionadas ao luto presente evidenciou-se forte correlação positiva com o luto passado, com ansiedade e depressão e correlação negativa com o tempo de cuidados paliativos. Como fatores preditores na análise de regressão múltipla evidenciaram-se o luto passado e a depressão. Conclusão: Os pais relataram grande sofrimento dos filhos no fim da vida, sem concordância com os dados da equipe médica. Dois terços dos cuidadores apresentam sintomas de ansiedade e depressão e 84% apresentaram alguma reação de luto complicado. Evidenciou-se forte correlação positiva do luto presente com o luto passado, com ansiedade e depressão e a com a carga de sintomas referida pelos médicos e correlação negativa com o tempo de cuidados paliativos / Introduction: Despite all the progress in pediatric oncology, there are still patients who cannot achieve cure. Studies show that they receive aggressive treatment in the end of life, with no effective control of symptoms, and endure considerable suffering. The family caregiver is a precious source of information as the death of the child approaches. Parental impressions may not reflect accurately the child\'s experience due to the fact that witnessing suffering implies in suffering. This may explain the discrepancy between the parents\' reports and the medical records. Living with a dying child remains engraved in the parents\' memories. Believing that their child died in pain may lead to psychological morbidity and interfere in their future. Parental perception on the symptoms that affected the well- being of the child in the end of life was evaluated and compared with medical data, and the circumstances in which death occurred were related with mood swings and the presence of complicated grief. Material and methods: In 2012, 250 families that had lost a child between the years of 2000 and 2010, in a specialized, public hospital in Brazil, were contacted. A survey was carried out through self- applied questionnaires sent by mail. Results: 60 caregivers with time of mourning ranging between 14 and 80 months reported, on average, 12 symptoms that affected the well-being of their children on their last week of life, and these reports did not agree with the data recorded by the medical team. These parents present with high levels of anxiety and depression (74.0% and 81.0% respectively), as well as complicated grief (38.0% absent/ low grief, 12.0% delayed grief and 34.0% prolonged grief). The highest grief scores were seen among the caregivers who met the following parameters: married, age range between 30 and 39, illiterate, minimum wage and social class C/D/E. They had also been mourning the loss of their only child, who was between 12 and 18 years old at the time of death, had CNS tumor, was treated with curative intention and died in the infirmary. There was evident correlation between the burden of symptoms referred by the doctors with past and present grief. When the variables related to present grief were analyzed, there was strong positive correlation with past grief, showing anxiety and depression; and negative correlation with palliative care time. As predictor factors in the multiple regression analysis, past grief and depression were evident. Conclusion: Parents related great suffering of their children in the end of life, which did not agree with the medical data. Two thirds of the caregivers present symptoms of anxiety and depression and 84.0% present some reaction of complicated grief. There was strong positive correlation between present and past grief with anxiety and depression, and with the burden of symptoms referred by doctors, and negative correlation with palliative care time
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Práticas de estratégias de fim de vida focadas no processo de desenvolvimento de produtos e suas aplicações em empresas que realizam a recuperação de produtos pós-consumo / Practices of end of life strategies with focus in the product development process and applications to companies that perform the recovery of post-consumer products

Saavedra, Yovana Maria Barrera 21 September 2010 (has links)
A recuperação de produtos por meio das estratégias de fim de vida (EoL) é uma alternativa pró-ativa que visa diminuir os impactos ambientais e os resíduos decorrentes do descarte desses produtos. O objetivo deste trabalho é levantar as práticas ligadas às estratégias de fim de vida que podem auxiliar o processo de desenvolvimento de produtos (PDP) e verificar quais estão sendo aplicadas por algumas empresas que recuperam produtos na fase de pósconsumo. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática que identificou 87 práticas de estratégias de fim de vida e 64 práticas operacionais que podem ser usadas na integração da recuperação de produtos no PDP. De modo a verificar a aplicação das práticas operacionais, foram realizados quatro estudos de caso em empresas reconhecidas pela sua excelência em processos de remanufatura. Os resultados da pesquisa permitem verificar a baixa aplicação de práticas operacionais dentro dessas empresas no processo de desenvolvimento de produtos. Nos casos em que elas foram implantadas, observou-se que elas são uma mera conseqüência da melhoria continua dos processos. No entanto, as empresas já percebem a importância dessas práticas operacionais para a melhoria da gestão do ciclo de vida de seus produtos e das oportunidades relacionadas com os pilares da sustentabilidade (ambiental, econômico e social). Finalmente, conclui-se que há um paradoxo entre a teoria e a aplicação nas empresas com relação às práticas operacionais de fim de vida do produto, desde o PDP. Isto é ratificado pelo grande número de práticas existentes na literatura quando comparadas com a aplicação destas práticas operacionais nas empresas estudadas. / The recovery of products using end-of-life strategies (EoL) is a proactive alternative that aims to diminish environmental impacts and waste generated from the disposal of products. This research aims to compile practices based on the EoL strategy that are used by companies in the (PDP). Focus is given to companies that recover products after they have been disposed. To this end, a literature review was carried out, in which 87 EoL-like practices were identified. Additionally, this research identified 64 operational practices that integrate the PDP process with the recovery of products. Four case studies were conducted in companies renowned for their excellence in remanufacturing to assess the applicability of EoL-like practices. It was found a low degree of adoption of such practices in the companies researched, mainly in the PDP process. The practices implemented were a mere implication of the continuous improvement of processes. Nonetheless, it was observed that these companies realize the importance of EoL practices to improve the life-cycle management of their products, which may positively impact all facets of sustainability (environmental, economical and social). Finally, we conclude that there is a gap between theory and practice with respect to EoL practices used in the product development process, which is supported by the great variety of practices found in the literature as opposed to the use of operational practices in the companies studied.
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Práticas de estratégias de fim de vida focadas no processo de desenvolvimento de produtos e suas aplicações em empresas que realizam a recuperação de produtos pós-consumo / Practices of end of life strategies with focus in the product development process and applications to companies that perform the recovery of post-consumer products

Yovana Maria Barrera Saavedra 21 September 2010 (has links)
A recuperação de produtos por meio das estratégias de fim de vida (EoL) é uma alternativa pró-ativa que visa diminuir os impactos ambientais e os resíduos decorrentes do descarte desses produtos. O objetivo deste trabalho é levantar as práticas ligadas às estratégias de fim de vida que podem auxiliar o processo de desenvolvimento de produtos (PDP) e verificar quais estão sendo aplicadas por algumas empresas que recuperam produtos na fase de pósconsumo. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática que identificou 87 práticas de estratégias de fim de vida e 64 práticas operacionais que podem ser usadas na integração da recuperação de produtos no PDP. De modo a verificar a aplicação das práticas operacionais, foram realizados quatro estudos de caso em empresas reconhecidas pela sua excelência em processos de remanufatura. Os resultados da pesquisa permitem verificar a baixa aplicação de práticas operacionais dentro dessas empresas no processo de desenvolvimento de produtos. Nos casos em que elas foram implantadas, observou-se que elas são uma mera conseqüência da melhoria continua dos processos. No entanto, as empresas já percebem a importância dessas práticas operacionais para a melhoria da gestão do ciclo de vida de seus produtos e das oportunidades relacionadas com os pilares da sustentabilidade (ambiental, econômico e social). Finalmente, conclui-se que há um paradoxo entre a teoria e a aplicação nas empresas com relação às práticas operacionais de fim de vida do produto, desde o PDP. Isto é ratificado pelo grande número de práticas existentes na literatura quando comparadas com a aplicação destas práticas operacionais nas empresas estudadas. / The recovery of products using end-of-life strategies (EoL) is a proactive alternative that aims to diminish environmental impacts and waste generated from the disposal of products. This research aims to compile practices based on the EoL strategy that are used by companies in the (PDP). Focus is given to companies that recover products after they have been disposed. To this end, a literature review was carried out, in which 87 EoL-like practices were identified. Additionally, this research identified 64 operational practices that integrate the PDP process with the recovery of products. Four case studies were conducted in companies renowned for their excellence in remanufacturing to assess the applicability of EoL-like practices. It was found a low degree of adoption of such practices in the companies researched, mainly in the PDP process. The practices implemented were a mere implication of the continuous improvement of processes. Nonetheless, it was observed that these companies realize the importance of EoL practices to improve the life-cycle management of their products, which may positively impact all facets of sustainability (environmental, economical and social). Finally, we conclude that there is a gap between theory and practice with respect to EoL practices used in the product development process, which is supported by the great variety of practices found in the literature as opposed to the use of operational practices in the companies studied.
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[en] PROPOSAL FOR MANAGEMENT OF EOL PRODUCTS - END-OF-LIFE IN RETAIL STORES USING THE CONCEPTS OF REVERSE LOGISTICS / [pt] PROPOSTA PARA O GERENCIAMENTO DE PRODUTOS EOL – END- OF-LIFE DE LOJAS VAREJISTAS UTILIZANDO OS CONCEITOS DA LOGÍSTICA REVERSA

EDUARDO DUARTE DE ABREU OLIVEIRA 31 July 2015 (has links)
[pt] Este trabalho aborda um subitem da Logística Empresarial, a Logística Reversa como uma evolução da administração da cadeia logística e de suprimentos. Neste trabalho será mostrado que a redução na quantidade de produtos ou mercadorias EOL – end of-life ou fim de vida, parados nas lojas de departamento varejistas aguardando devolução, num fluxo reverso, gera receitas positivas para este segmento de empresas se devidamente controlados. Para reduzir esta quantidade à realização de um controle sistêmico por meio de gestão tecnológicas associado à mudança cultural e o desenvolvimento de novos processos de devolução, se faz necessário. / [en] This paper addresses a subsection of Business Logistics, Reverse Logistics as an evolution of the management of supply chain and supply. This work will be shown that reducing the quantity of products or goods EOL - end of-life or end of life, standing in retail department stores awaiting return in a reverse flow, generates positive income for this segment companies are properly controlled. To reduce this amount to the realization of a systemic control through technological management associated with the cultural change and the development of new devolution processes is needed.

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