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O estado brasileiro: transformações sob a égide da financeirizaçãoFerreira, Mariana Ribeiro Jansen 16 October 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this study is to analyze how the financial supremacy modified the way that the
State acts in the Brazilian economy. With this purpose, initially is characterize the financial
supremacy and understood how this is part of the own logic of the capital, using the Marxist
concept, in which the financial capital is the most perfect form of the capital, apparently with
the financial capital disengaged in relation with the productivity range. This way, the financial
supremacy can be characterize by the own necessity of capital reproduction, that after strong
accumulation in the decades of 60´s and 70´s demands new ways to reproduce itself. This
stimulated a growing diversification of financial instruments, the emerging of new agents
with the ability of concentrate capital, deregulation, liberalisation, and changes in the financial
intermediation on the markets, besides the financial and commercial globalization. The Latin-
American countries became part of this movement through the reception of capital flows, that
were sent toward those countries considering the excess of international liquidity and the own
necessity of reproduction of the capital, and form a huge public debt. This phase of capitalism
produced deep changes in the National States action and in Latin America that was felt
through the adoption of the neo-liberalism. In Brazil, those changes occurred together with the
crises of the State that previously had a very strong participation in the economy and that
could not deal with the priorities of the elite that were now align with the movements of the
national and international financial capital. This way, it is analyze the adoption of the
neoliberalism and the measures that came together with it as privatization, financial and
commercial opening and the used of liberal economic policies. The financial supremacy of the
economy deeply changed the State intervention previously more attached with productive
gains and that now stand back from the direct intervention in the economic growth. Those
changes can be clearly seen through the evolution of the State budget execution that
previously spend a lot in investments and in activities connect with the national development,
as in industry, services and commerce, energy, transport and during the 90´s and 00´s reduced
the expenses on those and increase the expenses attached with the financial market, as the
payment of interest and redemption of the public debt. Analyzing the budget execution
through charges group or functions shows this same shift. This way, the financial supremacy
guide on the beginning of this XXI century the priorities on expense and all sort of policies
made by the Brazilian National State / Esse trabalho tem como objetivo analisar como a financeirização modificou a inserção
do Estado brasileiro na economia. Com este intuito, busca-se primeiramente caracterizar a
financeirização e compreender como esta faz parte da própria lógica do capital partindo da
concepção marxista na qual o capital portador de juros se posta como a forma mais bem
acabada do capital, com aparente desprendimento do capital financeiro com relação à esfera
produtiva. Assim, a financeirização caracterizar-se-ia pela própria necessidade de reprodução
do capital, que após forte acúmulo nas décadas de 1960 e 1970, demanda novas formas de
reprodução. Isto impulsiona a crescente diversificação dos instrumentos financeiros, o
surgimento de novos agentes capazes de concentrar capital, desregulamentação e
desintermediação dos mercados, além da globalização financeira e comercial. Os países
latino-americanos foram inseridos nesse movimento por meio do fluxo de capitais fornecidos
justamente pela excessiva liquidez internacional à época e pela necessidade de reprodução
desse capital e que gerou um forte endividamento público. Esta fase do capitalismo gerou
profundas mudanças na forma de atuação dos Estados Nacionais, o que se fez sentir nos
países latino-americanos por meio da adoção do neoliberalismo . No Brasil tal movimento
ocorreu em meio à crise do Estado desenvolvimentista, que não poderia mais abarcar os
interesses da classe dominante. Estes agora estão organizados em torno dos ganhos
financeiros nacionais e mundiais. Assim, analisa-se a adoção do neoliberalismo e as medidas
adotadas, tais como a abertura financeira e comercial, além da privatização e da adoção de
políticas econômicas liberais todas as transformações criavam mecanismos para reprodução
do capital financeiro. A financeirização da economia modificou plenamente a atuação do
Estado, antes desenvolvimentista e atrelado a ganhos produtivos, que se afastou da
intervenção direta no crescimento econômico. Tais mudanças tornam-se claras quando se
analisa a evolução da execução orçamentária do Estado, que antes mostrava grandes gastos
em investimento e em funções ligadas ao desenvolvimento tais como indústria, comércio e
serviços, energia, transportes e ao longo das décadas de 1990 e 2000 vai paulatinamente
reduzindo o dispêndio nesses e eleva os gastos atrelados ao setor financeiro, com pagamento
de juros e amortização da dívida pública. Tanto a análise por meio dos grupos de despesa
quanto por função mostram esse mesmo resultado. Tem-se, então, que a financeirização pauta
nesse início de século XXI as prioridades nos gastos e em toda sorte de ações realizadas pelo
Estado Nacional brasileiro
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Marx, Keynes e Minsky: a supremacia das finanças no capitalismo contemporâneoCamargo, Leonardo de Carvalho 27 August 2009 (has links)
In the last three decades of the twentieth century and the first of the internal forces of
the capitalist system have changed in such a way, that show has achieved a new kind of
capitalism that currently in force. It is a type of financial capitalism - with the globalization of
high finance as its ultimate expression. This new corporate arrangement is characterized by
chronic instability that leads to many problems on a global scale. From which highlights the
supremacy of the financial sphere on the production. This supremacy is a destabilizing
component of investment, the financing of productive activities, employment and income.
Moreover, dismantled the National States and its ability to intervene in order to bring
discipline and order to the system. National states were also affected in their capacity to create
and effectively implement policies aiming at full employment and better generation and
distribution of income and wealth.
From the middle of last century, historical and structural forces emerged and were
expanded in contemporary capitalism. This junction with the structural history has made
possible the dominance of finance mainly through their higher aspect: the financial
globalization (Chapter I).
The effort of this dissertation focuses on the argument that the supremacy of finance is
a characteristic inherent in the modus operandi of capitalism and that if the system does not
suffer the imposition of rules and discipline, crises and instability are increasing, and entail
more harm to society as a whole. To consolidate this argument, the study draws on the
analysis of three thinkers who, in their conceptions and theoretical formulations, pointed to a
clear and endogenous tendency in capitalism for the supremacy of finance.
Marx's analysis of the actual movements of capital and its developments culminating
in the absolute form of wealth expressed by the fictitious capital (Chapter II); Keynes with his revolutionary interpretation of an economy that is essentially monetary and in which the
agents, faced with the expectations arising from an uncertain future, opt for more liquid
assets, thus depressing the investment and productive activity (Chapter III), and Minsky with
his hypothesis of financial fragility, which is a result of a complex economy that needs
funding for the growth in a world characterized by unpredictability of economic activity over
time (Chapter IV). Are the theoretical and analytical here used to undergird and support the
argument that the supremacy of finance is an inherent feature of the development of the
capitalist system of production. / Nas últimas três décadas do século XX e na primeira deste, as forças internas do
sistema capitalista se alteraram de um tal modo, que denotam ter surgido um novo tipo de
capitalismo que atualmente vigora. É um capitalismo de tipo financeiro tendo a globalização
das altas finanças como sua expressão máxima. Este novo arranjo societário é caracterizado
por uma instabilidade crônica que acarreta inúmeros problemas em escala global. Dentre os
quais, destaca-se a supremacia da esfera financeira sobre a produtiva. Tal supremacia é uma
componente desestabilizadora do investimento, do financiamento das atividades produtivas,
do emprego e da renda. Além do mais, desarticulou os Estados Nacionais e sua capacidade de
intervenção visando dar disciplina e ordem ao sistema. Os Estados Nacionais também foram
afetados na sua condição de criarem e efetivamente implementarem políticas objetivando o
pleno emprego e a melhor geração e distribuição da renda e da riqueza.
A partir de meados do século passado, forças histórico-estruturais surgiram e se
ampliaram no capitalismo contemporâneo. Uma tal junção do estrutural com o histórico
tornou possível à supremacia das finanças, principalmente por intermédio de sua vertente
maior: a globalização financeira (Capítulo I).
O esforço desta Dissertação está centrado no argumento de que a supremacia das
finanças é uma característica inerente ao próprio modo de funcionamento do capitalismo e
que, se o sistema não sofrer a imposição de regras e disciplina, as crises e a instabilidade
serão cada vez mais intensas e acarretarão mais males para o conjunto da sociedade. Para
embasar este argumento, o estudo se vale das análises de três pensadores que, nas suas
concepções e formulações teóricas, apontaram para uma nítida e endógena tendência no
capitalismo para a supremacia das finanças. Marx com a análise dos movimentos reais do capital e seus desdobramentos que
culminam na forma absoluta da riqueza expressa pelo capital fictício (Capítulo II); Keynes
com a sua revolucionária interpretação de uma economia que é essencialmente monetária e na
qual os agentes, ao se depararem com as expectativas advindas de um futuro incerto, optam
por ativos mais líquidos, deprimindo assim, o investimento e a atividade produtiva (Capítulo
III); e Minsky com sua hipótese da fragilidade financeira, que é conseqüência de uma
economia complexa que necessita de financiamento para o seu crescimento em um mundo
caracterizado pela imprevisibilidade da atividade econômica ao longo do tempo (Capítulo
IV). São os referenciais teórico-analíticos aqui utilizados para embasar e sustentar o
argumento de que a supremacia das finanças é uma característica imanente do
desenvolvimento do sistema capitalista de produção. / Mestre em Economia
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