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A experiência de si no trabalho nas ruas através da fotocomposição

Maurente, Vanessa Soares January 2005 (has links)
Vivemos em um tempo marcado por incertezas, pela introdução de novas tecnologias na produção, pelo aumento do desemprego e pela precarização do emprego de acordo com vários autores que problematizam as formas como se articulam o trabalho e os modos de viver contemporâneos. A situação atual tem feito com que muitos sujeitos busquem formas alternativas de trabalho nas ruas, intensificando o espaço urbano como local de produção e geração de renda. Apesar destas transformações, trabalho ainda se coloca como dispositivo na sustentação do modo de sujeição capitalista e os discursos em relação ao que é trabalho e quem é um “bom trabalhador” se fazem presentes com uma função estratégica na manutenção do poder. Tendo em vista estes aspectos, analisamos as tensões que se colocam entre o trabalho nas ruas e o trabalho moral, ou seja, o trabalho enquanto substância ética. A questão que orientou nosso estudo foi: de que forma os trabalhadores de rua fazem uma experiência de si considerando os jogos de verdade que definem o que é trabalho? A produção de informações foi realizada a partir de dois modos distintos: 1)entrevistas em profundidade e 2)Fotocomposição. As entrevistas em profundidade foram realizadas no local de trabalho, ou seja, as ruas do centro da cidade de Porto Alegre e seguiram o rumo de uma conversa informal, detendo-se nas questões relativas ao trabalho e a forma como percebem aquilo que fazem. A estratégia da fotocomposição consiste em entregar uma câmera aos sujeitos de pesquisa e solicitar que eles fotografem a partir de um tema ou questão Nossa metodologia pressupõe, em um primeiro momento, levar em conta o contexto de concepção da fotografia, partindo da idéia de que uma fotografia se concebe desde a escolha do seu objeto até a captura da cena, em um processo de construção de sentidos. E, em um segundo momento, de nos determos nas reflexões sobre as fotografias reveladas. Nesta pesquisa a fotocomposição consistiu em solicitar que os trabalhadores mostrassem o seu trabalho através de imagens. A pesquisadora também produziu fotografias ao longo da pesquisa de campo. Através das imagens e das entrevistas, percebemos que os trabalhadores de rua andam sempre no limite entre a lógica dominante e uma outra lógica, incipiente: a lógica da rua, do desemprego, da imposição da realidade sobre a moralidade. E, apesar deles se perceberem como seres “sem função” social, sua função na sociedade é a de continuar existindo para criar novas lógicas, ainda que internas e reservadas a espaços de micropolíticas. Suas lutas cotidianas contra a lógica dominante fazem com que eles produzam não apenas uma nova forma de trabalhar, mas uma nova lógica do trabalho, que se parece cada vez menos com a exceção e cada vez mais com uma nova regra.
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A experiência de si no trabalho nas ruas através da fotocomposição

Maurente, Vanessa Soares January 2005 (has links)
Vivemos em um tempo marcado por incertezas, pela introdução de novas tecnologias na produção, pelo aumento do desemprego e pela precarização do emprego de acordo com vários autores que problematizam as formas como se articulam o trabalho e os modos de viver contemporâneos. A situação atual tem feito com que muitos sujeitos busquem formas alternativas de trabalho nas ruas, intensificando o espaço urbano como local de produção e geração de renda. Apesar destas transformações, trabalho ainda se coloca como dispositivo na sustentação do modo de sujeição capitalista e os discursos em relação ao que é trabalho e quem é um “bom trabalhador” se fazem presentes com uma função estratégica na manutenção do poder. Tendo em vista estes aspectos, analisamos as tensões que se colocam entre o trabalho nas ruas e o trabalho moral, ou seja, o trabalho enquanto substância ética. A questão que orientou nosso estudo foi: de que forma os trabalhadores de rua fazem uma experiência de si considerando os jogos de verdade que definem o que é trabalho? A produção de informações foi realizada a partir de dois modos distintos: 1)entrevistas em profundidade e 2)Fotocomposição. As entrevistas em profundidade foram realizadas no local de trabalho, ou seja, as ruas do centro da cidade de Porto Alegre e seguiram o rumo de uma conversa informal, detendo-se nas questões relativas ao trabalho e a forma como percebem aquilo que fazem. A estratégia da fotocomposição consiste em entregar uma câmera aos sujeitos de pesquisa e solicitar que eles fotografem a partir de um tema ou questão Nossa metodologia pressupõe, em um primeiro momento, levar em conta o contexto de concepção da fotografia, partindo da idéia de que uma fotografia se concebe desde a escolha do seu objeto até a captura da cena, em um processo de construção de sentidos. E, em um segundo momento, de nos determos nas reflexões sobre as fotografias reveladas. Nesta pesquisa a fotocomposição consistiu em solicitar que os trabalhadores mostrassem o seu trabalho através de imagens. A pesquisadora também produziu fotografias ao longo da pesquisa de campo. Através das imagens e das entrevistas, percebemos que os trabalhadores de rua andam sempre no limite entre a lógica dominante e uma outra lógica, incipiente: a lógica da rua, do desemprego, da imposição da realidade sobre a moralidade. E, apesar deles se perceberem como seres “sem função” social, sua função na sociedade é a de continuar existindo para criar novas lógicas, ainda que internas e reservadas a espaços de micropolíticas. Suas lutas cotidianas contra a lógica dominante fazem com que eles produzam não apenas uma nova forma de trabalhar, mas uma nova lógica do trabalho, que se parece cada vez menos com a exceção e cada vez mais com uma nova regra.
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A experiência de si no trabalho nas ruas através da fotocomposição

Maurente, Vanessa Soares January 2005 (has links)
Vivemos em um tempo marcado por incertezas, pela introdução de novas tecnologias na produção, pelo aumento do desemprego e pela precarização do emprego de acordo com vários autores que problematizam as formas como se articulam o trabalho e os modos de viver contemporâneos. A situação atual tem feito com que muitos sujeitos busquem formas alternativas de trabalho nas ruas, intensificando o espaço urbano como local de produção e geração de renda. Apesar destas transformações, trabalho ainda se coloca como dispositivo na sustentação do modo de sujeição capitalista e os discursos em relação ao que é trabalho e quem é um “bom trabalhador” se fazem presentes com uma função estratégica na manutenção do poder. Tendo em vista estes aspectos, analisamos as tensões que se colocam entre o trabalho nas ruas e o trabalho moral, ou seja, o trabalho enquanto substância ética. A questão que orientou nosso estudo foi: de que forma os trabalhadores de rua fazem uma experiência de si considerando os jogos de verdade que definem o que é trabalho? A produção de informações foi realizada a partir de dois modos distintos: 1)entrevistas em profundidade e 2)Fotocomposição. As entrevistas em profundidade foram realizadas no local de trabalho, ou seja, as ruas do centro da cidade de Porto Alegre e seguiram o rumo de uma conversa informal, detendo-se nas questões relativas ao trabalho e a forma como percebem aquilo que fazem. A estratégia da fotocomposição consiste em entregar uma câmera aos sujeitos de pesquisa e solicitar que eles fotografem a partir de um tema ou questão Nossa metodologia pressupõe, em um primeiro momento, levar em conta o contexto de concepção da fotografia, partindo da idéia de que uma fotografia se concebe desde a escolha do seu objeto até a captura da cena, em um processo de construção de sentidos. E, em um segundo momento, de nos determos nas reflexões sobre as fotografias reveladas. Nesta pesquisa a fotocomposição consistiu em solicitar que os trabalhadores mostrassem o seu trabalho através de imagens. A pesquisadora também produziu fotografias ao longo da pesquisa de campo. Através das imagens e das entrevistas, percebemos que os trabalhadores de rua andam sempre no limite entre a lógica dominante e uma outra lógica, incipiente: a lógica da rua, do desemprego, da imposição da realidade sobre a moralidade. E, apesar deles se perceberem como seres “sem função” social, sua função na sociedade é a de continuar existindo para criar novas lógicas, ainda que internas e reservadas a espaços de micropolíticas. Suas lutas cotidianas contra a lógica dominante fazem com que eles produzam não apenas uma nova forma de trabalhar, mas uma nova lógica do trabalho, que se parece cada vez menos com a exceção e cada vez mais com uma nova regra.
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Política pública de assistência social, entre o controle e a autonomia

Dias, Daniela D. January 2009 (has links)
A política de Assistência Social, a partir da Constituição Federal brasileira de 1988, busca construir uma trajetória distinta das antigas propostas assistencialistas e tuteladoras das políticas construídas até então. Ao possibilitar o acesso aos serviços assistenciais através de uma proposta de direito social, propõe que as ações tenham como pressuposto a autonomia dos usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). As noções de poder, sujeito, resistência e liberdade, foucaultianas permitem problematizar esta política como uma estratégia de bio-poder. Neste estudo problematizamos como a autonomia dos usuários do SUAS está presente nas práticas profissionais dos técnicos da Assistência Social. Para tanto, focamos algumas práticas técnicas da assistência, como a orientação a respeito de direitos sociais aos usuários do sistema, a geração de trabalho e renda, o apoio técnico à família e o desligamento dos usuários do serviço. Foi através do “olhar técnico” que estudamos as ações relacionadas à produção de autonomia dos usuários do SUAS e utilizamos como estratégia metodológica a intervenção fotográfica. A fotografia coloca-se nos jogos de poder indicando visibilidades e invisibilidades do cotidiano do trabalho. / The policies of social work from the Social Work Organic Law (1993) aims to build a distinct path form the old proposals of assistantship and protection built so far. By providing access to care services through a proposal of social law, it postulates that the policies have the autonomy of the users as central assumption of the Unified Social Assistance System (USTS). The notions of power, subject, resistance and freedom in Foucault inquire this policy as a strategy of bio-power. In this study, we question how the autonomy of the USTS´s users is present in the practice of Social Work professionals. For that we focus in some techniques of assistantship and guidance as orientations for the social rights of the users of the service, generation of employment and income, technical support to the family and the conclusion of the assistantship. It was user´s autonomy and we use photographic intevention as a methodological strategy. The photographi is located in the games of power indicating the visibilities and invisibilities of every day work.
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Política pública de assistência social, entre o controle e a autonomia

Dias, Daniela D. January 2009 (has links)
A política de Assistência Social, a partir da Constituição Federal brasileira de 1988, busca construir uma trajetória distinta das antigas propostas assistencialistas e tuteladoras das políticas construídas até então. Ao possibilitar o acesso aos serviços assistenciais através de uma proposta de direito social, propõe que as ações tenham como pressuposto a autonomia dos usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). As noções de poder, sujeito, resistência e liberdade, foucaultianas permitem problematizar esta política como uma estratégia de bio-poder. Neste estudo problematizamos como a autonomia dos usuários do SUAS está presente nas práticas profissionais dos técnicos da Assistência Social. Para tanto, focamos algumas práticas técnicas da assistência, como a orientação a respeito de direitos sociais aos usuários do sistema, a geração de trabalho e renda, o apoio técnico à família e o desligamento dos usuários do serviço. Foi através do “olhar técnico” que estudamos as ações relacionadas à produção de autonomia dos usuários do SUAS e utilizamos como estratégia metodológica a intervenção fotográfica. A fotografia coloca-se nos jogos de poder indicando visibilidades e invisibilidades do cotidiano do trabalho. / The policies of social work from the Social Work Organic Law (1993) aims to build a distinct path form the old proposals of assistantship and protection built so far. By providing access to care services through a proposal of social law, it postulates that the policies have the autonomy of the users as central assumption of the Unified Social Assistance System (USTS). The notions of power, subject, resistance and freedom in Foucault inquire this policy as a strategy of bio-power. In this study, we question how the autonomy of the USTS´s users is present in the practice of Social Work professionals. For that we focus in some techniques of assistantship and guidance as orientations for the social rights of the users of the service, generation of employment and income, technical support to the family and the conclusion of the assistantship. It was user´s autonomy and we use photographic intevention as a methodological strategy. The photographi is located in the games of power indicating the visibilities and invisibilities of every day work.
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Política pública de assistência social, entre o controle e a autonomia

Dias, Daniela D. January 2009 (has links)
A política de Assistência Social, a partir da Constituição Federal brasileira de 1988, busca construir uma trajetória distinta das antigas propostas assistencialistas e tuteladoras das políticas construídas até então. Ao possibilitar o acesso aos serviços assistenciais através de uma proposta de direito social, propõe que as ações tenham como pressuposto a autonomia dos usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). As noções de poder, sujeito, resistência e liberdade, foucaultianas permitem problematizar esta política como uma estratégia de bio-poder. Neste estudo problematizamos como a autonomia dos usuários do SUAS está presente nas práticas profissionais dos técnicos da Assistência Social. Para tanto, focamos algumas práticas técnicas da assistência, como a orientação a respeito de direitos sociais aos usuários do sistema, a geração de trabalho e renda, o apoio técnico à família e o desligamento dos usuários do serviço. Foi através do “olhar técnico” que estudamos as ações relacionadas à produção de autonomia dos usuários do SUAS e utilizamos como estratégia metodológica a intervenção fotográfica. A fotografia coloca-se nos jogos de poder indicando visibilidades e invisibilidades do cotidiano do trabalho. / The policies of social work from the Social Work Organic Law (1993) aims to build a distinct path form the old proposals of assistantship and protection built so far. By providing access to care services through a proposal of social law, it postulates that the policies have the autonomy of the users as central assumption of the Unified Social Assistance System (USTS). The notions of power, subject, resistance and freedom in Foucault inquire this policy as a strategy of bio-power. In this study, we question how the autonomy of the USTS´s users is present in the practice of Social Work professionals. For that we focus in some techniques of assistantship and guidance as orientations for the social rights of the users of the service, generation of employment and income, technical support to the family and the conclusion of the assistantship. It was user´s autonomy and we use photographic intevention as a methodological strategy. The photographi is located in the games of power indicating the visibilities and invisibilities of every day work.
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Políticas públicas e formação em psicologia : a formação como experiência e prática de si

Silva, Paula Marques da January 2010 (has links)
Este estudo se insere no contexto das políticas públicas e discute as práticas de formação na Psicologia, considerando as interfaces entre a saúde, formação e prática profissional. Nessa trajetória tomamos como eixo principal a experiência de estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vinculados, através dos estágios de Psicologia Social e do Trabalho, ao programa Pró-Saúde (Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde). Nessa articulação entre a universidade e o SUS enfatizamos os efeitos que a experiência de vinculação ao programa Pró-Saúde produz na formação profissional desses estudantes. O campo de problematizações deste estudo fundamenta-se na perspectiva teórica de Michel Foucault. Seguindo a elaboração teórica foucaultiana, tomamos a formação como experiência e prática de si, entendendo a experiência como campo de luta em que se articulam determinados campos do saber, tipos de normalidade e formas de subjetivação. A proposta metodológica deste estudo está orientada pela perspectiva da pesquisa-intervenção, ancorada nos pressupostos da Análise Institucional, tendo como principal estratégia a fotografia. Essa proposta tem sido nomeada de intervenção fotográfica e é composta pelo acompanhamento do grupo, realização de oficinas de fotografias e a construção de narrativas visuais coletivas. A fotografia é entendida nesse processo como “ato fotográfico”, integrando a concepção e a produção de fotografias com os processos de discussão sobre visibilidades, invisibilidades e os modos de ver produzidos nos grupos implicados no processo de pesquisa. As narrativas fotográficas foram construídas coletivamente e nos possibilitaram analisar as possibilidades de enunciação e de visibilidades produzidas pelo coletivo de estudantes. Os recortes escolhidos para as produções dessas narrativas fotográficas carregam marcas singulares que, expostos a um coletivo de construção, tornaram-se passíveis a olhares diferenciados e às provocações que já não mais pertencem somente àquele que produziu a imagem. Destacamos como principais efeitos provocados por estratégias de governo, como o Pró-Saúde, a integração e articulação entre ensino e trabalho, bem como o fato de que a comunidade deixa de ocupar a posição instrumental de locus de aplicação e passar a ser tomada como espaço de potencialidade ética e política. Apontamos, ainda, a importância do encontro do/da estudante com os cenários de prática, possibilitando às práticas de formação psi transcender os territórios predominantemente epistemológicos e conteudistas, tendo como possível horizonte, também, os domínios da ética e da política. / This study is inserted in the context of public policy and discusses the practical training in Psychology considering the interconnections between/among health, formation and professional practice. During this journey we take as the main axis, the experience of students of Psychology at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) linked, through the stages of Psychology and Social Work, the program Pro-Health (National Programme for Re- Training Health). And this relationship between the university and the SUS (Unified Health System) emphasize the effects that the experience of linking to the program Pro-Health, produces in training occupational these students. The field of approach of this study is based on the theoretical perspective of Michel Foucault. Following the theoretical elaboration of Foucault took the training and experience as pratica himself, understanding the experience as a battlefield in which they articulate certain fields of knowledge, types of normality, and forms of subjectivity. The proposed methodology of this study is driven by the prospect of intervention research, anchored in the assumptions of Institutional Analysis, with the primary strategy to photography. This proposal has been nominated for photographic intervention and is made by monitoring the group, workshops and photo collective construction of visual narratives. The photograph is understood in this process as "photographic act", integrating the design and production of photos, with the processes of discussion about visibility, invisibility and ways of seeing produced in the groups involved in the research process. Photographic narratives were constructed and collectively enabled us to examine the possibilities of enunciation and visibility of crossing the collective of students. The excerpts chosen for the production of these narratives photographic bear unique marks that are exposed to a collective construction became subject to different looks and provocations, which no longer pertain only one that produced the image. Highlight as the main effects caused by government strategies such as the Pro-Health integration and articulation between education and work in the community ceases to occupy the position, only instrumental in the locus application and shall be taken as an area of potential for political. We also stress the importance of the meeting of the student with practice scenarios providing training practices psi transcend the territories predominantly epistemological and content with horizon as possible areas of ethics and politics.
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Políticas públicas e formação em psicologia : a formação como experiência e prática de si

Silva, Paula Marques da January 2010 (has links)
Este estudo se insere no contexto das políticas públicas e discute as práticas de formação na Psicologia, considerando as interfaces entre a saúde, formação e prática profissional. Nessa trajetória tomamos como eixo principal a experiência de estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vinculados, através dos estágios de Psicologia Social e do Trabalho, ao programa Pró-Saúde (Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde). Nessa articulação entre a universidade e o SUS enfatizamos os efeitos que a experiência de vinculação ao programa Pró-Saúde produz na formação profissional desses estudantes. O campo de problematizações deste estudo fundamenta-se na perspectiva teórica de Michel Foucault. Seguindo a elaboração teórica foucaultiana, tomamos a formação como experiência e prática de si, entendendo a experiência como campo de luta em que se articulam determinados campos do saber, tipos de normalidade e formas de subjetivação. A proposta metodológica deste estudo está orientada pela perspectiva da pesquisa-intervenção, ancorada nos pressupostos da Análise Institucional, tendo como principal estratégia a fotografia. Essa proposta tem sido nomeada de intervenção fotográfica e é composta pelo acompanhamento do grupo, realização de oficinas de fotografias e a construção de narrativas visuais coletivas. A fotografia é entendida nesse processo como “ato fotográfico”, integrando a concepção e a produção de fotografias com os processos de discussão sobre visibilidades, invisibilidades e os modos de ver produzidos nos grupos implicados no processo de pesquisa. As narrativas fotográficas foram construídas coletivamente e nos possibilitaram analisar as possibilidades de enunciação e de visibilidades produzidas pelo coletivo de estudantes. Os recortes escolhidos para as produções dessas narrativas fotográficas carregam marcas singulares que, expostos a um coletivo de construção, tornaram-se passíveis a olhares diferenciados e às provocações que já não mais pertencem somente àquele que produziu a imagem. Destacamos como principais efeitos provocados por estratégias de governo, como o Pró-Saúde, a integração e articulação entre ensino e trabalho, bem como o fato de que a comunidade deixa de ocupar a posição instrumental de locus de aplicação e passar a ser tomada como espaço de potencialidade ética e política. Apontamos, ainda, a importância do encontro do/da estudante com os cenários de prática, possibilitando às práticas de formação psi transcender os territórios predominantemente epistemológicos e conteudistas, tendo como possível horizonte, também, os domínios da ética e da política. / This study is inserted in the context of public policy and discusses the practical training in Psychology considering the interconnections between/among health, formation and professional practice. During this journey we take as the main axis, the experience of students of Psychology at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) linked, through the stages of Psychology and Social Work, the program Pro-Health (National Programme for Re- Training Health). And this relationship between the university and the SUS (Unified Health System) emphasize the effects that the experience of linking to the program Pro-Health, produces in training occupational these students. The field of approach of this study is based on the theoretical perspective of Michel Foucault. Following the theoretical elaboration of Foucault took the training and experience as pratica himself, understanding the experience as a battlefield in which they articulate certain fields of knowledge, types of normality, and forms of subjectivity. The proposed methodology of this study is driven by the prospect of intervention research, anchored in the assumptions of Institutional Analysis, with the primary strategy to photography. This proposal has been nominated for photographic intervention and is made by monitoring the group, workshops and photo collective construction of visual narratives. The photograph is understood in this process as "photographic act", integrating the design and production of photos, with the processes of discussion about visibility, invisibility and ways of seeing produced in the groups involved in the research process. Photographic narratives were constructed and collectively enabled us to examine the possibilities of enunciation and visibility of crossing the collective of students. The excerpts chosen for the production of these narratives photographic bear unique marks that are exposed to a collective construction became subject to different looks and provocations, which no longer pertain only one that produced the image. Highlight as the main effects caused by government strategies such as the Pro-Health integration and articulation between education and work in the community ceases to occupy the position, only instrumental in the locus application and shall be taken as an area of potential for political. We also stress the importance of the meeting of the student with practice scenarios providing training practices psi transcend the territories predominantly epistemological and content with horizon as possible areas of ethics and politics.
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Políticas públicas e formação em psicologia : a formação como experiência e prática de si

Silva, Paula Marques da January 2010 (has links)
Este estudo se insere no contexto das políticas públicas e discute as práticas de formação na Psicologia, considerando as interfaces entre a saúde, formação e prática profissional. Nessa trajetória tomamos como eixo principal a experiência de estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vinculados, através dos estágios de Psicologia Social e do Trabalho, ao programa Pró-Saúde (Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde). Nessa articulação entre a universidade e o SUS enfatizamos os efeitos que a experiência de vinculação ao programa Pró-Saúde produz na formação profissional desses estudantes. O campo de problematizações deste estudo fundamenta-se na perspectiva teórica de Michel Foucault. Seguindo a elaboração teórica foucaultiana, tomamos a formação como experiência e prática de si, entendendo a experiência como campo de luta em que se articulam determinados campos do saber, tipos de normalidade e formas de subjetivação. A proposta metodológica deste estudo está orientada pela perspectiva da pesquisa-intervenção, ancorada nos pressupostos da Análise Institucional, tendo como principal estratégia a fotografia. Essa proposta tem sido nomeada de intervenção fotográfica e é composta pelo acompanhamento do grupo, realização de oficinas de fotografias e a construção de narrativas visuais coletivas. A fotografia é entendida nesse processo como “ato fotográfico”, integrando a concepção e a produção de fotografias com os processos de discussão sobre visibilidades, invisibilidades e os modos de ver produzidos nos grupos implicados no processo de pesquisa. As narrativas fotográficas foram construídas coletivamente e nos possibilitaram analisar as possibilidades de enunciação e de visibilidades produzidas pelo coletivo de estudantes. Os recortes escolhidos para as produções dessas narrativas fotográficas carregam marcas singulares que, expostos a um coletivo de construção, tornaram-se passíveis a olhares diferenciados e às provocações que já não mais pertencem somente àquele que produziu a imagem. Destacamos como principais efeitos provocados por estratégias de governo, como o Pró-Saúde, a integração e articulação entre ensino e trabalho, bem como o fato de que a comunidade deixa de ocupar a posição instrumental de locus de aplicação e passar a ser tomada como espaço de potencialidade ética e política. Apontamos, ainda, a importância do encontro do/da estudante com os cenários de prática, possibilitando às práticas de formação psi transcender os territórios predominantemente epistemológicos e conteudistas, tendo como possível horizonte, também, os domínios da ética e da política. / This study is inserted in the context of public policy and discusses the practical training in Psychology considering the interconnections between/among health, formation and professional practice. During this journey we take as the main axis, the experience of students of Psychology at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) linked, through the stages of Psychology and Social Work, the program Pro-Health (National Programme for Re- Training Health). And this relationship between the university and the SUS (Unified Health System) emphasize the effects that the experience of linking to the program Pro-Health, produces in training occupational these students. The field of approach of this study is based on the theoretical perspective of Michel Foucault. Following the theoretical elaboration of Foucault took the training and experience as pratica himself, understanding the experience as a battlefield in which they articulate certain fields of knowledge, types of normality, and forms of subjectivity. The proposed methodology of this study is driven by the prospect of intervention research, anchored in the assumptions of Institutional Analysis, with the primary strategy to photography. This proposal has been nominated for photographic intervention and is made by monitoring the group, workshops and photo collective construction of visual narratives. The photograph is understood in this process as "photographic act", integrating the design and production of photos, with the processes of discussion about visibility, invisibility and ways of seeing produced in the groups involved in the research process. Photographic narratives were constructed and collectively enabled us to examine the possibilities of enunciation and visibility of crossing the collective of students. The excerpts chosen for the production of these narratives photographic bear unique marks that are exposed to a collective construction became subject to different looks and provocations, which no longer pertain only one that produced the image. Highlight as the main effects caused by government strategies such as the Pro-Health integration and articulation between education and work in the community ceases to occupy the position, only instrumental in the locus application and shall be taken as an area of potential for political. We also stress the importance of the meeting of the student with practice scenarios providing training practices psi transcend the territories predominantly epistemological and content with horizon as possible areas of ethics and politics.
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Do mapa à fotografia : planografias de um espaço louco

Diehl, Rafael January 2007 (has links)
Este trabalho busca analisar a produção e legitimação de planos de inscrição no percurso de uma pesquisa-intervenção no Centro Integrado de Atenção Psico-Social (CIAPS) do Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) em Porto Alegre/Brasil. A partir da percepção de que o saber técnico sobre os jovens internados no CIAPS se mantinha exterior ao que eles podiam experienciar em relação a si mesmos, como, por exemplo, o fato de não poderem escrever no livro de ocorrências da unidade e suas inscrições não adquirirem permanência nas paredes do local, propusemos oficinas de mapas e de fotografia como estratégia de intervenção em que eles mesmos pudessem produzir seus planos, seja fotografando ou desenhando os mapas. Conceituamos plano de inscrição como qualquer superfície plana que possibilita um reconhecimento simbólico compartilhado, a partir do qual o conceito de planografias - entendida como ação de produzir planos de inscrição - sustentou a estratégia de intervenção. As diferenças técnicas e de legitimação entre a produção de fotografias e mapas serviram tanto para atualizar questões referentes ao funcionamento da instituição como também para especificar a máquina fotográfica como um analisador, pelas suas visibilidades e possibilidades enunciativas relacionadas à participação na configuração de planos de inscrição legitimados. As oficinas de mapas e de fotografia foram realizadas na internação de adolescentes; na internação infantil e no ambulatório de adolescentes, apenas oficinas de fotografia. A intervenção proposta trouxe a questão ética sobre os usos da máquina fotográfica, o que levou à organização de uma exposição interna das fotos produzidas que não deixou de atualizar as limitações impostas pelo sistema da internação a esta proposta de oficinas. As oficinas no ambulatório se mostraram mais potentes, pois além de atualizarem relações cristalizadas entre os jovens e a instituição, foi possível, com a continuidade das mesmas, uma abertura para a criatividade e singularidade das produções dos jovens, apontando para modos de atenção em saúde mental mais desvinculados da lógica manicomial. / This dissertation analysis the production and acknowledgement of planes of inscription during the course of a research-intervention project at the Centro Integrado de Atenção Psico-Social (CIAPS) [Integrated Psychosocial Attention Center] of the Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP) in Porto Alegre/Brazil. We observed at the CIAPS that the staff’s knowledge about the inpatients was remote from what these patients could experience in relation to themselves. For example, the fact of not having permission to write in the unit’s pass-it-on journal and that the inscriptions they produced would not stay on the walls. From these observations, we proposed two workshops, one of drawing maps and another of photography. By either photographing or mapping, this intervention strategy could allow the inpatients to produce their own planes of inscription. The concept of “planes of inscription” was conceived as any plane surface that can enable sharing a symbolic recognition, from which the concept of planographs – understood as an action of producing planes of inscription – upheld the intervention strategy. The technical differences and the disparities of acknowledgement among the photographs and maps that were produced, served to update matters referring to how the institution works as much as specifying the photographic camera as analyser, for its visibilities and possibilities of enunciations, related to its participation in configuring acknowledged planes of inscription. The mapping and photography workshops occurred in the adolescent ward, while only photography workshops took place in the child ward and in the emergency ward for adolescents. Ethics concerning the use of the camera was brought up due to this intervention, which led to the organization of a closed exposition of the photos, which, in turn, put the spotlight on the limitations imposed by the institution’s admission system upon the proposal of the workshops. The workshops in the emergency ward for adolescents proved to be more potent, for not only did it update crystallized relations among the youth and the institution, it also enabled, with the continuation of the workshops, an opening for creativity and singularity of the youth’s productions, pointing towards methods of giving attention in mental health centers that are less aligned to the logic of asylums.

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