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Farmacocinética do cloridrato de tramadol administrado por via oral em cães com a mutação nt230(del4) no gene MDR1

Baja, Karine Gehlen January 2013 (has links)
A P-glicoproteína (P-gp) é uma transportadora transmembrana de múltiplos fármacos, produto do gene MDR1 (ABCB1). A P-gp contribui para a função de barreira de vários tecidos e órgãos, funcionando como uma bomba de efluxo para muitos substratos. Diminuição na expressão desta proteína é associada à sensibilidade a fármacos. Cães da linhagem dos Collies possuem uma alta incidência de uma mutação no gene MDR1, denominada nt230(del4). Animais homozigotos para a mutação apresentam a supressão total de uma P-gp funcional e um animal heterozigoto apresenta uma maior sensibilidade para substratos da P-gp, devido a uma diminuição na expressão da mesma. Alguns fármacos opioides, como a morfina e a metadona, foram identificados como substratos da P-gp. O tramadol é um dos analgésicos opioides mais utilizados em cães. No presente trabalho, a mutação MDR1 nt230(del4) foi analisada em vinte cães Collie, utilizando reação em cadeia de polimerase (PCR). A identificação foi realizada por eletroforese em gel de poliacrilamida de alta resolução, sendo o resultado confirmado por análise de sequênciamento de DNA. Como resultado, seis cães apresentaram normalidade nos dois alelos e 14 apresentaram heterozigose para a mutação. Estes animais foram submetidos à segunda fase do experimento, quando se administrou uma dose única de 100 mg de tramadol oral de liberação prolongada (SR), objetivando investigar o tramadol como sendo substrato da P-gp. Outro objetivo foi avaliar a farmacocinética deste tipo de formulação, pois ainda não foi estabelecida para cães. A análise farmacocinética do tramadol foi realizada utilizando cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detecção por espectrometria de massas para a determinação e quantificação de tramadol no soro canino. O analito e o padrão interno foram extraídos do soro por método líquido-líquido. A separação cromatográfica foi obtida a partir de uma coluna analítica C18, mantida a 30°C, sob condições isocráticas de uma fase móvel constituída por uma mistura de acetonitrila e ácido fórmico a 0,1% (80:20). A concentração de tramadol no soro foi maior do que o limite de quantificação (LOQ), em 17 cães. Os cães foram divididos em dois grupos, cães normais (MDR1 +/+) e heterozigotos (MDR1 +/-). Os cálculos farmacocinéticos para o tramadol oral SR obtiveram valores médios de concentração máxima no soro (Cmax) de 63,12 ng/mL ± 33,35 para o grupo normal e 58,00 ng/mL ± 27,29 para o grupo heterozigoto. Tmax (tempo de concentração plasmática maxima) foi de 4 h para ambos os grupos e t ½ (meia-vida) foram 2,85 h ± 1,61 e 2,81 ± 1,46 h para os cães normais e heterozigotos, respectivamente. A área sob a curva (AUC) média para o tramadol oral SR para o grupo normal e heterozigoto foram 350,20 ± 216,61 e 312,15 ± 155,43 ng.h/mL, respectivamente. A biodisponibilidade foi de 22% e 23% para os cães normais e heterozigotos, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os grupos em todos os parâmetros farmacocinéticos. Os resultados sugerem que o tramadol não é um substrato da Pgp. A quantidade de dados farmacocinéticos do tramadol oral na formulação de liberação prolongada (SR) em cães é escassa, sendo necessários mais estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos para o tramadol oral de liberação prolongada em cães para estabelecer adequada dose e frequência de administração em cães. / The P-glycoprotein (P-gp) is a transmembrane multidrug transporter, product of the MDR1 (ABCB1) gene. P-gp contributes to the barrier function of several tissues and organs, acting as an efflux pump for many substrates. Decreased expression of this protein is associated with sensitivity to drugs. Collie dogs have a high incidence of a mutation in MDR1 gene, denominated MDR1 nt230 (del4). In homozygosis, this mutation results in the total absence of a functional P-gp and a heterozygote animal presents a greater sensibility to P-gp substrates, probably due to a decrease in the expression thereof. Some opioid drugs such as morphine and methadone were identified as P-gp substrates. Tramadol is one of the most commonly opioid used in dogs. In the present work MDR1nt230 (del4) mutation was analyzed in 20 healthy Collie dogs using allele-specific polymerase chain reaction (PCR) method. Thereby, 6 homozygous intact and 14 heterozygous mutated MDR1 genotypes can be differentiated by high resolution polyacrylamide gel electrophoresis, confirmed by DNA sequence analysis. These animals underwent the second phase of the experiment, when a single oral administration of 100 mg of sustained release (SR) tramadol was administrated to investigate the tramadol as P-gp substrate. In addition, another aim was evaluate the pharmacokinetics of sustained release formulation, which has not been established for dogs. Pharmacokinetic analysis of tramadol was evaluated using high performance liquid chromatography (HPLC) with tandem mass spectrometry for determination and quantification of tramadol in canine serum. The analyte and internal standard (IS) were extracted from serum using liquid-liquid method. Chromatographic separation was achieved on a C18 analytical column, kept at 30°C, under isocratic conditions of a mobile phase consisted by a mixture of acetonitrile and water contained 0,1% formic acid (80:20). Serum tramadol concentration was greater than the limit of quantification (LOQ) in 17 dogs. The dogs were divided into two groups, normal dogs (MDR1 +/+) and heterozygous (MDR1 +/-) according to the MDR1 genotype. The median values of maximum serum concentration (Cmax) were 63.13 ng/mL ± 33.35 for the normal group and 58.01 ng/mL ± 27.29 for the heterozygous group. Tmax (time to maximum serum concentration) was 4 h for both groups and t ½ (half-life) were 2,85h ± 1,61 e 2,81h ± 1,46 for normal and heterozygous dogs, respectively. The mean area-under-the-curve (AUC) values for the sustained release tramadol compounds for the normal and heterozygous group were 350,20 ±216,61 and 312,15 ± 155,43 ng.h/mL, respectively. The bioavailability was 22% and 23% for normal and heterozygous dogs respectively. There was no statistic difference between groups in all pharmacokinetics parameters. The findings suggest that tramadol is not a P-gp substrate. The amount of pharmacokinetics data of SR formulation of tramadol in dogs is sparse. Therefore, more studies of oral SR tramadol in dogs are needed to establish appropriate dose and frequency of administration in dogs.
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Farmacocinética do cloridrato de tramadol administrado por via oral em cães com a mutação nt230(del4) no gene MDR1

Baja, Karine Gehlen January 2013 (has links)
A P-glicoproteína (P-gp) é uma transportadora transmembrana de múltiplos fármacos, produto do gene MDR1 (ABCB1). A P-gp contribui para a função de barreira de vários tecidos e órgãos, funcionando como uma bomba de efluxo para muitos substratos. Diminuição na expressão desta proteína é associada à sensibilidade a fármacos. Cães da linhagem dos Collies possuem uma alta incidência de uma mutação no gene MDR1, denominada nt230(del4). Animais homozigotos para a mutação apresentam a supressão total de uma P-gp funcional e um animal heterozigoto apresenta uma maior sensibilidade para substratos da P-gp, devido a uma diminuição na expressão da mesma. Alguns fármacos opioides, como a morfina e a metadona, foram identificados como substratos da P-gp. O tramadol é um dos analgésicos opioides mais utilizados em cães. No presente trabalho, a mutação MDR1 nt230(del4) foi analisada em vinte cães Collie, utilizando reação em cadeia de polimerase (PCR). A identificação foi realizada por eletroforese em gel de poliacrilamida de alta resolução, sendo o resultado confirmado por análise de sequênciamento de DNA. Como resultado, seis cães apresentaram normalidade nos dois alelos e 14 apresentaram heterozigose para a mutação. Estes animais foram submetidos à segunda fase do experimento, quando se administrou uma dose única de 100 mg de tramadol oral de liberação prolongada (SR), objetivando investigar o tramadol como sendo substrato da P-gp. Outro objetivo foi avaliar a farmacocinética deste tipo de formulação, pois ainda não foi estabelecida para cães. A análise farmacocinética do tramadol foi realizada utilizando cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detecção por espectrometria de massas para a determinação e quantificação de tramadol no soro canino. O analito e o padrão interno foram extraídos do soro por método líquido-líquido. A separação cromatográfica foi obtida a partir de uma coluna analítica C18, mantida a 30°C, sob condições isocráticas de uma fase móvel constituída por uma mistura de acetonitrila e ácido fórmico a 0,1% (80:20). A concentração de tramadol no soro foi maior do que o limite de quantificação (LOQ), em 17 cães. Os cães foram divididos em dois grupos, cães normais (MDR1 +/+) e heterozigotos (MDR1 +/-). Os cálculos farmacocinéticos para o tramadol oral SR obtiveram valores médios de concentração máxima no soro (Cmax) de 63,12 ng/mL ± 33,35 para o grupo normal e 58,00 ng/mL ± 27,29 para o grupo heterozigoto. Tmax (tempo de concentração plasmática maxima) foi de 4 h para ambos os grupos e t ½ (meia-vida) foram 2,85 h ± 1,61 e 2,81 ± 1,46 h para os cães normais e heterozigotos, respectivamente. A área sob a curva (AUC) média para o tramadol oral SR para o grupo normal e heterozigoto foram 350,20 ± 216,61 e 312,15 ± 155,43 ng.h/mL, respectivamente. A biodisponibilidade foi de 22% e 23% para os cães normais e heterozigotos, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os grupos em todos os parâmetros farmacocinéticos. Os resultados sugerem que o tramadol não é um substrato da Pgp. A quantidade de dados farmacocinéticos do tramadol oral na formulação de liberação prolongada (SR) em cães é escassa, sendo necessários mais estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos para o tramadol oral de liberação prolongada em cães para estabelecer adequada dose e frequência de administração em cães. / The P-glycoprotein (P-gp) is a transmembrane multidrug transporter, product of the MDR1 (ABCB1) gene. P-gp contributes to the barrier function of several tissues and organs, acting as an efflux pump for many substrates. Decreased expression of this protein is associated with sensitivity to drugs. Collie dogs have a high incidence of a mutation in MDR1 gene, denominated MDR1 nt230 (del4). In homozygosis, this mutation results in the total absence of a functional P-gp and a heterozygote animal presents a greater sensibility to P-gp substrates, probably due to a decrease in the expression thereof. Some opioid drugs such as morphine and methadone were identified as P-gp substrates. Tramadol is one of the most commonly opioid used in dogs. In the present work MDR1nt230 (del4) mutation was analyzed in 20 healthy Collie dogs using allele-specific polymerase chain reaction (PCR) method. Thereby, 6 homozygous intact and 14 heterozygous mutated MDR1 genotypes can be differentiated by high resolution polyacrylamide gel electrophoresis, confirmed by DNA sequence analysis. These animals underwent the second phase of the experiment, when a single oral administration of 100 mg of sustained release (SR) tramadol was administrated to investigate the tramadol as P-gp substrate. In addition, another aim was evaluate the pharmacokinetics of sustained release formulation, which has not been established for dogs. Pharmacokinetic analysis of tramadol was evaluated using high performance liquid chromatography (HPLC) with tandem mass spectrometry for determination and quantification of tramadol in canine serum. The analyte and internal standard (IS) were extracted from serum using liquid-liquid method. Chromatographic separation was achieved on a C18 analytical column, kept at 30°C, under isocratic conditions of a mobile phase consisted by a mixture of acetonitrile and water contained 0,1% formic acid (80:20). Serum tramadol concentration was greater than the limit of quantification (LOQ) in 17 dogs. The dogs were divided into two groups, normal dogs (MDR1 +/+) and heterozygous (MDR1 +/-) according to the MDR1 genotype. The median values of maximum serum concentration (Cmax) were 63.13 ng/mL ± 33.35 for the normal group and 58.01 ng/mL ± 27.29 for the heterozygous group. Tmax (time to maximum serum concentration) was 4 h for both groups and t ½ (half-life) were 2,85h ± 1,61 e 2,81h ± 1,46 for normal and heterozygous dogs, respectively. The mean area-under-the-curve (AUC) values for the sustained release tramadol compounds for the normal and heterozygous group were 350,20 ±216,61 and 312,15 ± 155,43 ng.h/mL, respectively. The bioavailability was 22% and 23% for normal and heterozygous dogs respectively. There was no statistic difference between groups in all pharmacokinetics parameters. The findings suggest that tramadol is not a P-gp substrate. The amount of pharmacokinetics data of SR formulation of tramadol in dogs is sparse. Therefore, more studies of oral SR tramadol in dogs are needed to establish appropriate dose and frequency of administration in dogs.
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Polimorfismos de enzimas de fase 1 e 2 do metabolismo de drogas em pacientes portadores de linfoma difuso de grandes células B / Polymorphisms of phase 1 and 2 enzymes of drugs metabolism in patients with diffuse large B cell lymphoma

Souza, Pamela Oliveira de 27 June 2011 (has links)
Para avaliar a influência dos polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do CYP2B6, CYP3A5, GSTM1, GSTP1, GSTT1, PON1, NQO1 e MDR1 na resposta ao tratamento com R-CHOP e CHOP, 82 pacientes com Linfoma Difuso de Grandes Células B, sem evidências de infecção por HIV, foram selecionados nesse estudo. Amostras de sangue periférico foram coletadas para extração de DNA. Os SNPs foram analisados por PCR-RFLP. Em relação aos pacientes que apresentaram resposta completa (RC) ao tratamento (70%), 51% foram tratados com R-CHOP. Sobre o tratamento, 50% dos pacientes com RC apresentaram classificação de ECOG 0-1 (p=0,0193) e a maioria desses pacientes (41%) não apresentaram envolvimento extranodal (p=0,0377). Não houve associação entre os SNPs do CYP2B6, CYP3A5, GSTT1, NQO1 e MDR1 (C3435T) e as variáveis estudadas. Apenas CYP3A5 (sexo p=0,0519), GSTM1 (idade p=0,016; tratamento p=0,0372), GSTP1 (envolvimento extranodal p=0,0307), PON1 (sintomas B p=0,0201; Bulky p=0,0148) e MDR1 C1236T (sexo p=0,0316) mostraram associação. Em relação à sobrevida global, apenas tratamento (p=0,0129), IPI (p=0,000342), idade (p=0,0155), estadiamento (p=0,00281) e ECOG (p=0,00869) apresentaram resultados significantes. Quanto à sobrevida livre de doença (SLD), apenas idade (p=0,0292), estadiamento (p=0,0402) e ECOG (p=0,0142) apresentaram resultados significantes / To evaluated the influence of single nucleotide polymorphisms (SNPs) of CYP2B6, CYP3A5, GSTM1, GSTP1, GSTT1, PON1, NQO1 and MDR1 in the treatment response with R-CHOP and CHOP, 82 patients with Diffuse Large B-cell Lymphoma, without evidence of HIV infection, were enrolled in this study. Peripheral blood samples were collected for DNA extraction. The SNPs were analyzed by PCR-RFLP. In relation the patients that showed complete response (CR) to the treatment (70%), 51% were treated with R-CHOP. About the treatment, 50% of the patients with CR showed ECOG classification of 0-1 and the most of these patients (41%) did not showed extranodal involvement (p=0,0377). There was no association between CYP2B6, CYP3A5, GSTT1, NQO1 and MDR1 (C3435T) SNPs and the variables studied. Only CYP3A5 (gender p=0,0519), GSTM1 (age p=0,016; treatment p=0,0372), GSTP1 (extranodal involvement p=0,0307), PON1 (B symptoms p=0,0201; Bulky p=0,0148) e MDR1 C1236T (gender p=0,0316) showed association. In relation to overall survival, only treatment (p=0,0129), IPI (p=0,000342), age (p=0,0155), stadiament (p=0,00281) and ECOG (p=0,00869) showed significant results. To disease-free survival, only age (p=0,0292), stadiament (p=0,0402) e ECOG (p=0,0142) showed significant results
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Reanimador manual: quando trocar no mesmo paciente

Gomes, Giselle Pinheiro Lima Aires 31 March 2016 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2016-11-09T14:03:31Z No. of bitstreams: 2 Tese - Giselle Pinheiro Lima Aires Gomes - 2016.pdf: 3158182 bytes, checksum: ba9d36d200045df31c0cbd0972cc94a2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2016-11-10T17:49:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Giselle Pinheiro Lima Aires Gomes - 2016.pdf: 3158182 bytes, checksum: ba9d36d200045df31c0cbd0972cc94a2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-10T17:49:41Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Giselle Pinheiro Lima Aires Gomes - 2016.pdf: 3158182 bytes, checksum: ba9d36d200045df31c0cbd0972cc94a2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-03-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / INTRODUCTION: The manual resuscitator is a widely used respiratory assist device that has been reported to be a reservoir and a source of contamination from various microorganisms. At present, there is no criteria to replacement of manual resuscitator when it is in successive use in the same patient. AIM: To evaluate the safest amount of time the manual resuscitator can be successively used in the same patient. METHODS: An open, prospective cohort study was conducted from October to November, 2014 using 30 patient connector valves from manual resuscitator devices obtained from Intensive Care Units of a general hospital located in a region north of Brazil. The samples were collected through swab friction on the manual resuscitator that was used by the same patient, at zero (ready use), 24 and 48 hours. Bacterial identification and antibiotic susceptibility were performed automatically (Vitek 2 Compact®). RESULTS: Of the 30 resuscitators evaluated, 20 (66.6%) were found to be contaminated. There was a significant difference between the microbial load on the manual resuscitators in use at zero and 24 hours (p = 0.03). Associated risk factors for the contamination of manual resuscitators identified were frequency and time of use. The presence of visible soil was not detected on 19 manual resuscitators in use, however, 95.0% were contaminated. The number of microorganisms isolated at zero, 24 and 48 hours were five, 11 and 24, respectively. Thirteen devices were contaminated with two or more bacterial species. Of the Gram-positive cocci, 38.9% (n = 18) were methicillin-resistant Staphylococcus aureus and 11.1% were methicillin-resistant coagulase-negative Staphylococcus, all were constitutive MLSB resistant. Of the Gram-negative rods (n = 36), Acinetobacter baumannii (36.1%), Pseudomonas aeruginosa (19.4%), Serratia marcescens (22.2%) and Proteus spp. (8.3%) dominated. Over 50% of these were resistant to carbapenems, second, third and fourth cephalosporins generations, and ampicillin/sulbactam. CONCLUSION: Manual resuscitators in successive use in the same patient were contaminated even in the absence of visible dirt. Multi- and extensively-resistant bacteria of clinical importance were also detected. Frequency and time of use were identified as risk factors in the contamination of manual resuscitators. The longer the time of use, the greater the number of contaminated resuscitators and bacterial species isolated. These results point to failures in reprocessing, and therefore highlights the importance of having thorough discussions among regulators about the recommendations for the reprocessing of semi-critical medical devices, especially, those for ventilatory assistance. Furthermore, the results highlight the need to replace manual resuscitators every 24 hours after use as a strategy for infection control and to minimize the risk of re-colonization or -infection of the respiratory tract. / INTRODUÇÃO: O reanimador manual é um dispositivo de assistência respiratória amplamente utilizado que tem sido reportado como reservatório e fonte de contaminação por diversos micro-organismos, e ainda não apresenta critérios definidos para a troca quando em uso sucessivo no mesmo paciente. OBJETIVO: Avaliar o tempo de uso seguro do reanimador manual em uso sucessivo no mesmo paciente. MÉTODO: Trata-se de uma coorte aberta prospectiva, realizada de outubro a novembro de 2014 em 30 válvulas do reanimador manual (conector do paciente) em Unidades de Tratamento Intensivo de um hospital geral da região Norte do Brasil. As amostras foram coletadas por meio de fricção de swab em reanimador manual em uso no mesmo paciente nos tempos zero (pronto uso), 24 e 48 horas. A identificação bacteriana e o antibiograma foram automatizados (Vitek 2 Compact®). RESULTADOS: Dos 30 reanimadores avaliados, 20 (66,6%) estavam contaminados. A carga microbiana entre os tempos zero e 24h de uso dos reanimadores manuais apresentou diferença estatística significativa (p=0,03). A frequência e o tempo de uso foram identificados como fatores de risco associados para a contaminação de reanimadores manuais em uso. Dos 19 reanimadores manuais avaliados como visivelmente limpos, 95,0% apresentaram contaminados. Foram isolados cinco, 11 e 24 tipos de micro-organismos nos tempos zero, 24 e 48 horas respectivamente. Treze dispositivos estavam contaminados por duas ou mais espécies bacterianas. Dentre os cocos gram-positivos (n=18), 38,9% eram Staphylococcus aureus resistentes à meticilina e 11,1% Staphylococcus coagulase negativos resistentes à meticilina, todos com resistência constitutiva ao grupo MLSB. Dentre os bastonetes gram-negativos (n=36), predominaram Acinetobacter baumannii (36,1%), Pseudomonas aeruginosa (19,4%), Serratia marcescens (22,2%) e Proteus spp. (8,3%). Mais de 50% destes apresentaram resistência aos carbapenens, cefalosporinas de segunda, terceira e quarta gerações, e ampicilina/sulbactam. CONCLUSÃO: Os reanimadores manuais em uso sucessivo no mesmo paciente estavam contaminados, mesmo na ausência de sujidade visível, sendo o tempo e a frequência de uso do dispositivo fatores de risco identificados. Bactérias multirresistentes e extensivamente resistentes de importância clínica foram detectadas. Quanto maior o tempo de uso, maior o número de reanimadores contaminados e de espécies bacterianas isoladas. Os resultados apontam para falhas no processamento, e indicam necessidade de discussão entre os órgãos regulamentadores sobre a recomendação para o processamento de produtos para a saúde semicríticos, em especial, os de assistência ventilatória e demonstram ainda a necessidade de troca do reanimador manual a cada 24 horas de uso, como estratégia primária para minimizar o risco de (re)colonização que poderá resultar em infecção do trato respiratório.
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Polimorfismos de enzimas de fase 1 e 2 do metabolismo de drogas em pacientes portadores de linfoma difuso de grandes células B / Polymorphisms of phase 1 and 2 enzymes of drugs metabolism in patients with diffuse large B cell lymphoma

Pamela Oliveira de Souza 27 June 2011 (has links)
Para avaliar a influência dos polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do CYP2B6, CYP3A5, GSTM1, GSTP1, GSTT1, PON1, NQO1 e MDR1 na resposta ao tratamento com R-CHOP e CHOP, 82 pacientes com Linfoma Difuso de Grandes Células B, sem evidências de infecção por HIV, foram selecionados nesse estudo. Amostras de sangue periférico foram coletadas para extração de DNA. Os SNPs foram analisados por PCR-RFLP. Em relação aos pacientes que apresentaram resposta completa (RC) ao tratamento (70%), 51% foram tratados com R-CHOP. Sobre o tratamento, 50% dos pacientes com RC apresentaram classificação de ECOG 0-1 (p=0,0193) e a maioria desses pacientes (41%) não apresentaram envolvimento extranodal (p=0,0377). Não houve associação entre os SNPs do CYP2B6, CYP3A5, GSTT1, NQO1 e MDR1 (C3435T) e as variáveis estudadas. Apenas CYP3A5 (sexo p=0,0519), GSTM1 (idade p=0,016; tratamento p=0,0372), GSTP1 (envolvimento extranodal p=0,0307), PON1 (sintomas B p=0,0201; Bulky p=0,0148) e MDR1 C1236T (sexo p=0,0316) mostraram associação. Em relação à sobrevida global, apenas tratamento (p=0,0129), IPI (p=0,000342), idade (p=0,0155), estadiamento (p=0,00281) e ECOG (p=0,00869) apresentaram resultados significantes. Quanto à sobrevida livre de doença (SLD), apenas idade (p=0,0292), estadiamento (p=0,0402) e ECOG (p=0,0142) apresentaram resultados significantes / To evaluated the influence of single nucleotide polymorphisms (SNPs) of CYP2B6, CYP3A5, GSTM1, GSTP1, GSTT1, PON1, NQO1 and MDR1 in the treatment response with R-CHOP and CHOP, 82 patients with Diffuse Large B-cell Lymphoma, without evidence of HIV infection, were enrolled in this study. Peripheral blood samples were collected for DNA extraction. The SNPs were analyzed by PCR-RFLP. In relation the patients that showed complete response (CR) to the treatment (70%), 51% were treated with R-CHOP. About the treatment, 50% of the patients with CR showed ECOG classification of 0-1 and the most of these patients (41%) did not showed extranodal involvement (p=0,0377). There was no association between CYP2B6, CYP3A5, GSTT1, NQO1 and MDR1 (C3435T) SNPs and the variables studied. Only CYP3A5 (gender p=0,0519), GSTM1 (age p=0,016; treatment p=0,0372), GSTP1 (extranodal involvement p=0,0307), PON1 (B symptoms p=0,0201; Bulky p=0,0148) e MDR1 C1236T (gender p=0,0316) showed association. In relation to overall survival, only treatment (p=0,0129), IPI (p=0,000342), age (p=0,0155), stadiament (p=0,00281) and ECOG (p=0,00869) showed significant results. To disease-free survival, only age (p=0,0292), stadiament (p=0,0402) e ECOG (p=0,0142) showed significant results
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Expression of multidrug resistance genes and proteins and effect of selenite in anthracycline-resistant human tumor cell lines /

Jönsson Videsäter, Kerstin, January 2004 (has links)
Diss. (sammanfattning) Stockholm : Karol. inst., 2004. / Härtill 5 uppsatser.

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