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401

Enxames de diques máficos do setor sul do Cráton do São Francisco - MG / Not available.

Alexandre de Oliveira Chaves 19 June 2001 (has links)
O mapeamento geológico e as investigações petrográficas, geoquímicas e geocronológico/isotópicas aqui desenvolvidas, integradas aos dados disponíveis na literatura, permitiram distinguir, numa área da ordem de 30.000\'Km POT.2\' do setor sul do Cráton do São Francisco, seis manifestações de magmatismo básico na forma de enxames de diques. Registrando importantes eventos geológicos regionais, os enxames, nomeados E1, E2, E3, E4, E5 e E6, guardam características geoquímico/isotópicas bem definidas, apesar das inúmeras similaridades entre seus corpos em escala de afloramento. Com algumas exceções, mostram texturas ígneas subofíticas a intergranulares e uma seqüência de cristalização com augitas e plagioclásios como minerais primários, seguida de opacos, apatita, quartzo e, às vezes, biotita, olivina ou titanita. Feições de saussuritização e uralitização são bastante freqüentes. Diques anfibolíticos, com coronas de granada metamórfica, aparecem no enxame E3. O mais antigo \"enxame\" de diques máficos, E1 (neoarqueano), está representado basicamente por dois corpos dentro da área investigada, na sua porção extremo-sul, cruzando gnaisses-migmatíticos do Complexo Campo Belo. Eles preservam texturas ígneas granulares hipidiomórficas a intergranulares. Com cerca de 50 Km cada, apresentam direção NW e, em termos geoquímicos, variam de toleítos a andesitos basálticos, com os maiores valores de Mg# (55 a 75), indicando magmas pouco fracionados, dentre os enxames estudados. O padrão de elementos terras-raras (ETR) mostra um pronunciado fracionamento das leves (ETRL) em relação às pesadas (ETRP), com anomalias negativas de Eu. Diques cogenéticos aos E1, na região adjacente de Lavras, foram datados em 2658 \'+OU-\' 44 Ma (SM-Nd) por Pinese (1997), tendo ele deduzido que, praticamente isentos de contaminação crustal, se originaram de fonte mantélica enriquecida nas razões Rb/Sr e empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'\'IND Nd\'(2,65 Ga) variam de -1,5 a -2,1 para os diques menos evoluídos (\'T IND.DM\' 2,80-2,86 Ga) e de +1,6 a +2,5 para os mais evoluídos (\'T IND.DM\' 2,17-2,24 Ga). Provavelmente, os diques E1 e os básicos-noríticos de Pinese (op. cit.), ambos do mesmo enxame, registram as fases finais do envento Rio das Velhas. Sem dados isotópicos, o enxame E2 mostra seus corpos cortando gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim e as litologias do Supergrupo Rio das Velhas, com largura entre 10-50m e comprimento entre 20-100Km. O fato de que os diques E2 não cruzam litologias do Supergrupo Minas e aparentemente cortam os diques arqueanos E1 sugere a especulação de que os mesmos teriam irradiado para NW, W e SW a partir de uma fonte situada à leste da área, nas imediações do Quadrilátero Ferrífero, e corresponderiam ao registro do evento extensivo gerador da bacia sedimentar que teria recebido os sedimentos do Supergrupo Minas, na transição Arqueano-Paleoproterozóico. Seus valores de Mg#(40-60) indicam magmas mais fracionados que dos E1. Variam também de toleítos a andesitos basálticos em termos geoquímicos e mostram um enriquecimento geral de ETR, com discretas anomalias negativas de Eu. O terceiro enxame, E3, com corpos de direção predominante NNW, mostra sua evolução relacionada ao desenvolvimento de zonas de cisalhamento transcorrente transamazônicas (ZCT), ou seja, seus diques intrudiram sintectonicamente nas porções transtensionais das mesmas. Após a consolidação magmática, foram metamorfisados em função da continuidade dos movimentos horizontais ao longo das ZCT. Essa deformação teria originado texturas metamórficas blasto-subofiticas a granoblásticas/nematoblásticas e as \"sheared margins\" observadas na maioria dos diques E3. Alguns poucos diques se preservaram do metamorfismo, guardando a textura ígnea subofitica, e foram datados pelo método Rb-Sr em 2189 \'+OU-\' 45 Ma (razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 SR\' de 0,702027, indicando fonte mantélica, e MSWD 0,96), idade que marca o início da deformação transamazônica regional. Os diques deste enxame cortam tanto gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, como também as litologias do Supegrupo Rio das Velhas. Constituem discretos lineamentos ao longo de centenas de metros a poucas dezenas de quilômetros e têm larguras que vão de 2m a cerca de 80m, com média de 30m. São certamente cortados por diques E4 e E5, mais recentes. A respeito da mobilidade de elementos químicos em processos metamórfico-hidrotermais, ficou evidenciado, com base em diagramas MPR, que houve mobilização parcial somente de K e Na durante os processos metamórficos que atingiram os E3. Geoquimicamente, são basaltos toleíticos com Mg# entre 35-55, ligeiramente mais evoluídos que os enxames E1 e E2 em termos do fracionamento magmático. Mostram altas razões Zr/Nb e baixas razões Zr/Y em comparação aos demais enxames da área investigada e discreto fracionamento de ETR, com anomalias negativas de Eu e a menor razão \'(La/Yb) IND.N\' dentre todos os enxames (entre 1,06-3,48). Quanto às características isotópicas da fonte dos E3, aparentemente isenta de processos de assimilação crustal, é enriquecida nas razões Rb/Sr e Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.ND\' (2,2 Ga) variam de -0,5 a -1,0 e os de \'T IND.DM\' encontram-se entre 2.65 e 3.08 Ga. O mais expressivo enxame em termos de dimensões e número de diques é o E4. Com direções N50-60W, são lineamentos que se destacam em imagens de satélite e mapas aeromagnéticos. Alguns diques alcançam 150 Km de comprimento em afloramento e se prolongam por sob a cobertura Bambuí. Cortam gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, as litologias dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas e os diques dos enxames E1, E2 e E3. O material dos diques tem feições de diabásios, sendo os de granulação mais grossa dentre os enxames investigados. Alguns corpos são porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio de até 15 cm na maior dimensão e outros guardam diferenciados félsicos em seu interior. A textura ígnea predominante é a subofitica. Sua intrusão parece ter havido por fraturamento magmático, dada a inexistência de zonas de fraqueza pré-existentes de direções N50-60W, causado por uma possível pluma mantélica situada à noroeste do setor sul do Cráton, um fenômeno geológico que permite explicar o fluxo magmático horizontal de NW para Se, registrado por feições de contato com a encaixante, orientação dos fenocristais de plagioclásio na mesma direção dos diques e dados preliminares de anisotropia da susceptibilidade magnética. Os E4 constituem-se basicamente de andesitos basálticos (raros diques mostram tendência alcalina). Com relação à norma CIPW, são quartzo-toleítos como os demais enxames. Os valores de Mg# situam-se entre 25 e 55, apontando magmas bastante evoluídos, e mostram fracionamento de ETR, com as mais pronunciadas anomalias negativas de Eu (Eu/Eu* 0,64-0,85) dentre os enxames investigados. Os E4 foram datados pelo método Rb-Sr em 1740 \'+OU-\' 54 Ma, com razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' de 0,70562 \'+OU-\' 0,00092 (MSWD 1,3). Esse valor corrobora com a idade de 1714 \'+OU-\' 5 Ma encontrada por Silva et al. (1995) pelo método U-Pb para rocha similar dentro da área investigada e marca localmente a ampla Tafrogênese Estateriana responsável pela fissão da massa continental paleoproterozóica pré-existente, designada Atlântica. O elevado valor da razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 SR\' é atribuído a processos de assimilação crustal sofridos pelos E4. Sua fonte é enriquecida nas razões Rb/Sr e levemente empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.Nd\'(1,7 Ga) levemente negativos, entre -0,2 e -2,5, parecem indicar que o magma dos E4 sofreu algum grau de residência crustal e, sendo eles próximos a zero (-0,2), apontariam para uma fonte pouco diferenciada, ou seja, a referida pluma mantélica. Seu \'T IND.DM\' encontra-se entre 2,13-2,58 Ga. Outra geração de diques proterozóicos, porém de direções N60-70E, cruza a porção sul do Cráton, alguns com mais de 100 Km de extensão. Pertencem ao enxame E5 e cruzam gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, as litologias dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas e os diques dos enxames E2, E3 e E4. Preservam a textura ígnea ofitica a intergranular em tipos de granulação média a fina. Tipos porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio de até 5cm, são também encontrados. Amostras isotopicamente similares, oriundas dos E5 e da região adjacente do Espinhaço Meridional (NE da área investigada), produziram uma isócrona Sm-Nd de 984 \'+OU-\' 110 Ma (razão inicial \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT.144 ND\' de 0,511355, típica de fonte mantélica, e MSWD 1,8). A afinidade temporal dos diques e sills de 906 \'+OU-\' 2 Ma (U-Pb, Machado et al., 1989) do Espinhaço Meridional reforça a idéia de que eles sejam cogenéticos aos E5, sendo todos eles marcadores locais da Tafrogênese Toniana, que registra a quebra do supercontinente Mesoproterozóico pré-existente, denominado Rodínia. Os E5 teriam irradiado para SW na área investigada a partir de pluma mantélica, proposta por Correa-Gomes & Oliveira (1997) na interfácie Brasil-África, há 1,0 Ga. Geoquimicamente, os E5 correspondem a basaltos toleíticos (Mg# entre 35 e 45 e mostram os maiores índices defracionamento de ETR [\'(La/Yb) IND.N\' 9,93-15,59] e razões Zr/Y dentre todos os enxames. É o único com anomalias positivas de Eu, similares às dos diques do Espinhaço Meridional. Isotopicamente, sua fonte é enriquecida nas razões Rb/Sr e levemente empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.ND\'(0,9 Ga), entre -0,3 e -1,0, parecem indicar que o magma gerador dos E5 sofreu algum grau de residência crustal e, sendo próximos a zero, apontariam para a fonte - pluma - quase condrítica. Idades modelo (\'T IND.DM\') para os E5 estão entre 1,44-1,62 Ga. Os diques E5 não cortam o Grupo Bambuí, o que limita a sua deposição em ~0,9-1,0 Ga. O \"enxame\" E6 mostra dois diques, com direções aproximadas E-W e largura máxima de 10m, cuja rocha tem granulação muito fina, quase vítrea, e coloração negra. Eles são inferidos como mesozóicos, ou seja, representantes da quebra do Gondwana, por se apresentarem quimicamente similares a diques do Espinhaço Meridional e Lavras, de 120-220 Ma (K-Ar, Dussin, 1994; Silva et al., 1995; Pinese, 1997). São andesitos com Mg# entre 20-30, os mais evoluídos dentre os enxames, de acordo com este parâmetro. Mostram um maior fracionamento de ETRL em relação às ETRP, com anomalias negativas de Eu. Os enxames derivam de fontes mantélicas distintas, dadas as suas marcantes diferenças das razões Zr/Nb, Zr/Y, Zr/Sr, \'(La/Yb) IND.N\' e Eu/Eu* e dos referidos parâmetros petrológicos dos isótopos de Sr e Nd. / Supported by unpublished geological mapping and petrographic, geochemical and geochronological/isotopic data, compared and unified with those available from the literature, this research allowed the characterization of six basic magmatic episodes, occurring as dyke swarms in an area about 30.000 Km² in the southern part of the São Francisco Craton. Recording important regional geological events, the swarms E1, E2, E3, E4, E5 and E6 keep well defined geochemical/isotopic characteristics, despite dyke similarities in outcroup scale. The most of them shows subophitic to intergranular igneous textures and a crystallization sequence with augite and plagioclase as primary minerals, followed by opaque minerals, apatite, quartz and sometimes olivine, biotite or sphene. Saussuritization/uralitization processes are quite frequent. Several dykes of the swarm E3, with amphibole and garnet, have been subject to a metamorphic event of the high amphibolite facies. The oldest \"swarm\", E1, is represented so far, within mapped area, by two bodies outcropping in the southern part of the investigated region crosscutting migmatitic gneisses of the Campo Belo Complex. Each of them, outcrops along about 50 Km striking NW. At least one of them preserves intergranular igneous texture. Geochemically, they show close relationship to petrographic types oscillating between tholeiites and basaltic andesites. They have the highest Mg# (from 55 up to 75) among all the analized material, indicating poor fractional basic magmas. Its rare earth element (REE) patterns, with negative Eu anomalies, display a clear fractionation of the LREE as compared with that of the heavy ones (HREE). Cogenetic dykes, outcropping in the Lavras adjacent area, and dated by Pinese (1997), show de age 2.658 \'+ OU -\' 44 Ma (Sm-Nd). The same Author has found that they do not show any significant crustal contamination, and originated from a mantle source with high Rb/Sr values and low Sm/Nd values as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon\'Nd (2.65 Ga) values ranging from -2.1 up to -1.5 for the less evolved dykes (\'T IND. DM\' 2.80 -2.86 Ga) and from +1.6 up to +2.5 for the more evolved ones (\'T IND. DM\' 2.17-2.24 Ga). It can be expeted that the dykes E1 and the basic-noritic ones studied by Pinese (1997), belonging to the same swarm, record the final phases of the Rio das Velhas event. The dyke swarm E2 is represented by bodies crosscutting granitoids and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes and the Rio das Velhas Supergroup as well. They show outcropping widths ranging from 10 up to 50m and lengths ranging from 20 up to 100Km. The dykes E2 do not crosscut the Minas Supergroup, dated about 2.5 Ga. However they intersect the late archean dykes E1 dated about 2.65 Ga, suggesting that the dykes of this swarm may record an extension event which led to the opening of the basin that received the Minas Supergroup sediments, in the transition Archean-Paleoproterozoic. Irradiating to NW, W and SW, it is assumed that they originated from a source located to the east of the area, in the vicinity of the Quadrilátero Ferrífero. Its Mg # (from 40 up to 60) indicate more fractional magmas when compared with those from the dykes E1. Even so the dykes E2 show geochemical signatures ranging between tholeiites and basaltic andesites as well. Its REE patterns, with slight negative Eu anomalies, show an general enrichment in these elements. Unfortunately from this dykes the geocronological/isotopic data are not yet available. The bodies of dyke swarm E3, outcropping predominantly according to the NNW trend, show a close relationship to the development of transamazonic transcurrent shear zones (TSZ). In other words, these dykes have been syntectonic emplaced in the transtensional portions of the TSZ. Soon after the magmatic, consolidation, the dykes have been metamorphosed in the amphibolite facies following the horizontal displacements of the TSZ. This deformation originated both the blasto-subophitic to granoblastic metamorphic textures in the inner parts of these dykes and nematoblastic ones at the border (sheared margins). Luckily, among all these metamorphic dykes, the autor found two bodies, keeping the initial subophitic igneous texture, which did not undergo metamorphism. The Rb-Sr isochronic age of these dykes is 2.189 \'+ OU -\' 45 Ma (MSWD 0.96). The \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' initial ratio 0.702027 indicates a mantle source. This age marks the beginning of the regional transamazonic orogenetic phase. The dykes of this swarm cut granitoids and migmatitic and gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, and the Rio das Velhas Supergroup as well. They appear as pinch and swell like alignments whose outcroup lengths range from hundreds of meters up to few dozens of kilometers, and the outcrop widths change from 2m up to 80m (average 30m). They are certainly cut by the more recent dykes of the swarms E4 and E5. Geochemically the MPR diagrams have shown that there was only partial K and Na mobilization during the metamorphic processes affecting the dykes of the swarm E3. These tholeiitic basalts dykes, with Mg # ranging between 35 and 55, are slightly more evolved than those ones belonging to the swarms E1 and E2. They show high Zr/Nb values, low Zr/Y values and slight REE fractionation, with negative Eu anomalies and the smallest \'(La/Yb) IND. N\' ratio values among all the studied swarms. The isotopic characteristics of the E3 source, apparently without crustal assimilation, show enrichment in the Rb/Sr and Sm/Nd ratios as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon\'Nd (2.2 Ga) values range from -1.0 up to -0.5 and \'T IND. DM\' ages are 2.65-3.08 Ga. The E4 is the most expressive swarm both in dimensions and number of dykes. Striking N50-60W the dykes alignments stand out in satellite images and aeromagnetic maps. Some of these dykes are up to 150 Km long in outcrop and continue under the Bambuí cover as revealed by the aeromagnetic surveying. They cut granitoids and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, the Rio das Velhas and Minas Supergroups and the dykes of the swarms E1, E2 and E3 as well. The dyke material has diabase features and is coarse grained. The grain size is the greatest one among all the investigated swarms. Some bodies are porphyritic, with plagioclase phenocrysts whose length goes up to 15 cm in the largest dimension. The more thicker (up to 100m) becomes the dyke the more likely are the chances to find more felsic remnants differentiated inside of it. The predominant igneous texture is subophitic. Lacking weakness zones striking N50-60W preceding the intrusion, one constrained to think of a magmatic fracturing beginning just before the emplacement of the molten basic material. That could be induced by a possible mantle plume located northwesterly outside the southern part of the Craton. Such a magmatic fracturing would explain the horizontal magmatic flow, from NW to SE, recorded by small scale attributes near the contact with the country-rocks, orientation of the plagioclase phenocrysts in the same trend of the dykes, and by geochemical evolution along a dyke E4 from NW to SE. Preliminary unplubished data of anisotropy of magnetic susceptibility, showing the ellipsoid main axis parallel to the strike, lead to the same conclusion. The dykes of the swarm E4 are made basically of basaltic andesites. However, although seldom, some dykes show alkaline trend. According to the CIPW norm, the dykes basic material match well with quartz-tholeiites as it appears with the basic material of the other swarms as well. Their Mg #, ranging from 25 up to 55, point out to quite evolved magmas. They show REE fractionation, with the most sharp negative Eu anomalies (Eu/Eu* 0.64-0.85) among the studied basic material of all swarms. The Rb/Sr age of the E4 basic material is 1.740 \'+ OU -\' 54 Ma, with \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' initial ratio of 0.70562 \'+ OU -\'0.00092 and MSWD 1.3. This age is very similar to the U-Pb age of 1.714 \'+ OU -\' 5 Ma got by Silva et al. (1995) for similar rock material sampled inside of the investigated area. The swarm E4 singles out locally the world-wide Staterian Taphrogenesis accounting for the fission of the preexistent paleoproterozoic continental mass, designated Atlantic. The high value of the \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' initial ratio is attributed to crustal assimilation suffered by the E4 dykes, ratified at \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' versus 1/Sr two-component mixing diagram. The \'\'épsilon\' IND. Nd\' (1,7 Ga) values slightly negative, -0,2 to -2,5, also seem to indicate that the E4 magma suffered some degree of crustal residence. The longer was the crustal residence time of the molten basic material the greater was its crustal assimilation. The \'\'épsilon\' IND. Nd\'(1,7 Ga) value -0,2 means smaller assimilation and a magma composition closer to that of the material leaving the plume. The \'T IND. DM\' ages range from 2.13 up to 2.58 Ga. Another Proterozoic group of dykes striking N60-70E cross through the southern part of the Craton. They represent dyke swarm E5. Some of them crop out by more than 100 Km length. The dykes cut both granitoides and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, the Rio das Velhas and Minas Supergroups and the dykes of the older swarms E2, E3 and E4 as well. Preserving ophitic to intergranular igneous structures, they are medium to fine grained. Porphyritic types, with plagioclase phenocrysts up to 5cm long, are also found. Samples, originating from dykes collected both in the E5 swarm and from those outcropping in the Southern Espinhaço adjacent region (Dussin 1997), NE of the investigated area, show strong isotopic similarities. Plotting the Sm-Nd own data along with those of Dussin (1997) a very good isochron (MSWD 1.8) was built from which the age 984 \'+ OU -\' 110 Ma was obtained. The \'ANTPOT 143 Nd\'/\'ANTPOT. 144Nd\' initial ratio value (0.511355), characterizes a mantle source. The occurrence of dykes and sills, in the Southern Espinhaço, 906 \'+ OU -\' 2 Ma (U-Pb) old according to Machado et al. (1989), seems to indicate a very strong temporal affinity between the basic material emplaced both as the E5 dykes and the above mentioned Espinhaço dykes and sills. All these are local markers of the Tonian Taphorogenesis, that registers the break of the mesoproterozoic preexistent Rodinia supercontinent. The E5 dykes, spreading out southwesterly within the investigated area, would originate from a mantle plume, 1.0 Ga old, situated in the Brazil-Africa interface proposed by Correa-Gomes & Oliveira (1997). The geochemical signature of the E5 basic material corresponds to tholeiitic basalts with Mg # ranging between 35 and 45. Among the basic material of all swarms, the E5 one shows the greatest values both for indexes of the REE fractionation [\'(La/Yb) IND. N\' ranging between 9.93 and 15.59] and for the Zr/Y ratios. Among all the studied basic material samples, only the E5 ones show positive Eu anomalies. That occurs with the neoproterozoic dykes of the Southern Espinhaço as well. Isotopicaly, its source material had high values for the Rb/Sr ratio and was slightly depleted in Sm giving its Sm/Nd ratio smaller values as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon Nd\' (0.9 Ga) values, ranging from -1.0 up to -0.3, seem to indicate that the E5 parental magma underwent some degree of crustal residence. The \'épsilon\' Nd values, close to zero, point out to a near chondritic source. The E5 model ages (\'T IND. DM\') are 1.44-1.62 Ga. As the dykes E5 do not cut the São Francisco Supremo, the sedimentation of it must be younger than that of the E5 dykes whose age is situated, as we have shown above, between 0.9 and 1.0 Ga. The dyke \"swarm\" E6 is represented so far, within mapped area, only by two dykes. Striking nearly E-W they show a maximum outcrop width of 10m. Its rock material is very. Its rock material is very fine grained, almost vitreous, and black. It is assumed that they represent Mesozoic basic material emplaced during the Gondwana break. This assumption arose because they present a chemical signature very similar to that of the dykes outcropping both in the Southern Espinhaço and Lavras regions. All these dykes, dated by K-Ar, show ages ranging between 120 and 220 Ma (Dussin, 1994; Silva et. al., 1995; Pinese, 1997). They are andesites with Mg # ranging between 20 and 30. By this parameter they correspond to the more evolved basic material collected in all the swarms. Its REE patterns, with negative Eu anomalies, show a greater LREE differentiation as compared with that of the HREE. Taking into account the outstanting differences in the ratio values of Zr/Nb, Zr/Y, Zr/Sr, \'(La/Yb) IND. N\' and Eu/Eu*, the different Sr and Nd isotope petrogenetic parameters, the geological setting, the petrographic attributes and the geochemical signatures aforementioned, disclosed in the studied dyke swarms, one is compeled to assume different mantle sources, for these different basic materials.
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Petrologia e litoquímica de rochas de paleossistemas hidrotermais oceânicos mesoproterozóicos da seqüência metavulcanossedimentar do Grupo Serra do Itaberaba, SP / Not available.

Annabel Perez-Aguilar 19 October 2001 (has links)
Os trabalhos aqui desenvolvidos tiveram como principal objetivo o estudo da petrologia e litoquímica de rochas de paleossistemas hidrotermais oceânicos mesoproterozóicos da seqüência vulcanossedimentar do Grupo Serra do Itaberaba. Dentre as rochas básicas ígneas puderam ser separados diferentes litotipos de rochas alteradas hidrotermalmente geradas a partir de rochas blastoporfiríticas de granulação grossa, rochas de granulação grossa com prismas longos de anfibólio, rochas de granulação fina a média e rochas de granulação muito fina. Dentre as rochas básicas vulcanoclásticas puderam ser separados diferentes litotipos de rochas alteradas hidrotermalmente geradas a partir de rochas de metatufos bandados, prováveis lapillistones e lapilli-tuffs, metatufos com porfiroblastos de diopsídio e rochas vulcanoclásticas com aglomerados de anfibólio. Dentre as rochas intermediáris/ácidas puderam ser separadas o grupo das rochas ígneas e vulcanoclásticas. Nestas rochas, associado ao aumento da intensidade da alteração os diferentes litotipos gerados são: incipientemente alterados, da zona de transição, menos intensamente alterados e mais intensamente alterados. Outros litotipos produzidos pelas alterações são os granada-hornblenda anfibolitos, cummingtonita-granada-clorita xistos, clorititos, rochas potassificadas e rochas carbonatizadas. Quanto aos balanços de massa, os metabasitos ígneos não alterados dentro da ZAH já mostram grandes mudanças no seu quimismo, se comparadas com as média metabasitos de fora da ZAH, destacando-se uma lixiviação da maioria dos metais traços, que vão enriquecer as demais rochas alteradas e/ou vão compor a parte metalífera dos metapelitos superpostos e as formações ferríferas. O único exemplar de uma rocha metabásica intensamente cloritizada (489a) mostra grandes enriquecimentos em Mg e também em Fe, Al e Ti e grandes empobrecimentos em Si, Na, K e Ca. A maioria das demais rochas metabásicas ígneas alteradas foram enriquecidas em Mg e Fe e foram empobrecidas em Na, K e Ca. Quanto aos demais elementos maiores observa-se comportamentos diferenciados, tendo sido enriquecidos em algumas das amostra e lixiviados em outras (Fe, Al, Ti, Mn, Si e P), sendo que não mostram grandes variações quanto ao Si. As rochas intermediárias ígneas foram, de forma geral, enriquecidas em Fe, Mg e P, foram empobrecidas em Al, Ti, K e Na e foram lixiviadas em todos os elementos traços, assim como nas REE. As concentrações de Ca, Mn, Mg e Sr diminuem com o aumento da intensidade da alteração. Os diferentes litotipos de rochas vulcanoclásticas intermediárias não mostram um comportamento tão homogêneo mas foram, de forma geral, enriquecidos em Fe, Ti, Al e P e empobrecidos em Ca, Mn e nas REE. Em todas estas rochas as concentrações de Na, Ca e Mn mostram uma tendência de diminuir com o aumento da intensidade da alteração. As rochas vulcanoclásticas carbonatizadas foram enriquecidas em Ca, Mg, K Ba, Rb, Li e U. Nos protolitos de metabásitos ígneos e nos metabasitos ígneos alterados a maioria dos valores de \'DELTA POT. 18\'O%o\', em rocha total, variam entre 5,9%o e 11,8%o, mostrando só uma amostra intensamente alterada um valor de 16,9%o. Nas rochas metaintermediárias ígneas alteradas estes valores variam entre 14,1 e 17,6%o e na maioria das rochas metaintermediárias vulcanoclásticas alteradas entre 15,3 e 17,8%o. A gênese destas rochas está vinculada com atividades hidrotermais em estruturas vulcânicas submarinas, produzidas por intrusões de rochas intermediárias, representando zonas de alteração propilítica. Ocorre também uma carbonatização muito intensa e extensa, especialmente na base das ZAH. Houve, localmente a sobreposição de processos de potassificação, carbonatização e albitização. Os produtos finais das alterações não dependem muito do protolito e sim da permeabilidade, temperatura e composição química do fluido, sendo que as alterações muito intensas geram rochas finais com mineralogias semelhantes, seja o protolito um basalto ou uma rocha intermediária. As zonas de argilização intermediária e avançada, dentro do contexto destes sistemas hidrotermais, foram responsáveis pela geração dos marunditos, rochas ricas em córindon + margarita \'+ OU -\' rutilo \'+ OU -\' muscovita \'+ OU -\' plagioclásio \'+ OU -\' turmalina. / The principal aim of this work was the petrological and lithochemical characterization of the rocks of an oceanic by hidrothermal paleosystem from the mesoproterozoic volcanosedimentary sequence of the Serra do Itaberaba Group. Within the igneous metabasites different lithotypes of hidrothermally altered rocks; could be separated including coarse-grained blastoporphyiritic rocks, coarse-grained rocks with long amphibole prisms, fine- to medium- grained rocks and very fine-grained rocks. The hydrothernally altered metavolcanoclastic basic rocks could be separated into banded metatuffs, probable lapillistones and lapilli-tuffs metatuffs with porphyroblast of diopside and volcanoclastic rocks with hornblende aggregates. The hydrothermally altered intermediate to felsic rocks can be also be separated into Diferente igneous and voIcanocastic rocks. In all these rocks, with increasing alteration the lithotypes produced are weakly altered rocks, rocks from the transitional zone, moderately altered rocks and strongly altered rocks. Other lithotypes produced by alteration are garnet-hornblende amphibolites, cummingtonite-garnet-chlorite schists, chloritites, potassified rocks and carbonated rocks. Mass balances shouwed that unaltered igneous metabasites within the hydrothermal alteration zone already show large chemical changes if compared with unaltered igneous metabasites outside this zone. This rocks were depleted in most trace metals, which are enriched in other altered rocks or form part of the overlying metalliferous metapelites and iron formations. Most of altered metabasites were enriched in Mg and Fe and were depeleted in Na, K and Ca. The other maior elements show different behaviours, being enriched in some samples and depleted in others. (Fe, Al, Ti, Mn, si e P). Si does not show, grate variations in these rocks. The only sample of an intensely cloritized metabasite e (489a) is very enriched in Mg but also in Fe, AI and Ti, and is very depleted in Si, Na, K and Ca. The intermediate igneous rocks are generally enriched in Fe, Mg and P, and depleted in AI, Ti, K, Na, tace metals and the REE. The concentrations of Ca, Mn, Mg and Sr decrease with increasing hidrothmal alteration. The different metaintermediate volcanoclastic rocks do not show such an homogeneous behaviour but, in an general way, were enriched in Fe, Ti, Al and P and depleted in Ca, Mn, and the REE. ln all these rocks the concentrations of Na, Ca and Mn tend to decrease with increasing hydrothmal alteration. Carbonated volcanoclastic intermediate rocks were enriched in Ca, Mg, K Ba, Rh, Li and U. In metabasic igneous protoliths and alterad rocks most of the \'delta POT. 18 O%o\' values, in whole rock, vary from 5,9%o to 11,8%o, shouwing only sample of a strongly altered rock a value of 16,9%o. In meta-intermtediate igneous rocks these values vary from 14,1%o to 17,6%o and in most meta-intermediate volcanoclastic rocks from 15,3%o to 17,8%o. The genesis of these rocks is vinclulated to hydrothermal (activities in submarine volcanic structures induced by the emplacement of intermediate rocks and represent zones of propilitic alteration. Extensively carbonated zones occur specially below, the principal alteration zone. Locally some of these altered rocks were later affected by potassfication carbonation and albitization processes. Final alteration products do not depend so much on the nature of protolith but more on the permeability of the rocks, the temperature, and the chemical composition of the fluid. Strong alteration generates rocks with the same mineralogy, independent of the protolith being a basic or intermediate rock. Argililitc alteration zones, within the context of these hidrothermal paleosystems, were responsible for the formation of marundites (rocks rich in corindon + margarite \'+ OU -\' rutile \'+ OU -\' muscovite \'+ OU -\' plagioclase \'+ OU -\' turmaline).
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Geologia e geoquímica da porção sul do Maciço Castelo-ES / Geology and geochemistry of the southern of the Maciço Castelo-ES

Meyer, Ana Paula [UNESP] 18 April 2017 (has links)
Submitted by ANA PAULA MEYER null (paulam@ifes.edu.br) on 2017-06-06T02:48:00Z No. of bitstreams: 1 TESE_DOUTORADO_MEYER_FINAL.pdf: 16069436 bytes, checksum: 3b1645bd7b9ec7f8fd2cf613d29783e0 (MD5) / Rejected by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo a orientação abaixo: O arquivo submetido não contém o certificado de aprovação. Corrija esta informação e realize uma nova submissão com o arquivo correto. Agradecemos a compreensão. on 2017-06-06T17:35:17Z (GMT) / Submitted by ANA PAULA MEYER null (paulam@ifes.edu.br) on 2017-06-09T02:06:10Z No. of bitstreams: 1 TESE_DOUTORADO_MEYER.pdf: 16069509 bytes, checksum: 71c0546e6052257d6fa3a829d17cb219 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-06-13T13:20:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 meyer_ap_dr_rcla.pdf: 16069509 bytes, checksum: 71c0546e6052257d6fa3a829d17cb219 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-13T13:20:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 meyer_ap_dr_rcla.pdf: 16069509 bytes, checksum: 71c0546e6052257d6fa3a829d17cb219 (MD5) Previous issue date: 2017-04-18 / O presente trabalho compreende os estudos de campo (mapeamento geológico), análises petrográficas e geoquímicas para as rochas da porção sul do Maciço Castelo (ES). O pluton Castelo é uma intrusão ígnea representante do magmatismo pós-colisional do Orógeno Araçuaí que aflora na região sul do Estado do Espírito Santo. O trabalho propõe o mapa geológico na escala de 1:50.000 para a porção sul do maciço e os resultados das análises petrográficas e geoquímicas, indicaram fontes diferentes para as rochas monzograníticas e monzodioríticas desta área. De acordo estas análises, os biotita monzogranitos são de origem crustal e os biotita- quartzo monzodioritos de origem mantélica. Os dados levantados no trabalho também demonstram evidências de mistura magmática entre as diferentes unidades mapeadas. / The present work includes the field studies (geological mapping), petrographic and geochemical analyzes for the rocks of the southern portion of the Castelo Maciço (ES). The Castelo pluton is an igneous intrusion representative of the post-collisional magmatism of the Araçuaí Orogen that emerges in the southern region of the State of Espírito Santo. The work proposes the geological map in the scale of 1: 50,000 for the southern portion of the pluton and the results of the petrographic and geochemical analysis indicated different sources for the monzogranitic and monzodioritic rocks of this area. According to these analyzes, the biotite monzogranites are of crustal origin and the biotite quartz monzodiorites of mantle origin. The data collected in the work also demonstrate evidence of magmatic mixing between the different mapped units.
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Estratigrafia de alta resolução e geoquímica orgânica da formação Tremembé, terciário da bacia de Taubaté, na região de Taubaté-Tremembé-SP. / High resolution stratigraphy and organic geochemistry of the Tremembé formation, tertiary of the Taubaté Basin, in the region of Taubaté-Tremembé-SP.

Magno de Sá Freitas 30 March 2007 (has links)
Agência Nacional do Petróleo / Este trabalho trata do estudo da estratigrafia de alta resolução e geoquímica orgânica da Formação Tremembé, na Bacia Sedimentar de Taubaté-SP, de idade cenozóica, com base nos dados de teores de Carbono Orgânico Total (COT), teores de enxofre total e Resíduo Insolúvel (RI), dados de pirólise Rock-Eval bem como dos resultados de espectrometria de raios gama. Estes dados foram obtidos a partir de amostras selecionadas de testemunhos de duas sondagens rasas, respectivamente 55,40 m (poço TMB-01-SP) e 18,02m (poço TMB-02-SP), resultantes de testemunhagem contínua ao longo do intervalo de folhelhos da Formação Tremembé. O intervalo analisado da Formação Tremembé foi dividido em nove unidades quimioestratigráficas, as quais foram correlacionadas com os dados de Pirólise Rock-Eval e com os dados de raios gama. Com base nos resultados de Pirólise Rock-Eval, verificou-se que a grande maioria da matéria orgânica da Formação Tremembé é do tipo I, que é rica em hidrogênio e pobre em oxigênio, correspondendo ao melhor tipo de matéria orgânica para a geração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos. As unidades quimioestratigráficas D e F são as que apresentam os maiores potenciais de geração de hidrocarbonetos, correspondendo aos folhelhos betuminosos papiráceos. Na seção estudada (poço TMB-SP) foram identificados cinco níveis com concentrações muitas elevadas de COT, considerando-se apenas teores acima de 20%. Desses cinco níveis, dois se destacam, por apresentarem teores de COT superiores a 30%. Considerando-se os dados de pirólise Rock-Eval, nota-se que esses dois intervalos são os que oferecem uma maior atratividade quanto ao seu potencial gerador, já que representam valores de S2 que excedem a 100mg HC/g de rocha, além de valores de IH sempre superiores a 600. / This work is about the study of the high-resolution stratigraphy and organic geochemistry of the Tremembé Formation, in the Taubaté Sedimentary Basin-SP, of Cenozoic age. This work is based on the Total Organic Carbon contents (TOC), total sulphur contents and Insoluble Residue contents (IR), Rock-Eval pyrolysis data as well as the results of gamma rays spectrometry. These data were obtained from selected samples of coring from two shallow drillings, respectively 55,40 m (borehole TMB-01-SP) and 18,02m (borehole TMB-02-SP), resulting of continuous coring throughout the shales interval of the Tremembé Formation. The analyzed interval of the Tremembé Formation was divided in nine chemostratigrafic units that were correlated with the Rock-Eval pyrolysis data and the data of gamma rays spectrometry. Based on the results of Rock-Eval pyrolysis data, was verified that the great majority of the organic matter of the Tremembé Formation is of type I, that is rich in hydrogen and poor in oxygen, corresponding to the best type of organic matter for the generation of liquid and gaseous hydrocarbons. Chemostratigrafic units D and F are the ones that present the greatest potential of generation of hydrocarbons, corresponding to the papyraceous bituminous shales. In the section studied in the borehole TMB-SP, were identified five levels with TOC contents around 20%. Of these five levels, two of them present TOC contents higher than 30%. When considering the Rock-Eval pyrolysis data, these two intervals are the most interesting ones relatively to the generating potential, since they represent values of S2 that exceed 100mm HC/g of rock, and values of IH always higher than 600.
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Idade de deposição e proveniência da Bacia do ItajaÍ – SC

Guadagnin, Felipe January 2009 (has links)
A Bacia do Itajaí é uma sequência vulcano-sedimentar limitada por falhas, depositada no antepaís do Cinturão Dom Feliciano, no Estado de Santa Catarina, Brasil. A bacia é composta por sucessões aluviais-deltaicas a plataformais sucedidas por complexos turbidíticos e depósitos de leques deltaicos, com espessura estratigráfica estimada em 4 km. A datação U-Pb em zircão de uma amostra de tufo e cinco arenitos provém uma idade deposicional máxima de 563 ± 3 Ma para as seções intermediárias e superiores da bacia, enquanto que a datação de zircões de um corpo riolítico intrusivo provém uma idade deposicional mínima de 549 ± 4 Ma, constrangendo a sucessão no período Ediacarano superior, o que concorda muito bem com os registros de vida, que são de impressões fósseis típicas da fauna de Ediacara como Parvancorina, Charniodiscus, Ciclomedusa e Aspidella. As idades U-Pb de zircões detrítico mostram mudança das áreas fonte da base para o topo. Na base ocorrem zircões dos ciclos orogênicos Transamazônico e Brasiliano/Pan-Africano e nas seções superiores dominam os zircões do ciclo Brasiliano/Pan-Africano, com picos principais em ca. 800 Ma e 650 a 590 Ma. O parâmetro εNd e as razões de isótopos de Pb indicam que as áreas fonte são excencialmente de natureza crustal. As idades modelo TDM de ca. 1,7 Ga indicam que o Cinturão Dom Feliciano foi a principal fonte para o preenchimento da bacia. A Bacia do Itajaí pode ser correlacionada com outras bacias colisionais do SW de Gondwana, do Brasil, Uruguai, Namíbia e África do Sul, como as unidades intermediárias das bacias do Camaquã e Arroyo Del Soldado e as unidades basais da Bacia de Nama. A Bacia do Itajaí é intrudida por magmatismo ácido (Riolitos Apiúna) que é cronocorrelato com o vulcanismo Acampamento Velho, do sul do Brasil. / The Itajaí Basin is a fault-bounded volcano-sedimentary sequence deposited on the foreland of the Dom Feliciano Belt in the Santa Catarina State, Brazil. The basin is composed by alluvial-deltaic to platformal successions followed up by turbiditic complex and fan-delta deposits, with an estimated stratigraphic thickness of 4 km. The U-Pb zircon dating of a tuff and five sandstone samples provides a maximum depositional age at 563 ± 3 Ma for the intermediate and upper sections of the Itajaí Basin, while the zircon dating of an intrusive rhyolitic body provides a minimum depositional age of 549 ± 4 Ma, constraining the succession in the Upper Ediacaran Period, which agrees very well with the life records, that are Ediacaran-type fossils as Parvancorina, Charniodiscus, Ciclomedusa, and Aspidella. The U-Pb detrital zircon ages show a change in the sedimentary input from the base to the top. At the base occur zircons from the Transamazonian and Brasiliano/Pan-African orogenic cycles, and the upper section is dominated by Brasiliano/Pan-African zircons, with main peaks at ca. 800 Ma and 650 to 590 Ma. The negative εNd parameter and the Pb isotopic ratios indicate a main crustal component in the detrital sources of the Itajaí Basin, and the Nd model ages (TDM) of ca. 1.7 Ga indicate a main source area for the basin infill from the Dom Feliciano Belt. The Itajaí Basin can be correlated with other collisional basins of the SW Gondwana from Brazil, Uruguay, Namibia and South Africa, such as the intermediate units of the Camaquã and Arroyo del Soldado basins, and basal units of the Nama basin. The Itajaí Basin is intruded by acid volcanism (Apiúna Rhyolites) which is cronocorrelate with the Acampamento Velho volcanism, in southern Brazil.
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Geoquímica, proveniência e ambiente tectônico da Faixa Dobrada Sierra de la Ventana e da Bacia Claromecó, Província de Buenos Aires, Argentina

Alessandretti, Luciano January 2013 (has links)
O Sistema Ventana, localizado no centro-leste da Argentina, é uma província geológica constituída pela associação do cinturão de dobramentos e cavalgamentos Sierra de la Ventana com a bacia de antepaís Claromecó. Esta província constitui importante região no que diz respeito aos conhecimentos acerca dos processos de tectônica e sedimentação ao longo da margem sudoeste do Gondwana. Relações existentes entre a evolução geológica, origem da deformação do cinturão e desenvolvimento da região de antepaís estão intimamente relacionadas às rochas ígneas e metamórficas expostas no Maciço Norte Patagônico. O SV é formado por uma espessa sequência siliciclástica de idade paleozóica, com a ocorrência de horizontes tufáceos próximos ao topo da pilha sedimentar. Da base para o topo, é formado pelos Grupos Curamalal, Ventana e Pillahuincó; sendo o último representante das rochas da Bacia Claromecó. Subordinadamente ocorrem rochas ígneas ácidas do embasamento Neoproterozóico-Cambriano composto principalmente por granitos e riolitos. Os dois primeiros grupos são constituídos essencialmente por meta-quartzo arenitos e quartzitos, com ocorrência restrita de metapelitos e metaconglomerados. O Grupo Pillahuincó finaliza o ciclo sedimentar e apresenta marcantes diferenças composicionais, litológicas e estruturais. É formado por arcóseos e subarcóseos que apresentam litoclastos de meta-quartzo arenitos, quartzitos, rochas carbonáticas e vulcânicas. Tanto o embasamento quanto a pilha sedimentar foram deformados e metamorfisados durante o Permiano, sob condições de baixas temperaturas e pressões, atualmente em torno de 300-400º C e 2.3 kb. A análise petrográfica aliada aos dados de geoquímica das rochas do SV foi utilizada para caracterizar a proveniência e ambiente tectônico das mesmas. Estudos geoquímicos e geocronológicos foram realizados nos tufos, objetivando determinar sua idade deposicional, assinaturas geoquímicas e correlação com os horizontes tufáceos das Bacias do Karoo (sul da África) e Paraná (Brasil). Com base na petrografia e em diagramas discriminantes de ambientes tectônicos que empregam elementos maiores e traço, um ambiente de margem passiva pode ser atribuído aos grupos Curamalal e Ventana. Na porção superior do grupo Pillahuincó é observada transição de rochas derivadas e depositas em ambiente plataformal para rochas com assinaturas petrográficas e geoquímicas características de margens continentais ativas. Os dados geoquímicos e geocronológicos dos tufos indicam que a provável área-fonte do vulcanismo gerador dos mesmos seja a Província Magmática Choiyoi, aflorante no oeste da Argentina/leste do Chile e no Norte Patagônico. Tais dados, correlacionados com horizontes tufáceos de diferentes bacias paleozóicas, suportam a presença de vulcanismo ácido explosivo ao longo da margem sudoeste do Gondwana. / The Ventania Foldbelt and its associate, the Claromecó Foreland Basin, constitute an important region for understanding processes involving tectonics, volcanism and sedimentation within the southwestern margin of Gondwana. The relationship between the geologic evolution and original deformation of the Ventania Foldbelt and Claromecó foredeep are closely tied to metamorphic and igneous rocks exposed in the North Patagonian Massif. This geologic province, which crops out in central-eastern Argentina, consists of a thick sequence of Paleozoic siliciclastic sedimentary pile with subordinate tuffs near the top of the sequence (Curamalal, Ventana and Pillahuincó Groups) and both igneous and metamorphic basement rocks in the Pan de Azúcar Group. The two foremost groups are essentially composed of quartzites with subordinate metapelites and metaconglomerates. The Pillahuincó Group comprises the upper portion of the basin and is compositionally, lithologically and structurally different. This Group consists of arkoses and subarkoses, which unconformably overlay the quartzites and are associated with glacial deposits, in addition to the intercalated horizons of acid tuffs in the upper portion of the sequence. Both the basement and supracrustal rocks were deformed during the Permian under moderate pressure and temperature, approximately 400-300°C and 2.3 kb. Both the petrography and the major, trace and rare-earth element (REE) geochemical data for the metasedimentary and sedimentary rocks in the Ventania Fold Belt-Claromecó Basin were used to constrain the provenance and tectonic settings. Both geochemical and geochronological studies were performed for tuffs in the Pillahuincó Group to determine its depositional age and chemical signatures as well as to correlate it with other volcanogenic horizons in the Karoo and Paraná Basins. A passive margin setting can be inferred for the Curamalal and Ventana Groups based on their major and trace element tectonic discriminant diagrams. A transition between rocks derived from and deposited in the passive margin environment and those with a geochemical signature at least indicative of an active continental margin provenance was observed in the upper portion of the Pillahuincó Group. The geochemical fingerprints and geochronological data of the tuffs found in the Claromecó Basin indicate that the sources of the tuffaceous horizons were the Permian volcanic rocks in the Northern Patagonian Massif. These data indicate explosive volcanic activity along the southern margin of Gondwana, which is now preserved in volcanogenic horizons with similar ages and geochemical patterns.
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Análise geoquímica comparativa entre arroios do município de Porto Alegre e corpos d’água da bacia hidrográfica do Lago Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil

Midugno, Rafael January 2012 (has links)
Os problemas ambientais associados à aglomeração humana em áreas metropolitanas estão presentes na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nesta área em especial, na ausência de um sistema de coleta e tratamento de efluentes amplo e eficaz, a geração de resíduos domésticos, industriais e agrícolas supera a capacidade de assimilação do meio ambiente. Os recursos hídricos, como é o caso do Lago Guaíba, são utilizados concomitantemente como corpo receptor de dejetos e como fonte de captação de água para abastecimento público. No intuito de fornecer subsídios complementares ao gerenciamento dos recursos hídricos superficiais, foram realizados estudos relativos à hidrogeoquímica e à composição de isótopos estáveis de chumbo e zinco, em amostras de material em suspensão, provenientes de três sub-bacias hidrográficas. A escolha dessas sub-áreas baseou-se, principalmente, em dados do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Porto Alegre, onde foram identificadas três classes de uso e ocupação do território. Portanto, cada classe está representada por uma sub-bacia hidrográfica: Urbana Densa - Arroio Passo das Pedras; Urbana Rarefeita - Arroio Cavalhada; e Periurbana - Arroio Lami. A comparação da hidrogeoquímica ambiental dessas áreas com o restante da Bacia Hidrográfica do Guaíba foi conduzida à partir da análise do conteúdo de isótopos estáveis de chumbo em amostras de referência, provenientes do Lago Guaíba e das desembocaduras dos rios Gravataí e Jacuí, este último, o seu principal tributário. Os dados físico-químicos revelam que os contextos urbano-paisagísticos determinam a composição química dos dejetos brutos lançados ao longo da rede de drenagem natural. Por outro lado, os resultados isotópicos demonstraram que a contribuição antropogênica de chumbo e zinco, dois dos principais poluentes em ambientes urbanos, é pouco significativa. Apesar disso, as análises isotópicas corroboraram a classificação proposta no Plano Diretor, permitindo, inclusive, discriminar as amostras provenientes dos três arroios urbanos daquelas utilizadas como referência regional. / The environmental problems associated to human agglomeration in metropolitan areas are presented in the Porto Alegre Metropolitan Region. Especially in this area, in the absence of a broad and effective collection and treatment system, the production of domestic, industrial and agricultural wastes, overcome the assimilation capacity of the environment. The water resources, as Lake Guaiba, are used at the same time as body receptor of wastewater and source of drinking water to public supply. In order to provide additional information to water management, studies of water and sediment hydrogeochemistry and stable isotope content of zinc and lead on the suspended particulate matter from three hydrographic sub-basins. The choice of these sub-areas was based on the Porto Alegre’s “Master Plan for Urban and Environmental Development”, where was presented three classes of occupation and land use. In this research, each class is represented by a hydrographic sub-basin: High Density - Passo das Pedras Creek; Medium Density - Cavalhada Creek; and Low Density - Lami Creek. The comparison between the hydrogeochemistry of these sub-areas and the Guaiba Hydrographic Basin was conducted by the lead isotope analysis of the reference samples, collected in the Lake Guaiba and the Gravatai and Jacui river mouths, the latter, the main affluent. The physic-chemical data shows that the types of urban landscape govern the chemical composition of wastewater thrown along the drainage of a certain watershed. On the other hand, the isotopic data prove that the lead and zinc anthropogenic contribution is a minor factor. Nevertheless, the isotopic analysis corroborated the classification proposed on the Master Plan, allowing discrimination between samples from the three urban creeks those used as regional reference.
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Correlação entre a Geologia e as Concentrações de Radônio no Município de Encruzilhada do Sul, Estado do Rio Grande do Sul: Avaliação das Doses e dos Riscos Radiológicos a que a População Local está Submetida

Santos, Carlos Eduardo Lima dos January 2017 (has links)
A intensidade das exposições à radiação ionizante oriundas da crosta terrestre depende, principalmente, da composição de rochas e solo, das condições climáticas, da posição geográfica, incluindo altitude e, até, de fatores socioeconômicos. O aumento da concentração de radônio em ambientes internos tem sido reconhecido como um risco radiológico à saúde associado à maior incidência de neoplasias pulmonares. O principal objetivo deste trabalho foi o de verificar se existe uma relação entre a concentração de urânio no solo e a concentração de radônio no ambiente interno de residências construídas na área de estudo, levando em conta os aspectos litológicos e paleontológicos das rochas que originaram o solo. Adicionalmente, por meio das medidas de concentração de radônio realizadas em residências, estimar o risco de câncer fatal devido à inalação de radônio pela população local. Os detectores de radônio, empregados para a determinação das concentrações de radônio no ar foram Detectores de Traços Nucleares, CR-39. Também foram utilizados outros dois detectores de radiação: o detector AlphaGUARD, para medidas de radônio no solo e na água, e o espectrômetro RS 125, um detector portátil de radiação gama, para determinar as concentrações de urânio e tório (em ppm), além dos valores da radiação gama de fundo (Background) da região estudada. Os menores valores da concentração de tório, de urânio e de radônio no solo e de radônio no ar do interior das residências encontram-se no Complexo Arroio dos Ratos e no Complexo Várzea do Capivarita. Já os maiores valores de tório e urânio no solo encontram-se na Suíte Encruzilhada, principalmente, na facie heterogranular média a grossa e na Suíte Piquiri Porém, os maiores valores de radônio no solo e no ar do interior das residências encontram-se na Suíte Encruzilhada, principalmente, na facie heterogranular média a grossa. Os valores médio das medidas de concentração de tório e de urânio são, respectivamente, 22,15 ppm e 3,55 ppm. O valor médio das medidas de concentração de radônio no ar extraído do solo e das medidas de concentração de radônio em ambientes internos foi de 64,0 kBq/m3 (1,6 mSv/a) e 48,70 Bq/m3 (1,2 mSv/a), respectivamente. As amostras de água apresentaram concentração média de radônio de 300 kBq/m3. Este último resultado indicou que o aquífero está em uma rocha com elevado teor de Ra-226, podendo explicar os resultados de medidas de concentração de radônio acima do esperado quando a hipótese de equilíbrio radioativo secular é considerada. O valor médio das concentrações de radônio medidas em ambientes internos foi inferior a 100 Bq/m³ (2,5 mSv/a), valor considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (WHO). Já o valor máximo dessa concentração de radônio está acima do estabelecido pela WHO. A inalação continuada de radônio no ar de ambientes internos cuja concentração média seja a medida neste trabalho, durante 50 anos, está associada a uma dose média de 1,2 mSv/a, a um risco de câncer fatal, de 0,3%, e na ausência de outros fatores que contribuam para o desenvolvimento dessa doença. / The intensity of ionizing radiation exposure arising from the outer layer of the earth depends, mainly, on the composition of rocks and soil as well as climatic conditions, geographic positions, altitude in particular and, even, social and economic factors. The increase in radon concentration in living accommodations has been recognized as a radiological health risk associated with higher incidence of lung neoplasms. The main objective of this work was to verify if there is a relationship between the uranium concentration in the soil of the area under study and the concentration of radon in internal environments of houses built in the area, taking into account lithological and paleontological aspects of rocks that gave origin to the soil. Additionally, by measurements of indoor radon concentration, it was possible to estimate the risk of fatal cancer due to inhalation of radon by the local population. The detectors employed to determine the concentration of radon in air were Nuclear Track Detectors, CR-39. Two other radiation detectors were also employed: the AlphaGUARD detector, to measure radon in soil gas and in water and the RS-125 spectrometer, a portable gamma ray detector to determine the concentrations of uranium and thorium, (in ppm) and the background radiation of the region under study. The lower values of uranium, thorium and radon concentrations in the soil as well as radon concentrations in the air inside houses were found in the Arroio dos Ratos Complex and in the Varzea do Capivarita Complex The higher values of thorium and uranium in the soil were found in both Encruzilhada Suite, mainly in the medium to thick heterogranular facie, and in Piquiri Suite. However, the higher values of radon concentration indoors and in the soil were found in the Encruzilhada Suite, mainly in the medium to thick heterogranular facie. The average values of measured concentrations of thorium and uranium were, 22.15 ppm and 3.55 ppm, respectively. The average values of measured concentrations of radon in the air extracted from the soil and in the air inside houses were, 64.0 kBq/m3 (1.6 mSv/a) and 48.7 Bq/m3 (1.2 mSv/a), respectively. The water samples showed average concentration of radon of 300 kBq/m3. This result indicates that the aquifer is on a rock of high Ra-226 concentration, which could explain the measurement of higher radon concentrations than expected when the radioactive secular equilibrium hypothesis is considered. The average value of radon concentrations measured inside houses was inferior to the one considered acceptable by the World Health Organization, WHO, that is, 100 Bq/m3 (2.5 mSv/a). On the other hand, the maximum value of measured indoor radon concentrations was above the acceptable value by. WHO The continuously inhalation of in indoor average air concentration of radon measured in this work, during 50 years, is associated with an average dose of 1.2 mSv/a, which corresponds to a 0.3% risk of fatal cancer, in the absence of other factors that may contribute to the development of this disease.
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Geologia estrutural e geoquímica das rochas metavulcânicas do Complexo Metamórfico Porongos comparadas aos ortognaisses do Complexo Várzea do Capivarita: um exemplo de intercalação tectônica no sul do Brasil

Battisti, Matheus Ariel January 2018 (has links)
Este trabalho foca no estudo das rochas metavulcânicas do extremo leste do Complexo Metamórfico Porongos (CMP), expostos na parte sul da Província de Mantiqueira. Assim, para investigar a história estrutural e cinemática do CMP, foi realizado estudos de detalhamento estrutural e petrografia, além de análises de geoquímica de rocha total e de microssonda eletrônica. As rochas de Encruzilhada do Sul (subárea 1) e Cerro do Alemão (subárea 2) são dacitos e riolitos que possuem assinatura geoquímica similar a rochas geradas em ambiente de arco magmático maduro, o qual teria ocorrido em torno de 790 Ma. Este mesmo vulcanismo e fases de deformação semelhantes são registrados no Complexo Várzea do Capivarita (CVC), embora em condições metamórficas diferentes. Os dados de geologia estrutural da área estudada revelam que a principal fase de deformação D1 é uma fase compressiva com pico metamórfico em fáceis anfibolito e, D2 e D3 são fases de deformação tardias que desenvolvem dobras em nível crustal raso com clivagem de plano axial. A principal estrutura de D1 é a intercalação entre S1 e S1 com textura milonítica, possivelmente desenvolvida sobre S0, e que sugere bandas de cisalhamento sub-horizontais preferenciais, interpretadas como geradas em uma evolução por fold and thrust belt. A lineação de estiramento (L1) é distribuída ao longo de um grande círculo nos estereogramas e pode indicar uma rotação ao longo de planos de cisalhamento, que deve estar relacionada a movimentos de transcorrência, similar ao descrito como deformação progressiva no Complexo Várzea do Capivarita. Assim, as bacias vulcano-sedimentares do Complexo Metamórfico Porongos e do Complexo Várzea do Capavirita podem ter compartilhado uma única bacia sedimentar, em que cada complexo ocupara diferentes níveis estratigráficos. Um evento colisional de direção E-W em torno de 650 Ma metamorfizou e gerou fold-thrusts em ambos os complexos, colocando-os lado a lado, no mesmo nível crustal. Estudos recentes indicam um evento metamórfico mais jovem, com idade mínima de 578 ± 1,6. Esse evento deve estar relacionado a reativação do estágio contracional e possivelmente gerou dobras em nível crustal raso nas rochas do leste do CMP, e as empurrou para o topo das rochas do oeste do CMP. / This study focuses on the metavolcanic rocks from the eastern part of the Porongos Metamorphic Complex (PMC), exposed in the southern part of the Neoproterozoic Mantiqueira Province, Brazil. In order to investigate the structural and kinematic history of this part of PMC, detailed structural mapping, petrography, whole-rock and mineral geochemistry were carried out. Metavolcanic rocks from Encruzilhada do Sul (subarea 1) and Cerro do Alemão (subarea 2) are dacites and rhyolites bearing a geochemical inprint of arc magmatism at the age of ca. 790 Ma. A correlated volcanism and similar deformational phases are recorded in the Várzea do Capivarita Complex (VCC), although at higher metamorphic grade. Structural investigation of the area reveals that the main deformation phase D1 is a compressive phase and reached the metamorphic peak at amphibolite facies conditions. D2 and D3 are late deformation phases which develop folds and axial plane cleavages. The most conspicuous D1 structure is an alternating of S1 and mylonitic-S1 and suggest preferential sub-horizontal shear bands, interpreted as related to a fold and thrust belt evolution. The scattering of stretching lineation (L1) along a great circle in stereoplots is interpreted as a result of shearing along these planes, similar to what is described for the progressive deformation of VCC nearby. The present dataset supports the interpretation that the volcano-sedimentary register of Porongos Metamorphic Complex and Várzea do Capivarita Complex possibly shared a common sedimentary basin taken to different crustal levels by deformation. A W-directed collisional event at 650 Ma metamorphosed the rocks and generated thrust-folds in both complexes, and placing them side by side at the same crustal level. As indicated by recent studies, a younger metamorphic event of 578 ± 1.6 as minimum age, must have folded the eastern part of PMC generating shallow-level folds, and thrusted the rocks on the eastern side to place them on top of western-side rocks of PMC.
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Aplicação da geoquímica multielementar e isotópica para gestão das bacias de captação utilizadas no abastecimento público do município de Caxias do Sul, RS

Vargas, Tiago de January 2016 (has links)
As bacias de captação Faxinal e Maestra são responsáveis pela maior parte do abastecimento público de água do Município de Caxias do Sul, RS, e se localizam em região recoberta pelas unidades ignimbríticas riodacíticas da Formação Serra Geral. O presente estudo relata a influência do uso do solo na composição geoquímica das águas e sedimentos finos observados nos principais tributários das bacias, tendo como objetivo aplicar a geoquímica multielementar e isotópica para determinar as concentrações e os diferentes tipos de fontes de contaminantes presentes nas bacias hidrográficas estudadas, desenvolvendo um diagnóstico capaz de auxiliar no planejamento e gestão destes recursos hídricos. Para tanto, foi necessário correlacionar a composição geoquímica dos sedimentos finos de fundo com a rocha-fonte e a composição dos principais fertilizantes utilizados nas áreas agrícolas. Adicionalmente, foram determinadas as razões isotópicas de Pb e Sr em sedimentos de suspensão, associando com as assinaturas isotópicas de fertilizantes e de sedimentos nas nascentes principais, relacionando com a influência dos insumos utilizados na agricultura e da estação de tratamento de esgoto (ETE) nas águas dos tributários, utilizando-se os isótopos de δ2H-H2O, δ18O-H2O, δ15N-NO3-, δ18O-NO3- e δ15N. As amostras de sedimentos, água e fertilizantes foram analisadas por difração de Raios-X, ICP-MS, espectrômetro de ionização térmica, espectrómetro de massa VG Sector 54, espectroscopia de absorção de laser (Tipo Cavity Ring-Down Spectroscopy) e espectrômetro de Massa por Razão Isotópica (IRMS). O primeiro manuscrito apresenta resultados obtidos nos sedimentos de fundo interpretados com suporte de estatística descritiva e multivariada (Análise de Componentes Principais e Análise Fatorial), relacionando com o fator de enriquecimento. Estes resultados demonstram que os sedimentos de corrente dos córregos da bacia de captação Faxinal expõem contaminação e efeito acumulativo por metais pesados provenientes da aplicação de fertilizantes e fungicidas, enquanto que o excesso de sódio nos sedimentos da bacia de captação Maestra são resultantes da descarga direta de esgoto doméstico no recurso hídrico. O segundo manuscrito expõe resultados de 87Sr/86Sr para sedimentos em suspensão (0,717324 – 0,723113) e para os fertilizantes (0,705 – 0,710) configurando duas populações. As razões isotópicas de chumbo para os sedimentos apresentaram valores de 208Pb/204Pb (38,42 – 38,97), 206Pb/204Pb (18,72 – 19,07), 207Pb/204Pb (15,60 – 15,75), 208Pb/206Pb (2,037 – 2,055) e 207Pb/206Pb (0,824 – 0,833). Os valores dos isótopos de estrôncio e chumbo demonstraram que os sedimentos em suspensão são compatíveis com origem geogênica, e apresentam influência de fungicidas utilizados nas áreas agrícolas. O terceiro manuscrito mostra resultados dos isótopos de N e O de nitrato nas águas demonstraram valores de δ15N entre 3,9 e 19,4, enquanto o δ18O entre 4,2 e 21,7. Estas assinaturas isotópicas estão representadas em diferentes compartimentos do gráfico característico δ15N-NO3- vs δ18O-NO3-. Os pontos monitorados Fx-01, Fx-02, Fx-03, Fx-04, Fx-05 e Fx-06 demonstram valores com influência e contribuição de fertilizantes. Por outro lado, o ponto Fx-07 sugere interferência por descarga direta de efluente doméstico no tributário e o ponto Fx-ETE apresenta assinatura característica de ambiente de denitrificação. Através da interpretação dos resultados obtidos nos três manuscritos reconhece-se que as águas das represas Maestra e Faxinal recebem contaminantes provenientes de diferentes fontes, que abrangem a aplicação de insumos agrícolas e as descargas de esgoto doméstico sem tratamento. / The Faxinal and Maestra catchment basin are responsible for most of the public water supply of the city of Caxias do Sul, RS, and are located in the region covered by riodacíticas ignimbríticas units of the Serra Geral Formation. This study describes the influence of land use in the geochemical composition of water and fine sediments observed in the main tributaries of the watershed, aiming to apply the multielement and isotopic geochemistry to determine the concentrations and the different types of sources of contaminants in the studied basins, developing a diagnosis to assist in the planning and management of water resources. Therefore, it was necessary to correlate the geochemical composition of botton fine sediment with the rock-source and composition of the main fertilizers used in the agricultural areas. Additionally, it was determined the isotopic ratios of Pb and Sr in the suspended sediment, associating with the isotopic signatures of fertilizers and sediment in the main springs, relating to the influence of the inputs used in agriculture and of the wastewater treatment plant (WWTP) in the tributaries of water, using the isotopes δ2H-H2O, δ18O-H2O, δ15N-NO3-, δ18O-NO3- and δ15N. The sediment samples, water and fertilizer were analyzed by X-ray diffraction, ICP-MS, Spectrometer thermal ionization, Mass spectrometer VG Sector 54, laser absorption spectroscopy (Type Cavity Ring-Down Spectroscopy), Isotopic ratio mass spectrometer (IRMS). The first manuscript presents results obtained in the bottom sediments interpreted with descriptive and multivariate statistical support (Principal Component Analysis and Factor Analysis), relating to the enrichment factor. These results demonstrate that the stream sediments of Faxinal watershed showed contamination and cumulative effect of heavy metals due to the application of fertilizers and fungicides, while the excess sodium in the sediments of Maestra watershed the result of direct discharge domestic sewage in the water resource. The second manuscript displays results of 87Sr / 86Sr for suspended sediment (0.717324 to 0.723113) and fertilizers (0.705 – 0.710) setting two populations. Lead isotopic ratios for sediments showed values of 208Pb/204Pb (38.42 – 38.97), 206Pb/204Pb (18.72 – 19.07), 207Pb/204Pb (15.60 – 15.75), 208Pb/206Pb (2.037 – 2.055) e 207Pb/206Pb (0.824 – 0.833). The values of strontium and lead isotopes showed that the suspended sediments are compatible with geogenic origin and present influence of fungicides used in agriculture areas. The third manuscript shows results of isotopes of C and O of nitrate in water showed δ15N values between 3.9 and 19.4, while δ18O between 4.2 and 21.7. These isotopic signatures are represented in different compartments of the characteristic chart δ15N-NO3- vs δ18O-NO3-. The points monitored Fx-01, Fx-02, Fx-03, Fx-04, Fx-05 and Fx-06 show values with influence and contribution of fertilizers. On the other hand, the Fx-07 point suggests interference by direct discharge of effluent household in the tributary and Fx-ETE point features characteristic signature of denitrification environment. Through the interpretation of the results obtained in the three manuscripts it is recognized that the waters of the Maestra and Faxinal dams receive contaminants from differents sources covering the application of agricultural inputs and domestic sewage discharges untreated.

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