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Uso de álcool na gestação e sua relação com sintomas depressivos no pós-parto / Alcohol use in pregnancy and its relationship with postpartum depressive symptomsPoliana Patrício Aliane 11 February 2009 (has links)
O consumo de álcool durante a gestação tem sido associado na literatura científica a uma maior intensidade de sofrimento psiquiátrico durante a gestação e no pós-parto. Este estudo teve como objetivo principal verificar se o consumo de álcool em gestantes está relacionado a um aumento de sintomas depressivos e/ou ao diagnóstico de depressão no pós-parto. Para tal foi realizado um estudo prospectivo, com dois tempos de coleta de dados. Foram convidadas a participar gestantes da rede pública de saúde da cidade de Juiz de Fora/MG. Inicialmente foram entrevistadas 260 mulheres no terceiro trimestre gestacional, das quais 177 foram entrevistadas entre 15 dias a 3 meses após o parto. Para avaliação do uso de álcool durante a gestação foram utilizados os instrumentos T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye opener) e AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C), além do relato das gestantes sobre a quantidade de álcool ingerida durante toda a gestação. Para avaliação de sintomas depressivos no pós-parto foi utilizado o instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) e para o diagnóstico de Episódio Depressivo Maior foi utilizada a entrevista diagnóstica MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). Os resultados obtidos apontaram para um aumento de sintomas depressivos no pós-parto proporcional ao aumento do consumo de álcool durante a gestação medido pelo total do AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) e pelo total em gramas de álcool consumido durante toda a gestação (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Além disso, foi observado uma maior prevalência de depressão pós-parto entre as mulheres que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação (Non-parametric Chi-Square, value=88,28, p< 0,001). Os dados apresentados permitem concluir que existe um aumento de sintomatologia depressiva no pós-parto à medida que aumenta o consumo de álcool na gestação e aumento de diagnóstico para aquelas que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação. / Alcohol consumption during pregnancy, according to the scientific literature, has been associated to a higher intensity of psychiatric problems during the gestational period as well in the postpartum period. This study aimed to verify whether alcohol consumption in pregnancy is related to an increase of depressive symptoms and/or the diagnosis of depression in the postpartum period. For this purpose a prospective study was carried out, with two phases of data collection. Pregnant women assisted by public health services of the city of Juiz de Fora /MG were invited to participate. Initially 260 women in the third gestational trimester have been interviewed. For the second phase 177 were interviewed between 15 days to three months after childbirth. To assess alcohol use during the gestational period the research instruments T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye-opener) and AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C) have been used, besides of direct reports of the pregnant women about the amount of alcohol ingested during all the gestation. To evaluate postpartum depressive symptoms the instrument EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) was used and to determine the presence of a diagnosis of Major Depressive Episode the diagnostic interview MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) was used. The results pointed out to an increase of postpartum depressive symptoms proportional to the increase of alcohol consumption during the gestation measured by the total score of the AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) and by the total amount (in grams) of alcohol ingested during all the gestational period (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Further, a higher prevalence of postpartum depression was found among the pregnant women who reported at least once a binge episode during the gestational period (Nonparametric Chi-Square, value=88,28; p< 0,001). The presented data allow concluding about the occurrence of an increase of depressive symptoms in the postpartum period related to higher alcohol consumption in pregnancy as well an increase of diagnosis among those pregnant women who have had at least one binge episode during all the gestational period.
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Estudo hemodinâmico materno fetal pré e pós tratamento de crise hipertensiva / Maternal fetal hemodynamics study before and after treatment of hypertensive crisis.Maria Rita de Figueiredo Bagio 20 April 2010 (has links)
A síndrome hipertensiva gestacional (SHG) afeta três milhões de mulheres por ano no mundo e pode resultar em inúmeras perdas fetais e perinatais, além de ser responsável pela morte de uma mulher a cada 6 minutos em todo o mundo. Durante uma crise hipertensiva na gestação ocorre vasoconstrição arteriolar generalizada e diminuição do fluxo útero placentário. A diminuição de fluxo na artéria uterina ocasiona déficit do aporte de oxigênio nas áreas de troca materno fetal submetendo o feto à regime de hipóxia transitória comprováveis na avaliação hemodinâmica. O labetalol e a hidralazina são anti hipertensivos de primeira escolha na gravidez, uma vez que aumentam o fluxo útero-placentário em decorrência da redução da resistência vascular uterina. Objetivos Avaliar as condições hemodinâmicas materno/fetais durante o período da crise hipertensiva e após seu tratamento com labetalol e/ou hidralazina. Pacientes e métodos Foram avaliadas 18 pacientes com quadro de crise hipertensiva com pressão arterial maior que 160x110mmHg, sem sintomas de eminência de eclâmpsia. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas direita e esquerda materna, umbilical e cerebral média fetal. A avaliação hemodinâmica materno/fetal foi realizada no momento da crise hipertensiva e após o tratamento com labetalol e/ou hidralazina. A análise pós tratamento foi realizada após estabilização da pressão arterial < 150/100mmHg. Resultados A média de idade das pacientes foi de 29,11 anos e a idade gestacional média do estudo de 34,5 semanas. O valor médio da pressão arterial sistólica e diastólica durante a crise hipertensiva foi de 174,71 e 112,35mmHg, respectivamente. Os parâmetros dopplervelocimétricos avaliados na crise hipertensiva foram: IP da artéria uterina direita 1,24+-0,42; IP da artéria uterina esquerda 1,29+-0,40; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,06 e IR da artéria umbilical de 0,65+-0,12. Após o tratamento da crise hipertensiva a pressão arterial sistólica média foi de 146,47mmHg e a pressão arterial diastólica média de 87,06mmHg. Após o tratamento da crise hipertensiva, os parâmetros avaliados foram: IP da artéria uterina direita 1,26+-0,37; IP da artéria uterina esquerda 1,37+-0,36; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,09 e IR da artéria umbilical de 0,67+-0,09. Não houve diferenças estatísticas significativas nos parâmetros Doppler quando comprados os valores na crise hipertensiva e após o controle da pressão arterial. Conclusão As gestações de pacientes com síndromes hipertensivas são consideradas de alto risco e, devem ser alvo de observação rigorosa durante o pré-natal. A análise dopplervelocimétrica fetal (artéria cerebral média e umbilical) e materna (artérias uterinas) deve ser realizada para avaliação da vitalidade fetal nestas pacientes, inclusive durante de crise hipertensiva. Este estudo demonstrou não haver diferença na avaliação dos parâmetros dopplervelocimétricos materno e fetal, durante ou após a crise hipertensiva tratada com hidralazina/labetalol. / Introduction The gestational hypertension syndrome affects three million women a year worldwide and can result in a number of fetal losses and perinatal deaths, and was responsible for the death of one woman every 6 minutes throughout the world. During a hypertensive crisis in pregnancy is widespread arteriolar vasoconstriction and decreased placental flow uterus. The decrease in flow in the uterine artery causes deficit of oxygen supply in the areas of maternal fetal exchange subjecting the fetus to the regime of transient hypoxia in comparable hemodynamic evaluation. Labetalol and hydralazine are antihypertensive drugs of choice in pregnancy, they increase the uteroplacental flow due to the reduction of uterine vascular resistance. Objectives To evaluate the conditions maternal-fetal hemodynamics during the hypertensive crisis and after treatment with labetalol and/or hydralazine. Patients and methods Eighteen pregnant women with acute hypertensive were evaluated (blood pressure (BP) > 160x110mmHg, without imminent eclampsia symptoms). This study was performed by Doppler velocimetry of right and left uterine arteries, umbilical artery and fetal middle cerebral artery. Maternal-fetal hemodynamic assessment was performed at the time of hypertensive crisis and after treatment with labetalol and/ or hydralazine. Post treatment analysis was performed after blood pressure stabilization (BP< 150x100mmHg). Results Mean patients age was 29,11 years old and mean gestational age was 34.5 weeks. Mean systolic and diastolic blood pressure during hypertensive crisis was 174.71 and 112.35 mmHg, respectively. Doppler parameters evaluated in hypertensive crisis were: right uterine artery PI 1.24 ± 0.42; left uterine artery PI 1.29 ± 0.40; middle cerebral artery RI 0.78 ± 0,06 and umbilical artery RI 0.65 ± 0.12. After the hypertensive crisis treatment mean systolic blood pressure was 146.47 mmHg and diastolic 87.06 mmHg. Doppler parameters evaluated after hypertensive crisis were: right uterine artery PI 1.26 ± 0.37; left uterine artery PI 1.37 ± 0.36; middle cerebral artery RI 0.78 ± 0,09 and umbilical artery RI 0.67 ± 0.09. No statistical difference was observed in Doppler parameters during hypertensive crisis or after blood pressure control. Conclusion Hypertensive pregnancy disorders are considered high risk to disfavorable perinatal outcome and should be subject to close observation during prenatal by fetal Doppler velocimetry analysis (middle cerebral artery and umbilical cord) and maternal Doppler velocimetry analysis (uterine artery) to assess fetal well being. This study demonstrated no difference in maternal fetal Doppler parameters during or after hypertensive crisis treated with hydralazine/labetalol.
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Aspectos psicossociais associados ao consumo de álcool: uma comparação entre gestantes abstinentes, consumidoras com uso de risco, nocivo e dependência / Psychosocial aspects associated with Alcohol consumption: a comparison of pregnant women with abstinence, hazardous use, harmful use and alcohol dependenceLarissa Horta Esper 12 November 2015 (has links)
O consumo de bebidas alcoólicas durante o período gestacional está relacionado a diversos prejuízos para a saúde materna e do bebê. O uso desta substância por gestantes pode aumentar o risco de trabalho de parto prematuro, aborto espontâneo, descolamento de placenta e aumento de pressão arterial. Em relação ao filho, o álcool pode causar deficiência no crescimento intrauterino, malformações físicas, a Síndrome Fetal do Álcool (SFA), danos cognitivos e problemas comportamentais que podem perdurar por toda a vida da criança. Embora exista uma tendência a diminuição do consumo de álcool durante o período gestacional, observa-se que uma parcela de mulheres persiste no consumo abusivo. Dessa forma, a identificação dos aspectos psicossociais relacionados com o uso de álcool torna-se importante para compreender melhor quais os fatores relacionados com este comportamento. O estudo teve como objetivo avaliar comparativamente os aspectos psicossociais associados com o uso de álcool em amostra de gestantes com diferentes padrões de consumo: abstinentes, consumidoras de risco, consumidoras nocivas e com provável dependência de álcool. Os fatores predisponentes para a SFA (conforme modelo adaptado de Abel & Hannigan) e o modelo psicossocial para compreensão do problema foram utilizados para seleção dos aspectos psicossociais considerados relevantes nesta pesquisa. Durante o desenvolvimento do estudo, a pesquisadora realizou estágio de doutorado no exterior na University of North Carolina at Chapel Hill (EUA) para treinamento clínico e científico. Trata-se de um estudo com delineamento transversal, observacional e comparativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas com gestantes atendidas em unidades básicas de saúde, maternidade e em serviço especializado em atendimento a mulheres farmacodependentes. Os resultados apontaram que gestantes com maior gravidade de consumo tiveram maior propensão à morbidade psiquiátrica (F=15,1; p<0,001), maior número de eventos estressores (F=21,9; p<0,001), menor suporte social (F=9,2; p<0,001), menor habilidade de coping (F=6,5; p<0,001), menor conhecimento sobre os danos associados ao uso de álcool na gestação (F=7,2; p<0,001) e tinham companheiro com uso de álcool (?²=5,8; p<0,01) e/ou drogas ilícitas (?²=24,3; p<0,001). A análise de regressão logística multivariada identificou quatro principais variáveis associadas à maior gravidade de uso de álcool: Estresse, Sintomas psiquiátricos, Uso de álcool e drogas do companheiro, Crenças e conhecimentos sobre o uso de álcool na gestação. Sendo assim, as gestantes com maior consumo de bebidas alcoólicas apresentaram aspectos psicossociais que as diferiram das gestantes abstinentes ou com consumo de risco de álcool. O estudo contribui ao evidenciar fatores que podem aumentar, ou ainda, moderar o consumo de álcool de gestantes. A gestação é um momento propício para auxiliar a mulher no abandono do uso de substâncias como bebidas alcoólicas. Os profissionais que atendem essa população podem avaliar tais aspectos psicossociais e detectar gestantes com maior vulnerabilidade para o uso de álcool. Portanto, o conhecimento sobre esta relação é importante para intervenções profissionais efetivas, formulação de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, assim como uma melhor fundamentação de políticas públicas na área de saúde materno-infantil. / Alcohol consumption during pregnancy is related to several damage for maternal and newborn health. Pregnant women that use this substance can increases the risk for preterm labor, miscarriage, placental abruption and high blood pressure. For the child, alcohol can result in intrauterine growth restriction, physical malformations, the Fetal Alcohol Syndrome (FAS), cognitive impairment and behavioral problems that can last for a child\'s whole life. Although there is a tendency to decreased alcohol consumption during pregnancy, it is observed that a portion of women persists in the abuse. Thus, the identification of psychosocial aspects of alcohol use becomes important to better understand what factors are related to this behavior. The goal of the study was comparatively evaluate the psychosocial aspects associated with the alcohol use in a sample of pregnant women with different patterns of consumption: abstinence, hazardous use, harmful use and alcohol dependence. Permissive factors for FAS (as adapted model of Abel & Hannigan) and the psychosocial model for understanding the issue were used for selecting the psychosocial aspects considered relevant for this search. During the development of the study, the researcher conducted internship abroad at the University of North Carolina at Chapel Hill (USA) for clinical and scientific training. A cross-sectional, observational and comparative study. Data collection was conducted through semi-structured interviews with pregnant women attending the Basic Health Units, a maternity clinic and specialized service in addiction treatment for women. Results indicated that pregnant women with greater severity consumption were more chance to psychiatric morbidity (F=15.1, p<0.001), stressful events numbers (F=21.9, p<0.001), lower social support (F=9.2; p<0.001), lower levels of coping (F=6.5; p<0.001), lower Beliefs and Knowledge about the harms associated with alcohol use during pregnancy (F=7.2; p <0.001) and had a partner with alcohol use (X²=5.8; p<0.01) and/or illicit drug use (X²=24.3, p<0.001). Multivariate logistic regression analysis identified four main variables associated with greater severity of alcohol use: Stress, Psychiatric symptoms, Partner who use alcohol or drugs, Beliefs and Knowledge about alcohol use during pregnancy. Thus, pregnant women with greater severity of alcohol consumption had psychosocial aspects that differ from abstinent women or with hazardous alcohol consumption. This research identified factors that may increase or, even moderate alcohol consumption for pregnant women. Pregnancy seems to be appropriate moment to aid the woman in the abandonment of the use of substances such as alcohol. Professionals serving this population could evaluate this psychosocial aspects and detecting pregnant women with greater vulnerability to alcohol use. Therefore, knowledge of this association is important for effective professionals interventions, formulation of strategies for prevention, early diagnosis and treatment, as well as a better foundation for public policy about maternal and child health.
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A prevalência de automedicação na gestação em usuárias do ambulatório do Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica de PelotasSTIGGER, Kaiane Fuhrmann 21 November 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-03-13T21:50:15Z
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Previous issue date: 2017-11-21 / ABSTRACT: This study had as objective to know the prevalence of the self-medication
during the gestation used by pregnancy women accompanied at outpatient clinic of
Aversion Hospital São Francisco de Paula of Católica Univercity in Pelotas. It´s about of
one analytical study, tranversal was developed in Pelotas city, Rio Grande do Sul. The
search it was made in the period in dezember 2016 until june 2017, by one quiss applied
for 297 pregnancy women in the outpatient clinic. Results: The pregnant women who
accepted to participate in the research, 191(64,3%) received guidance about the risks of
self-medication during the pregnancy and 16(5,4%) used medication with no prescription,
the drugs which the most self-medicating participants were analgesics and antiinflammatories
12 (3.9%). The variables statistically significant with the practice of selfmedication
were: age; schooling; job; gestation of risk; advice on drug use and using
medication impairs the health of your baby. It is concluded that although most of the
pregnant women receive guidance on the risks of self-medication during pregnancy, there
are still pregnant women who use this practice, so it is very important that health
professionals approach with pregnant women, their partner and family members during
the care about the risks of the use of drugs without medical guidance in pregnancy for
pregnant women and their concept. / RESUMO: O estudo teve como objetivo conhecer a prevalência da prática da
automedicação utilizada por mulheres em período gestacional acompanhadas no
Ambulatório do Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica
de Pelotas. Se trata de um estudo analítico, transversal realizado na cidade Pelotas, Rio
Grande do Sul. A pesquisa ocorreu no período de dezembro de 2016 até junho de 2017,
através de um questionário aplicado para 297 gestantes no Ambulatório. Resultados: Das
gestantes que aceitaram participar da pesquisa, 191(64,3%) receberam alguma
informação sobre o risco de se automedicar na gestação e 16(5,4%)utilizaram fármacos
sem prescrição médica, os medicamentos em que as participantes mais se automedicaram
foram os analgésicos e antinflamatórios 12(3,9%). As variáveis estatisticamente
significativas com a prática da automedicação foram: idade; escolaridade; trabalho;
gestação de risco; orientação sobre o uso de fármaco e usar medicamento prejudica a
saúde do seu bebê. Conclui-se que apesar de a maioria das gestantes receberem orientação
sobre os riscos da automedicação na gravidez, ainda há gestantes que utilizam essa
prática, sendo assim torna-se muito importante que os profissionais da área da saúde
abordem com as mulheres gravidas, seu parceiro e familiares durante a assistência sobre
os riscos da utilização de fármacos sem orientação médica na gravidez para a gestante e
seu concepto.
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Associação entre ácido úrico sérico materno, proteinúria, idade gestacional e peso do recém-nascido em gestantes hipertensasPaula, Letícia Germany January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / The increase in maternal serum uric acid (UA) levels has been associated to the severety of hypertension and proteinuria, as well as to perinatal prognosis. This is a contemporaneous, cross-sectional and observational study that presents the association among maternal serum uric acid levels in hypertensive pregnant women, proteinuria/creatininuria (P/C) ratio in a sample, gestationaí age and birth weight. Fifty eight hypertensive pregnant women were evaluated, being divided in two groups according to the level of serum uric acid: - group 1: equal to or above 6 mg/dL; - group 2: below 6 mg/dL. It was shown that the diastolic blood pressure and the P/C ratio were significantly higher in group 1 (uric acid equal to or above 6). Cut-offs for the P/C ratios were set at 0. 3, 0. 5; 1 and 2. Considering the cut-offs at 0. 3 and 2, no statistically significant difference was shown between the two groups. Considering the cut-off at 1, the P/O ratio was significantly higher in group 1 and, for the cut-off at 2, again no statiscally significant difference was detected. In relation to gestational age and birth weight, the negative correlation with maternal serum uric acid was considered regular (r= 0. 27) with P=0. 04. Prematurity and low birth weight showed no statiscally significant difference between the two groups (P=0. 27 and P=0. 78, respectively). We concluded that maternal serum uric acid determination provides useful information that should be associated to other clinical and laboratory data in the decision processes of obstetric practice. / O aumento das taxas de ácido úrico sérico materno (AU) tem sido associado com a gravidade da hipertensão, proteinúria e prognóstico perinatal. O objetivo deste estudo é estudar o ácido úrico sérico materno em pacientes com gestação complicada por hipertensão arterial sistêmica. Este é um estudo observacional, transversal, contemporâneo, que apresenta a associação entre níveis de ácido úrico sérico em gestantes hipertensas, índice de proteinúria/creatininúria (P/C) em amostra, idade gestacional e peso ao nascer. Foram avaliadas 58 gestantes hipertensas, divididas em dois grupos, de acordo com a dosagem de ácido úrico sérico: - grupo 1: igual ou superior a 6 mg/dL; - grupo 2: menor do que 6 mg/dL. Observou-se que a pressão arterial diastólica e o índice P/C foram significativamente maiores no grupo 1 (ácido úrico igual ou superior a 6). Foram feitos pontos de corte para o índice P/C em 0,3; 0,5; 1 e 2. Para os pontos de corte 0,3 e 2, não ocorreu diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Para o ponto de corte em 1, o índice P/C foi maior no grupo 1, e a diferença foi estatisticamente significativa e, para o ponto de corte em 0,5, a diferença estatística entre os dois grupos foi limítrofe. Quanto à idade gestacional e peso ao nascer, a correlação negativa com o ácido úrico sérico materno foi considerada regular (r= - 0,27) com P=0,04. A prematuridade e o baixo peso ao nascer não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre dois grupos (P=0,27 e P=0,78, respectivamente). Concluímos que a dosagem de ácido úrico sérico materno oferece informações que devem ser associadas a outros exames clínicos e laboratoriais para os processos de decisão na prática obstétrica.
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Aspectos da fisiopatologia da pré-eclâmpsia: efeito da N-iminoetil-L-ornitina nas alterações hemodinâmicas renais durante a gestação e o papel da interleucina 6 na hipertensão produzida por redução na perfusão uterina em ratas prenhesGadonski, Giovani January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / The present thesis evaluates different aspects of the physiopathology of preeclampsia in two studies. The role of endothelial nitric oxide sinthase (eNOS) in renal and systemic hemodynamic changes during pregnancy was the aim of the first experiment. To achieve this goal, N-iminoethyl-L-ornithine (L-NIO), the most potent eNOS inhibitor, was used. Acute L-NIO infusion in pregnant rats decreased glomerular filtration rate (GFR) and renal plasma flow (RPF), as well as increased renal vascular resistance (RVR). In contrast, L-NIO did not induce significant hemodynamic effects in virgin rats. These findings suggest that eNOS may play a role in mediating renal hemodynamic changes during normal pregnancy. A possible mechanism of PE is related to excessive intravascular inflammatory response. Chronic reductions in uterine perfusion pressure (RUPP) in pregnant rats are associated with increased arterial pressure (AP) and proteinuria. The purpose of the second study was to determine the role of interleukin-6 (IL-6) in mediating the increase in AP in response to RUPP in pregnant rats. Increased AP in pregnant RUPP rat was associated with increased IL-6 serum levels. Furthermore, chronic elevation in IL-6 serum level in pregnant rats, reaching levels similar to those observed in RUPP rats, was related to significant increment in AP and RVR as well as reduction in RPF and GFR compared to controls. Interleukin-6 increased plasma renin activity but did not change endothelin levels in pregnant rats treated with IL-6. Interleukin-6 had no effect on AP or renal hemodynamics in virgin rats. These data indicate that plasma IL-6 is elevated in response to chronic reductions in uterine perfusion in pregnant rats and that a comparable elevation in plasma IL-6 increases AP and reduces renal function in pregnant rats. / O presente trabalho aborda aspectos da fisiopatologia da pré-eclâmpsia (PE) em dois estudos. A avaliação da participação da isoforma endotelial da óxido nítrico sintase (eNOS) no processo de adaptação hemodinâmica renal e sistêmica observadas na gestação foi o objetivo do primeiro estudo. Para isso, foi utilizado o inibidor mais potente da eNOS, N-iminoetil-L-ornitina: L-NIO. A administração aguda de L-NIO em ratas prenhes diminuiu a taxa de filtração glomerular (TFG) e o fluxo plasmático renal (FPR), bem como aumentou a resistência vascular renal (RVR). Em contraste, L-NIO não apresentou efeitos hemodinâmicos significativos em ratas virgens. Esses achados sugerem que a eNOS possa ter um papel importante como mediador das alterações hemodinâmicas renais ocorridas durante a gestação. Um dos possíveis mecanismos ligados à gênese da PE ocorre devido à resposta inflamatória intravascular excessiva. O modelo de redução da pressão de perfusão uterina (RUPP) em ratas prenhes está associado ao aumento dos níveis de pressão arterial e proteinúria. O objetivo do segundo estudo foi investigar a participação da interleucina-6 (IL-6) no aumento da pressão arterial (PA) no modelo RUPP. A elevação na pressão arterial em ratas do modelo RUPP está associada ao aumento dos níveis de IL-6. A elevação dos níveis de IL-6 em ratas prenhes, atingindo níveis comparáveis àqueles encontrados em ratas do modelo RUPP, resultou em aumento significativo da PA e da RVR, além de redução do FPR renal e da TFG em relação ao grupo controle. A IL-6 induziu aumento na atividade plasmática da renina, mas não alterou significativamente os níveis de endotelina nas ratas tratadas com IL-6. A IL-6 não induziu efeitos significativos sobre os parâmetros hemodinâmicos renais em ratas virgens. Esses resultados indicam que os níveis de IL-6 estão aumentados no modelo RUPP e que o aumento dos níveis de IL-6 está associado à elevação da PA e diminuição dos parâmetros hemodinâmicos renais em ratas prenhes.
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Níveis séricos de estradiol, progesterona e óxido nítrico em gestantes com síndrome de pré-eclâmpsiaFridman, Fabíola Zoppas January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / INTRODUCTION: preeclampsia still remains as the main cause of fetal and maternal morbidity and mortality, with unknown etiology. Vasoconstriction plays a major role in its pathophysiology. It is known that this syndrome only occurs in the presence of placenta or trophoblastic tissue, and the release of placental factors is associated to the clinical manifestations of preeclampsia. The aim of the present study is to evaluate the serum levels of estradiol, progesterone and nitric oxide in normal nulliparous pregnant women and individuals with preeclampsia syndrome. PATIENTS AND METHODS: Case-control study in pregnant women attending the antenatal care or the obstetrics service of Hospital São Lucas from PUCRS. All women were in the third pregnancy trimester, and gave informed consent. Exclusion criteria were in vitro fertilization, aloimunization, known maternal disease, multiple pregnancies, known cromossomic abnormalities, fetal malformation, consent withdrawal or lack of laboratory data. Ten mL of blood were drawn, the serum was stored at –80oC and hormones were measured by radioimmunoasssay. Nitric oxide was evaluated by chemoluminescence. Descriptive analysis, Student`s t test, Pearson correlation coefficient were employed for statistical analysis, with a £ 0,05 being significant. RESULTS: The study sample consisted of 60 pregnant women – 30 with peeclampsia syndrome and 30 women whith normal pregnancies. No significant difference between the two groups was detected for estradiol, progesterone or nitric oxide (estradiol 30. 4 + 19. 0 ng/mL; progesterone 574. 1 + 227. 0 ng/mL in preeclampsia syndrome and 31. 6 + 16. 6 ng/mL and 640. 9 +358. 1 ng/mL in normal pregnancy respectively). Nitric oxide was not different between the two groups (13818. 0 +7603. 9 mM in preeclampsia syndrome and 13371. 8 + 7801. 9 mM in normal pregnancy). CONCLUSIONS: serum levels estradiol, progesterone and nitric oxide were not significantly different between nulliparous women in the third pregnancy trimester with or without preeclampsia syndrome and serum levels of such hormones are not markers of the pathophysology of preeclampsia. / INTRODUÇÃO: a pré-eclâmpsia continua sendo a maior causa de morbidade e mortalidade materna e fetal e tem etiologia desconhecida. Na sua fisiopatologia, o vasoespasmo exerce um papel fundamental. Sabe-se que esta síndrome só ocorre na presença da placenta ou tecido trofoblástico e a liberação de fatores placentários estão associados às manifestações clínicas da pré-eclâmpsia. O objetivo deste trabalho é estudar os níveis séricos de estradiol, progesterona e óxido nítrico em gestantes nulíparas normais e com síndrome de pré-eclâmpsia (SPE). PACIENTES E MÉTODOS: estudo de caso-controle em gestantes que realizaram pré-natal ou foram atendidas no Hospital São Lucas da PUCRS. Todas as mulheres incluídas estavam no terceiro trimestre de gestação, foram informadas do estudo e assinaram termo de consentimento. Gestantes com fertilização in vitro, isoimunização, patologia materna conhecida, múltiplos fetos, anormalidades cromossômicas conhecidas ou fetos malformados, pedido de abandono da pesquisa ou extravio das coletas laboratoriais foram excluídas. Foram retirados 10 mL de sangue, o soro foi estocado a –80oC e as dosagens hormonais de estradiol e progesterona foram realizadas por radioimunoensaio. O óxido nítrico foi dosado por quimioluminescência. Os dados foram analisados por estatística descritiva, teste t de Student e correlação de Pearson; com nível de significância a < 0,05.RESULTADOS: a amostra constituiu-se de 60 gestantes – 30 com síndrome de préeclâmpsia e 30 gestantes normais. Os níveis de estradiol e progesterona não foram estatisticamente diferentes entre os dois grupos (estradiol 30,4 ± 19,0 ng/mL e progesterona 574,1 ± 227,0 ng/mL nas pacientes com SPE e 31,6 ± 16,6 ng/mL e 640,9 ± 358,1 ng/mL respectivamente nas gestantes normais). O óxido nítrico também não foi diferente entre os 2 grupos ( 13. 818,0 ± 7603,9 mM na SPE e 13. 371,8 ± 7801,9 mM nas gestantes normais). CONCLUSÕES: os níveis séricos de estradiol, progesterona e óxido nítrico não tiveram diferença estatisticamente significativa entre gestantes nulíparas, no terceiro trimestre de gestação, com e sem síndrome de pré-eclâmpsia e os níveis séricos destes hormônios não são bons indicadores da fisiopatologia da pré-eclâmpsia.
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Relação entre hormônio antimülleriano, contagem de folículos antrais, volume ovariano e resultados de fertilização in vitroBoeno, Andrey Cechin January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / The aim of this study was to check if there is a predictive relationship of measured serum levels of anti-Mullerian hormone (AMH), antral follicle count (AFC) and ovarian volume with the results of IVF. We conducted a prospective study between January 2010 and March 2012 with women aged 35 or more who underwent IVF. The levels of AMH, AFC and ovarian volume were correlated with response to ovarian hyperstimulation, with rates of fertilization, with embryo quality and pregnancy rates. We evaluated 40 patients with a median age of 39 years old. There was a significant direct correlation between the levels of AMH and the number of follicles larger than 14 mm (rS = 0. 81 and P < 0. 001). The same happened to the AFC (rS = 0. 69 and P < 0. 001). This correlation was not significant when evaluated the ovarian volume. AMH, AFC and ovarian volume did not show a statistically significant correlation with rates of fertilization, with embryo quality or with pregnancy rates. In predicting good or poor response, AMH and AFC showed a high positive predictive value (100% for the AMH and 87% for AFC, using a cutoff of 0. 9 ng/ml and 7 follicles respectively, values established by ROC curve). We conclude from this study that AMH and AFC can be used as predictors of response to ovarian hyperstimulation in IVF, but they are not related to embryo quality, fertilization rates or pregnancy. / O objetivo deste estudo foi verificar se existe relação preditiva da medida do nível sérico do hormônio antimülleriano (HAM), da contagem de folículos antrais (CFA) e do volume ovariano com os resultados de FIV. Realizou-se um estudo prospectivo no período de janeiro de 2010 a março de 2012 com mulheres de 35 anos ou mais que realizaram FIV. Os níveis do HAM, CFA e volume ovariano foram correlacionados com resposta à hiperestimulação ovariana, com as taxas de fertilização, com a qualidade dos embriões e com os índices de gestação. Foram avaliadas 40 pacientes com uma mediana de idade de 39 anos. Observou-se uma correlação direta significativa entre os níveis do HAM e o número de folículos maiores de 14 mm (rS = 0,81 e P < 0,001), ocorrendo o mesmo com a CFA (rS = 0,69 e P < 0,001). Tal correlação não foi significativa quando avaliado o volume ovariano. HAM, CFA e volume ovariano não apresentaram uma correlação estatisticamente significativa com as taxas de fertilização, com a qualidade embrionária, nem com os índices gestação. Na predição de boa ou má resposta, HAM e CFA apresentaram um alto valor preditivo positivo (100% para o HAM e 87% para a CFA, usando um ponto de corte de 0,9 ng/ml e 7 folículos respectivamente, valores estabelecidos pela curva ROC). Concluímos, com o estudo, que HAM e CFA podem ser utilizados como preditores da resposta à hiperestimulação ovariana em FIV; porém, não estão relacionados à qualidade embrionária, taxas de fertilização ou gestação.
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Ultrassonografia modo b e dopplerfluxometria materno fetal na avaliação gestacional de ovelhas / B mode ultrasonography and dopplerfluxometry in the gestational evaluation of sheepSantos, Victor José Correia [UNESP] 09 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O entendimento acerca da fisiologia do processo gestacional e desenvolvimento embrionário/fetal oferece conhecimento para que se tome decisões acertadas em relação ao manejo da fêmea gestante, além destes animais serem utilizados como modelo experimental para a medicina humana, o que reforça a importância do estudo da gestação em ovinos. Nesse contexto, a ultrassonografia se apresenta como melhor opção para avaliar o desenvolvimento da gestação. É uma tecnologia segura que permite que se façam avaliações repetidas durante todo o processo gestacional. Objetivou-se estudar o desenvolvimento fisiológico embrionário/fetal durante a gestação de ovelhas por meio da ultrassonografia a fim de se obter parâmetros de normalidade que possam ser utilizados como referência para o diagnóstico de possíveis alterações do desenvolvimento embrionário/fetal e desenvolver fórmulas para predição de idade gestacional. Foram utilizadas 30 ovelhas Santa Inês pesando 45,4±4,3 kg, entre 2 e 5 anos e realizados exames ultrassonográficos semanais desde a 3ª, até a 21ª semana gestacional. Para a análise estatística, realizou-se teste de “Shapiro” para normalidade, com medidas reais ou transformadas correlacionadas com as semanas gestacionais pelo teste de “Spearman”. Quando significativo, foram testados os ajustes dos parâmetros e semanas gestacionais à modelos de regressão. Foi utilizado nível de significância de 5% e os resultados apresentados como média±DP (desvio padrão). Foram avaliados os diâmetros da vesícula gestacional (VG), abdominal (DA), torácico (DT), biparietal (DBP), da órbita ocular (OO) e dos placentônios (PL), além dos comprimentos crâniocaudal (CC), da nuca ao focinho (NF), da escápula (ESCA), do úmero (UME), do rádio (RD), do metacarpo (MCAR), do fêmur (FEM), da tíbia (TI), do metatarso (MTAR) e dos rins (RIM); mensuração da frequência cardíaca (FC em bat/min) obtida por meio do “Doppler” Pulsado e as medidas de comprimento da base ao ápice do coração (CCOR) e de largura da parede esquerda à direita na região mais próxima à base (LCOR). Os maiores coeficientes de determinação (R²) foram obtidos para o diâmetro biparietal foi de 96,5% e para o metacarpo de 93%. O diâmetro abdominal apresentou 91,7% e a largura do coração 90,2%. Estes últimos podem ser usados para estimar o período gestacional com precisão comparável da 4ª à 21ª semana, permitindo que o Médico Veterinário faça inferências quanto à normalidade do desenvolvimento da gestação. As avaliações ultrassonográficas permitiram acompanhar o desenvolvimento gestacional nas ovelhas, obtendo-se resultados com alta correlação com o desenvolvimento das estruturas materno-fetais, que podem ser utilizados como valores de referência para o acompanhamento gestacional e detecção de anormalidades no desenvolvimento embrionário/fetal. / The understanding about the physiology of the gestational process and embryonic/fetal development offers tools to make wise decisions regarding the management of the pregnant female, besides, these animals are used as experimental models, which reinforces the importance of the study of gestation in sheep. In this context, ultrasonography is the best option for the evaluation of gestation. It is safe and allows repeated evaluations to be made throughout the gestational process. The objective of this study was to assess the embryonic/fetal physiological development during pregnancy of sheep by means of ultrasonography in order to obtain normality parameters that can be used as a reference for the diagnosis of embryonic/fetal development alterations and to develop formulas for estimate gestational age. Thirty Santa Ines sheep weighing 45.4±4.3kg, between 2 and 5 years old were used. Ultrasound examinations were performed weekly from the 3rd to the 21st gestational week. For the statistical analysis Shapiro test was performed for normality with real or transformed measurements correlated with the gestational weeks by the Spearman test. When significant, parameter adjustments and gestational weeks were tested for regression models. A significance level of 5% was used and the results presented as mean ± SD (standard deviation). The gestational vesicle (GV), abdominal (AD), thoracic (TD), biparietal (BPD), ocular orbit (OO) and placentonium (PL) diameters were evaluated, as well as the crown-rump (CR), head-nose (HN), shoulder-blade (SB) umerus (UM), radius (RD), femur (FEM), tibia (TI), metatarsus (MTT), metacarpal (MCAR), heart rate (HR in beat/min) measurements obtained with Pulsed Doppler and measurements of the length of the base to the apex of the heart (LCOR) and width in the region closest to the base (WCOR). The highest coefficients of determination (R²) were obtained for the biparietal diameter was 96.5% and for the metacarpal 93%. The abdominal diameter had 91.7% and the heart width 90.2%. The latter can be used to estimate the gestational period from the 4th to the 21st week, allowing the Veterinarian to make inferences about the normality of the development of gestation. Ultrasonographic evaluations allowed the monitoring of gestational development in sheep, resulting in high correlation with the development of maternal-fetal structures, which can be used as reference values for gestational follow-up and detection of abnormalities in embryo/fetal development. / FAPESP 14/15422-0
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Fatores genéticos de risco na doença hipertensiva da gestaçãoDalmaz, Caroline Abrão January 2006 (has links)
Introdução: Os distúrbios hipertensivos da gestação (DHG) abrangem um amplo espectro de doenças, desde hipertensão gestacional até pré-eclâmpsia (PE) severa. A PE é uma doença específica da gestação e é caracterizada pela elevação da pressão arterial e proteinúria, em mulheres previamente normotensas. Há diversos fatores de risco identificados para o desenvolvimento dos DHG - o que é primordial para a detecção precoce, bem como para o tratamento dos DHG. A gestação por si representa um fator de risco ao estado de hipercoagulabilidade associada à mudanças nos fatores hemostáticos e esta condição tem sido descrita como participante da patogênese de algumas doenças obstétricas, incluindo a PE. Ainda, o óxido nítrico que auxilia na regulação da pressão arterial, agregação plaquetária, durante a gestação e parto, tem sido sugerido envolvido na patogênese da PE. A patofisiologia da PE, no entanto, permanece não completamente esclarecida; há evidências da predisposição genética que tem sido bem documentadas e genes envolvidos com trombofilias e polimorfismos do gene do óxido nítrico sintetase (eNOS) têm sido sugeridos como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da PE. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a freqüência dos fatores de risco nos DHG e analisar a relação entre 7 variantes moleculares de DNA distribuídos em 5 genes relacionados à hemostasia [o polimorfismo C677T do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), a mutação G20210A do gene da protrombina (F II), a mutação G1691A do gene do fator V (FV Leiden) e o polimorfismo de inserção e deleção (4G/5G) no gene do inibidor tipo 1 ativador do plasminogênio (PAI-1)] e ao estresse oxidativo (polimorfismos Glu298Asp, intron-4, –786T→C) do gene da eNOS e a ocorrência e/ou a severidade da PE, independentemente ou em combinações. Materiais e Métodos: A população de estudo foi composta por 330 participantes (161 pacientes com DHG e 169 controles) pareadas por idade e etnia, oriundas do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Todos as pacientes foram submetidas a exame físico, entrevista por meio de questionário padronizado e exames específicos para o diagnóstico dos DHG. A PE foi definida como a presença de hipertensão arterial em mulheres previamente normotensas e proteinúria. A análise dos polimorfismos foi realizada por meio das técnicas de PCR e PCR-RFLP para os produtos de PCR que foram submetidos à digestão enzimática com a enzima HinfI para o polimorfismo da MTHFR, HindIII para as mutações da F II e FV e com BanII para o polimorfismo Glu298Asp e MspI para o polimorfismo –786T→C do gene da eNOS. Para a identificação dos fatores de risco foram utilizados teste t de student, teste exato de Fisher e Qui-quadrado. A análise de regressão multivariada foi realizada para estimar as variáveis clínicas, sociais e demográficas que foram associadas com a ocorrência de DHG na análise univariada. Resultados: O grupo das pacientes foi composto de 73% de mulheres caucasianas e a média de idade foi de 29,1 anos (13-48 anos). Na análise multivariada as variáveis significantemente associadas com os DHG foram: a presença de história familiar de preeclampsia [p=0,02; razão de chances (RC)=7,05; 95% intervalo de confiança (IC)=1,99- 24,92], a presença de diabetes (p<0,01; RC=3,87; 95% IC=1,22-12,27) e ocorrência de hipertensão crônica (p=0,02; RC=1,70; 95% IC=0,54-5,32). Dos 7 polimorfismos analisados, observou-se que as distribuições genotípicas e as freqüências alélicas dos polimorfismos C677T do gene da MTHFR (RC=2,07; 95% IC=0,99-4,30), G20210A do gene da F II (RC=8,11; 95% IC=0,89-73,92), G1691A do gene do FV (RC=3,94; 95% IC=0,35-44,23), 4G/5G do gene do PAI-1 (RC=1,63; 95% IC=0,87-3,05) não parecem estar associadas isoladamente à ocorrência da PE em gestantes com essa complicação quando comparadas à gestantes normotensas, nem mesmo na forma severa. Entretanto, quando investigada uma possível interação entre os genótipos de risco e a PE, a RC para um genótipo de risco, de um ou dois genótipos de risco e dois genótipos de risco comparado com grupo sem genótipos de risco foi [1,97 (95% IC=1,08-3,59), 2,21 (95% IC=1,25-3,92) e 4,27 (95% IC=1,3-13,9)], respectivamente. Em relação aos polimorfismos do gene da eNOS, a distribuição genotípica do polimorfismo Glu298Asp foi significativamente diferente entre as pacientes com PE e as mulheres normotensas caucasóides (p=0.040; Asp/Asp versus Glu/Glu + Glu/Asp: RC=2,65; 95% IC=1,045- 6,69), no entanto não foi diferente nas pacientes afro-brasileiras (p>0,05). Ainda, as distribuições genotípicas e as freqüências alélicas dos polimorfismos intron-4 e –786T→C do gene da eNOS não estão associadas à ocorrência e/ou severidade da PE em gestantes com essa complicação quando comparadas à gestantes normotensas, seja no grupo das caucasóides ou das afro-brasileiras. As freqüências dos haplótipos Glu298Asp, intron-4 e – 786T→C foram diferentes nas mulheres com PE quando comparadas à gestantes normotensas no grupo de mulheres afro-brasileiras (<0,001). O haplótipo Asp298-786T-4b foi mais freqüente nos casos do que nos controles. A análise com o grupo das caucasianas não foi significativamente diferente (p=0,14). Conclusões e perspectivas futuras: Os fatores de risco associados aos DHG são similares aos reportados em outros países e o conhecimento dos fatores de risco de nossa população pode auxiliar nas condutas do pré-natal. Na população analisada, a presença dos genótipos de risco nos genes ligados à trombofilias não estiveram associados ao desenvolvimento da PE nem na PE grave, quando analisados independentemente. Entretanto, uma possível interação entre os polimorfismos dos genes MTHFR, F II, FV e PAI-1 e o desenvolvimento de PE foi sugerido. Em relação aos polimorfismos do gene da eNOS, uma associação entre o polimorfismo Glu298Asp e o desenvolvimento da PE em pacientes caucasóides foi encontrado. O haplótipo Asp298-786T-4b pode estar relacionado com PE em mulheres afro-brasileiras. / Background: Hypertensive disorders of pregnancy (HDP) cover a broad spectrum of diseases ranging from gestacional hypertension to severe preeclampsia. Preeclampsia (PE), a pregnancy-specific syndrome is characterized by clinically defined as elevated blood pressure and proteinuria, in women previously normotensive. There are several risk factors identified to the development to HDP - this is very important to early defection and treatment of HDP. Pregnancy itself represents a risk factor for a hypercoagulable state associated with acquired changes in hemostatic factors, and a condition of hypercoagulation has been described as a major factor in the pathogenesis of some obstetric pathologies, including PE. In addition, the nitric oxide regulates blood pressure, platelet aggregation, myometrial quiescence during pregnancy and parturition, and may be involved in the pathogenesis of PE. Although the pathophysiology of PE remains unclear, genetic evidences for an inherited predisposition to PE are well known and trombophilic genes and polymorphisms in the endothelial nitric oxide synthase (eNOS) have been suggested as a risk factor to the development of PE. Aim: The aim of this study was to identify the frequency of risk factors for hypertensive disorders in pregnancy in Southern Brazil and analyze the relationship between 7 DNA polymorphisms distributed in 5 genes related to the haemostasis (the C677T polymorphism of the methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) gene, the G20210A mutation of prothrombin gene (F II), the G1691A mutation of factor V (FV Leiden) and an insertion/deletion polymorphism (4G/5G) in the promoter of the plasminogen activator inhibitor type 1 (PAI-1) gene and to endothelial dysfunction (– Glu298Asp, intron-4 and 786T→C in the eNOS gene) and the occurrence and/or the severity of the preeclampsia, independently or in combination. Materials and Methods: The study population was composed of 330 individuals (161 patients with HDP and 169 controls) matched by age and ethnicity from Hospital Nossa Senhora da Conceição. All patients underwent a standardized clinical evaluation that consisted of a questionnaire. Preeclampsia was defined as the presence of hypertension associated with proteinuria in women known to be normotensive beforehand. Genotype analysis was performed using the PCR methods and PCR-RFLP method for the PCR products were subjected to digestion with the restriction enzymes HinfI for the polymorphism in the methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) gene, the HindIII for polymorphisms in the prothrombin mutation (F II), and factor V Leiden (FV) genes, the BanII for the Glu298Asp polymorphism and MspI for –786T→C polymorphism in the eNOS gene. The frequencies of the risk factors were compared between the groups by Fisher’s exact test, Chi-square and Student t tests. A multivariate logistic regression was performed to assess the independent role of the clinical, social and demographic variables, which were significantly associated with occurrence of the hypertensive disease in pregnancy in the univariate analysis. Student t test was employed for comparison of the quantitative variables between the groups. Differences in proportions were tested by Student’s t test, Fisher’s exact test or χ2 test. Relative risks were estimated by the odds ratio and P – values of < 0.05 were considered to be significant. Results: We found 73% of Caucasians and the mean age was 29.1 years (13–48 years). In the multivariate analysis, the variables significantly associated with hypertensive disease in pregnancy were the following: family history of preeclampsia [p=0.02; odds ratio (OR) = 7.05; 95% confidence interval (CI)=1.99-24.92], diabetes (p<0.01; OR=3.87; 95% CI=1.22–12.27) and chronic hypertension (p=0.02; OR=1.70; 95% CI=0.54-5.32). When we analyzed the polymorphisms independently and the development of preeclampsia no association was observed [methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) 677TT genotype, OR 2.07, 95% CI=0.99-4.30; prothrombin mutation (F II) (GA or AA genotypes) OR 8.11, 95% CI=0.89-73.92; factor V Leiden (FV Leiden) OR 3.94, 95% CI=0.35-44.23; plasminogen activator inhibitor (PAI-1) 4G/4G genotype, OR 1.63, 95% CI=0.87-3.05] not even with severe preeclampsia subgroup analysis. However, when we investigated a possible interaction among these polymorphisms on the development of the preeclampsia, the OR for having one risk genotype, one or two genotype risk factors and two genotype risk factors compared to those without genotype risk factors were 1.97 (95% CI=1.08-3.59), 2.21 (95% CI=1.25-3.92) and 4.27 (95% CI=1.3-13.9), respectively. Regarding to the polymorphisms in the eNOS gene the genotype distribution was significantly different between preeclamptic and normotensive women for the Glu298Asp polymorphism in Caucasians (p=0.040; Asp/Asp versus Glu/Glu + Glu/Asp: OR=2.65; 95% CI=1.045-6.69) but it was not different in African-Brazilians (p>0.05). The genotype frequencies for the intron-4 and –786T→C polymorphisms did not differ in Caucasians and African-Brazilians (p>0.05). The estimated haplotype frequencies considering the eNOS Glu298Asp, the intron-4, and the –786T→C polymorphisms were different between women with preeclampsia and control women in African-Brazilians (p<0.001). The Asp298-786T-4b haplotype was more frequent in cases than in controls. The analysis with the Caucasian group did not demonstrate significant differences (p=0.14). Conclusions and future perspectives: In conclusion, the risk factors associated with hypertensive disorders in pregnancy appear to be similar to those reported in other countries and our results reflect behavioral factors whereby women may be predisposed to an increased risk of preeclampsia, thus the knowledge of the risk factors could be helpful in a prenatal care. In the population analyzed, the presence of the genotype risk factors in the trombophilic genes alone does not seem to be associated with the development of preeclampsia even in the severe presentation form. Nevertheless, a possible interaction among the MTHFR, F II, FV and PAI-1 gene polymorphisms on the development of the preeclampsia was suggested. Regarding to the polymorphisms in the eNOS gene, a possible association between the Glu298Asp polymorphism on the development of the preeclampsia in the Caucasian group was suggested. It was also indicated that the Asp298- 786T-4b haplotype may be related to occurrence of preeclampsia in African-Brazilian women.
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