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Habilidades sociais conjugais em casais de diferentes filiações religiosas. / Marital social skills in couples from different religious affiliations.Miriam Bratfisch Villa 20 June 2002 (has links)
A literatura têm mostrado que as habilidades sociais constituem um importante ingrediente das relações conjugais satisfatórias e que a competência social é determinada por múltiplos fatores, incluindo-se aí as crenças e normas individual ou coletivamente assimiladas. A comunidade religiosa exerce grande influência sobre o comportamento de seus membros através de normas e preceitos com relação a comportamentos esperados em vários contextos, entre eles o conjugal. Nesse caso, a maioria das igrejas usualmente determina ou induz características associadas ao papel de esposa, de marido e à educação dos filhos. Este estudo teve como principal objetivo verificar a relação existente entre filiação religiosa e habilidades sociais emitidas pelos cônjuges no contexto de seu relacionamento cotidiano e outras variáveis da amostra associadas a esses aspectos. A amostra estudada foi de 74 casais divididos em três grupos: católicos, presbiterianos e sem filiação religiosa. Todos os casais responderam a um Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC) e a uma ficha de dados pessoais. Os casais religiosos responderam também a um questionário doutrinário e um outro instrumento no qual foi solicitado que relacionassem uma lista de habilidades sociais aos ensinamentos da igreja, caso acreditassem que houvesse alguma relação. Os dados dos três grupos foram organizados em tabelas e figuras e foram comparados estatisticamente (entre religiões, entre instrumentos e com características da amostra). Os resultados mostraram que: 1) não houve diferença estatisticamente significativa entre os três grupos com relação a indicadores de habilidades sociais, mais especificamente, não houve influência das variáveis: freqüência à igreja, tempo de filiação religiosa, conhecimento doutrinário, relação que o respondente faz entre comportamentos cotidianos e ensinamentos da igreja e relato que o respondente faz com relação à influência da igreja sobre os comportamentos interpessoais conjugais; 2) nas três amostras, verificou-se diferenças significativas entre os respondentes de ambos os sexos com relação a comportamentos socialmente habilidosos, sendo que as mulheres obtiveram índices mais altos; 3) uma análise qualitativa das falas dos respondentes quando solicitados a estabelecerem relações entre habilidades sociais conjugais e ensinamentos doutrinários mostrou em linhas gerais que: a) grande parte das relações estabelecidas, na verdade, associavam habilidades sociais conjugais a regras gerais de convivência e conceitos cotidianos sobre relacionamento conjugal mais do que a ensinamentos doutrinários; b) respondentes presbiterianos se mostraram mais eloqüentes na tarefa de associar habilidades sociais conjugais a possíveis ensinamentos doutrinários; c) vários ensinamentos doutrinários foram associados a habilidades sociais, seja no sentido de apóia-las ou justificar sua não ocorrência. Algumas conclusões foram extraídas deste estudo. A religião parece não ser um fator determinante das habilidades sociais conjugais, sendo o gênero um fator mais determinante. Os respondentes parecem buscar nos ensinamentos religiosos a justificativa para suas ações, tanto socialmente habilidosas, como passivas. Além disso, parece haver um conjunto de ensinamentos religiosos (não necessariamente específicos de uma ou outra religião) que pode favorecer comportamentos sociais potencialmente favoráveis a um bom relacionamento conjugal, embora parte destes ensinamentos possa também justificar comportamentos não habilidosos passivos diante de situações que requerem enfrentamento. Embora não se possa atribuir diferenças em habilidades sociais conjugais à filiação doutrinária, os dados sugerem que a vivência na comunidade religiosa pode estabelecer normas e padrões gerais de convivência (compatíveis com várias religiões cristãs) que são aplicadas também no contexto conjugal, inclusive "modelos" de aplicação de idéias da religião aos diferentes contextos de vida ou inversamente, de justificativas de ações com base nessas idéias. / The literature has shown social skills as an important ingredient in satisfactory marital relationships. Social competence is determined by multiple factors, including beliefs and norms assimilated individually or in the community. The religious group has great influence over its members behaviors through norms and principles relating to expected behaviors in several contexts, including the marital relationship. In this case, most Churches usually determine or induce characteristics associated to the wife and husband's roles and to child rearing. The principal aim of this study was to verify the relation between religious affiliation and social skills presented by spouses in the context of their everyday interaction and other associated variables of the sample. Seventy-four couples divided into three groups were studied: Catholics, Presbyterian and without religious affiliation. All of them answered to a Marital Social Skills Inventory (IHSC) and to a Personal Data Form. The religious couples responded also to a doctrinaire questionnaire and to another evaluation where they were required to correlate a list of social skills to the Churchs teachings, if they believed there was an association between them. Data were organized in tables and pictures and statistically compared (between religion, between evaluations and between sample). The results showed that: 1) there was no statistically significant difference between groups in social skills indicators. In other words, there was no influence of variables like Church frequency, religious affiliation time, doctrinaire knowledge, association between everyday behavior and Church's teachings made by respondent and what the respondent tells about the Churchs influence over marital interpersonal behavior; 2) In the three samples significant differences were found between respondents of both sexes relating to social skilled behavior, with women presenting higher scores; 3) A qualitative analysis of the respondents speech when asked to establish relations between marital social skills and doctrinaire teachings showed that: a) actually most of the relations established associated marital social skills to general living rules and everyday beliefs about marital relationship more than to doctrinaire teachings; b) presbyterian respondents showed more eloquence in associating marital social skills to feasible doctrinaire teachings; c) several doctrinaire teachings were associated to social skills, both supporting or justifying its non-occurrence. Some conclusions were derived from this study. The religion doesnt seem to be a determining factor of marital social skills, gender seems to have a more determining role. The respondents seem to search in religious teachings the reason for their actions, both social skilled or passive. Besides that, there may be a set of religious teachings (not necessarily specific of one or other religion) which favour potentially suitable social behaviors in marital relationship, although part of these teachings may also justify passive and non-skilled social behavior in confronting situations. Despite of no differences in marital social skills can be attributed to doctrinaire affiliation, data suggest living in a religious community may establish norms and general patterns of living (compatible with many Christian religions) that are also suitable in the marital context, including "models" of applicating the religious ideas to different contexts of life or, inverted, justifying actions based in these ideas.
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Habilidades sociais no casamento: avaliação e contribuição para a satisfação conjugal / Social marital skills: evaluation and contribution for the marital satisfactionMiriam Bratfisch Villa 16 December 2005 (has links)
A qualidade dos relacionamentos interpessoais tem grande influência nos diversos contextos da vida de qualquer indivíduo, aqui se incluindo o contexto conjugal, fonte potencial de prazer e realização ou frustração e transtornos psicológicos. Pesquisas têm mostrado a importância de habilidades sociais específicas para a maximização da qualidade do relacionamento conjugal, como sua estabilidade e duração, sugerindo seu impacto possível também sobre a satisfação conjugal, embora não se disponha, ainda, de estudos empíricos suficientes para sustentar esta última relação. Essa lacuna está, em parte, relacionada à falta de instrumentos para a avaliação das habilidades sociais conjugais e sua possível especificidade em relação às habilidades gerais dos cônjuges. Este estudo propôs-se verificar a relação entre a satisfação conjugal dos cônjuges e habilidades sociais gerais e conjugais e, concomitantemente, aperfeiçoar um instrumento de avaliação destas últimas. Participaram 406 respondentes de ambos os sexos (a maioria casais), com nível mínimo de escolaridade de segundo grau e idades entre 20 e 73 anos , que responderam ao Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette), Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC) e à Escala de Satisfação Conjugal (ESC). Foram obtidos escores individuais para cada instrumento, procedendo-se a análises descritivas de cada um e a comparações entre eles, especialmente entre maridos e esposas, além de análise da influência de variáveis sócio-demográficas. Os resultados apontaram correlação significativa entre escores do IHS-Del-Prette, IHSC e escore da ESC, sugerindo que quanto mais elaborado o repertório de habilidades sociais (conjugais e gerais) do respondente, maior é sua satisfação com o casamento, confirmando a hipótese inicial do estudo. Correlações entre fatores do IHSC, IHS-Del-Prette e da ESC apontaram classes de comportamentos do respondente e de seu cônjuge especificamente associadas à satisfação conjugal. O IHSC apresentou boa consistência interna (Alfa de Cronbach = 0,81) e uma estrutura de seis fatores que explicaram 45,407 da variância total obtida. São discutidas a aplicabilidade do instrumento a novos estudos e ao contexto prático de atuação do psicólogo, bem como as implicações dos resultados obtidos para novas pesquisas. / The quality of interpersonal relations has a great influence on many life contexts, including here the marital context, a potential source of pleasure and accomplishment or of frustration and psychological disorders. Researches have shown the importance of specific social skills for the maximization of the marital relation quality as well as upon its stability and duration, suggesting a possible impact also upon the marital satisfaction. Nevertheless, these relations don\'t have enough supportive empirical studies. This gap is partially related to the lack of instruments to access the social marital skills and to its possible specificity in relation to the spouses\' global skills. This study was aimed to verify the relation between the spouses\' marital satisfaction and global and marital social skills and simultaneously to improve an instrument to evaluate social skills. 406 participants from both sexes (most couples, with high school educational level, age between 20 and 73 years) completed the Social Skills Inventory (SSI-Del-Prette), the Marital Social Skills Inventory (MSSI) and the Marital Satisfaction Scale (MSS). It was computed individual scores for each instrument, then proceeding to descriptive and statistical analyses, especially comparing husbands and wives and social-demographic variables influence. The results showed a significant correlation between the SSI-Del-Prette, MSSI and MSS scores, suggesting that the more elaborated was the respondent\'s social skills repertoire (marital and global), greater was his/her marital satisfaction, confirming the initial hypothesis. Correlations between the SSI, MSSI and MSS factorial scores showed which respondents social skills classes was specifically associated to the marital satisfaction. The MSSI presented a good internal consistency (Alpha of Cronbach = 0,81) and a six factors structure that explained 45,407 of the obtained total variance. It has been discussed the instrument applicability to new studies and to practical context of psychologist professional work as well as these results\' implications to further researches.
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Sintomas de estresse e percepção de estressores escolares no início do Ensino Fundamental / Stress symptoms and school stress perceptions in the beginning of elementary school.Erica Taciana dos Santos Crepaldi 03 March 2016 (has links)
O ingresso no Ensino Fundamental - EF tem sido visto como um momento de transição devido às novas demandas que apresenta para a criança. Neste contexto, parece haver um aumento da vulnerabilidade das crianças ao estresse, principalmente daquelas com maior dificuldade de adaptação a estas demandas. Esse estudo teve como objetivo amplo investigar o estresse da transição no contexto do EF de nove anos, partindo de uma visão desenvolvimentista aliada a uma perspectiva de exposição a estressores cotidianos. Especificamente, o estudo investigou a relação entre competências e sintomas de estresse no 1º ano do EF, o curso desenvolvimental dos sintomas e das percepções de estresse nos dois anos inicias do EF, suas associações com as tarefas adaptativas da transição e a influência da escola nos indicadores de estresse. Finalmente, exploraram-se modelos explicativos para indicadores de estresse apresentados no 2º ano. Seguindo metodologia prospectiva, avaliaram-se indicadores de ajustamento e competências relacionadas ao desempenho acadêmico, social e comportamental das crianças no 1º ano, estresse nos dois primeiros anos e características da escola (localização e IDEB). Participaram da pesquisa 157 alunos do 1º ano do EF, sendo 85 meninos e 72 meninas, com idade média de 6 anos e 10 meses no início da pesquisa. Todos tinham experiência de dois anos na Educação Infantil e estavam matriculados em escolas municipais de diferentes regiões de uma cidade do interior de São Paulo. Também participaram do estudo, como informantes, seus respectivos professores do 1º ano, num total de 25. As crianças responderam à Escala de Stress Infantil, ao Inventário de Estressores Escolares e a uma avaliação objetiva de desempenho acadêmico (Provinha Brasil). Os professores avaliaram as habilidades sociais, os problemas de comportamento externalizantes e internalizantes e a competência acadêmica dos seus alunos por meio do Social Skills Rating System Professores. A análise dos dados compreendeu estatísticas descritivas, comparações, correlações e regressões. Nos resultados, 57% dos alunos no 1º ano e 72% no 2º ano relataram sintomas de estresse pelo menos na fase de alerta. Crianças com estresse no 1º ano apresentaram menores índices de ajustamento e competência e perceberam suas escolas como mais estressantes em relação ao seu papel de estudante e nas relações interpessoais. Correlações moderadas entre medidas de indicadores de estresse tomadas no 1º e no 2º ano sugerem estabilidade. A presença de sintomas de estresse aumentou do 1º para o 2º ano, enquanto a percepção de estressores escolares não variou. Crianças com maiores médias de estresse são provenientes de escolas situadas em regiões periféricas e com classificação mais baixa no IDEB. As análises de predição evidenciaram a habilidade social de responsabilidade e cooperação avaliada no 1º ano como importante fator de proteção contra sintomas de estresse no 2º ano, ao passo que a percepção da criança de tensões nas relações interpessoais no 1º ano foi o principal fator de risco para futura sintomatologia de estresse. Nesse sentido, intervenções com ênfase na promoção de habilidades sociais das crianças podem ser profícuas na prevenção do estresse. / The entrance to the elementary school - ES has been considered as a transition time due to the new demands it presents for the child. In this context, some children may become more vulnerable to stress, especially those with greater difficulty in adapting to these demands. This study investigates the stress of transition to ES (nine years long), from a developmental perspective combined with the theoretical approach of exposure to daily hassles. Specifically, the study investigated (a) the relationship between competences and symptoms of stress in the 1st year of the ES; (b) the developmental course of symptoms and stress perceptions in the two initial years of the ES; (c) their associations with adaptive transition tasks; (d) the school influence on stress indicators. Explanatory models for stress indicators presented in 2nd year were also explored up. Following a prospective design, competence and adjustment indicators related to academic performance, social skills, behavior, and stress were evaluated in the 1st year, as well as school characteristics (location and IDEB). Stress measures were repeated in the 2nd year. The participants were 157 ES students, 85 boys and 72 girls, with an average age of 6 years and 10 months at baseline in 1st year. They had two years experience in kindergarten and were enrolled in public schools in different regions of a city of São Paulo State. Their teachers of the 1st year, a total of 25, also participated in the study, as informants. The children answered the Child Stress Scale, the Inventory of School Stressors and an objective evaluation of academic performance (Provinha Brazil). Teachers rated social skills, externalizing and internalizing behavior problems and academic competence of their students through the Social Skills Rating System - Teachers. Data analysis comprised descriptive statistics, comparisons, correlations and regressions. In the results, 57% of students in the 1st year and 72% in the 2nd reported stress symptoms at least in the alert phase. Children with stress symptoms at 1st year had lower levels of adjustment and competence. They also perceived their schools as more stressful concerning both academic demands and interpersonal relationships. Moderate correlations between stress indicators measures in the 1st and 2nd year suggest stability. The presence of stress symptoms increased from the 1st to the 2nd year, while the perception of school stressors did not change. Children with higher average stress come from schools in remote urban areas and lower IDEB index. The prediction analysis showed the social skill of responsibility and cooperation assessed at 1st year as an important protection factor against stress symptoms in the 2nd year, while the child\'s perception of tensions in interpersonal relationships in the 1st year was the main risk factor for future symptoms of stress. In this sense, interventions emphasizing the promotion of social skills of children can be fruitful in preventing stress.
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Relação entre mudanças de peso e competência social em dois adolescentes obesos durante intervenção clínica comportamental. / Relation between weight and changes in social competence of two obese adolescents during a behavioral clinical intervention.Débora Regina Barbosa 30 March 2001 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo estudar a relação entre mudanças na competência social e no peso em dois adolescentes obesos. Os casos foram atendidos individualmente dentro do modelo de terapia comportamental e os dados obtidos foram descritos em forma de estudo de caso. Os clientes foram avaliados em relação às mudanças ocorridas através de diferentes escalas e inventários e de categorias de comportamento criadas pela pesquisadora para observação e análise do processo terapêutico. Para os dois clientes ocorreram ganhos referentes à competência social. Em relação ao peso, um cliente apresentou uma forte relação inversa com competência social no decorrer do tratamento e perdeu peso. O outro cliente precisou de um tratamento mais longo mas apresentou no final do tratamento (últimas 10 sessões) uma tendência semelhante. Os resultados também indicaram que ambos desenvolveram estratégias de comportamento para lidar com os aspectos aversivos do ambiente relacionados à obesidade, apontando para a necessidade de associar essa modalidade de tratamento que enfoca o desenvolvimento da competência social a outros procedimentos utilizados nos tratamentos de perda de peso. / This research evaluated the relationship between changes in social competence and weight loss in two obese adolescents. Both cases were treated with individual behavioral therapy and the results were presented as a case report. The clients were evaluated by changes obtained on different scales and inventories, as well as by the analysis of behavioral categories created by the therapist. In this analysis, both clients were observed to improve in terms of social competence. One of the clients demonstrated a significant inverse correlation between improvement of social competence and weight loss during treatment (16 sessions) and lost weight. The other client required longer treatment (40 sessions), but also demonstrated at the end of intervention, the same tendency of results. Based on this evaluation, it was postulated that behavioral therapy targeted to issues of social competence should be an integral part of treatment for weight loss, and should be combined with other therapeutic modalities.
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Habilidades sociais e estigma internalizado em alcoolistasFelicissimo, Flaviane Bevilaqua 23 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-01-23 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O alcoolismo é uma condição fortemente estigmatizada pela população geral, conduzindo o alcoolista a internalizar esse estigma e sofrer com as consequências negativas desse fenômeno. Um adequado repertório de habilidades sociais permite ao indivíduo aumentar sua rede de apoio social, atuando como minimizador das consequências negativas da internalização do estigma. Diante dessa constatação, o presente trabalho buscou responder a três objetivos: (1) Revisar a literatura científica em busca de evidências de déficits no repertório de habilidades sociais em alcoolistas e da eficácia do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) para o tratamento dessa condição; (2) caracterizar e comparar o repertório de habilidades sociais de dependentes e não dependentes de álcool e (3) descrever o estigma internalizado em alcoolistas e sua relação com o repertório de habilidades sociais. Para responder ao primeiro objetivo, foi conduzida uma revisão sistemática da literatura, a qual analisou 33 estudos interessados nessa relação. Os resultados indicaram uma ausência de estudos que comprovem a existência de déficits no repertório de habilidades sociais em alcoolistas. Entretanto, o THS foi apontado como uma técnica eficaz no tratamento para essa condição. Para responder aos objetivos dois e três, foram entrevistados 123 dependentes de álcool e 114 não dependentes dessa substância, através de uma entrevista estruturada utilizando os instrumentos: questionário sociodemográfico, Mini International Neuropsychiatric Interview, Inventário de Habilidades Sociais e a Internalized stigma of mental illness adaptada para a população de dependentes de substâncias no Brasil. Os dados foram analisados quantitativamente e indicaram uma diferença na habilidade de autocontrole da agressividade entre dependentes e não dependentes de álcool, demonstrando um pior desempenho dessa habilidade em alcoolistas. Ainda, foi encontrada uma correlação negativa entre o estigma internalizado e o repertório de habilidades sociais, sendo que a habilidade de conversação e desenvoltura social se destacou como uma habilidade que contribui significativamente para o a internalização do estigma. Conclui-se que o repertório de habilidades sociais é uma variável significativa no processo de internalização do estigma e, portanto, deve ser considerada em programas voltados para a diminuição desse fenômeno. / Alcoholism is a condition strongly stigmatized by the general population, which leads alcoholics to internalize their stigma and suffer alone the negative consequences of such phenomena. However, an adequate repertoire of social skills allows a person to expand its social network and support groups, minimizing the negative consequences of internalizing such stigma. Taking this into consideration, this current study sough to address three topics: (1) Evidences available through a review of scientific literature on alcoholics social skills deficit and how effective Social Skills Training (SST) is for the treatment of such condition; (2) characterization and comparison between social skills of alcoholics and non-alcoholics, and (3) description of the stigma internalized by alcoholics and its relationship to an individual’s social skills repertoire. In order to answer the first topic, a systematic review of the literature pertaining the subject was conducted, where 33 related studies were analyzed. Our findings indicate a lack of studies able to confirm deficits in alcoholic’s social skills repertoire. However, SST is considered an effective form of treatment for such condition. To address topics two and three, 123 alcoholics and 114 non-alcoholics were consulted by means of a structured interview, where the following instruments were utilized: a socio-demographic questionnaire, a Mini International Neuropsychiatric Interview, a Social Skills Inventory and Internalized stigma of mental illness – especially adapted to the brazilian population dependent on such substances. A quantitative analysis of the collected data indicates an actual difference between alcoholics and non-alcoholics in terms of their anger management abilities, showing alcoholics to be more aggressive than nonalcoholics. Moreover, a negative correlation was also found between internalized stigma and social skills, where the ability to socialize and conversation skills stand out as significant contributors to the internalization of the alcoholic stigma. In conclusion, the repertoire of social skills is an important variable for understanding the internalization of such stigma and, therefore, must be taken into consideration by programs which seek to reduce this phenomenon.
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Relações sociais entre adolescentes : do face a face às redes virtuais / Social relationships among adolescentes : from face to face to social networkMearraoui, Viviane Aires de Aguirre, 1981- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Cecília Guarnieri Batista / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T20:22:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Os meios digitais de comunicação estão em constante e intenso desenvolvimento nos últimos anos, gerando questionamentos de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento a respeito das mudanças que provocam nas relações entre as pessoas e na sociedade de modo global. Entre os profissionais de psicologia existe uma preocupação relativa aos aspectos relacionados à subjetividade e às alterações nas relações interpessoais. Considerando o interesse na investigação desses questionamentos foi adotada a perspectiva histórico-cultural, que tem como foco central a experiência mediada por instrumentos e signos, entendendo que essa experiência mediada pode ser importante à compreensão do modo como esses meios digitais estão sendo utilizados. Foram abordados ainda, tópicos relativos às mudanças que novas tecnologias utilizadas para contatos sociais podem trazer ao desenvolvimento psicológico. No que se referiu às formas de contato pesquisadas (face a face, por voz e por escrito) foi abordada a questão dos materiais verbais, para-verbais e não verbais. O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar adolescentes, com diferentes níveis de habilidades sociais, em contatos face a face, por voz e por escrito. O estudo foi realizado com adolescentes, entre 14 e 18 anos, que cursavam Ensino Médio em escolas particulares. A primeira etapa do estudo envolveu a aplicação do Inventário de Habilidade Sociais para Adolescentes (IHSA), de Del Prette e Del Prette, em 60 participantes. De acordo com os escores de dificuldade em habilidades sociais obtidos por cada participante neste inventário, parte deles foi convidada para uma entrevista sobre as formas de contato social que utilizavam. A segunda etapa foi realizada com nove adolescentes; quatro deles com classificação de baixa dificuldade, dois com classificação média e três com classificação de alta dificuldade em habilidades sociais. Os resultados dessa etapa foram categorizados e analisados, em termos da frequência das categorias para o conjunto dos nove participantes e da comparação entre as falas de três participantes com alta dificuldade em e três dos participantes com baixa dificuldade em habilidades sociais. Os resultados dessa etapa mostraram algumas tendências gerais destacadas nas falas dos participantes no uso das três modalidades, como exemplos: predomínio de contatos com amigos e de contatos realizados em casa, predomínio de entretenimento/lazer em conteúdos abordados e avaliação positiva do próprio desempenho nesses contatos. Foram identificadas ainda, algumas tendências específicas ao uso de determinada modalidade, como foi o caso de menor frequência e duração dos contatos por voz com relação aos demais, mais relatos de contatos para informar sobre própria localização nos contatos por voz do que nos demais e mais relatos de contatos com população em geral nos contatos por escrito do que nos demais. A análise por subgrupos (BD ¿ baixa dificuldade e AD ¿ alta dificuldade) mostrou algumas tendências de respostas comuns aos dois subgrupos e pouca diferença entre eles. De um modo geral, identificou-se que os participantes realizavam os contatos face a face e por escrito com motivação, frequentemente, por longos períodos e diversidade de conteúdos abordados. Os contatos por voz foram descritos como pouco motivadores, rápidos, esporádicos e para abordar temas específicos. Cabe destacar que as tecnologias utilizadas para contatos sociais continuarão a evoluir, sendo importante o estudo constante das alterações que o uso dessas tecnologias ainda pode trazer a cada pessoa e à sociedade como um todo. Palavras-chave: relações sociais, adolescência, habilidades sociais, contexto histórico. Áreas de conhecimento: saúde, educação, comunicação / Abstract: Digital media are in continuous and intense development over the past few years leading researchers from different fields of study to question about the changes it causes in people relationships and society in general. Psychology professionals have relative concern about subjective aspects in communication and modifications on social relationships. Considering the interest to research these questions it has been adopted the perspective of historical-cultural theory that focuses the experience mediated by instruments and signs, which means that this mediated experience can be important to the comprehension about the way these digital medias have been used. There are some topics related to the changes that new technologies made specifically for social network can bring to the individual psychological development. With reference to the modalities of social contact of this research (face to face, by voice and written communication), it has been approached verbal, para-verbal and non-verbal materials. The present study aims to describe and analyze adolescents, considering different levels on social skills, in their face to face, spoken and written communication. This study consists of adolescents between 14 and 18 years old at high school of private schools. The first step on this research consisted on the application of the Social Skills Inventory for adolescents (SSI) of Del Prette and Del Prette on 60 participants. According to the scores of social skills deficit obtained for each participant, some of them have been invited for an interview about their preferential modalities of social contact. The second step was done with nine adolescents; four of them classified in a group of low difficulty, two in average, and three in a high difficulty group on social skills. The results from this second step where categorized and analyzed in terms of frequency of each category for these nine participants and afterward there is a comparison between the interview of those three participants with high difficulty and those three participants with low difficulty on social skills. The results in this step pointed some general tendencies when using the modalities of social interaction, for example: for example: the prevalence of choosing friends as a social contact and those social contacts occurs at home, leisure and entertainment as their frequent talk and positive assessment about their own performance in those social contacts. It has been identified some specific tendencies to use a determined modality of social contact, as showed by the low frequency and duration of social contact by voice if compared to the other modalities, higher frequency of social interaction by voice motivated to inform their location instead of using other modalities and the prevalence of reports in which social contact with people in general occurs by written digital media instead of other modalities. The analysis by groups (BD/LD ¿ low difficulty, AD/HD ¿ high difficulty) showed some common tendencies in these two groups and small differences between them. In general, participants are motivated about face to face and written contact, they also do it for long periods of time and they discuss a big variety of contents. Contacts by voice were described as little motivators, faster, sporadic and a tool for a specific talk. It must be pointed out it will always be developed new technologies as tools for social interactions, and constant studies are necessary to determine the modifications that these technologies can bring to people and society as a whole / Mestrado / Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestra em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
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As relações sociais entre os jovens no ensino médio : um olhar através das habilidades sociais / Social relations among teenagers in high school : a look through social skillsGomes Neto, Rogério, 1979- 12 July 2012 (has links)
Orientador: Roberta Gurgel Azzi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-22T10:30:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O presente estudo teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as relações sociais no Ensino Médio por meio da identificação, descrição e análise das habilidades sociais dos jovens alunos. Participaram deste estudo 219 alunos do ensino médio de escolas públicas dos municípios de Campinas (SP) e Pedreira (SP). Os dados foram coletados presencialmente, nas escolas, com dois instrumentos: Questionário de Caracterização do Participante e Escala MESSY de Habilidades Sociais. Os dados foram estatisticamente analisados utilizando-se das técnicas descritiva e inferencial que têm como objetivo medir, explicar e prever o grau de relacionamento entre as variáveis. A escala MESSY, que passou por um pequeno processo de adaptação para este estudo, foi submetida a diversas análises estatísticas. Após análise fatorial, chegou-se a quatro fatores que se assemelham aos apontados pela literatura, que são Habilidades Sociais/Assertividade, Agressividade/ Comportamento Antissocial, Vaidade/Arrogância e Solidão/Ansiedade Social. Os resultados mostraram diferença significativa no fator Habilidades Sociais/Assertividade, com maior escore na faixa etária 16-17 anos e maior escore no gênero feminino. No fator Agressividade/Comportamento Antissocial, também foram encontradas diferenças significativas, com maior escore no período noturno e maior escore para os alunos do 2º ano do ensino médio. De modo geral, os resultados indicaram valores altos para a amostra como um todo quanto ao fator Habilidades Sociais/Assertividade e valores baixos para o fator Agressividade/Comportamento Antissocial. / Abstract: The objective of the present study was to deepen the understanding of social relations in high school through the identification, description and analysis of students' social skills. 219 high school students took part in this study. They are from public schools in Campinas and Pedreira, cities in the interior of São Paulo state. Data was personally collected through two instruments: Participant Characterization Questionnaire, and MESSY Social Skills Scale. Data was statiscally analyzed using the descriptive and inferential techniques with the purpose of measuring, explaining and anticipating the level of relationship among the variables. The MESSY Scale, which had a small adaptation for this study, was submitted to several statistic analysis. After the factorial analysis, four factors came up which are similar to the ones presented in the literature, namely: Social Skills/Assertiveness, Aggressiveness/Anti-social behavior, Conceit/Haughtiness and Loneliness/Social Anxiety. Results show a significant difference for the Social Skills/Assertiveness: higher score for 16-17 year-old range, and higher score for females. For the Aggressiveness/Anti-social behavior factor, significant differences were found as well: higher score for the evening students, and higher score for the students of the 2nd year. In general, the results indicate high scores for the sample as a whole as to Social Skills/Assertiveness factor, and low scores for Aggressiveness/Anti-social behavior. / Mestrado / Psicologia Educacional / Mestre em Educação
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Estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar em adolescentes /Lisboa, Natália Donegá January 2018 (has links)
Orientador: Sandra Leal Calais / Resumo: A adolescência é o período de transição da infância para a vida adulta, marcado por alterações físicas, hormonais, psicológicas e cognitivas, em que o indivíduo apresenta necessidade de interação social e desenvolvimento da identidade. Nesta fase o adolescente se distancia socialmente dos pais e irmãos e aproxima-se de pares, de quem obtém ajuda para lidar com as preocupações e estresse, devido a necessidade de escolha de uma carreira, preparação para o vestibular e vida amorosa. Tais condições estressantes podem gerar transtornos psicológicos no adolescente caso não possua estratégias para gerenciá-las. É no ambiente familiar que o adolescente forma a maior parte do seu repertório de habilidades sociais que são as capacidades comportamentais em interações sociais, levando em consideração a expressão do indivíduo de forma a não ferir os próprios direitos nem os de outras pessoas. Por ser o primeiro ambiente de aprendizagem, a família é considerada como fonte de suporte e modelo, que funcionam como fatores de proteção para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar e as relações entre si, em 240 adolescentes estudantes do ensino médio, na faixa etária de 14 a 18 anos, de escolas públicas e particulares. Para tal, foram utilizados: questionário sociodemográfico, Escala de Stress para Adolescentes (ESA), Inventário de Habilidades Sociais para Adolescente... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Adolescence is the transition period from childhood to adulthood, marked by physical, hormonal, psychological and cognitive changes, in which the individual presents a need for social interaction and development of identity. At this stage the teenager distances himself socially from parents and siblings and approaches peers, from whom he gets help to deal with worries and stress due to the need for career choice, college preparation and love life. Such stressful conditions can generate psychological disorders in adolescents if they do not have strategies to manage them. It is in the family environment that adolescents form most of their repertoire of social skills that are behavioral capacities in social interactions, taking into account the expression of the individual in a way that does not hurt their own rights or those of other people. As the first learning environment, the family is considered as a source of support and a model, which act as protective factors for the development of psychological disorders. The objective of this study was to evaluate the presence of stress, social skills and perception of social and family support and the relationships among themselves, in 240 adolescents of high school students, in the age group of 14 to 18 years, of public and private schools. To that end, a sociodemographic questionnaire, Stress Scale for Adolescents (ESA), Social Skills Inventory for Adolescents (IHSA), Social Support Perception Scale (EPSUS-A) and Family Support Per... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Intervenção em estresse, enfrentamento e habilidades sociais : desempenho de estudantes do ensino médio profissionalizante no ENEM /Camargo, Valdirlene Checheto Vincenzi January 2019 (has links)
Orientador: Sandra Leal Calais / Resumo: O estresse corresponde a um processo que auxilia o ser humano a se adaptar às mudanças e às situações desafiadoras, fazendo-se presente no cotidiano das pessoas, especialmente na adolescência, período do ciclo vital marcado por profundas mudanças e instabilidade emocional. Diante das adversidades, os indivíduos utilizam estratégias de enfrentamento, as quais consistem em recursos, cognitivos e comportamentais, para lidar com situações que avaliam como estressoras. Se utilizados adequadamente, estes mecanismos auxiliam na eliminação ou na redução do estresse. Igualmente importantes, as habilidades sociais podem auxiliar os estudantes, pois facilitam os relacionamentos sociais, favorecem a aceitação pelos pares, contribuindo na redução do estresse e no ajustamento escolar. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos de uma intervenção, voltada ao manejo do estresse, estratégias de enfrentamento e habilidades sociais, no desempenho do Exame Nacional do Ensino Médio, em estudantes do ensino médio profissionalizante. Participaram do estudo 113 estudantes, de ambos os sexos, de uma escola estadual profissionalizante, do interior do estado de São Paulo, dos quais 49 eram alunos regularmente matriculados no 3º ano do Ensino Técnico Integrado ao Médio, compondo o Grupo Experimental, com previsão de término desta modalidade no mesmo ano. Os outros 64 estudantes cursavam o 3º ano da mesma modalidade, do ano antecedente, também na condição de concluintes, os quais... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Abstract: Stress is a process that helps human beings adapt to changing and challenging situations, being present in people's daily lives, especially in adolescence, a period of the life cycle marked by profound changes and emotional instability. Faced with adversity, individuals use coping strategies, which consist of resources, cognitive and behavioral, to deal with situations that they evaluate as stressors. If properly used, these mechanisms help eliminate or reduce stress. Equally important, social skills can help students by facilitating social relationships, fostering peer acceptance, contributing to stress reduction and school adjustment. Thus, the present study aimed to investigate the effects of an intervention focused on stress management, coping strategies and social skills on the performance of the National High School Examination in vocational high school students. A total of 113 male and female students from a state vocational school in the interior of the state of São Paulo participated in the study. Of these, 49 were students enrolled in the 3rd year of the Integrated High School Education, making up the Experimental Group end of this modality in the same year. The other 64 students were in the 3rd year of the same modality, from the previous year, also as graduates, who made up the Control Group. Participants from both groups answered, in addition to a sociodemographic questionnaire, the following instruments, applied at two times, pre and post-test: Stress ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Habilidades sociais e satisfação conjugal de mulheres em situação de violência perpetrada por parceiro íntimo / Social skills and marital satisfaction of women in situations of intimate partner violenceCardoso, Bruno Luiz Avelino 16 May 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-07-18T20:09:57Z
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Previous issue date: 2017-05-16 / The development of satisfactory interpersonal relationships has contributed decisively to a
quality of life and psychological health of the people. On the other hand, a difficulty in
maintaining relationships in a healthy way and using conflict resolution strategies can lead to
losses in the affective relationships between family members, spouses and partners and / or
boyfriends contributing to violence against women by an intimate partner. It is understood
that a satisfying conjugal relationship demands social skills like exchange of affection, search
for approximation, problem solving, and others. These aspects highlight the relevance of
investigations regardin the characterization of repertoire of social skills, marital satisfaction
and the relationship between these variables in women in situation of intimate partner
violence.. This study aims to analyze a relationship between social skills and marital
satisfaction of women in situations of intimate partner violence. This study aims to analyse
the relationship between social skills and marital satisfaction of women in situations of
intimate partner violence. To achieve this goal, 23 women, from na institution specializing in
the care of women in situation of violence, responded to three instruments: Questionnaire on
Degree and Form of Violence by a woman practiced by intimate partner, Marital Satisfaction
Scale, and Inventory of Marital Social Skills. The results showed that the highest levels of
violence reported by the women interviewed were of a psychological nature and the level of
marital satisfaction is inversely proportional to the situations of intimate partner violence. In
addition, women in situations of intimate partner violence self-rated with a total deficit of
marital social skills, especially in "expressiveness/empathy", "self-assertiveness " and
"proactive self-control" classes, showing difficulties in expressing feelings and thoughts in the
marital relationship, guaranteeing their rights to individuality in the relationship, demonstrate
empathic understanding, recognize the signs of physiological change in oneself and in the
other. The data obtained through correlation pointed out that as general marital social skills
and the proactive self-control class was negatively related to the increase in marital
dissatisfaction. It was also observed that the more assertive conversational skills the greater
the marital dissatisfaction (and with the aspects of the conjugal interaction). It's shown that
assertive self-assertion and proactive self-control are also negatively related to an occurrence
of violence (general and sexual). Thus, the importance of social skills training for this
population and the understanding of the nature of assertive responses in the sociocultural
context is noted. The use of social skills contrasts with violent relationships. In this sense, this
study contributes to the understanding of the classes of marital social skills that can be
targeted for intervention among the population of women in situations of intimate partner
violence. The training of these skills, not only for a woman, but for the couple, can be an
essential tool for the development of socially competent relationships, based on respect for
each other and expansion of marital satisfaction. / O desenvolvimento de relações interpessoais satisfatórias tem contribuído decisivamente para
a qualidade de vida e saúde psicológica das pessoas. Por outro lado, a dificuldade em manter
relacionamentos de forma saudável e de utilizar estratégias de resolução de conflitos pode
ocasionar prejuízos nas relações afetivas entre familiares, cônjuges, parceiros e/ou namorados
contribuindo para a violência contra a mulher perpetrada por parceiro íntimo. Compreende-se
que uma relação conjugal satisfatória demanda habilidades sociais como a troca de afeto,
busca por aproximação, resolução de problemas e outras. Esses aspectos evidenciam a
relevância de investigações quanto à caracterização de repertório de habilidades sociais, nível
de satisfação conjugal de mulheres em situação de violência por parceiro íntimo e a relação
entre essas variáveis. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre habilidades
sociais e satisfação conjugal de mulheres em situação de violência perpetrada por parceiro
íntimo. Para o alcance desse objetivo, 23 mulheres, de uma instituição especializada no
atendimento a mulheres em situação de violência, responderam três instrumentos:
Questionário sobre Grau e Forma de Violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo,
Escala de Satisfação Conjugal, e Inventário de Habilidades Sociais Conjugais. Os resultados
mostraram que os níveis mais elevados de situações de violência pelas quais as mulheres
indicaram foi de natureza psicológica e o nível de satisfação conjugal é inversamente
proporcional às situações de violência por parceiro íntimo. Além disso, as mulheres se
autoavaliaram com um repertório total deficitário de habilidades sociais conjugais,
principalmente nas classes de “expressividade/empatia”, “autoafirmação assertiva” e
“autocontrole proativo”, evidenciando dificuldades quanto a expressar sentimentos e
pensamentos na relação conjugal, a garantir seus direitos à individualidade na relação,
demonstrar compreensão empática, reconhecer os sinais de alteração fisiológica em si e no
outro. Os dados obtidos por meio de correlação apontaram que as habilidades sociais
conjugais gerais e da classe autocontrole proativo estiveram relacionadas negativamente com
o aumento da insatisfação conjugal. Também foi observado que quanto mais habilidades de
conversação assertiva, maior o nível de insatisfação conjugal (e com os aspectos da interação
conjugal). As habilidades sociais de autoafirmação assertiva e autocontrole proativo também
estiveram relacionadas negativamente com a ocorrência de situações de violência (geral e
sexual). Assim, nota-se a importância do treinamento de habilidades sociais conjugais
específicas para essa população e da compreensão da natureza das respostas assertivas no
contexto sociocultural. O uso de habilidades sociais se contrapõe a relacionamentos violentos.
Nesse sentido, este estudo contribui para a compreensão das classes de habilidades sociais
conjugais que podem ser alvo de intervenção junto à população de mulheres em situação de
violência por parceiro íntimo. O treino dessas habilidades, não só para a mulher, mas para o
casal, pode se constituir como ferramenta essencial para o desenvolvimento de
relacionamentos socialmente competentes, pautados no respeito ao outro e ampliação da
satisfação conjugal.
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