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Prevalência de transtornos alimentares em gestantes: uma associação com ansiedade, depressão e atitudes alimentares / Prevalence of eating disorders in pregnant women: an association with anxiety, depression and eating attitudes

Santos, Amanda Maihara dos 08 July 2015 (has links)
Introdução: O estado nutricional da gestante constitui importante fator para o desenvolvimento do feto e da gravidez saudável. Mulheres que apresentam ingestão inadequada de nutrientes têm maior probabilidade de desenvolver gestação de risco. Essa problemática é especialmente intensa quando a mulher apresenta quadro de transtorno alimentar (TA). Este trabalho abordou aspectos históricos, etiologia e epidemiologia dos TA, contemplou os critérios diagnósticos, concebeu os TA no período gravídico puerperal e dissertou sobre TA, sintomatologia ansiosa e depressiva. Os objetivos deste estudo foram determinar a prevalência de TA em gestantes com intercorrências clínicas e verificar a associação com sintomatologia ansiosa, depressiva e atitudes alimentares. Método: Estudo prospectivo transversal foi realizado com 913 gestantes com intercorrências clínicas que estavam no 2° ou 3° trimestre gestacional no ambulatório da Divisão de Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi utilizada entrevista dirigida, para avaliação de picacismo; o EAT-26, para avaliar as atitudes alimentares; Structured Clinical Interview for DSM Disorders, para diagnóstico clínico de TA e a escala Hospital Anxiety and Depression, para análise da sintomatologia ansiosa e depressiva. Os dados deste estudo foram submetidos à análise quantitativa e avaliados por meio do programa IBM SPSS for Windows versão 20.0. Resultados: constatou-se prevalência de transtorno alimentar em 7,6% (n=69) (IC 95%: 5,84%-9,28%), sendo 0,1% (n=1), anorexia nervosa; 0,7% (n=6), bulimia nervosa; 1,1% (n=10), transtorno da compulsão alimentar e 5,7% (n=52), picacismo. Encontrou-se significância estatística quando associado TA com as variáveis: religião (p=0,02), abortamento provocado anterior (p < 0,01), tempo de relacionamento (p=0,01), renda per capita (p=0,04), número de gestações (p < 0,01) e número de filhos vivos (p < 0,01). Quanto às atitudes alimentares, observou-se significância estatística com \"sentir-se mal após comer doces\" (p=0,02) e \"passar muito tempo pensando em comida\" (p < 0,01). Constatou-se ainda associação positiva com sintomatologia ansiosa (p < 0,01) e com sintomatologia depressiva (p < 0,01). Conclusão: a prevalência de TA encontrada (7,6%) e sua associação com sintomatologia ansiosa e depressiva, durante a gestação, apontam para a necessidade de cuidados especializados no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento. Dada a importância da alimentação adequada no período gestacional, tanto no que diz respeito à saúde materna, quanto ao desenvolvimento fetal, torna-se necessário implementar, pelos profissionais de saúde, avaliação específica com protocolo predeterminado para diagnóstico de TA no período gestacional / Introduction: The nutritional status of the pregnant woman represents an important factor for the development of the fetus and for a healthy pregnancy. Women who have inadequate nutrient intake are more likely to develop a risky pregnancy. This problem is particularly severe when the woman presents an eating disorder (ED). This paper discusses the historical aspects, etiology and epidemiology of ED, considers the diagnostic criteria, delineates ED in the puerperal pregnancy period and addresses ED, anxiety and depression symptoms. The aims of this study were to estimate the prevalence of ED in pregnant women with clinical complications and to assess the relationship between anxiety and depression symptoms and eating attitudes. Methods: A transversal and prospective study was conducted with 913 women between 2nd and 3rd trimester with high-risk pregnancies in the Obstetrics Clinic Division of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. We conducted structured interviews for the assessment of pica, Structured Clinical Interview for DSM Disorders for diagnostic of ED and Hospital Anxiety and Depression Scale for anxiety and depression symptoms, and applied the EAT-26 questionnaire for eating attitudes. The data analysis was quantitative and conducted with the IBM SPSS for Windows, version 20.0. Results: Lifetime prevalence of ED was 7.6% (n=69) (95% CI: 5.84%-9.28%), 0.1% (n=1) for anorexia nervosa; 0.7% (n=6) for bulimia nervosa; 1.1% (n=10) for binge eating disorder, and 5.7% (n=52) for pica. ED was statistically significant with respect to the following variables: religion (p=0.02), previous induced abortion (p < 0.01), being in a relationship (p=0.01), per capita income (p=0,04), number of previous pregnancies (p<0.01) and number of children (p < 0.01). For the eating attitudes, statistical significance was found with \"feeling ill after eating sweets\" (p < 0.02) and \"spend too much time thinking about food\" (p=0.05), as well as between ED and anxiety (p < 0.01) and depressive symptoms (p < 0.01). Conclusion: The prevalence of ED (7.6%) and its association with anxiety and depression symptoms during pregnancy highlights the need for specialist care for prevention, diagnosis and treatment. Given the importance of proper nutrition during pregnancy, both with regard to maternal health and fetal development, it is necessary to have specific predetermined evaluation protocols implemented by health care professionals for the diagnosis of ED during pregnancy
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Consumo alimentar de ácidos graxos em gestantes com insuficiência placentária / Food intake of fatty acids in pregnant women with placental insufficiency

Renata Felipe Saffioti 12 March 2014 (has links)
Objetivo: analisar o consumo alimentar de energia, macronutrientes e ácidos graxos, de gestantes com insuficiência placentária, comparando com gestantes sem esta complicação obstétrica. Métodos: Estudo prospectivo, transversal e caso-controle realizado no período de fevereiro de 2012 a setembro de 2013, que incluiu gestantes que preencheram os seguintes critérios: gestação com feto único e vivo; idade gestacional superior a 26 semanas completas; diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo exame de Doppler de artéria umbilical com índice de pulsatilidade acima do p95; morfologia fetal normal ao exame de ultrassonografia; ausência de diagnóstico de diabetes; não suplementação pré-natal com ácidos graxos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido. O estado nutricional da gestante foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC) e o consumo dietético foi investigado pela aplicação do questionário de frequência alimentar, analisado pelo programa Avanutri Revolution versão 4.0, pelo qual se obteve o consumo de energia, macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e de ácidos graxos (saturados, poli-insaturados e monoinsaturados). Foram analisados os valores absolutos obtidos e a % do valor energético total (VET) da dieta. Resultados: Foram incluídas 21 gestantes no grupo com insuficiência placentária e 21 gestantes no grupo controle. Não se constatou diferença na mediana do IMC na comparação entre os grupos (grupo estudo=26,5 kg/m2, grupo controle=28,0kg/m2; P=0,563). Houve diferença significativa na comparação do grupo com insuficiência placentária com o grupo controle na análise do consumo alimentar de: energia (2002 kcal vs. 1515 kcal, p= 0,021). Com relação ao consumo de ácidos graxos, houve diferença significativa na comparação da % do VET entre os grupos com insuficiência placentária e controle: saturados (11,5% vs. 9,3%; p=0,043); poli saturados (2,7% vs. 3,6%; p=0,029); monoinsaturados (1,2 % vs. 2,1%; p= 0,005). Não foram encontradas diferenças significativas na qualidade da dieta entre os grupos quanto ao consumo avaliado de acordo com a % do VET: carboidratos (51,5% vs. 51,8%; p= 0,831); proteínas (15,3% vs. 16,1%; p= 0,458); lipídios totais (37,8% vs. 33,0%; p=0,831). Conclusão: Gestantes com o diagnóstico de insuficiência placentária relatam consumo alimentar diferente de gestantes que não apresentam esse diagnóstico, com dieta de ácidos graxos com qualidade inferior, notadamente com maior consumo de ácidos graxos saturados, e menor consumo de poli-insaturados e monoinsaturados, além de maior consumo de energia / Objective: To analyze the dietary intake of energy, macronutrients and fatty acids of pregnant women with placental insufficiency, and to compare with pregnant women without this obstetric complication Methods : A prospective, cross-sectional and case -control study from February 2012 to September 2013, which included women who met the following criteria: singleton pregnancy with fetus alive; above 26 weeks gestation; diagnosis of placental insufficiency characterized by umbilical artery Doppler presenting pulsatility index above the p95; normal fetal morphology at ultrasound, absence of diabetes, absence of prenatal supplementation with fatty acids. We used the following exclusion criteria: neonatal diagnosis of malformation. The maternal nutritional status was assessed by body mass index (BMI) and dietary intake was investigated by applying the food frequency questionnaire analyzed by the program Avanutri Revolution version 4.0 , which was obtained by the consumption of energy, macronutrients (carbohydrates, proteins and lipids) and fatty acids (saturated, polyunsaturated and monounsaturated). We analyzed the absolute values and the % of total energy value (TEV). Results: We included 21 pregnant women in the study group with placental insufficiency and 21 pregnant women in the control group. There was no difference in median BMI between the groups (study group = 26.5 kg/m2, control group = 28.0 kg/m2, P = 0.563). Significant difference was found when the group with placental insufficiency was compared with the control group in food consumption of energy (2002kcal vs. 1515 kcal, p = 0.021). With regard to the consumption of fatty acids, there was a significant difference in the percentages of daily energy intake between the group with placental insufficiency and control group: saturated fatty acids(11.5% vs. . 9.3% , p = 0.043), polyunsaturated fatty acids(2.7 % vs. 3.6% , p = 0.029), monounsaturated fatty acids(1.2% vs. 2.1% , p = 0.005). There were no significant differences in diet quality between the groups regarding the consumption evaluated according to the % of VET: carbohydrates ( 51.5 % vs. 51.8 %, p = 0.831 ), protein (15.3 % vs. 16.1 %, p = 0.458), total fat (37.8 % vs. 33.0 %, p = 0.831) . Conclusion: Pregnant women with the diagnosis of placental insufficiency reported food consumption other than pregnant women who do not have this diagnosis with lower quality of dietary fatty acids consumption, especially with higher intake of saturated fatty acids , and lower intake of polyunsaturated and monounsaturated fatty acids, and greater energy consumption
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Prevalência de transtornos alimentares em gestantes: uma associação com ansiedade, depressão e atitudes alimentares / Prevalence of eating disorders in pregnant women: an association with anxiety, depression and eating attitudes

Amanda Maihara dos Santos 08 July 2015 (has links)
Introdução: O estado nutricional da gestante constitui importante fator para o desenvolvimento do feto e da gravidez saudável. Mulheres que apresentam ingestão inadequada de nutrientes têm maior probabilidade de desenvolver gestação de risco. Essa problemática é especialmente intensa quando a mulher apresenta quadro de transtorno alimentar (TA). Este trabalho abordou aspectos históricos, etiologia e epidemiologia dos TA, contemplou os critérios diagnósticos, concebeu os TA no período gravídico puerperal e dissertou sobre TA, sintomatologia ansiosa e depressiva. Os objetivos deste estudo foram determinar a prevalência de TA em gestantes com intercorrências clínicas e verificar a associação com sintomatologia ansiosa, depressiva e atitudes alimentares. Método: Estudo prospectivo transversal foi realizado com 913 gestantes com intercorrências clínicas que estavam no 2° ou 3° trimestre gestacional no ambulatório da Divisão de Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi utilizada entrevista dirigida, para avaliação de picacismo; o EAT-26, para avaliar as atitudes alimentares; Structured Clinical Interview for DSM Disorders, para diagnóstico clínico de TA e a escala Hospital Anxiety and Depression, para análise da sintomatologia ansiosa e depressiva. Os dados deste estudo foram submetidos à análise quantitativa e avaliados por meio do programa IBM SPSS for Windows versão 20.0. Resultados: constatou-se prevalência de transtorno alimentar em 7,6% (n=69) (IC 95%: 5,84%-9,28%), sendo 0,1% (n=1), anorexia nervosa; 0,7% (n=6), bulimia nervosa; 1,1% (n=10), transtorno da compulsão alimentar e 5,7% (n=52), picacismo. Encontrou-se significância estatística quando associado TA com as variáveis: religião (p=0,02), abortamento provocado anterior (p < 0,01), tempo de relacionamento (p=0,01), renda per capita (p=0,04), número de gestações (p < 0,01) e número de filhos vivos (p < 0,01). Quanto às atitudes alimentares, observou-se significância estatística com \"sentir-se mal após comer doces\" (p=0,02) e \"passar muito tempo pensando em comida\" (p < 0,01). Constatou-se ainda associação positiva com sintomatologia ansiosa (p < 0,01) e com sintomatologia depressiva (p < 0,01). Conclusão: a prevalência de TA encontrada (7,6%) e sua associação com sintomatologia ansiosa e depressiva, durante a gestação, apontam para a necessidade de cuidados especializados no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento. Dada a importância da alimentação adequada no período gestacional, tanto no que diz respeito à saúde materna, quanto ao desenvolvimento fetal, torna-se necessário implementar, pelos profissionais de saúde, avaliação específica com protocolo predeterminado para diagnóstico de TA no período gestacional / Introduction: The nutritional status of the pregnant woman represents an important factor for the development of the fetus and for a healthy pregnancy. Women who have inadequate nutrient intake are more likely to develop a risky pregnancy. This problem is particularly severe when the woman presents an eating disorder (ED). This paper discusses the historical aspects, etiology and epidemiology of ED, considers the diagnostic criteria, delineates ED in the puerperal pregnancy period and addresses ED, anxiety and depression symptoms. The aims of this study were to estimate the prevalence of ED in pregnant women with clinical complications and to assess the relationship between anxiety and depression symptoms and eating attitudes. Methods: A transversal and prospective study was conducted with 913 women between 2nd and 3rd trimester with high-risk pregnancies in the Obstetrics Clinic Division of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. We conducted structured interviews for the assessment of pica, Structured Clinical Interview for DSM Disorders for diagnostic of ED and Hospital Anxiety and Depression Scale for anxiety and depression symptoms, and applied the EAT-26 questionnaire for eating attitudes. The data analysis was quantitative and conducted with the IBM SPSS for Windows, version 20.0. Results: Lifetime prevalence of ED was 7.6% (n=69) (95% CI: 5.84%-9.28%), 0.1% (n=1) for anorexia nervosa; 0.7% (n=6) for bulimia nervosa; 1.1% (n=10) for binge eating disorder, and 5.7% (n=52) for pica. ED was statistically significant with respect to the following variables: religion (p=0.02), previous induced abortion (p < 0.01), being in a relationship (p=0.01), per capita income (p=0,04), number of previous pregnancies (p<0.01) and number of children (p < 0.01). For the eating attitudes, statistical significance was found with \"feeling ill after eating sweets\" (p < 0.02) and \"spend too much time thinking about food\" (p=0.05), as well as between ED and anxiety (p < 0.01) and depressive symptoms (p < 0.01). Conclusion: The prevalence of ED (7.6%) and its association with anxiety and depression symptoms during pregnancy highlights the need for specialist care for prevention, diagnosis and treatment. Given the importance of proper nutrition during pregnancy, both with regard to maternal health and fetal development, it is necessary to have specific predetermined evaluation protocols implemented by health care professionals for the diagnosis of ED during pregnancy
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Experiências, percepções e significados da maternidade para mulheres com gestação de alto risco / Experiences, perceptions and meanings of motherhood for women with high-risk pregnancy

Michele Peixoto Quevedo 18 March 2010 (has links)
O presente trabalho teve como proposta estudar as representações sociais para mulheres com diagnóstico de gestação de alto risco em decorrência tanto de doenças pré-existentes quanto de doenças adquiridas durante o período gestacional. Foram entrevistadas 100 mulheres na faixa etária dos 18 aos 42 anos, assim divididas em termos de quadros clínicos: 09 com Diabetes mellitus tipo I associada à gestação; 08 com Diabetes mellitus tipo II associada à gestação; 06 com Hipertensão arterial crônica associada à gestação; 16 com Diabetes gestacional; 18 com Rotura Prematura de Membrana; 20 com Trabalho de Parto Prematuro e 23 com Hipertensão induzida pela gestação. Essas gestantes estavam hospitalizadas para monitoração da gestação no Hospital Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, localizado na região norte da cidade de São Paulo. A metodologia utilizada foi a qualitativa, com respaldo da teoria das representações sociais, e a estratégia metodológica para a análise das entrevistas foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Diferentes representações sociais foram extraídas dos depoimentos e classificadas em quatro grupos temáticos: o primeiro grupo temático trouxe representações a respeito da forma como ocorreu a gestação (se foi planejada ou não); o segundo grupo temático trouxe representações sociais relacionadas aos sentimentos das gestantes ao vivenciarem o diagnóstico do alto risco, por consequência disso a necessidade de hospitalização e suas vivências no contexto hospitalar. As representações sociais do terceiro grupo temático estiveram relacionadas ao significado da maternidade e do filho no contexto do alto risco. E o quarto grupo temático trouxe representações dos sentimentos do companheiro e da família ao vivenciarem junto à gestante o diagnóstico de risco e a hospitalização. Podemos considerar a existência de uma multiplicidade de significados para a maternidade no contexto da gestação de alto risco, onde dois grupos de representações emergiram nos grupos temáticos: um deles trazendo representações relacionadas tanto ao contexto de baixo quanto ao de alto risco e outro trazendo representações que sofrem influência dos quadros clínicos diagnosticados em gestações de alto risco. Por meio dos discursos das entrevistadas foi possível verificar o impacto da gestação de alto risco para a gestante, seu companheiro e sua família, levando-nos a compreender melhor seus medos, desejos e expectativas, o que possibilita uma reflexão a respeito da promoção da integralidade das ações de saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, especialmente quando a gestação apresenta condições de risco materno-fetal / This work aimed to study the social representations for women diagnosed with high-risk pregnancy resultant from both pre-existing diseases and diseases acquired during the pregnancy period. One hundred (100) women, aged 18 to 42, were interviewed and thereafter divided according to their clinical situation: 09 with Diabetes mellitus type I associated with pregnancy; 08 with Diabetes mellitus type II associated with pregnancy; 06 with chronic arterial hypertension associated with pregnancy; 16 with pregnancy Diabetes; 18 with Premature Rupture of Membrane; 20 with Premature Labor Signs; and 23 with Specific Hypertensive Diseases of Pregnancy. These pregnant women were hospitalized for pregnancy monitoring in the Maternity-School Hospital of Vila Nova Cachoeirinha Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, in the North region of the city of São Paulo. The methodology used was qualitative, with support of social representation theory, and the methodological strategy used for analyzing interviews was the Discourse of Collective Subject. Different social representations were extracted from statements and classified into four theme groups: the first theme group presented representations regarding the way pregnancy was conceived (if it was planned or not); the second theme group provided social representations related to the feelings of the pregnant women while experiencing the high-risk pregnancy diagnosis, and subsequent hospitalization and experiences in the hospital environment. The social representations of the third theme group considered the meaning of motherhood and child when in a high-risk pregnancy situation. And the fourth theme group presented the partner and the family feelings while experiencing a high-risk pregnancy diagnosis and hospitalization. Considering the existence of multiple meanings of motherhood in a high-risk pregnancy situation, we can highlight two representation groups among the theme groups: one of them with representations related to both low and high-risk pregnancy and the other presenting representations under the influence of the clinical situations diagnosed with high-risk pregnancy. Through the discourses of the interviewed women, it was possible to identify the impact of the high-risk pregnancy to the pregnant women, their partners and families, to better understand their fears, desires, and expectations, which enabled the consideration to promote actions as a whole in regard to womens health in pregnancy-puerperal cycle, especially when pregnancy presents mother-fetus risk conditions
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Experiências, percepções e significados da maternidade para mulheres com gestação de alto risco / Experiences, perceptions and meanings of motherhood for women with high-risk pregnancy

Quevedo, Michele Peixoto 18 March 2010 (has links)
O presente trabalho teve como proposta estudar as representações sociais para mulheres com diagnóstico de gestação de alto risco em decorrência tanto de doenças pré-existentes quanto de doenças adquiridas durante o período gestacional. Foram entrevistadas 100 mulheres na faixa etária dos 18 aos 42 anos, assim divididas em termos de quadros clínicos: 09 com Diabetes mellitus tipo I associada à gestação; 08 com Diabetes mellitus tipo II associada à gestação; 06 com Hipertensão arterial crônica associada à gestação; 16 com Diabetes gestacional; 18 com Rotura Prematura de Membrana; 20 com Trabalho de Parto Prematuro e 23 com Hipertensão induzida pela gestação. Essas gestantes estavam hospitalizadas para monitoração da gestação no Hospital Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, localizado na região norte da cidade de São Paulo. A metodologia utilizada foi a qualitativa, com respaldo da teoria das representações sociais, e a estratégia metodológica para a análise das entrevistas foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Diferentes representações sociais foram extraídas dos depoimentos e classificadas em quatro grupos temáticos: o primeiro grupo temático trouxe representações a respeito da forma como ocorreu a gestação (se foi planejada ou não); o segundo grupo temático trouxe representações sociais relacionadas aos sentimentos das gestantes ao vivenciarem o diagnóstico do alto risco, por consequência disso a necessidade de hospitalização e suas vivências no contexto hospitalar. As representações sociais do terceiro grupo temático estiveram relacionadas ao significado da maternidade e do filho no contexto do alto risco. E o quarto grupo temático trouxe representações dos sentimentos do companheiro e da família ao vivenciarem junto à gestante o diagnóstico de risco e a hospitalização. Podemos considerar a existência de uma multiplicidade de significados para a maternidade no contexto da gestação de alto risco, onde dois grupos de representações emergiram nos grupos temáticos: um deles trazendo representações relacionadas tanto ao contexto de baixo quanto ao de alto risco e outro trazendo representações que sofrem influência dos quadros clínicos diagnosticados em gestações de alto risco. Por meio dos discursos das entrevistadas foi possível verificar o impacto da gestação de alto risco para a gestante, seu companheiro e sua família, levando-nos a compreender melhor seus medos, desejos e expectativas, o que possibilita uma reflexão a respeito da promoção da integralidade das ações de saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, especialmente quando a gestação apresenta condições de risco materno-fetal / This work aimed to study the social representations for women diagnosed with high-risk pregnancy resultant from both pre-existing diseases and diseases acquired during the pregnancy period. One hundred (100) women, aged 18 to 42, were interviewed and thereafter divided according to their clinical situation: 09 with Diabetes mellitus type I associated with pregnancy; 08 with Diabetes mellitus type II associated with pregnancy; 06 with chronic arterial hypertension associated with pregnancy; 16 with pregnancy Diabetes; 18 with Premature Rupture of Membrane; 20 with Premature Labor Signs; and 23 with Specific Hypertensive Diseases of Pregnancy. These pregnant women were hospitalized for pregnancy monitoring in the Maternity-School Hospital of Vila Nova Cachoeirinha Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, in the North region of the city of São Paulo. The methodology used was qualitative, with support of social representation theory, and the methodological strategy used for analyzing interviews was the Discourse of Collective Subject. Different social representations were extracted from statements and classified into four theme groups: the first theme group presented representations regarding the way pregnancy was conceived (if it was planned or not); the second theme group provided social representations related to the feelings of the pregnant women while experiencing the high-risk pregnancy diagnosis, and subsequent hospitalization and experiences in the hospital environment. The social representations of the third theme group considered the meaning of motherhood and child when in a high-risk pregnancy situation. And the fourth theme group presented the partner and the family feelings while experiencing a high-risk pregnancy diagnosis and hospitalization. Considering the existence of multiple meanings of motherhood in a high-risk pregnancy situation, we can highlight two representation groups among the theme groups: one of them with representations related to both low and high-risk pregnancy and the other presenting representations under the influence of the clinical situations diagnosed with high-risk pregnancy. Through the discourses of the interviewed women, it was possible to identify the impact of the high-risk pregnancy to the pregnant women, their partners and families, to better understand their fears, desires, and expectations, which enabled the consideration to promote actions as a whole in regard to womens health in pregnancy-puerperal cycle, especially when pregnancy presents mother-fetus risk conditions
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Sistema histo-sangüíneo ABO, status Secretor e anticorpos anti-Toxoplasma gondii em gestação da região Noroeste do Estado de São Paulo : um estudo de associação /

Mattos, Cinara de Cássia Brandão de January 2008 (has links)
Orientador: Ricardo Luiz Dantas Machado / Banca: Vera Lúcia Pereira-Chioccola / Banca: Agnes Cristina Fett-Conte / Resumo: O Toxoplasma gondii infecta os seres humanos dentre outras vias, pelo trato gastrintestinal, um local onde se dá a expressão do perfil de glicoconjugados ABH sob controle da enzima a-2-L-Fucosiltransferase (FUTII) codificada pelo gene FUT2 (19q13.3). A presença da FUTII define o status secretor positivo, o qual é relacionado aos fenótipos eritrocitários ABO. Diante da importância epidemiológica e clínica da infecção pelo T. gondii, o objetivo desse trabalho foi testar a hipótese de que o perfil de glicoconjugados ABH expresso no trato gastrintestinal está associado à infecção por esse parasito. Foram selecionadas 367 gestantes atendidas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco do Hospital de Base da Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto. Duas amostras de sangue, uma sem e outra com anticoagulante foram coletadas. A fenotipagem eritrocitária ABO e a detecção dos anticorpos anti-T. gondii foram realizadas pelo método hemaglutinação. A identificação do status secretor foi feita pelo método PCR-RFLP. As diferenças nas freqüências do status secretor positivo e negativo e dos fenótipos eritrocitários ABO, isoladamente ou em conjunto, não foram estatisticamente significantes na presença e na ausência desses anticorpos (p=0,26). Esses resultados sugerem que o perfil de glicoconjugados ABH expressos no trato gastrintestinal sob controle do gene FUT2 não está associado à presença de anticorpos anti-T. gondii. / Abstract: Toxoplasma gondii infects humans in several manners including by the gastrointestinal tract where the a-2-L-Fucosiltransferase (FUTII) coded by FUT2 (19q13.3) controls the expression of the ABH glycoconjugates profile. Presence of FUTII defines the positive secretor status which is associated to ABO erythrocytic phenotypes. Due to the epidemiological and clinical importance of T. gondii infection, the aim of this work was to test the hypothesis that the ABH glycoconjugate profile expressed in the gastrointestinal tract is associated to infections by this parasite. A total of 367 pregnant women from the High-Risk Pregnancy Clinical of the University Hospital de Base in São José do Rio Preto were enrolled in this study. Two blood samples were drawn with only one mixed with anticoagulant. The ABO erythrocytic phenotyping and detection of anti-T. gondii antibodies were achieved by the hemagglutination method. Identification of the secretor status was by the PCR-RFLP method. Differences in the positive and negative secretor status and ABO erythrocytic phenotypes, either in isolation or in association, were not statistically significant in respect to the presence or absence of these antibodies (p-value =0.26). These results suggest that the ABH glycoconjugate profile expressed in the gastrointestinal tract under control of the FUT2 gene is not associated to anti-T. gondii antibodies. / Mestre
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The factors determining the under-utilisation of maternity obstetric units within the Sedibeng district

Mthethwa, Raisibe Olga 30 November 2006 (has links)
This descriptive quantitative survey attempted to identify reasons why pregnant women who have been screened as low-risk pregnancies failed to utilise MOUs for the delivery of their babies. The objective of the study was to investigate the factors determining the under-utilisation of Sharpville MOU in Emfuleni sub-district. The research population comprised all postnatal mothers residing in Sharpeville who delivered their babies at hospital and who were screened as low-risk pregnancies; the accessible convenience sample consisted of all postnatal mothers who attended Sharpeville Clinic for their six weeks follow-up postnatal care from 5 December 2005 till 6 January 2006 and who were willing to complete questionnaires. Data was collected by means of a structured questionnaire and analysed using the SPSS computer program. Major factors drawn from the study that influence their decision on place of delivery were nurses' attitudes, lack of doctors, transport, privacy and resources. / Health Studies / M.A. (Health Studies)
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Mulheres com diabete melito gestacional : conhecendo a doença e convivendo com ela / Mujeres con diabetes mellitus gestacional: conociendo y viviendo con la enfermedad / Women with gestational diabetes mellitus: knowing the disease and living with it

Schmalfuss, Joice Moreira January 2011 (has links)
O diabete melito gestacional é um grupo de doenças metabólicas que pode afetar qualquer mulher e, quando não controlado, causar consequências graves para o binômio mãe/bebê. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivoexploratório, que analisou o que as mulheres com diabete melito gestacional conhecem sobre a doença e como elas convivem com essa condição. O estudo foi realizado em um hospital universitário do município de Porto Alegre/RS, por meio de entrevistas com 25 gestantes diabéticas em acompanhamento ambulatorial, entre os meses de julho e novembro de 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do hospital em estudo, sob o número 100230. Os dados encontrados foram submetidos à análise de conteúdo do tipo temática, evidenciando-se três temas: o conhecimento sobre a doença, as repercussões do diagnóstico e tratamento do diabete melito gestacional para a grávida e sua família e as implicações da gravidez de risco na vida diária da mulher. Das 25 entrevistadas, 18 possuem história familiar de diabete melito e manifestaram surpresa com o diagnóstico, indicando a não valorização dos antecedentes familiares e o não reconhecimento do risco, dados que podem estar relacionadas à negação da doença pelas gestantes. As participantes também relataram desinformação sobre a patologia e suas consequências para si e para o bebê. Observou-se que algumas gestantes foram encaminhadas do interior do Estado para a capital e que o atendimento no pré-natal de alto risco aconteceu tardiamente. Algumas participantes manifestaram sentimentos de negação e mágoa, dificuldades em conviver com a situação de risco gestacional, preocupações com as repercussões da doença para o bebê e medo em persistir com diabete melito após o parto. Quanto às implicações da gravidez de risco na vida diária da mulher, estas abrangeram desde alterações físicas manifestadas pela doença e pela própria gestação, até adaptações e/ou mudanças com: a alimentação diária, as atividades domésticas e profissionais, o lazer, as relações sexuais e os cuidados com a gravidez. Considera-se importante a valorização das informações que os profissionais de saúde repassam às mulheres com diabete melito gestacional, atentando para a qualidade das mesmas. É fundamental que estes insiram a família no contexto de atendimento da gestante diabética de forma a estimular o apoio e a compreensão fornecido a esta mulher. Finalmente, o diabete que ocorre na gravidez deve ser discutido em todos os níveis de atenção à saúde visando a prevenção desse agravo gestacional. / Gestational diabetes mellitus refers to a group of metabolic diseases that can affect any woman and, if not under control, cause severe consequences to both the mother and her child. This is a descriptive-exploratory type qualitative research, which analyzed what women with gestational diabetes mellitus know about the disease and how they live with this condition. The study was carried out at a university hospital in the city of Porto Alegre, in the South of Brazil, by means of interviews with 25 diabetic pregnant women under ambulatory follow-up, from July to November 2010. The study was approved by the Ethics Committee of the study hospital, under the number 100230. Data found were submitted to thematic content analysis, coming up with three themes: knowledge about the disease, repercussion of diagnosis and of gestational diabetes mellitus treatment, and implication of highrisk pregnancy on women’s daily life. Out of the 25 women interviewed, 18 have diabetes mellitus on their family history and were surprised with the diagnosis, which indicates they did not give importance to their family history nor did they acknowledge the risk for the disease; this data can be related to patient denial of the disease. Participants also reported misinformation about their pathology and its consequences for both themselves and their baby. Some of the pregnant women were sent from the countryside to the capital, and because of that they received late high-risk pre-natal care. Some participants showed feelings of denial and hurt, difficulty living with high-risk pregnancy, worries about consequences of the disease to their baby and fear that diabetes mellitus will persist after birth. As for high-risk pregnancy implications to these women’s daily lives, they refer to physical alterations manifested by the disease and by pregnancy itself and adaptations and/or changes in: daily diet, domestic and professional activities, leisure, sexual relations, and pregnancy cares. Valuing information that health professionals forward to women with gestational diabetes mellitus is of importance. It is imperative that health professionals include families in the context of diabetic pregnancy in order to stimulate support and comprehension to the afflicted woman. Finally, diabetes that occurs during pregnancy must be discussed on all levels of health care so as to prevent this gestational aggravation. / El diabetes mellitus gestacional es un grupo de enfermedades metabólicas que puede afectar a cualquier mujer y, cuando no controlado, causar consecuencias graves para el binomio madre-hijo. Se trata de una pesquisa cualitativa, del tipo descriptivo y exploratorio que analizó lo que las mujeres con diabetes mellitus gestacional conocen acerca de la enfermedad y como ellas viven con esa condición. El estudio fue realizado en un hospital universitario de la municipalidad de Porto Alegre/RS, por medio de entrevistas con 25 gestantes diabéticas en acompañamiento ambulatorio, entre los meses de julio y noviembre de 2010. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética del hospital del estudio, con el número 100230. Los datos encontrados fueron sometidos al análisis de contenido del tipo temático lo cual evidenció tres temas: el conocimiento acerca de la enfermedad, las repercusciones del diagnóstico y el tratamiento de diabetes mellitus gestacional para la mujer embarazada y su familia y las implicaciones del embarazo de riesgo en la vida diaria de la mujer. De las 25 mujeres entrevistadas, 18 poseen historia familiar de diabetes mellitus y manifestaron sorpresa con el diagnóstico, indicando la no valoración de los antecedentes familiares y el no reconocimiento del riesgo, datos que pueden estar relacionadas a la negación de la enfermedad por las gestantes. Las participantes también relataron desinformación acerca de la patología y sus consecuencias para sí y para el bebé. Se observó que algunas gestantes fueron encaminadas del interior del Estado para la capital y que el atendimiento en el prenatal de alto riesgo aconteció tardíamente. Algunas participantes manifestaron sentimientos de negación y dolor, dificultades de vivir con la situación de riesgo gestacional, preocupaciones con las repercusiones de la enfermedad para el bebé y miedo de continuar con diabetes mellitus tras el parto. En cuanto a las implicaciones del embarazo de riesgo en la vida diaria de la mujer, estas comprendieron desde alteraciones físicas manifestadas por la enfermedad y por la propia gestación hasta adaptaciones y/o cambios con: la alimentación diaria, las actividades domésticas y profesionales, el ocio, las relaciones sexuales y los cuidados con el embarazo. Se considera importante la valoración de las informaciones que los profesionales de salud repasan a las mujeres con diabetes mellitus gestacional, con especial atención a la calidad de las mismas. Es fundamental que ellos insieren la familia en el contexto de atendimiento de la gestante diabética de manera a estimular el apoyo y la comprensión dedicados a esta mujer. Finalmente, el diabetes que ocurre en el embarazo debe ser discutido en todos los niveles de la atención a la salud visando la prevención de ese agravio gestacional.
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Adiamento da maternidade: do sonho à maternagem / Postponement of the maternity

Teixeira, Eliane Tavares Natividade January 1999 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:12:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 145.pdf: 641826 bytes, checksum: 2dfa402b4643fbeb63eb472871487783 (MD5) Previous issue date: 1999 / Discute o fenômeno do adiamento da maternidade após os 35 anos, relacionando-o ao processo de Destradicionalizaçao Social, que vem ocorrendo em todas as esferas da vida cotidiana-inclusive, no contexto sócio-familiar brasileiro. Independente das transformaçoes no ethos da maternidade, o discurso médico define, a partir do enfoque de risco, o que é "normal" e "anormal"nos comportamentos reprodutivos. Com base nestes pressupostos analisamos as percepçoes das mulheres que adiaram a maternidade, para depois dos 35 anos, em relaçao ao relacionamento afetivo-familiar, ao trabalho, a gravidez e à maternidade. Foram realizadas, no Ambulatório de Pré-Natal do Hospital Universitário Pedro Ernesto (entre julho e outubro/1998), nove entrevistas com gestantes entre 36 e 39 anos, nao portadoras de doenças crônicas ou intercorrências físico-clínicas. Os resultados deste estudo, qualitativo, indicam que o processo modernizador e as conseqüentes mudanças nos tradicionais padroes familiares, imprimem suas marcas na experiência da maternidade. Essa revisao de valores, referentes à funçao feminina e ao papel materno acompanha a incorporaçao da mulher ao mercado de trabalho e o crescente peso do capital escolar. Tornou-se possível concluir ainda, que em funçao dos valores atuais, o "ser mae" para algumas mulheres nao é mais percebido como o único objetivo, já que o trabalho é fonte de realizaçao pessoal. / The present study has the purpose of discussing the phenomenon of the postponement of maternity to the age of 35 years aged of, relating this process to the Social Destraditionalization, which is taking place in all everyday’s spheres, inclusively in Brazilian social-familiar context. Apart from the changes in the ethos of maternity, the medical speech defines, from the risk focus, what is normal and abnormal in the reproductive behavior. Based on such assumptions we analysed the perception of women who postponed maternity to the age of 35 years, associating that to the affective-familiar relationship, work, pregnancy and mothernity. We interviewed nine pregnant women between 35 and 39 years old in the Ambulatory of the Hospital Universitário Pedro Ernesto from july to october of 1998, who had no chronic illness or physical- linicalintercurrency. The results of this qualitative study points out that the modernizing process and its changes in the traditional familiar standard, influences the experience of maternity. This review of values which reters to the female functions and the mother role follows to the incorporation of women to the job market and the steady increase of the school capital. We were also able to conclude that because of the current values, “being mother” to some women is no longer realized as the only aim in life, seeing that work is as personal achievements.
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Mulheres com diabete melito gestacional : conhecendo a doença e convivendo com ela / Mujeres con diabetes mellitus gestacional: conociendo y viviendo con la enfermedad / Women with gestational diabetes mellitus: knowing the disease and living with it

Schmalfuss, Joice Moreira January 2011 (has links)
O diabete melito gestacional é um grupo de doenças metabólicas que pode afetar qualquer mulher e, quando não controlado, causar consequências graves para o binômio mãe/bebê. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivoexploratório, que analisou o que as mulheres com diabete melito gestacional conhecem sobre a doença e como elas convivem com essa condição. O estudo foi realizado em um hospital universitário do município de Porto Alegre/RS, por meio de entrevistas com 25 gestantes diabéticas em acompanhamento ambulatorial, entre os meses de julho e novembro de 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do hospital em estudo, sob o número 100230. Os dados encontrados foram submetidos à análise de conteúdo do tipo temática, evidenciando-se três temas: o conhecimento sobre a doença, as repercussões do diagnóstico e tratamento do diabete melito gestacional para a grávida e sua família e as implicações da gravidez de risco na vida diária da mulher. Das 25 entrevistadas, 18 possuem história familiar de diabete melito e manifestaram surpresa com o diagnóstico, indicando a não valorização dos antecedentes familiares e o não reconhecimento do risco, dados que podem estar relacionadas à negação da doença pelas gestantes. As participantes também relataram desinformação sobre a patologia e suas consequências para si e para o bebê. Observou-se que algumas gestantes foram encaminhadas do interior do Estado para a capital e que o atendimento no pré-natal de alto risco aconteceu tardiamente. Algumas participantes manifestaram sentimentos de negação e mágoa, dificuldades em conviver com a situação de risco gestacional, preocupações com as repercussões da doença para o bebê e medo em persistir com diabete melito após o parto. Quanto às implicações da gravidez de risco na vida diária da mulher, estas abrangeram desde alterações físicas manifestadas pela doença e pela própria gestação, até adaptações e/ou mudanças com: a alimentação diária, as atividades domésticas e profissionais, o lazer, as relações sexuais e os cuidados com a gravidez. Considera-se importante a valorização das informações que os profissionais de saúde repassam às mulheres com diabete melito gestacional, atentando para a qualidade das mesmas. É fundamental que estes insiram a família no contexto de atendimento da gestante diabética de forma a estimular o apoio e a compreensão fornecido a esta mulher. Finalmente, o diabete que ocorre na gravidez deve ser discutido em todos os níveis de atenção à saúde visando a prevenção desse agravo gestacional. / Gestational diabetes mellitus refers to a group of metabolic diseases that can affect any woman and, if not under control, cause severe consequences to both the mother and her child. This is a descriptive-exploratory type qualitative research, which analyzed what women with gestational diabetes mellitus know about the disease and how they live with this condition. The study was carried out at a university hospital in the city of Porto Alegre, in the South of Brazil, by means of interviews with 25 diabetic pregnant women under ambulatory follow-up, from July to November 2010. The study was approved by the Ethics Committee of the study hospital, under the number 100230. Data found were submitted to thematic content analysis, coming up with three themes: knowledge about the disease, repercussion of diagnosis and of gestational diabetes mellitus treatment, and implication of highrisk pregnancy on women’s daily life. Out of the 25 women interviewed, 18 have diabetes mellitus on their family history and were surprised with the diagnosis, which indicates they did not give importance to their family history nor did they acknowledge the risk for the disease; this data can be related to patient denial of the disease. Participants also reported misinformation about their pathology and its consequences for both themselves and their baby. Some of the pregnant women were sent from the countryside to the capital, and because of that they received late high-risk pre-natal care. Some participants showed feelings of denial and hurt, difficulty living with high-risk pregnancy, worries about consequences of the disease to their baby and fear that diabetes mellitus will persist after birth. As for high-risk pregnancy implications to these women’s daily lives, they refer to physical alterations manifested by the disease and by pregnancy itself and adaptations and/or changes in: daily diet, domestic and professional activities, leisure, sexual relations, and pregnancy cares. Valuing information that health professionals forward to women with gestational diabetes mellitus is of importance. It is imperative that health professionals include families in the context of diabetic pregnancy in order to stimulate support and comprehension to the afflicted woman. Finally, diabetes that occurs during pregnancy must be discussed on all levels of health care so as to prevent this gestational aggravation. / El diabetes mellitus gestacional es un grupo de enfermedades metabólicas que puede afectar a cualquier mujer y, cuando no controlado, causar consecuencias graves para el binomio madre-hijo. Se trata de una pesquisa cualitativa, del tipo descriptivo y exploratorio que analizó lo que las mujeres con diabetes mellitus gestacional conocen acerca de la enfermedad y como ellas viven con esa condición. El estudio fue realizado en un hospital universitario de la municipalidad de Porto Alegre/RS, por medio de entrevistas con 25 gestantes diabéticas en acompañamiento ambulatorio, entre los meses de julio y noviembre de 2010. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética del hospital del estudio, con el número 100230. Los datos encontrados fueron sometidos al análisis de contenido del tipo temático lo cual evidenció tres temas: el conocimiento acerca de la enfermedad, las repercusciones del diagnóstico y el tratamiento de diabetes mellitus gestacional para la mujer embarazada y su familia y las implicaciones del embarazo de riesgo en la vida diaria de la mujer. De las 25 mujeres entrevistadas, 18 poseen historia familiar de diabetes mellitus y manifestaron sorpresa con el diagnóstico, indicando la no valoración de los antecedentes familiares y el no reconocimiento del riesgo, datos que pueden estar relacionadas a la negación de la enfermedad por las gestantes. Las participantes también relataron desinformación acerca de la patología y sus consecuencias para sí y para el bebé. Se observó que algunas gestantes fueron encaminadas del interior del Estado para la capital y que el atendimiento en el prenatal de alto riesgo aconteció tardíamente. Algunas participantes manifestaron sentimientos de negación y dolor, dificultades de vivir con la situación de riesgo gestacional, preocupaciones con las repercusiones de la enfermedad para el bebé y miedo de continuar con diabetes mellitus tras el parto. En cuanto a las implicaciones del embarazo de riesgo en la vida diaria de la mujer, estas comprendieron desde alteraciones físicas manifestadas por la enfermedad y por la propia gestación hasta adaptaciones y/o cambios con: la alimentación diaria, las actividades domésticas y profesionales, el ocio, las relaciones sexuales y los cuidados con el embarazo. Se considera importante la valoración de las informaciones que los profesionales de salud repasan a las mujeres con diabetes mellitus gestacional, con especial atención a la calidad de las mismas. Es fundamental que ellos insieren la familia en el contexto de atendimiento de la gestante diabética de manera a estimular el apoyo y la comprensión dedicados a esta mujer. Finalmente, el diabetes que ocurre en el embarazo debe ser discutido en todos los niveles de la atención a la salud visando la prevención de ese agravio gestacional.

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