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História ambiental do Alto Uruguai: colonização, desenvolvimento e transformações na paisagemMartinazzo, Luana Nunes 11 April 2011 (has links)
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LuanaMartinazzo.pdf: 4186519 bytes, checksum: 36988d01be868f5b4102b8f2ad9ff848 (MD5) / À medida que o século XXI se firma como um século de grandes alterações ambientais e ideias, as preocupações com o ambiente adquirem importância. A ampla documentação a respeito da extensão desses problemas pode ser estudada na região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul. Este trabalho de pesquisa partiu da perspectiva da história ambiental a fim de contextualizar as mudanças e transformações na paisagem natural da região do Alto Uruguai, identificando incentivos dados aos colonizadores europeus, alterações na fisionomia natural e reflexos na atual percepção dos agricultores descendentes. A metodologia da pesquisa teve inspiração etnográfica. Para realizá-la, usou-se a pesquisa exploratória e analítica em documentos coletados no Arquivo Histórico Juarez Illa Font, da cidade de Erechim. Após a análise do material descrito, ensaios etnográficos foram realizados através de visitas a agricultores que vivem na região há mais de 50 anos a fim de conhecer um pouco mais a cultura desses imigrantes. Os dados da pesquisa foram destinados à compreensão de ações e do comportamento sociocultural e da relação do homem com a natureza, a fim de fornecer possíveis contribuições para ações educativas com os grupos em questão. As conclusões apontam que a fisionomia natural da região do Alto Uruguai foi modificada de forma acelerada durante o início do processo de colonização (1900 a 1960). A região do Alto Uruguai surgiu a partir de leis ambientais e preocupações com os mananciais, sendo idealizada e muito bem planejada no papel, antes mesmo da chegada dos imigrantes. No entanto, ao contrário do seu regulamento, o governo incentivava a derrubada da mata. Paralelo a isso, o governo idealizou uma miscigenação de raças, mas tendo a raça branca (descendentes de europeus) como a superior às outras existentes. Os ideais políticos do período da colonização e a relação de domínio sobre a natureza dos primeiros colonizadores estão enraizados na cultura local e vêm influenciando a relação dos atuais moradores com o meio ambiente, o que confirma a necessidade de um trabalho de educação ambiental na região.
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Sol e Sombra: o Café do Maciço de Baturité Numa Perspectiva Ecológica e Socioeconômica. / Sun and Shadow: the Massif Baturité Coffee In Ecological and Socioeconomic Perspective.Alcântara, Selma Maria Peixoto January 2009 (has links)
ALCÂNTARA, Selma Maria Peixoto. Sol e Sombra: o Café do Maciço de Baturité Numa Perspectiva Ecológica e Socioeconômica. 2009. 157 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-05-10T12:57:02Z
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Previous issue date: 2009 / The coffee plant (Coffea arabica) originally comes from African territory. It was introduced to Brazil in 1727 starting out from Rio de Janeiro, in the Atlantic Forest, where coffee-growing was better adapted and it was established as an important economic activity for the colonial exploitation pattern, based on monoculture, slave force and extensive property. Thus starts the history of an activity renowned as economically important for the country and part-responsible for the devastation left by that activity in the regions where it was developed. Such destruction followed a logic of relations between society and nature based on the former dominating the latter. The use and occupation of Brazilian territory in the eighteenth century were based on that logic. The consequences of this can be seen in agriculture, mainly based on fire clearance and deforestation practices in the plantations. In Ceará it was not different. Nevertheless, in the areas where coffee-growing was developed this practice was impracticable, as the prevailing system of cultivation relied on the association of the coffee plant with others species, particularly ingazeira (Inga bahiensis Benth.). The main objective of this study is to analyze the importance of coffee-growing activities in Maciço de Baturité-Ceará and its social relationship with production, from the 1970s onwards. It seeks to find out about the importance of this activity as a degradation factor or conservation of environmental patrimony in the ecological, socio-economic perspective. To reach this objective, there was an engagement to comprehend how this activity was developed historically in the region, to comprehend the culture arisen around the coffee-growing and the work-relationship established within the farming space. / A planta do café (Coffea arabica) pertence originalmente ao território africano. No Brasil, foi introduzida em 1727 . Foi a partir do Rio de Janeiro, nas áreas de Mata Atlântica, onde a cafeicultura melhor se adaptou e se estabaleceu como importante atividade econômica para o modelo de exploração colonial, baseado na monocultura, trabalho escravo e grande propriedade. Inicia-se assim a história de uma atividade reconhecida pela importância econômica para o país e pelo rastro de devastação que deixou nas regiões onde foi desenvolvida. Tal destruição se fundamentou numa lógica de relação entre sociedade e natureza baseada na dominação da primeira sobre a última, que permeou o uso e ocupação do território brasileiro já no século XVIII. O reflexo disto pode ser visto na agricultura, trabalhada principalmente com o uso de queimadas e desmatamento para o plantio. No Ceará não foi diferente; entretanto, nas áreas onde a cafeicultura se desenvolveu, esta prática tornaria a atividade inviável, de forma que o sistema de cultivo predominante apoiou-se no consórcio da planta com outras espécies, em especial a ingazeira. O presente trabalho tem como principal objetivo analisar a importância da atividade cafeeira no Maciço de Baturité e suas relações sociais de produção, a aprtir da década de 1970. Busca-se assim apreender a importância desta atividade como um dos fatores de degradação ou conservação do patrimônio ambiental na perspectiva ecológica e socioeconômica. Para alcançar tal objetivo, houve o empenho de compreender como historicamente esta atividade se desenvolveu naquela região, a cultura criada em torno do cultivo do café e as relações de trabalho que se estabeleceram dentro do espaço da lavoura.
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A Criação de Unidades de Conservação no Espírito Santo entre 1940 e 2000: Contextualização, Conflitos e Redes de Interesse na Apropriação Social do Meio AmbienteSANTOS, L. B. 11 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-11 / Os debates ambientais estão na ordem do dia. Surgem como assunto nos
círculos mais variados, dada sua relevância para a reprodução material das sociedades. Produtos no mercado do consumo com selos verdes e partidos políticos cuja pauta central é a defesa ambiental fazem parte do cotidiano. Mas como essa agenda foi sendo construída na história recente? Nesse sentido, a presente tese, a partir do estudo de caso do Estado do Espírito Santo entre os anos de 1940 e 2000, visa contribuir com dados e fontes. Teoricamente, o estudo abarca o diálogo entre a História Política e a História Ambiental, utilizando conceitos de autores consagrados como Pierre Bourdieu. Empiricamente, buscou-se fazer um levantamento sobre a criação de áreas protegidas ou unidades de conservação, entendidas como políticas públicas que visam a proteção da natureza. Dado o recorte temporal do estudo, verificou-se a origem, estruturação e consolidação da política pública, demonstrando o
desenvolvimento das ações, individuais e/ou coletivas, em torno das diferentes formas de apropriação dos recursos ambientais, ora demonstradas na economia, na política e/ou nas práticas socioculturais. Assim, fica bastante evidente que no período de surgimento dessa política, dada a ausência de movimentos sociais organizados, o capital político de seus defensores foi substantivo. Ao tempo em que com o avanço da democratização no Brasil e o contexto internacional de questionamento dos modelos de acumulação de riquezas e de exaustão das condições materiais da vida no planeta, a pauta ambiental no Estado do Espírito Santo passa a mobilizar cada vez mais agentes em torno de sua defesa. O capital político individual paulatinamente vai cedendo espaço para o capital simbólico proveniente da mobilização social. Essa mudança ao longo das seis décadas é marcante no processo de definição das agendas públicas. Todo o material foi analisado segundo as ideias-chave de redes e conflitos sociais, num movimento constante e contraditório de inter-relação.
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O emergente preservacionismo transimperial durante o colonialismo na África: a Conferência Internacional para a Proteção da Vida Selvagem (Londres, 1900)Mützenberg, Bruno Vinícius January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-11-24T03:10:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A caça de animais selvagens na África foi atividade intrínseca a viajantes europeus no continente, fossem exploradores, naturalistas, missionários ou praticantes da  caça esportiva . Mesmo que não apreciassem a atividade, dificilmente sobreviveriam sem a alimentação proveniente da caça, então abrangente. Em adição a exploradores a mando de impérios e grandes agências, o presente estudo investiga os naturalistas menos famosos e mais experimentais, bem como os  caçadores esportivos , atentando para a sutil diferenciação entre essas categorias. A Convenção Internacional para a Preservação da Vida Selvagem foi um acordo internacional pioneiro entre as temáticas preservacionistas, e envolveu um debate internacional sobre a preservação da caça no continente africano. Para a análise, é cruzada literatura de caça do século XIX à historiografia e a casos citados em jornais coloniais. Caçadores africanos não foram secundários. Seu conhecimento em ambiente estranho aos recém-chegados foi essencial ao sucesso de empreendimentos e à sobrevivência de viajantes.<br> / Abstract : Big game hunting was an intrinsic activity to Europeans in Africa, were they explorers, naturalists, missionaries or  sportsmen hunters. Even those who were less enthusiast would hardly survive without the food supplied by game, then plentiful. In addition to the explorers employed by empires and large agencies, the present research approaches the less famous and more experimental naturalists, as well as the  sportsmen , looking to the subtle differentiation between those categories. The International Convention for the Preservation of Wild Life was a pioneer international agreement in preservationist themes, and it has included an international debate on the preservation of wild life in the African Continent. To the analysis, historiography is compared to game themed literature of the XIX century and quoted cases from colonial newspapers. African hunters were not secondary. Their knowledge in an unknown environment to the newcomers was essential to the enterprises success and to the travelers survival.
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Imigrantes italianos e seus descendentes na microrregião oeste do Vale do Taquari: história ambiental e práticas culturaisTrombini, Janaíne 15 December 2016 (has links)
Submitted by FERNANDA DA SILVA VON PORSTER (fdsvporster@univates.br) on 2017-07-13T18:08:06Z
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Previous issue date: 2017-07 / Os imigrantes italianos que chegaram a partir das últimas décadas do século XIX no Rio Grande do Sul atuaram com atividades agropecuárias situados na porção territorial na encosta superior do planalto, entre os vales do rio Caí e do rio das Antas. Após esta ocupação, os imigrantes italianos avançaram sobre novas terras e a partir do final da década de 1880, estabeleceram-se em áreas que posteriormente passaram a denominar-se Vale do Taquari. O trabalho tem como objetivo analisar aspectos relacionados à história ambiental e práticas culturais dos italianos e de seus descendentes na Microrregião Oeste da Região Vale do Taquari. A metodologia é qualitativa e os procedimentos metodológicos consistiram em revisão bibliográfica sobre a colonização italiana e o levantamento e análise de fontes documentais em Arquivos de Porto Alegre, Lajeado e Progresso. Também realizou-se pesquisa de campo e elaboração de diários, entrevistas com base na metodologia da História Oral e registros fotográficos com as famílias de produtores rurais descendentes de italianos dos municípios de Progresso, Pouso Novo, Travesseiro e Marques de Souza. Os resultados da pesquisa, tomando como base de análise teóricos da história ambiental, cultura e etnicidade, apontaram que os imigrantes italianos e seus descendentes, tanto em territórios do Rio Grande do Sul quanto da Microrregião Oeste do Vale do Taquari, desde a ocupação inicial até a atualidade estabeleceram relações de maior ou menor impacto com o ambiente como é o caso do desmatamento, queimadas, rotação de terras e o uso de agrotóxicos para as atividades agropecuárias. Además, mantiveram e atualizaram elementos culturais italianos relacionados a agricultura, pecuária, alimentação, festividades, religiosidade e lazer. / The Italian immigrants who arrived in the last decades of the nineteenth century in Rio Grande do Sul worked with agricultural activities located in the territorial portion on the upper slopes of the plateau between the valleys of Caí River and the Antas River. After this occupation, the Italian immigrants moved into new lands and from the end of the 1880s, settled in areas that later came to be known as Vale do Taquari. This work aims to analyze aspects related to environmental history and cultural practices of the Italians and their descendants in the Microregion West of Region Taquari Valley. The methodology is qualitative and methodological procedures consisted of a literature review about the Italian colonization, the survey and analysis of documentary sources in Archives of Porto Alegre, Lajeado and Progresso. Also held field research and preparation of journals, interviews based on the methodology of Oral History and photographic records with the families of the Italian descendants farmers in the municipalities of Progresso, Pouso Novo, Travesseiro and Marques de Souza. The reaserch results, taking as basis of analysis, theorists of environmental history, culture and ethnicity, pointed out that the Italian immigrants and their descendants, both in Rio Grande do Sul territories as well as the Microregion West Taquari Valley, from the initial occupation to the present have been established relations of higher or lower impact on the environment such as deforestation, forest fires, land rotation and the use of pesticides for agricultural activities. Besides that, maintained and updated Italian cultural elements related to agriculture, livestock, food, festivities, religion and leisure.
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Interação ser humano/natureza em Araranguá, SC, através do processo de degradação ambiental do Rio Araranguá - 1900-1950Clemes, Jonatã Vieira 30 May 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-30T04:08:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
345437.pdf: 1139752 bytes, checksum: 81a08c6ab8336f5ee5fe85c03b55b3b3 (MD5) / Palco de acontecimentos misteriosos, onde atividades cotidianas assumem uma dimensão inexplicável, beirando o irreal. O Rio Araranguá, em Santa Catarina, enquanto atribuidor de diferentes sentidos e significados, ao efluir para a formação de práticas e costumes, acaba por mediar um particular modo de interação entre ser humano e natureza. Nesse sentido, objetiva-se analisar as especificidades ambientais, sociais e culturais estabelecidas entre as populações ribeirinhas e o Rio Araranguá através de sua dimensão fantástica, em que, concomitantemente aos relatos de estranhas aparições envolvendo caracaxás, bruxas, pessoas que desapareciam ao pedir travessia pelo rio, caminhões de fogo que perseguiam os pescadores e moradores em geral, dentre muitos outros casos, a fartura e abundância de peixes se entrelaça a essa visão mística de mundo. No entanto, à medida que se intensifica a produção carbonífera na região Sul Catarinense na década de 1940, somada a um peculiar ímpeto progressista, seus efeitos nocivos passam a afetar o fluxo de manutenção ecológica do Rio Araranguá, e a dimensão fantástica de natureza ligada à diversidade e à fartura dá lugar a uma perspectiva econômica e desenvolvimentista de uso dos recursos naturais.<br> / Abstract: Stage of mysterious events, where daily activities assume unexplainable dimension bordering the unreal. The Araranguá River in Santa Catarina, as the holder of different senses and meanings, flows towards the formation of practices and customs and ends up mediating, in a particular way, the interaction between human beings and nature. In that sense, the objective here is to analyze the environmental, social and cultural specificities established between the riverside population and the Araranguá River itself, through its fantastic dimension, that in conjunction with the reports of strange sightings involving mythological beings like the caracaxás, witches, people who suddenly vanished after asking to cross the river, trucks of fire chasing fishermen and residents in general, among many other cases, the abundance and affluence of fish interlace with this mystical view of the world. However, as the coal production intensifies in the southern Santa Catarina region in the 1940s, in addition to the peculiar progress-driven impetus, its harmful effects begin to affect the ecological maintenance of the Araranguá River, and the fantastic dimension of nature linked to diversity and abundance gives place to an economic and developmental perspective of use of natural resources.
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História ambiental do agroecossistema do café (Coffea arábica) no norte do Paraná (1945-1975)Mores, Lucas January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-11-14T03:19:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Esta dissertação tem o objetivo de analisar as técnicas, práticas e relações entre as populações humanas e não humanas no agroecossistema da cafeicultura no norte do Paraná entre 1945 e 1975. Durante este período, a transformação do ambiente na região foi muito grande, passando de uma paisagem florestal, para um ambiente controlado e racionalizado e que se tornou entre 1960 e 1975, um dos maiores produtores mundiais de café. No primeiro capítulo, se historiciza o processo de transformação da paisagem florestal habitada por grupos indígenas e caboclos, para um agroecossistema, ou seja, um ecossistema voltado para a produção de uma única espécie, o cafeeiro. Neste sentido, este capítulo aborda as técnicas de transformação da floresta, como também, os métodos de cultivos do cafeeiro. Para compreender as modificações da cafeicultura ao longo dos 30 anos, seguiremos a partir de dois caminhos, mas que a todo momento se cruzam: sendo a assim, o segundo capítulo analisa a ação do Estado e dos cientistas na cafeicultura, enquanto no terceiro, buscamos compreender o papel dos desastres socioambientais nas lavouras cafeeiras. A interferência de cientistas na cafeicultura, ocorreu com o discurso de modernização e erradicação de cafeeiros não produtivos, com base nos critérios da ciência agronômica do período. Nesse sentido, ao cruzarmos fontes como periódicos, documentos técnicos-científicos e os relatórios produzidos pelo Instituto Brasileiro do Café, compreendemos o papel de destaque dos cientistas e o processo da formação de cafezais "modernos" em oposição aos antigos. O processo de erradicação também criou uma concentração de cafeeiros, nas áreas onde o cultivo era mais indicado, no eixo entre Londrina-Maringá e entre Cianorte e a margem localizada ao sul do rio Ivaí. Por fim, analisaremos os desastres socioambientais, que segundo a memória coletiva paranaense, o final da cafeicultura na região ocorreu devido a uma intensa geada que afetou os cafeeiros em 1975. Entretanto, analisaremos outras geadas intensas que atingiram os cafezais da região, para entender, que apesar da geada de 1975 ter sido muito intensa, outras também haviam, e assim, não foi somente a geada, mas toda uma conjuntura que fez com que o plantio do café na região diminuísse drasticamente, porém, sem acabar. / Abstract : This Master?s thesis aims to analyze the technicals, practices and relationships between the human and non-human population in the agroecosystem of coffee in the north of Paraná, Brazil, between 1945 and 1975. During this period, the environment transformation in the region was very large, moving from a forest landscape to a controlled and rationalized environment and which became, among 1960 and 1975, one of the largests coffee producers in the world. In the first chapter, it is historicized the process of the transformation from the forest landscape which were habited by indigenous and caboclos into an agroecosystem, i. e., an ecosystem focused on the production of a single species, the coffee tree. Therefore, this chapter deals with the techniques of forest transformation, as well as the methods of coffee trees cultivation. In order to comprehend the coffee growing changings over the course of the 30 years, we will proceed from two paths, but which are intersected all the time: thus, the second chapter analyzes the State and the scientists action in coffee growing, while in the third we seek to understand the role of socio-environmental disasters in coffee plantations. The scientists interference in coffee growing occured by the discourse of modernization and eradication of non-productive coffee trees, based on the criteria of agronomic science of the period. In this perspective, when we cross sources such as periodicals, technical-scientific documents and the reports produced by the Brazilian Coffee Institute, we comprehend the leading role of scientists and the process of forming ?modern? coffee plantations as opposed to the old ones. The eradication process also created a concentration of coffee trees in areas where the cultivation was more indicated, in the axis between Londrina-Maringá and between Cianorte and the margin located in South of Ivaí river. Finally, we will analyze the socio-environmental disasters that, according to the collective memory from Parana, the end of coffee growing in the region occurred due to an intense frost which affected the coffee trees in 1975. However, we will analyse other intense frosts which reached the coffee plantation of the region to understand that despite the severe frost in 1975, there were others that also had been, so it was not only the frost, but a whole conjuncture that made the coffee plantation in the region decline drastically, however, without ending.
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Congressos mundiais de parques nacionais da UICN (1962-2003) : registros e reflexões sobre o surgimento de um novo paradigma para a conservação da naturezaSouza, João Vitor Campos de 30 April 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-09-16T15:54:42Z
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2013_JoaoVitorCamposSouza.pdf: 1567281 bytes, checksum: f47ce50a5d6109d8435db02f3be6756f (MD5) / Os Congressos Mundiais de Parques Nacionais da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), um dos principais organismos internacionais voltados para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais, guardam registros sobre a recente história da conservação da natureza. A análise e reflexão sobre a documentação proveniente de tais reuniões, realizadas em Seattle (1962), Yellowstone (1972), Bali (1982), Caracas (1992) e Durban (2003), e sobre a literatura especializada permitem o entendimento de como percepções, motivações e disposições para a conservação foram sendo afirmadas e modificadas ao longo do período. Entre outros pontos, foi constatado o surgimento de um novo paradigma para a conservação da natureza, marcado pela inclusão de aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos no contexto das áreas protegidas. Apesar de representar um avanço para uma efetiva conservação da natureza em nível mundial, o paradigma moderno não se apresenta como um substituto do modelo clássico, mas, sim, como complementar na busca pelo equilíbrio entre a manutenção da biodiversidade e o desenvolvimento humano. ____________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The World Congress on National Parks of the International Union for Conservation of Nature (IUCN), one of the main international organizations concerned with the conservation of biodiversity and sustainable use of natural resources, keep records about the recent history of nature conservation. The analysis and reflection on the documentation from these meetings in Seattle (1962), Yellowstone (1972), Bali (1982), Caracas (1992) and Durban (2003), and the literature allow the understanding of how perceptions,
motivations and provisions for conservation were being asserted and modified over the period. Among
other points, it was noted the emergence of a new paradigm for the conservation of nature, marked by the inclusion of social, economic, cultural and political context of protected areas. Despite representing a
breakthrough for effective nature conservation worldwide, the modern paradigma not presented as a substitute for the classic model, but rather as complementary in the search for a balance between maintaining biodiversity and human development.
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Da crueldade à libertação: análise dos níveis de sensibilidade em relação aos animais no Brasil pós década de 1970Fonseca, Maíra Kaminski da January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2017. / Nos últimos anos estamos acompanhando uma mudança significativa na maneira como os animais humanos interagem com os animais não humanos na sociedade. É visível que uma outra relação está sendo criada, e as sensibilidades para com esses seres vem sofrendo alterações importantes de serem analisadas historicamente. Apesar disso, percebemos que muito do pensamento moderno cartesiano de que animais não humanos não são dignos da preocupação ética dos animais humanos ainda persiste. Essas assertivas nos dão a entender que dentro da sociedade encontramos níveis de sensibilidade para com animais não humanos que variam de 0 a 3. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é analisar a partir da História Ambiental, em conjunto com a História das Sensibilidades, como essas mudanças na relação animal humanoXanimal não humano vem se delineando no Brasil, em que medida atingem a sociedade e que tipo de alteração efetiva de mentalidade vem surgindo a partir desse debate que envolve ética, direito, antropologia, e sociologia. Partindo de uma ideia de níveis de sensibilidade, busca-se demonstrar as variantes dessa mudança e o que ainda permanece. Toma-se como ponto de partida a década de 1970 por ser um período em que fervilhava no mundo ocidental a preocupação com a degradação do meio ambiente, e consequentemente com a degradação da vida animal no planeta. / Abstract : In recent years we have been following a significant shift in the way human animals interact with nonhuman animals in society. It is apparent that another relationship is being created, and the sensitivities to these beings have undergone important changes to be analyzed historically. Despite this, we realize that much of the Cartesian modern thought that nonhuman animals are not worthy of the ethical concern of human animals still persists. These assertions tell us that within society we find levels of sensitivity to nonhuman animals ranging from 0 to 3. In this sense, the objective of this research is to analyze from the Environmental History, together with the History of Sensitivities, how these changes in the human animalsXnonhuman animals relation is being outlined in Brazil, to what extent they affect the society and what kind of effective change of mentality has emerged from this debate that involves ethics, law, anthropology, and sociology. Starting from an idea of levels of sensitivity, we try to demonstrate the variants of this change and what still remains. It takes as starting point the 1970s as a period in which the Western world was preoccupied with the degradation of the environment, and consequently with the degradation of animal life on the planet.
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Mandioca, a rainha do Brasil? - Ascensão e queda da Manihot esculenta em São Paulo / Cassava, the queen of Brazil?: ascension and fall of the Manihor esculenta in São PauloSilva, Henrique Ataide da 08 August 2008 (has links)
O cultivo da mandioca possui uma estreita relação com o campesinato brasileiro, estando presente entre seus cultivos desde sua gênese e ainda hoje é parte obrigatória da alimentação de vários segmentos da população brasileira das áreas rurais. Atualmente a maior parte da produção do tubérculo provém de áreas econômica e ecologicamente marginais sendo cultivado por meio de práticas agrícolas tradicionais, denominadas de agricultura de corte-e-queima. Porém, nos últimos anos a produção de mandioca tem apresentado uma contínua queda, principalmente no Estado de São Paulo, onde as transformações agrícolas foram mais intensas. Assim, é mediante a importância histórica do cultivo da mandioca entre os camponeses e a atual situação deste cultivo que colocamos nosso problema da seguinte forma: O declínio do cultivo da mandioca apresentado hoje não é um fenômeno recente, mas sim histórico se iniciando em outras épocas. Assim nosso objetivo principal é localizar as bases históricas do declínio do cultivo deste tubérculo entre os camponeses do Estado de São Paulo. Para atingir nosso objetivo adotamos o referencial teórico-metodológico da Historia Ambiental, que nos fornece elementos para fazer esta análise na perspectiva das relações entre as sociedades humanas e o mundo natural, usando para isso dados de diversas áreas como a Economia, a Antropologia, a Arqueologia, a Ecologia, além da História Social e Econômica. / The culture of the cassava has a narrow relationship with the Brazilian small rural culture, being present among its cultures since its genesis and until today it is a mandatory part of the feeding in some segments of the Brazilian population in the agricultural areas. Currently most of the tubercle production comes from economic and ecologically outskirt areas being cultivated through traditional agriculturists methods, called slash and burn agriculture. However, during the last years the cassava production has presented a continuous fall, mainly in the São Paulo state, where the agricultural transformations had been more intense. Thus, due the historical importance of the cassava culture between the peasants and the current situation of this culture, we place our problem on the following form: The current decline of the cassava culture is not a recent phenomenon, but historical and initiating at other times. Thus our main objective is to locate the historical bases of the decline of this tubercle culture among the peasants of the Sao Paulo state. To reach our objective we adopt the theoretician-methodological referential of the Environmental History, that supplies us elements to make this analysis in the perspective of the relations between the human societies and the natural world, using for this data from several areas as the Economy, the Anthropology, Archaeology, the Ecology, and also Social and Economic History.
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