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The American Clock, de Arthur Miller: forma épica e grande depressão / Arthur Millers The American Clock: Epic form and Great DepressionOliveira, Éwerton Silva de 03 February 2017 (has links)
Considerando o conceito de épico tal como o analisado por teóricos do teatro como Szondi (2001) e Rosenfeld (2006), este trabalho objetiva empreender a análise de elementos épicos presentes na estrutura de The American Clock (O Relógio Americano, 1980), do dramaturgo norte-americano Arthur Miller (1915-2005). O estudo será de como a forma teatral desta peça (com seus traços épicos) representa cenicamente a Grande Depressão econômica que assolou os Estados Unidos após a quebra da bolsa de valores em 1929 e durante toda a década de 1930. The American Clock conta com mais de 40 personagens (muitos deles também narrado-res) que comentam e ao mesmo tempo vivenciam os problemas gerados pela recessão econô-mica dos anos 1930, em que milhões de pessoas chegaram ao nível da miséria. Embora não seja uma das obras teatrais mais estudadas de Arthur Miller (tanto no contexto americano co-mo no brasileiro), a análise de The American Clock é fundamental para um maior entendimen-to da poética deste autor, tão debatida por críticos e dramaturgos brasileiros: diferentemente do que acontece em outros trabalhos teatrais de sua autoria, Miller assume abertamente, em seus ensaios, a importância do elemento épico para a construção de The American Clock, e o resultado deste uso explícito e consciente do épico por parte do dramaturgo é uma utiliza-ção mais abrangente e aprofundada de recursos épicos nesta peça, tanto dos que já eram co-muns em outras obras de Miller (personagens-narradores, por exemplo), quanto novos recur-sos como a dança e a música. Outra consequência desta consciência do épico é a apropria-ção que o autor faz de conceitos como o de mural, vaudeville e narrativa oral para a constru-ção formal da peça. Esta preocupação de Arthur Miller em considerar o épico na criação de The American Clock existe, dentre outras coisas, devido à necessidade de representar cenica-mente a Depressão econômica, uma temática de cunho social, econômico e histórico, cujas transformações sociais, políticas e culturais que ela provocou são cruciais por reverberarem em outras décadas da história dos EUA (e, consequentemente, no processo histórico de outros países como o Brasil). / Considering the concept of epic in theater theories such as Szondis (2001) and Rosenfelds (2006), this research aims at analyzing the epic elements present in the structure of The Amer-ican Clock (1980), a play by the American playwright Arthur Miller (1915-2005). The objec-tive is to study how this plays theatrical form (with its epic traces) puts on stage the Great Depression, which was responsible for devastating The United States economy after the 1929 stock market crash and during the 1930s. The American Clock contains more than 40 charac-ters (many of them are also narrators) who simultaneously discuss and experience the eco-nomic problems generated by this 1930s recession, which led millions of people to face mis-ery in this period. Although The American Clock is not one of Millers most studied theatrical works (both in Brazilian and American context), the analysis of this play is essential to a bet-ter understanding of the authors poetics, largely discussed by Brazilian critics and play-wrights: Miller overtly declares, in his essays, the importance of the epic element in The American Clocks creation, which is something singular in this playwrights career. The result of this explicit and conscious use of the epic by Miller is a deepened and broadened inser-tion of epic resources in this play, both the ones already present in other Millers works (char-acters-narrators, for example), and new ones such as dance and music. Another consequence of this epic consciousness is the authors use of concepts such as mural, vaudeville and oral narrative in order to create the form of the play. Arthur Millers concern in considering the epic in the creation of The American Clock exists, among other things, due to the necessity of putting on stage the Great Depression, a social, economic and historical subject, which brought crucial changes responsible for affecting socially, politically and culturally other dec-ades of American history (and, consequently, this 1930s economic crisis also affected the his-torical process of other countries such as Brazil).
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The American Clock, de Arthur Miller: forma épica e grande depressão / Arthur Millers The American Clock: Epic form and Great DepressionÉwerton Silva de Oliveira 03 February 2017 (has links)
Considerando o conceito de épico tal como o analisado por teóricos do teatro como Szondi (2001) e Rosenfeld (2006), este trabalho objetiva empreender a análise de elementos épicos presentes na estrutura de The American Clock (O Relógio Americano, 1980), do dramaturgo norte-americano Arthur Miller (1915-2005). O estudo será de como a forma teatral desta peça (com seus traços épicos) representa cenicamente a Grande Depressão econômica que assolou os Estados Unidos após a quebra da bolsa de valores em 1929 e durante toda a década de 1930. The American Clock conta com mais de 40 personagens (muitos deles também narrado-res) que comentam e ao mesmo tempo vivenciam os problemas gerados pela recessão econô-mica dos anos 1930, em que milhões de pessoas chegaram ao nível da miséria. Embora não seja uma das obras teatrais mais estudadas de Arthur Miller (tanto no contexto americano co-mo no brasileiro), a análise de The American Clock é fundamental para um maior entendimen-to da poética deste autor, tão debatida por críticos e dramaturgos brasileiros: diferentemente do que acontece em outros trabalhos teatrais de sua autoria, Miller assume abertamente, em seus ensaios, a importância do elemento épico para a construção de The American Clock, e o resultado deste uso explícito e consciente do épico por parte do dramaturgo é uma utiliza-ção mais abrangente e aprofundada de recursos épicos nesta peça, tanto dos que já eram co-muns em outras obras de Miller (personagens-narradores, por exemplo), quanto novos recur-sos como a dança e a música. Outra consequência desta consciência do épico é a apropria-ção que o autor faz de conceitos como o de mural, vaudeville e narrativa oral para a constru-ção formal da peça. Esta preocupação de Arthur Miller em considerar o épico na criação de The American Clock existe, dentre outras coisas, devido à necessidade de representar cenica-mente a Depressão econômica, uma temática de cunho social, econômico e histórico, cujas transformações sociais, políticas e culturais que ela provocou são cruciais por reverberarem em outras décadas da história dos EUA (e, consequentemente, no processo histórico de outros países como o Brasil). / Considering the concept of epic in theater theories such as Szondis (2001) and Rosenfelds (2006), this research aims at analyzing the epic elements present in the structure of The Amer-ican Clock (1980), a play by the American playwright Arthur Miller (1915-2005). The objec-tive is to study how this plays theatrical form (with its epic traces) puts on stage the Great Depression, which was responsible for devastating The United States economy after the 1929 stock market crash and during the 1930s. The American Clock contains more than 40 charac-ters (many of them are also narrators) who simultaneously discuss and experience the eco-nomic problems generated by this 1930s recession, which led millions of people to face mis-ery in this period. Although The American Clock is not one of Millers most studied theatrical works (both in Brazilian and American context), the analysis of this play is essential to a bet-ter understanding of the authors poetics, largely discussed by Brazilian critics and play-wrights: Miller overtly declares, in his essays, the importance of the epic element in The American Clocks creation, which is something singular in this playwrights career. The result of this explicit and conscious use of the epic by Miller is a deepened and broadened inser-tion of epic resources in this play, both the ones already present in other Millers works (char-acters-narrators, for example), and new ones such as dance and music. Another consequence of this epic consciousness is the authors use of concepts such as mural, vaudeville and oral narrative in order to create the form of the play. Arthur Millers concern in considering the epic in the creation of The American Clock exists, among other things, due to the necessity of putting on stage the Great Depression, a social, economic and historical subject, which brought crucial changes responsible for affecting socially, politically and culturally other dec-ades of American history (and, consequently, this 1930s economic crisis also affected the his-torical process of other countries such as Brazil).
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The style of our age: estudo sobre três romances americanos contemporâneos / The style of our age: study about three contemporary american novelsSantos, Thiago Oliveira 24 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This doctoral dissertation is a comparative study of three main contemporary authors: Thomas Pynchon, Cormac McCarthy and Philip Roth, through the reading of three main novels written by them, respectively, Mason & Dixon; Blood Meridian and American Pastoral in this order here analyzed. The main objective of the research and its writing is an attempt to prove a historiographical connection as well as of themes and of style among these three novels, in their effort to reinterpret the American History in a strongly ironic way. This has been characterized by Harold Bloom (also in a ironical way, it seems) as “the style of our age”, among other reasons because the three writers as well as their three novels are focused on grasping different periods of the United States History and on deconstructing the main basis of American myths, even if through different and individualized narrative styles. The most important of these myths is the one that, since the Colonial Period, and based in the belief that being White, Protestant and of Anglo-Saxon origin would make the new man to be born in the New Continent a New Adam, and his nation, America, a new and exemplar Paradise on Earth. Mason & Dixon, Blood Meridian and American Pastoral show, each one in his own way, how this myth resulted in failure. In order to achieve this we have chosen three main myths as the basis for this research: The Myth of the American Eden (from the European imaginary Colonial Paradise); The Myth of the American Adam (from the concept of the new man, inhabitant of that Paradise; The Myth of the Manifest Destiny (the Messianic idea of a possible Universal Paradise).
In order to achieve this, in the first chapter, dealing with Mason & Dixon, we will analyze the context of the Eighteenth Century and the beginning of the American Nation. In the second chapter, dealing with Blood Meridian, we will analyze the context of the Nineteenth Century, when the territorial expansion during the Great March to the West took place. In third and last chapter, dealing with American Pastoral, the context of the Twentieth Century, specifically the period from the end of World War II to the 1990s, that is, from the American Golden Age of prosperity to the economic and social crisis during and after the Vietnam War. Finally, we will try to analyze the logic of the irony shared by the three authors who, in their three novels, historically summarize the failure of the formation of the ideal nation based on its three main myths and its continual recurrence to different types of violence / Esta tese é uma leitura comparativa de três autores contemporâneos de destaque na ficção norte-americana: Thomas Pynchon, Cormac McCarthy e Philip Roth, a partir de três romances escritos por eles: Mason & Dixon; Blood Meridian e American Pastoral, respectivamente, nesta ordem aqui analisados. O objetivo principal da pesquisa e escrita da tese é uma tentativa de comprovar uma relação historiográfica mas também de temas e de estilo entre as três obras citadas, ao se empenharem em reinterpretar a História ame-ricana de modo fortemente irônico, que Harold Bloom (também ironicamente, parece) denominou como um exemplo do que seria the style of our age – o estilo de nossa época –, entre outras razões, por serem tanto os três escritores como seus três romances empe-nhados em abordar diferentes períodos da História dos Estados Unidos e a desconstruir as principais bases dos mitos americanos, mesmo se através de estilos narrativos indivi-duais díspares, principalmente aquele através do qual, desde a colonização e com base na crença de que ser branco, protestante e de origem anglo-saxônica tornaria o novo homem a nascer no novo continente, um novo Adão, e sua pátria, a América, um novo e exemplar Paraíso. Mason & Dixon, Blood Meridian e American Pastoral mostram, cada um a seu modo, como esse mito resultou em fracasso. Para tanto, baseamos nossa pesquisa em três mitos principais: 1. Mito do Éden americano (originado do imaginário europeu sobre o Paraíso colonial); 2. Mito do Adão americano (o conceito do homem novo, habitante do Paraíso); 3. Mito do Manifest Destiny (a ideia messiânica para um Paraíso universal).
Para conseguir isso, no primeiro capítulo, abordaremos, em Mason & Dixon, o contexto do século XVIII e formação da nação americana; no segundo capítulo, em Blood Meridian, o contexto do século XIX, durante o qual a expansão do território americano durante a Campanha para o Oeste aconteceu; no terceiro e último capítulo, em American Pastoral, o contexto do século XX, especificamente do fim da Segunda Guerra Mundial até a década de 90, isto é, da era de ouro do desenvolvimento dos EUA até as crises políticas e econômicas durante e depois da Guerra do Vietnã. Por fim, pretendemos analisar a lógica da ironia comum aos três autores que, em seus três livros, historicamente resumem o fracasso da formação da nação ideal fundamentada em seus três mitos principais e por sua contínua recorrência a diferentes tipos de violência.
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In The President We Trust: uma análise da concepção religiosa na esfera política dos EUA presente nos discursos de George W. Bush / In The President We Trust: an analysis of the religious conception in the political scope of US present in the speeches of George W. BushMarinho, Kleber Maia 22 June 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-06-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As a whole, the present dissertation lies at the intersection between religion and politics. Religion was embedded in the political scenario of the US at the onset of the nation and, since then, religion and politics have been intertwined into a complex system of coexistence that has strongly influenced the country s destiny. Although the debate regarding the amalgam between religion and politics in the US has been ongoing among the most diverse sectors of information and research, both locally and internationally, it was after the inauguration of George W. Bush and the attacks on 9/11, that such issue gained global repercussion, at a level never before seen in history.
In this regard, the present work intends to analyze the relation of historical-cultural, sociological and psychological facts on the political-religious events, particularly those related to the international political scenario, which is hereby represented by the US. Thus, the subject of this investigation focuses on analyzing the presence of religious concepts as found in the speeches of President George W. Bush, during his two terms in office.
More specifically, this dissertation examines the phenomena that are deeply rooted in the culture of the United States and have played a key role in supporting Bush s political actions. In this way, it evaluates the degree to which the events on 9/11 served as a bulwark for the religious rhetoric in Bush s discourse and became a tool to legitimate the war against Iraq, his political modus operandi and, ultimately, lead him to reelection.
It is therefore concluded that, the ethical, moral and religious factors, deeply set in the culture of the United States throughout its history, together with the trauma caused by the events on 9/11, contributed to the acceptance of Bush s political decisions. The theoretical basis for the work is the hermeneutic methodology, built on a theoretical and bibliographic tripartite design that is sociological, philosophical-linguistic as well as psychological. The first line of investigation is based on the concept of Civil Religion, first developed by Robert Bellah and later expanded by other theoreticians; the second one follows Chaïm Perelman s theory of the New Rhetoric, and the third rests on C. G. Jung s Archetype. / Em termos gerais, a presente dissertação localiza-se na confluência da religião com a política. A inserção da religião na esfera política dos EUA fez-se presente desde o início de sua fundação e desde então, ambas permaneceram imbricadas constituindo um complexo sistema de convívio, cuja influência foi determinante nos desígnios da nação. Embora o debate acerca do amálgama entre religião e política nos EUA nunca ter cessado entre os mais diferentes setores de informação e pesquisa na sociedade nacional e internacional, foi, todavia, a partir da posse de George W. Bush e, após os atentados de 11 de setembro, que tal assunto ganhou repercussão mundial como talvez jamais antes na história.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como propósito analisar os fatos histórico-culturais, sociológicos e psicológicos na análise de eventos político-religiosos, mais precisamente, relativos à política internacional representada aqui pelos EUA. Por essa via, o objeto de investigação em questão refere-se à análise da presença da concepção religiosa encontrada nos discursos do presidente George W. Bush durante o período de seus dois mandatos de governo.
Em termos específicos, esta dissertação debruçou-se sobre o estudo de fenômenos arraigados na cultura estadunidense que foram preponderantes na sustentação da política de Bush. Assim, buscou-se avaliar até que ponto o 11 de setembro serviu de ênfase na retórica religiosa do discurso de Bush, servindo de meio instrumentário para legitimar a guerra no Iraque, seu modus operandi político e, eventualmente, ajudá-lo na reeleição.
Concluímos que fatores ético-morais e religiosos profundamente incutidos na cultura estadunidense ao longo do processo histórico, aliados ao trauma do 11 de setembro, foram facilitadores para a adesão à política de Bush. Para tanto, valemo-nos, como procedimento teórico, da metodologia hermenêutica, construída em cima de uma linha teórico-bibliográfica ancorada por três frentes: sociológica, filosófico-lingüística e psicológica. A primeira embasa-se no conceito de Religião Civil inicialmente desenvolvida por Robert Bellah e, depois, ampliada por outros teóricos; a segunda pauta-se na teoria da Nova Retórica de Chaïm Perelman e a última, no conceito de Arquétipo de C. G. Jung.
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