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Avaliação das etapas de confecção da prótese de palato em crianças com fissura palatina / Evaluation of the construction stages of the palatal prosthesis in children with cleft palateAferri, Homero Carneiro 29 November 2011 (has links)
Introdução: O sucesso da prótese de palato para correção da insuficiência velofaríngea (IVF) em crianças com fissura palatina depende de muitos fatores que ainda precisam ser investigados. A pouca literatura existente nesta área é baseada, em sua grande maioria, no relato de casos clínicos, sem a investigação de todo o processo envolvido na confecção desse tipo de prótese e de possíveis intercorrências de tratamento. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram: 1) caracterizar todas as etapas e o tempo necessário para confecção da prótese de palato em crianças com IVF decorrente de fissura labiopalatina, e 2) identificar a ocorrência de fatores que podem interferir no processo de confecção, adaptação e manutenção da prótese de palato na população estudada. Material e Método: Este estudo retrospectivo envolveu uma análise de prontuários de crianças com fissura labiopalatina unilateral, que foram encaminhadas para uso temporário da prótese de palato para correção da IVF. O grupo estudado incluiu 45 crianças (24 meninas e 21 meninos), cujas idades variaram entre 3 anos e 10 meses e 10 anos e 2 meses (Média = 6 anos e 2 meses) na época em que o tratamento com a prótese de palato foi iniciado. Um protocolo para o levantamento dos dados abordando cada fase da confecção das três partes da prótese de palato (anterior, intermediária e bulbo faríngeo) foi elaborado tratando também do tempo necessário para confecção de cada porção assim como dos dados referentes às intercorrências durante este processo. Resultados: Em geral, o tempo de confecção de todas as etapas das próteses foi, em média, de 8 meses, necessitando, para tanto, uma média de 14 atendimentos. O período entre a conclusão da prótese e o primeiro retorno para a sua manutenção foi de 8 meses, em média, sendo observada a necessidade de substituição das próteses para 56% das crianças. Conclusão: O processo de confecção de uma prótese de palato em crianças pode apresentar grande variação quanto ao número de atendimentos e ao tempo necessário para a conclusão da próteses, principalmente devido a pouca condição de suporte das próteses, à dificuldade de adaptação da criança ao uso de cada parte da prótese e à necessidade de troca da prótese antes da sua conclusão final devido ao crescimento da maxila. / Introduction: The successful use of a palatal prosthesis for correction of velopharyngeal insufficiency (VPI) in children with cleft palate depends on factors that need to be investigated. The existing literature in this area is limited and based mostly in case report, not addressing the process involved in the construction of this type of device neither describing the difficulties nor complications during this process. Objectives: The objectives of this study were: 1) to characterize all stages involved in the construction of a palatal prosthesis and the duration of this process in children with VPI associated to cleft lip and palate, and 2) to identify the occurrence of factors that can interfere in the process of construction, fitting and monitoring of the palatal prosthesis in the studied population. Material and Method: This retrospective study involved an analysis of treatment records of children with cleft lip and palate referred to temporary correction of VPI with palatal prosthesis. The group studied included 45 children (24 girls, 21 boys), with age varying between 3y10m and 10y2m (mean of 6y2m) at the time the prosthetic treatment of VPI was initiated. A data collection protocol was elaborated addressing each phase involved in the construction of all 3 parts of the palatal prosthesis (anterior, intermediary, and speech bulb), documenting the time needed to accomplish each part and recording the complications observed throughout the prosthetic treatment. Results: In general the mean duration of the process for construction of all parts of the prosthesis was 8 months with an average of 14 visits needed to finish the device. The period between the conclusion of the device and the first monitoring visit also was 8 months (average). It was observed the need for substitution of the prosthesis for 56% of the children. Conclusion: The process for the construction of a palatal prosthesis for children with VPI may present large variation in the number of visits and the duration of the process needed for the conclusion of the prosthesis, particularly due to the lack of adequate dental support for the device retention, the difficulty of the adaptation of the child to use each part of the prosthesis, and the need to substitute the prosthesis due to growth of the maxilla.
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Desordens respiratórias do sono em adultos de meia-idade submetidos à cirurgia de retalho faríngeo para tratamento de insuficiência velofaríngea: análise polissonográfica / Sleep-disordered breathing in middle-aged adults who underwent pharyngeal flap surgery for velopharyngeal insufficiency treatment: polysomnographic analysisCampos, Letícia Dominguez 07 February 2013 (has links)
Objetivos: Investigar a ocorrência de apneia obstrutiva do sono (AOS), sua gravidade e sintomas relacionados, em adultos de meia-idade com fissura de palato operada (FPO) e retalho faríngeo, comparativamente a indivíduos com FPO sem retalho e a dados normativos. Adicionalmente, verificar a relação entre a gravidade da AOS e a área seccional mínima da via aérea faríngea (ASF). Método: Estudo prospectivo em 42 indivíduos com FPO, não sindrômicos (22 com retalho- CR, 20 sem retalho-SR), 40-58 anos de idade. A prevalência de AOS foi estimada com base no índice de apneia e hipopneia (IAH) avaliado por polissonografia (sistema EMBLA-N7000). Os sintomas foram investigados pelos questionários de Pittsburgh, Epworth, e Berlin e pela Escala de Trindade. A ASF foi avaliada por rinomanometria anterior modificada em um subgrupo de pacientes dos grupos CR (n=14) e SR (n=10). Local de execução: Unidade de Estudos do Sono-Laboratório de Fisiologia-HRAC/USP. Resultados: No grupo CR, a prevalência de AOS correspondeu a 77%. Quando considerados os sintomas relacionados (SAHOS) foi de 64%. No grupo SR, os percentuais foram menores (60% e 45%, respectivamente), mas as diferenças não foram estatisticamente significantes. A prevalência de SAHOS do grupo CR foi comparativamente maior do que na população em geral. Os indicadores aferidos pelos questionários não diferiram entre os grupos. Não houve correlação entre IAH e ASF. Conclusão: Adultos de meia-idade com fissura palatina apresentam desordens respiratórias do sono em proporção clinicamente significativa, possivelmente relacionadas a alterações anatomo-funcionais das vias aéreas superiores, congênitas ou secundárias às palatoplastias, sendo o retalho um fator obstrutivo agravante. / Objectives: To investigate the occurrence and severity of obstructive sleep apnea (OSA) and related symptoms in middle-aged adults with repaired cleft palate and pharyngeal flap, as compared to individuals with repaired cleft palate without flap and to normative data. In addition, to verify the relationship between OSA severity and minimal pharyngeal cross-sectional airway area (PCSA). Methods: Prospective study in 42 nonsyndromic individuals with repaired cleft palate (22 with flap- F group, 20 without flap- NF group), aged 40-58 years. Prevalence of OSA was estimated according to apnea-hipopnea index (AHI), measured by nocturnal polysomnography (EMBLA-N7000 system). Symptoms were investigated by the Pittsburgh, Epworth, and Berlin questionnaires and by the Trindade Scale. PCSA was evaluated by modified anterior rhinomanometry in a subgroup of patients from the F group (n=14) and the NF group (n=10). Setting: Sleep Studies Unit-Laboratory of Physiology, Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies, Brazil. Results: In the F group, the prevalence of OSA corresponded to 77% and when considering related symptoms (OSAHS), 64%. In the NF group, the percentages were lower (60% and 45%, respectively), but differences were not statistically significant. The prevalence of OSAHS in the F group was higher than in the general population. Questionnaire outcomes did not differ between groups. There was no correlation between AHI and PCSA. Conclusion: Middle-aged adults with cleft palate have clinically significant sleep-disordered breathing, possibly related to congenital anatomic or functional abnormalities of the upper airway, or to primary and secondary palatal surgeries, the flap being an aggravating obstructive factor.
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Influência da amostra de fala no julgamento perceptivo da hipernasalidade / Influence of speech sample on perceptual judgement of hypernasalityMedeiros, Maria Natália Leite de 27 February 2015 (has links)
Proposição: Investigar a influência do tipo de amostra de fala, conversa espontânea ou repetição de sentenças, sobre o índice de concordância intra e interavaliadores. Material e Métodos: Foram selecionadas e editadas 120 amostras de fala de indivíduos com fissura de palato±lábio reparada, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 52 anos (média=21±10 anos), gravadas em áudio, sendo 60 amostras contendo trechos de conversa espontânea e 60 amostras contendo repetição de sentenças. As amostras foram analisadas por três fonoaudiólogas experientes, as quais classificaram a hipernasalidade em escala de 4 pontos: 1=hipernasalidade ausente, 2=hipernasalidade leve, 3=hipernasalidade moderada e 4=hipernasalidade grave, utilizando seus critérios internos, em duas etapas: primeiramente conversa espontânea e, 30 dias depois, repetição de sentenças. Os índices de concordância intra e interavaliadores foram estabelecidos para ambos os tipos de amostra de fala e foram comparados entre si por meio do Teste Z. Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes ao nível de 5%. Resultados: A comparação dos índices de concordância intra-avaliadoras entre os dois tipos de amostra de fala mostrou aumento dos coeficientes obtidos na análise da repetição de sentenças em relação aos obtidos na conversa espontânea, de 0,45 (moderado) para 1,00 (quase perfeito) para a avaliadora 1; de 0,60 (substancial) para 0,74 (substancial) para a avaliadora 2 e de 0,44 (moderada) para 0,92 (substancial) para a avaliadora 3. Diferenças estatisticamente significante foram verificadas para as avaliadoras 1 (p<0,001) e 3 (p=0,006). A comparação entre os índices de concordância interavaliadores mostrou que os coeficientes de concordância obtidos entre as três avaliadoras para as amostras de fala contendo trechos de conversa espontânea variaram de 0,34 (regular) a 0,48 (moderado) e para as amostras com repetição de sentenças de 0,31 (regular) a 0,43 (moderado), não havendo diferença estatisticamente significante entre os dois tipos de amostras (p=0,970). Conclusão: A repetição de sentenças favoreceu a confiabilidade do julgamento perceptivo da hipernasalidade de um mesmo avaliador, visto que a concordância intra-avaliadores na análise desta amostra de fala foi maior. No entanto, o tipo de amostra de fala não influenciou a concordância entre diferentes avaliadores. / Purpose: To investigate the influence of speech material, spontaneous conversation or sentences repetition, on intra and inter-rater reliability. Material and Methods: 120 audio recorded speech samples were selected and edited of individuals with repaired cleft palate±lip, both genders, aged 6 to 52 years old (mean 21±10), 60 samples containing spontaneous conversation and 60 samples containing sentences repetition. Recordings were analyzed by three experienced speech and language therapists, which rated hypernasality according to their own criteria using 4-point scale: 1=absence of hypernasality, 2=mild hypernasality, 3=moderate hypernasality and 4=severe hypernasality. The analyses were performed in two steps: first spontaneous speech and 30 days after, sentences repetition. Intra and inter-rater agreements were calculated for both speech samples and were statistically compared by the Z test. Differences between two speech samples were considered statistically significant at the 5% level. Results: Comparison of intra-rater agreements between both speech samples showed an increase of the coefficients obtained in the analysis of sentences repetition compared to those obtained in spontaneous conversation from 0.45 (moderate) to 1.00 (almost perfect) regarding rater 1; from 0.60 (substantial) to 0.74 (substantial) to rater 2 and from 0.44 (moderate) to 0.92 (substantial) to rater 3. Statistically significant differences were verified to raters 1 (p<0.001) and 3 (p=0.006). Comparison between inter rater agreement showed that the agreement coefficients obtained among the three raters ranged from 0.34 (fair) to 0.48 (moderate) for spontaneous conversation and from 0.31 (fair) to 0.43 (moderate) for sentences repetition with no statistically significant difference between two speech samples (p=0.970). Conclusion: Sentences repetition improved intra-rater reliability of hypernasality. However, the speech material had no influence on reliability among different raters.
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Achados videofluoroscópicos das estruturas velofaríngeas após a cirurgia primária do palato / Videofluoroscopic findings of velopharyngeal structures after primary palatal surgerySilva, Ana Flávia Rodrigues da 25 February 2015 (has links)
Introdução: A videofluoroscopia permite a avaliação da função velofaríngea devido a visualização da velofaringe por meio de imagens radiográficas dinâmicas durante a fala. Uma vez que a técnica de Furlow (F) preconiza uma maior extensão do véu palatino por meio do reposicionamento das fibras dos músculos do palato mole, este trabalho levanta a seguinte hipótese: Será que pacientes operados pela técnica de F que permaneceram com insuficiência velofaríngea (IVF) após a cirurgia apresentam mesma profundidade da nasofaringe, maior extensão e espessura do véu palatino e menor razão entre profundidade da nasofaringe e extensão do véu palatino do que aqueles operados pela técnica de von Langenbeck (vL) que também permaneceram com IVF? Objetivos: a) comparar os achados das medidas de videofluoroscopia em pacientes com IVF que receberam a técnica de F e os que receberam a de vL na palatoplastia primária; b) comparar as medidas dos achados citados com as medidas descritas por Subtelny (1957) para indivíduos normais. Metodologia: Os pacientes foram selecionados a partir de uma análise do banco de gravações dos exames de videofluoroscopia do Projeto Florida/HRAC/USP. A amostra foi constituída por 90 imagens videofloroscópicas em tomada lateral durante o repouso fisiológico obtidas de 27 pacientes que receberam a técnica de F e 63 que receberam a de vL na palatoplastia primária. Os pacientes, de ambos os sexos, permaneceram com IVF após a palatoplastia e realizaram o exame de videofluoroscopia para definição da melhor conduta para corrigir IVF, entre as idades de 4 e 14 anos. As imagens foram editadas em sequência aleatória em um DVD e as medidas das estruturas da nasofaringe foram realizadas por três fonoaudiólogas experientes e posteriormente comparadas com as medidas propostas por Subtelny (1957). Resultados: Os resultados revelaram diferenças estatisticamente significantes na comparação entre as técnicas cirúrgicas apenas para as medidas de extensão do véu palatino (médias = 26,51 mm para o grupo de F e 24,25 mm para o de vL; p=0,042). Na comparação com os valores de normalidade propostos por Subtelny (1957) foram encontradas medidas estatisticamente significantes apenas para as da razão entre profundidade da nasofaringe e extensão do véu palatino, sendo 96% de pacientes de F e 73% de vL fora do padrão de normalidade (p=0,025). Conclusão: A técnica cirúrgica utilizada na palatoplastia primária pode influenciar no tamanho das estruturas velofaríngeas mesmo naqueles pacientes que permaneceram com IVF. / Introduction: Videofluoroscopy allows assessment of velopharyngeal function due to velopharyngeal view through dynamic radiographic images during speech. Since Furlow technique (F) favors a greater extent of the soft palate through the repositioning of the fibers of the soft palate muscles, this study raises the following questions: do patients operated by the F technique who remained with velopharyngeal insufficiency (VPI) after primary palatal surgery have the same depth of the nasopharynx, greater extent and thickness of the soft palate and lower ratio between the depth of the nasopharynx and extent of the soft palate than those operated by the von Langenbeck (vL) who also remained with VPI? Objectives: a) compare videofluoroscopy findings among patients who received the F technique and those who received the VL technique in the primary palatal surgery, and b) compare the videofluoroscopic findings of the present study with the ones obtained by Subtelny (1957) in normal individuals. Methods: Patients were selected from an analysis of the recordings bank of videofluoroscopy exams of the Florida Project / HRAC/USP. The sample consisted of 90 videofluoroscopic images taken in lateral view during physiologic rest obtained from 27 patients who received the F technique and 63 who received the vL in the primary palatal surgery. The patients of both genders, remained with VPI after surgery and underwent videofluoroscopy to define the best treatment to correct VPI, between the ages of 4 and 14 years. The images were edited in random order on a DVD and measurements of nasopharyngeal structures were performed by three experienced speech pathologists which were later compared with the measures proposed by Subtelny (1957) for normal individuals. Results: The results have shown statistically significant differences when comparing the surgical techniques only to the extension of the soft palate measures (means = 26.51 mm for the F patients and 24.25 mm for the vL patients; p=0.042). The comparison with the normal values proposed by Subtelny (1957) revealed statistically significant measures only for the ratio between depth of the nasopharynx and extension of the soft palate, showing 96% of F patients and 73% of vL patients with measures outside the normal range (p=0.025). Conclusion: The surgical technique used in primary palatoplasty can influence the size of the nasopharyngeal structures even in those patients who remained with VPI.
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Fala em indivíduos com fissura labiopalatina após a palatoplastia primária pelas técnicas de Furlow e von Langenbeck / Speech in individuals with cleft lip and palate after primary palatoplasty techniques by Furlow and von LangenbeckSilva, Mariana Jales Félix da 26 February 2015 (has links)
Introdução: A palatoplastia primária para correção da fissura palatina tem a finalidade de reparar anatômica e funcionalmente o palato, a fim de permitir o funcionamento adequado do mecanismo velofaríngeo para a aquisição de fala. Porém, mesmo após a realização da palatoplastia, 20% dos pacientes, em média, podem apresentar disfunção velofaríngea, e como principal indicador da significância clínica dos sintomas de fala tem-se a avaliação perceptivo-auditiva da fala. Atualmente, há um consenso de que o protocolo para o reparo cirúrgico do palato é crucial para o desenvolvimento da fala normal e do crescimento da face a longo prazo. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo comparar resultados de fala de pacientes com fissura unilateral de lábio e palato que foram submetidos à palatoplastia primária, ou pela técnica de Furlow (F) ou pela de von Langenbeck (vL). Material e Métodos: A casuística deste estudo foi constituída por 466 pacientes com fissura labiopalatina unilateral, em que 211 foram submetidos à palatoplastia primária pela técnica de F e 255 pela de vL, entre 9 e 18 meses de idade, por quatro cirurgiões. Foram coletados do Protocolo de Avaliação Fonoarticulatória contido no prontuário dos pacientes, os resultados do Teste de Emissão de Ar Nasal, do Teste de Hipernasalidade, do julgamento perceptivo-auditivo da nasalidade de fala e da avaliação da ocorrência (presença/ausência) e do tipo de articulação compensatória, referentes à última avaliação de fala que o paciente foi submetido no HRAC/USP. Resultados: Quanto à comparação das medidas entre as técnicas cirúrgicas (F vs. vL) nenhum resultado foi estatisticamente significante (p>0,05), exceto o julgamento perceptivo-auditivo da nasalidade, referente à hipernasalidade moderada (p<0,05). Conclusão: A hipótese de que os resultados de fala de pacientes operados pela técnica de Furlow fosse superior aos dos operados pela de von Langenbeck não se confirmou. Portanto, conclui-se que as técnicas cirúrgicas utilizadas na palatoplastia primária não foram relevantes para determinar diferença nos resultados de fala. / Introduction: The primary palatoplasty to correct cleft lip and palate aims to repair the palate anatomically and functionally, to allow the proper functioning of the velopharyngeal mechanism for the acquisition of speech. However, even after the palatoplasty, 20% of the patients in average can present velopharyngeal dysfunction. Perceptual assessment of speech is the primary indicator of clinical significance of the speech symptoms. Today there is a general consensus that the protocol for surgical repair of the palate is crucial for the development of normal speech and facial growth in long term. Objective: This study aims to compare the speech results of patients with unilateral cleft lip and palate who underwent primary palatoplasty, either by the Furlow (F) or by the von Langenbeck (vL) techniques. Material and Methods: The sample of this study was composed of 466 patients with unilateral cleft lip and palate. Out of the total sample, 211 were submitted to primary palatoplasty by the F technique and 255 by the vL, between 9 and 18 months of age, by four surgeons. Data were collected from the Articulatory Assessment Protocol contained in the medical records of patients, with regard to the results of the Test of Nasal Air Emission, Test of Hypernasality, auditory perception judgment of speech nasality, and assessment of occurrence (presence/absence) and the type of compensatory articulation, referring to the last speech evaluation the patient was submitted at the HRAC/USP. Results: None of the compared results between surgical techniques (F vs. vL) was statistically significant (p>0.05), except the auditory perception of nasality judgment, with regard to moderate hypernasality (p<0.05). Conclusion: The hypothesis that the speech outcomes of patients operated by Furlow technique were higher than those operated by the von Langenbeck was not confirmed. Therefore, it is concluded that the surgical techniques used in primary palatoplasty were not relevant to determine differences in the results of speech
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Apneia obstrutiva do sono após tratamento cirúrgico da insuficiência velofaríngea: análise de sinais e sintomas em adultos de meia-idade / Obstructive sleep apnea after surgical treatment of velopharyngeal insufficiency: analysis of signs and symptoms in middle-aged adults.Cardia, Carla Christiane de Oliveira 23 February 2012 (has links)
Objetivos: Investigar a prevalência de obstrução respiratória em indivíduos com fissura de palato submetidos à cirurgia de retalho faríngeo para a correção de insuficiência velofaríngea (estudo 1). Analisar a qualidade do sono e sintomas respiratórios relacionados a apnéia obstrutiva do sono (AOS) de adultos de meia-idade com fissura de palato previamente operada e retalho faríngeo, comparativamente a indivíduos com fissura de palato operada sem retalho faríngeo e indivíduos sem fissura (estudo 2). Determinar a gravidade dos sintomas respiratórios relacionados a AOS e sua correlação com o grau de obstrução velofaríngea provocada pelo retalho (estudo 3). Modelo/Participantes: O estudo 1 foi realizado por meio de revisão sistemática da literatura. O estudo 2 foi realizado, prospectivamente, em 15 indivíduos controles sem fissura (grupo C) e 38pacientes com fissura operada, não sindrômicos, sendo 20 sem retalho (grupo SR) e 18 com retalho (grupo CR), com idade entre 40 e 66 anos. A qualidade do sono e os sintomas de AOS foram avaliados por meio dos questionários de Pittsburgh, Epworth e Berlin. O estudo 3 foi realizado em 12 dos pacientes do grupo CR. A gravidade dos sintomas relacionados a AOS foi avaliada por meio da escala de Trindade e os achados foram correlacionados com o grau de obstrução velofaríngea provocada pelo retalho, avaliado por meio de rinomanometria modificada de Warren. Local de Execução: Laboratório de Fisiologia, HRAC-USP. Resultados: A prevalência de obstrução respiratória durante o sono em indivíduos com retalho faríngeo alcançou percentuais variáveis nos 28 estudos analisados, chegando a ser observada em até 95% dos casos, incluindo sintomas como hiponasalidade, ronco, obstrução nasal e eventos relacionados a apnéia obstrutiva do sono (estudo 1). Os escores aferidos nos questionários de Pittsburgh, Epworth e Berlin não diferiram entre os três grupos analisados, notando-se, contudo, tendência a piores escores no grupo com retalho, indicativos de sonolência excessiva diurna e alto risco para AOS (estudo 2). Sintomas respiratórios relacionados a AOS de maior gravidade foram observados com maior frequência no grupo de indivíduos com retalho. Não foi constatada relação entre a gravidade dos sintomas e o grau de obstrução velofaríngea provocada pelo retalho (estudo 3). Conclusão: Esses achados demonstram que o retalho faríngeo, usado com sucesso para o tratamento dos distúrbios de fala secundários à insuficiência velofaríngea, está associado a um potencial significativo de comprometimento das vias aéreas na meia-idade, exigindo condutas efetivas de triagem e de diagnóstico. / Objectives: To investigate the prevalence of airway obstruction in individuals with cleft palate who underwent pharyngeal flap surgery for the treatment of velopharyngeal insufficiency (study 1). To assess the quality of sleep and respiratory symptoms related to obstructive sleep apnea (OSA) in middle-aged adults with repaired cleft palate and pharyngeal flap, as compared to individuals with repaired cleft palate without pharyngeal flap and individuals without cleft (study 2). To determine the severity of respiratory symptoms related to OSA and its correlation with the degree of obstruction caused by flap (study 3). Model/Participants: Study 1 was conducted through a systematic review of the literature. Study 2 was performed prospectively in 15 control subjects without cleft (group C) and 38 non-syndromic patients with a repaired cleft, 20 of them without flap (NF group) and 18 with a flap (WF group), aged from 40 to 66 years. Quality of sleep and OSA symptoms were assessed by means of Pittsburgh, Epworth and Berlin questionnaires. Study 3 was conducted in 12 patients of the CR group. The severity of OSA-related symptoms was assessed by the Trindade scale and the findings were correlated to the degree of velopharyngeal obstruction caused by flap, assessed by Warrens modified rhinomanometry. Setting: Laboratory of Physiology, HRAC-USP. Results: The prevalence of airway obstruction during sleep in patients with pharyngeal flap achieved variable percentages in the 28 studies analyzed, being observed in up to 95% of cases, including symptoms such as hyponasality, snoring, nasal obstruction and sleep apnea- related events (study 1). Scores obtained in the Pittsburgh, Epworth and Berlin questionnaires did not differ among the three groups. However, the worst scores were seen in the WF group, suggesting excessive daytime sleepiness and high risk for OSA (study 2). More severe OSA relatedrespiratory symptoms were most frequently observed in the WF group. No relation was found between the severity of symptoms and the degree of velopharyngeal obstruction caused by flap (study 3). Conclusion: These findings demonstrate that pharyngeal flap surgery, successfully used for the management of speech disorders secondary to velopharyngeal insufficiency, is associated to a significant potential for airway impairment in the middle age, requiring effective approaches of screening and diagnosis.
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Programa de fonoterapia intensiva em pacientes com fissura labiopalatina / Intensive speech therapy program in patients with cleft lip and palateFerreira, Gabriela Zuin 28 November 2018 (has links)
Objetivos: a) descrever um programa de fonoterapia intensiva (PFI) para tratamento das alterações de fala decorrentes da fissura labiopalatina; b) comparar os resultados de fala dos pacientes com fissura labiopalatina, antes (pré-PFI) e imediatamente após (pós-PFI imediato) o tratamento pelo PFI descrito no objetivo um; c) verificar se os resultados obtidos logo após o término do PFI (pós-PFI imediato) mantiveram-se após o período mínimo de seis meses (pós-PFI tardio). Métodos: a casuística foi composta por 20 pacientes com fissura labiopalatina (8 homens e 12 mulheres), com idade média de 28 anos, que apresentavam insuficiência velofaríngea e hipodinamismo das paredes faríngeas após a palatoplastia primária. Todos apresentavam inteligibilidade de fala prejudicada pela hipernasalidade e/ou articulações compensatórias (ACs). Devido à presença da velofaringe hipodinâmica, a cirurgia secundária foi contraindicada, sendo indicado, portanto, o uso de obturador faríngeo combinado a um PFI. O PFI teve 45 sessões de terapia (3 sessões ao dia), durante 3 semanas, apresentando a seguinte sequência de etapas: 1) percepção e controle da pressão/fluxo intraoral; 2) quantificação da pressão intraoral; 3) redução da pressão de ar nasal e aumento da pressão intraoral; 4) aproximação do som-alvo; 5) treino articulatório com pressão intraoral para produção do som-alvo; 6) automonitoramento dos sons-alvo sem pistas facilitadoras e 7) automatização dos sons-alvo em fala dirigida e espontânea. Os pacientes foram submetidos às seguintes avaliações antes de serem submetidos ao PFI (pré-PFI), imediatamente após o PFI (pós-PFI imediato) e após seis meses do término do PFI (pós-PFI tardio): a) avaliação perceptivo-auditiva da ocorrência de hipernasalidade e ACs foi realizada por 3 fonoaudiólogas experientes, a partir das gravações de 12 frases com recorrência de consoantes de alta pressão (protocolo BrasilCleft), da contagem de 1-20 e de fala espontânea; b) nasometria durante a leitura de um texto curto, constituído apenas por sons orais (Texto Oral) e de um bloco de 15 frases com recorrência de consoantes de alta e baixa pressão (protocolo BrasilCleft); c) espectro médio de longo termo (EMLT), durante a leitura do mesmo bloco de 15 frases usado para a nasometria. Resultados: os resultados de todas as avaliações (perceptivo-auditiva, nasométrica e EMLT) demonstraram melhora na fala da maior parte dos participantes no pós-PFI imediato e que esta melhora foi mantida após um mínimo de seis meses do término do PFI. Conclusão: o tratamento das alterações de fala de pacientes com fissura labiopalatina, por meio de um PFI estruturado, combinado com o uso de obturador faríngeo, demonstra ser um método rápido e eficaz para a correção da fala de pacientes com fissura labiopalatina/disfunção velofaríngea, podendo os seus resultados se manter estáveis após longo período de término do PFI. / Objectives: a) describe an intensive speech therapy program (ISTP) for the treatment of cleft lip and palate speech; b) compare the speech outcome of patients with cleft lip and palate before (pre-ISTP) and immediately after the ISTP (immediate post-ISTP); c) verify if the outcome obtained after the ISTP (imediate post-ISTP) remained the same after a minimum of a six- month period (follow up-ISTP). Methods: 20 operated cleft lip and palate subjects (8 males and 12 females) with presenting with velopharyngeal insufficiency and hypodynamic velopharynx were selected to this study. All of them had hypernasality and/or compensatory articulations (CAs). Due to hypodynamic velopharynx a pharyngeal bulb (in steady of secondary surgery) combined with an ISTP was indicated. The ISTP had 45 sessions of therapy (3 sessions a day) during three weeks. This program had a sequence of seven steps: 1) perception and control of intraoral pressure/flow; 2) quantification of intraoral pressure; 3) reduction of nasal air pressure and increase of intra-oral air pressure; 4) target sound approach; 5) articulation training with intraoral air pressure to produce the target sound; 6) self-monitoring of target sound without facilitating cues; and 7) automatization of target sounds in directed and spontaneous speech. All patients had their speech evaluated before the ISTP (pre-ISTP), immediately after the ISTP (immediate post-ISTP), and after a minimum period of six months after the end of the ISTP (follow up-ISTP), as the following: a) perceptual-auditory evaluation of the occurrence of hypernasality and CAs was performed by three experienced speech pathologists, upon the recordings of 12 sentences with recurrent high-pressure consonants, 3 sentences with recurrent low-pressure consonants (BrasilCleft protocol), counting of 1-20, and spontaneous speech; b) nasometry during the reading of a short text, consisting only of oral sounds (Oral Text), and 15 sentences with recurrent high and low pressure consonants (BrasilCleft protocol); c) long-term averaged spectra (LTAS), while reading the same 15 sentences used for nasometry. Results: the results of all evaluations (perceptual, nasometric, and LTAS) showed that most subjects improved their speech in the immediate post-ISTP, being able to maintain this improvement after a minimum of a six-month period after the end of the ISTP. Conclusions: a structured ISTP, combined with the use of a pharyngeal bulb, is a fast and efficient method for correcting speech disorders of patients with cleft lip and palate/ velopharyngeal dysfunction. Its results may remain stable after a long period of follow up.
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Avaliação das etapas de confecção da prótese de palato em crianças com fissura palatina / Evaluation of the construction stages of the palatal prosthesis in children with cleft palateHomero Carneiro Aferri 29 November 2011 (has links)
Introdução: O sucesso da prótese de palato para correção da insuficiência velofaríngea (IVF) em crianças com fissura palatina depende de muitos fatores que ainda precisam ser investigados. A pouca literatura existente nesta área é baseada, em sua grande maioria, no relato de casos clínicos, sem a investigação de todo o processo envolvido na confecção desse tipo de prótese e de possíveis intercorrências de tratamento. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram: 1) caracterizar todas as etapas e o tempo necessário para confecção da prótese de palato em crianças com IVF decorrente de fissura labiopalatina, e 2) identificar a ocorrência de fatores que podem interferir no processo de confecção, adaptação e manutenção da prótese de palato na população estudada. Material e Método: Este estudo retrospectivo envolveu uma análise de prontuários de crianças com fissura labiopalatina unilateral, que foram encaminhadas para uso temporário da prótese de palato para correção da IVF. O grupo estudado incluiu 45 crianças (24 meninas e 21 meninos), cujas idades variaram entre 3 anos e 10 meses e 10 anos e 2 meses (Média = 6 anos e 2 meses) na época em que o tratamento com a prótese de palato foi iniciado. Um protocolo para o levantamento dos dados abordando cada fase da confecção das três partes da prótese de palato (anterior, intermediária e bulbo faríngeo) foi elaborado tratando também do tempo necessário para confecção de cada porção assim como dos dados referentes às intercorrências durante este processo. Resultados: Em geral, o tempo de confecção de todas as etapas das próteses foi, em média, de 8 meses, necessitando, para tanto, uma média de 14 atendimentos. O período entre a conclusão da prótese e o primeiro retorno para a sua manutenção foi de 8 meses, em média, sendo observada a necessidade de substituição das próteses para 56% das crianças. Conclusão: O processo de confecção de uma prótese de palato em crianças pode apresentar grande variação quanto ao número de atendimentos e ao tempo necessário para a conclusão da próteses, principalmente devido a pouca condição de suporte das próteses, à dificuldade de adaptação da criança ao uso de cada parte da prótese e à necessidade de troca da prótese antes da sua conclusão final devido ao crescimento da maxila. / Introduction: The successful use of a palatal prosthesis for correction of velopharyngeal insufficiency (VPI) in children with cleft palate depends on factors that need to be investigated. The existing literature in this area is limited and based mostly in case report, not addressing the process involved in the construction of this type of device neither describing the difficulties nor complications during this process. Objectives: The objectives of this study were: 1) to characterize all stages involved in the construction of a palatal prosthesis and the duration of this process in children with VPI associated to cleft lip and palate, and 2) to identify the occurrence of factors that can interfere in the process of construction, fitting and monitoring of the palatal prosthesis in the studied population. Material and Method: This retrospective study involved an analysis of treatment records of children with cleft lip and palate referred to temporary correction of VPI with palatal prosthesis. The group studied included 45 children (24 girls, 21 boys), with age varying between 3y10m and 10y2m (mean of 6y2m) at the time the prosthetic treatment of VPI was initiated. A data collection protocol was elaborated addressing each phase involved in the construction of all 3 parts of the palatal prosthesis (anterior, intermediary, and speech bulb), documenting the time needed to accomplish each part and recording the complications observed throughout the prosthetic treatment. Results: In general the mean duration of the process for construction of all parts of the prosthesis was 8 months with an average of 14 visits needed to finish the device. The period between the conclusion of the device and the first monitoring visit also was 8 months (average). It was observed the need for substitution of the prosthesis for 56% of the children. Conclusion: The process for the construction of a palatal prosthesis for children with VPI may present large variation in the number of visits and the duration of the process needed for the conclusion of the prosthesis, particularly due to the lack of adequate dental support for the device retention, the difficulty of the adaptation of the child to use each part of the prosthesis, and the need to substitute the prosthesis due to growth of the maxilla.
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Análise comparativa da atividade velofaríngea aferida por rinometria acústica e nasofaringoscopia / Comparative analysis of velopharyngeal activity assessed by acoustic rhinometry and nasoendoscopySilva, Andressa Sharllene Carneiro da 09 April 2013 (has links)
Objetivo: Analisar a atividade velofaríngea (VF) de indivíduos com disfunção velofaríngea (DVF) aferida por rinometria acústica, comparativamente à atividade observada por nasofaringoscopia. Modelo: Estudo clínico prospectivo. Participantes: 25 indivíduos com fissura de palato±lábio reparada e DVF residual, adultos, de ambos os sexos. Variáveis analisadas: Variação volumétrica da nasofaringe (V) na produção da plosiva velar /k/ relativamente ao repouso, aferida por rinometria, e, padrão e extensão do movimento VF no /k/, avaliados por juízes, em registros nasofaringoscópicos. Resultados: Observou-se uma redução média no volume da nasofaringe (V) de 15%, significantemente menor (p<0.05) que a variação percentual de referência (30%). Em 72% dos pacientes, a redução foi <3cm3, resultado compatível com o diagnóstico da DVF, e em 28%, foi 3cm3, apesar da DVF. O padrão de gap circular (CI) foi observado em 76% dos casos e o coronal (CO) em 24%. A extensão do movimento VF foi julgada adequada(A), moderada(M) e inadequada(I) em 64%, 24% e 18%, respectivamente. O V não diferiu entre CI e CO e entre A, M e I. Tendência a aumento do V com o aumento da extensão do movimento foi observada. A concordância entre os métodos no diagnóstico da DVF ocorreu em 56% dos casos. Conclusão: A rinometria foi capaz de identificar o comprometimento da atividade VF na maioria dos indivíduos estudados. Contudo, a variação volumétrica da nasofaringe não mostrou correlação com o padrão e a extensão do movimento VF, possivelmente por questões metodológicas. Estudos complementares são necessários para definir a acurácia do teste rinométrico na identificação da DVF. / Objective: To analyze velopharyngeal (VP) activity of subjects with VP dysfunction (VPD) by acoustic rhinometry, compared to the activity observed by nasoendoscopy. Model: Prospective clinical study. Participants: 25 adults with repaired cleft palate±lip and residual VPD, of both genders. Outcome measures: Nasopharyngeal volume change (V) during the production of the velar plosive /k/ compared to the rest condition, measured by rhinometry, and VP closure pattern and VP structures movement during /k/ production, rated by blinded judges by observing nasoendoscopy recordings. Results: A mean nasopharyngeal volume decrease of 15% was observed, significantly lower (p<0.05) than the reference percentage of change (30%). In 72% of patients reduction was <3cm3, compatible with VPD diagnosis, and in 28%, there was a change 3cm3, despite VPD. A circular gap (CI) was observed in 76% of patients and a coronal gap (CO) in 24%. The VP movement was judged to be adequate (A), moderate (M) and inadequate (I) in 64%, 24% and 18%, respectively. V did not differ between CI and CO and between A, M and I. A tendency for a V increase with increasing VP movement was observed. Absolute agreement between the two methods was observed in 56% of patients. Conclusion: Rhinometry was able to identify the impairment of VP activity in most subjects. However, nasopharyngeal volume changes showed no correlation with the pattern and range of VP movement, possibly due to methodological issues. Additional studies are needed to define the rhinometric test\'s accuracy in identifying VPD.
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Função velofaríngea em indivíduos com e sem sinais clínicos da síndrome velocardiofacial: análise videofluoroscópica / Velopharyngeal function in individuals with and without clinical signs of velocardiofacial syndrome: a videofluoroscopic analysisGonçalves, Cristina Guedes de Azevedo Bento 12 August 2011 (has links)
Objetivos: estudar indivíduos com (G1) e sem (G2) sinais da Síndrome Velocardiofacial (SVCF) para verificar diferenças entre eles quanto à extensão e espessura velar, profundidade nasofaríngea, razão entre profundidade nasofaríngea e extensão velar (PNF/EV), tamanho da falha velofaríngea, ângulo velar, movimento do véu palatino e das paredes laterais e posterior da faringe e à presença da tonsila faríngea; diferenças para as medidas de extensão e espessura velar, profundidade nasofaríngea e razão PNF/EV dos grupos estudados com os valores de normalidade propostos por Subtelny (1957); e correlação entre o tamanho da falha velofaríngea e a razão PNF/EV. Material e Método: estudo prospectivo com 60 indivíduos de ambos os sexos sem fissura palatina evidente e com disfunção velofaríngea (DVF), não operados, sendo 30 com sinais clínicos da SVCF (G1) (idade de 5,4 a 51 anos, com média de 15,7±9,5 anos) e 30 sem os sinais da SVCF (G2) (idade de 4,5 a 33 anos, com média de 15±7,6 anos). O exame videofluoroscópico foi realizado nas projeções lateral e frontal para análise da extensão e espessura velar, profundidade nasofaríngea, falha velofaríngea e ângulo velar, movimento do véu palatino, paredes laterais e posterior da faringe e presença da tonsila faríngea. Resultados: quanto às medidas de extensão e espessura velar, profundidade nasofaríngea e razão PNF/EV, não houve diferença entre os grupos quando se comparou os casos maiores de 18 anos, bem como os menores de 18 anos pareados por idade; mas quando a idade não foi pareada nos casos menores de 18 anos, a espessura velar foi menor (p=0,019) e a razão PNF/EV foi maior (p=0,048) no G1 e, ao se analisar independente da faixa etária, a razão PNF/EV foi maior no G1 (p=0,024). Em relação às medidas de normalidade, a extensão velar foi menor no G1 (p=0,007), a espessura velar foi menor no G1 (p=0,000) e G2 no (p=0,000), a profundidade nasofaríngea e a razão PNF/EV foram maiores no G1 (p=0,000) e no G2 (p=0,000), entretanto ao se considerar a variação de 2 desvios-padrão em relação aos valores de normalidade, não houve diferença entre os grupos para todas as medidas. Também não houve diferença entre os grupos quanto ao ângulo de elevação velar (p=0,232) e presença (p=0,698) e tamanho da falha velofaríngea (p=0,293), movimento velar (p=0,085) e das paredes laterais (p=0,763) e posterior (p=0,237) da faringe, além do tamanho da tonsila faríngea (p=0,307). Não houve correlação entre a falha velofaríngea e a razão PNF/EV no G1 (p=0,153) e no G2 (p=0,598). Conclusões: a razão PNF/EV foi maior nos indivíduos com DVF e sinais da SVCF comparados aos indivíduos com DVF sem os sinais da síndrome, sugerindo ser este um indicador velofaríngeo para a SVCF, enquanto os aspectos funcionais da velofaringe não diferiram entre os indivíduos com e sem os sinais da SVCF. Não houve correlação entre o tamanho da falha no fechamento velofaríngeo e a razão PNF/EV nos grupos com e sem sinais da SVCF. / Objective: to study individuals with (G1) and without (G2) signs of velocardiofacial syndrome (VCFS), so as to verify differences in terms of length and thickness of the soft palate, nasopharyngeal depth, ratio of nasopharyngeal depth to velar length (PD/VL), velopharyngeal gap size, velar angle, soft palate movement, lateral and posterior pharyngeal walls movement and the presence of adenoidal tissue; differences for the measurements of velar length and thickness, nasopharyngeal depth and PD/VL ratio for the groups studied with the normality values proposed by Subtelny (1957); and correlation between the size of velopharyngeal gap and the PD/VL ratio. Methods: a prospective study with 60 subjects from both genders, with no evident cleft palate, with velopharyngeal dysfunction (VPD), non operated, being 30 with clinical signs of VCFS (age range 5.4 to 51 yrs, mean 15.7±9.5 yrs), and 30 with no signs of VCFS (age range 4.5 to 33 yrs, mean 15±7.6 yrs). The videofluoroscopy was performed in lateral and frontal views, for the analysis of velar length and thickness, nasopharyngeal depth, velopharyngeal gap, velar angle, soft palate movement, lateral and posterior pharyngeal walls movement and the presence of adenoidal tissue. Results: there was no difference in the measurements of velar length and thickness, nasopharyngeal depth and PD/VL ratio, between the groups, when cases over 18 yrs, as well as those under 18, paired by age, were compared; however, when age was not paired in the cases under 18 yrs, the velar thickness was smaller (p=0.019) and the PD/VL ratio was greater (p=0.048) in G1 and, by analyzing regardless the age range, the PD/VL ratio was greater in G1 (p=0.024). In relation to normality measurements, the velar length was smaller in G1 (p=0.007), the velar thickness was smaller in G1 (p=0.000) and G2 (p=0.000), the nasopharyngeal depth and the PD/VL ratio were greater in G1 (p=0.000) and G2 (p=0.000), nevertheless, when considering the variation of 2 standard deviations in relation to the normality values, there was no difference between the groups for all measurements. No difference was seen between the groups, as to the velar angle (p=0.232) and presence (p=0.698) and size of velopharyngeal gap (p=0.293), velar movement (p=0.085) and lateral (p=0.763) and posterior (p=0.237) pharyngeal walls movement, besides the size of adenoidal tissue (p=0.307). No correlation was seen between the velopharyngeal gap and the PD/VL ratio in G1 (p=0.153) and G2 (p=0.598). Conclusions: the PD/VL ratio was greater in individuals with VPD and signs of VCFS, as compared to individuals with VPD with no signs of the syndrome, suggesting that this is a velopharyngeal indicator for VCFS, whereas velopharyngeal functional aspects did not differ between individuals with and without signs of VCFS. There was no correlation between the size of the velopharyngeal gap and the PD/VL ratio, in the groups with and without signs of VCFS.
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