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Diálogo e educação : o pensamento pedagógico em Martin BuberSANTIAGO, Maria Betânia do Nascimento 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Diálogo e Educação: O Pensamento Pedagógico em Martin Buber parte do reconhecimento
do caráter essencialmente pedagógico das idéias de Martin Buber, condensadas na filosofia do
diálogo desse autor. A educação encontra-se vinculada a seu projeto teórico e social, sem a
qual ele não se compreende ao mesmo tempo em que tal projeto é expressão de proposta
educativa. Tal perspectiva parte de uma íntima relação entre as visões de humano, de
sociedade e a dimensão de transcendência. O que ele chama educação significa a seleção do
mundo efetivo pelo ser humano, recolhida e demonstrada no educador. Buber compreende o
educativo como relação, como mútuo envolvimento. O educador realiza, assim, uma
compreensão abrangente do outro, e, tal como indivíduo engajado no encontro dialógico,
experiencia o duplo sentido da consciência de si, ao mesmo tempo em que percebe o outro na
sua condição singular. Esse encontro é a própria vivência do inter-humano, a essencial
alteridade que marca a relação. A relação educacional é uma relação puramente dialógica
(UE, 33). O sentido que esse autor atribui à educação pode ser apreendido a partir das
categorias com as quais ele define o humano, assim como nas suas análises e propostas para a
sociedade. O humano, como ser de relação, que só se reconhece de forma essencial no
encontro com o outro e com ele experimenta a reciprocidade, que tem no diálogo a sua atitude
fundamental. Este homem ao qual a palavra é dirigida pelo diálogo assume a responsabilidade
de responder a partir do lugar onde se encontra. A tese aqui proposta implicou relacionar as
diferentes dimensões da produção teórica desse autor: desde os fundamentos, constituídos por
meio do diálogo com a tradição judaica (em especial com o movimento hassídico) e a
filosofia ocidental; a elaboração de uma antropologia em diálogo com diferentes correntes de
pensamento existente no início do século XX, em especial com a abordagem fenomenológica
e existencial; a sua ontologia da relação, do diálogo, expressa em Eu e Tu, obra na qual ele
reconhece a dupla atitude do humano, traduzida das duas palavras-princípio Eu-Tu e Eu-Isso
de um lado, uma atitude cognoscitiva e, do outro, uma atitude ontológica. A perspectiva
anunciada na filosofia de Buber expressa sua crítica à modernidade, à qual ele responde de
forma propositiva, pela defesa de uma ética do inter-humano, a partir da qual se compreende a
exigência formativa uma educação para a comunidade. A questão da comunidade é um
tema central a essa filosofia, começo e fim de sua teoria educativa: apenas na comunidade é
possível educar, sendo necessário, por sua vez, educar para que os jovens compreendam o
sentido da comunidade. Dessa forma, é na vida em comunidade que este homem realiza seu
modo próprio de ser
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Ética e alteridade: uma leitura a partir da filosofia de Martin Buber e suas implicações para a compreensão do outroARAÚJO, Willamis Aprígio de 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / “Ética e alteridade: uma leitura a partir da filosofia de Martin Buber e suas implicações para a compreensão do outro” é uma leitura filosófica das contribuições buberianas que se apresenta como uma reflexão conceitual, e ao mesmo tempo prática, na medida em que se propõe como um diálogo acerca da possibilidade de se pensar a relação ética na contemporaneidade. Assumindo uma metodologia hermenêutica do conjunto da obra do autor, este estudo busca investiga sobre como o outro concorre, na filosofia de Martin Buber, para a realização de uma ética contemporânea. O diálogo (princípio ontológico) assume, nesse itinerário, a centralidade de nossas investigações, este, no conjunto da obra de Buber, é marcado pela forma de relação de Ser a Ser. A vida dialógica é compreendida por Buber como um vínculo que expressa o mútuo envolvimento entre os seres. O ser capaz de entrar em relação por meio do responsabilizar-se com a palavra endereçada assume a postura de falar verdadeiramente de si. A atitude de que expressa a aparência de si é considerada como monológica, e por não favorecer a presença, ela não alcança o outro em sua alteridade. A verdadeira palavra requer ser abraçada na busca de um agir ético. A palavra possibilitadora do diálogo é endereçada pelo outro em sua totalidade. O humano, como ser de relação, é reconhecido em sua forma essencial no encontro com o outro, com o qual experimenta a reciprocidade, atitude fundamental à vida do diálogo. O homem que recebe a palavra deve responsabilizar-se em respondê-la. A resposta, necessariamente, acontece do lugar onde se estar numa atitude de não se preocupar consigo, mas de completo engajamento com os clamores do mundo que evocam a cada um de nós em particular e, de uma forma singular, a vida verdadeira, o encontro existencial. O ser capaz de responder às exigências do cotidiano em consonância com seu princípio ontológico é identificado como homem religioso. Religioso, em Buber, conota a disposição do homem em responder ao apelo do espírito. O diálogo com as filosofias de Kant, Nietzsche, Heidegger, Hegel e Sartre aponta para a incapacidade de reconhecer Deus, na sua íntima relação com o homem e com o mundo, como Aquele que mantemos verdadeiras relações por meio do outro. A relação com o outro, nesses termos, entrecruzam-se no Tu Eterno ao mesmo tempo em que se apresentam como estatuto ético. Portanto, concluímos em nosso estudo que as vivências travadas no cotidiano, em sua grande maioria, não expressam uma postura ética na medida em que os indivíduos não mais se preocupam com as ações que os possibilitem seu retorno ao âmago natural, isto é, a vida da relação. A crítica de Buber à sociedade hodierna aponta para a reflexão/ação de um resgate no tocante ao tecer ético do nosso existir em conformidade com o reconhecimento da alteridade. Ele responde às necessidades do seu tempo de forma positiva, propondo uma ética do inter-humano, contraponde-se a princípios universalistas que se interpõem à resposta singular de cada um. A alteridade é reconhecida pelo filósofo a partir da vida da relação com três diferentes seres: com a natureza, com os seres espirituais e com o próprio homem. O Reconhecimento das esferas que permeiam a relação com o outro buberiano foi imprescindível no conjunto de nossa pesquisa. Tais implicações, sobretudo, apontam para o que chamamos de o grande problema do inter-humano, a dualidade de ser e parece. No ser, o homem apresenta-se como verdadeiramente é, possibilitando a verdadeira palavra, ao passo que, no parecer, este homem apenas apresenta-se de uma forma fictícia instaurando uma espécie de palavra que não alcança o outro. O outro é reconhecido em nossa investigação conceitual como condição sine qua non para o reconhecimento do Eu como si mesmo, bem como se apresenta como alfa e o ômega que “orientam” o agir ético. Ele nos coloca no caminho do projeto divino na medida em que se oferece como caminho. Responsabilizar-se com o caminho (com o outro) sinaliza a proposta de uma ética buberiana na contemporaneidade.
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O SENTIDO DA EDUCAÇÃO EM MARTIN BUBER.Elias, Gizele Geralda Parreira 10 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-10 / O Sentido da Educação em Martin Buber contempla a necessidade de a relação professoraluno
na escola atual ir além do campo pedagógico adentrando o campo dialógico,
vislumbrando a transformação das salas de aula em pequenas comunidades que
ascenderão para uma comunidade maior: a comunidade supra-social. Tal fenômeno
poderá ser efetivado por meio do diálogo, que encerra em si os principais elementos do
inter-humano: a autenticidade, a presença, a abertura e a conversação genuína. Estes
aspectos são constituidores da filosofia dialógica de Buber que trás, em sua essência,
uma considerável preocupação com a esfera humana das relações, esfacelada pela
coisificação do homem na modernidade. O filósofo do encontro concebe o homem como
um ser inerentemente relacional; dentro dessa perspectiva, a atualização da sua
existência é efetivada por meio de duas palavras-princípio que traduzem duas formas de
o homem se colocar frente ao mundo e frente ao seu semelhante. Na palavra-princípio
Eu-Tu o homem entra em relação; na palavra-princípio Eu-Isso ele experimenta o outro
ou o mundo em que está. Segundo Buber, não há o predomínio de uma das palavras,
visto que ambas são necessárias para a consumação da existência humana. Entretanto,
na modernidade, balizada pelo crescente capitalismo industrial, o homem tem
objetivado cada vez mais a relações com seu semelhante, ocasionando o distanciamento
e a consequente solidão. Para Buber, o homem vivencia um verdadeiro processo de
desumanização. Judeu fiel ao hassidismo Martin Buber retira dessa doutrina os
elementos para grande parte de suas reflexões. Dessa forma, a relação Eu-Tu é a
abertura para a relação com o Tu eterno Deus. De acordo com este pensador a cada
orla do Tu o homem vislumbra o Tu eterno. Ideia esta que concebe a existência humana
em conexão com o absoluto. Quanto mais o homem se afasta do seu semelhante, mais ele
se afasta do Tu eterno, necessitando do reencontro com o outro e, em consequência com
o divino, para resgatar sua humanidade. Buber não concebe Deus somente como um
princípio nem como uma ideia, mas também como Pessoa que entra numa relação
imediata com os homens através de atos criadores, reveladores e libertadores . Assim
exposto, na reflexão buberiana a modernidade se caracteriza fundamentalmente, pelo
eclipse de Deus, contudo o Tu eterno não desapareceu definitivamente, apenas está
oculto em função da objetivação excessiva a que o homem tem sido sucumbido. Na
realidade em que se encontra o homem somente poderá ser resgatado por intermédio
da conversão, ou por intermédio da formação do caráter. O caráter é o objeto da
educação, a função educadora é a formação do caráter e o sentido da educação é a vida
na comunidade. Nessa visão, o professor assume um lugar significativamente
importante, o de influenciar com sua palavra e com suas ações genuinamente dialógicas,
a formação dos caracteres que irão constituir a nova comunidade, cuja finalidade é a
verdadeira Vida. A vida na comunidade é maneira pela qual os homens poderão edificar
a legítima relação inter-humana isenta de quaisquer interesses que não sejam uma vida
vivida comunitariamente.
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O SENTIDO DA EDUCAÇÃO EM MARTIN BUBERParreira, Gizele Geralda 10 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-10 / The Meaning of Education in Martin Buber addresses the need for the teacher-student
relationship in school now to go beyond the educational field entering the field of
dialogue, envisioning the transformation of classrooms into small communities that will
amount to a larger community: the community-above social. This phenomenon can be
accomplished through dialogue, which encompasses the main elements of inter-human:
authenticity, presence, openness and genuine conversation. These aspects are
constitutor of Buber's dialogic philosophy behind that, in essence, a considerable
concern about the human sphere of relationships, shattered by the objectification of
man in modern times. The philosopher's meeting sees the man as an inherently
relational, within this perspective, the upgrade of its existence is effected through the
first two words that express two forms of man is put before the world and ahead on
others. In the word-first I-Thou man enters into a relationship, the word-I-it principle he
experiments the other or the world they are. According to Buber, there is a
predominance of one of the words, since both are necessary for the consummation of
human existence. However, in modernity, buoyed by rising industrial capitalism, man
has focused increasingly on relations with his neighbor, causing the detachment and the
consequent loneliness. For Buber, the man experiences a genuine process of
dehumanization. Jewish faithful to Martin Buber Hasidism removes the elements of this
doctrine for much of his reflections. Thus, the I-Thou relationship is openness to the
relationship with the eternal Thou - God. According to this thinker to each edge of the Tu
the man glimpses the eternal. An idea which conceives of human existence in connection
with the absolute. The more a man turns away from his neighbor, the more it moves
away from the eternal Thou, needing to rediscover each other and therefore with the
Divine, to redeem his humanity. Buber not only conceives of God as a principle or as an
idea, but as' person 'who enters a direct relation to men "through creative acts, revealing
and liberating'. Once exposed, in reflection buberiana modernity is characterized
primarily by the eclipse of God, yet eternal You definitely did not disappear, it's just
hidden in the light of the excessive objectification that man has succumbed. In fact it is in
man can only be redeemed through conversion or through the formation of character.
The character is the object of education, the educational function is the formation of
character and meaning of education is life in the community. In this view, the teacher
assumes a place of considerable importance, the influence of his word and his actions
genuinely dialogical, the formation of the characters that will be the new community,
whose purpose is the true Life. Life in the community is way by which men can build a
legitimate relationship between humans disclaims any interests other than a life lived in
community. / O Sentido da Educação em Martin Buber contempla a necessidade de a relação professoraluno
na escola atual ir além do campo pedagógico adentrando o campo dialógico,
vislumbrando a transformação das salas de aula em pequenas comunidades que
ascenderão para uma comunidade maior: a comunidade supra-social. Tal fenômeno
poderá ser efetivado por meio do diálogo, que encerra em si os principais elementos do
inter-humano: a autenticidade, a presença, a abertura e a conversação genuína. Estes
aspectos são constituidores da filosofia dialógica de Buber que trás, em sua essência,
uma considerável preocupação com a esfera humana das relações, esfacelada pela
coisificação do homem na modernidade. O filósofo do encontro concebe o homem como
um ser inerentemente relacional; dentro dessa perspectiva, a atualização da sua
existência é efetivada por meio de duas palavras-princípio que traduzem duas formas de
o homem se colocar frente ao mundo e frente ao seu semelhante. Na palavra-princípio
Eu-Tu o homem entra em relação; na palavra-princípio Eu-Isso ele experimenta o outro
ou o mundo em que está. Segundo Buber, não há o predomínio de uma das palavras,
visto que ambas são necessárias para a consumação da existência humana. Entretanto,
na modernidade, balizada pelo crescente capitalismo industrial, o homem tem
objetivado cada vez mais a relações com seu semelhante, ocasionando o distanciamento
e a consequente solidão. Para Buber, o homem vivencia um verdadeiro processo de
desumanização. Judeu fiel ao hassidismo Martin Buber retira dessa doutrina os
elementos para grande parte de suas reflexões. Dessa forma, a relação Eu-Tu é a
abertura para a relação com o Tu eterno Deus. De acordo com este pensador a cada
orla do Tu o homem vislumbra o Tu eterno. Ideia esta que concebe a existência humana
em conexão com o absoluto. Quanto mais o homem se afasta do seu semelhante, mais ele
se afasta do Tu eterno, necessitando do reencontro com o outro e, em consequência com
o divino, para resgatar sua humanidade. Buber não concebe Deus somente como um
princípio nem como uma ideia, mas também como Pessoa que entra numa relação
imediata com os homens através de atos criadores, reveladores e libertadores . Assim
exposto, na reflexão buberiana a modernidade se caracteriza fundamentalmente, pelo
eclipse de Deus, contudo o Tu eterno não desapareceu definitivamente, apenas está
oculto em função da objetivação excessiva a que o homem tem sido sucumbido. Na
realidade em que se encontra o homem somente poderá ser resgatado por intermédio
da conversão, ou por intermédio da formação do caráter. O caráter é o objeto da
educação, a função educadora é a formação do caráter e o sentido da educação é a vida
na comunidade. Nessa visão, o professor assume um lugar significativamente
importante, o de influenciar com sua palavra e com suas ações genuinamente dialógicas,
a formação dos caracteres que irão constituir a nova comunidade, cuja finalidade é a
verdadeira Vida. A vida na comunidade é maneira pela qual os homens poderão edificar
a legítima relação inter-humana isenta de quaisquer interesses que não sejam uma vida
vivida comunitariamente.
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