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Supplier Integration in Category Management : A case study of the situational impact on relationship performance and interdependenceEllström, Daniel January 2015 (has links)
Supplier integration in category management means that a supplier takes part in the activities that are traditionally performed by retailers. These activities are the selection of which products to sell, decisions on how to price and market the products, and making sure that the products are delivered to the stores in a timely manner. Depending on the situation, an integration of suppliers in these activities can be more or less suitable. As more research is needed to understand when supplier integration in category management is suitable, the purpose of this thesis is to describe and analyze how situational factors affect the relationship consequences of supplier integration in category management. Specifically, the relationship consequences are expressed in terms of relationship performance and interdependence between the firms. The study builds on empirical data about British and Swedish builders’ merchants and their suppliers, with a particular focus on timber suppliers. Data has mainly been collected through participative observations and interviews. Five situational factors that improve the relationship performance of supplier integration in category management are identified: large retailer firms, supplier product knowledge, homogeneity of market demands for the supplier’s products, mutual trust and a shared view on customer value between the supplier and retailer. Three situational factors are identified that affect the interdependence between the retailer and the supplier when supplier integration in category management is implemented: supplier product knowledge, whether the supplier or the retailer initiates the integration and whether coercive or non-coercive power has to be used in the implementation. This thesis contributes to retail literature by highlighting the need to include situational factors in the analysis of supplier integration, clarifying which activities are comprised by category management and suggesting a theoretical foundation based on the resource-based view and the transaction cost framework to analyse relationship performance in retailer-supplier dyads. When making decisions on integration, managers of retailers and their suppliers are advised to consider the fit with their overall strategy, the fit with the surrounding situation and the effects both in terms of interdependence and relationship performance.
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Essays on interorganizational relationships between entrepreneurial ventures and industry incumbentsJoonhyung Bae (5929475) 04 January 2019 (has links)
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<p>In this
dissertation, I investigate how entrepreneurial ventures and industry
incumbents enter into interorganizational relationships in the context of
corporate venture capital (CVC) investments. In Essay 1, drawing from the
literature on employee mobility and entrepreneurship, I investigate how the
competitive tension between spinouts and their parent firms with regard to potential
knowledge diffusion influences other industry incumbents’ decisions to invest
in spinouts. Specifically, I suggest that a high level of technological overlap
between a spinout and its parent firm deters other industry incumbents from
investing in the spinout due to anticipated hostile actions by the parent firm.
Moreover, such negative effects can be amplified when the parent firm has a
strong litigiousness to claim its intellectual property rights. I also consider
that the negative effects can be mitigated when industry incumbents expect to
benefit from gaining indirect access to parent firms’ technological knowledge
through investing in spinouts.</p><p><br></p>
<p>In Essay 2, I
focus on academic hybrid entrepreneurs—defined as individuals who found their
own ventures while working at academic institutions (e.g., professors,
scientists)—and investigate how their intended exit strategy influences their
decisions regarding CVC financing. Specifically, I first propose that academic
hybrid entrepreneurs may have strong preferences for acquisitions over initial
public offerings as an exit strategy for their ventures because of the high
level of opportunity/switching costs associated with transitioning between
their academic roles and entrepreneurial activities. Drawing from the
literature on mergers and acquisitions, I then suggest that compared to other
ventures, those founded by academic hybrid entrepreneurs are more likely to
receive funding from CVC investors to effectively disclose the quality of their
resources and knowledge to potential acquirers.</p><p><br></p>
<p>In Essay 3, I examine
how the industry incumbents’ relative positions in technology domains vis-à-vis
other firms influence their CVC investment activities. Drawing upon the
literature on factor market, I conceptualize CVC investments as external
knowledge acquisition activities in knowledge factor markets consisting of
several different technology domains. Building on this conceptualization, I
emphasize that industry incumbents’ choices of investment areas are dependent
on their positions vis-à-vis their rival investors in a given technology
domain. This is because a firm’s technology position in a given domain can
simultaneously influence the opportunities and incentives that jointly
determine the likelihood of CVC investments in the domain. The theoretical
arguments and empirical results suggest that firms with intermediate technology
positions (i.e., technology intermediates) with moderate levels of
opportunities and incentives are more likely to make CVC investments than are
technology laggards and leaders with the lowest levels of opportunities and
incentives, respectively.</p></div>
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Fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário / Conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativismLago, Adriano January 2009 (has links)
Nas últimas décadas, termos como alianças estratégicas, parcerias, sociedades, conglomerados, consórcios, joint venture, redes e outros, ganham expressividade, até mesmo entre empresas tradicionalmente concorrentes. Essas são expressões de relacionamentos interorganizacionais entre empresas não cooperativas. Por outro lado, o cooperativismo, guardião do princípio da cooperação entre cooperativas, denominado intercooperação, apresenta dificuldades para expressar ações desta natureza. É neste sentido que a presente pesquisa buscou identificar e analisar as razões e os fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. Os objetivos específicos foram os seguintes: a) Descrever o relacionamento do cooperativismo agropecuário com a sociedade; b) Analisar a importância da intercooperação para o cooperativismo agropecuário; c) Identificar quais são as principais razões para desenvolver relacionamentos de intercooperação no cooperativismo agropecuário; d) Verificar quais são e qual a importância dos fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; e) Verificar a influências de diferentes expressões de intercooperação na singularidade das cooperativas agropecuárias; f) Compreender por que as cooperativas agropecuárias não cooperam entre si com mais intensidade; g) Verificar o que poderia ser feito para desenvolver relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; h) Identificar se existem especificidades nos relacionamentos intercooperativos em relação aos relacionamentos interorganizacionais não-cooperativos. A construção teórica observou as diferentes óticas da cooperação: cooperação sob a ótica biológico-comportamental; sob a ótica social e humana e sob a ótica econômica, buscando revelar um ser humano cooperativo. Estas diferentes óticas de cooperação é que possibilitam e estimulam a emergência de relacionamentos interorganizacionais. Relacionamentos estes com suas formas, razões e aspectos facilitadores do seu desenvolvimento. Contudo, o modelo cooperativo agropecuário, apesar de estar ancorado na cooperação entre indivíduos, possui dificuldades para expressar tais relacionamentos entre as diferentes organizações cooperativas. Diante deste raciocínio teórico é que a pesquisa foi estruturada. Os procedimentos metodológicos levaram em conta a complexidade e a multiplicidade de dimensões associadas à intercooperação. Por isso, a pesquisa foi ancorada nos enfoques qualitativo e quantitativo de forma complementar. As fontes de evidências empíricas foram oito experts do cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul e 54 dirigentes (presidentes, vice-presidentes e gestores) de 30 cooperativas associadas à Cooperativa Central Gaúcha Ltda. - CCGL. Os resultados revelaram a existência de cinco razões e catorze fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. As razões são: busca de eficiência; legitimidade; estabilidade; assimetria e reciprocidade. Já os fatores condicionantes são: gestão profissional; liderança; controle; clareza da doutrina; comprometimento; transparência; eliminar vaidades; projeto; comunicação; compensação; confiança; interdependência; invasão de área e problemas financeiros das cooperativas. Estas razões e os fatores estruturaram o processo de desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário (figura 10). Esta visão esquemática revela que, para o desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos são necessários alguns antecedentes, que são as razões e alguns fatores condicionantes, que caracterizam o processo propriamente dito, alcançando os resultados esperados. O cooperativismo agropecuário por sua vez, apresenta limitações em expressar os fatores condicionantes. Estas dificuldades estão relacionadas, fundamentalmente, com o modelo de autogestão cooperativo e com as decisões dos dirigentes das cooperativas singulares. / In the last decades, terms as strategic alliances, partnerships, societies, conglomerates, consortiums, joint venture, nets and others gain expressiveness, even among traditionally competing enterprises. These are expressions of interorganizational relationships among non cooperative enterprises. On the other side, the cooperativism, guardian of the cooperation principle among cooperatives, named intercooperation, presents difficulties to express actions of this nature. In this way, the present research aimed to identify and to analyse the reasons and the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The specific objectives were: a) To describe the relationship of the agricultural cooperativism with the society; b) To analyse the importance of the intercooperation for the agricultural cooperativism; c) To identify which are the main reasons to develop relationships of intercooperation in the agricultural cooperativism; d) To check which are and what is the importance of the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism; e) To check influences of different expressions of intercooperation in the agricultural cooperativism peculiarity; f) To understand why the agricultural cooperativism do not cooperate among each other with more intensity; g) To check what might be done to develop intercooperative relationships in the agricultural cooperativism h) To identify if there are specificities in the intercooperative relationships in relation to the interorganizational non-cooperative relationships. The theoretical construction observed the different focuses of the cooperation: cooperation under the biological and behavioral focus; under the social and human focus and under the economical focus, trying to disclose a cooperative human being. These different focuses of cooperation make possible and stimulate the emergence of interorganizational relationships; relationships with forms, reasons and aspects that make easy its development. Nevertheless, the agricultural cooperative model, in spite of being anchored in the cooperation among individuals, it has difficulties to express such relationships among different cooperative organizations. The research was structured following this theoretical reasoning. The methodological proceedings considered the complexity and the multiplicity of dimensions associated to the intercooperation. Therefore, the research was anchored in the qualitative and quantitative approaches of complementary form. The empirical evidences resources were eight experts of the cooperativism from Rio Grande do Sul State and 54 leaders (presidents, vice presidents and managers) of 30 cooperatives associated to the Central Cooperative from Rio Grande do Sul - CCGL. The results disclosed the existence of five reasons and fourteen conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The reasons are: searching for efficiency; legitimacy; stability; asymmetry and reciprocity. The conditioning factors are: professional management; leadership; control; clarity of the doctrine; compromising; transparency; to remove vanities; project; communication; compensation; confidence; interdependence; invasion of area and financial problems of the cooperatives. These reasons and the factors structured the process of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism (figure 10). This schematic vision shows that, for the intercooperative relationship development are necessary some precedent events, which are the reasons, and some conditioning factors which characterize the process reaching the expected results. The agricultural cooperativism presents limitations in expressing the conditioning factors. These difficulties are connected, fundamentally, with the cooperative model of self-management and with the decisions of the singular cooperatives leaders.
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Fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário / Conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativismLago, Adriano January 2009 (has links)
Nas últimas décadas, termos como alianças estratégicas, parcerias, sociedades, conglomerados, consórcios, joint venture, redes e outros, ganham expressividade, até mesmo entre empresas tradicionalmente concorrentes. Essas são expressões de relacionamentos interorganizacionais entre empresas não cooperativas. Por outro lado, o cooperativismo, guardião do princípio da cooperação entre cooperativas, denominado intercooperação, apresenta dificuldades para expressar ações desta natureza. É neste sentido que a presente pesquisa buscou identificar e analisar as razões e os fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. Os objetivos específicos foram os seguintes: a) Descrever o relacionamento do cooperativismo agropecuário com a sociedade; b) Analisar a importância da intercooperação para o cooperativismo agropecuário; c) Identificar quais são as principais razões para desenvolver relacionamentos de intercooperação no cooperativismo agropecuário; d) Verificar quais são e qual a importância dos fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; e) Verificar a influências de diferentes expressões de intercooperação na singularidade das cooperativas agropecuárias; f) Compreender por que as cooperativas agropecuárias não cooperam entre si com mais intensidade; g) Verificar o que poderia ser feito para desenvolver relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; h) Identificar se existem especificidades nos relacionamentos intercooperativos em relação aos relacionamentos interorganizacionais não-cooperativos. A construção teórica observou as diferentes óticas da cooperação: cooperação sob a ótica biológico-comportamental; sob a ótica social e humana e sob a ótica econômica, buscando revelar um ser humano cooperativo. Estas diferentes óticas de cooperação é que possibilitam e estimulam a emergência de relacionamentos interorganizacionais. Relacionamentos estes com suas formas, razões e aspectos facilitadores do seu desenvolvimento. Contudo, o modelo cooperativo agropecuário, apesar de estar ancorado na cooperação entre indivíduos, possui dificuldades para expressar tais relacionamentos entre as diferentes organizações cooperativas. Diante deste raciocínio teórico é que a pesquisa foi estruturada. Os procedimentos metodológicos levaram em conta a complexidade e a multiplicidade de dimensões associadas à intercooperação. Por isso, a pesquisa foi ancorada nos enfoques qualitativo e quantitativo de forma complementar. As fontes de evidências empíricas foram oito experts do cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul e 54 dirigentes (presidentes, vice-presidentes e gestores) de 30 cooperativas associadas à Cooperativa Central Gaúcha Ltda. - CCGL. Os resultados revelaram a existência de cinco razões e catorze fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. As razões são: busca de eficiência; legitimidade; estabilidade; assimetria e reciprocidade. Já os fatores condicionantes são: gestão profissional; liderança; controle; clareza da doutrina; comprometimento; transparência; eliminar vaidades; projeto; comunicação; compensação; confiança; interdependência; invasão de área e problemas financeiros das cooperativas. Estas razões e os fatores estruturaram o processo de desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário (figura 10). Esta visão esquemática revela que, para o desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos são necessários alguns antecedentes, que são as razões e alguns fatores condicionantes, que caracterizam o processo propriamente dito, alcançando os resultados esperados. O cooperativismo agropecuário por sua vez, apresenta limitações em expressar os fatores condicionantes. Estas dificuldades estão relacionadas, fundamentalmente, com o modelo de autogestão cooperativo e com as decisões dos dirigentes das cooperativas singulares. / In the last decades, terms as strategic alliances, partnerships, societies, conglomerates, consortiums, joint venture, nets and others gain expressiveness, even among traditionally competing enterprises. These are expressions of interorganizational relationships among non cooperative enterprises. On the other side, the cooperativism, guardian of the cooperation principle among cooperatives, named intercooperation, presents difficulties to express actions of this nature. In this way, the present research aimed to identify and to analyse the reasons and the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The specific objectives were: a) To describe the relationship of the agricultural cooperativism with the society; b) To analyse the importance of the intercooperation for the agricultural cooperativism; c) To identify which are the main reasons to develop relationships of intercooperation in the agricultural cooperativism; d) To check which are and what is the importance of the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism; e) To check influences of different expressions of intercooperation in the agricultural cooperativism peculiarity; f) To understand why the agricultural cooperativism do not cooperate among each other with more intensity; g) To check what might be done to develop intercooperative relationships in the agricultural cooperativism h) To identify if there are specificities in the intercooperative relationships in relation to the interorganizational non-cooperative relationships. The theoretical construction observed the different focuses of the cooperation: cooperation under the biological and behavioral focus; under the social and human focus and under the economical focus, trying to disclose a cooperative human being. These different focuses of cooperation make possible and stimulate the emergence of interorganizational relationships; relationships with forms, reasons and aspects that make easy its development. Nevertheless, the agricultural cooperative model, in spite of being anchored in the cooperation among individuals, it has difficulties to express such relationships among different cooperative organizations. The research was structured following this theoretical reasoning. The methodological proceedings considered the complexity and the multiplicity of dimensions associated to the intercooperation. Therefore, the research was anchored in the qualitative and quantitative approaches of complementary form. The empirical evidences resources were eight experts of the cooperativism from Rio Grande do Sul State and 54 leaders (presidents, vice presidents and managers) of 30 cooperatives associated to the Central Cooperative from Rio Grande do Sul - CCGL. The results disclosed the existence of five reasons and fourteen conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The reasons are: searching for efficiency; legitimacy; stability; asymmetry and reciprocity. The conditioning factors are: professional management; leadership; control; clarity of the doctrine; compromising; transparency; to remove vanities; project; communication; compensation; confidence; interdependence; invasion of area and financial problems of the cooperatives. These reasons and the factors structured the process of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism (figure 10). This schematic vision shows that, for the intercooperative relationship development are necessary some precedent events, which are the reasons, and some conditioning factors which characterize the process reaching the expected results. The agricultural cooperativism presents limitations in expressing the conditioning factors. These difficulties are connected, fundamentally, with the cooperative model of self-management and with the decisions of the singular cooperatives leaders.
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Fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário / Conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativismLago, Adriano January 2009 (has links)
Nas últimas décadas, termos como alianças estratégicas, parcerias, sociedades, conglomerados, consórcios, joint venture, redes e outros, ganham expressividade, até mesmo entre empresas tradicionalmente concorrentes. Essas são expressões de relacionamentos interorganizacionais entre empresas não cooperativas. Por outro lado, o cooperativismo, guardião do princípio da cooperação entre cooperativas, denominado intercooperação, apresenta dificuldades para expressar ações desta natureza. É neste sentido que a presente pesquisa buscou identificar e analisar as razões e os fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. Os objetivos específicos foram os seguintes: a) Descrever o relacionamento do cooperativismo agropecuário com a sociedade; b) Analisar a importância da intercooperação para o cooperativismo agropecuário; c) Identificar quais são as principais razões para desenvolver relacionamentos de intercooperação no cooperativismo agropecuário; d) Verificar quais são e qual a importância dos fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; e) Verificar a influências de diferentes expressões de intercooperação na singularidade das cooperativas agropecuárias; f) Compreender por que as cooperativas agropecuárias não cooperam entre si com mais intensidade; g) Verificar o que poderia ser feito para desenvolver relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário; h) Identificar se existem especificidades nos relacionamentos intercooperativos em relação aos relacionamentos interorganizacionais não-cooperativos. A construção teórica observou as diferentes óticas da cooperação: cooperação sob a ótica biológico-comportamental; sob a ótica social e humana e sob a ótica econômica, buscando revelar um ser humano cooperativo. Estas diferentes óticas de cooperação é que possibilitam e estimulam a emergência de relacionamentos interorganizacionais. Relacionamentos estes com suas formas, razões e aspectos facilitadores do seu desenvolvimento. Contudo, o modelo cooperativo agropecuário, apesar de estar ancorado na cooperação entre indivíduos, possui dificuldades para expressar tais relacionamentos entre as diferentes organizações cooperativas. Diante deste raciocínio teórico é que a pesquisa foi estruturada. Os procedimentos metodológicos levaram em conta a complexidade e a multiplicidade de dimensões associadas à intercooperação. Por isso, a pesquisa foi ancorada nos enfoques qualitativo e quantitativo de forma complementar. As fontes de evidências empíricas foram oito experts do cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul e 54 dirigentes (presidentes, vice-presidentes e gestores) de 30 cooperativas associadas à Cooperativa Central Gaúcha Ltda. - CCGL. Os resultados revelaram a existência de cinco razões e catorze fatores condicionantes do desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário. As razões são: busca de eficiência; legitimidade; estabilidade; assimetria e reciprocidade. Já os fatores condicionantes são: gestão profissional; liderança; controle; clareza da doutrina; comprometimento; transparência; eliminar vaidades; projeto; comunicação; compensação; confiança; interdependência; invasão de área e problemas financeiros das cooperativas. Estas razões e os fatores estruturaram o processo de desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos no cooperativismo agropecuário (figura 10). Esta visão esquemática revela que, para o desenvolvimento de relacionamentos intercooperativos são necessários alguns antecedentes, que são as razões e alguns fatores condicionantes, que caracterizam o processo propriamente dito, alcançando os resultados esperados. O cooperativismo agropecuário por sua vez, apresenta limitações em expressar os fatores condicionantes. Estas dificuldades estão relacionadas, fundamentalmente, com o modelo de autogestão cooperativo e com as decisões dos dirigentes das cooperativas singulares. / In the last decades, terms as strategic alliances, partnerships, societies, conglomerates, consortiums, joint venture, nets and others gain expressiveness, even among traditionally competing enterprises. These are expressions of interorganizational relationships among non cooperative enterprises. On the other side, the cooperativism, guardian of the cooperation principle among cooperatives, named intercooperation, presents difficulties to express actions of this nature. In this way, the present research aimed to identify and to analyse the reasons and the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The specific objectives were: a) To describe the relationship of the agricultural cooperativism with the society; b) To analyse the importance of the intercooperation for the agricultural cooperativism; c) To identify which are the main reasons to develop relationships of intercooperation in the agricultural cooperativism; d) To check which are and what is the importance of the conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism; e) To check influences of different expressions of intercooperation in the agricultural cooperativism peculiarity; f) To understand why the agricultural cooperativism do not cooperate among each other with more intensity; g) To check what might be done to develop intercooperative relationships in the agricultural cooperativism h) To identify if there are specificities in the intercooperative relationships in relation to the interorganizational non-cooperative relationships. The theoretical construction observed the different focuses of the cooperation: cooperation under the biological and behavioral focus; under the social and human focus and under the economical focus, trying to disclose a cooperative human being. These different focuses of cooperation make possible and stimulate the emergence of interorganizational relationships; relationships with forms, reasons and aspects that make easy its development. Nevertheless, the agricultural cooperative model, in spite of being anchored in the cooperation among individuals, it has difficulties to express such relationships among different cooperative organizations. The research was structured following this theoretical reasoning. The methodological proceedings considered the complexity and the multiplicity of dimensions associated to the intercooperation. Therefore, the research was anchored in the qualitative and quantitative approaches of complementary form. The empirical evidences resources were eight experts of the cooperativism from Rio Grande do Sul State and 54 leaders (presidents, vice presidents and managers) of 30 cooperatives associated to the Central Cooperative from Rio Grande do Sul - CCGL. The results disclosed the existence of five reasons and fourteen conditioning factors of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism. The reasons are: searching for efficiency; legitimacy; stability; asymmetry and reciprocity. The conditioning factors are: professional management; leadership; control; clarity of the doctrine; compromising; transparency; to remove vanities; project; communication; compensation; confidence; interdependence; invasion of area and financial problems of the cooperatives. These reasons and the factors structured the process of intercooperative relationship development in the agricultural cooperativism (figure 10). This schematic vision shows that, for the intercooperative relationship development are necessary some precedent events, which are the reasons, and some conditioning factors which characterize the process reaching the expected results. The agricultural cooperativism presents limitations in expressing the conditioning factors. These difficulties are connected, fundamentally, with the cooperative model of self-management and with the decisions of the singular cooperatives leaders.
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Conditions and strategies affecting interagency collaboration in the development of critical incident stress management programsParsley, Lea Ann 06 August 2003 (has links)
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Competitividade em aglomerados regionais de micro e pequenas empresas de base tecnológica: o caso do Vale da Eletrônica brasileiro / Competitiveness in regional clusters of micro and small technology enterprises: the case of the Brazilian electronic valleySantos, Sandra Carvalho dos 10 July 2013 (has links)
O objetivo desse estudo é descrever a dinâmica competitiva que sustenta o fenômeno de concentração de empresas dos aglomerados regionais de micro e pequenas empresas de base tecnológica. Para responder essa questão, foi realizada uma pesquisa empírica de natureza qualitativa, adotando-se como estratégia o estudo de caso único do tipo descritivo, em um aglomerado brasileiro de micro e pequenas empresas de base tecnológica, que é formalmente caracterizado como um Arranjo Produtivo Local Eletroeletrônico e conhecido informalmente como Vale da Eletrônica. O aglomerado selecionado está localizado no município de Santa Rita do Sapucaí, Sul de Minas Gerais. O estudo é justificado por quatro fatores que se complementam mutuamente. São eles: (i) a importância das MPEs para as economias de países emergentes como o Brasil; (ii) a importância das aglomerações de MPEs para as políticas públicas desses países; (iii) a importância de se estudar empiricamente esses aglomerados; (iv) as lacunas existentes devido à complexidade e especificidade dos diferentes aglomerados. O estudo iniciou-se com uma revisão bibliográfica sobre aglomeração de empresas, competitividade e vantagem competitiva e competitividade de aglomerados de empresas, após então foi definido o modelo conceitual que orientou a etapa da pesquisa empírica. Os resultados obtidos na pesquisa empírica incluíram: (i) identificação e análise das características e especificidades do aglomerado escolhido como alvo do estudo; (ii) identificação do estágio evolucionário do APL; (iii) descrição da cadeia de valor do APL; (iv) identificação e análise dos principais fatores de competitividade do APL; e (v) proposição de um quadro (framework) para representar a dinâmica competitiva do APL. O estudo traz uma contribuição relevante para o avanço da compreensão e discussão dos fundamentos teóricos que potencializam e/ou sustentam a competitividade de aglomerados de negócios. Ao fornecer informações significativas sobre os aspectos competitivos de aglomerados de micro e pequenas empresas de base tecnológica, abre caminho para novas pesquisas em outros aglomerados e regiões inovadoras, ou mesmo para futuros aprofundamentos ou abordagens no mesmo aglomerado já estudado. / The aim of this study is to describe the competitive dynamics that underlies the phenomenon of concentration of regional cluster of micro and small technology-based companies. In order to answer this question, it was conducted a qualitative empirical research, adopting a descriptive case study in a Brazilian cluster of micro and small technology-based companies, which is formally characterized as an Electronics Local Productive Arrangement and informally known as Electronic Valley. The selected cluster is located in the municipality of Santa Rita do Sapucaí, South of Minas Gerais. The study is justified by four factors that complement each other. They are: (i) the importance of MSEs to the economies of emerging countries such as Brazil; (ii) the importance of clusters of MSEs for public policy of these countries; (iii) the importance of empirically study these clusters; and (iv) the existing gaps due to the complexity and specificity of the different clusters. The study began with a literature review about agglomeration of firms, competitiveness and competitive advantage and competitiveness of clusters. Further, it was defined the conceptual model that guided the stage of empirical research. The results obtained in the empirical research included: (i) identification and analysis of the characteristics and specificities of the cluster chosen as the study target; (ii) identification of the evolutionary stage of the cluster; (iii) description of the value chain of the cluster; (iv) identification and analysis of key factors of competitiveness of the cluster; and, finally, (v) propose a framework to represent the competitive dynamics of the cluster. The study provides an important contribution to the advancement of understanding and discussion of the theoretical foundations that enhance and / or sustain the competitiveness of business clusters. In order to provide significant information about the competitive aspects of clusters of micro and small technology-based companies, it opens the way for further research in other clusters and innovative regions or even for future insights or approaches in the same cluster.
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Estratégias colaborativas na indústria brasileira de jogos eletrônicosPerucia, Alexandre Souza 2008 March 1931 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:39:04Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação foi desenvolvida a partir dos conceitos de estratégias colaborativas, tendo como campo empírico de análise a indústria brasileira de jogos eletrônicos. O objetivo central do estudo foi identificar em que atividades as estratégias colaborativas são implementadas entre as empresas que desenvolvem jogos, baseando-se nas orientações da Matriz CPC (CHILD et al., 2005). A pesquisa empírica foi conduzida junto às empresas da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Games (ABRAGAMES), e a coleta de dados ocorreu em duas etapas: um levantamento quantitativo, que identificou 22 empresas da ABRAGAMES, e entrevistas realizadas em profundidade em nove empresas. Os resultados mostram uma tendência das empresas de promover a internalização das atividades de produção de um jogo. Entretanto, identificaram-se estratégias colaborativas em Edição, Criação e Desenvolvimento que trouxeram ganhos de flexibilidade, ganhos no desenvolvimento de novos produtos, co-especialização, ganhos de escala e de aprendi / This study was developed based on the concepts of collaborative strategies having, as the empirical field of analysis, the Brazilian electronic games industry. The main goal of this study was to identify in which activities collaborative strategies are present among game developers, based on the orientation of the CPC Matrix (CHILD et al., 2005). The empirical research was conducted with companies belonging to the Brazilian Game Developers Association (ABRAGAMES) and data was collected in two phases: a quantitative survey which gathered information from 22 ABRAGAMES associated companies, and interviews conducted with nine companies. The results show the tendency towards the internalization, by the companies, of most activities needed for games development. However collaborative strategies were identified in Publishing, Art creation and Development activities. These strategies provided developers with better flexibility to face environmental instability, collective rents with joint new product development, co-
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O papel das relações interorganizacionais na eficiência coletiva: o caso do arranjo produtivo local de agroindústrias e alimentos do Vale do Rio Pardo, Rio Grande do SulSchlesener, Fábio Fernando January 2017 (has links)
Este trabalho consiste em um estudo sobre o arranjo produtivo local (APL) de agroindústrias familiares e produtores de alimentos do Vale do Rio Pardo (APLVRP), reconhecido no Programa de APLs do estado, além de ser uma alternativa econômica aos produtores de tabaco na região. O objetivo foi avaliar a influência das relações interorganizacionais na eficiência coletiva do arranjo. Como quadro teórico, utilizou-se o conceito de eficiência coletiva, compreendendo que as externalidades não são suficientes para assegurar um desenvolvimento duradouro à aglomeração, necessitando a ação conjunta (SCHMITZ, 1997a). Para compreender a natureza das relações entre os atores, adotou-se a abordagem de redes (SOUZA, 2008), optando pela perspectiva analítica do estudo de redes (POWELL; SMITH-DOERR, 1994), baseando-se na concepção de imersão social (GRANOVETTER, 1985), segundo a qual as ações econômicas estão imersas em redes de relações sociais. Foi utilizada a imersão estrutural como enfoque (ZUKIN; DIMAGGIO, 1990), referindo-se à contextualização das trocas econômicas em padrões contínuos de relações interpessoais, admitindo-se na análise, contudo, outros tipos de imersão: política, cognitiva e cultural (Idem). Utilizando-se a abordagem qualitativa, o estudo foi conduzido através da estratégia de estudo de caso e pesquisa longitudinal com corte transversal, enfocando em momentos históricos da trajetória do arranjo desde 2012 até os dias atuais (VIEIRA, 2006). As principais fontes dos dados foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, observação e entrevista semiestruturada, utilizando-se análise de conteúdo (BARDIN, 1977). A análise histórica do arranjo permitiu concluir que os atores centrais que atuam no APL surgiram no contexto da produção de tabaco na região. Através da análise das inter-relações entre os atores do APL (imersão social estrutural), pôde-se compreender a ocorrência de alterações na configuração da rede (NOHRIA, 1992) – mudança da entidade gestora e a inclusão de novos atores na rede, como os produtores de alimentos in natura, permitindo a intensificação das ações conjuntas com as cooperativas, propiciando eficiência coletiva (SCHMITZ, 1997a) para o arranjo – ocasionadas pela ampliação do escopo de atuação do APL – um resultado da ação conjunta e mobilização de seus atores. Constatou-se a importância das relações inter-atores entre entidades de apoio, especialmente a EMATER, para superar dificuldades enfrentadas pelas agroindústrias, notadamente a informalidade no setor. A imersão social ajudou a compreender como a configuração dos relacionamentos entre os atores pode beneficiar intermediários e até agroindústrias de fora da região em detrimento dos produtores locais, limitando, portanto, a eficiência coletiva do arranjo. Identificaram-se externalidades positivas e negativas no arranjo, principalmente em decorrência da região ser um local de produção de tabaco. Por fim, observou-se a importância das políticas públicas locais no estímulo a APLs em fases iniciais de desenvolvimento. Entretanto, os resultados revelam as limitações da eficiência coletiva passiva, oriunda das externalidades. Nesse sentido, constata-se a necessidade da eficiência coletiva ativa (NADVI, 1996), através da ação de atores privados na geração de resultados duradouros para o arranjo. / This dissertation consists on a case study of the local productive arrangement (APL) of family food agroindustries and food producers of the Rio Pardo Valley (APLVRP), which is part of the APLs Program of the state, also as an economic alternative to the tobacco farmers in the region. The main objective was to evaluate the influence of interorganizational relations in the collective efficiency of the cluster. As a theoretical framework, the concept of collective efficiency was used, understanding that externalities are not sufficient to ensure a sustainable development of the cluster, requiring joint action (SCHMITZ, 1997a). In order to understand the nature of the relations between the actors, the networks approach (SOUZA, 2008) was adopted, opting for the analytical perspective of the study of networks (POWELL, SMITH-DOERR, 1994), based on the concept of social embeddedness (GRANOVETTER, 1985), according to which economic actions are embedded in networks of social relations. It focused of structural embeddedness (ZUKIN; DIMAGGIO, 1990), which refers to the contextualization of economic exchanges in continuous patterns of interpersonal relations, admitting in the analysis, however, other types of embeddedness: political, cognitive and cultural embeddedness (Id.). Using the qualitative approach, the study was conducted through the case study and cross-sectional longitudinal research strategy, focusing on historical moments of cluster’s trajectory (VIEIRA, 2006). The main data sources were: bibliographic research, documental research, observation and semi-structured interview, using content analysis (BARDIN, 1977). Historical analysis of the cluster allowed us to conclude that the central actors acting in the APL appeared in the context of tobacco production in the region. Through the analysis of the interrelations between the actors of the APL (structural social embeddedness), it was possible to understand the occurrence of changes in the network configuration (NOHRIA, 1992) – shift of the management entity and the inclusion of new actors in the network, as the producers of in natura foods, and the intensification of joint actions with the cooperatives, providing collective efficiency (SCHMITZ, 1997a) for the cluster – caused by the expansion of the scope of the APL, as a result of the joint action and mobilization of its actors. The importance of inter-actor relations between support entities, especially EMATER, was verified in order to overcome difficulties faced by agroindustries, especially informality in the sector. Social embeddedness helped to understand how the configuration of relationships between actors can benefit intermediaries and even agro-industries from outside the region to the detriment of local producers, thus limiting the collective efficiency of the arrangement. Positive and negative externalities were identified in the cluster, mainly as a result of the region being a tobacco production site. Finally, the importance of local public policies in stimulating APLs in the early stages of development was verified. However, the results reveal the limitations of the passive collective efficiency, arising from externalities. Thus, it is needed active collective efficiency (NADVI, 1996), through the action of private actors in generating enduring results for the cluster.
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A siderurgia brasileira a carvão vegetal: um estudo de arranjos verticais / The wood charcoal-based Brazilian siderurgy: an study of vertical arrengementsVaz, Samir Lótfi 05 October 2010 (has links)
Este estudo analisa aspectos que influenciam o desenvolvimento de arranjos verticais na siderurgia brasileira a carvão vegetal. Ele demonstra que produtores de ferro-gusa tendem a realizar mais parcerias e processos de verticalização ao longo da cadeia produtiva, e que tais mudanças devem influenciar positivamente a competitividade e desempenho ambiental das empresas do setor. Seus resultados decorrem do acompanhamento de treze casos, escolhidos por suas contribuições teóricas e pela capacidade de se capturar relatos históricos e em tempo real de processos envolvendo a formação de arranjos verticais. Eles indicam que parcerias e processos de verticalização ao longo da cadeia de valor representam alternativas de produtores de ferro-gusa para se reduzir incertezas, atender a pressões institucionais, obter ganhos em eficiência e atuar em mercados mais estáveis, lucrativos e diferenciados. O desenvolvimento desses arranjos depende de práticas de gestão específicas, no entanto. Por exemplo, a eficiência na verticalização a montante para as atividades envolvendo o carvão vegetal está associada a diversas economias de escala no processo, seja em etapas silviculturais ou de carbonização. A promoção de pequenas carvoarias do país está condicionada igualmente a parcerias intersetoriais, envolvendo siderúrgicas, instituições sem fins lucrativos, comunidade, agentes do governo, dentre outros. Já no âmbito da verticalização para as atividades de fundições de ferro e aciarias, observa-se que tal estratégia passa pelo desenvolvimento de competências relacionadas a habilidades comerciais e qualidade técnica na produção. Vale ressaltar que a dissertação apresenta níveis de análise avançados em relação à grande parte dos estudos sobre o tema, por adotar abordagem setorial e buscar elementos de diferentes perspectivas teóricas. Nesse sentido, merecem destaque em sua revisão de literatura discussões relativas a custos de produção, economia dos custos de transação, competição baseada em competências, escolhas estratégicas e teoria institucional. Em termos metodológicos, a pesquisa segue abordagem qualitativa, tem propósitos exploratórios e adota a estratégia de casos múltiplos. A coleta de dados consistiu principalmente de entrevistas semiestruturadas realizadas com vinte e sete pessoas de quinze diferentes organizações. Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas, e para o tratamento desse material foi seguida a técnica de análise de conteúdo, feita com o auxílio do software NVivo 8. A pesquisa indica ainda oportunidades estratégicas para as empresas do setor a partir de três possibilidades de aproximação entre agentes da cadeia produtiva: (i) integração vertical de guseiros para a produção de autopeças; (ii) formação de consórcios industriais para a produção de aço, e (iii) intensificação de alianças e polos industriais de siderúrgicas independentes. / This study conducts an analysis of influential aspects to the development of vertical relationships on the Brazilian steel industry that uses wood charcoal as raw material. It shows that pig iron producers tend to realize more partnerships and vertical integration processes along the value chain, and that these changes should improve the competitiveness and environmental performance of the overall sector. The results indicate that these strategies are applied by pig iron producers as an attempt to reduce uncertainties, comply with institutional rules, obtain efficiency gains and act on more stable, profitable and differentiated markets. Nevertheless, the development of these vertical relationships depends on specific management practices. For example, the upstream vertical integration to wood charcoal production activities is correlated to a lot of economies of scale, found on the silviculture or carbonization processes. The progress of Brazilian small charcoal producers is also reliant on intersectoral partnerships, involving companies, nonprofit organizations, communities, government agencies, among others. Considering the downstream vertical integration to steel and foundry activities, it is remarkable that this strategy goes throw the development of competences related to commercial abilities and superior technical quality on the production. It is important to highlight that this dissertation presents an advanced level of analysis comparing to the majority of studies about the topic, because it adopts a sectoral approach and pursuit elements of different theories. In this sense, the literature review is remarkable in its discussions about production costs, transaction cost economics, resource-based view of the firm, strategic choice and institutional theory. In methodological terms, the research follows a qualitative approach, has exploratory purposes and adopts the multiple case study strategy. The data analysis consisted specially on semi-structured interviews conducted with twenty seven executives of fifteen different organizations. All interviews were recorded, transcribed, and for the treatment of the data the content analysis technique was adopted, using for it the NVivo 8 software. The research also points out to strategic opportunities of the industry companies from three possibilities of vertical relationships along the value chain: (i) downstream vertical integration of pig iron producers to the automotive parts industry; (ii) formation of industrial condominiums to the steel production, and (iii) intensification of pig iron producers partnerships and industrial conglomerates.
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