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O anarquismo no movimento punk: cidade de São Paulo (1980-1990) / Anarchism in the punk movement: São Paulo city (1980-1990)

Oliveira, Valdir da Silva 15 October 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Valdir da Silva Oliveira.pdf: 343625 bytes, checksum: d24a5410bcf3c0f7d6960589b815ec29 (MD5) Previous issue date: 2007-10-15 / The present work comes from my experiences and concerns with the decade of the 1980 s. When living at Parque São Rafael, a district located on the east side of São Paulo city, I had the opportunity to witness the punk movement that grew in the city. Nevertheless, what really called my attention was the little, but growing, commitment to the punk movement with anarchist ideas which were expressed by its practices and experiences. The main aim of this reasearch is to analyse, discusss and study the anarchism in the punk movement, taking into account its political, social and cultural characteristics in São Paulo city. In order to analyse it, the study is based on documents, texts, enterviews, letters, articles and fanzines published by punk members of the studied historical period. We tried to give voice and visibility to historical individuals which actively integrated the punk movement and had relation to anarchist ideas in the decade of the 1980 s. We also bared in mind that the punks are social individuals living and interacting in society. It is known that those interactions are marked by struggles, resistance and interference in their search for indentity references in the city. So our intention is to make a contribuition to the debate and discussion about anarchism in the punk movement. This study does not include conclusions but discusses the ways and interactions in the punk movement related to anarchism as they aimed at an anarchist society. That attitude is still alive in many groups called anarcho-punks which continue their protests in São Paulo / A presente dissertação partiu de minhas inquietações vivenciadas na década de 1980. Morando no Parque São Rafael, Zona Leste da cidade de São Paulo, pude presenciar, cotidianamente, a mobilização punk que emergia com força e vitalidade na cidade. No entanto, o que mais me chamava atenção era o pequeno, mas crescente, engajamento do movimento punk com o anarquismo. Manifestado em suas práticas e experiências no processo de ocupação e vivências nos espaços e territórios da cidade. O objeto de pesquisa desse trabalho é refletir, discutir e estudar o anarquismo no movimento punk, suas incursões políticas, sociais e culturais na metrópole paulistana. Para isto, utilizamos como fontes os próprios discursos dos remanescentes punks da época pesquisada, através de relatos, textos e artigos publicados nos fanzines (meio de comunicação dos punks), cartas trocadas entre os integrantes do movimento e entrevistas com punks do período abordado, onde analisamos as tensões e disputas dos punks enquanto memória de vidas e lutas. Procuramos dar voz e visibilidade aos sujeitos históricos que interagiram, vivenciaram, discutiram e refletiram sobre o anarquismo no movimento punk, na década de 1980. O campo da memória foi abordado com a compreensão de que os punks são sujeitos sociais que interagem uns com os outros e com a sociedade como um todo. Compreendendo que essas interações estão permeadas de lutas, resistências e interferências na busca de referências identitárias nos espaços urbanos da cidade. Esperamos ter contribuído para o debate, as discussões e reflexões sobre o anarquismo no movimento punk. Entretanto, esta dissertação não apresenta conclusões e sim sondagens de caminhos que interagem uns com os outros. Pois o ideal punk de uma sociedade anarquista, onde não haja nenhum tipo de dominação e exploração, ainda persiste na postura e atitude de vários grupos denominados anarco-punks que continuam seu protesto nas ruas e praças da cidade de São Paulo
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Sentidos de participação e autoridade: um olhar sobre uma experiência comunitária / Meanings of participation and authority: a view over a communitarian experience

Terahata, Adriana Miritello 20 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:57:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Adriana Miritello Terahata.pdf: 1566273 bytes, checksum: 4af9fb132ceb83e27fbf8d3f457061ff (MD5) Previous issue date: 2008-06-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis looked into revealing how authority and participation are understood by educators and youths of educational projects developed in a suburban community in Sao Paulo. The purposes were to provide considerations about the meaning of authority and participation in the educative situation studied and, by means of providing constructed and systematized knowledge, contribute to dialogic and participative educational practices. When seeking such meanings, I tried to understand how such experiences work, instead of the concepts or definitions. I performed this search by means of interviews with educators and some youths participating in the projects and of interlocution with the work of Hannah Arendt. For the author, the responsibility for the world assumes the shape of authority, which results from the fact that the educator knows the world and is able to teach others about it; the author also states that we can destroy all that by molding the youths. From that situation, a challenge is born for the educational practice: presenting an existing world exercising authority and guaranteeing the new one that the youngster brings within; what can take place by means of participation experiences. Both the participation experience and the authority have close meanings for educators and youths. In the speech, there is a clear difference between authority (which dialogues) and authoritarian (which demands), but when describing the practice, the difference turned out to be subtle. Regarding the meaning of participation, a similar movement occurred, for the reason that when they described their thoughts on that matters, it was outlined the possibility of change of an unfair reality, but when the practice was described, the experiences brought were centered in the performance of home tasks. In both cases, the revealed meaning was related to personal life. Taking into account such elements, this paper tried to challenge the reader to think the participation of youths from this point of view: it can only be possible in a relation in which the reference of the adult authority is made present. And this presence is not linked to disciplinarian power, but to a work of listening and welcoming of the youths, since the adult-youth relation is asymmetric, demanding protection and respect / Essa tese procurou revelar como é compreendida a autoridade e a participação por educadores e jovens de projetos educacionais desenvolvidos em uma comunidade de periferia de São Paulo. Teve como objetivos propiciar uma reflexão sobre o sentido de autoridade e participação na situação educativa estudada e contribuir, disponibilizando o conhecimento construído e sistematizado, para práticas educativas dialógicas e participativas. Ao buscar tais sentidos procurei compreender como são essas experiências, e não os conceitos ou definições. Realizei tal busca por meio de entrevistas com as educadoras e alguns jovens participantes dos projetos e da interlocução com a obra de Hannah Arendt. Para a autora, a responsabilidade pelo mundo assume a forma de autoridade, que decorre do fato de o educador conhecer o mundo e ser capaz de ensinar outros a seu respeito; afirma também que podemos destruir tudo se moldarmos os jovens. Dessa situação nasce um desafio para a prática educativa: apresentar um mundo existente exercendo autoridade e garantir o novo que o jovem traz consigo; o que poderá ocorrer por meio de experiências de participação. Tanto a experiência de participação quanto a de autoridade têm sentidos próximos para educadoras e jovens. No discurso existe nítida diferença entre autoridade (que dialoga) e autoritário (que manda), mas, ao descrever a prática, a distinção se mostrou tênue. Com relação ao sentido de participação ocorreu movimento semelhante, visto que quando descreveram seus pensamentos a respeito, ficou destacada a possibilidade de mudança de uma realidade injusta mas, quando a prática foi descrita, as experiências trazidas estavam centradas na execução de tarefas domésticas. Em ambos os casos, o sentido revelado se relacionou com a vida privada. Tendo em vista esses elementos, essa tese buscou desafiar o leitor a pensar a participação de jovens a partir desse ponto de vista: ela só será possível em uma relação em que a referência do adulto autoridade se faça presente. E essa presença não se vincula à força disciplinadora, mas a um trabalho de escuta e acolhimento do jovem, pois a relação adulto-jovem é assimétrica, demandando proteção e respeito

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