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Uma aprendizagem, ou, o livro dos prazeres como bildungsromanSantos, Terezinha Goreti Rodrigues dos 11 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2006. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-11-23T22:38:43Z
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Previous issue date: 2006-11 / O objetivo da presente pesquisa é responder à pergunta se Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres - UALP, romance de Clarice Lispector, pode ser analisado como um romance de formação feminino.
A narrativa começa com uma vírgula, letra minúscula e a descrição do pensamento da protagonista, num momento de ansiedade. Não existe um enredo linear. Nos moldes da moderna literatura do século XX, exige-se do leitor uma participação ativa para as referências intertextuais, para a ambigüidade de uma leitura superficial e outra em palimpsesto e, principalmente, para as características de Bildungsromane femininos, como a forma epifânica do processo de iniciação feminino, a presença de um mentor masculino que não é o primeiro amante da protagonista, a ausência da mãe, a relação conflituosa com o pai e o rompimento com os padrões da sociedade patriarcal. Vale lembrar que essa é uma obra polêmica, apreciada por parte da crítica e julgada menor por alguns autores. Diane Marting e Rita Schmidt, entre outros, a consideram um Bildungsroman feminino. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The aim of this research is to establish if Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – UALP is a female Bildungsroman, or not. The narrative begins with a comma, a small letter and the description of the protagonist’s thoughts in a moment of anxiety. There is no linear plot. As usual in the modern literature of the XXth C., the reader is invited to actively participate, finding intertextual references, in the ambiguity of a superficial reading and another, in palympsest, and mainly to the characteristics of the female Bildungsroman, as, for instance, the epiphanic way of the female initiation process, the presence of a male mentor, who is not the protagonist’s first lover, the absence of the mother, the conflictous relationship with the father and the breaking with the patterns of patriarchal society. It’s worthy to remember that this is a polemic book, approved by some critics and considered failed by others. Diane Marting and Rita Schmidt, among others, consider UALP a female Bildungsroman.
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Fúria e Melodia : Clarice Lispector : crítica (d)e traduçãoMiroir, Jean-Claude Lucien 25 November 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-03-10T12:53:15Z
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2013_Jean-ClaudeLucienMiroir.pdf: 4889151 bytes, checksum: 1224484a4fabede3b3d16f17e2572bb3 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-03-10T14:13:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2013_Jean-ClaudeLucienMiroir.pdf: 4889151 bytes, checksum: 1224484a4fabede3b3d16f17e2572bb3 (MD5) / Este trabalho objetiva estudar o papel de Clarice Lispector como “crítica” da tradução de seu primeiro romance Perto do coração selvagem (1943), traduzido para o francês por Denise- Teresa Moutonnier, em 1954. O conceito de “Projeto de crítica produtiva” desenvolvido por Berman (1995) constitui um sólido arcabouço teórico desta tese para analisar o corpus de erros destacados pela escritora nessa primeira versão francesa. Nessa perspectiva, no primeiro capítulo, a leitura abrangente da crônica “Traduzir procurando não trair” (1968), uma das principais reflexões de Lispector sobre o ofício do tradutor, permitiu definir o perfil da escritora como “teórica” de tradução de textos dramatúrgicos à luz dos Think Aloud Protocols. Sua tradução da novela policial “Os três ratinhos cegos” de Agatha Christie, à qual ela se refere na crônica, ofereceu ao analista um corpus complementar pertinente, examinado por meio de uma “leitura distante” (distant reading), realizada com o apoio de ferramentas informáticas, a fim de definir os efeitos da “condensação” do texto traduzido para a literatura de massa (Reader’s Digest). A crônica revela ainda a interpretação do olhar de Lispector sobre suas próprias obras traduzidas em alemão e em inglês, completando a posição tradutória e, por conseguinte, crítica da escritora brasileira. Esta tese focaliza-se principalmente na CRÍTICA DAS TRADUÇÕES, assim, no segundo capítulo, uma ampla revisão dos ensaios teóricos disponíveis na área dos Estudos de tradução, como os de Reiss (1971), de Berman (1995) e de Hewson (2011), conduz à elaboração de um modelo reflexivo ad hoc para estabelecer uma crítica produtiva da tradução. Esse modelo é aplicado, num primeiro momento, para avaliar a tradução de “O missionário” de Claude Farrère (1921), publicada e realizada por Lispector, em 1941, contribuindo na definição de seu perfil de tradutora e, portanto, de crítica de tradução. A recepção da obra traduzida representa, no capítulo 3, uma etapa fundamental na concepção da crítica bermaniana. Por isso, dois textos críticos da recepção da tradução na Suíça (1954) e na França (1955) são analisados, bem como os dos principais críticos literários brasileiros da obra de estreia de Lispector em 1943 e 1944, para, numa abordagem sincrônica, comentar as reflexões que resultam das primeiras leituras dessa obra em português e, uma década depois, em francês. No capítulo 4, as cartas de Lispector trocadas com suas irmãs e a editora francesa Plon, que a convidou para fazer uma revisão a fim de assegurar a “fidelidade da estrutura estilística” da tradução, permitiram circunscrever o “escândalo” da tradução, destacado pela própria autora, no intuito de refletir a respeito do conceito de erro de/na tradução. A aplicação do modelo crítico ad hoc aos primeiros capítulos de Perto do coração selvagem, cotejados com suas respectivas traduções, contribuiu para avaliar a crítica de Lispector e para ponderar as anátemas dirigidas à primeira tradutora de sua obra, Denise-Teresa Moutonnier. Para completar este estudo, uma reflexão sobre o erro e o acerto (“a fúria e a melodia”) na tradução foi engajada numa perspectiva filosófica (Spinoza) e do ponto de vista de tradutores profissionais brasileiros no século XXI a fim de destacar a pertinência desses dois conceitos para a crítica das traduções produtiva. ____________________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / L’objectif de ce travail est d’étudier le rôle de la romancière brésilienne Clarice Lispector en tant que « critique » de la traduction de son premier roman Près du coeur sauvage (1943), traduit en langue française par Denise-Teresa Moutonnier, en 1954. Le concept de « Projet de critique productive » développé par Berman (1995) constitue un solide cadre théorique pour cette recherche afin d’analyser le corpus d’erreurs relevées par l’auteure dans cette première version en français. Dans cette perspective, au premier chapitre, la lecture approfondie de la chronique « Traduzir procurando não trair » [Traduire en essayant de ne pas trahir] (1968), une des principales réflexions de Lispector sur la tâche du traducteur, a permis de définir le profil de l’auteure comme « théoricienne » de traduction de textes dramaturgiques selon les principes du Think Aloud Protocols. Sa traduction du roman policier « Three Blind Mice » d’Agatha Christie, à laquelle elle se rapporte dans la chronique, a offert à l’analyste un corpus complémentaire pertinent, examiné au moyen d’une « lecture distante » (distant reading), réalisée avec l’aide d’outils informatiques, dans le but de définir les effets de la « condensation » du texte traduit pour la littérature de masse (Reader’s Digest). La chronique révèle en plus l’interprétation du regard de Lispector sur ses propres oeuvres traduites en allemand et en anglais, complétant ainsi la posture traductologique et, par conséquent, critique de la romancière brésilienne. Cette thèse se focalise principalement sur la CRITIQUE DES TRADUCTIONS, ainsi, au second chapitre, une vaste révision des essais théoriques disponibles dans le domaine de la Traductologie, comme ceux de Reiss (1971), de Berman (1995) et de Hewson (2011), conduit à l’élaboration d’un modèle de réflexion ad hoc pour établir une critique productive de la traduction. Ce modèle est appliqué, dans un premier moment, pour évaluer la traduction « Le missionnaire » de Claude Farrère (1921), publiée et réalisée par Lispector, en 1941, contribuant à la définition de son profil de traductrice et, donc, de critique de traduction. La réception de l’oeuvre traduite représente, au chapitre 3, une étape fondamentale dans la conception de la critique bermanienne. À cet effet, deux textes critiques de la réception de la traduction en Suisse (1954) et en France (1955) sont analysés, ainsi que ceux des principaux critiques littéraires brésiliens de ce premier livre de Lispector en 1943 et 1944, pour, dans une approche synchronique, commenter les réflexions qui résultent des lectures novatrices de cette oeuvre en portugais et, une décennie plus tard, en français. Au chapitre 4, les lettres de Lispector échangées avec ses soeurs et la maison d’édition française Plon, qui l’a invitée pour faire une révision afin d’assurer la « fidélité de la structure stylistique » de la traduction, ont permis de circonscrire le « scandale » de la traduction, relevé par l’auteure elle-même, dans le but de réfléchir sur le concept d’erreur de/en traduction. L’application du modèle critique ad hoc aux premiers chapitres de Près du coeur sauvage, collationnés avec leurs respectives traductions, a permis d’évaluer la critique de Lispector et de pondérer les anathèmes dirigés à la première traductrice de son oeuvre, Denise- Teresa Moutonnier. Pour compléter cette étude, une réflexion sur l’erreur et la réussite (« la furie et la mélodie ») en traduction a été engagée dans une perspective philosophique (Spinoza) et du point de vue de traducteurs professionnels brésiliens au XXIe siècle dans le but de mettre en évidence la pertinence de ces deux concepts pour la critique des traductions productive. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work aims to study the role of Clarice Lispector as a “critic” in the translation of her first novel, Near to the Wild Heart (1943), translated into French by Denise-Teresa Moutonnier, in 1954. The concept of “productive criticism” developed by Berman (1995) forms a sound theoretical framework for this thesis to analyze the corpus of errors highlighted by the writer in this first French version. From this perspective, in the first chapter, a comprehensive reading of the article “Translating Attempting not to Betray” (1968), one of Lispector’s main reflections on the craft of the translator, allowed the profile of the writer to be defined as “theorist” of translation of dramaturgical texts in the light of Think Aloud Protocols. Her translation of the detective story “Three Blind Mice” by Agatha Christie, to which she refers in the article, offers a relevant supplementary corpus to the analyst, examined by means of distant reading, performed with the support of computer tools in order to define the effects of “condensation” of the text translated for mass literature (Reader’s Digest). The article further reveals the interpretation, from the point of view of Lispector, of her own works translated into German and English, completing the Brazilian writer’s position on translation and, consequently, criticism. This thesis focuses mainly on the CRITICISM OF TRANSLATIONS, as well as, in the second chapter, a comprehensive review of the theoretical essays available in the field of Translation Studies, such as those of Reiss (1971), Berman (1995) and Hewson (2011), leading to the establishment of an ad hoc reflective model to develop a productive critique of translation. This model is applied, initially, to assess the translation of “The Missionary”, by Claude Farrère (1921), performed and published by Lispector, in 1941, contributing towards defining her profile as a translator and, therefore, translation critic. The reception of the translated work represents, in Chapter 3, a fundamental step in the conception of Bermanian criticism. Accordingly, two texts critical of the reception of translation in Switzerland (1954) and in France (1955) are analyzed, as well as those of the major Brazilian literary critics of Lispector’s debut work in 1943 and 1944, in order to comment, from a synchronic perspective, on the reflections resulting from the first readings of this work in Portuguese and, a decade later, in French. In Chapter 4, the letters Lispector exchanged with her sisters and the French publisher Plon, that invited her to review the translated work in order to ensure the “fidelity of the stylistic structure”, permitted the containment of the “scandal” of the translation, highlighted by the author herself, with the aim of reflecting on the concept of errors of/in translation. The application of the ad hoc critical model to the first chapters of Near to the Wild Heart, collated with the respective translations, contributed towards assessing Lispector’s critique and deliberating the anathemas directed at the first translator of her work, Denise-Teresa Moutonnier. To complete this study, a reflection on errors and accuracy in translation was implemented from a philosophical perspective (Spinoza) and from the point of view of professional Brazilian translators in the twenty-first century, in order to highlight the relevance of these two concepts to the critique of productive translations.
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Descentramentos e umbrais : Um sopro de vida (Pulsações), de Clarice LispectorRiobueno González, Yhana Milagros January 2006 (has links)
Partindo da consideração geral de que a obra de Clarice Lispector constitui uma totalidade múltipla formada por diversas partes de um conjunto narrativo único, propomo-nos fazer um corte virtual e nos determos na leitura de Um sopro de vida (Pulsações), obra póstuma publicada em 1978. Observando nela uma aguda consciência da linguagem entendida como forma de conhecimento e autoconhecimento veiculada pela experiência literária, partimos assim da reflexão da linguagem como logos e sobre a realidade como representação que se constrói na linguagem. Nossa hipótese orienta-se para mostrar que a obra de Clarice Lispector estabelece com a tradição platônico-aristotélica uma relação “descontínua” e por isso muito mais próxima das tradições filosóficas orientais, principalmente do budismo. Retomando uma das reflexões de Jaques Derrida, observamos então como a obra desta escritora parte de um centro para provocar um “descentramento”, alcançando assim um novo estatuto do discurso sem fonte, sujeito ou centro absolutos, partilhando com os mitos o seu caráter de palavra reveladora e epifânica. Esses descentramentos, presentes em boa parte do pensamento platônico e aristotélico, desaparecem posteriormente da superfície do pensamento ocidental mantendo-se submersos na literatura. É precisamente ali onde se depositam as imagens, mitos, metáforas e toda a grande variedade das formas atópicas e descentradas do conhecimento, nas quais a obra de Clarice Lispector encontra um lugar privilegiado. Partindo dessa consideração, propomos que a obra desta escritora estabelece um logos fronteiriço, intersticial, intervalar, que encontra no limes, no umbral, o lugar de sua emergência. Nesse umbral o logos adquire uma relevância ontológica: em Clarice Lispector o logos é o ser. Assim, segundo mostramos na leitura de Um sopro de vida (Pulsações), é através desse logos fronteiriço que o pensamento atinge aquilo que somos “atrás do pensamento”, uma verdade indizível e incomunicável. Essas colocações nos conduzem através do pensamento oriental até a filosofia do budismo: analisando cada uma das partes de Um sopro de vida (Pulsações) desde o título, as epígrafes e a própria estrutura da narrativa, a última parte do trabalho estuda especificamente seus pontos de encontro com o clássico do budismo tibetano conhecido como O livro tibetano dos mortos.
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Clarice Lispector e o contador de histórias : literatura, recepção e performanceFrison, Samuel January 2015 (has links)
Os contadores de história da contemporaneidade são bons ouvintes e ávidos leitores. O tema deste trabalho trata da recepção e performance da obra de Clarice Lispector pelo contador de histórias. Engloba aspectos afetivos da leitura do contador de histórias, a partir do material escrito, como parte de um repertório pessoal para a dimensão da movência como o professado por Paul Zumthor. Por tratar-se de uma pesquisa qualitativa, com perspectivas da recepção, utilizou-se a metodologia da “entrevista compreensiva” proposta por Maria de Lourdes Patrini. Os referenciais teóricos que discutem o papel do contador de histórias na cultura, a pesquisa de seu repertório, a movência do texto clariceano e sua performance são derivados do paradigma da ecologia dos saberes, proposto por Boaventura Santos. Portanto, o caráter dialógico e interdisciplinar desta pesquisa inclui áreas da literatura, das artes e das ciências humanas. São contemplados para as discussões autores como Mikhail Bakhtin, Leon Vigotski, Humberto Maturana, Regina Machado, Hans Robert Jauss entre outros. Por meio de questionário e de observação filmada sobre a experiência da performance com a comunidade de ouvintes, espera-se contribuir com a pesquisa da cultura oral das práticas do contador de histórias contemporâneo, apontando sua importância dentro dos estudos acadêmicos na área de Letras. Também se espera relevar a literatura infantil e juvenil de Clarice Lispector como um projeto inovador, uma vez que exige um leitor curioso para pensar as questões da existência, num processo sempre partilhado e interativo de escritura-leitura-contação. O resultado foi a percepção da identificação do contador com o texto clariceano que remonta muitas histórias e memórias de leitura e afetos. O texto clariceano revelou também a persona da escritora enquanto mãe e contadora, num diálogo muito próximo com o leitor-ouvinte mirim, renovando a concepção do gênero e mantendo uma relação de continuidade e inovação com seus antecessores. / The contemporaneity of the storytellers are good listeners and avid readers. The theme of this tesis deals the reception and performance from children and youth stories written by Clarice Lispector by storytellers. Encompasses affective aspects of reading storyteller, from the written material, as part of a personal repertoire for the size of move on as professed by Paul Zumthor. As this is a qualitative research with prospects reception, we used the methodology of "comprehensive interview" proposed by Maria de Lourdes Patrini. The theoretical references that discuss the role of the storyteller in the culture, the search of his repertoire, the moving clariceano the text and its performance are derived from the paradigm of the knowledge ecology, proposed by Boaventura Santos. Therefore, the dialogic and interdisciplinary nature of this work includes the fields of literature, the arts and the humanities. Are contemplated for the authors discussions as Mikhail Bakhtin, Leon Vygotsky, Humberto Maturana, Regina Machado, Hans Robert Jauss and others. By questionnaire and observation filmed on the experience of performance with the community of listeners, is expected to contribute to the research of oral culture of the practices of contemporary storyteller, pointing their importance within the academic studies in literature area. It is also intended to reveal the children's and youth literature of Clarice Lispector as an innovative project, since it requires a curious reader to think about the questions of existence, a process always shared and interactive writing-reading-telling. The result was the realization of the meter identification with the clariceano text dating back many stories and reading memories and affections. The clariceano text also revealed the author persona as mother and accountant, a very close dialogue with the reader-listener mirim, renewing the concept of gender and maintaining a continuity and innovation with their predecessors.
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A pontuação do silêncio : uma análise discursiva da escritura de Clarice LispectorLisbôa, Noeli Tejera January 2008 (has links)
Cette étude a pour objet le rapport entre le silence — en tant que réel du discours —, le langage et l’idéologie, à partir d’une analyse discursive de l’écriture de Clarice Lispector. Son point de départ c’est l’analyse de la ponctuation comme lieu privilégié de manifestation du silence, et comme marque de la singularité de la syntaxe du texte claricean. Au premier chapitre nous nous sommes consacrés à l’Analyse du Discours — AD — à travers de l’exposition des plusiers aspects des différentes théories du langage qui sont à la base de notre choix théorique. Au second chapitre, notre thème c’est l’objet littéraire et ses rapports avec l’Analyse du Discours, où nous soutenons qu’à partir de la définition barthésiennne de l’écriture, littérature et AD se rencontrent comme critiques du langage, bien que par des chemins distincts. Au troisième chapitre, nous considérons la nécessité d’une analyse discursive pour rendre compte de la ponctuation, particulièrement, au sujet de l’écriture de Clarice Lispector. Cette option est le résultat du fait que, dans le texte claricean, toutes les règles ponctuationelles ont été rompues, tout en provocant, au même temps, la rupture aves les notions de genre et texte, par le questionnement, en outre, de la nécessité d’un début et d’une fin textuelle. Nous faisons, aussi, l’analyse du fonctionnement de la ponctuation en tant que marque linguistique du silence dans l ‘oeuvre de l’écrivain. Au dernier chapitre, nous reprenons les analyses déjà faites à fin d’approfondir les rapports entre silence et idéologie, tout en montrant les rapports entre le silence et les notions du cadre théorique de l’Analyse du Discours et le lieu du silence dans l’écriture de Clarice. Cette étude ce conclut par la présence du silence, qui se trouve sous-jacent dans toutes les notions du cadre théorique de l’AD, telles qu’elles sont formulées par Michel Pêcheux. Nous essayons aussi d’approcher les réflexions sur le langage, développées par l’écrivain Clarice Lispector à travers la pratique de son écriture, avec les réflexions théorisées par l’Analyse du Discours, toutes les deux dédiées à une activité critique du langage. Pour finir, nous essayons de montrer la manière comme, dans l’oeuvre de Clarice, en tant que réel du discours, le silence se place comme une critique à l’idéologie. / O presente trabalho trata sobre as relações entre o silêncio, enquanto real do discurso, linguagem e ideologia a partir de uma análise discursiva da escritura de Clarice Lispector. Toma como ponto de partida para a análise a pontuação como espaço privilegiado de manifestação do silêncio, e marca da singularidade da sintaxe do texto clariceano. No primeiro capítulo, fazemos uma opção pela Análise do Discurso — AD —, expondo os aspectos diferenciais das diversas teorias da linguagem que estão na base da nossa escolha teórica. No segundo capítulo, discutimos a questão do objeto literário e suas relações com a Análise do Discurso, mostrando que, a partir da definição barthesiana de escritura, literatura e AD se encontram como críticas da linguagem, embora por vieses diversos. No terceiro capítulo, abordamos a necessidade de uma análise discursiva para dar conta da pontuação, especialmente, no que diz respeito à escritura de Clarice Lispector. Isto porque, no texto clariceano, todas as regras pontuacionais são rompidas, promovendo, juntamente, um rompimento com as noções de gênero e texto, ao questionar, inclusive, a necessidade de um início e um fim textual. Analisamos, ainda, o funcionamento da pontuação como uma marca lingüística do silêncio na obra da escritora. No último capítulo, retomamos as análises já feitas para aprofundar as relações entre silêncio e ideologia, demonstrando as relações entre o silêncio e as noções do quadro teórico da Análise do Discurso e o funcionamento do silêncio na escritura de Clarice. Ao final, esta dissertação conclui pela presença do silêncio, subjacente a todas as noções do quadro teórico da AD, tal como formuladas por Michel Pêcheux. Aproxima, ainda, as reflexões sobre a linguagem, desenvolvidas pela escritora Clarice Lispector na prática de sua escritura, das reflexões teorizadas pela Análise do Discurso, ambas numa atividade crítica da linguagem. E, por último, demonstra como o silêncio, na obra de Clarice, enquanto real do discurso, funciona como uma crítica à ideologia.
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Do reinado do autor a seu estilhaçamento na escritura nos romances de introspecção : Lúcio Cardoso e Clarice LispectorCamacho Alvarez, Adriana Carina January 2009 (has links)
Na história literária, o século XX é o século do romance. E, especificamente, do romance moderno, que irá refletindo as transformações sofridas pelo homem e pela sociedade em um período tão turbulento da história da humanidade. O nosso trabalho aborda a obra romanesca de dois autores brasileiros, Lúcio Cardoso e Clarice Lispector, para mostrar como essa grande mudança se manifesta no seio da literatura brasileira. Também se propõe analisar as relações entre conteúdo e forma no trabalho de ambos os escritores e na sua ligação com os tipos de romance que cultuaram (romance tradicional ou romance moderno). O tratamento outorgado, nas suas obras - romances de introspecção -, aos aspectos mais importantes da forma romanesca, como a história, a intriga, o tempo, as personagens, o narrador, bem como os recursos poéticos empregados e o plurilingüismo da linguagem, determinarão, não apenas a sua localização na história literária, mas, mais profundamente, delatarão a postura do autor em face da realidade ou da vida. Por isso, no nosso trabalho, consideramos importante resgatar a visão do mundo que anima Lúcio Cardoso e Clarice Lispector e tentamos mostrar até que ponto ela é determinante do trabalho dos escritores sobre a palavra, ou, no sentido inverso, o quanto a lavor sobre a palavra pode ir moldando uma espécie de pensamento indeterminado (termo que tomamos de empréstimo a Georges Poulet), que, por sua vez, irá alimentando as novas incursões no domínio poético. Neste último caso, deparar-nos-emos, não mais com um Autor, cuja intenção controla e domina o jogo da criação, mas com um escritor que ensaia, a cada nova obra, uma forma de se aproximar cada vez mais daquilo que Roland Barthes sintetizava como "inexprimir o exprimível", isto é, driblar o autoritarismo da linguagem e assim, poder "tirar ouro do carvão" (HE, p. 31): achar e sugerir, sob a fachada da linguagem e da realidade, o signo do que transcende linguagem e realidade e que, mais verdadeiro do que estas, atinge o cerne do Ser (Real) e não mais apenas os seres e as coisas. / En la historia de la literatura, el siglo XX es el siglo de la novela. Y, específicamente, de la novela moderna, que irá reflejando las transformaciones sufridas por el hombre y por la sociedad en un período tan turbulento de la historia de la humanidad. Nuestro trabajo aborda la obra novelesca de dos autores brasileños, Lúcio Cardoso y Clarice Lispector, para mostrar cómo ese gran cambio se manifiesta en el seno de la literatura brasileña. También se propone analizar las relaciones entre contenido y forma en el trabajo de ambos escritores y en su vinculación con los tipos de novela que cultivaron (novela tradicional o novela moderna). El tratamento otorgado, en sus obras -novelas de introspección-, a los aspectos más importantes de la forma novelesca, como la historia, la intriga, el tiempo, los personajes, el narrador, así como los recursos poéticos empleados y el plurilingüismo del lenguaje, determinarán, no solo su situación en la historia literaria, sino que además, más profundamente, delatarán la postura del autor de cara a la realidad o a la vida. Por eso, en nuestro trabajo, consideramos importante rescatar la visión de mundo que anima a Lúcio Cardoso y a Clarice Lispector e intentamos mostrar hasta qué punto la misma determina el trabajo de los escritores sobre la palabra o, en el sentido inverso, en qué medida la labor sobre la palabra puede ir forjando una especie de pensamiento indeterminado (término que pedimos prestado a Georges Poulet), que, a su vez, irá alimentando las nuevas incursiones en el dominio poético. En este último caso, nos toparemos, ya no con un Autor, cuya intención controla y domina el juego de la creación, sino con un escritor que ensaya, en cada nueva obra, una forma de acercarse cada vez más a aquello que Roland Barthes sintetizaba como "inexpresar lo expresable", o sea, burlar el autoritarismo del lenguaje y, así, poder "sacar oro del carbón" (HE, p. 31): encontrar y sugerir, bajo la fachada del lenguaje y de la realidad, el signo de lo que trasciende lenguaje y realidad y que, más verdadero que ellos, alcanza el núcleo del Ser (Real) y ya no tan solo a los seres y las cosas.
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Clarice Lispector cronista: autofiguración, estilo y tecnología en algunas crónicas publicadas en el Jornal do Brasil (1967-1973) / Macarena Mallea Toledo ; profesoras guía: Claudia Darrigrandi Navarro y Natalia Cisterna Jara. Clarice Lispector cronista: autofiguración, estilo y tecnología en algunas crónicas publicadas en el Jornal do Brasil (1967-1973)Mallea Toledo, Macarena January 2018 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Literatura / El presente trabajo de investigación tiene por objeto estudiar y analizar una selección de 14 crónicas escritas por Clarice Lispector para el Jornal do Brasil, en tanto estas son representativas para la lectura de tres temas fundamentales en la propuesta cronística de la autora: (1) la ubicación del yo en el centro de sus textos en conjunto con la reflexión en torno al estilo que asume en el ejercicio de este género; (2) la representación de la máquina de escribir como una extensión del sujeto escritural; y (3) el espacio privado en tanto lugar propicio para su producción cronística. Desde mi lectura, se entiende que la autora propone un nuevo tipo de crónica que cruza estas tres áreas, que desarrollo en cada uno de los capítulos de esta tesis, y que la construyen en una escritora incómoda con el género y, en base a ello, en constante autofiguración.
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Uma alegria difícil: A Paixão segundo G.H., de Clarice LispectorCunha, Wesclei Ribeiro da January 2009 (has links)
CUNHA, Wesclei Ribeiro. Uma alegria difícil: A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. 2009. 141 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-07-16T14:04:31Z
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Previous issue date: 2009 / A presente Dissertação pretende verificar a consolidação de um novo estilo de escrita, resultante do processo de formação literária e cultural de Clarice Lispector (1920-1977), sobretudo no que concerne à apropriação e transformação de leituras realizadas por ela, para análise e interpretação de A paixão segundo G.H.(1964). Para tanto, apresentaremos o contexto em que se insere o universo ficcional clariceano, sedimentado por uma fortuna crítica da obra em estudo, a partir das categorias “campo literário” e “contexto”, juntamente com as idéias de “paratopia do escritor” e “tribos” literárias, categorias desenvolvidas, respectivamente, por Pierre Bourdieu, com As regras da arte (1996) e Dominique Maingueneau, com O contexto da obra literária (2001), a fim de compreender e discutir a condição da escritora em face do embate de forças ideológicas, históricas, filosóficas, literárias, em conflito ao longo da elaboração de sua obra. Dessa forma, faremos um levantamento de leituras de Clarice Lispector e destacaremos as influências de leitura exercidas pelas obras O lobo da estepe (1927), de Hermann Hesse e Crime e Castigo (1866), de Fiodor Dostoievski, utilizando os processos metodológicos de análise e interpretação comparativas, para, com isso, investigar o confronto da escritora com a linha dominante do romance brasileiro, marcado, principalmente, pelo viés sociológico, compreendendo a poética clariceana numa continuidade, uma tradição. Refletiremos, com isso, acerca dos desdobramentos do processo de desleitura da escritora, no tocante às relações intrapoéticas, bem como quanto ao confronto de sua poética com a tradição literária brasileira, sob a concepção de influência do crítico Harold Bloom, em A Angústia da influência (1991) e O mapa da desleitura (1995). Pretendemos, assim, fazer uma análise da superação das influências de leituras, a partir da qual podemos perceber a construção de uma nova obra, como expressão de uma autoria “autônoma”, sob as categorias estilo, linguagem e escritura, na concepção barthesiana, com O grau zero da escrita (1953) e O rumor da língua (1977), bem como verificaremos a importância do recurso intertextual paródico, nesse processo de desapropriação poética. Portanto, é mister à tessitura poética de A paixão segundo G.H. a contestação, a descoberta de novas possibilidades de leitura da realidade, como também podemos verificar uma problematização de como se engendra a construção do texto metafórico, por meio de uma via crucis imanentista, do ser e da linguagem, o “esforço humano” de Clarice Lispector, a sua paixão: uma “alegria difícil”. Este trabalho integra a pesquisa “Histórias de Leitura: Bibliotecas Pessoais”, sob a Coordenação da Profª. Drª. Odalice de Castro Silva, do Programa de Pós-Graduação em Letras – Literatura Brasileira, da Universidade Federal do Ceará. / Cette Dissertation a l’intention de vérifier la consolidation d’un nouveau style d’écriture, résultant du processus de formation littéraire et culturelle de Clarice Lispector (1920-1977), surtout concernant l’appropriation et la transformation des lectures faites par elle même, pour l’analyse et l’interpretation de La passion selon G.H.(1964). Dans ce travail, nous présentons le contexte où l’univers fictionnel clariceano s’insère, basé sur les critiques de l’oeuvre étudiée d’après les catégories “champs littéraire” et “contexte” alliés aux idées de la “paratopie de l’écrivain” et des “tribus” littéraires, catégories developpées, par Pierre Bourdieu, dans Les Règles de l’Art (1996) et Dominique Maingueneau, dans l’oeuvre Le contexte de l’oeuvre littéraire (2001), afin de comprendre et discuter la condition de l’écrivaine face au combat d’idées entre les forces des ideologies, les forces historiques, philosophiques, littéraires, en conflit tout au long de sa création. A partir des lectures de Clarice Lispector, nous mettons en évidence l’ influence de la lecture de l’oeuvre Les loups des Steppes (1927), de Hermann Hesse et Crime et Chatiment (1866), de Fiodor Dostoievski, utilisant les processus méthodologiques d’analyse et d’interpretation comparatives, pour scruter sur la mise en présence de l’écrivaine face à la ligne dominante do roman brésilien, marqué, principalment, par le biais sociologique, comprenant la poétique clariceana dans une continuité, dans une tradition. Nous reflechissons à propos des débordements du processus de desappropriation de l’écrivain, en ce qui concerne les relations intrapoétiques et le conflit entre sa poétique et la tradition littéraire brésilienne sous le concept de Harold Bloom, dans L’angoisse de l’influence(1991). Nous proposons une analyse où l’auteur a surmonté l’influence des lectures, et a créee une nouvelle oeuvre, comme l’expression d’un auteur “autonome”, sous les categories style, langage et écriture chez Barthes, avec “Le degré zéro de l’écriture” (1953) et “Le bruissement de la langue” (1977) et nous attestons l’importance des outils intertextuels en parodie dans le processus de desappropriation poétique. Alors, c’est remarquable dans la tessiture poétique de La passion sélon G.H. l’action de contester, la découverte d’autres modes de lecture de la realité, et aussi la façon de problématiser la construction du texte métaphórique, a ravers la via crucis imanentiste, de l’être et du langage, “l’effort humain” de Clarice Lispector, sa passion: une “joie diffícile”. Ce travail intègre la recherche “Histoires de Lecture: Bibliothèques Personnelles”, qui appartient au Groupe de Recherche “ Les spaces de la Lecture: « Canons et Bibliothèques », sous la direction de la professeure. D.a. Odalice de Castro Silva, du Programme de Pós-Graduation en Lettres–Secteur Littérature Brésilienne, de l’Université Féderale du Ceará.
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Alteridade e silêncio em A paixão segundo G. H de Clarice LispectorPereira, Carlos Alberto Rodrigues 13 June 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-06-13 / This study has for main purpose to focus, in A paixão segundo G.H., by Clarice
Lispector, some manifestations of otherness that are showed in this novel, emphasizing
the role of the others in the construction of the identity of the character. Firstly, these
manifestations are analyzed under the point of view of the others who are located
externally, and have the same kind of social life than the protagonist. Therefore, these
people accept the protagonist without any contestation of her image. On the other hand,
there is Janair, the maid of G.H., considered by us a type of antagonist, because she
doesn t share the same social space and the same narrator s world vision, then the maid
assumes an objection position about the employer s way of life, disclosing others
features of the protagonist. Next, the work shows the autograph as a way to the
personage reveals another person who is herself, so, when she takes the decision to
narrate her own history the personage reaches, as author, the necessary distance to
understand the epifanical greatness of the facts that happens with her, as personage, on
the anterior day.
At this moment, the narrative acts as a discovery instrument of her interior
experience, so the character gets to assimilate the silence as a significant element to
understand her process of revelation, of which top happens in a meeting with a
cockroach. The principal aims of this research, therefore, are the otherness, observed
under different prisms, the self-writing as a form to comprehend facts that seemed
disconnected and the silence considered as a relevant element of the interior trajectory
of the protagonist / Este estudo tem por principal finalidade focalizar, em A paixão segundo G.H. (1964),
de Clarice Lispector, determinadas manifestações da alteridade presentes nesta obra,
destacando o papel que exercem como pressupostos da construção identitária da
personagem. Inicialmente, sob o ponto de vista dos outros que se posicionam
exteriormente à protagonista, destacam-se aqueles que a ela se equivalem,
socialmente falando, os quais, exatamente por esse fato, aceitam sem nenhuma
contestação a imagem de si mesma que G.H. apresenta. Por outro lado, Janair, a
empregada de G.H., por não compartilhar o mesmo espaço social e a mesma visão de
mundo da personagem, assume uma posição de questionamento em relação aos
valores cultivados pela patroa e a tudo o que ela parece ser, tornando-se dessa
maneira uma espécie de antagonista e relevando aspectos de G.H. que ela mesma não
conhecia. Em seguida, o trabalho se volta para a autografia como meio pelo qual a
personagem evidencia um outro indivíduo que é ela mesma, pois, ao tomar a decisão
de narrar a sua própria história, a personagem atinge, como autora, o devido
distanciamento necessário à compreensão dos fatos de grandeza epifânica, a ela
sucedidos, como personagem, no dia anterior.
Nesse momento em que a narrativa atua como instrumento de decifração de sua
experiência interior, a personagem passa a assimilar o silêncio como elemento
significativo do processo cuja culminação ocorre inesperadamente no encontro com
uma barata. Os objetos primordiais dessa pesquisa, portanto, são: a alteridade vista
sob diferentes prismas a auto-escrita como forma de entendimento de fatos
inicialmente desconexos e o silêncio, considerado como elemento significativo na
trajetória interior da personagem
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As instâncias do silêncio em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector / The urgings of silence in The Hour of the StaRibeiro, Érika Cintra 26 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-26 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / Our research is centered in A Hora da Estrela(1977), and investigates the language
of silence in its relation with character Macabea, who is inscribed in the discourse of
a narrator Rodrigo who is also the one responsible for the creation of the
character and of the book, and who assumes author s duplicity with Clarice Lispector.
In spite of the existing studies about this novel which follow this line of research, such
as the ones by Homem (2001) and Lisbôa (2008), here we reflect about the silence
from the point of view of what is said, not said, and implicit that is established in
Macabea s discourse in her dialogical relation with characters Olímpico and Rodrigo
(the narrator and author of the narrative). It is in this context that we come up with the
manifestations of silence appearing in the expressions, reproving, punctuations, and
paratexts, where the author s silence becomes visible. The theoretical fundaments of
this research concentrate on silence built in the discourse level, either in the sense of
inaugural language (Orlandi, 1995), or through the discourse clashes among author,
narrator, and characters faced with the limits of expression (Bakhtin1998;1999;2000),
or through the empty spaces in the interaction between the text and the reader
(Iser). The analysis of the confrontations between the diverging points of view of the
authors (Clarice Lispector and Rodrigo) and of their creatures (Macabea, Olímpico,
Rodrigo) can spread light on the supposed autobiographical identity between the self
who lives and the self who writes, due to the silence that operates in this subtle
interval of mediation. The metafictional marks in this double-voiced writing
Rodrigo/Clarice Lispector also indicate the frontiers between the book and the
absence of the book, which is undone along the spaces of what can or cannot be
said, projecting a unique reality made of textual silence. Not a mute silence, but one
that is open to the possibilities of meaning something. This is a silence in a latent
state, preceding word and, at the same time, in need of it to exist / Nosso estudo centrou-se sobre A Hora da Estrela (1977), tendo por objeto de
investigação a linguagem do silêncio na sua relação com a personagem Macabéa,
inscrita no discurso de um narrador Rodrigo - que é também responsável pela
criação da personagem e do livro, assumindo a duplicidade autoral com Clarice
Lispector. Não obstante haver na fortuna crítica dessa obra alguns estudos que
caminham nessa direção, como os de Homem (2001) e Lisbôa (2008), aqui tratamos
do silêncio a partir do dito, do calado e do subentendido que se estabelece no
discurso de Macabéa na sua relação dialógica com a personagem Olímpico e com
Rodrigo, narrador e autor do relato. É nesse âmbito que trouxemos à tona as
manifestações do silêncio a partir das expressões, da censura, das pontuações e
dos paratextos, nos quais fica visível o silêncio autoral. Os fundamentos teóricos da
pesquisa se centraram no silêncio construído na instância discursiva, seja em termos
do seu sentido de linguagem inaugural (Orlandi, 1995), seja por meio dos embates
discursivos entre autor-narrador-personagens confrontados com os limites do dizer
(Bakhtin, 1998; 1999; 2000), seja por meio dos lugares vazios na interação textoleitor
(Iser, 1979). A análise dos confrontos entre pontos de vista divergentes dos
criadores (Clarice Lispector e Rodrigo) e de suas criaturas (Macabéa, Olímpico,
Rodrigo) pode evidenciar a pretensa identidade autobiográfica entre o eu que vive e
o que escreve, graças ao silêncio que opera nesse intervalo de mediação sutil. Os
lances metaficcionais dessa escritura, a dupla voz Rodrigo/Clarice Lispector -
apontam também para a fronteira entre o livro e a ausência do livro, que se
desmancha por entre os espaços do dizível e do indizível de modo a projetar uma
realidade única feita do silêncio textual. Não um silêncio mudo, mas aberto às
possibilidades do significar. Silêncio que se encontra latente, que antecede a palavra
e, ao mesmo tempo, dela necessita para existir
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