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A poesia de testemunho em Leila MíccolisMOREIRA, D. B. 20 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-20 / Entre as décadas de 1960 e 1980, o Brasil passou por um dos piores
momentos de sua história, quando esteve sob o regime de uma ditadura militar.
Nesses 21 anos de ditadura, de 1964 a 1985, o país e seu povo passaram por
uma transformação radical, tanto na política quanto no comportamento social.
Testemunhas dessa época, os escritores foram responsáveis por deixar
registrado o retrato de uma sociedade que sofreu com a repressão, mas que ao
mesmo tempo viu o Brasil prosperar como em nenhum outro momento anterior.
Dentre esses escritores estava a carioca Leila Míccolis, nascida em 1947 e
atuante até os dias de hoje. Com sua costumeira ironia e seu humor ácido,
Leila Míccolis critica a sociedade expondo seu lado mais obscuro e hipócrita,
mirando especialmente nos valores estabelecidos há séculos pela sociedade,
principalmente naqueles que limitam a liberdade das mulheres. Sua produção,
entretanto, vai além de uma crítica feminista, passeando por assuntos diversos,
com leveza, mas ao mesmo tempo de forma densa. Há em sua obra poemas
eróticos, infantis, feministas, que criticam o cotidiano e defendem uma minoria,
deixando clara a sua marca, que é a resistência ao status quo. Através da
leitura da obra de Leila Míccolis, em especial a antologia Desfamiliares (2013),
e da análise de textos que se referem à literatura de testemunho e à poesia
produzida no Brasil a partir da década de 1960, pretende-se demonstrar que a
poesia de Leila Míccolis se enquadra com precisão no conceito de poesia de
testemunho, tendo em mente que a autora em seus poemas se coloca no lugar
das vítimas de injustiças e testemunha as misérias e dores do cotidiano.
Palavras-chave: Literatura de testemunho. Poesia Marginal. Leila Míccolis.
Ditadura militar.
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Memória, testemunho e escrita de presidiário: Luiz Alberto Mendes e a voz do subalternoCantalice Neto, Abdias Correia 12 September 2014 (has links)
Submitted by Deise Lorena Araújo (deiselorena@uepb.edu.br) on 2016-08-09T19:29:20Z
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Previous issue date: 2014-09-12 / UEPB / This study aims to analyze the work Memórias de um sobrevivente, by Luiz Alberto Mendes, in a witness perspective which resulting from an autobiographical writing, produced on a prison experience, it is placed in the marginal literature condition. We will analyze this author belonging to the field of literary creation, it is him the One who is not allowed to have voice in the midst of a crowd of prisoners, that also seek through this ‗one‘ to represent themselves. The making of this work is performed by memory resources and fits in what is usually called the testimony of literature. It is, therefore, literary conducive to intercultural literary studies because preserves in itself, besides the own literary characteristic, a countless of others possible interpretations. It bears elements of memory and the author's own life story, narrating critical moments experienced in his childhood, suffocated by his father, in the adolescence, enclosed in reformatories and his adulthood, in a prison in São Paulo. Therefore, the following issues arise: to what extent the testimony and the positioning of a subject in the prison experience can impact on the literary field? How is the prisoner, through his memories and writing about himself positioned and repositioned in the literary field according to the condition of him as a witness? To answer these questions, this paper will discuss several other issues related to life in the periphery. We discuss nuances of the autobiography of fictionality and auto fiction. In addition, besides the discourse on memory, history and sociology, we will be framing the study around Interculturalism. This study will address in its first chapter the autobiography and the testimony of an imprisoned writer. In another moment, it will deal on the crowd and what the prisoner represent in the construction of the space of speech. In the third and final chapter, it addresses the question of subordination and the position of the poor and imprisoned writer, which takes the performance of the subordinate. It is observed contemporary forms of life in their paratopics spaces, having the prisoner as belonging to such spaces. Therefore, attempts to adapt the concept of literary work produced in prison with the concept of the multitude of literature. Positioning and repositioning of the subordinate in the literary field. / O presente trabalho analisa a obra Memórias de um sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes, que resultando de uma escrita autobiográfica, produzida sobre a experiência de cárcere, se coloca na condição de literatura marginal. Analisaremos o pertencimento desse autor ao campo da criação literária, sendo ele o Um, que não lhe é permitida ter voz, no meio de uma multidão, que também busca através deste ―um‖ se representar. A construção da obra se dá através de recursos de memória e se enquadra naquilo que se convenciona chamar de literatura de testemunho. Sendo, portanto, obra literária propícia aos estudos interculturais, pois conserva em si, além da própria característica literária, inúmeras outras possibilidades interpretativas. A obra traz elementos da memória e da história de vida do próprio autor, narrando os momentos críticos vivenciados por ele na infância, sufocada pelo pai, na adolescência, enclausurado nos reformatórios e sua fase adulta, já num presídio de São Paulo. Sendo assim, levantaremos as seguintes questões: em que medida o testemunho e o posicionamento de um sujeito, na experiência do cárcere, podem repercutir no campo literário? Como o preso, através de suas memórias e escritas de si, se posiciona e reposiciona no campo literário a condição da qual ele é testemunha? Para responder a essas perguntas, discutiremos neste trabalho inúmeras outras questões relacionadas à vida na periferia. Abordaremos nuanças da autobiografia, da ficcionalidade e da autoficção. Além de dissertar sobre a memória, a história e a sociologia, enquadrando o estudo em torno da interculturalidade. O presente estudo abordará em seu primeiro capítulo a autobiografia e o testemunho de um escritor preso. Num outro momento tratará sobre a multidão e o que o preso representa dentre os muitos na construção do espaço do discurso. No terceiro e último capítulo aborda-se a questão da subalternidade e o posicionamento do escritor pobre e preso, o qual assume a performance do subalterno. Observam-se as formas de vida contemporâneas em seus espaços paratópicos, tendo o preso como pertencimento a tais espaços. Portanto, tenta-se adequar o conceito de obra literária produzida na prisão com o conceito de literatura de multidão. Escrita de muitos. Posicionamento e reposicionamento do subalterno no campo literário.
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Escrita de si, memória e testemunho em Margem das lembranças, de Hermilo Borba FilhoSilva, Josimere Maria da 20 June 2013 (has links)
Submitted by Deise Lorena Araújo (deiselorena@uepb.edu.br) on 2016-08-19T18:27:08Z
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Previous issue date: 2013-06-20 / Universidade Estadual da Paraíba / This paper proposes an approach about Margem das lembranças, by the writer Hermilo Borba Filho, from Pernambuco, considering the theories of self-writing, memory, and testimony. The main goal is to observe how those elements are present in this novel and hence what are the deployments of a writing in which a subject, naturally limited before his memory failures, creates a self-image at the same time he transmutes his experiences into narrative. Thus the discussion begins trying to understand the senses of autonarration in order to approach memory and reflect on its relations with forgetfulness, language, history, and creating. The concept of testimonial literature is seen as a venue between experience and remembrance – the subject who narrates himself bears witness personal and collective experiences at the same time he resorts to memories in order to restore the past. This work is divided into three parts which reflect on several aspects that include a self-writing and find support in a theoretical research, based on literary-critical and socio-historical-philosophical studies. / Esta dissertação propõe uma incursão sobre a obra Margem das lembranças, do escritor pernambucano Hermilo Borba Filho, a partir das noções teóricas de escrita de si, memória e testemunho. O objetivo principal é observar em que medida esses elementos estão presentes na obra em questão e, consequentemente, quais os desdobramentos de uma escrita em que um sujeito, naturalmente limitado diante das falhas da sua memória, dispõe-se a criar uma imagem de si ao mesmo tempo em que transforma suas experiências em narrativa escrita. Assim, lançaremos mão de uma discussão que se inicia por caminhos que tentam compreender os sentidos da autonarração para, em seguida, entrar no campo da memória e pensar suas relações com o esquecimento, com a linguagem, com a história e mesmo com a invenção. O conceito de literatura de testemunho é arrolado como ponto de encontro entre a experiência e a rememoração – o sujeito que se narra testemunha experiências pessoais e coletivas ao mesmo tempo em que se mune de memórias na tarefa de reconstituição do passado. O trabalho será dividido em três momentos que partem da obra analisada para uma reflexão acerca dos diversos aspectos que envolvem uma escrita de si e encontrará respaldo numa pesquisa de base teórica, pautada em estudos crítico-literários, e sócio- histórico-filosóficos.
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Poesia de testemundo em Leila MíccolisMoreira, Daniella Bertocchi 20 February 2015 (has links)
Submitted by Maykon Nascimento (maykon.albani@hotmail.com) on 2015-12-09T18:47:19Z
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license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Entre as décadas de 1960 e 1980, o Brasil passou por um dos piores momentos de sua história, quando esteve sob o regime de uma ditadura militar. Nesses 21 anos de ditadura, de 1964 a 1985, o país e seu povo passaram por uma transformação radical, tanto na política quanto no comportamento social.
Testemunhas dessa época, os escritores foram responsáveis por deixar registrado o retrato de uma sociedade que sofreu com a repressão, mas que ao mesmo tempo viu o Brasil prosperar como em nenhum outro momento anterior. Dentre esses escritores estava a carioca Leila Míccolis, nascida em 1947 e
atuante até os dias de hoje. Com sua costumeira ironia e seu humor ácido, Leila Míccolis critica a sociedade expondo seu lado mais obscuro e hipócrita, mirando especialmente nos valores estabelecidos há séculos pela sociedade, principalmente naqueles que limitam a liberdade das mulheres. Sua produção, entretanto, vai além de uma crítica feminista, passeando por assuntos diversos, com leveza, mas ao mesmo tempo de forma densa. Há em sua obra poemas eróticos, infantis, feministas, que criticam o cotidiano e defendem uma minoria, deixando clara a sua marca, que é a resistência ao status quo. Através da leitura da obra de Leila Míccolis, em especial a antologia Desfamiliares (2013), e da análise de textos que se referem à literatura de testemunho e à poesia produzida no Brasil a partir da década de 1960, pretende-se demonstrar que a poesia de Leila Míccolis se enquadra com precisão no conceito de poesia de testemunho, tendo em mente que a autora em seus poemas se coloca no lugar das vítimas de injustiças e testemunha as misérias e dores do cotidiano. / Between the 1960s and 1970s Brazil went through what can be considered one of the worst moments in its History with the military dictatorship. Through these 21 years of dictatorship the country and its people went through a huge transformation not only in politics but also in the social behavior. Witnesses of this moment, the writers were responsible for registering the portrait of a society that suffered with censorship and repression, but at the same time saw the country prosper like no other moment in History. Among these writers was Leila Míccolis, born in Rio de Janeiro, in 1947, a poet that still produces a lot. With irony and an acid humor, Leila Míccolis criticizes the society exposing its most obscure and hypocrite side, aiming especially at the values established centuries ago, particularly those that limit the freedom of women. Her
production, however, goes beyond a feminine criticism, dealing with many different themes, lightly, but at the same time in a dense way. Her poems can be erotic, even pornographic at times, about children, feminist, but all of them criticize the daily life and defend the minority, leaving in all of the her mark, which is a resistance to the status quo. Through the reading of her work, especially the collection of poems Desfamiliares and through the analysis of texts related to the Testimony and the poetry produced during the 1970s, we intend to show that her poetry fits perfectly in the concepts of the testimony poetry having in mind that the author puts herself in the place of the victims of injustice and witnesses the misery and the pains pf the daily life.
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Escrita de si, memória e testemunho em "Margem das Lembranças", de Hermilo Borba FilhoSilva, Josimere Maria da 20 June 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-06-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This paper proposes an approach about Margem das lembranças, by the writer
Hermilo Borba Filho, from Pernambuco, considering the theories of self-writing,
memory, and testimony. The main goal is to observe how those elements are
present in this novel and hence what are the deployments of a writing in which a
subject, naturally limited before his memory failures, creates a self-image at the
same time he transmutes his experiences into narrative. Thus the discussion
begins trying to understand the senses of autonarration in order to approach
memory and reflect on its relations with forgetfulness, language, history, and
creating. The concept of testimonial literature is seen as a venue between
experience and remembrance the subject who narrates himself bears witness
personal and collective experiences at the same time he resorts to memories in
order to restore the past. This work is divided into three parts which reflect on
several aspects that include a self-writing and find support in a theoretical
research, based on literary-critical and socio-historical-philosophical studies. / Esta dissertação propõe uma incursão sobre a obra Margem das lembranças, do
escritor pernambucano Hermilo Borba Filho, a partir das noções teóricas de
escrita de si, memória e testemunho. O objetivo principal é observar em que
medida esses elementos estão presentes na obra em questão e,
consequentemente, quais os desdobramentos de uma escrita em que um sujeito,
naturalmente limitado diante das falhas da sua memória, dispõe-se a criar uma
imagem de si ao mesmo tempo em que transforma suas experiências em
narrativa escrita. Assim, lançaremos mão de uma discussão que se inicia por
caminhos que tentam compreender os sentidos da autonarração para, em
seguida, entrar no campo da memória e pensar suas relações com o
esquecimento, com a linguagem, com a história e mesmo com a invenção. O
conceito de literatura de testemunho é arrolado como ponto de encontro entre a
experiência e a rememoração o sujeito que se narra testemunha experiências
pessoais e coletivas ao mesmo tempo em que se mune de memórias na tarefa de
reconstituição do passado. O trabalho será dividido em três momentos que
partem da obra analisada para uma reflexão acerca dos diversos aspectos que
envolvem uma escrita de si e encontrará respaldo numa pesquisa de base teórica,
pautada em estudos crítico-literários, e sócio- histórico-filosóficos.
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A Ditadura Militar Brasileira: A Memória e a Construção da História Através da Literatura de TestemunhoAmorim, Camila F. C. Tobias 07 July 2010 (has links) (PDF)
A ditadura militar brasileira começou em 1964 e terminou em 1985. Durante este período de 21 anos, ao mesmo tempo em que o país viu avanços econômicos, um grande número de brasileiros passaram por experiências traumatizantes de perseguição, torturas, exílios e muitas vezes o desaparecimento de conhecidos, amigos e familiares. Devido à censura, qualquer pessoa que tivesse uma posição comunista ou que pregasse contra o governo militar era perseguida. Por este motivo, muitos não tiveram a oportunidade de escrever ou até protestar as injustiças que sofreram do governo militar durante esta época. No entanto, depois da abertura “lenta e gradual” e da anistia, muitas das vítimas da ditadura começaram a se manifestar através da literatura, hoje chamada de “literatura de testemunho.” Através de narrações fortemente ligadas à sua memória, os sobreviventes fazem depoimentos e constróem o outro lado da história brasileira que foi escondido por anos e em que os responsáveis nunca foram punidos. Através da literatura de testemunho podemos ter acesso a uma outra versão da história que não pode ser apagada por conter depoimentos vivos de sobreviventes que foram guiados por suas memórias para escrever a verdade.
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Na mistura dos tempos: Dyonelio Machado, forma e sintoma / In the mixing of times: Dyonelio Machado, form and symptomHening, Reinaldo Oliveira 04 May 2018 (has links)
A pesquisa pretende analisar a obra de Dyonelio Machado emoldurada no cenário da representação da violência na literatura brasileira do século XX. Partindo da constatação de que sua obra representa ponto paradigmático na formulação estética dos sintomas resultantes do clima opressivo nos regimes totalitários da primeira metade daquele século, busca-se definir os procedimentos de tal formulação em sua especificidade e na sua relação com autores nacionais e estrangeiros. Para tanto, abordaremos aspectos como: as implicações da prisão, da perseguição política e da violência do estado de exceção getulista sobre os narradores de Dyonelio; as relações entre escrita, biografia, prisão e formação política; o caráter eminentemente sublimatório da poética dyoneliana; o trauma da catábase infernal aos porões dos navios e prisões da república enquanto agentes catalisadores da escrita e topos literários; o caráter kafkiano dos narradores de Dyonelio; as relações entre espaços abertos e horizontes fechados no tratamento formal do espaço literário e suas significações éticas. Tais aspectos serão divididos em dois capítulos: Inferno, no qual apresentamos as relações entre a biografia, marcada pela prisão e perseguição política, e a literatura do autor, amparados por uma comparação com a vida e obra de Graciliano Ramos; e \"Mundo K.\", onde analisamos os modos pelos quais Dyonelio dá forma nacional a um mal-estar mundial. Além disso, oferecemos um desdobramento no qual relacionamos a obra do escritor gaúcho com outros autores paradigmáticos no tratamento da violência na literatura brasileira e o momento histórico atual. / This research aims at analyzing Dyonelio Machados work in the context of the representation of violence in the 20th century Brazilian literature. Considering that his work represents a paradigmatic stage in the aesthetic formulation of the symptoms emerging from the totalitarian regimes oppressive environment in the first half of the 20th century, our objective is to define its procedures and specificities, regarding its relation to national and foreign authors. In this sense, we investigate the imprisonment implications, as well as the political persecution by Getúlio Vargas state of exception on Dyonelios narrators. We also approach the relationship amongst writing, biography, prison and political training; the sublimatory character of Dyonelio poetics; the trauma and infernal catabasis related to the ships holds and the republic prisons as catalytic agents of the writing process and its literary topos; the kafkian character of Dyonelios narrators; the relationship between open and closed horizons in the formal treatment of literary space, as well as its ethical implications. These aspects are divided into two chapters: Inferno, in which we present the relations between the authors personal experience and literature, anchored by the comparison to Graciliano Ramos life and work; and \"World K.\", in which we analyse the ways Dyonelio gives a national shape to world discontents and uneasiness. Besides that, we offer an unfolding in which we relate the writers work with other paradigmatic authors regarding the treatment of violence in Brazilian literature and the present historic moment.
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O Plutão que veio do inferno: sobre a prosa de Varlam Chalámov / Pluto that came from hell: on the prose of Varlam ShalámovSilva, Andréa Zeppini Menezes da 27 October 2017 (has links)
Varlam Chalámov, escritor russo, nasceu em 1907 e passou dezessete anos como prisioneiro em campos de trabalho stalinistas. Em Kolimá, um dos piores campos do que ficou conhecido como Gulag, conheceu o trabalho fatal nas minas de ouro e carvão, onde quase perdeu a vida por diversas vezes. Em Contos de Kolimá, sua principal obra, transformou sua experiênciaem seis ciclos de contos de prosa concisa e poética. Para marcar sua posição literária, Chalámov cria o que chama de nova prosa, a prosa possível para os tempos depois de Auschwitz, Hiroshima, Kolimá. Em Sobre a prosa, ensaio-manifesto de 1965, e Sobre a minha prosa, de 1971, Chalámov pensa sua obra no contexto da tradição literária e da literatura de sua época. Descreve também seus objetivos e métodos artísticos. Reflete sobre o papel da literatura na cultura, sobre a relação entre verdade e ficção, sobre o significado da memória em sua prosa. O presente trabalho visa realizar uma leitura de sua obra à luz dos pressupostos do autor, no diálogo e na fricção com outros teóricos e escritores, com destaque para o papel da memória em sua produção. Traz ainda a tradução dos dois ensaios. / Russian writer, Varlam Chalámov (born 1907), spent seventeen years as a prisoner in Stalinist labor camps. Much of this time was spent in Kolimá working within the precarious gold and coal mines within Gulag, where he endured several near death experiences. He transformed these years of personal tragedy and acute observation of others into a six series of poetic short stories, which were later published as Tales of Kolimá. Within these iconic works, Chalámov creates what he referred to as new prose; the possible prose after events such as Auschwitz, Hiroshima and Kolimá. In his essays On Prose, 1965 and On my Prose, 1971, Chalámov reflects on his body of work in the context of the literary traditions of his time. He considers the role of literature in culture, the relationship of truth to fiction, and the role of memory in his prose. This paper applies the ideas in Chalámovs essays to a reading of his prose and in doing so discusses the authors opinions, with particular emphasis on his understanding of memory.
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Na mistura dos tempos: Dyonelio Machado, forma e sintoma / In the mixing of times: Dyonelio Machado, form and symptomReinaldo Oliveira Hening 04 May 2018 (has links)
A pesquisa pretende analisar a obra de Dyonelio Machado emoldurada no cenário da representação da violência na literatura brasileira do século XX. Partindo da constatação de que sua obra representa ponto paradigmático na formulação estética dos sintomas resultantes do clima opressivo nos regimes totalitários da primeira metade daquele século, busca-se definir os procedimentos de tal formulação em sua especificidade e na sua relação com autores nacionais e estrangeiros. Para tanto, abordaremos aspectos como: as implicações da prisão, da perseguição política e da violência do estado de exceção getulista sobre os narradores de Dyonelio; as relações entre escrita, biografia, prisão e formação política; o caráter eminentemente sublimatório da poética dyoneliana; o trauma da catábase infernal aos porões dos navios e prisões da república enquanto agentes catalisadores da escrita e topos literários; o caráter kafkiano dos narradores de Dyonelio; as relações entre espaços abertos e horizontes fechados no tratamento formal do espaço literário e suas significações éticas. Tais aspectos serão divididos em dois capítulos: Inferno, no qual apresentamos as relações entre a biografia, marcada pela prisão e perseguição política, e a literatura do autor, amparados por uma comparação com a vida e obra de Graciliano Ramos; e \"Mundo K.\", onde analisamos os modos pelos quais Dyonelio dá forma nacional a um mal-estar mundial. Além disso, oferecemos um desdobramento no qual relacionamos a obra do escritor gaúcho com outros autores paradigmáticos no tratamento da violência na literatura brasileira e o momento histórico atual. / This research aims at analyzing Dyonelio Machados work in the context of the representation of violence in the 20th century Brazilian literature. Considering that his work represents a paradigmatic stage in the aesthetic formulation of the symptoms emerging from the totalitarian regimes oppressive environment in the first half of the 20th century, our objective is to define its procedures and specificities, regarding its relation to national and foreign authors. In this sense, we investigate the imprisonment implications, as well as the political persecution by Getúlio Vargas state of exception on Dyonelios narrators. We also approach the relationship amongst writing, biography, prison and political training; the sublimatory character of Dyonelio poetics; the trauma and infernal catabasis related to the ships holds and the republic prisons as catalytic agents of the writing process and its literary topos; the kafkian character of Dyonelios narrators; the relationship between open and closed horizons in the formal treatment of literary space, as well as its ethical implications. These aspects are divided into two chapters: Inferno, in which we present the relations between the authors personal experience and literature, anchored by the comparison to Graciliano Ramos life and work; and \"World K.\", in which we analyse the ways Dyonelio gives a national shape to world discontents and uneasiness. Besides that, we offer an unfolding in which we relate the writers work with other paradigmatic authors regarding the treatment of violence in Brazilian literature and the present historic moment.
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O Plutão que veio do inferno: sobre a prosa de Varlam Chalámov / Pluto that came from hell: on the prose of Varlam ShalámovAndréa Zeppini Menezes da Silva 27 October 2017 (has links)
Varlam Chalámov, escritor russo, nasceu em 1907 e passou dezessete anos como prisioneiro em campos de trabalho stalinistas. Em Kolimá, um dos piores campos do que ficou conhecido como Gulag, conheceu o trabalho fatal nas minas de ouro e carvão, onde quase perdeu a vida por diversas vezes. Em Contos de Kolimá, sua principal obra, transformou sua experiênciaem seis ciclos de contos de prosa concisa e poética. Para marcar sua posição literária, Chalámov cria o que chama de nova prosa, a prosa possível para os tempos depois de Auschwitz, Hiroshima, Kolimá. Em Sobre a prosa, ensaio-manifesto de 1965, e Sobre a minha prosa, de 1971, Chalámov pensa sua obra no contexto da tradição literária e da literatura de sua época. Descreve também seus objetivos e métodos artísticos. Reflete sobre o papel da literatura na cultura, sobre a relação entre verdade e ficção, sobre o significado da memória em sua prosa. O presente trabalho visa realizar uma leitura de sua obra à luz dos pressupostos do autor, no diálogo e na fricção com outros teóricos e escritores, com destaque para o papel da memória em sua produção. Traz ainda a tradução dos dois ensaios. / Russian writer, Varlam Chalámov (born 1907), spent seventeen years as a prisoner in Stalinist labor camps. Much of this time was spent in Kolimá working within the precarious gold and coal mines within Gulag, where he endured several near death experiences. He transformed these years of personal tragedy and acute observation of others into a six series of poetic short stories, which were later published as Tales of Kolimá. Within these iconic works, Chalámov creates what he referred to as new prose; the possible prose after events such as Auschwitz, Hiroshima and Kolimá. In his essays On Prose, 1965 and On my Prose, 1971, Chalámov reflects on his body of work in the context of the literary traditions of his time. He considers the role of literature in culture, the relationship of truth to fiction, and the role of memory in his prose. This paper applies the ideas in Chalámovs essays to a reading of his prose and in doing so discusses the authors opinions, with particular emphasis on his understanding of memory.
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