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Influência da umidade na liberação de ascósporos e na pré-penetração de Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) van der Aa] / not availableMello, Alexandre Furtado Silveira 29 January 2004 (has links)
A mancha preta dos citros, causada pelo fungo Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) Van der Aa.], é uma doença de grande ocorrência no sul do Estado de São Paulo. Estudos epidemiológicos dessa doença ainda são controversos devido principalmente, às diferenças climáticas e do sistema de produção no Brasil, quando comparados com os países pioneiros no estudo da doença. Nesse trabalho, procurou-se elucidar as épocas favoráveis à infecção e a importância relativa de conídios e ascósporos nesse processo por meio de plantas armadilhas. Mudas de limão 'Siciliano' (Citrus limon (L.) Burn. f.), suscetíveis a G. citricarpa, foram colocadas em dois talhões de um pomar de citros em uma propriedade comercial. Num dos talhões as folhas caídas no solo, fonte de inóculo de ascósporos, foram removidas. No outro talhão as folhas permaneceram sobre o solo. Durante os meses de outubro de 2002 a maio de 2003 três mudas permaneceram expostas em cada talhão por um mês, ao final do qual eram substituídas por novas. Não foi possível diferenciar a importância de conídios e de ascósporos por meio de reação de polimerase em cadeia (PCR) nem de sintomatologia das folhas, pois a infecção foi constatada somente em duas das avaliações realizadas. A relação entre a liberação de ascósporos e as condições climáticas também foi avaliada. Armadilhas caça-esporos foram instaladas em campo comercial e semanalmente o número de ascósporos capturados foi relacionado com a temperatura média diária, com a precipitação diária e a precipitação três dias antes da leitura dos ascósporos. Os resultados obtidos demonstram que a precipitação acumulada em três dias foi relacionada com a liberação de ascósporos pela equação L= 6,45 + 0,04 Pp3d - 0,17 T onde L é a leitura de ascósporos, Pp3d é a precipitação três dias antes da leitura de ascósporos e T é a temperatura, com R2= 0,49. Paralelamente, foram conduzidos experimentos in vitro, visando a determinação de sucos cítricos que favorecessem a germinação de conídios, com o objetivo final de realizar experimentos que avaliassem a influência de períodos descontínuos de molhamento na capacidade de germinação de conídios de P. citricarpa. Suco de laranja das cultivares Pêra e Valência na concentração de 4% mostraram-se os mais favoráveis na indução da germinação de conídios com índice de germinação variando entre 23,89 e 41,81 %. A interrupção do período de molhamento independentemente de ser gradativa ou rápida não influenciou na germinação de conídios, mostrando assim a grande capacidade germinativa do fungo. / not available
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Influência da umidade na liberação de ascósporos e na pré-penetração de Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) van der Aa] / not availableAlexandre Furtado Silveira Mello 29 January 2004 (has links)
A mancha preta dos citros, causada pelo fungo Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) Van der Aa.], é uma doença de grande ocorrência no sul do Estado de São Paulo. Estudos epidemiológicos dessa doença ainda são controversos devido principalmente, às diferenças climáticas e do sistema de produção no Brasil, quando comparados com os países pioneiros no estudo da doença. Nesse trabalho, procurou-se elucidar as épocas favoráveis à infecção e a importância relativa de conídios e ascósporos nesse processo por meio de plantas armadilhas. Mudas de limão 'Siciliano' (Citrus limon (L.) Burn. f.), suscetíveis a G. citricarpa, foram colocadas em dois talhões de um pomar de citros em uma propriedade comercial. Num dos talhões as folhas caídas no solo, fonte de inóculo de ascósporos, foram removidas. No outro talhão as folhas permaneceram sobre o solo. Durante os meses de outubro de 2002 a maio de 2003 três mudas permaneceram expostas em cada talhão por um mês, ao final do qual eram substituídas por novas. Não foi possível diferenciar a importância de conídios e de ascósporos por meio de reação de polimerase em cadeia (PCR) nem de sintomatologia das folhas, pois a infecção foi constatada somente em duas das avaliações realizadas. A relação entre a liberação de ascósporos e as condições climáticas também foi avaliada. Armadilhas caça-esporos foram instaladas em campo comercial e semanalmente o número de ascósporos capturados foi relacionado com a temperatura média diária, com a precipitação diária e a precipitação três dias antes da leitura dos ascósporos. Os resultados obtidos demonstram que a precipitação acumulada em três dias foi relacionada com a liberação de ascósporos pela equação L= 6,45 + 0,04 Pp3d - 0,17 T onde L é a leitura de ascósporos, Pp3d é a precipitação três dias antes da leitura de ascósporos e T é a temperatura, com R2= 0,49. Paralelamente, foram conduzidos experimentos in vitro, visando a determinação de sucos cítricos que favorecessem a germinação de conídios, com o objetivo final de realizar experimentos que avaliassem a influência de períodos descontínuos de molhamento na capacidade de germinação de conídios de P. citricarpa. Suco de laranja das cultivares Pêra e Valência na concentração de 4% mostraram-se os mais favoráveis na indução da germinação de conídios com índice de germinação variando entre 23,89 e 41,81 %. A interrupção do período de molhamento independentemente de ser gradativa ou rápida não influenciou na germinação de conídios, mostrando assim a grande capacidade germinativa do fungo. / not available
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Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros / Citrus black spot resistance of 'Pêra' sweet orange clones and similar varietiesSchinor, Evandro Henrique 15 October 2001 (has links)
A Mancha Preta dos Citros ou Pinta Preta (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, vem provocando graves e crescentes prejuízos econômicos à cultura, nos últimos 20 anos. O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) do Instituto Agronômico de Campinas, no município de Cordeirópolis-SP. Procurou-se detectar possíveis diferenças entre dez clones de laranjeira 'Pêra' (Citrus sinensis L. Osbeck) e cinco variedades afins, quanto à suscetibilidade à MPC. Os clones de 'Pêra' avaliados foram: Vimusa; EEL; GS 2000 (IAC 2000); Olímpia 15161; Bianchi; R. Gullo 1569/244; Dibbern C.V.; Premunizada 1743/82; e as variedades afins foram: Corsa Tardia, Lamb Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, e Redonda C.N, enxertados em limoeiro 'Cravo', instalados desde 1980, no CCSM. Os trabalhos experimentais incluíram investigações sobre a avaliação e distribuição da severidade dos sintomas nas plantas; indução de estruturas 'in vitro', em folhas previamente autoclavadas; indução de estruturas reprodutivas do fungo em folhas maduras destacadas; e quantificação da densidade de colonização de G. citricarpa, através de isolamento. A comparação entre os diferentes clones também foi realizada através de estudos de correlação entre a severidade dos sintomas da doença e das variáveis ou dados biométricos, que seguem: queda de folhas, desenvolvimento vegetativo (porte) e penetração da luz no interior das plantas). Quanto aos frutos, a severidade foi correlacionada com: cor, formato, formas da base e do ápice, ângulo e achatamento, espessura do epicarpo, do mesocarpo e da casca e por fim com os dados de qualidade do suco (Brix, Acidez e Ratio). Não houve diferenças significativas entre os dez clones de laranjeira 'Pêra' e as cinco variedades afins quanto à quantificação da incidência e severidade da MPC no campo, e à densidade de colonização natural das folhas (isolados/cm2). A incidência e a severidade dos sintomas da doença são maiores na parte baixa das plantas, até 1 metro de altura, e menor acima de 2 metros, podendo-se salientar que há influência na infecção dos frutos pelos ascósporos (sexuais) e picnidiósporos (assexuais), através de respingos d'água. Ocorreu uma diferenciação entre as variedades quanto à capacidade reprodutiva de G. citricarpa em folhas mortas in vitro e quanto à indução de estruturas do fungo, através da porcentagem de área das folhas ocupadas por elas. Não houve correlação das características externas dos frutos como: coloração da casca, formato, forma da base, forma do ápice, ângulo e achatamento da região basal e espessura da casca, do mesocarpo e do epicarpo, com a severidade da doença. Não houve correlação das características internas dos frutos como: sólidos solúveis (ºBrix), acidez total, e relação sólidos solúveis: acidez (ratio), com severidade da doença. Portanto, a Mancha Preta dos Citros não interfere nas qualidades organolépticas dos frutos, e sim, no aspecto visual dos mesmos / Citrus Black Spot (CBS), caused by Guignardia citricarpa, has prompted serious economic damages to the citrus industry in the last 20 years. The present work was developed at the Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) of the Instituto Agronômico de Campinas, in Cordeirópolis-SP. Evaluations were conducted to detect differences among ten 'Pêra' sweet orange Citrus sinensis (L.) Osbeck clones and five related varieties in regard to their susceptibility to CBS. The 'Pêra' sweet orange clones evaluated were: Vimusa, EEL, GS 2000 (IAC 2000), Olímpia 15161, Bianchi, R Gul10 1569/244, Dibbern c.v., Premunizada 1743/82; and the related varieties were: Corsa Tardia, Lamb's Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, and Redonda C.N. Trees were budded on Rangpur lime are planted in 1980, at the CCSM. Studies investigated the evaluation severity of symptoms and distribution on the plants; induction of structures in vitro in leaves previously autoclaved; induction of fungus reproductive structures in mature leaves; and quantified density of colonization of G. citricarpa by means of isolation. The comparison among different clones was also accomplished by determining correlations between the severity of disease symptoms and the variables: leaf drop, vegetative growth, and light penetration insíde the plants. In regard to fruit, the severity was correlated with: color; fruit shape; base and apex shape; angle and flattening; epicarp, mesocarp and peeI thickness; and with juice quaIity (soluble solids and soluble solids to acidity ratio). The relationship for quantification of severity of CBS incidence in the field and the density of natural leaves colonization (isolates/cm2 was not significant. The incidence and the severity of the disease symptoms are greater in the low part of the plants, up to 1 meter height, and smaller above 2 meters, probably because of the influence of fruit infection by ascospores (sexual) and pícnidiospores (asexual) through water splash. Differentiation among the varieties was detected based on the reproductive capacíty of G. citricarpa on dead leaves in vitro and also based on the induction of fungus structures, as evaluated by the percentage of area of the leaves occupied by them. There was not a significant correlation for fruit externaI characteristics, such as peeI color, fruit shape, base and apex shape, basaI area angle and flattening, and peeI thickness of either mesocarp and epicarp with the severity of disease. Similarly there was not a correlation for fruit internal characteristics such as soluble solids, total acidity, and soluble solids to acidity (ratio), with the severity of disease. Therefore, the CBS of the fruit does not interfere on the fluit organoleptic quality. However, visual aspect of fruit ís severeIy depressed
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Manejo da mancha preta dos citros através da utilização de agentes de controle biológico / Management of citrus black spot through the use of biological control agentsGuimarães, Christiano Grëgio 16 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-16 / The citrus industry faces serious problems represented by diseases that reduce the productivity and depreciate the fruits that give the appearance thereof. Among these diseases the citrus black spot caused by Guignardia citricarpa is one of the most important. As the predominant control of this disease is related to the chemical application, the financial costs, environmental and public health of these applications, as well as the increasing restrictions on the presence of residues in fresh fruits, and the possibility of emergence of resistant strains of pathogens to fungicides, it is necessary to study new control alternatives. Therefore, this work aimed to investigate the use of biocontrol agents, under field conditions, by applications of Bacillus subtilis, Trichoderma spp., uréia e combinação dos produtos comerciais Soil-Set® + Compostaid® on the citrus leaves that fallen to the ground, in order to reduce the production of ascospores directly and, indirectly, by acceleration of the decomposition of citrus leaves. The results of this work showed the viability of such applications as a help during the disease management to control of citrus black spot. / O setor citrícola enfrenta sérios problemas representados por doenças que, além de diminuírem a produtividade, depreciam os frutos pelo aspecto que conferem aos mesmos. Dentre tais doenças encontra-se a mancha preta dos citros, causada por Guignardia citricarpa. A medida predominante de controle desta doença corresponde às aplicações com produtos químicos. Considerando-se os custos financeiros, ambientais e de saúde pública destas aplicações, as crescentes restrições à presença de resíduos em frutas frescas e, a possibilidade de seleção de linhagens resistentes dos patógenos aos fungicidas, faz-se necessário o estudo de novas alternativas de controle. Portanto, este trabalho teve por objetivo estudar a utilização de diferentes agentes de biocontrole, sob condições de campo, através de aplicações de Bacillus subtilis, Trichoderma spp., uréia e combinação dos produtos comerciais Soil-Set® + Compostaid® sobre as folhas de citros caídas ao solo, visando reduzir a produção de ascósporos direta e, indiretamente, pela aceleração da decomposição das mesmas. Os resultados encontrados neste trabalho mostraram a viabilidade de tais aplicações, como medida auxiliar no manejo de controle da mancha preta dos citros
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Efeito in vitro de Saccharomyces cerevisiae sobre Guignardia citricarpa, agente causal da pinta preta dos citros. / In vitro effect of Saccharomyces cerevisiae on Guignardia citricarpa, causal agent of citrus black spot.Fialho, Mauricio Batista 12 January 2005 (has links)
Devido à percepção dos consumidores sobre o impacto da utilização de pesticidas sobre o ambiente e saúde humana, além da aquisição de resistência por parte dos fitopatógenos, a sociedade tem exercido pressões que levaram ao estabelecimento de políticas governamentais que restringem a utilização de fungicidas levando agricultores e pesquisadores a considerar a aplicação de técnicas de controle biológico de fitopatógenos fúngicos. Guignardia citricarpa é o agente causal da pinta preta dos citros, que é de grande importância econômica, pois interfere na produção e causa depreciação estética dos frutos, acarretando em prejuízos principalmente na comercialização de frutos in natura para o mercado externo. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi a avaliação in vitro do potencial de linhagens de Saccharomyces cerevisiae, utilizadas em processos fermentativos, como agentes de biocontrole contra G. citricarpa. Através de ensaio em placa, foi evidenciado que entre as linhagens de S. cerevisiae testadas (BG-1, CR-1, CAT-1, KD-1, K-1 e PE-2), a CR-1 demonstrou a maior atividade antagônica contra o fitopatógeno, causando 73% de inibição do crescimento micelial. Também foi demonstrado que as linhagens são capazes de produzir voláteis de ação fungistática inibindo em até 83% o desenvolvimento do patógeno. O filtrado de cultura autoclavado e não autoclavado, bem como as células inativadas termicamente, obtidas a partir do crescimento da linhagem CR-1 por 24 h em meio YEPD, não causaram redução do crescimento vegetativo do fungo. A produção de enzimas hidrolíticas extracelulares (quitinases, β-1,3-glucanases e proteases) pela levedura não foi detectada em meio YEPD contendo glicose ou preparação de parede celular de G. citricarpa, nos tempos de cultivo avaliados. Baseado nas informações obtidas, foi possível constatar que as linhagens de S. cerevisiae, em especial a linhagem CR-1, são potenciais antagonistas para o controle de G. citricarpa. O possível mecanismo utilizado para inibição pela levedura é a produção de voláteis, no entanto, outros mecanismos não podem ser descartados. Desta forma, o presente trabalho mostra o potencial de S. cerevisiae no controle de G. citricarpa em frutos de laranja na pós-colheita. / Due to the consumers perception about the impact caused by pesticides utilization over the environment and human health, besides the acquisition of resistance for part of the phytopathogens, the society has exercised pressures that had led to the establishment of governmental politics that restrict the use of fungicides leading agriculturists and researchers to consider the application of techniques of biological control of plant pathogenic fungi. Guignardia citricarpa is the causal agent of citrus black spot that has a great economic importance, therefore interfering in production and causing aesthetic depreciation of the fruits that can interfere with commercialization of fresh-fruit in the external market. In this context, the aim of this work was to evaluate in vitro the potential of Saccharomyces cerevisiae strains, used in fermentative process, as biocontrol agents against G. citricarpa. Through plate assay it was evidenced that among the tested strains of S. cerevisiae (BG-1, CR-1, CAT-1, KD-1, K-1 and PE-2), the strain CR-1 was the one that demonstrated the greatest antagonic activity against the phytopathogen, causing 73% of micelial growth inhibition. It was also demonstrated that the strains were able to produce volatile compounds with fungistatic action inhibiting up to 83% the development of the pathogen. The autoclaved and not autoclaved culture filtrate, as well as the termical inactivated cell obtained from the growth of strain CR-1 in YEPD medium for 24 h, did not cause reduction in the fungal vegetative growth. The production of extracellular hydrolytic enzymes (chitinases, β-1,3-glucanases and proteases) by the yeast was not detected in YEPD medium with glucose or cell wall preparation of G. citricarpa at the evaluated times. Based upon the obtained information it was possible to evidence that the strains of S. cerevisiae, specially the strain CR-1, are potentials antagonists for the control of G. citricarpa. The possible mechanism used for inhibition by yeast is the volatile production, however other mechanisms cannot be discarded. Thus, the present work shows the potential of S. cerevisiae to control G. citricarpa in orange fruits in postharvest.
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Efeito de extratos de albedo de laranja (Citrus sinensis) e dos indutores de resistência ácido salicílico, acilbenzolar-s-metil e Saccharomyces cerevisiae no controle de Phyllosticta citricarpa (Teleomorfo: Guignardia citricarpa). / The effect of orange (citrus sinensis) albedo extracts the resistance inducers with salicylic acid, acilbenzolar-s-methyl and saccharomyces cerevisiae on the control of phyllosticta citricarpa (teleomorph: guignardia citricarpa).Cardoso Filho, Julio Alves 25 April 2003 (has links)
A mancha preta dos citros (MPC) é uma doença que limita a exportação de laranja brasileira para o Japão e países da Europa. Exceto para Citrus aurantium e seus híbridos, todas as outras variedades são susceptíveis ao patógeno. O fungo Guignardia citricarpa, descoberto por Kiely em 1948 em New South Wales na Austrália, é o estádio sexual do agente causal da MPC e a sua fase imperfeita é Phyllosticta citricarpa. Uma importante característica da MPC é seu longo período de latência. A infecção pode ser efetuada por ascósporos e picnidiósporos. A lesão nos frutos fica restrita ao flavedo (epicarpo), sendo que o fungo não infecta o albedo (mesocarpo). O albedo é rico em celulose, carboidratos solúveis, pectinas, compostos fenólicos (flavonóides), aminoácidos e vitaminas. Os compostos fenólicos presentes nas plantas são produtos do metabolismo secundário, e podem ser resultantes da interação planta-ambiente e podem sintetizados como resposta ao ataque de fitopatógenos. Os fenólicos presentes nos citros incluem flavonóides, antocianinas, coumarinas e psorolenos entre outros. Estes compostos podem exibir ação antimicrobiana e antiviral e podem contribuir controle da MPC. A aplicação de fungicidas é o método de controle da MPC. Uma outra possibilidade de controle seria a ativação de fatores de resistência através do uso de indutores bióticos (Saccharomyces cerevisiae) e abióticos (Bion e ácido salicílico). Deste modo, este trabalho teve como objetivos estudar os efeitos do uso de extratos aquosos, metanólicos e etanólicos de albedo de laranja na germinação formação de apressório e crescimento micelial de P. citricarpa in vitro, bem como avaliar o uso da indução de resistência para o controle da MPC através dos indutores S. cerevisiae, Bion e ácido salicílico em pós e pré-colheita em frutos de laranja Pêra-Rio e folhas de limão Siciliano. Os resultados experimentais mostraram que os extratos de albedo, nas concentrações de 10 e 100 mg / mL de água, foram capazes de inibir em 100% a germinação, formação de apressório e o crescimento micelial de P. citricarpa. Foi observado que os extratos, dependendo da concentração, podem ter ação fungicida ou fungistática. No tocante a utilização de S. cerevisiae, Bion e ácido salicílico, aplicados em pós-colheita, foi observado que estes agentes não foram capazes de impedir o desenvolvimento de novas lesões em frutos de laranja Pêra-Rio. Também foi constatado que S. cerevisiae e Bion, aplicados em pré-colheita, não foram capazes de induzir resistência contra P. citricarpa em folhas de limão Siciliano inoculadas previamente a campo com G. citricarpa. Nesse sentido, sugere-se que outros estudos sejam conduzidos, principalmente no que se refere ao uso potencial de extratos do albedo de laranja como medida alternativa de controle da MPC. / Black spot of citrus (CBS) has been a limiting factor in the export of brazilian oranges to Japan and European countries and Japan. Except for Citrus aurantium and its hybrids, all commercially growing Citrus spp. are susceptible to the pathogen. The fungus Guignardia citricarpa, discovered by Kiely in 1948 in New South Wales, is the sexual stage of the causal agent of CBS and Phyllosticta citricarpa is the imperfect stage. An important characteristic of CBS is the long latent period after infection. The infection is carried out by ascospores and pycnidiospores. The fungicidal application is the most important method of control of CBS. The CBS lesion in citrus fruits is limited to the flavedo, since P. citricarpa does not infect the albedo. The albedo is rich in cellulose, soluble carbohydrates, pectin, phenolic compounds, amino acids and vitamins. The phenolics present in the plants are secondary metabolic products and are believed to be produced as a result of the plant interaction with the enviromment and synthesized as a response to attempted phytopathogen attacks. The phenolics that occur in Citrus include flavonoids, anthocyanins, coumarins and psorolens. These compounds may exhibit antiviral and antimicrobial activities, and may contribute to the control of CBS disease. An another possibility to the CBS control is the activation of factors resistance by the use of abiotics (Bion and salicylic acid) and biotics (Saccharomyces cerevisiae) "plant defence activator" (inducers). Therefore, the objectives of this paper were to study the in vitro effects of aqueous, ethanolic and methanolic albedo orange extracts on the germination, appressorium formation and mycelial growth of P. citricarpa as well as to evaluate the use of the S. cerevisiae, Bion and salicylic acid as "plant defence activator" at post and preharvest conditions in fruit of "Pêra-Rio" and leaves of Siciliano lemon. The results showed that the use of albedo extracts, 10 and 100 mg per mL of water, inhibited 100 % the germination, appressorium formation and mycelial growth of P. citricarpa. It was also observed that the extracts of albedo, depending upon the concentration, exhibited fungicidal or fungistatic activity. The use of S. cerevisiae, Bion and salicylic acid at postharvest conditions did not affect the development of new lesions of CBS in Pêra-Rio orange fruit. It was also observed that the use of S. cerevisiae and Bion at preharvest conditions, did not induce resistance against P. citricarpa in leaves of Siciliano lemon naturally infected with G. citricarpa under field conditions. Thus, it is suggested that other studies be carried out, mainly regarding the potential of orange albedos extracts as a alternative method for CBS control.
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Efeito in vitro de Saccharomyces cerevisiae sobre Guignardia citricarpa, agente causal da pinta preta dos citros. / In vitro effect of Saccharomyces cerevisiae on Guignardia citricarpa, causal agent of citrus black spot.Mauricio Batista Fialho 12 January 2005 (has links)
Devido à percepção dos consumidores sobre o impacto da utilização de pesticidas sobre o ambiente e saúde humana, além da aquisição de resistência por parte dos fitopatógenos, a sociedade tem exercido pressões que levaram ao estabelecimento de políticas governamentais que restringem a utilização de fungicidas levando agricultores e pesquisadores a considerar a aplicação de técnicas de controle biológico de fitopatógenos fúngicos. Guignardia citricarpa é o agente causal da pinta preta dos citros, que é de grande importância econômica, pois interfere na produção e causa depreciação estética dos frutos, acarretando em prejuízos principalmente na comercialização de frutos in natura para o mercado externo. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi a avaliação in vitro do potencial de linhagens de Saccharomyces cerevisiae, utilizadas em processos fermentativos, como agentes de biocontrole contra G. citricarpa. Através de ensaio em placa, foi evidenciado que entre as linhagens de S. cerevisiae testadas (BG-1, CR-1, CAT-1, KD-1, K-1 e PE-2), a CR-1 demonstrou a maior atividade antagônica contra o fitopatógeno, causando 73% de inibição do crescimento micelial. Também foi demonstrado que as linhagens são capazes de produzir voláteis de ação fungistática inibindo em até 83% o desenvolvimento do patógeno. O filtrado de cultura autoclavado e não autoclavado, bem como as células inativadas termicamente, obtidas a partir do crescimento da linhagem CR-1 por 24 h em meio YEPD, não causaram redução do crescimento vegetativo do fungo. A produção de enzimas hidrolíticas extracelulares (quitinases, β-1,3-glucanases e proteases) pela levedura não foi detectada em meio YEPD contendo glicose ou preparação de parede celular de G. citricarpa, nos tempos de cultivo avaliados. Baseado nas informações obtidas, foi possível constatar que as linhagens de S. cerevisiae, em especial a linhagem CR-1, são potenciais antagonistas para o controle de G. citricarpa. O possível mecanismo utilizado para inibição pela levedura é a produção de voláteis, no entanto, outros mecanismos não podem ser descartados. Desta forma, o presente trabalho mostra o potencial de S. cerevisiae no controle de G. citricarpa em frutos de laranja na pós-colheita. / Due to the consumers perception about the impact caused by pesticides utilization over the environment and human health, besides the acquisition of resistance for part of the phytopathogens, the society has exercised pressures that had led to the establishment of governmental politics that restrict the use of fungicides leading agriculturists and researchers to consider the application of techniques of biological control of plant pathogenic fungi. Guignardia citricarpa is the causal agent of citrus black spot that has a great economic importance, therefore interfering in production and causing aesthetic depreciation of the fruits that can interfere with commercialization of fresh-fruit in the external market. In this context, the aim of this work was to evaluate in vitro the potential of Saccharomyces cerevisiae strains, used in fermentative process, as biocontrol agents against G. citricarpa. Through plate assay it was evidenced that among the tested strains of S. cerevisiae (BG-1, CR-1, CAT-1, KD-1, K-1 and PE-2), the strain CR-1 was the one that demonstrated the greatest antagonic activity against the phytopathogen, causing 73% of micelial growth inhibition. It was also demonstrated that the strains were able to produce volatile compounds with fungistatic action inhibiting up to 83% the development of the pathogen. The autoclaved and not autoclaved culture filtrate, as well as the termical inactivated cell obtained from the growth of strain CR-1 in YEPD medium for 24 h, did not cause reduction in the fungal vegetative growth. The production of extracellular hydrolytic enzymes (chitinases, β-1,3-glucanases and proteases) by the yeast was not detected in YEPD medium with glucose or cell wall preparation of G. citricarpa at the evaluated times. Based upon the obtained information it was possible to evidence that the strains of S. cerevisiae, specially the strain CR-1, are potentials antagonists for the control of G. citricarpa. The possible mechanism used for inhibition by yeast is the volatile production, however other mechanisms cannot be discarded. Thus, the present work shows the potential of S. cerevisiae to control G. citricarpa in orange fruits in postharvest.
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Estudo quimiossistemático de espécies de Hortia (Rutaceae) e busca de fungicidas à Guignardia citricarpa / Chemosystematic study of species of Hortia (Rutaceae) and search of fungicides to Guignardia citricarpaFreitas, Samya Danielle Lima de 26 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-26 / Universidade Federal de Sao Carlos / The classification of the Hortia genus, belonging to the Rutaceae, is ambiguous. Hortia, which has been placed in Cusparieae by De Candolle in 1824, in the most recent morphological classification of Engler in 1931 it belongs to Toddalieae. More recently, Silva and colleagues classified again Hortia in Cusparieae. However, the phytochemical study of the species from Hortia genus still not allow classify correctly it inside the family. Thus, the phytochemical study of Hortia described in this paper aims to contribute with the chemosystematics of the Rutaceae and with the best classification of the genus inside the family. The study of the species H. oreadica, H. brasiliana and H. superba led to the isolation and identification of 11 substances, the alkaloids N-methyl-4- methoxy-quinolin-2-one (01), integriquinolone (02), new in the genus Hortia, rutaecarpine (03), the coumarins scoparone (04) xanthotoxin (05), which were first described in the species H. superba, isopimpinellin (06), new in the genus Hortia, 5- chloro-8-methoxy-furanocoumarin (07), new in the literature, prangol (08) and heraclenol (09), and the flavonoids isosakuranetin (10) and neoponcirin (11), the latter being new in the genus Hortia. The presence of metabolites such as alkaloids, coumarins and flavonoids confirm that Hortia belongs to the Rutaceae family, even so are not clear its accurate positioning. Some of the isolated compounds were tested against the inhibition of Guignardia citricarpa following two methods of inhibition assays. One based on inhibition of G. citricarpa in vitro against growth mycelial, by the method of incorporation into the culture medium. The other based on the inhibition test to G. citricarpa in vitro on spore germination and appressorium formation by the method of germination of spores on plates of polystyrene. The first methodology only evaluated the inhibition of the formation of mycelia and it is not directly involved in the infection process of plants, already the second one evaluated the inhibition of reproductive structures of microorganisms (spores), responsible for the infection process. The average growth mycelial for all substances tested revealed the alkaloid N-methyl-4-methoxy-2-quinolin-2-one (100 μg.mL-1) as the most effective among all the substances tested. As the inhibition front of spore germination and appressorium formation, the results were quite satisfactory, the coumarin scoparone (100 μg.mL-1) showed 96% of inhibition spore germination and 99% for the formation of appressorium, the alkaloid N-methyl-4-methoxy-2-quinolin-2-one (100 μg.mL-1) with 83% and 91%, and the flavonoid isosakuranetin (100 μg.mL-1) with 71,4% and 80%, respectively. Therefore, from this study it was found that some natural products with antifungal activity revealed important sources in the discovery of new products free of toxicity and effective as a fungicide. / A classificação do gênero Hortia dentro da família Rutaceae é duvidosa. Hortia, que já foi posicionada em Cusparieae por De Candolle em 1824, na mais recente classificação morfológica de Engler em 1931 pertence a Toddalieae. Mais recentemente da Silva e colaboradores voltam a propor Hortia em Cusparieae. Contudo, o estudo fitoquímico das espécies do gênero Hortia ainda não permitem classificá-la corretamente dentro da família. Desta forma, o estudo fitoquímico de Hortia descrito neste trabalho, visa contribuir com a quimiossistemática da família Rutaceae e também com a melhor classificação do gênero dentro da mesma. O estudo das espécies H. oreadica, H. brasiliana e H. superba levou ao isolamento e identificação de 11 substâncias, sendo os alcalóides N-metil-4-metoxi-2-quinolona (01), integriquinolona (02), inédita no gênero Hortia e a rutaecarpina (03), as cumarinas escoparona (04), xantotoxina (05), sendo estas descritas pela primeira vez na espécie H. superba, isopimpenilina (06), inédita no gênero Hortia, 5-cloro-8-metoxi-furanocumarina (07), inédita na literatura, prangol (08) e heraclenol (09), e os flavonóides isosakuranetina (10) e neoponcirina (11), sendo este último inédito no gênero Hortia. A presença de metabólitos como alcalóides, cumarinas e flavonóides vêm a confirmar que Hortia pertence à família Rutaceae, embora não esteja claro seu exato posicionamento dentro da mesma. Alguns dos compostos isolados foram avaliados frente à inibição do desenvolvimento de Guignardia citricarpa, seguindo duas metodologias de ensaios de inibição, uma baseada no ensaio de inibição de G. citricarpa in vitro frente ao crescimento micelial, pelo método de incorporação ao meio de cultura e a outra, baseada no ensaio de inibição de G. citricarpa in vitro frente à germinação de esporos e formação de apressórios, pelo método de germinação de esporos em placa de poliestireno. Foram submetidas à ambos os ensaios de inibição as substâncias: N-metil-4-metoxi-2-quinolona, escoparona, prangol e isosakuranetina, as quais foram avaliadas quanto sua atividade antifúngica, porém a primeira metodologia avaliou a inibição apenas da formação de micélios, e estes não estão envolvidos diretamente com o processo de infecção das plantas, já a segunda metodologia avaliou a inibição de estruturas reprodutivas do microrganismo (os esporos), responsável pelo processo de infecção. Foram calculadas as médias de crescimento micelial para todas as substâncias testadas, revelando o alcalóide Nmetil- 4-metoxi-2-quinolona (100 μg.mL-1) como o mais eficaz dentre todas as substâncias ensaiadas. Quanto a inibição frente à germinação de esporos e formação de apressórios, os resultados foram bastante satisfatórios, a cumarina escoparona (100 μg.mL-1) apresentou inibição de 96% para a germinação de esporos e 99% para a formação de apressórios, o alcalóide N-metil-4-metoxi-2- quinolona (100 μg.mL-1) com 83% e 91%, e o flavonóide isosakuranetina (100 μg.mL-1) com 71,4% e 80%, respectivamente. Portanto, a partir deste trabalho verificou-se que alguns produtos naturais com potencial antifúngico revelaram importantes fontes na descoberta de novos produtos livres de toxicidade e eficaz como fungicida
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Efeito de extratos de albedo de laranja (Citrus sinensis) e dos indutores de resistência ácido salicílico, acilbenzolar-s-metil e Saccharomyces cerevisiae no controle de Phyllosticta citricarpa (Teleomorfo: Guignardia citricarpa). / The effect of orange (citrus sinensis) albedo extracts the resistance inducers with salicylic acid, acilbenzolar-s-methyl and saccharomyces cerevisiae on the control of phyllosticta citricarpa (teleomorph: guignardia citricarpa).Julio Alves Cardoso Filho 25 April 2003 (has links)
A mancha preta dos citros (MPC) é uma doença que limita a exportação de laranja brasileira para o Japão e países da Europa. Exceto para Citrus aurantium e seus híbridos, todas as outras variedades são susceptíveis ao patógeno. O fungo Guignardia citricarpa, descoberto por Kiely em 1948 em New South Wales na Austrália, é o estádio sexual do agente causal da MPC e a sua fase imperfeita é Phyllosticta citricarpa. Uma importante característica da MPC é seu longo período de latência. A infecção pode ser efetuada por ascósporos e picnidiósporos. A lesão nos frutos fica restrita ao flavedo (epicarpo), sendo que o fungo não infecta o albedo (mesocarpo). O albedo é rico em celulose, carboidratos solúveis, pectinas, compostos fenólicos (flavonóides), aminoácidos e vitaminas. Os compostos fenólicos presentes nas plantas são produtos do metabolismo secundário, e podem ser resultantes da interação planta-ambiente e podem sintetizados como resposta ao ataque de fitopatógenos. Os fenólicos presentes nos citros incluem flavonóides, antocianinas, coumarinas e psorolenos entre outros. Estes compostos podem exibir ação antimicrobiana e antiviral e podem contribuir controle da MPC. A aplicação de fungicidas é o método de controle da MPC. Uma outra possibilidade de controle seria a ativação de fatores de resistência através do uso de indutores bióticos (Saccharomyces cerevisiae) e abióticos (Bion e ácido salicílico). Deste modo, este trabalho teve como objetivos estudar os efeitos do uso de extratos aquosos, metanólicos e etanólicos de albedo de laranja na germinação formação de apressório e crescimento micelial de P. citricarpa in vitro, bem como avaliar o uso da indução de resistência para o controle da MPC através dos indutores S. cerevisiae, Bion e ácido salicílico em pós e pré-colheita em frutos de laranja Pêra-Rio e folhas de limão Siciliano. Os resultados experimentais mostraram que os extratos de albedo, nas concentrações de 10 e 100 mg / mL de água, foram capazes de inibir em 100% a germinação, formação de apressório e o crescimento micelial de P. citricarpa. Foi observado que os extratos, dependendo da concentração, podem ter ação fungicida ou fungistática. No tocante a utilização de S. cerevisiae, Bion e ácido salicílico, aplicados em pós-colheita, foi observado que estes agentes não foram capazes de impedir o desenvolvimento de novas lesões em frutos de laranja Pêra-Rio. Também foi constatado que S. cerevisiae e Bion, aplicados em pré-colheita, não foram capazes de induzir resistência contra P. citricarpa em folhas de limão Siciliano inoculadas previamente a campo com G. citricarpa. Nesse sentido, sugere-se que outros estudos sejam conduzidos, principalmente no que se refere ao uso potencial de extratos do albedo de laranja como medida alternativa de controle da MPC. / Black spot of citrus (CBS) has been a limiting factor in the export of brazilian oranges to Japan and European countries and Japan. Except for Citrus aurantium and its hybrids, all commercially growing Citrus spp. are susceptible to the pathogen. The fungus Guignardia citricarpa, discovered by Kiely in 1948 in New South Wales, is the sexual stage of the causal agent of CBS and Phyllosticta citricarpa is the imperfect stage. An important characteristic of CBS is the long latent period after infection. The infection is carried out by ascospores and pycnidiospores. The fungicidal application is the most important method of control of CBS. The CBS lesion in citrus fruits is limited to the flavedo, since P. citricarpa does not infect the albedo. The albedo is rich in cellulose, soluble carbohydrates, pectin, phenolic compounds, amino acids and vitamins. The phenolics present in the plants are secondary metabolic products and are believed to be produced as a result of the plant interaction with the enviromment and synthesized as a response to attempted phytopathogen attacks. The phenolics that occur in Citrus include flavonoids, anthocyanins, coumarins and psorolens. These compounds may exhibit antiviral and antimicrobial activities, and may contribute to the control of CBS disease. An another possibility to the CBS control is the activation of factors resistance by the use of abiotics (Bion and salicylic acid) and biotics (Saccharomyces cerevisiae) plant defence activator (inducers). Therefore, the objectives of this paper were to study the in vitro effects of aqueous, ethanolic and methanolic albedo orange extracts on the germination, appressorium formation and mycelial growth of P. citricarpa as well as to evaluate the use of the S. cerevisiae, Bion and salicylic acid as plant defence activator at post and preharvest conditions in fruit of Pêra-Rio and leaves of Siciliano lemon. The results showed that the use of albedo extracts, 10 and 100 mg per mL of water, inhibited 100 % the germination, appressorium formation and mycelial growth of P. citricarpa. It was also observed that the extracts of albedo, depending upon the concentration, exhibited fungicidal or fungistatic activity. The use of S. cerevisiae, Bion and salicylic acid at postharvest conditions did not affect the development of new lesions of CBS in Pêra-Rio orange fruit. It was also observed that the use of S. cerevisiae and Bion at preharvest conditions, did not induce resistance against P. citricarpa in leaves of Siciliano lemon naturally infected with G. citricarpa under field conditions. Thus, it is suggested that other studies be carried out, mainly regarding the potential of orange albedos extracts as a alternative method for CBS control.
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Escala diagramática para avaliação da mancha preta em folhas de citros e efeito da temperatura e da duração do molhamento na pré-penetração de conídios de Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) Van der Aa]. / Diagrammatic scale for assessment of citrus black spot in leaves and effect of temperature and wetness duration in the pre-penetration conidia of Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) Van der Aa].Noronha, Marissônia de Araujo 21 January 2003 (has links)
A mancha preta dos citros causada pelo fungo Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) Van der Aa], possui duas formas de infecção, conídios e ascósporos. Informações a respeito da importância dos conídios na epidemiologia da doença são escassas ou controversas. Visando uma maior compreensão sobre o patossistema citros-G. citricarpa (P. citricarpa), os objetivos desta dissertação foram: elaborar e validar uma escala diagramática para avaliação da severidade da mancha preta em folhas de citros; verificar o efeito da temperatura e da duração do período de molhamento na formação de apressórios formados a partir de conídios; observar por meio de microscopia eletrônica de varredura a germinação de conídios e a formação de apressórios sobre folhas destacadas de limão 'Siciliano' submetidas a diferentes temperaturas e períodos de molhamento. A escala diagramática com níveis de severidade de 1; 3; 6; 12; e 24% de área foliar lesionada foi validada por dois grupos de avaliadores, com e sem experiência na quantificação de doenças. Comparada com a avaliação sem escala, o uso da escala proporcionou melhor precisão e acurácia tanto para avaliadores experientes como inexperientes, quando considerada a estimativa média dos mesmos. Na maioria dos casos, os desvios entre estimativas e severidade atual da doença foram mais evidentes para os níveis de severidade entre 5 e 15%. A reprodutibilidade das avaliações resultou em valores de R 2 mais uniformes para a maioria dos avaliadores experientes. Diferenças consideráveis de precisão foram observadas entre avaliadores inexperientes. O efeito da temperatura (10 o C - 40 o C) e da duração do molhamento (4 - 48 h) na formação de apressórios formados a partir de conídios de G. citricarpa (P. citricarpa) foi avaliado sob condições "in vitro" e sobre a superfície de folhas de limão 'Siciliano'. A formação de apressórios ocorreu em todas as temperaturas a partir de 12 horas de molhamento, sendo os extremos de temperatura (10 o C e 40 o C) menos favoráveis à formação de apressórios. A temperatura mínima para formação de apressórios, estimada pela função beta generalizada foi de 3 o C e a máxima de 48,4 o C, ambas para 48 horas de molhamento. A formação de apressórios foi consideravelmente favorecida pela duração do período de molhamento, com o máximo de apressórios formados a 24 horas de molhamento, para a maioria das temperaturas. O período de molhamento constituído de 48 horas foi essencial para que os esporos submetidos a temperaturas de 10 o C e 40 o C, formassem apressórios. A superfície de resposta obtida pela multiplicação das funções beta generalizada e monomolecular apresentou um ajuste satisfatório para os dados observados na estimativa da porcentagem relativa de apressórios formados (R 2 =0,75). As amostras observadas em microscopia eletrônica de varredura possibilitaram a aquisição de imagens de conídios e apressórios sobre a superfície de folhas de limão 'Siciliano' em todas as combinações de temperatura e molhamento avaliadas. / Citrus black spot caused by Guignardia citricarpa Kiely [Phyllosticta citricarpa (McAlp.) van der Aa] presents two infection forms, conidia and ascospores. Information regarding the importance of the conidia in the epidemiology of the disease is scarce and controversial. Seeking a better understanding on the pathosystem citrus-G. citricarpa (P. citricarpa), the objectives of this dissertation were: elaborate and validate a diagrammatic scale for assessments of the citrus black spot; verify the effect of the temperature and of the wetness duration in the appressorium formation; observe through scanning electron microscopy the germination and formation of appressorium on outstanding lemon 'Siciliano' leaves submitted to different temperatures and wetness duration. The diagrammatic scale with severity levels of 1; 3; 6; 12; and 24% of diseased leaf area was validated by two groups of raters, with experience and without experience in the quantification of diseases. The scale provided better precision and accuracy for both experienced and inexperienced raters, considering the estimates average of them. In the majority of cases, the bias between estimated and actual disease severity were more evident for disease severity levels between 5 and 15%. The reproducibility of assessments resulted in R 2 with more uniforms values for the majority of the experienced raters, considerable differences of precision were observed among inexperienced raters. The effect of the temperature (10 o C - 40 o C) and of the wetness duration (4 - 48 h) in the germination of conidia and appressoria formation of G. citricarpa (P. citricarpa), was assessed "in vitro" and on the surface of lemon 'Siciliano' leaves. The appressoria formation occurred in all the temperatures starting from 12 hours of wetness. The extreme temperatures (10 o C and 40 o C) were less favorable to the apressorium formation. The minimum temperature for appressorium formation, estimated by generalized beta function was of 3 o C and the maximum of 48,4 o C, both for 48 hours of wetness. The appressorium formation was favored considerably by the wetness duration period, with the maximum of apressoria formed at 24 hours of wetness, for majority of the temperatures. The wetness duration period constituted of 48 hours was essential so that the spores submitted to temperatures of 10 o C and 40 o C, formed appressorium. The response surface obtained by the multiplication of the generalized beta and monomolecular functions provided a close fit to observed data in the estimate of the relative percentage of formed appressorium (R 2 =0,75). The samples observed in scanning electron microscopy made possible the acquisition of images of conidia and appressoria on the surface of lemon 'Siciliano' leaves in all the temperature combinations and wetness evaluated.
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