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Las madres de Plaza de Mayo: à memória do sangue, o legado ao revés / Las Madres de Plaza de Mayo: a la memoria de la sangre, el legado al revés

Maria Fernanda Garbero de Aragão Ponzio 23 March 2009 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / O contexto da Argentina da década de setenta é o cenário de personagens e narrativas que emergem do medo e permanecem, até os dias atuais, em posições de resistência e enfrentamento. Nessa paisagem marcada pela opressão do Estado militar, nascem as Madres de Plaza de Mayo, originadas pela tragédia do desaparecimento forçado de seus filhos. Investidas pela maternidade, elas rompem com a esfera privada para desestabilizar a esfera pública e questionar a memória de um país maculado pelo silenciamento, alcançando um protagonismo viável à reelaboração da dor, em mais de três décadas de luta em defesa de seus filhos. Paralelo às performances na Plaza de Mayo, elas esboçam um intento literário e publicam, durante a ditadura militar, seus primeiros poemas. O desejo anunciado de um encontro com a literatura ganha força no projeto das oficinas literárias, do qual são produzidos cinco livros, restando também um material inédito que servirá de base para publicações futuras. O encontro com a ficção viabiliza um processo narrativo empreendido rumo à reconstrução biográfica do ser responsável pelo nascimento do ator político Madre, quem se torna personagem de si mesma, recriando-se na escritura e propondo novos olhares à memória, ao testemunho. A reelaboração do trauma e o surgimento de uma discursividade capaz de ressignificar a ausência compõem os principais elementos desses textos. Em analogia a personagens como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) e Pelagea Wlassowa (de Gorki- Brecht), elas confirmam uma postura de enfrentamento e se projetam como herdeiras de uma linhagem de mulheres que convulsionaram o público, a partir da entoação de um páthos coletivo. Em devoção aos seus desaparecidos insepultos, as Madres recriam um legado ao revés, presente na escritura e na reinvenção de personagens que encontram o caminho da sobrevivência na memória do filho / El contexto de la Argentina de los años setenta es el escenario de personajes y narrativas que provienen del miedo y permanecen hasta la actualidad en posiciones de resistencia y enfrentamiento. En este paisaje escrito por la opresión del Estado militar, nacen las Madres de Plaza de Mayo, originadas por la tragedia de la desaparición forzada de sus hijos. Investidas por la maternidad, ellas rompen con la esfera privada para desestabilizar la esfera pública y cuestionar la memoria de un país maculado por el silencio, alcanzando una situación de protagonismo viable a la reelaboración del dolor, en más de tres décadas de lucha por la defensa de sus hijos. Paralelo a las performances en la Plaza de Mayo, ellas esbozan un intento literario y publican durante la dictadura sus primeros poemas. El deseo anunciado de un encuentro con la literatura crece en el proyecto de las oficinas literarias, del cual son publicados cinco libros, quedando además material inédito que servirá de base para publicaciones futuras. El encuentro con la ficción viabiliza un proceso narrativo emprendido rumbo a la reconstrucción biográfica del ser responsable por el nacimiento del actor político Madre, quien se transforma en personaje de sí misma, recreándose en la escritura y proponiendo nuevas miradas hacia la memoria y el testimonio. La reelaboración del trauma y el surgimiento de una discursividad capaz de resignificar la ausencia componen los principales elementos de estos textos. En analogía a personajes como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) y Pelagea Wlassowa (de Gorki-Brecht), ellas confirman una postura de enfrentamiento y se proyectan como herederas de un linaje de mujeres que convulsionaron al público a partir de la entonación de un páthos colectivo. En devoción a sus desaparecidos insepultos, las Madres recrean un legado al revés, presente en la escritura y en la reinvención de personajes que encuentran el camino de la supervivencia en la memoria del hijo
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Las madres de Plaza de Mayo: à memória do sangue, o legado ao revés / Las Madres de Plaza de Mayo: a la memoria de la sangre, el legado al revés

Maria Fernanda Garbero de Aragão Ponzio 23 March 2009 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / O contexto da Argentina da década de setenta é o cenário de personagens e narrativas que emergem do medo e permanecem, até os dias atuais, em posições de resistência e enfrentamento. Nessa paisagem marcada pela opressão do Estado militar, nascem as Madres de Plaza de Mayo, originadas pela tragédia do desaparecimento forçado de seus filhos. Investidas pela maternidade, elas rompem com a esfera privada para desestabilizar a esfera pública e questionar a memória de um país maculado pelo silenciamento, alcançando um protagonismo viável à reelaboração da dor, em mais de três décadas de luta em defesa de seus filhos. Paralelo às performances na Plaza de Mayo, elas esboçam um intento literário e publicam, durante a ditadura militar, seus primeiros poemas. O desejo anunciado de um encontro com a literatura ganha força no projeto das oficinas literárias, do qual são produzidos cinco livros, restando também um material inédito que servirá de base para publicações futuras. O encontro com a ficção viabiliza um processo narrativo empreendido rumo à reconstrução biográfica do ser responsável pelo nascimento do ator político Madre, quem se torna personagem de si mesma, recriando-se na escritura e propondo novos olhares à memória, ao testemunho. A reelaboração do trauma e o surgimento de uma discursividade capaz de ressignificar a ausência compõem os principais elementos desses textos. Em analogia a personagens como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) e Pelagea Wlassowa (de Gorki- Brecht), elas confirmam uma postura de enfrentamento e se projetam como herdeiras de uma linhagem de mulheres que convulsionaram o público, a partir da entoação de um páthos coletivo. Em devoção aos seus desaparecidos insepultos, as Madres recriam um legado ao revés, presente na escritura e na reinvenção de personagens que encontram o caminho da sobrevivência na memória do filho / El contexto de la Argentina de los años setenta es el escenario de personajes y narrativas que provienen del miedo y permanecen hasta la actualidad en posiciones de resistencia y enfrentamiento. En este paisaje escrito por la opresión del Estado militar, nacen las Madres de Plaza de Mayo, originadas por la tragedia de la desaparición forzada de sus hijos. Investidas por la maternidad, ellas rompen con la esfera privada para desestabilizar la esfera pública y cuestionar la memoria de un país maculado por el silencio, alcanzando una situación de protagonismo viable a la reelaboración del dolor, en más de tres décadas de lucha por la defensa de sus hijos. Paralelo a las performances en la Plaza de Mayo, ellas esbozan un intento literario y publican durante la dictadura sus primeros poemas. El deseo anunciado de un encuentro con la literatura crece en el proyecto de las oficinas literarias, del cual son publicados cinco libros, quedando además material inédito que servirá de base para publicaciones futuras. El encuentro con la ficción viabiliza un proceso narrativo emprendido rumbo a la reconstrucción biográfica del ser responsable por el nacimiento del actor político Madre, quien se transforma en personaje de sí misma, recreándose en la escritura y proponiendo nuevas miradas hacia la memoria y el testimonio. La reelaboración del trauma y el surgimiento de una discursividad capaz de resignificar la ausencia componen los principales elementos de estos textos. En analogía a personajes como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) y Pelagea Wlassowa (de Gorki-Brecht), ellas confirman una postura de enfrentamiento y se proyectan como herederas de un linaje de mujeres que convulsionaron al público a partir de la entonación de un páthos colectivo. En devoción a sus desaparecidos insepultos, las Madres recrean un legado al revés, presente en la escritura y en la reinvención de personajes que encuentran el camino de la supervivencia en la memoria del hijo
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Competing Discourses in Argentina's Dirty War: The Junta, The Madres de Plaza de Mayo, and León Gieco

Becker, Elizabeth A. 12 November 2010 (has links)
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Redesenhando o papel paterno: memórias e atuação dos pais da Plaza de Mayo: da invisibilidade à confrontação do papel materno

Castelli, Natasha Dias 24 March 2015 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-17T18:23:21Z No. of bitstreams: 1 Natasha Dias Castelli_.pdf: 1303230 bytes, checksum: 2ea21022d42605b68b8fc34fb79db8d1 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-17T18:23:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Natasha Dias Castelli_.pdf: 1303230 bytes, checksum: 2ea21022d42605b68b8fc34fb79db8d1 (MD5) Previous issue date: 2015-03-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho investiga a busca e atuação de pais de desaparecidos por razões políticas, sequestrados e/ou detidos, durante a última ditadura civil-militar argentina (implementada no ano de 1976 com vigência até 1983). O período foi intensamente marcado pela violência por motivos políticos que assolou o país, gerando, entre outros, o saldo de milhares de desaparecimentos forçados. Para pôr em prática o projeto ditatorial de Reorganización Nacional, frente às inúmeras manifestações de resistência, fez-se uso de uma ampla composição repressiva, estatal e clandestina. Diante dessa configuração, surgem diversas organizações encabeçadas principalmente por familiares de vítimas diretas da repressão ditatorial e seus entornos sociais, a fim de questionar o paradeiro de “seus” desaparecidos e exigir transparência e justiça na apuração de seus “casos”. Dentre as organizações estabelecidas por familiares das vítimas, sobretudo entre os anos de 1974 e 1977, as Mães da Plaza de Mayo assumiram um papel de destaque no cenário nacional e internacional enquanto agente político ao longo de mais de 30 anos de atuação. Símbolo da luta em favor dos Direitos Humanos pelo direito à memória, à verdade e à justiça, sua história contou com a participação de uma série de colaboradores e outros familiares. Contudo, pouco foi dito até a atualidade sobre os companheiros destas mães, não só de luta, mas de vida: os pais. Diante do exposto, essa pesquisa procura evidenciar a trajetória de atuação dos Pais da Plaza de Mayo frente ao desaparecimento de seus filhos, discutindo sua participação em organizações de Direitos Humanos e sua invisibilidade, principalmente perante à atuação das mães. A pesquisa foi pautada principalmente pela metodologia da história oral sendo apresentados diversos trechos de entrevistas de pais e, em menor número, de mães, problematizadas sob à luz da diferenciação de suas atuações. Essa é associada, sobretudo, a questões de gênero. Desde a elaboração de estratégias de resistência baseadas nas distinções dos dois sexos, até a construção social dos papéis paterno e materno. Igualmente, dada a opção de trabalhar com história oral e memória, se problematiza a concepção que os mesmos fazem acerca de sua militância em prol dos filhos e o fato de não terem constituído um grupo paterno. Dada a ênfase colocada na construção social da paternidade e da maternidade, foram estabelecidas discussões que vinculam o ofuscamento destes pais em meio à esfera pública ao exercício paterno dentro da esfera privada, entendido como complementar nos cuidados com os filhos. Por fim, propõe-se a elaboração de um espaço próprio para esses, geralmente associados a um grande grupo de familiares, que dê conta de suas especificidades respeitando a elaboração de uma memória inclusiva que valorize suas ações. / El presente trabajo investiga la búsqueda y actuación de padres de desaparecidos por razones políticas, secuestrados y/o detidos, durante la última dictadura civil-militar argentina (implementada en el año 1976 y con vigencia hasta 1983). El período fue intensamente marcado por la violencia por motivos políticos que asoló el país, generando, entre otros, el saldo de millares de desaparecimientos forzados. Para poner en práctica el proyecto dictatorial de Reorganización Nacional, frente a las innumerables manifestaciones de resistencia, se hizo necesario el uso de una amplia composición represiva, estatal y clandestina. Ante esta configuración, surgen diversas organizaciones encabezadas principalmente por familiares de víctimas directas de la represión dictatorial y sus entornos sociales, a fin de cuestionar el paradero de “sus” desaparecidos y exigir transparencia y justicia en la investigación de sus “casos”. En medio a las organizaciones establecidas por familiares de las víctimas, sobre todo entre 1974 y 1977, las Madres de Plaza de Mayo asumieron un rol destacado en el escenario nacional e internacional en cuanto agente político a lo largo de más de 30 años de actuación. Símbolo de la lucha en favor de los Derechos Humanos, por el derecho a la memoria, verdad y justicia, su historia contó con la participación de una serie de colaboradores y otros familiares. Sin embargo, poco fue dicho hasta la actualidad sobre los compañeros de estas madres, no apenas de lucha, sino de vida, los padres Por lo expuesto, esta investigación busca evidenciar la trayectoria de actuación de los Padres de Plaza de Mayo frente al desaparecimiento de sus hijos discutiendo su participación en organizaciones de Derechos Humanos y su invisibilidad, principalmente ante la actuación de las madres. La investigación fue pautada principalmente por la metodología de historia oral siendo presentados diversos trechos de entrevistas de padres, y en menor número de madres, problematizadas bajo la luz de la diferenciación de sus actuaciones. En particular, nos preocupamos con la asociada, sobre todo, a cuestiones de género. Desde la elaboración de estrategias de resistencia basadas en las distinciones de los dos sexos, hasta la construcción social de los roles paterno y materno. Igualmente, dada la opción de trabajar con historia oral y memoria, se problematiza la concepción que los mismos elaboran acerca de su militancia en pro de los hijos y el hecho de no haber constituido un grupo paterno. Dado el énfasis colocado en la construcción social de la paternidad y de la maternidad, fueran establecidas discusiones que vinculan el ofuscamiento de estos padres en medio a la esfera pública el ejercicio paterno dentro de la esfera privada, comprendido como complementario en los cuidados con los hijos. Para concluir, se propone la elaboración de un espacio proprio para estos padres, generalmente asociados a un gran grupo de familiares, que dé cuenta de sus especificidades respetando la elaboración de una memoria inclusiva que valorice sus acciones.
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Movimentos sociais e políticas públicas na Argentina : o caso das Madres de Plaza de Mayo

Cavalcante, Laís Siqueira Ribeiro January 2017 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Pedro C. Chadarevian / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC. Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, 2017. / Este trabalho analisa o debate acerca dos movimentos sociais e sua atuação como atores de políticas públicas na Argentina, a partir de um estudo de caso do movimento social Madres de Plaza de Mayo, verificando como este alterou sua agenda e suas reivindicações ao longo dos anos tornando-se um ator de políticas públicas. Foram realizadas entrevistas com pessoas envolvidas de maneira direta e indireta com as políticas executadas pelas Madres, bem como uma revisão e análise de documentos, informes oficiais, revistas e jornais produzidos pela Fundación Madres de Plaza de Mayo, que estão disponíveis na biblioteca das Madres na sede da Associação. Também foram objeto de análise artigos, documentos, bancos de dados sobre a ditadura militar argentina, revistas e jornais, de forma a buscar uma visão completa dos acontecimentos. O estudo realizado mostra que o movimento se transformou ao longo desses anos tendo momentos de maior distanciamento do Estado, e momentos em que esteve mais próximo não no sentido de ser cooptado pelo governo, mas de atuar em parceria. Sua agenda também se modificou no decorrer desse período, mas tendo sempre como fio condutor a temática da ditadura, e de como o modelo neoliberal gera pobreza e agrava as desigualdades. / This study analysis the debate about social movements and their role as public politics actors in Argentina, and also makes a case study of the social movement Madres de Plaza de Mayo that aims to verify how it has changed its agenda and its claims during the years, becoming a public policy actor. Interviews were conducted with people that was directly or indirectly involved on politics that was developed by Madres, as well as a review and analysis from documents, official reports, magazines and journals that was produced by the Fundación Madres de Plaza de Mayo, which are available on the Madres library at the association's headquarters. It was also object of analysis articles, documents, military dictatorship databases, magazines and journals, that aims to obtain a completely view of the events. The study shows that the movement has changed over the years by having moments of greater distance from the State, and moments of closeness, not in the sense of being coopted by the government, it was a partnership. The Madres agenda has changed over the course of this period, but they always have as a guiding principle the theme of dictatorship and how the neoliberal model generates poverty and aggravates inequalities.

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