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Saúde, doença mental e serviços de saúde na visão de adolescentes e seus cuidadores

Morais, Camila de Aquino January 2008 (has links)
O estudo investigou a visão de adolescentes e seus cuidadores sobre saúde/doença mental, estereótipos e acessibilidade aos serviços de saúde, bem como as principais redes de apoio e estratégias de cuidado utilizadas pelos adolescentes. Participaram do estudo 30 adolescentes de ambos os sexos da periferia de Porto Alegre com idades entre 14 a 18 anos e 28 cuidadores destes, 10 do sexo masculino com idade entre 27 a 55 anos e 18 do sexo feminino com idade entre 31 a 67 anos. Da amostra total dos adolescentes foram entrevistadas 20 famílias de variada configuração. Como instrumentos foram utilizados: diário de campo, roteiro de entrevista da família e questionários auto-aplicáveis. Os resultados dos questionários foram analisados através do SPSS 13.0, sendo levantadas estatísticas descritivas. Para os diários de campo e roteiro de entrevista utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados destes dois instrumentos mostraram a implicação dos aspectos socioeconômicos e dos acontecimentos estressantes da história de vida familiar na saúde mental dos adolescentes e membros da família. Os resultados dos questionários revelaram que a visão de saúde mental dos adolescentes estava associada à capacidade de pensar de forma crítica e relacionar-se bem com os outros. Da doença mental, os adolescentes apresentaram uma visão integradora entre corpo-mente. Os profissionais de saúde, os pais e amigos constaram como as principais redes de apoio. Foram encontradas mais barreiras ideológicas do que estruturais para o acesso aos serviços de saúde. As estratégias de cuidado variaram entre comportamentos em busca de mudança e fuga do problema. Na visão dos cuidadores, saúde mental esteve associada com o bom funcionamento físico, cognitivo e com a satisfação pessoal, apresentando algumas diferenças entre a visão do cuidador e da cuidadora. Da doença mental, identificou-se uma visão integradora corpo-mente e associação com problemas de concentração. A escola, o profissional de saúde e a mídia foram os principais formadores de opinião sobre a visão de saúde/doença mental. Dos estereótipos, foram identificadas mais barreiras ideológicas do que estruturais. Acerca da busca de ajuda e rede de apoio, a mãe, o pai e profissionais de saúde foram citados. Das estratégias de cuidado incentivadas aos adolescentes, a busca de mudança foi mais freqüente. Intervenções sociais e meios de melhorar a prestação de serviços em saúde mental aos adolescentes são discutidos. / The aim of this study was to investigate adolescents' and their caregivers' perspective about mental health and illness, stereotypes and accessibility to mental health services, as well as the main support networks and strategies used by adolescen ts to look after themselves. 30 female and male adolescents living in the suburb of Porto Alegre aged 14 to 18; and 28 caregivers, 10 male aged 27 to 55 and 18 female aged 31 to 67 participated in the study. 20 out of 30 adolescents' families were intervie wed during home visits. Families showed different configuration. Field diary, family interview, self-applicable questionnaires on mental health and illness were applied. Questionnaires results were analyzed with SPSS 13.0 and descriptive statistics was mad e for all items. Content analysis was adopted to analyze qualitative data in field diary and family interview. Results from those two instruments showed the implication of socioeconomic aspects and stressful occurrences of family history on adolescents and other family members' mental health. Questionnaire results unveil that adolescents' mental health was associated to the ability of thinking critically and getting along well with others. Adolescents presented an integrated view of health and body. Health professionals, parents and friends formed the main support networks for adolescents. Ideological barrier with regard to access to health services were found more than structural. Adolescents presented care strategies that varied from behaviors in search of change and scape from the problem. Caregivers' mental health perspective was associated with good physical and cognitive functioning and personal satisfaction, presenting some difference between male and female caregivers' perspective. About mental illnes s, caregivers presented an integrated view of body and mind and associated with concentration problems. School, health professional and media are the main opinion boosters about mental health and illness. About stereotypes was found more ideological barriers than structural. Mother, father and health professionals were the main help - seeking. Care strategies motivated to adolescents' indicates search of change when feeling mentally sick. Social interventions and ways to improve health services for adolescents were discussed.
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Saúde, doença mental e serviços de saúde na visão de adolescentes e seus cuidadores

Morais, Camila de Aquino January 2008 (has links)
O estudo investigou a visão de adolescentes e seus cuidadores sobre saúde/doença mental, estereótipos e acessibilidade aos serviços de saúde, bem como as principais redes de apoio e estratégias de cuidado utilizadas pelos adolescentes. Participaram do estudo 30 adolescentes de ambos os sexos da periferia de Porto Alegre com idades entre 14 a 18 anos e 28 cuidadores destes, 10 do sexo masculino com idade entre 27 a 55 anos e 18 do sexo feminino com idade entre 31 a 67 anos. Da amostra total dos adolescentes foram entrevistadas 20 famílias de variada configuração. Como instrumentos foram utilizados: diário de campo, roteiro de entrevista da família e questionários auto-aplicáveis. Os resultados dos questionários foram analisados através do SPSS 13.0, sendo levantadas estatísticas descritivas. Para os diários de campo e roteiro de entrevista utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados destes dois instrumentos mostraram a implicação dos aspectos socioeconômicos e dos acontecimentos estressantes da história de vida familiar na saúde mental dos adolescentes e membros da família. Os resultados dos questionários revelaram que a visão de saúde mental dos adolescentes estava associada à capacidade de pensar de forma crítica e relacionar-se bem com os outros. Da doença mental, os adolescentes apresentaram uma visão integradora entre corpo-mente. Os profissionais de saúde, os pais e amigos constaram como as principais redes de apoio. Foram encontradas mais barreiras ideológicas do que estruturais para o acesso aos serviços de saúde. As estratégias de cuidado variaram entre comportamentos em busca de mudança e fuga do problema. Na visão dos cuidadores, saúde mental esteve associada com o bom funcionamento físico, cognitivo e com a satisfação pessoal, apresentando algumas diferenças entre a visão do cuidador e da cuidadora. Da doença mental, identificou-se uma visão integradora corpo-mente e associação com problemas de concentração. A escola, o profissional de saúde e a mídia foram os principais formadores de opinião sobre a visão de saúde/doença mental. Dos estereótipos, foram identificadas mais barreiras ideológicas do que estruturais. Acerca da busca de ajuda e rede de apoio, a mãe, o pai e profissionais de saúde foram citados. Das estratégias de cuidado incentivadas aos adolescentes, a busca de mudança foi mais freqüente. Intervenções sociais e meios de melhorar a prestação de serviços em saúde mental aos adolescentes são discutidos. / The aim of this study was to investigate adolescents' and their caregivers' perspective about mental health and illness, stereotypes and accessibility to mental health services, as well as the main support networks and strategies used by adolescen ts to look after themselves. 30 female and male adolescents living in the suburb of Porto Alegre aged 14 to 18; and 28 caregivers, 10 male aged 27 to 55 and 18 female aged 31 to 67 participated in the study. 20 out of 30 adolescents' families were intervie wed during home visits. Families showed different configuration. Field diary, family interview, self-applicable questionnaires on mental health and illness were applied. Questionnaires results were analyzed with SPSS 13.0 and descriptive statistics was mad e for all items. Content analysis was adopted to analyze qualitative data in field diary and family interview. Results from those two instruments showed the implication of socioeconomic aspects and stressful occurrences of family history on adolescents and other family members' mental health. Questionnaire results unveil that adolescents' mental health was associated to the ability of thinking critically and getting along well with others. Adolescents presented an integrated view of health and body. Health professionals, parents and friends formed the main support networks for adolescents. Ideological barrier with regard to access to health services were found more than structural. Adolescents presented care strategies that varied from behaviors in search of change and scape from the problem. Caregivers' mental health perspective was associated with good physical and cognitive functioning and personal satisfaction, presenting some difference between male and female caregivers' perspective. About mental illnes s, caregivers presented an integrated view of body and mind and associated with concentration problems. School, health professional and media are the main opinion boosters about mental health and illness. About stereotypes was found more ideological barriers than structural. Mother, father and health professionals were the main help - seeking. Care strategies motivated to adolescents' indicates search of change when feeling mentally sick. Social interventions and ways to improve health services for adolescents were discussed.
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"Vad sätter de sitt hopp till?" : En kvalitativ studie om pandemins påverkan på självskattad hälsa hos unga kvinnor / To What Do They Put Their Hope? : A Qualitative Study on the Impact of the Pandemic on Self-rated Health in Young Women

Ericson, Matilda January 2023 (has links)
To get closer to an answer to the questions of how the pandemic affected one's mental health after the pandemic, but also how it affected one's church involvement and one's own faith in God, interviews were conducted with five young women, aged 19–25 years. I used a mixed method, namely three short questionnaires where the informants had to assess their mental, existential, physical, and social health, as well as describe their church involvement, before, during and after the pandemic. These questionnaires were then the basis for the interviews, where they had to nuance their answers even more. In this way, the study's material and empirical data were collected. This was then analyzed based on selected theories dealing with coping, religious coping, meaning-based coping, and spirituality processes. The results of the study show that the pandemic affected the informants in different ways and to different extents. What one brought into the pandemic when it comes to one's mental, existential, physical, and social health tends to influence how one coped with it and what consequences the pandemic created for one's well-being. On the other hand, most of the informants expressed that they take with them new perspectives and lessons learned from the pandemic that they did not have in the same way before. Much of what they mention is that you learned how the body works and that your well-being is better from physical activity, or that now, after the pandemic, you can choose in a different way what you want to be involved in when it comes to the social aspect, but also concrete social interactions and relationships. They prioritize their well-being and well-being in a different way.
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A Quality Improvement Project on the Use of Additional SMS Reminders to Improve Patient Adherence to Scheduled Appointments

Fomujang, Mafon 30 November 2022 (has links)
No description available.
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Sentidos sobre saúde-doença mental: uma interlocução com usuários que participam de um grupo terapêutico do CAPS

RODRIGUES, Dayane Silva January 2011 (has links)
RODRIGUES , Dayane Silva. Sentidos sobre saúde-doença mental: uma interlocução com usuários que participam de um grupo terapêutico do CAPS. 2011. 109 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-01-05T13:50:40Z No. of bitstreams: 1 2011_dis_DSRodrigues.PDF: 867477 bytes, checksum: 2b8f5120e3eb9c9ad8c3dc4a503c8bb4 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-03-08T13:27:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_dis_DSRodrigues.PDF: 867477 bytes, checksum: 2b8f5120e3eb9c9ad8c3dc4a503c8bb4 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-03-08T13:27:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_dis_DSRodrigues.PDF: 867477 bytes, checksum: 2b8f5120e3eb9c9ad8c3dc4a503c8bb4 (MD5) Previous issue date: 2011-08-15 / This paper aimed to analyze the constructed meanings of health-mental illness participating in a therapeutic group of CAPS and its implications to the process of institutionalization of madness. To do so, was referenced in the contributions of Public Health, regarding the social production of health-disease process and also on the theoretical contributions of the field of Mental Health on the proposal of de-institutionalization of madness in the daily practice of care and attention to users. In addition to these bases, the study also has the frame of the Cultural-Historical Theory of Mind, with regard to their elaborations around the theme of the senses. Methodologically, the research was configured as a qualitative research. The study was conducted at the General CAPS II, Fortaleza-Ce, through contact with an institution of the therapy groups, the group of human flourishing. Contact with this group began in July 2010, primarily through the methodology of participant observation, in order to understand the mode of operation of the proposed therapy. Subsequently, we performed an Individual Semi-Structured Interview with one of the participants. Finally, a questionnaire was written in twelve people in the group, which also participated in a Culture Circle on the subject of this research. Material from these methodologies was recorded by audio-recorded, transcribed and analyzed using thematic analysis. As a result of this proposed analysis, three themes were categorized that stood out the speech of the participants, namely: the concept of madness and mental health-disease process, the stories and "stories" that explain the stock-suffering and production mental health, the construction of meanings and deinstitutionalization. The findings of this survey indicate that the madness and the health-mental illness find themselves immersed in a framework of great scientific uncertainty, which generates many possible meanings around the issue. The meanings of health and mental illness produced with participants circulated around opposing adjectives that indicated the presence of a remarkable notion of mental health as something unattainable, because it signifies the absence of disease. Since mental illness was perceived as a misfit, error, imbalance and accumulation of problems. On the other hand, participants also highlighted the existence of different modes of being and existence in the world as marks of singularities, which are often diagnosed as insane. They pointed out the need to trim live with these differences and their grieving process. As a result of the study, it is pointed towards the category as an essential tool to be valued and worked in the proposed institutionalization of madness in everyday mental health services. / Esta dissertação objetivou analisar os sentidos construídos sobre saúde-doença mental por participantes de um grupo terapêutico do CAPS e suas implicações ao processo de desinstitucionalização da loucura. Para tanto, esteve referenciada nos aportes da Saúde Coletiva, no tocante a produção social do processo saúde-doença e ainda nas contribuições teóricas do campo da Saúde Mental sobre a proposta de desinstitucionalização da loucura no cotidiano das práticas de cuidado e atenção aos usuários. Além dessas bases, o estudo conta também com o referencial da Teoria Histórico-Cultural da Mente, no que se refere às suas elaborações em torno da temática dos sentidos. Metodologicamente, a pesquisa se configurou como uma investigação de caráter qualitativo. A pesquisa foi realizado no CAPS Geral da SER II de Fortaleza, por meio do contato com um dos grupos terapêuticos dessa instituição, o Grupo de Florescimento Humano. O contato com esse grupo iniciou-se em julho de 2010, primeiramente, por meio da metodologia da Observação Participante, com intuito de conhecer o modo de funcionamento dessa proposta terapêutica. Posteriormente, foi realizada uma Entrevista Individual Semi-Estruturada com uma das participantes. Por fim, foi aplicado um questionário escrito com doze pessoas do grupo, as quais também participaram de um Círculo de Cultura sobre o tema desta pesquisa. O material oriundo desses procedimentos foi registrado com o auxílio de um gravador de voz, em seguida, foi transcrito e analisado com base na metodologia da Análise Temática. Como resultado de tal proposta de análise, foram categorizados três temas que mais se destacaram do discurso dos participantes, quais sejam: a conceituação da loucura e do processo saúde-doença mental; as histórias e “estórias” que explicam as existências-sofrimento e a produção da saúde mental; a construção de sentidos e desinstitucionalização. Os achados desta pesquisa apontam que a loucura e o processo saúde-doença mental encontram-se imersos em um quadro de grande indefinição científica, que gera muitas possibilidades de significações em torno da questão. Os sentidos de saúde e doença mental produzidos com os participantes circularam em torno de adjetivos antagônicos que indicaram a presença marcante de uma noção de saúde mental como algo inalcançável, por significar a ausência de doenças. Já a doença mental foi percebida como desajuste, erro, desequilíbrio e acúmulo de problemas. Por outro lado, os participantes também destacaram a existência de diferentes modos de ser e existir no mundo como marcas de singularidades, que, frequentemente são diagnosticadas como loucura. Eles apontaram apara a necessidade de convivência com essas diferenças e com seu processo de sofrimento. Como mais um resultado do estudo, foi discutida a importância da categoria sentido, como ferramenta essencial a ser valorizada e trabalhada na proposta de desinstitucionalização da loucura no cotidiano dos serviços de saúde mental.

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