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Recidiva da Hanseníase no estado da Bahia

Silva, Fabíola Leal 02 December 2014 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-06T18:27:12Z No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-15T14:34:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T14:34:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Diss MP Fabiola Leal. 2014.pdf: 656656 bytes, checksum: c93965bc227e7f040c0864ea593f13a3 (MD5) / A hanseníase persiste como importante problema de saúde pública para o Brasil. Uma das estratégias para controle da endemia da hanseníase é o tratamento adequado dos pacientes com o regime de poliquimioterapia recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Portanto, o monitoramento dos casos de recidiva assume importância por se constituir como o melhor método para medir a eficácia do tratamento. Segundo dados da OMS, o Brasil é o país com maior registro de casos de recidiva no mundo; são poucos os estudos nacionais sobre o tema e nenhum no estado da Bahia. Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de todas as entradas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN/BA) por recidiva diagnosticadas no estado da Bahia e na unidade de referência estadual para tratamento de pacientes com hanseníase. Método: Estudo transversal de todas as entradas no sistema de informação por recidiva em hanseníase diagnosticada pelas unidades de saúde do estado da Bahia e pela unidade de referência estadual , no período de 2001 a 2012. As informações foram obtidas do SINAN/BA fornecidas pelo setor de vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB). Resultados: Foram registrados 1329 entradas por recidiva na Bahia no período de 2001 a 2012, sendo 90 na unidade de referência estadual. Do total de casos, a média de idade foi de 43,3 anos e 59,2% eram do sexo masculino, 70,9% tinha a forma dimorfa ou virchoviana e 77% foram classificados como multibacilares. Entretando apenas 20,6% dos pacientes realizaram baciloscopia e somente 21,4% tinham informação sobre comprometimento neural. Conclusão: O percentual de recidivas no estado da Bahia é influenciado pelos casos notificados em municípios sem centros de referência. È essencial melhorar a precisão diagnóstica nos serviços de saúde do estado, inclusive da unidade de referência estadual, e facilitar o acesso dos pacientes com suspeita de recidiva aos serviços especializados.
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Análise do perfil de segurança do tratamento para hanseníase em um hospital universitário de Salvador, Bahia

Santos, Carla de Jesus January 2016 (has links)
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, chamada anteriormente no Brasil de lepra e encontrada em registros de antes de Cristo. É uma doença infecciosa, de evolução crônica, que acomete predominantemente a pele, os nervos periféricos e as mucosas, além de outros órgãos e estruturas, sendo o agente etiológico, o Mycobacterium leprae. A Organização Mundial de Saúde propõe o uso dos esquemas terapêuticos padronizados ou substitutivos para controle desta doença. É pressuposto que um dos motivos de abandono do tratamento seja a ocorrência de reações adversas relativas à terapia. A estratégia global de controle da hanseníase, portanto, deve incluir o desenvolvimento de uma vigilância efetiva dentro dos serviços de saúde. Com o objetivo de analisar o perfil de segurança da farmacoterapia utilizada no tratamento da hanseníase, foi realizado um estudo observacional, transversal, retrospectivo com a população de pacientes em tratamento para hanseníase, com esquemas padrão ou substitutivo, em Hospital Universitário de Salvador/BA, 2009 a 2015. Dos 292 pacientes eleitos, 68,8% dos indivíduos eram procedentes da capital; 70,5% pertenciam à faixa etária de adultos; 52,7% eram do gênero feminino; 47,6% eram de cor parda; 40,1% dos indivíduos eram casados; 15,4% tinham apenas ensino fundamental incompleto; 64,4% apresentaram resultado de baciloscopia negativo; 60,3% classificados como paucibacilares; 30,5% dos pacientes com forma clínica predominante tuberculóide e 59,9% das pessoas não desenvolveram surto reacional durante a poliquimioterapia. Foram notificados 114 indivíduos com suspeita de pelo menos uma reação adversa a medicamento (RAM), resultando em 150 notificações. A suspeita de reação mais frequente foi anemia (57%), seguida de xerose cutânea (6%), hiperpigmentação (3%) e cefaleia (4%), dentre outras. Em 75,4% dos casos notificados, a dapsona foi o medicamento suspeito no desencadeamento da reação adversa. A razão de prevalência foi calculada para as notificações de suspeita realizadas e 52% dos pacientes com resultado normal para deficiência da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase foram notificados com suspeita de anemia, além de 31,6% de substituições de esquema dentre os notificados com suspeita de reação adversa. A poliquimioterapia padrão, nesta população especificamente, demonstrou ser segura, uma vez que apesar do número elevado de notificações de suspeitas de RAM, a maioria apresentou resolução no curso da terapia, com um percentual reduzido de substituições. A pesquisa agregou valores frente à escassez de achados na literatura para tal população. Os resultados poderão contribuir para um maior cuidado com os pacientes assistidos, ratificando a necessidade de vigilância contínua do uso da poliquimioterapia. / Hansen's Disease is one of the oldest diseases of mankind, formerly known as leprosy, and found in records from before Christ. It is an infectious disease, of chronic evolution, which predominantly affects the skin, peripheral nerves and mucous membranes, as well as other organs and structures. Its etiologic agent is Mycobacterium leprae. The World Health Organization suggest the use of the standard therapeutic regimen or replacement regimen in order to treat the disease. It is assumed that one reason for treatment withdrawal is the occurrence of adverse reactions during the therapy. In order to analyze the safety profile of the pharmacotherapy chosen in the treatment, an observational, cross-sectional, retrospective study was carried out with the population of patients undergoing treatment for Hansen's Disease with standard or replacement regimens at the University Hospital in Salvador - BA, 2009 to 2015. 292 patients were elected: 68.8% of them were from the capital; 70.5% belonged to the adult age group; 52.7% were female; 47.6% were brown; 40.1% of the individuals were married; 15.4% had not finished middle school; 64.4% presented negative sputum culture results; 60.3% classified as paucibacillary cases; 30.5% of the patients were diagnosed with predominant tuberculoid clinical form and 59.9% of the patients did not develop a reaction outbreak during multidrug therapy. Reports showed that 114 subjects were suspected of having at least one drug adverse reaction, resulting in 150 reports. The most frequent suspected reaction was anemia (57%), followed by xerodermia (6%), hyperpigmentation (3%) and headache (4%), among others. In 75.4% of reported cases, Dapsone was the suspected drug. The prevalence ratio was calculated for the suspected reports. 52% of patients with normal results for glucose-6-phosphate dehydrogenase enzyme deficiency were suspected of having anemia, in addition to 31.6% of regimen replacements among those reported with suspected adverse reactions. The standard multidrug therapy, particularly among this population, has been proven to be a safe choice, despite the high numbers of suspected reports of ADR, most patients presented signs of resolution during of therapy, with a low percentage of replacements. The research added values regarding the safety profile of the treatment for Hansen's Disease in the face of the scarcity of findings in the literature for such population. The results not only will contribute to a greater care with the elected patients, but will also confirm the need for continuous watching of multidrug therapy use.
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Fatores associados à baixa adesÃo ao tratamento da HasenÃase em pacientes de 78 municipios do Estado do Tocantins. / Factors associated with poor adherence to treatment in patients HasenÃase of 78 districts of the state of Tocantins.

Olga Andrà Chichava 02 December 2010 (has links)
IntroduÃÃo: A aderÃncia ao tratamento de doenÃas crÃnicas à uma questÃo complexa e envolve nÃo sà a responsabilidade das pessoas afetadas, mas tambÃm das equipes profissionais de saÃde e das redes sociais. Nos Ãltimos anos, a nÃo adesÃo à poliquimioterapia (PQT) foi reduzida significativamente no Brasil. No entanto, a questÃo ainda à um obstÃculo importante no controle da doenÃa, podendo levar a permanÃncia de fontes de infecÃÃo, cura incompleta, complicaÃÃes irreversÃveis e multiresistÃncia. MÃtodos: Realizamos um estudo de base populacional em 78 municÃpios pertencentes a uma Ãrea endÃmica (cluster 1) de hansenÃase, no norte do estado de Tocantins. Tocantins à o estado com os maiores Ãndices de taxa de detecÃÃo anual (88.54/100.000 na populaÃÃo geral e 26.48/100.000 em <15 anos em 2009). Aplicou-se questionÃrio estruturado com perguntas relativo a caracterÃsticas sÃciodemogrÃficas, clÃnicas, relacionadas ao serviÃo e comportamento. Para a anÃlise de fatores de risco definiu-se faltoso como indivÃduos que nÃo completaram as doses supervisionadas em 7 meses (PB) e em 13 meses (MB), e abandono o paciente que nÃo compareceu nos Ãltimos 12 meses à unidade de saÃde onde faz o tratamento. Resultados: Do total de 936 indivÃduos incluÃdos na anÃlise, 491 (52,5%) eram do sexo masculino. A idade variou de 5 a 99 anos (mÃdia = 42,1 anos). Duzentos e vintecinco (24,0%) eram analfabetos. No total, 497 (55,6%) foram classificados como PB, e 395 (44,1%) como MB. Foram identificados 28 (3,0%) pacientes que abandonaram PQT; 16 abandonos foram detectados pela revisÃo do sistema de informaÃÃo SINAN, e um adicional de 12 abandonos no local nos prontuÃrios dos pacientes durante o trabalho de campo. No total, 147/806 (18,2%) foram identificados como faltosos. O abandono foi significativamente associado com: baixo nÃmero de cÃmodos por domicÃlio (OR = 3,43; intervalo de confianÃa de 95%: 0,98-9,69, p = 0,03); mudanÃa de residÃncia apÃs o diagnÃstico (OR = 2,90; 0,95-5,28; p = 0,04) e baixa renda familiar (OR = 2,42; 1,02-5,63; p = 0,04). Falta Ãs doses supervisionadas mostrou associaÃÃo com: baixo nÃmero de cÃmodos por domicÃlio (OR = 1,95; 0,98-3,70; p = 0,04); dificuldade em engolir remÃdios da PQT (OR = 1,66; 1,03-2,63; p = 0,02); falta temporÃria de PQT nos centros de saÃde (OR = 1,67; 1,11-2,46; p = 0,01) e mudanÃa de residÃncia apÃs o diagnÃstico (OR = 1,58; 1,03-2,40; p = 0,03). A regressÃo logÃstica identificou que a falta temporÃria de PQT foi um fator de risco independente para os faltosos (OR ajustada = 1,56; 1,05-2,33; p = 0,03), e o tamanho da residÃncia foi fator de proteÃÃo (OR ajustada = 0,89 por cada quarto adicional; 0,80-0,99, p = 0,03). O tamanho da residÃncia tambÃm foi independentemente associada à falta no tratamento (OR ajustada = 0,67; 0,52-0,88; p = 0,003). AlÃm disso, foram identificados 334 (35,6%) participantes que disseram que tinham interrompido a PQT pelo menos uma vez. O tempo mÃdio de interrupÃÃo indicado pelos participantes foi de 15 dias, com um mÃximo de trÃs anos (variaÃÃo interquartil: 6-30 dias). A razÃo mais comum para a interrupÃÃo dada pelos pacientes foi a nÃo disponibilidade de medicamentos no respectivo centro de saÃde (211; 62,9%), seguido por esquecimento (44; 12,0%) e efeitos adversos à PQT (28; 8,3%). ConclusÃes: O estudo mostra que ainda existem desafios a serem enfrentados em relaÃÃo à adesÃo à PQT no Brasil. Como conseqÃÃncia dos esforÃos realizados pelo programa de controle de hansenÃase do Estado do Tocantins, fatores relacionados ao serviÃos desempenharam um papel menor, apesar de escassez intermitente de fornecimento de medicamentos. Uma abordagem integrada à necessÃria para melhorar ainda mais o controle, focando nos grupos populacionais mais vulnerÃveis, como as populaÃÃes carentes e migrantes. Produtores da PQT devem considerar outras formulaÃÃes orais mais facilmente aceitas pelos pacientes. Considerando as conseqÃÃncias da baixa adesÃo ao tratamento, tais como o possÃvel desenvolvimento de resistÃncia do Mycobacterium leprae contra os antibiÃticos da PQT, e persistÃncia de fontes de transmissÃo em comunidades, futuros estudos devem ser aprofundados para melhorar a aderÃncia à PQT, principalmente em regiÃes hiperendÃmicas / Background: Adherence to treatment of chronic diseases is a complex issue and involves not only responsibility of the diseased persons, but also the health professional teams and the patientsâ social networks. In the last years, non-adherence to multidrug therapy (MDT) against leprosy has been reduced significantly in Brazil. However, low adherence to MDT is still an important obstacle of disease control, and may lead to remaining sources of infection, incomplete cure, irreversible complications, and multidrug resistance. Methods: We performed a population-based study in 78 municipalities pertaining to a leprosy hyperendemic cluster in northern Tocantins State, central Brazil. Tocantins is the State with highest leprosy detection rates (annual detection rate of 88.54/100.000 in the general population, and of 26.48/100.000 in <15 year-olds in 2009). We reviewed the database of the National Information System for Notifiable Diseases (Sistema de InformaÃÃo de Agravos de NotificaÃÃo â SINAN), and applied structured questionnaires on leprosy-affected individuals regarding socio-demographic, clinical, service-related and behavior-related characteristics. Two different outcomes for assessment of risk factors were used: defaulting (defined as individuals with incomplete MDT not presenting to the health care center for monthly supervised treatment for >12 months); and interruption of MDT (defined as duration PB treatment > 7 months; and of MB treatment > 13 months). In addition, we asked participants who said that they had interrupted MDT at least once in an open question about their reasons for interrupting. Results: Of the total of 936 individuals included in data analysis, 491 (52.5%) were males; the age ranged from 5 to 99 years (mean=42.1 years). Two-hundred and twenty-five (24.0%) were illiterate. In total, 497 (55.6%) were classified as PB, and 395 (44.1%) as MB leprosy. We identified 28 (3.0%) patients who defaulted MDT; 16 defaulters were included by reviewing the SINAN data information system, and an additional 12 locally in the patientsâ charts during field work. In total, 147/806 (18,2%) interrupted MDT. Defaulting was significantly associated with: low number of rooms per household (OR=3.43; 95% confidence interval: 0.98â9.69; p=0.03); moving to another residence after diagnosis (OR=2.90; 0.95â5.28; p=0.04); and low family income (OR=2.42; 1.02â 5.63: p=0.04). Interruption of treatment was associated with: low number of rooms per household (OR=1.95; 0.98â3.70; p=0.04); difficulty in swallowing MDT drugs (OR=1.66; 1.03â2.63; p=0.02); temporal non-availability of MDT at the health center (OR=1.67; 1.11â2.46; p=0.01); and moving to another residence (OR=1.58; 1.03â2.40; p=0.03). Logistic regression identified temporal nonavailability of MDT as an independent risk factor for treatment interruption (adjusted OR=1.56; 1.05â2.33; p=0.03), and residence size as a protective factor (adjusted OR=0.89 per additional number of rooms; 0.80â0.99; p=0.03). Residence size was also independently associated with defaulting (adjusted OR=0.67; 0.52â0.88; p=0.003). In addition, we identified 334 (35.6%) participants who said that they had interrupted MDT at least once. The median time of interruption stated by study participants was 15 days, with a maximum of three years (interquartile range: 6-30 days). The most common reason for interruption given by these was non-availability of medication at the respective health care centre (211; 62.9%). Others forgot to take the medicine (44; 12.0%) or interrupted due to drug-related adverse events (28; 8.3%). Conclusions: The study shows that there are still challenges to be tackled regarding MDT in Brazil. As a consequence of the efforts done by the Tocantins State Leprosy Control Program, healthservice related factors played a minor role, despite intermittent shortage of drug supply. An integrated approach is needed for further improving control, focusing on the most vulnerable population groups such as the socio-economically underprivileged and migrants. MDT producers should consider oral drug formulations that may be more easily accepted by patients. Considering the consequences of low adherence to treatment, such as possible development of MDT resistance, and persisting sources of transmission, future in-depth studies are needed to improve further adherence, mainly in hyperendemic regions
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Análise do perfil de segurança do tratamento para hanseníase em um hospital universitário de Salvador, Bahia

Santos, Carla de Jesus January 2016 (has links)
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, chamada anteriormente no Brasil de lepra e encontrada em registros de antes de Cristo. É uma doença infecciosa, de evolução crônica, que acomete predominantemente a pele, os nervos periféricos e as mucosas, além de outros órgãos e estruturas, sendo o agente etiológico, o Mycobacterium leprae. A Organização Mundial de Saúde propõe o uso dos esquemas terapêuticos padronizados ou substitutivos para controle desta doença. É pressuposto que um dos motivos de abandono do tratamento seja a ocorrência de reações adversas relativas à terapia. A estratégia global de controle da hanseníase, portanto, deve incluir o desenvolvimento de uma vigilância efetiva dentro dos serviços de saúde. Com o objetivo de analisar o perfil de segurança da farmacoterapia utilizada no tratamento da hanseníase, foi realizado um estudo observacional, transversal, retrospectivo com a população de pacientes em tratamento para hanseníase, com esquemas padrão ou substitutivo, em Hospital Universitário de Salvador/BA, 2009 a 2015. Dos 292 pacientes eleitos, 68,8% dos indivíduos eram procedentes da capital; 70,5% pertenciam à faixa etária de adultos; 52,7% eram do gênero feminino; 47,6% eram de cor parda; 40,1% dos indivíduos eram casados; 15,4% tinham apenas ensino fundamental incompleto; 64,4% apresentaram resultado de baciloscopia negativo; 60,3% classificados como paucibacilares; 30,5% dos pacientes com forma clínica predominante tuberculóide e 59,9% das pessoas não desenvolveram surto reacional durante a poliquimioterapia. Foram notificados 114 indivíduos com suspeita de pelo menos uma reação adversa a medicamento (RAM), resultando em 150 notificações. A suspeita de reação mais frequente foi anemia (57%), seguida de xerose cutânea (6%), hiperpigmentação (3%) e cefaleia (4%), dentre outras. Em 75,4% dos casos notificados, a dapsona foi o medicamento suspeito no desencadeamento da reação adversa. A razão de prevalência foi calculada para as notificações de suspeita realizadas e 52% dos pacientes com resultado normal para deficiência da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase foram notificados com suspeita de anemia, além de 31,6% de substituições de esquema dentre os notificados com suspeita de reação adversa. A poliquimioterapia padrão, nesta população especificamente, demonstrou ser segura, uma vez que apesar do número elevado de notificações de suspeitas de RAM, a maioria apresentou resolução no curso da terapia, com um percentual reduzido de substituições. A pesquisa agregou valores frente à escassez de achados na literatura para tal população. Os resultados poderão contribuir para um maior cuidado com os pacientes assistidos, ratificando a necessidade de vigilância contínua do uso da poliquimioterapia. / Hansen's Disease is one of the oldest diseases of mankind, formerly known as leprosy, and found in records from before Christ. It is an infectious disease, of chronic evolution, which predominantly affects the skin, peripheral nerves and mucous membranes, as well as other organs and structures. Its etiologic agent is Mycobacterium leprae. The World Health Organization suggest the use of the standard therapeutic regimen or replacement regimen in order to treat the disease. It is assumed that one reason for treatment withdrawal is the occurrence of adverse reactions during the therapy. In order to analyze the safety profile of the pharmacotherapy chosen in the treatment, an observational, cross-sectional, retrospective study was carried out with the population of patients undergoing treatment for Hansen's Disease with standard or replacement regimens at the University Hospital in Salvador - BA, 2009 to 2015. 292 patients were elected: 68.8% of them were from the capital; 70.5% belonged to the adult age group; 52.7% were female; 47.6% were brown; 40.1% of the individuals were married; 15.4% had not finished middle school; 64.4% presented negative sputum culture results; 60.3% classified as paucibacillary cases; 30.5% of the patients were diagnosed with predominant tuberculoid clinical form and 59.9% of the patients did not develop a reaction outbreak during multidrug therapy. Reports showed that 114 subjects were suspected of having at least one drug adverse reaction, resulting in 150 reports. The most frequent suspected reaction was anemia (57%), followed by xerodermia (6%), hyperpigmentation (3%) and headache (4%), among others. In 75.4% of reported cases, Dapsone was the suspected drug. The prevalence ratio was calculated for the suspected reports. 52% of patients with normal results for glucose-6-phosphate dehydrogenase enzyme deficiency were suspected of having anemia, in addition to 31.6% of regimen replacements among those reported with suspected adverse reactions. The standard multidrug therapy, particularly among this population, has been proven to be a safe choice, despite the high numbers of suspected reports of ADR, most patients presented signs of resolution during of therapy, with a low percentage of replacements. The research added values regarding the safety profile of the treatment for Hansen's Disease in the face of the scarcity of findings in the literature for such population. The results not only will contribute to a greater care with the elected patients, but will also confirm the need for continuous watching of multidrug therapy use.
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Análise do perfil de segurança do tratamento para hanseníase em um hospital universitário de Salvador, Bahia

Santos, Carla de Jesus January 2016 (has links)
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, chamada anteriormente no Brasil de lepra e encontrada em registros de antes de Cristo. É uma doença infecciosa, de evolução crônica, que acomete predominantemente a pele, os nervos periféricos e as mucosas, além de outros órgãos e estruturas, sendo o agente etiológico, o Mycobacterium leprae. A Organização Mundial de Saúde propõe o uso dos esquemas terapêuticos padronizados ou substitutivos para controle desta doença. É pressuposto que um dos motivos de abandono do tratamento seja a ocorrência de reações adversas relativas à terapia. A estratégia global de controle da hanseníase, portanto, deve incluir o desenvolvimento de uma vigilância efetiva dentro dos serviços de saúde. Com o objetivo de analisar o perfil de segurança da farmacoterapia utilizada no tratamento da hanseníase, foi realizado um estudo observacional, transversal, retrospectivo com a população de pacientes em tratamento para hanseníase, com esquemas padrão ou substitutivo, em Hospital Universitário de Salvador/BA, 2009 a 2015. Dos 292 pacientes eleitos, 68,8% dos indivíduos eram procedentes da capital; 70,5% pertenciam à faixa etária de adultos; 52,7% eram do gênero feminino; 47,6% eram de cor parda; 40,1% dos indivíduos eram casados; 15,4% tinham apenas ensino fundamental incompleto; 64,4% apresentaram resultado de baciloscopia negativo; 60,3% classificados como paucibacilares; 30,5% dos pacientes com forma clínica predominante tuberculóide e 59,9% das pessoas não desenvolveram surto reacional durante a poliquimioterapia. Foram notificados 114 indivíduos com suspeita de pelo menos uma reação adversa a medicamento (RAM), resultando em 150 notificações. A suspeita de reação mais frequente foi anemia (57%), seguida de xerose cutânea (6%), hiperpigmentação (3%) e cefaleia (4%), dentre outras. Em 75,4% dos casos notificados, a dapsona foi o medicamento suspeito no desencadeamento da reação adversa. A razão de prevalência foi calculada para as notificações de suspeita realizadas e 52% dos pacientes com resultado normal para deficiência da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase foram notificados com suspeita de anemia, além de 31,6% de substituições de esquema dentre os notificados com suspeita de reação adversa. A poliquimioterapia padrão, nesta população especificamente, demonstrou ser segura, uma vez que apesar do número elevado de notificações de suspeitas de RAM, a maioria apresentou resolução no curso da terapia, com um percentual reduzido de substituições. A pesquisa agregou valores frente à escassez de achados na literatura para tal população. Os resultados poderão contribuir para um maior cuidado com os pacientes assistidos, ratificando a necessidade de vigilância contínua do uso da poliquimioterapia. / Hansen's Disease is one of the oldest diseases of mankind, formerly known as leprosy, and found in records from before Christ. It is an infectious disease, of chronic evolution, which predominantly affects the skin, peripheral nerves and mucous membranes, as well as other organs and structures. Its etiologic agent is Mycobacterium leprae. The World Health Organization suggest the use of the standard therapeutic regimen or replacement regimen in order to treat the disease. It is assumed that one reason for treatment withdrawal is the occurrence of adverse reactions during the therapy. In order to analyze the safety profile of the pharmacotherapy chosen in the treatment, an observational, cross-sectional, retrospective study was carried out with the population of patients undergoing treatment for Hansen's Disease with standard or replacement regimens at the University Hospital in Salvador - BA, 2009 to 2015. 292 patients were elected: 68.8% of them were from the capital; 70.5% belonged to the adult age group; 52.7% were female; 47.6% were brown; 40.1% of the individuals were married; 15.4% had not finished middle school; 64.4% presented negative sputum culture results; 60.3% classified as paucibacillary cases; 30.5% of the patients were diagnosed with predominant tuberculoid clinical form and 59.9% of the patients did not develop a reaction outbreak during multidrug therapy. Reports showed that 114 subjects were suspected of having at least one drug adverse reaction, resulting in 150 reports. The most frequent suspected reaction was anemia (57%), followed by xerodermia (6%), hyperpigmentation (3%) and headache (4%), among others. In 75.4% of reported cases, Dapsone was the suspected drug. The prevalence ratio was calculated for the suspected reports. 52% of patients with normal results for glucose-6-phosphate dehydrogenase enzyme deficiency were suspected of having anemia, in addition to 31.6% of regimen replacements among those reported with suspected adverse reactions. The standard multidrug therapy, particularly among this population, has been proven to be a safe choice, despite the high numbers of suspected reports of ADR, most patients presented signs of resolution during of therapy, with a low percentage of replacements. The research added values regarding the safety profile of the treatment for Hansen's Disease in the face of the scarcity of findings in the literature for such population. The results not only will contribute to a greater care with the elected patients, but will also confirm the need for continuous watching of multidrug therapy use.
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Controle da Hanseníase: Detecção precoce através do exame de contatos e avaliação do tratamento dos pacientes submetidos a 12 doses de poliquimioterapia (PQT/OMS) / Leprosy control: early detection by surveillance of contacts and treatment of multibacillary patients treated with multidrug therapy - (12 doses/WHO)

Anna Maria Sales 28 April 2011 (has links)
O diagnóstico precoce e o tratamento são imprescindíveis para o controle da hanseníase, pois visam eliminar o mais precocemente possível as fontes de transmissão. O principal critério de cura da doença é o tempo de tratamento, relacionado às doses fixas da poliquimioterapia. O tempo de tratamento dos pacientes multibacilares foi reduzido de 24 para 12 doses em até 18 meses em 1998. Os objetivos desta tese foram: avaliar a detecção de casos de hanseníase entre os contatos dos pacientes e avaliar fatores de risco associados à piora das incapacidades físicas nos pacientes após a alta do tratamento poliquimioterápico com as 12 doses mensais. Dois artigos foram elaborados. O primeiro artigo avaliou características dos pacientes com hanseníase e de seus contatos associadas ao risco de adoecimento entre os contatos. O segundo artigo avaliou fatores de risco relacionados à piora das incapacidades físicas dos pacientes com hanseníase multibacilar, submetidos ao tratamento com 12 doses fixas da poliquimioterapia. Os resultados mostraram que o risco para hanseníase, relacionado aos contatos foi o tipo de convivência com o caso índice. Entre os fatores dos casos índices, a carga bacilar foi o único associado ao adoecimento dos contatos. Além desses fatores, os contatos que apresentam relação de consangüinidade com o caso índice e os contatos dos pacientes com menor nível de escolaridade mostraram maior chance de se apresentarem doentes no momento do diagnóstico do caso índice. A cicatriz BGC e a vacina recebida após o diagnóstico do caso índice contribuíram independentemente como fatores de proteção. A neuropatia piorou em 40% dos pacientes durante o período de 10 anos após a alta do tratamento. Esta piora foi associada à presença de incapacidades físicas e ao número de lesões cutâneas no momento do diagnóstico assim como à presença de neurite durante o acompanhamento. / Early diagnosis and treatment are essential for the control of leprosy disease, since they aim to eliminate as soon as possible sources of transmission. The main criterion for cure of the disease is the treatment time, related to fixed doses of multidrug therapy. The duration of treatment of multibacillary patients was reduced from 24 to 12 doses up to 18 months in 1998. The aim of this thesis is to evaluate the detection of leprosy among contacts of patients and to evaluate risk factors associated with worsening of physical disability in patients after discharge from the treatment with 12 monthly doses. Two articles have been prepared. The first article evaluated characteristics of leprosy patients and their contacts related to risk of disease among the contacts. The second article evaluated risk factors related to the worsening of the physical disabilities of patients with multibacillary leprosy, undergoing treatment with fixed doses of 12 multidrug therapy. The results showed that the risk for leprosy among contacts was related to the type of relationship with the index case. Among the factors of the index cases, the bacterial load was the only factor associated with the disease among contacts. Besides these factors, the contacts that are related to consanguinity with the index case and contacts of patients with lower education level showed a greater chance of presenting patients at diagnosis of the index case. The scar and the BGC vaccine received after the diagnosis of the index case contributed independently as protective factors. Neuropathy worsened in 40% of patients during the 10 years after the discharge of treatment. This worsening was associated with the presence of physical disabilities and number of lesions at time of diagnosis as well as the presence of neuritis during monitoring.
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Controle da Hanseníase: Detecção precoce através do exame de contatos e avaliação do tratamento dos pacientes submetidos a 12 doses de poliquimioterapia (PQT/OMS) / Leprosy control: early detection by surveillance of contacts and treatment of multibacillary patients treated with multidrug therapy - (12 doses/WHO)

Anna Maria Sales 28 April 2011 (has links)
O diagnóstico precoce e o tratamento são imprescindíveis para o controle da hanseníase, pois visam eliminar o mais precocemente possível as fontes de transmissão. O principal critério de cura da doença é o tempo de tratamento, relacionado às doses fixas da poliquimioterapia. O tempo de tratamento dos pacientes multibacilares foi reduzido de 24 para 12 doses em até 18 meses em 1998. Os objetivos desta tese foram: avaliar a detecção de casos de hanseníase entre os contatos dos pacientes e avaliar fatores de risco associados à piora das incapacidades físicas nos pacientes após a alta do tratamento poliquimioterápico com as 12 doses mensais. Dois artigos foram elaborados. O primeiro artigo avaliou características dos pacientes com hanseníase e de seus contatos associadas ao risco de adoecimento entre os contatos. O segundo artigo avaliou fatores de risco relacionados à piora das incapacidades físicas dos pacientes com hanseníase multibacilar, submetidos ao tratamento com 12 doses fixas da poliquimioterapia. Os resultados mostraram que o risco para hanseníase, relacionado aos contatos foi o tipo de convivência com o caso índice. Entre os fatores dos casos índices, a carga bacilar foi o único associado ao adoecimento dos contatos. Além desses fatores, os contatos que apresentam relação de consangüinidade com o caso índice e os contatos dos pacientes com menor nível de escolaridade mostraram maior chance de se apresentarem doentes no momento do diagnóstico do caso índice. A cicatriz BGC e a vacina recebida após o diagnóstico do caso índice contribuíram independentemente como fatores de proteção. A neuropatia piorou em 40% dos pacientes durante o período de 10 anos após a alta do tratamento. Esta piora foi associada à presença de incapacidades físicas e ao número de lesões cutâneas no momento do diagnóstico assim como à presença de neurite durante o acompanhamento. / Early diagnosis and treatment are essential for the control of leprosy disease, since they aim to eliminate as soon as possible sources of transmission. The main criterion for cure of the disease is the treatment time, related to fixed doses of multidrug therapy. The duration of treatment of multibacillary patients was reduced from 24 to 12 doses up to 18 months in 1998. The aim of this thesis is to evaluate the detection of leprosy among contacts of patients and to evaluate risk factors associated with worsening of physical disability in patients after discharge from the treatment with 12 monthly doses. Two articles have been prepared. The first article evaluated characteristics of leprosy patients and their contacts related to risk of disease among the contacts. The second article evaluated risk factors related to the worsening of the physical disabilities of patients with multibacillary leprosy, undergoing treatment with fixed doses of 12 multidrug therapy. The results showed that the risk for leprosy among contacts was related to the type of relationship with the index case. Among the factors of the index cases, the bacterial load was the only factor associated with the disease among contacts. Besides these factors, the contacts that are related to consanguinity with the index case and contacts of patients with lower education level showed a greater chance of presenting patients at diagnosis of the index case. The scar and the BGC vaccine received after the diagnosis of the index case contributed independently as protective factors. Neuropathy worsened in 40% of patients during the 10 years after the discharge of treatment. This worsening was associated with the presence of physical disabilities and number of lesions at time of diagnosis as well as the presence of neuritis during monitoring.

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