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Efeito da suplementação com óleo de peixe sobre o estado nutricional e marcadores inflamatórios em pacientes com neoplasias hematológicas durante a quimioterapiaChagas, Thayz Rodrigues January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:17:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Neoplasias hematológicas é um grupo heterogêneo de doenças malignas que incluem leucemias e linfomas. O tratamento inclui ciclos de quimioterapia entre outras abordagens. Assim, estes pacientes são comumente acometidos por efeitos colaterais dos fármacos utilizados. Dentre os aspectos clínicos que podem ser negativamente alterados nestes pacientes está o estado nutricional. Este pode ser prejudicado de forma significativa por razões ligadas à diminuição da ingestão alimentar, efeitos de mediadores inflamatórios e diretos dos fármacos sobre o comportamento e fisiologia do indivíduo. Estudos sugerem que lipídios contendo ácidos graxos docosaexaenoico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA), podem potencialmente modular efeitos deletérios da quimioterapia atuando positivamente no estado inflamatório nutricional de pacientes com diferentes neoplasias. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com óleo de peixe, durante nove semanas, sobre parâmetros do estado nutricional e inflamatório em pacientes com neoplasias hematológicas malignas. Vinte e dois pacientes com diagnóstico recente de leucemias ou linfomas atendidos no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU), orientados a quimioterapia foram randomizados em grupo não suplementado (GNS) (n=13) e grupo suplementado (GS) com 2g/dia de óleo de peixe (n=9) durante nove semanas. Foram avaliados o estado nutricional, marcadores inflamatórios (proteínas de fase aguda e citocinas) e proporção de ácidos graxos plasmáticos, em dois momentos, antes (T0) e ao término das nove semanas (T1). Dentre os parâmetros antropométricos, o peso corporal dos pacientes do GNS diminuiu aproximadamente 2,5 kg vs. 0,1 kg do GS. A proteína C-reativa (PCR) mostrou redução maior no GS (p<0,05). Neste grupo, o risco inflamatório nutricional refletido pela relação PCR/albumina também reduziu em maior amplitude. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos sobre as citocinas plasmáticas e estado nutricional (p>0,05). Entretanto, os resultados oferecem informações clínicas importantes, sobre as características prognósticas do estado nutricional. A proporção plasmática do EPA aumentou significativamente no GS (p<0,01) e houve tendência ao incremento do DHA (p=0,07). Utilizando 2g/dia de óleo de peixe, pacientes com neoplasias hematológicas apresentaram leve atenuação da redução de peso corporal, diminuição mais pronunciada das concentrações séricas de PCR e redução mais pronunciada do risco inflamatório nutricional refletido pela relação PCR/albumina. Estes parâmetros apontam para melhora do estado inflamatório-nutricional em indivíduos com neoplasias hematológicas suplementados com óleo de peixe.<br> / Abstract: Hematologic malignancies are a heterogeneous group of malignancies including leukemias and lymphomas. The clinical treatment includes cycles of chemotherapy among other approaches. Thus, these patients are often compromised by side effects of the drugs used. Among the clinical aspects that may be adversely altered in these patients is the nutritional status. This can be significantly impaired for reasons related to decreased food intake, effects of inflammatory mediators and direct effects of chemotherapics on the physiology of the individual. Studies suggest that lipids containing docosahexaenoic (DHA) and eicosapentaenoic fatty acid (EPA) can modulate the responses to the deleterious effects of chemotherapy, potentially influencing the inflammatory nutritional status of patients with different malignancies. In this context, the aim of this study was to evaluate the effect of supplementation with fish oil for nine weeks, on parameters of nutritional and inflammatory status in patients with hematological malignancies. Twenty-two patients with newly leukemia or lymphoma diagnosed patients, at the University Hospital Professor Polydoro Ernani de Sao Thiago (HU), with prescribed chemotherapy were randomized into unsupplemented group (UG) (n = 13) and supplemented group (SG) (with 2g / day of fish oil (n = 9) for nine weeks). Were evaluated the nutritional status, inflammatory markers (acute-phase proteins and cytokines) and proportion of plasma fatty acids, in two occasions, before (T0) and after of the nine weeks (T1). Among the anthropometric parameters, body weight of patients UG decreased approximately 2.5kg vs. 0.1kg in the SG. C-reactive protein (CRP) (p<0.05) and the CRP / albumin ratio showed larger reductions in SG. No significant differences were observed between groups on plasma cytokines and nutritional status (p>0.05). However, the results provide important clinical information on the characteristics of nutritional status. The plasma proportion of EPA increased significantly in SG (p<0.01) and there was a trend to the DHA (p=0.07). In patients with hematological malignancies, the ingestion of fish oil caused mild attenuation of reduction in body weight, a more pronounced decrease in serum CRP concentrations and a more pronounced reduction of inflammatory nutritional risk. These parameters indicate improved inflammatory and nutritional status in patients with hematological malignancies supplemented with fish oil.
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Efeitos da suplementação com óleo de peixe sobre alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios induzidas por glicocorticoide em ratosBarbosa, Amanda Marreiro January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:44:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A dexametasona (Dex) é um glicocorticoide sintético usado como potente anti-inflamatório na prática clínica. Quando administrada em excesso, a Dex pode promover alterações no perfil glicêmico e lipídico. Os ácidos graxos polinsaturados ômega n-3 (AGPIs n-3) presentes no óleo de peixe (OPe) podem ser usados como potentes moduladores do metabolismo da glicose e dos lipídios. Com isso, nós investigamos os efeitos da suplementação com OPe sobre alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios ocasionadas por 15 dias de tratamento com Dex. Foram utilizados ratos machos adultos divididos em 4 grupos: CTL, salina 1 ml/kg p.c. e óleo mineral 1 g/kg p.c., DEX, dexametasona 0,5 mg/kg p.c. e óleo mineral 1 g/kg p.c., OP, óleo de peixe 1g/kg p.c. e salina 1 ml/kg p.c e DOP, óleo de peixe 1g/kg p.c. e dexametasona 0,5 mg/kg p.c, tratados por 15 dias. A Dex e salina foram administradas via intraperitoneal e o óleo de peixe e óleo mineral, via gavagem. Foram analisados a massa corpórea, glicose sanguínea, componentes plasmáticos (triacilglicerol-TAG, colesterol total-CT, HDL-c), conteúdo de glicogênio e gordura hepática, tolerância à glicose, à insulina e ao piruvato. Também foi avaliado o conteúdo das proteínas substrato receptor de insulina 1 (IRS-1), proteína cinase B (Akt), receptores ativados por proliferadores de peroxissomos-gama (PPAR?) e coativador 1 do receptor ativado por proliferadores de peroxissomos-alfa (PGC-1a) e a incorporação dos ácidos graxos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) no fígado. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido de post hoc de Tukey, com nível de significância de 95%. Os dados mostram que a suplementação com OPe resultou em maior incorporação de EPA (DEX: 0,3±0,0; DOP: 1,3±0,1) e DHA (DEX: 5,6±0,7; DOP: 10,5±0,8) no fígado e reduziu as concentrações plasmáticas de TAG, CT e fração não HDL-c nos ratos tratados com Dex. Estas modificações ocorreram sem alteração no conteúdo hepático das proteínas IRS-1, Akt, PGC-1a e PPAR?. A ingestão de OPe não atenuou a perda de peso, o aumento da glicemia em jejum e a intolerância à glicose (no oitavo dia de tratamento) nos ratos tradados com Dex. No fim do tratamento (16 dias) não foi observada intolerância à glicose nos ratos tradados com Dex, independente da suplementação. Diante disso, o presente estudo mostra que a suplementação com óleo de peixe, na dose e tempo utilizados, atenua as alterações dos lipídios plasmáticos provocadas pelo tratamento comDex, mas não exerce nenhum efeito sobre os parâmetros da homeostase glicêmica em ratos.<br> / Abstract : Dexamethasone (Dex) is a synthetic glucocorticoid clinically applied as anti-inflammatory. However, in excess or after prolonged exposition, Dex may also alter the glucose and lipid homeostasis. The omega-3 fatty acids, present in fish oil (FOi), can be used as potential modulators of intermediary glucose and lipids? metabolism. Herein, we evaluate the effects of FOi supplementation on the glucose and lipid? metabolism in rats treated with Dex during 15 days. Adult male Wistar rats were divided in four groups: CTL received saline 1 ml/kg per body weight (b.w) and mineral oil 1 g/kg b.w; DEX received dexamethasone 0.5 mg/kg b.w and mineral oil 1 g/kg b.w; FO received fish oil 1g/kg and saline 1 ml/kg b.w; and DFO received fish oil 1 g.kg b.w and dexamethasone 1 mg/kg b.w for 15 days. Dex and saline were administered intraperitoneally and fish oil and mineral oil by gavage. Were evaluated the body weight, blood glycaemia, plasmatic parameters (triacylglycerol ? TAG, total cholesterol ?TC and HDL-c), glycogen content, hepatic fat and glucose, insulin and pyruvate tolerance. In addition, were evaluated the expression of the insulin receptor substrate 1 (IRS-1), protein kinase B (PKB), peroxisome proliferator-activated receptor gamma (PPAR?), peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1a) and the incorporation of fatty acids eicosapentaenoic (EPA) and docosahexaenoic (DHA) in liver. Data were analyzed by ANOVA and post hoc test at a significance level of p<0.05. The results showed that FOi supplementation increased DHA (DEX: 5.6±0.7; DFO: 10.5±0.8) and EPA (DEX: 0.3±0.0; DFO: 1.3±0.1) hepatic content and attenuate the modifications of the plasmatic concentrations of TAG, TC and non-HDL-c fraction in the DFO rats compared with DEX. These effects occurred without modifications on the hepatic expression of IRS-1, Akt, PGC-1 and PPAR? proteins. The FOi supplementation does not attenuate the loss of body weight, the increase of fasting glycaemia and the glucose intolerance (on the eighth day of treatment) in the rats treated with Dex. At the end of treatment (16 days), we observed that the DEX groups were not glucose intolerant, independent of the FOi supplementation. Therefore, the present study showed that the FOi supplementation, in the dose and time tested, attenuated the lipid metabolism alterations induced by Dex treatment.
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Ingestão de óleo de peixe e alterações em parâmetros imunitários e de estresse oxidativo em ratos tratados com dexametasonaTeixeira, Luiza Kuhnen January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-01-05T03:06:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A dexametasona (Dex) é um fármaco glicocorticoide utilizado na prática clínica devido aos efeitos imunossupressores. Entretanto, em altas doses pode aumentar a suscetibilidade a infecções oportunistas e o estresse oxidativo. Aos ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (AGPI n-3) presentes no óleo de peixe (Op), tem sido atribuído efeitos anti-inflamatórios e imunorreguladores, porém quando usado como suplemento pode, potencialmente, incrementar o estresse oxidativo. Os efeitos da suplementação de Op sobre a imunossupressão e possível incremento do estresse oxidativo mediado via Dex foram investigados. Ratos machos adultos foram divididos em 4 grupos: controle (CTL), Óleo de peixe (OP), Dexametasona (DEX), e Dexametasona e óleo de peixe (DEXOP). CTL e OP receberam salina intraperitoneal (i.p), e DEX e DEXOP receberam 0,5 mg/kg de Dex (i.p.). DEX e CTL receberam 1 g/kg de óleo mineral, e OP e DEXOP receberam 1 g/kg de Op, ambos via gavagem, durante 15 dias. Foram analisados o peso de órgãos linfoides, a contagem de leucócitos, a atividade celular e fagocitária de monócitos e neutrófilos no plasma, as concentrações de albumina, proteína C-reativa (PCR) e atividade das enzimas Lactato desidrogenase (LDH) e Creatinocinase (CK) no soro, bem como a concentração de hidroperóxidos lipídicos e proteínas carboniladas no plasma. Os dados foram expressos em média ± erro padrão da média, ou mediana e intervalo interquartil para distribuições assimétricas. Para a análise estatística foi utilizado o teste ANOVA e pos hoc de Tukey, ou Kruskal-Wallis e pos hoc de Dunn considerando p<0,05. Os resultados mostram que Op promoveu o aumento na atividade fagocitária suprimida pela Dex (DEX=49,6 [47,7-51,5] e DEXOP=80,0 [61,0-90,4] unidades arbitrárias), assemelhando-se ao encontrado nos grupos OP e CTL. Ainda, observou-se tendência de redução na contagem de leucócitos (DEX=8,6 [5,8-11,0] e DEXOP =7,5 [5,9-11,0] x103/mm3), linfócitos (DEX=3,2 [2,2-3,4] e DEXOP =1,8 [1,4-3,5] x103/mm3), monócitos (DEX=2,0 [1,2-3,6] e DEXOP=1,3 [1,0-2,8] x103/mm3) e de aumento na contagem de granulócitos (DEX=3,4 [2,0-4,8] e DEXOP=4,2 [2,6-5,5] x103/mm3). O Op não promoveu alterações nas concentrações de albumina, PCR, peróxidos lipídicos, proteínas carboniladas, e na atividade da LDH e CK, nos ratos tratados com Dex. Diante do exposto conclui-se que a suplementação de Op no binômio dose-tempo utilizado não suprime a função imunitária, e pelo contrário, promove normalização da função fagocitária, suprimida pela Dex, sem alterar o estresse oxidativo.<br> / Abstract : Dexamethasone (Dex) is a synthetic glucocorticoid applied in clinical practice due to its immunosuppressive properties. However, in high doses, it can increase susceptibility to opportunistic infections and oxidative stress. Omega-3 polyunsaturated fatty acids (n-3 PUFAs) present in fish oil (Fo) have anti-inflammatory and immunoregulatory properties. On the other hand, Fo supplementation might increase oxidative stress. We investigated the effects of Fo supplementation on immune suppression and the potential increase in the oxidative stress mediated by Dex. Adult male rats were divided in 4 groups: Control (CG), Fish Oil (FOG), Dex (DG) and Dex+Fo (DFOG). CG and FOG received saline (i.p.). DG and DFOG received 0.5 mg/kg Dex (i.p.). Non-supplemented groups received 1 g/kg of mineral oil and supplemented groups received 1 g/kg Fo by gavage, for 15 days. We evaluated the white blood cells count, lymphoid organs weights, monocytes and neutrophils activity and phagocytic function, albumin and C-reactive protein (CRP) concentrations, lactate dehydrogenase and creatine kinase activity in serum, and plasmatic lipid hydroperoxyde and protein carbonyl concentrations. Data were expressed as mean±standard error mean or median and interquartile range, and analyzed by ANOVA test followed by Tukey post hoc or Kruskal Wallis test followed by Dunn post hoc at a significance level of p<0.05. Comparing DG with DFOG, Fo promoted an increase in monocyte and neutrophils phagocytic functionality suppressed by Dex (DG=49.6 [47.7-51.5] vs. DFOG=80.0 [61.0-90.4] arbitrary units), resembling that one found in CG and FOG. DFOG showed a tendency of decrease in lymphocytes (DG=3.2 [2.2-3.4] vs. DFOG=1.8 [1.4-3.5] x103/mm3) and monocytes (DG=2.0 [1.2-3.6] vs. DFOG=1.3 [1.0-2.8] x103/mm3), and an increase in granulocyte count (DG=3.4 [2.0-4.8] vs. DFOG=4.2 [2.6-5.5] x103/mm3). Fo did not promote alterations in albumin, CRP, lipid hydroperoxyde and protein carbonyl concentrations, and in LDH and CK activities, in the rats treated with Dex. Fo supplementation did not suppress the immune function, but instead, improved phagocytic function suppressed by Dex, without alterations in oxidative stress, according to the dose-time binomial applied.
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Efeito da suplementação de óleo de peixe nos marcadores da resposta inflamatória e do estado nutricional de indivíduos adultos com câncer colorretalSilva, Juliana de Aguiar Pastore 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T16:46:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290833.pdf: 1036918 bytes, checksum: 9cdd1430bfcab6d399963ef6fa84ddb3 (MD5) / A inflamação é uma característica comum no câncer. A presença e a magnitude da resposta inflamatória sistêmica podem produzir progressivo declínio nutricional em pacientes com câncer colo-retal. As células transformadas estimulam a produção de mediadores inflamatórios, que colaboram para o microambiente inflamatório relacionado ao tumor. A proteína C-reativa (PCR) e a Interleucina-6 elevadas podem predizer baixa sobrevivência para pacientes com câncer colo-retal. Estudos pré-clinicos mostram que a intervenção nutricional específica com óleo de peixe rico em ácidos eicosapentaenóico (EPA, 20:5) e docahexaenóico (DHA, 22:6) podem ser uma terapia adjuvante efetiva para câncer colo-retal, com ação antiinflamatória e antiangiogênica. Assim, o presente estudo visa verificar se existem alterações em marcadores da resposta inflamatória e do estado nutricional de pacientes com câncer colo-retal suplementados com óleo de peixe, comparado com indivíduos não suplementados. Este estudo foi conduzido de forma randomizada com 23 pacientes alocados em dois grupos. Os indivíduos do Grupo Suplementado (GS) consumiram dois gramas por dia de óleo de peixe durante nove semanas. Marcadores do estado nutricional (peso, Índice de Massa Corporal e albumina) e inflamatório (Interleucina 6 e 1ß, Fator de Necrose Tumoral-a e PCR) foram avaliados no momento basal (T1), e após nove semanas de quimioterapia (T2) no GS e no Grupo Não Suplementado (GNS). Análises estatísticas foram conduzidas no software STATA 11.0. Teste exato de Fisher foi usado para verificar diferença entre GS e GNS nas variáveis dicotômicas, teste T para as variáveis paramétricas e Mann- Whitney para as não paramétricas. As variações do desfecho entre os tempos (T2-T1) foram verificadas com teste de Wilcoxon. Os valores da relação PCR/Albumina foram classificados de acordo com os escores de risco propostos por Corrêa et al. (2002). A média de idade dos pacientes incluídos no estudo foi 52,3 anos. O GS (n=11) e o GNS (n=12) não apresentaram diferença estatística em suas características no momento basal. A diferença dos marcadores do estado nutricional entre os momentos (M2 menos M1) foi estatisticamente significante para peso corporal (p=0,01) e índice de massa corporal (p=0,03) no GNS, onde ocorreu redução dos valores; no GS não foi verificado diferença. Entre os marcadores de resposta inflamatória, apenas a PCR apresentou valores inferiores no GS em relação ao GNS (p=0,06) em T2, nos demais marcadores não foi verificado diferença. A relação PCR/Albumina mostrou diferença estatisticamente significante e relevância clínica no GS, onde ocorreu diminuição nos marcadores. Todos os pacientes do GS mantiveram ou melhoraram sua classificação de grau de risco. A suplementação de dois gramas por dia de óleo de peixe durante nove semanas em pacientes com câncer colo-retal em tratamento quimioterápico pode modular positivamente o estado nutricional e a relação PCR/Albumina e pode ser utilizado como terapia nutricional adjuvante neste grupo de pacientes. / Inflammation is a common feature in cancer. The presence and malignitude of the response may induce progressive nutritional decline in colorectal cancer patients. The transformed cell produces inflammatory mediators, thereby generating an inflammatory microenvironment inside tumors; elevated C-Reactive protein (CRP) and Interleukin-6 can predict poor survival in colorectal cancer patients. Pre-clinical studies show that a specific nutritional intervention using fish oil, rich in eicosapentaenoic acid (EPA, 20:5) and docosahexaenoic acid (DHA, 22:6), might prove to be an effective adjuvant therapy in colon cancer got a anti-inflammatory and anti-angiogenic properties. This study aims to check whether there is change in inflammation markers and/or in the nutritional status of patients with colorectalcancer, undergoing chemotherapy, supplemented with fish oil when compared to the non supplemented ones. Clinical trial was conducted with 23 patients equally randomized in two groups, supplemented (SG) and non-supplemented (NSG). The supplemented individuals consumed two grams of fish oil per day during nine weeks. Nutritional (wight, BMI and albumin) and inflammatory (interleukin 6 and 1â, CRP, Tumour Necrosis Factor-á) status markers were available in baseline (T1) and after nine weeks of chemotherapy (T2). Fisher#s exact test was used to test differences in SG and NSG according to dichotomous variables. Test for continuous variables (including outcome analysis) were performed with T-test (parametric variables) or Mann-Whitney test (non-parametric variables). Outcome change between T1 and T2 were also tested with Wilcoxon test. All analysis were performed in the STATA statistic software, version 11.0 (STATA Corporation, College station, EUA). C-RP/Albumin was compared with the score risk. The patients# median age was 52,3 years old. The SG (n=11) and NSG (n=12) characteristics did not differ statistically in baseline. The comparison between groups, according to the difference between the T2 minus the T1 values, showed a reduction in body weight and BMI in NSG, however in SG these indicators were not different between T1 and T2. Additionally, C-reactive protein was reduced in SG but not in NSG. The C-reactive protein/Albumin relation showed statistically significant difference and clinical relevance in SG becouse all patients maintained or improved their degrees of risk. Two grams of fish oil supplement per day during nine weeks can positively modulate the nutrition status and the C-RP/Albumin relation in colorectal cancer patients in
chemotherapy. Therefore, it may be used as a nutrition adjuvant therapy.
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Suplementação de óleo de peixe em câncer colorretalMocellin, Michel Carlos January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição / Made available in DSpace on 2013-06-25T22:51:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
310698.pdf: 1539368 bytes, checksum: ecc8afe3dfccb5dd69fca0b57a676a1c (MD5) / Células e mediadores inflamatórios são componentes essenciais do microambiente tumoral. A inflamação no câncer é sustentada pela produção de citocinas e quimiocinas pelas células imunes, tumorais e do estroma a partir da ativação de fatores de transcrição nestas mesmas células em resposta a estímulos de iniciação e promoção tumoral, ou ainda, de controle da progressão da doença (quimio e/ou radioterapia). As citocinas IL-1B, IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-a apresentam papel bem definido na inflamação e seus valores estão elevados no câncer colorretal (CCR) quando comparados a indivíduos saudáveis. Entretanto, não se possui clareza quanto ao provável papel que a IL-17A possa exercer na inflamação relacionada ao câncer. Valores de PCR também encontram-se elevados no CCR, e se associam positivamente a malignidade da doença e a pior prognóstico clínico. Ácidos graxos poli-insaturados n-3 (AGPI n-3), em especial os ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) encontrados no óleo de peixe, podem modular a inflamação relacionada ao câncer através da produção de metabólitos lipídicos derivados destes, que apresentam atividade pró-resolução da inflamação. Sendo assim, este ensaio clínico prospectivo, controlado e randomizado foi conduzido com o objetivo de verificar se existem alterações sobre a produção de mediadores inflamatórios, o perfil de ácidos graxos plasmáticos e indicadores do estado nutricional, com a suplementação de 2 g/dia de óleo de peixe durante nove semanas no câncer colorretal. Também pretendeu-se avaliar os efeitos da suplementação sobre a toxicidade a quimioterapia. Onze pacientes adultos com diagnóstico histopatológico de câncer colorretal atendidos no Centro de Pesquisas Oncológicas de Florianópolis, CEPON-SC, e com indicação de tratamento quimioterápico, foram randomizados para dois grupos: a) GS - suplementado diariamente com 2 g/dia de óleo de peixe encapsulado durante nove semanas (n=6), ou, b) GC - controle sem placebo (n=5). Citocinas (TNF-a, IL-1B, IL-10 e IL-17A) foram avaliadas por ELISA; PCR pelo método turbidimétrico; albumina pelo método colorimétrico verde de bromocresol; ácidos graxos plasmáticos por cromatografia líquida de alta performance (HPLC); e indicadores do estado nutricional, por antropometria. Toxicidade a quimioterapia foi relatada em entrevista. Todos os desfechos foram avaliados no dia anterior a primeira quimioterapia e nove semanas depois. TNF-a, IL-1B, IL-10 e IL-17A, assim como o balanço pró/anti-inflamatório e albumina sérica, não tiveram alterações significativa entres os momentos e os grupos de estudo (P >0,05). PCR apresentou comportamento inverso nos grupos, reduzindo significativamente seus valores no GS, ao passo que se elevaram no GC (GS vs GC no 9 Semanas, p=0,045). Relação PCR/albumina indicou um aumento no risco de complicações inflamatórias e nutricionais no GC (de baixo e médio para alto risco) enquanto que permaneceu baixo no GS. Proporção plasmática de EPA e DHA aumentaram 1,8 e 1,4 vezes, respectivamente, enquanto que AA reduziu aproximadamente 0,6 vezes com a suplementação (Basal vs 9 Semana, p<0,05). Indivíduos do GS tenderam a ganhar ou preservar seu peso durante a quimioterapia. A suplementação pareceu não exercer influência sobre os relatos clínicos de toxicidade à quimioterapia. Estes resultados evidenciam que 2 g/dia de óleo de peixe durante nove semanas exercem efeitos positivos sobre a resposta inflamatória sistêmica e o estado nutricional durante a quimioterapia. / Cells and inflammatory mediators are essential components of the tumor microenvironment. The inflammation in cancer is supported by the production of cytokines and chemokines by immune, tumor and stroma cells, starting the activation of transcription factors in these same cells in response to stimulus of tumor initiation and promotion, or even control of disease progression (chemo and / or radiotherapy). The cytokines IL-1B, IL-6, IL-8, IL-10 and TNF-a have well-defined role in inflammation, and its values are elevated in colorectal cancer (CRC) compared to healthy subjects. However, one does not have clarity on the likely role that IL-17A may play in inflammation-related cancer. CRP levels also are high in CRC, and are positively associated with malignancy of the disease and worse clinical prognosis. Fatty acids polyunsaturated n-3 (n-3 PUFA), especially the fatty acids eicosapentaenoic acid (EPA) and docosahexaenoic acid (DHA) found in fish oil, can modulate cancer-related inflammation via the production of lipid metabolites derived therefrom which present activity pro-resolution of inflammation.Therefore, this prospective, controlled and randomized clinical trial was conducted in order to check whether there are changes on the production of inflammatory mediators, the plasma fatty acid profile and nutritional status indicaroes, with the supplementation of 2 g/day of fish oil for nine weeks in colorectal cancer patients. We also intended to evaluate the effects of supplementation on chemotherapy toxicity. Eleven adult patients with histological diagnosis of colorectal cancer treated at the Oncology Research Center of Florianopolis, CEPON-SC, and with indication of chemotherapy were randomized to two groups: a) SG - supplemented daily with 2 g/day of encapsulated fish oil for nine weeks (n = 6), or b) CG - control without placebo (n = 5). Cytokines (TNF-a, IL-1B, IL-10 and IL-17A) was assessed by ELISA; CRP by the turbidimetric method; albumin by colorimetric bromocresol green; plasmatic fatty acids by high performance liquid chromatography (HPLC); and indicators of nutritional status by anthropometry. Chemotherapy toxicity was reported in an interview.All outcomes were evaluated the day before the first chemotherapy and nine weeks later. TNF-a, IL-1B, IL-10 and IL-17A, pro/anti-inflammatory balance and serum albumin had no significant change as between the times and the study groups (P> 0.05). CRP showed opposite behavior in groups, significantly reducing their values in SG, while increased in CG (SG vs CG in 9 Weeks, p = 0.045). CRP/albumin ratio indicated an increased risk of inflammatory and nutritional complication in CG (low and moderate to high risk) whereas it remained low in SG. Plasma proportion of EPA and DHA increased 1.8 and 1.4 fold, respectively, whereas AA reduced approximately 0.6 times with supplementation (9 Weeks vs Basal, p <0.05). Individuals of SG tended to gain or maintain weight during chemotherapy. The fish oil supplementation did not seem to influence the clinical reports of toxicity to chemotherapy. These results indicate that 2 g/day of fish oil for nine weeks exert positive effects on systemic inflammatory response and nutritional status during chemotherapy in patients with colorectal cancer.
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