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"Desenvolvimento de uma matriz polimérica para incorporação e liberação controlada de papaína" / "Development of a polymeric matrix for incorporation and controlled release of papain"

Zulli, Gislaine 29 January 2007 (has links)
A papaína é uma enzima proteolítica extraída do látex das folhas e frutos do mamão verde adulto. Tem sido amplamente utilizada como agente debridante de escaras e cicatrizante de feridas. No entanto, apresenta baixa estabilidade, o que limita seu uso a formulações de manipulação extemporânea ou de curto prazo de validade. O objetivo deste trabalho foi incorporar a papaína em uma matriz polimérica de modo a obter um sistema de liberação controlada do fármaco. Polímeros de aplicação médica foram selecionados e inicialmente avaliados quanto à sua citotoxicidade. Os polímeros não-citotóxicos foram submetidos ao ensaio de irritação cutânea primária in vivo em animais, para avaliar sua capacidade de causar irritação na pele humana. Diversas membranas foram preparadas com os polímeros considerados adequados para aplicação biomédica para incorporação da papaína. As membranas preparadas com 2% de papaína foram selecionadas para serem submetidas ao ensaio de liberação com células de difusão de Franz. Parte dessas membranas foi irradiada com raios γ na dose de 25 kGy para esterilização do material. As membranas irradiadas e não-irradiadas foram testadas simultaneamente a fim de verificar se a radiação γ interferiria no perfil de liberação do fármaco. Os resultados do ensaio de liberação indicaram que o fármaco é liberado de maneira constante durante as 12 horas iniciais do experimento. A análise, por Microscopia Eletrônica de Varredura, das membranas irradiadas revelou que as membranas formadas são bastante densas e que seus poros são pequenos. / Papain is a proteolytic enzyme extracted from the latex of green papaya leaves and fruits. It has been widely used as debridant for scars and wound healing agent. However, papain presents low stability, which limits its use to extemporaneous or short shelf life formulations. The purpose of this study was to entrap papain into a polymeric matrix in order to obtain a drug delivery system. Polymers of medical application were selected and firstly assessed for cytotoxicity. Non-cytotoxic polymers were evaluated for primary cutaneous irritation test in vivo in animals, in order to verify if they are able to cause irritation to human skin. Many membranes were prepared with the polymers considered suitable for biomedical application for papain entrapment. Membranes containing 2% papain were selected to be evaluated in the releasing test using Fanz diffusion cells. Some of these membranes were irradiated by γ rays with 25 kGy dose for material sterilization. Irradiated and non-irradiated membranes were simultaneously assessed in order to verify if γ radiation interferes on drug releasing profile. Results obtained from releasing test indicated the drug is released in a constant manner over 12 hours in the beginning of the experiment. Scanning Eletronic Microscopy analysis of the irradiated membranes revealed that membranes are very dense and its pores are small.
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"Desenvolvimento de uma matriz polimérica para incorporação e liberação controlada de papaína" / "Development of a polymeric matrix for incorporation and controlled release of papain"

Gislaine Zulli 29 January 2007 (has links)
A papaína é uma enzima proteolítica extraída do látex das folhas e frutos do mamão verde adulto. Tem sido amplamente utilizada como agente debridante de escaras e cicatrizante de feridas. No entanto, apresenta baixa estabilidade, o que limita seu uso a formulações de manipulação extemporânea ou de curto prazo de validade. O objetivo deste trabalho foi incorporar a papaína em uma matriz polimérica de modo a obter um sistema de liberação controlada do fármaco. Polímeros de aplicação médica foram selecionados e inicialmente avaliados quanto à sua citotoxicidade. Os polímeros não-citotóxicos foram submetidos ao ensaio de irritação cutânea primária in vivo em animais, para avaliar sua capacidade de causar irritação na pele humana. Diversas membranas foram preparadas com os polímeros considerados adequados para aplicação biomédica para incorporação da papaína. As membranas preparadas com 2% de papaína foram selecionadas para serem submetidas ao ensaio de liberação com células de difusão de Franz. Parte dessas membranas foi irradiada com raios γ na dose de 25 kGy para esterilização do material. As membranas irradiadas e não-irradiadas foram testadas simultaneamente a fim de verificar se a radiação γ interferiria no perfil de liberação do fármaco. Os resultados do ensaio de liberação indicaram que o fármaco é liberado de maneira constante durante as 12 horas iniciais do experimento. A análise, por Microscopia Eletrônica de Varredura, das membranas irradiadas revelou que as membranas formadas são bastante densas e que seus poros são pequenos. / Papain is a proteolytic enzyme extracted from the latex of green papaya leaves and fruits. It has been widely used as debridant for scars and wound healing agent. However, papain presents low stability, which limits its use to extemporaneous or short shelf life formulations. The purpose of this study was to entrap papain into a polymeric matrix in order to obtain a drug delivery system. Polymers of medical application were selected and firstly assessed for cytotoxicity. Non-cytotoxic polymers were evaluated for primary cutaneous irritation test in vivo in animals, in order to verify if they are able to cause irritation to human skin. Many membranes were prepared with the polymers considered suitable for biomedical application for papain entrapment. Membranes containing 2% papain were selected to be evaluated in the releasing test using Fanz diffusion cells. Some of these membranes were irradiated by γ rays with 25 kGy dose for material sterilization. Irradiated and non-irradiated membranes were simultaneously assessed in order to verify if γ radiation interferes on drug releasing profile. Results obtained from releasing test indicated the drug is released in a constant manner over 12 hours in the beginning of the experiment. Scanning Eletronic Microscopy analysis of the irradiated membranes revealed that membranes are very dense and its pores are small.
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Desenvolvimento de formulações tópicas contendo papaína para o tratamento de feridas / Development of topical formulations containing papain to wounds treatment.

Capucho, Helaine Carneiro 27 April 2007 (has links)
O presente trabalho avaliou, por medida de conteúdo protéico, análise eletroforética, por determinação da atividade proteolítica e verificação da estabilidade dessa atividade, matérias-primas papaína de dois fabricantes. Formulações géis de Carbopol® 940, Natrosol® 250 HHR e Pluronic® F127, contendo matéria-prima papaína a 1%, foram desenvolvidas e avaliadas quanto à estabilidade e a eficácia in vitro da atividade proteolítica. Os estudos de estabilidade foram conduzidos por medida da atividade proteolítica da papaína, utilizando a caseína como substrato, em amostras armazenadas sob diferentes condições de temperatura e umidade. A eficácia da ação proteolítica in vitro foi avaliada em gel de poliacrilamida, contendo gelatina como substrato. A matéria-prima do fabricante B apresentou maior conteúdo protéico e maior atividade proteolítica do que a matériaprima do fabricante A. Ambas matérias-primas demonstraram estabilidade da atividade funcional, quando armazenadas a 4°C, por um período de 6 meses. Quando armazenadas a 30°C/70%UR e a 40°C/70%UR, houve perda acentuada dessa atividade. A medida da atividade proteolítica das formulações, após 48 horas de sua preparação, mostrou que apenas 8% da atividade funcional total foi detectada. Este resultado pode indicar interação entre a papaína e os componentes das formulações, levando a uma perda da atividade proteolítica, ou uma redução da velocidade da reação enzimática. Os estudos da estabilidade da atividade funcional mostraram que ambas formulações foram estáveis, quando armazenadas a 4°C, por 6 meses. Entretanto, quando armazenadas a 30°C/70%UR e a 40°C/70%UR, foi observada rápida redução da atividade proteolítica, em função do tempo de armazenamento. A avaliação da atividade proteolítica das formulações em gel de poliacrilamida, adicionado de gelatina como substrato, após 6 horas de incubação a 37°C, demonstrou que a formulação gel de Carbopol® 940 foi a mais eficaz, até mesmo superior à formulação extemporânea de matéria-prima papaína 1%, em solução aquosa. Este resultado evidencia que esse polímero foi o mais adequado para veicular a papaína. Além disso, foi o que apresentou maior eficácia proteolítica no teste in vitro. Dessa forma, esta formulação poderá ser empregada para auxiliar o processo de cicatrização de feridas e queimaduras, nos diferentes níveis assistenciais de saúde, com garantia de eficácia, segurança e qualidade. / The present work evaluated by content of protein measurement, electrophoresis, proteolytic activity determination and verification of this activity stability, raw materials of papain obtained from two manufacturers. Gel formulations of Carbopol® 940, Natrosol® 250 HHR and Pluronic® F127, and containing 1% of papain, were developed and evaluated with regard to stability and in vitro efficacy of proteolytic activity. The stability studies were conducted by papain proteolytic activity measurement, using casein as substrate and the samples were stored under different conditions of temperature and humidity. The in vitro efficacy of proteolytic activity was evaluated using polyacrylamide gel containing gelatin as substrate. The raw material obtained from manufacturer B showed higher content of protein and higher proteolytic activity than the one from manufacturer A. Both raw materials showed functional stability when stored at 4°C during 6 months. When stored at 30°C/70% RH and at 40°C/70% RH, there was significant loss of these activities. The measure of formulations proteolytic activity, after 48 hours from its preparation, showed that only 8% of the total activity was detected. This result might indicate possible interactions between papain and formulation components, which lead to a loss in the proteolytic activity or a reduction in the speed of enzymatic reaction. The functional stability studies showed that all formulations were stable when stored at 4°C during 6 months. However, when stored at 30°C/70%RH and 40°C/70%RH, it was observed fast decrease in the proteolytic activity as a function of storage time. The evaluation of formulations proteolytic activity in polyacrylamide gel, added with gelatin as substrate, after 6 hours of incubation at 37°C, showed that Carbopol® 940 gel formulation was the most efficient, being also better than the formulation recently prepared with 1% of papain raw material in aqueous solution. This result demonstrates that this polymer was the most adequate to be incorporated with papain. Besides this, it was the one that showed higher proteolytic efficacy in the in vitro test. Then, this formulation might be employed to help in the wound and burns cicatrisation process, in the different levels of health assistance, with efficacy, security and quality guarantee.
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Multiple functions of a proteinase in closterovirus life cycle

Peng, Chih-Wen 04 April 2002 (has links)
More than half of the recognized genera of positive strand RNA viruses employ polyprotein processing as one of the strategies for their genome expression. Normally, this processing is mediated by virus-encoded proteinases that belong to the trypsin-like or papain-like family. In particular, papain-like, leader proteinases were found in diverse families of human, animal, plant, and fungal positive strand RNA viruses. In addition to autocatalytic processing, these proteinases play a variety of roles in the virus life cycle. In plant potyviruses, a papain-like helper component-proteinase (HC-Pro) was implicated in genome amplification, cell-to-cell movement, long distance transport, and suppression of host defense. The p29 proteinase encoded by a fungal hypovirus CHV1 was found to be dispensable for virus replication, but it was identified as a major determinant of viral pathogenicity. In an animal equine aterivirus (EAV), a papain-like proteinase nspl was demonstrated to possess a putative zinc finger domain, which functions in subgenomic RNA synthesis, although it is not essential for virus replication. The Lab proteinase of the foot and mouse disease virus (FMDV) is involved in inhibition of cellular mRNA translation and in virus spread in infected animals. In general, it appears that functional plasticity of the papain-like leader proteinases played an important role in the evolution of viral diversity. Here, we examined the functions of a papain-like leader proteinase (L-Pro) in the life cycle of the beet yellows closterovirus (BYV). It was found that L-Pro is required for autoproteolytic processing, genome amplification, virus invasiveness and cell-to-cell movement for BYV. The gene swapping experiments involving several closterviruses, a potyvirus, as well as CHV1, FMDV, and EAV revealed complex functional profiles of the papain-like leader proteinases. The possible mechanisms that underlie L-Pro functions are discussed. / Graduation date: 2002
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Effector roles of Granulocytes and B cells during Th2 Inflammation

Dwyer, Daniel Francis 04 June 2015 (has links)
Allergens are complex mixes of proteins and other compounds that have innate signaling capacity leading to Th2 inflammation. Understanding the role of each of these signals is essential to determining what separates allergens from innocuous proteins. Here, we examine two models for Th2 inflammation: infection with the helminth Trichinella spiralis and footpad immunization with papain, a cysteine protease structurally similar to proteases found in many common allergens including grass pollen and dust mites and helminth-secreted proteases secreted. Together, these studies highlight previously unappreciated effector roles of accessory cells during Th2 inflammation.
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Obtenção e caracterização de microparticulas de quitosana contendo papaina / Obtetion and characterization of chitosan micropartcles modified with papain

Goulart, Gilberto Alessandre Soares 17 February 2006 (has links)
Orientador: Marisa Masumi Beppu / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Quimica / Made available in DSpace on 2018-08-07T04:11:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Goulart_GilbertoAlessandreSoares_D.pdf: 3369983 bytes, checksum: 6b0a60782f517a23c920987f58b71dd3 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: A utilização de polímeros naturais como biomateriais tem crescido nos últimos anos. Existem polímeros naturais, como a quitosana, por exemplo, que têm grande potencial de uso nas áreas farmacêuticas, médicas, de engenharia de tecidos e engenharia biomédica (reconstituição de ossos), e matriz de liberação controlada de fármacos, com propriedades biológicas interessantes, tais como: biocompatibilidade com tecidos e órgãos humanos, não toxicidade, capacidade hemostática, bactericida, fungicida e principalmente propriedade cicatrizante. Este polímero pode ser utilizado juntamente com outros compostos, como a papaína, que é uma enzima proteolítica extraída do mamão e que possui propriedade antiinflamatória, fungicida facilita a cicatrização de tecidos epiteliais. O objetivo deste trabalho foi estudar a de utilização da quitosana e papaína no reparo de tecidos epiteliais. Para tal, foram produzidas micropartículas de quitosana com papaína sorvida em diferentes concentrações e também com a utilização de agentes reticulantes como o glutaraldeído 0,75% em massa e o tripolifosfato de sódio (TPP) 10% m/v, com a finalidade de imobilizar a enzima sobre as micropartículas de quitosana. As micropartículas foram testadas quanto a sua capacidade de liberação de papaína e avaliadas quanto ao tempo de armazenamento. Analises morfológicas (MEV), cristalográficas (DRX) e térmicas (TGA e DSC) foram realizadas para caracterização das micropartículas de quitosana, com a finalidade de verificar a influência do agente reticulante na liberação de papaína sorvida nas micropartículas de quitosana. Foi observado que as micropartículas utilizadas na forma natural com papaína sorvida sofriam deterioração com o decorrer do tempo. Por esse foi mais indicado o uso de um agente reticulante, com a finalidade de imobilizar a papaína e manter sua atividade enzimática constante. O agente reticulante escolhido foi o TPP, pelo fato de não possuir toxicidade. Foi observado que a imobilização da papaína ocorreu de forma efetiva pelo uso do TPP, pois se conseguiu manter constante a atividade enzimática nas micropartículas de quitosana reticuladas por um período de tempo de 6 meses / Abstract: The use of natural polymers as biomaterials has been growing in the last years. Natural polymers as chitosan, consists in good examples with great potential for use in pharmaceutical and medical areas, tissue and biomedical engineering (reconstitution of bones), and controlled release of drugs. Chitosan presents interesting biological properties, such as: biocompatibility with tissue and organs, non toxicicity, hemostatic, anti-bacterial, anti-fungal properties and mainly healing properties. It can be used associated with other active molecules, such as papain, that is a proteolitic enzyme of papaya and also possesses anti-inflammatory property, being able to facilitate the healing of epithelial tissues. The objective of this study was to evaluate the possibility of using of chitosan for wound healing. Hence, microparticles of chitosan with sorbed papain (in several concentrations) associated with the use of crosslinking agents as glutaraldehyde 0.75% (w/w) solution and sodium tripoly-phosphate (TPP) 10% (w/v) solution in order to immobilize the enzyme. The produced microparticles were tested on its capacity of papain release and the time of storage. Morphological (SEM), crystallographic (DRX) and thermal (TGA and DSC) analyses were performed for microparticles characterization, with the purpose to verify the influence of the crosslinking agent in the release of papain from the microparticles. As results, microparticles used in the natural form with sorbed papain underwent deterioration with elapsing of the storage time. For this reason, TPP was used to immobilize papain and keep its enzimatic activity, without presenting toxicicity. The immobilization of the papain using TPP occurred in a sactisfactory way, keeping the enzymatic activity of papain in chitosan microparticles even after a long shelf life / Doutorado / Engenharia de Processos / Doutor em Engenharia Química
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A utilização do hidrogel com papaína no tratamento de feridas em pés diabéticos / The use of papain hydrogel in the treatment of wounds in diabetic feet

Albeliggia Barroso Vicentine 03 March 2017 (has links)
O diabetes mellitus é um transtorno metabólico que leva a uma deficiência na secreção de insulina, na sua ação ou em ambos. O mau controle glicêmico pode acarretar em diversas complicações, entre elas, o pé diabético, que é o responsável pela maior parte de amputações não traumáticas dos membros inferiores e gera um custo muito alto para o tratamento de feridas e de cicatrização das amputações. A tecnologia tem proporcionado a criação de novos métodos de tratamento, como as membranas de hidrogel veiculadoras de fármaco. Com isso o nosso objetivo foi testar a eficiência do hidrogel com papaína no tratamento de úlceras em pés diabéticos. A pesquisa foi realizada no município de Porto Nacional (TO) com todos os pacientes portadores de pé diabéticos que deram entrada no HRPPN de 01 de outubro de 2014 a 31 de outubro de 2015, que se encaixavam dentro dos critérios de inclusão do trabalho e assinaram o TCLE. Para a análise socioeconômica aplicou-se um questionário com perguntas objetivas. Para a aplicação da membrana, as feridas foram lavadas com soro fisiológico a 0,9% e os curativos foram realizados de acordo com o protocolo do hospital e trocados a cada 24 horas. Utilizou-se uma planilha de diagnóstico para realizar o acompanhamento diário das feridas. Dezoito pacientes participaram do estudo, sendo que, 16 deles foram internados devido ao pé diabético e ao DM descompensado. 50% dos pacientes eram do sexo feminino e 50% do masculino, todos com idade entre 29 anos e 80 anos. 22% fazem uso de hipoglicemiante oral e insulina e os outros 78% usam apenas hipoglicemiante oral. 82% têm companheiro ou é casado e a maior parte não possui renda ou recebe até um salário mínimo (61%). Quanto à escolaridade, 28% são analfabetos e 34% não concluíram o ensino médio. 50% dos pacientes são naturais de Porto Nacional e 11% de outros estados. Quanto ao conhecimento que os pacientes tinham das complicações que tem como causa o DM, o pé diabético foi a única citada por todos, as demais complicações eram desconhecidas por muitos; somente um paciente tem ciência de todas as complicações. Dos 18 pacientes, 7 puderam ser tratados com a membrana de hidrogel com papaína, mas como não houve melhora significativa, a membrana teve que ser substituída pelo curativo convencional. A membrana não aderiu à pele saudável e nem na ferida, uma vez que apresentou rigidez, fato que pode ter retardado o processo de cicatrização, já que o curativo não envolveu a ferida completamente. A membrana também apresentou baixa taxa de absorção do exsudato, fazendo com que as feridas ficassem maceradas. A cisteína, composto presente na membrana, fez com que ela liberasse um forte odor que causou repulsa nos pacientes e seus familiares, fato que desmotivou o paciente a querer realizar o tratamento. Dados estes resultados, infere-se que a utilização do hidrogel com papaína não trouxe melhora para as feridas do pé diabético, houve um leve desbridamento em algumas feridas, mas sem cicatrização. / Diabetes mellitus is a metabolic disorder that leads to a deficiency in insulin secretion, its action or both. Poor glycemic control can lead to a number of complications, including diabetic foot, which is responsible for most non- traumatic lower limb amputations and generates a very high cost for wound healing and amputation healing. The technology has provided the creation of new treatment methods, such as drug-bearing hydrogel membranes. Our aim is to test the efficiency of papain hydrogel in the treatment of diabetic foot ulcers. The study was carried out in the municipality of Porto Nacional (TO) with all patients with diabetic foot who entered the HRPPN from October 1, 2014 to October 31, 2015, who fit within the inclusion criteria of the work and signed The TCLE. For the socioeconomic analysis a questionnaire with direct questions was applied. For the application of the membrane the wounds were washed with 0.9% saline and the dressings were performed according to the hospital protocol and changed every 24 hours. A diagnostic worksheet was used to perform the daily follow-up of the wounds. Eighteen patients participated in the study, and 16 of them were hospitalized due to diabetic foot and decompensated DM. 50% of the patients were female and 50% were male, all aged between 29 years and 80 years. 22% use oral hypoglycemic and insulin and the other 78% only use oral hypoglycemic. 82% have a partner or are married and most of them have no income or receive up to a minimum wage (61%). As for schooling, 28% are illiterate and 34% did not finish high school. 50% of the patients are from Porto Nacional and 11% from other states. As for the patients\' knowledge of the complications caused by DM, the diabetic foot was the only one mentioned by all, the other complications were unknown by many; only one patient is aware of all the complications. From 18 patients, 7 could be treated with the papain hydrogel membrane, but as there was no significant improvement, the membrane had to be replaced by the conventional dressing. The membrane did not adhere to healthy skin or even to the wound, since it presented rigidity, a fact that may have delayed the healing process since the dressing did not involve the wound completely. The membrane also had a low absorption rate of the exudate, causing the wounds to become macerated. The cysteine, a compound present in the membrane, caused it to release a strong odor that caused disgust in patients and their families, a fact that discouraged the patient from wanting to perform the treatment. Given these results, it was inferred that the use of the papain hydrogel did not improve the wounds of the diabetic foot, there was a slight debridement in some wounds, but without healing.
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Desenvolvimento de formulações tópicas contendo papaína para o tratamento de feridas / Development of topical formulations containing papain to wounds treatment.

Helaine Carneiro Capucho 27 April 2007 (has links)
O presente trabalho avaliou, por medida de conteúdo protéico, análise eletroforética, por determinação da atividade proteolítica e verificação da estabilidade dessa atividade, matérias-primas papaína de dois fabricantes. Formulações géis de Carbopol® 940, Natrosol® 250 HHR e Pluronic® F127, contendo matéria-prima papaína a 1%, foram desenvolvidas e avaliadas quanto à estabilidade e a eficácia in vitro da atividade proteolítica. Os estudos de estabilidade foram conduzidos por medida da atividade proteolítica da papaína, utilizando a caseína como substrato, em amostras armazenadas sob diferentes condições de temperatura e umidade. A eficácia da ação proteolítica in vitro foi avaliada em gel de poliacrilamida, contendo gelatina como substrato. A matéria-prima do fabricante B apresentou maior conteúdo protéico e maior atividade proteolítica do que a matériaprima do fabricante A. Ambas matérias-primas demonstraram estabilidade da atividade funcional, quando armazenadas a 4°C, por um período de 6 meses. Quando armazenadas a 30°C/70%UR e a 40°C/70%UR, houve perda acentuada dessa atividade. A medida da atividade proteolítica das formulações, após 48 horas de sua preparação, mostrou que apenas 8% da atividade funcional total foi detectada. Este resultado pode indicar interação entre a papaína e os componentes das formulações, levando a uma perda da atividade proteolítica, ou uma redução da velocidade da reação enzimática. Os estudos da estabilidade da atividade funcional mostraram que ambas formulações foram estáveis, quando armazenadas a 4°C, por 6 meses. Entretanto, quando armazenadas a 30°C/70%UR e a 40°C/70%UR, foi observada rápida redução da atividade proteolítica, em função do tempo de armazenamento. A avaliação da atividade proteolítica das formulações em gel de poliacrilamida, adicionado de gelatina como substrato, após 6 horas de incubação a 37°C, demonstrou que a formulação gel de Carbopol® 940 foi a mais eficaz, até mesmo superior à formulação extemporânea de matéria-prima papaína 1%, em solução aquosa. Este resultado evidencia que esse polímero foi o mais adequado para veicular a papaína. Além disso, foi o que apresentou maior eficácia proteolítica no teste in vitro. Dessa forma, esta formulação poderá ser empregada para auxiliar o processo de cicatrização de feridas e queimaduras, nos diferentes níveis assistenciais de saúde, com garantia de eficácia, segurança e qualidade. / The present work evaluated by content of protein measurement, electrophoresis, proteolytic activity determination and verification of this activity stability, raw materials of papain obtained from two manufacturers. Gel formulations of Carbopol® 940, Natrosol® 250 HHR and Pluronic® F127, and containing 1% of papain, were developed and evaluated with regard to stability and in vitro efficacy of proteolytic activity. The stability studies were conducted by papain proteolytic activity measurement, using casein as substrate and the samples were stored under different conditions of temperature and humidity. The in vitro efficacy of proteolytic activity was evaluated using polyacrylamide gel containing gelatin as substrate. The raw material obtained from manufacturer B showed higher content of protein and higher proteolytic activity than the one from manufacturer A. Both raw materials showed functional stability when stored at 4°C during 6 months. When stored at 30°C/70% RH and at 40°C/70% RH, there was significant loss of these activities. The measure of formulations proteolytic activity, after 48 hours from its preparation, showed that only 8% of the total activity was detected. This result might indicate possible interactions between papain and formulation components, which lead to a loss in the proteolytic activity or a reduction in the speed of enzymatic reaction. The functional stability studies showed that all formulations were stable when stored at 4°C during 6 months. However, when stored at 30°C/70%RH and 40°C/70%RH, it was observed fast decrease in the proteolytic activity as a function of storage time. The evaluation of formulations proteolytic activity in polyacrylamide gel, added with gelatin as substrate, after 6 hours of incubation at 37°C, showed that Carbopol® 940 gel formulation was the most efficient, being also better than the formulation recently prepared with 1% of papain raw material in aqueous solution. This result demonstrates that this polymer was the most adequate to be incorporated with papain. Besides this, it was the one that showed higher proteolytic efficacy in the in vitro test. Then, this formulation might be employed to help in the wound and burns cicatrisation process, in the different levels of health assistance, with efficacy, security and quality guarantee.
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Desenvolvimento farmacotécnico e estudo de estabilidade de géis de papaína destinados ao tratamento de feridas

Miura, Daniele Yuri 30 March 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca da Faculdade de Farmácia (bff@ndc.uff.br) on 2017-03-30T17:15:27Z No. of bitstreams: 1 Miura, Daniele Yuri [Dissertação, 2012].pdf: 3475068 bytes, checksum: 14b2a219ff5a9c48bcab7248e3b57e35 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-30T17:15:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Miura, Daniele Yuri [Dissertação, 2012].pdf: 3475068 bytes, checksum: 14b2a219ff5a9c48bcab7248e3b57e35 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A papaína é uma enzima proteolítica, extraída do látex da espécie Carica papaya Linne. Ela é utilizada no tratamento tópico de feridas como agente desbridante, podendo ser aplicada em concentrações de 2 a 10%, dependendo da fase do processo de cicatrização. Porém, sua baixa estabilidade é um fator limitante para aplicação em formulações. O presente estudo analisou a influência dos adjuvantes técnicos EDTA dissódico, cloridrato de cisteína e propilenoglicol no aumento da atividade proteolítica de géis de Carbopol® 940 contendo papaína a 2 e a 4% (p/p). No estudo de formulação dos géis, as formulações foram definidas por um desenho fatorial 33 e o efeito dos adjuvantes foi avaliado através de um estudo de superfície de resposta. Para cada concentração de papaína, foram selecionadas duas formulações para o estudo de estabilidade acelerada: a formulação com melhor resultado de atividade proteolítica e aquela sem adição de adjuvantes. O estudo de estabilidade acelerada foi realizado por sessenta dias a 5ºC ± 2ºC, 26ºC ± 2ºC e 45ºC ± 2ºC. As quatro formulações apresentaram grande perda de atividade enzimática durante o tempo do estudo, mesmo aquelas armazenadas a 5ºC ± 2ºC. Contudo, o armazenamento em temperaturas mais altas intensificou a perda de atividade. Para os géis de papaína a 2%, o uso de adjuvantes não foi eficiente na manutenção da atividade proteolítica. Já para os géis de papaína a 4%, houve um intenso aumento na atividade com o uso de adjuvantes, porém este efeito não foi mantido durante o tempo. Apesar destes resultados, o estudo indicou a possibilidade de aprimoramento das formulações de gel de papaína com o uso de adjuvantes técnicos, podendo gerar uma melhora no desempenho da atividade proteolítica dos produtos / Papain is a proteolytic enzyme extracted from latex of Carica papaya Linne. It is used in the topical wounds treatment as a debriding agent and can be applied at concentrations of 2-10%, depending on the phase of the healing process. However, its low stability is a limiting factor for use in formulations. The present study examined the influence of technical adjuvants disodium EDTA, cysteine hydrochloride and propylene glycol on increasing of proteolytic activity of Carbopol® 940 gels containing 2 and 4% (w/w) of papain. In the gels preformulation study, the formulations were defined by a 33 factorial design and the effect of adjuvants was evaluated using a response surface study. For each concentration of papain, two formulations were selected for the accelerated stability study: a formulation with best result of proteolytic activity and that without adjuvants. The accelerated stability study was carried out for sixty days at 5°C ± 2°C, 26ºC ± 2°C and 45ºC ± 2°C. The four formulations showed a large loss of enzyme activity during the time of the study, even those stored at 5°C ± 2°C. However, storage at higher temperatures increased the loss of activity. For gels with 2% papain, the use of adjuvants was not efficient in maintaining the proteolytic activity. As for the gels with 4% papain, there was an intense increase in activity with the use of adjuvants, but this effect was not maintained over time. Despite these results, the study indicated the possibility of improvement of papain gel formulations with the use of technical adjuvants, wich can provide a better performance of the proteolytic activity of the products.
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A utilização do hidrogel com papaína no tratamento de feridas em pés diabéticos / The use of papain hydrogel in the treatment of wounds in diabetic feet

Vicentine, Albeliggia Barroso 03 March 2017 (has links)
O diabetes mellitus é um transtorno metabólico que leva a uma deficiência na secreção de insulina, na sua ação ou em ambos. O mau controle glicêmico pode acarretar em diversas complicações, entre elas, o pé diabético, que é o responsável pela maior parte de amputações não traumáticas dos membros inferiores e gera um custo muito alto para o tratamento de feridas e de cicatrização das amputações. A tecnologia tem proporcionado a criação de novos métodos de tratamento, como as membranas de hidrogel veiculadoras de fármaco. Com isso o nosso objetivo foi testar a eficiência do hidrogel com papaína no tratamento de úlceras em pés diabéticos. A pesquisa foi realizada no município de Porto Nacional (TO) com todos os pacientes portadores de pé diabéticos que deram entrada no HRPPN de 01 de outubro de 2014 a 31 de outubro de 2015, que se encaixavam dentro dos critérios de inclusão do trabalho e assinaram o TCLE. Para a análise socioeconômica aplicou-se um questionário com perguntas objetivas. Para a aplicação da membrana, as feridas foram lavadas com soro fisiológico a 0,9% e os curativos foram realizados de acordo com o protocolo do hospital e trocados a cada 24 horas. Utilizou-se uma planilha de diagnóstico para realizar o acompanhamento diário das feridas. Dezoito pacientes participaram do estudo, sendo que, 16 deles foram internados devido ao pé diabético e ao DM descompensado. 50% dos pacientes eram do sexo feminino e 50% do masculino, todos com idade entre 29 anos e 80 anos. 22% fazem uso de hipoglicemiante oral e insulina e os outros 78% usam apenas hipoglicemiante oral. 82% têm companheiro ou é casado e a maior parte não possui renda ou recebe até um salário mínimo (61%). Quanto à escolaridade, 28% são analfabetos e 34% não concluíram o ensino médio. 50% dos pacientes são naturais de Porto Nacional e 11% de outros estados. Quanto ao conhecimento que os pacientes tinham das complicações que tem como causa o DM, o pé diabético foi a única citada por todos, as demais complicações eram desconhecidas por muitos; somente um paciente tem ciência de todas as complicações. Dos 18 pacientes, 7 puderam ser tratados com a membrana de hidrogel com papaína, mas como não houve melhora significativa, a membrana teve que ser substituída pelo curativo convencional. A membrana não aderiu à pele saudável e nem na ferida, uma vez que apresentou rigidez, fato que pode ter retardado o processo de cicatrização, já que o curativo não envolveu a ferida completamente. A membrana também apresentou baixa taxa de absorção do exsudato, fazendo com que as feridas ficassem maceradas. A cisteína, composto presente na membrana, fez com que ela liberasse um forte odor que causou repulsa nos pacientes e seus familiares, fato que desmotivou o paciente a querer realizar o tratamento. Dados estes resultados, infere-se que a utilização do hidrogel com papaína não trouxe melhora para as feridas do pé diabético, houve um leve desbridamento em algumas feridas, mas sem cicatrização. / Diabetes mellitus is a metabolic disorder that leads to a deficiency in insulin secretion, its action or both. Poor glycemic control can lead to a number of complications, including diabetic foot, which is responsible for most non- traumatic lower limb amputations and generates a very high cost for wound healing and amputation healing. The technology has provided the creation of new treatment methods, such as drug-bearing hydrogel membranes. Our aim is to test the efficiency of papain hydrogel in the treatment of diabetic foot ulcers. The study was carried out in the municipality of Porto Nacional (TO) with all patients with diabetic foot who entered the HRPPN from October 1, 2014 to October 31, 2015, who fit within the inclusion criteria of the work and signed The TCLE. For the socioeconomic analysis a questionnaire with direct questions was applied. For the application of the membrane the wounds were washed with 0.9% saline and the dressings were performed according to the hospital protocol and changed every 24 hours. A diagnostic worksheet was used to perform the daily follow-up of the wounds. Eighteen patients participated in the study, and 16 of them were hospitalized due to diabetic foot and decompensated DM. 50% of the patients were female and 50% were male, all aged between 29 years and 80 years. 22% use oral hypoglycemic and insulin and the other 78% only use oral hypoglycemic. 82% have a partner or are married and most of them have no income or receive up to a minimum wage (61%). As for schooling, 28% are illiterate and 34% did not finish high school. 50% of the patients are from Porto Nacional and 11% from other states. As for the patients\' knowledge of the complications caused by DM, the diabetic foot was the only one mentioned by all, the other complications were unknown by many; only one patient is aware of all the complications. From 18 patients, 7 could be treated with the papain hydrogel membrane, but as there was no significant improvement, the membrane had to be replaced by the conventional dressing. The membrane did not adhere to healthy skin or even to the wound, since it presented rigidity, a fact that may have delayed the healing process since the dressing did not involve the wound completely. The membrane also had a low absorption rate of the exudate, causing the wounds to become macerated. The cysteine, a compound present in the membrane, caused it to release a strong odor that caused disgust in patients and their families, a fact that discouraged the patient from wanting to perform the treatment. Given these results, it was inferred that the use of the papain hydrogel did not improve the wounds of the diabetic foot, there was a slight debridement in some wounds, but without healing.

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