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Contribuições à paleontologia de Terópodes não-avianos do Mesocretáceo do Nordeste do Brasil

Sales, Marcos André Fontenele January 2017 (has links)
A Região Nordeste do Brasil apresenta um importante registro fóssil de dinossauros mesocretáceos, especialmente do clado Theropoda, popularmente referidos como terópodes. A quase totalidade dos espécimes é oriunda de dois depósitos sedimentares, a Formação Romualdo, Albiano da Bacia do Araripe, e a Formação Alcântara, Cenomaniano da Bacia de São Luís-Grajaú. A presente tese apresenta o estado da arte referente aos terópodes não-avianos das formações supracitadas, contextualizando-os do ponto de vista paleogeográfico e paleoecológico. A revisão dos principais achados é acompanhada por resultados inéditos obtidos pelo pós-graduando ao longo de seu Doutorado, dos quais os principais estão sumarizados a seguir: (1) a obtenção de evidência estatística para a associação positiva entre espinossaurídeos e paleoambientes costeiros; (2) o primeiro registro inequívoco do táxon Abelisauridae na Formação Alcântara; (3) o reconhecimento de uma distinção faunística entre a diversidade dinossauriana das formações Romualdo e Alcântara; (4) a identificação das coroas dentárias maxilares do espinossaurídeo Irritator challengeri; (5) a obtenção de uma nova hipótese para as relações filogenéticas entre os espinossaurídeos brasileiros e os demais táxons. Estes resultados, acompanhados de outros, possuem implicações taxonômicas, evolutivas, paleobiogeográficas e paleoecológicas. Por exemplo, a maior abundância de somatofósseis de espinossaurídeos nas formações mencionadas provavelmente está relacionada à associação positiva entre estes terópodes e os paleoambientes costeiros. Por outro lado, a identificação das coroas dentárias maxilares de I. challengeri, em conjunto com os resultados cladísticos, permitiram a reapreciação de detalhes relativos à evolução das narinas externas de espinossaurídeos, bem como a refutação da hipótese de que o holótipo desta espécie é parte do mesmo espécime do holótipo de Angaturama limai. Ademais, a análise cladística realizada sugere que o clado Baryonychinae não é monofilético. Por fim, o reconhecimento da presença de abelissaurídeos na Formação Alcântara está de acordo com a abundância deste táxon em depósitos sedimentares gondwânicos durante o mesocretáceo, reforçando as semelhanças existentes com os depósitos mesocretáceos africanos, ao mesmo tempo em que salienta as diferenças entre esta unidade e a Formação Romualdo quanto à diversidade de dinossauros. Isto sugere que a fauna dinossauriana da América do Sul era mais heterogênea do que previamente assumido por outros autores, o que deve ser levado em consideração quando de análises futuras de similaridade de faunas. No entanto, a despeito do que já se conhecia e dos novos dados aportados por esta tese, muitas outras questões ainda permanecem por serem investigadas mais a fundo. Desta forma, esta contribuição se constitui em um passo adicional – porém nunca definitivo – no propósito de expandir o conhecimento sobre os terópodes não-avianos do mesocretáceo do Nordeste do Brasil. / The northeastern Brazil has yielded an important fossil record of Mid- Cretaceous dinosaurs, especially the clade Theropoda. Almost all specimens come from two fossiliferous deposits, the Romualdo Formation, Albian of the Araripe Basin, and the Alcântara Formation, Cenomanian of the São Luis-Grajaú Basin. This thesis presents the state of the art relative to the nonavian theropods from the aforementioned formations, contextualizing them paleobiogeographically and paleoecologically. The review of the findings is followed by the inedit results gathered by the PhD candidate during his Doctorate, among which the main ones are summarized below: (1) the obtention of statistical evidence of the positive association between spinosaurids and coastal paleoenvironments; (2) the first unequivocal record of Abelisauridae from the Alcântara Formation; (3) the recognition of a faunal distinction between the dinosaur diversity of the Alcântara and Romualdo formations; (4) the identification of the maxillary tooth crowns of the spinosaurid Irritator challengeri; (5) the obtention of a new hypothesis of the phylogenetic relationships between the Brazilian spinosaurids and the other taxa. These results, along with others, have taxonomic, evolutionary, paleobiogeographic and paleoecological implications. For example, the greater abundance of spinosaurid body fossils in the those formations are likely related to the positive association between these theropods and coastal paleoenvironments. On the other hand, the identification of the maxillary tooth crowns of I. challengeri, along with the cladistic results, enabled the reanalysis of some details of the evolution of the external nares of spinosaurids, as well as the refutation of the hypothesis of the holotypes of this species and Angaturama limai belonging to the same specimen. Furthermore, the cladistic analysis suggests that Baryonychinae is not monophyletic. Finally, the record of abelisaurids from the Alcântara Formation is in agreement with the abundance of this taxon in Gondwanan deposits during the mid-Cretaceous, which strengthens the similarities with African mid-Cretaceous deposits, whereas it emphasizes the differences in dinosaur diversity between this unity and the Romualdo Formation. This suggests that the dinosaur fauna of South America was more heterogeneous than previously assumed by other authors, which must be taken into account by future analyses of similarities. Despite what was previously known and the new findings provided by this thesis, many other issues are still to be further investigated. Thus, this contribution is actually an additional step – although not the definite one – towards the expansion of the knowledge on mid-Cretaceous nonavian theropods from northeastern Brazil.
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Bioestratigrafia e paleoambientes da Formação Rio do Rasto na borda leste da bacia do Paraná (permiano superior, Estado do Paraná) / Not available.

Rohn, Rosemarie 05 August 1988 (has links)
O estudo de fósseis e litologias da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) ao longo de 11 estradas do sul ao nordeste do Estado do Paraná e de 1 estrada no extremo-norte de Santa Catarina deu suporte a correlações entre as colunas de diversas áreas, à definição de biozonas, à interpretação dos possíveis paleoambientes e a novas considerações sobre a história evolutiva da Bacia do Paraná durante o final do Permiano. A parte da seqüência estudada abrange as porções anteriormente designadas Membro Serrinha (cerca de 1/4 da coluna, a partir da base) e Membro do Morro Pelado, cujas características litológicas, no entanto, não parecem sustentar adequadamente estas subdivisões. Do sul ao centro-norte do Estado do Paraná, na área aflorante, a espessura da Formação Rio do Rasto atinge 420 m, diminuindo acentuadamente da região de São Jerônimo da Serra para a Santo Antônio da Platina, onde se encontram porções mais marginais da bacia. As análises dos fósseis (formalmente descritos em outros trabalhos especialmente preparados para esta dissertação) buscaram dados paleoecológicos, de correlação interbacinal, bioestratonômicos e bioestratigráficos; também fundamentaram a maior parte das correlações entre os afloramentos e entre as seções colunares compostas, tendo permitido estimar os mergulhos aproximados das camadas (entre 0,5º e 0,9º) e, em alguns casos, os rejeitos de falhas de gravidade (muito freqüentes na região do Arco da Ponta Grossa). A distribuição, a diversidade e a abundância de conchostráceos dão sustentação a zoneamento bioestratigráfico relativamente detalhado, comportando, em ordem ascendente, as Zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata micropolygonata, Paranaleaia supina-Asmussia sp., Asmussia regularis (que compreende a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"Intervalo de Conchostráceos Superior\". Os conchostráceos evidenciam principalmente ambientes continentais de águas rasas, relativamente quentes e são típicos das regiões semi-áridas. Estes fósseis não lograram importantes correlações interbacinais. Os bivalves, relativamente comuns na parte inferior da formação, estão distribuídos nas Zonas Leinzia similis (inferior) e ? Palaeomutela platinensis (superior, com a Subzona Nothoterraia acarinata em sua porção inferior). Aquelas formas da segunda zona, incluindo algumas similares a espécies do Permiano Superior de outras regiões gondvânicas, certamente representam ambientes continentais de águas calmas. Já os bivalves da zona inferior parecem ser endêmicos, de águas um pouco mais agitadas, possivelmente com salinidade mais elevada. Os megafósseis vegetais possibilitaram o estabelecimento das Zonas Pecopteris dolianitii (inferior, com 3 subdivisões) e Schizoneura gondwanensis ( superior, com 2 subdivisões). Os elementos são típicos da última fase de desenvolvimento da Flora Glossopteris, permitindo correlação principalmente com o Grupo Ecca Superior, Grupo Beaufort Inferior e a Formação Madumabisa do sul da África e a Formação Raniganj da Índia. Estes fósseis ocorrem em relativa abundância, mas são pouco representativos da vegetação global e apresentam diversidade não muito elevada. Há diversos elementos com possíveis adaptações xeromórficas. A análise palinológica de uma amostra da localidade-tipo do Membro Serrinha, praticamente da base da Formação Rio do Rasto, sugere correlação principalmente com os palinomorfos dos depósitos da Zona Tapinocephalus da parte inferior do Grupo Beaufort Inferior. Endossando ainda as correlações anteriores indicadas pelo estudo de tetrápodes da Serra do Cadeado, a deposição da unidade na área estudada pode ter ocorrido no intervalo equivalente ao Kazaniano Superior-Tatariano Inferior, tendo possivelmente cessado um pouco mais cedo na região de Santo Antônio da Platina. Além dos fósseis mencionados, ainda foram constatados estromatólitos nodulares (particularmente na base da formação), pequenos gastrópodes, ostracodes, escamas de peixes (em maior abundância no nordeste do estado), e ainda icnofósseis (principalmente na porção inferior da formação). Estes fósseis apoiam as interpretações ambientais já mencionadas ou, pelo menos, não parecem indicar ambientes estritamente marinhos. Os depósitos sedimentares, quase todos avermelhados, exceto na porção basal da seqüencia, foram classificados em 17 tipos. O conjunto das evidências litológicas, bioestratonômicas e paleoecológicas sugere que a Formação Rio do Rasto representa deposição em grandes lagos rasos, com oscilação freqüente do nível de água, da área de recobrimento e possivelmente também da salinidade, sob condições climáticas variavelmente secas; supõe-se que os lagos eram limitados por terras preponderantemente baixas, com dunas eólicas em extensas áreas, vegetação melhor desenvolvida próximo às margens, e drenagem provavelmente efêmera, apenas efetiva nos eventos de chuvas torrenciais. Os lobos de suspensão e as sigmóides, acumulados nos lagos próximo às desembocaduras dos cursos de água, assim como os turbiditos das regiões de costa afora, devem atestar as maiores descargas durante as cheias. Em certas fases, principalmente durante a deposição da metade inferior da formação, a dinâmica dos lagos parece ter sido influenciada por intensas tempestades; oscilações mais fracas, como as provocadas pelo vento, deixaram marcas em diversos depósitos da base ao topo da seqüencia. Os dados apontam para a incidência de uma fase inicial de condições climáticas bastante secas, provavelmente sucedida por dois importantes intervalos de melhora climática; o primeiro intervalo um pouco mais úmido é caracterizado pelo desenvolvimento expressivo de glossopterídeas, pecopterídeas, bivalves e conchostráceos (M. unicostata micropolygonata); o segundo é representado, principalmente, pela ingressão de Schizoneura gondwanensis e pela máxima diversidade em conchostráceos; durante este intervalo pode ter havido ligeiro levantamento/basculamento tectônico da área de Reserva-Cândido de Abreu, sugerido, em parte, pela ocorrência de grandes intraclastos em dois diamictitos. O terço superior da formação evidencia novo acentuado recrudescimento climático, aparentemente com poucas fases de maior umidade, tendo provocado o desaparecimento de diversas espécies da fauna e da flora. Há registro de invasões cada vez mais freqüentes dos lagos por dunas eólicas, até a sua colmatação definitiva, a qual representa o início da deposição da Formação Pirambóia. / Study of the Rio do Rasto Formation (Passa Dois Group) along 11 roads in southern to northeastern Paraná State and 1 road in northern Santa Catarina State, Brazil, has provided the basis for stratigraphical correlation of vertical profiles, establishment of biozones, interpretation of possible paleoenvironments and new inferences on the history of the Paraná Basin at the end of the Permian. The studied sequence comprises the Serrinha Member (the lowest 1/4 of the formation) and the Morro Pelado Member. However, the lithologies observed do not provide reasonable support for this subdivision. The thickness of the formation does not exceed 420 m in the studied area and decreases markedly from São Jerônimo da Serra towards Santo Antônio da Platina near the margin of the basin. Fossils were analyzed for interbasinal correlations and for paleoecological, biostratinomic and biostratigraphic interpretations. The fossils found the most important correlations among outcrops and vertical profiles. They also helped to estimate regional dips of the strata (around 0.5°- 0.9°) and, in some cases, the approximate offset of the vertical faults, very common in the region of the Ponta Grossa Arch. The geographical distribution, diversity and abundance of the conchostracans supports the establishment of the following biozones (in ascending order): Cyzicus sp. Zone, Monoleaia unicostata micropolygonata Zone, Paranaleaia supine-Asmussia sp. Zone, Asmussia regularis Zone (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and the \"Upper Conchostracans Interval\". These organisms are typical of freshwater ponds and shallow lakes in warm, semi-arid regions. The conchostracans seem not to be very important in interbasinal correlations. Bivalves, most frequent in the lower part of the formation, are distributed in the Leinzia similis Zone (almost entirely at the base of the formation) and the? Palaeomutela platinensis Zone (including the Nothoterraia acarinata Subzone). The bivalves of the second zone, which comprise some forms similar to other Upper Permian Gondwanic species, probably lived in calm fresh waters, whereas the bivalves of the Leinzia similis Zone seem to be endemic, associated with more agitated waters and possibly with highter salinity.Two zones of fossil plants were defined: the Pecopteris dolianitii Zone (in the lower part, with 3 subdivisions) and the Schizoneura gondwanensis Zone (in the upper part, with 2 subdivisions). The elements are typical of the last phase of development of the Glossopteris Flora, as reported for the Upper Ecca Group, the Lower Beaufort Group and the Madumabisa Formation in southern Africa, and the Raniganj Formation in India. The fossil plants are relatively abundant, but not very representative of the regional vegetation. Neither zone shows great diversity. Elements with possible xeromorphic adaptations are common. Palynological analysis of a single sample from the type-locality of the Serrinha Member, almost at the base of the Rio do Rasto Formation, suggests correlation with forms of the Tapinocephalus Zone from the basal part of the Lower Beaufort Group. In accordance with previous observations based on the study of tetrapods from the Serra do Cadeado, the sequence in the studied area may have been deposited in the Late Kazanian to the Lower Tatarian; in northeastern Paraná State (Santo Antônio da Platina), however, deposition may have ended earlier. Other fossils observed in the formation, such as nodular stromatolites (mainly at the basal part of the unit), small gastropods, ostracodes, abundant fish scales (particularly in northeast Paraná) and trace fossils (mainly in the lower part to the formation), are consistent with the above-mentioned paleoenvironmental interpretations and do not include any strictly marine species. The sedimentary deposits were classified in 17 types. Lithologic, biostratinomic and paleoecological evidence suggests that the predominantly red sequence of the Rio do Rasto Formation accumulated in great shallow lakes characterized by water level and possibly salinity oscillations within and variable arid context. The lakes were surrounded by lowlands, which contained marginal vegetation, eolian dunes and probably ephemeral streams. Flood stages would have caused the deposition of suspension lobes and sigmoidal bars near the mouths of tibutaries and turbidites farther offshore in the lakes. Occasionally, especially during the deposition of the lower part of the sequence, the lakes were influenced by heavy storm episodes; weaker wave action, such as that produced by winds, also left marks in many stata, throughout the formation. The sequence apparently began to accumulate under quite arid conditions, followed by more humid conditions, probably in two distinct intervals. The expressive development of glossopterids, pecopterids, bivalves and conchostracans (M. unicostata micropolygonata) would have occurred in the first interval, whereas Schizoneura gondwanensis and several conchostracans appeared in the second interval. In the latter interval may have occurred mild tectonic uplift of the area near Reserva-Cândido de Abreu, as suggested by the presence of two anomalous diamictites with large intraclasts. The upper third of the formation documents the return of rigorous arid conditions, that alternated with only a few, short, less severe intervals. Many floral and faunal species disappeared at this time, and eolian dunes invaded the lakes with greater frequency, finally filling them up and setting the stage for deposition of the Pirambóia Formation.
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Palinologia do neógeno da bacia do alto solimões: aspectos sistemáticos, bioestratigráficos e paleoecológicos

Silva, Silane Aparecida Ferreira da 13 February 2008 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-01-22T17:32:01Z No. of bitstreams: 2 Tese_Silane Aparecida Ferreira da Silva.pdf: 13352157 bytes, checksum: bb785a06ecd444c9dcf312e113159a88 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-22T17:32:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese_Silane Aparecida Ferreira da Silva.pdf: 13352157 bytes, checksum: bb785a06ecd444c9dcf312e113159a88 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2008-02-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The Amazon region harbors high biologic diversity distributed throughout a huge and heterogeneous area. Many hypotheses try to explain this high diversity present in Amazonia, as well as in other tropical rainforests. However, few studies about the geological and paleontological histories have been developed in order to find out paleoecological patterns of the Amazonian history. In reason of the scarcity of paleontological studies, some contradictory hypotheses that try to explain the evolution of the Amazonian environment, as well as some biogeographical aspects, are available in the literature. The present study was conducted in order to find out some general aspects of the ecology and stratigraphy of the Amazonia using Palynology as the main tool. However, it was observed that the palynological nomenclature used presently needed a review. Forty-one samples from 2 cores located in the Upper Solimões Basin were analyzed. One hundred twelve species were systematically described, with 51 being new species, and 7 new combinations were proposed. Many genera were recorded for the first time in Amazonia. This kind of information is useful to calibrate molecular clocks. New stratigraphic zones were proposed for the Pliocene using the Unitary Association method, and the environment was interpreted as a highly dynamic freshwater system, with no evidence of coastal or marine influence. Many plant genera that exist today were present since the Miocene/Pliocene, suggesting that the high modern biodiversity could be the result of a long history of environmental stability. / A Amazônia apresenta uma grande diversidade biológica distribuída em uma grande e heterogênea área geográfica. Para explicar essa alta riqueza muitas hipóteses têm sido sugeridas. Entretanto, poucos estudos sobre a história geológica e paleontológica têm sido desenvolvidos com o objetivo de se conhecer aspectos paleoecológicos da Amazônia em tempos passados. Devido a essa carência em estudos paleontológicos, encontram-se disponíveis na literatura contraditórias hipóteses que tentam explicar a evolução do ambiente amazônico bem como determinados aspectos biogeográficos. Essa tese foi desenvolvida com o objetivo de levantar aspectos gerais da ecologia e estratigrafia da Amazônia usando-se como ferramenta a palinologia. Entretanto, foi observado que a nomenclatura palinológica empregada na literatura, e amplamente usada em trabalhos especializados, necessitava de uma detalhada revisão. Para esse estudo foram usadas 41 amostras de sedimentos de duas sondagens realizadas na região do Alto Solimões. Sistematicamente, foram descritas 112 espécies, cerca de 51 novas espécies, 7 novas combinações foram propostas. Botanicamente, muitos gêneros foram registrados pela primeira vez na Amazônia, sendo que o uso dessas informações são importantes para calibração de relógios moleculares. Estratigraficamente, um novo zoneamento para o Plioceno foi proposto usando-se o método de Associações unitárias para definir as novas associações. Em relação ao ambiente, pode-se afirmar que predominou o sistema fluvial altamente dinâmico, sem nenhum registro indicando ambiente costeiro ou marinho. Desde o Mioceno/Plioceno muitos gêneros de plantas presentes na Amazônia atualmente já estavam presentes, indicando que a diversidade atual pode ser resultado de uma longa história de estabilidade ambiental.
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Bioestratigrafia e paleoambientes da Formação Rio do Rasto na borda leste da bacia do Paraná (permiano superior, Estado do Paraná) / Not available.

Rosemarie Rohn 05 August 1988 (has links)
O estudo de fósseis e litologias da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) ao longo de 11 estradas do sul ao nordeste do Estado do Paraná e de 1 estrada no extremo-norte de Santa Catarina deu suporte a correlações entre as colunas de diversas áreas, à definição de biozonas, à interpretação dos possíveis paleoambientes e a novas considerações sobre a história evolutiva da Bacia do Paraná durante o final do Permiano. A parte da seqüência estudada abrange as porções anteriormente designadas Membro Serrinha (cerca de 1/4 da coluna, a partir da base) e Membro do Morro Pelado, cujas características litológicas, no entanto, não parecem sustentar adequadamente estas subdivisões. Do sul ao centro-norte do Estado do Paraná, na área aflorante, a espessura da Formação Rio do Rasto atinge 420 m, diminuindo acentuadamente da região de São Jerônimo da Serra para a Santo Antônio da Platina, onde se encontram porções mais marginais da bacia. As análises dos fósseis (formalmente descritos em outros trabalhos especialmente preparados para esta dissertação) buscaram dados paleoecológicos, de correlação interbacinal, bioestratonômicos e bioestratigráficos; também fundamentaram a maior parte das correlações entre os afloramentos e entre as seções colunares compostas, tendo permitido estimar os mergulhos aproximados das camadas (entre 0,5º e 0,9º) e, em alguns casos, os rejeitos de falhas de gravidade (muito freqüentes na região do Arco da Ponta Grossa). A distribuição, a diversidade e a abundância de conchostráceos dão sustentação a zoneamento bioestratigráfico relativamente detalhado, comportando, em ordem ascendente, as Zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata micropolygonata, Paranaleaia supina-Asmussia sp., Asmussia regularis (que compreende a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"Intervalo de Conchostráceos Superior\". Os conchostráceos evidenciam principalmente ambientes continentais de águas rasas, relativamente quentes e são típicos das regiões semi-áridas. Estes fósseis não lograram importantes correlações interbacinais. Os bivalves, relativamente comuns na parte inferior da formação, estão distribuídos nas Zonas Leinzia similis (inferior) e ? Palaeomutela platinensis (superior, com a Subzona Nothoterraia acarinata em sua porção inferior). Aquelas formas da segunda zona, incluindo algumas similares a espécies do Permiano Superior de outras regiões gondvânicas, certamente representam ambientes continentais de águas calmas. Já os bivalves da zona inferior parecem ser endêmicos, de águas um pouco mais agitadas, possivelmente com salinidade mais elevada. Os megafósseis vegetais possibilitaram o estabelecimento das Zonas Pecopteris dolianitii (inferior, com 3 subdivisões) e Schizoneura gondwanensis ( superior, com 2 subdivisões). Os elementos são típicos da última fase de desenvolvimento da Flora Glossopteris, permitindo correlação principalmente com o Grupo Ecca Superior, Grupo Beaufort Inferior e a Formação Madumabisa do sul da África e a Formação Raniganj da Índia. Estes fósseis ocorrem em relativa abundância, mas são pouco representativos da vegetação global e apresentam diversidade não muito elevada. Há diversos elementos com possíveis adaptações xeromórficas. A análise palinológica de uma amostra da localidade-tipo do Membro Serrinha, praticamente da base da Formação Rio do Rasto, sugere correlação principalmente com os palinomorfos dos depósitos da Zona Tapinocephalus da parte inferior do Grupo Beaufort Inferior. Endossando ainda as correlações anteriores indicadas pelo estudo de tetrápodes da Serra do Cadeado, a deposição da unidade na área estudada pode ter ocorrido no intervalo equivalente ao Kazaniano Superior-Tatariano Inferior, tendo possivelmente cessado um pouco mais cedo na região de Santo Antônio da Platina. Além dos fósseis mencionados, ainda foram constatados estromatólitos nodulares (particularmente na base da formação), pequenos gastrópodes, ostracodes, escamas de peixes (em maior abundância no nordeste do estado), e ainda icnofósseis (principalmente na porção inferior da formação). Estes fósseis apoiam as interpretações ambientais já mencionadas ou, pelo menos, não parecem indicar ambientes estritamente marinhos. Os depósitos sedimentares, quase todos avermelhados, exceto na porção basal da seqüencia, foram classificados em 17 tipos. O conjunto das evidências litológicas, bioestratonômicas e paleoecológicas sugere que a Formação Rio do Rasto representa deposição em grandes lagos rasos, com oscilação freqüente do nível de água, da área de recobrimento e possivelmente também da salinidade, sob condições climáticas variavelmente secas; supõe-se que os lagos eram limitados por terras preponderantemente baixas, com dunas eólicas em extensas áreas, vegetação melhor desenvolvida próximo às margens, e drenagem provavelmente efêmera, apenas efetiva nos eventos de chuvas torrenciais. Os lobos de suspensão e as sigmóides, acumulados nos lagos próximo às desembocaduras dos cursos de água, assim como os turbiditos das regiões de costa afora, devem atestar as maiores descargas durante as cheias. Em certas fases, principalmente durante a deposição da metade inferior da formação, a dinâmica dos lagos parece ter sido influenciada por intensas tempestades; oscilações mais fracas, como as provocadas pelo vento, deixaram marcas em diversos depósitos da base ao topo da seqüencia. Os dados apontam para a incidência de uma fase inicial de condições climáticas bastante secas, provavelmente sucedida por dois importantes intervalos de melhora climática; o primeiro intervalo um pouco mais úmido é caracterizado pelo desenvolvimento expressivo de glossopterídeas, pecopterídeas, bivalves e conchostráceos (M. unicostata micropolygonata); o segundo é representado, principalmente, pela ingressão de Schizoneura gondwanensis e pela máxima diversidade em conchostráceos; durante este intervalo pode ter havido ligeiro levantamento/basculamento tectônico da área de Reserva-Cândido de Abreu, sugerido, em parte, pela ocorrência de grandes intraclastos em dois diamictitos. O terço superior da formação evidencia novo acentuado recrudescimento climático, aparentemente com poucas fases de maior umidade, tendo provocado o desaparecimento de diversas espécies da fauna e da flora. Há registro de invasões cada vez mais freqüentes dos lagos por dunas eólicas, até a sua colmatação definitiva, a qual representa o início da deposição da Formação Pirambóia. / Study of the Rio do Rasto Formation (Passa Dois Group) along 11 roads in southern to northeastern Paraná State and 1 road in northern Santa Catarina State, Brazil, has provided the basis for stratigraphical correlation of vertical profiles, establishment of biozones, interpretation of possible paleoenvironments and new inferences on the history of the Paraná Basin at the end of the Permian. The studied sequence comprises the Serrinha Member (the lowest 1/4 of the formation) and the Morro Pelado Member. However, the lithologies observed do not provide reasonable support for this subdivision. The thickness of the formation does not exceed 420 m in the studied area and decreases markedly from São Jerônimo da Serra towards Santo Antônio da Platina near the margin of the basin. Fossils were analyzed for interbasinal correlations and for paleoecological, biostratinomic and biostratigraphic interpretations. The fossils found the most important correlations among outcrops and vertical profiles. They also helped to estimate regional dips of the strata (around 0.5°- 0.9°) and, in some cases, the approximate offset of the vertical faults, very common in the region of the Ponta Grossa Arch. The geographical distribution, diversity and abundance of the conchostracans supports the establishment of the following biozones (in ascending order): Cyzicus sp. Zone, Monoleaia unicostata micropolygonata Zone, Paranaleaia supine-Asmussia sp. Zone, Asmussia regularis Zone (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and the \"Upper Conchostracans Interval\". These organisms are typical of freshwater ponds and shallow lakes in warm, semi-arid regions. The conchostracans seem not to be very important in interbasinal correlations. Bivalves, most frequent in the lower part of the formation, are distributed in the Leinzia similis Zone (almost entirely at the base of the formation) and the? Palaeomutela platinensis Zone (including the Nothoterraia acarinata Subzone). The bivalves of the second zone, which comprise some forms similar to other Upper Permian Gondwanic species, probably lived in calm fresh waters, whereas the bivalves of the Leinzia similis Zone seem to be endemic, associated with more agitated waters and possibly with highter salinity.Two zones of fossil plants were defined: the Pecopteris dolianitii Zone (in the lower part, with 3 subdivisions) and the Schizoneura gondwanensis Zone (in the upper part, with 2 subdivisions). The elements are typical of the last phase of development of the Glossopteris Flora, as reported for the Upper Ecca Group, the Lower Beaufort Group and the Madumabisa Formation in southern Africa, and the Raniganj Formation in India. The fossil plants are relatively abundant, but not very representative of the regional vegetation. Neither zone shows great diversity. Elements with possible xeromorphic adaptations are common. Palynological analysis of a single sample from the type-locality of the Serrinha Member, almost at the base of the Rio do Rasto Formation, suggests correlation with forms of the Tapinocephalus Zone from the basal part of the Lower Beaufort Group. In accordance with previous observations based on the study of tetrapods from the Serra do Cadeado, the sequence in the studied area may have been deposited in the Late Kazanian to the Lower Tatarian; in northeastern Paraná State (Santo Antônio da Platina), however, deposition may have ended earlier. Other fossils observed in the formation, such as nodular stromatolites (mainly at the basal part of the unit), small gastropods, ostracodes, abundant fish scales (particularly in northeast Paraná) and trace fossils (mainly in the lower part to the formation), are consistent with the above-mentioned paleoenvironmental interpretations and do not include any strictly marine species. The sedimentary deposits were classified in 17 types. Lithologic, biostratinomic and paleoecological evidence suggests that the predominantly red sequence of the Rio do Rasto Formation accumulated in great shallow lakes characterized by water level and possibly salinity oscillations within and variable arid context. The lakes were surrounded by lowlands, which contained marginal vegetation, eolian dunes and probably ephemeral streams. Flood stages would have caused the deposition of suspension lobes and sigmoidal bars near the mouths of tibutaries and turbidites farther offshore in the lakes. Occasionally, especially during the deposition of the lower part of the sequence, the lakes were influenced by heavy storm episodes; weaker wave action, such as that produced by winds, also left marks in many stata, throughout the formation. The sequence apparently began to accumulate under quite arid conditions, followed by more humid conditions, probably in two distinct intervals. The expressive development of glossopterids, pecopterids, bivalves and conchostracans (M. unicostata micropolygonata) would have occurred in the first interval, whereas Schizoneura gondwanensis and several conchostracans appeared in the second interval. In the latter interval may have occurred mild tectonic uplift of the area near Reserva-Cândido de Abreu, as suggested by the presence of two anomalous diamictites with large intraclasts. The upper third of the formation documents the return of rigorous arid conditions, that alternated with only a few, short, less severe intervals. Many floral and faunal species disappeared at this time, and eolian dunes invaded the lakes with greater frequency, finally filling them up and setting the stage for deposition of the Pirambóia Formation.
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Caracterização tafonômica das concentrações fossilíferas do Calcário Esperança, Formação Piauí (Carbonífero Superior), Bacia do Parnaíba e suas implicações paleoecológicas e paleoambientais / Not available.

Nunes, Juliana Rodrigues da Silva 30 June 2003 (has links)
A Formação Piauí (Carbonífero Superior), Bacia do Parnaíba, preserva uma grande quantidade de invertebrados conchíferos, distribuídos em fácies carbonáticas com diferentes histórias deposicionais. Entretanto, até o presente momento, os estudos relacionados a essa importante unidade litoestratigráfica enfocaram, principalmente, a sedimentologia da área e a taxonomia dos invertebrados. Há somente breves trabalhos de cunho tafonômico para a bacia, sendo esses essenciais para a compreensão da gênese das concentrações fossilíferas ali presentes e para análises paleobiológicas modernas. Desse modo, o intuito desse trabalho foi realizar a caracterização bioestratinômica das concentrações de bioclastos da fácies Esperança, objetivando interpretar a sua gênese. O Calcário Esperança foi dividido em 7 pontos de coleta, de modo a abranger toda a porção aflorante. Três unidades microestratigráficas sobrepostas foram estabelecidas. A fauna de tais unidades é dominada por braquiópodes, com ocorrência subsidiária de bivalves, briozoários e vegetais. Os fósseis estão, predominantemente, bem preservados e representados por moldes e contra-moldes externos. As unidades estudadas diferem umas das outras em suas composições taxonômicas e ecológicas, em seus padrões tafonômicos e nas distribuições de freqüência de tamanho das guildas que as compõe. A análise dessas unidades auxilia na elucidação da historiografia do registro da fácies carbonática Esperança. Os bioclastos acumuladosnas três unidades supracitadas não foram significantemente afetados por processos bioestratinômicos biológicos, tais como incrustação e bioerosão. Porém, esses foram moderadamente alterados por processos mecânicos, tal como desarticulação. Além disso, pôde-se observar que as valvas ventrais predominam entre os restos esqueléticos presentes nas acumulações de braquiópodes. Contudo, um desvio significativo na proporção 50:50 não foi observado entre as valvas direita e esquerda, preservadas em concentrações onde bivalves predominam. A história deposicional dessa fácies iniciou-se com a unidade 1. Essa é representada por um pacote dolomítico afossilífero, com dois pavimentos do braquiópode inarticulado Orbiculoidea intercalados. As características bioestratinômicas dos fósseis dessa unidade (e.g., presença de bioclastos com a convexidade para cima e para baixo, em relação aos estratos, com porcentagens muito semelhantes; proporção de valvas opostas próxima a 50:50; ausência de seleção de tamanho) sugerem que seu transporte não foi significativo e que a energia do ambiente de deposição dessa unidade foi baixa. Ademais, a baixa diversidade faunística sugere que a unidade em questão tenha sido depositada sob condições físicas estressantes. Características sedimentológicas e diagenéticas, bem como as análises de microfácies realizadas apontam para condições deposicionais disaeróbicas, as quais parecem estar associadas a um ambiente marinho proximal, porém com circulação de água restrita. As características tafonômicas são compatíveis com essa interpretação. O estudo tafonômico dessa unidade do Calcário Esperança permitiu, ainda, a elucidação de aspectos da paleoecologia dos representantes do gênero predominante nessa unidade, qual seja, as Orbiculoidea. Esses organismos são uma das criaturas mais enigmáticas do Paleozóico e a grande maioria dos trabalhos a eles relacionados trata apenas da taxonomia do gênero. Características tafonômicas, morfológicas, sedimentológicas e dados obtidos na literatura indicam que esses braquiópodes inarticulados foram organismos epifaunais e pedunculados, vivendo fixos diretamente no substrato ou em restos esqueléticos presentes no fundo marinho. Esses devem ter sido organismos fisiologicamente generalistas e oportunistas, podendo habitar locais fisicamente estressantes. Por fim, é possível afirmar que apresentaram uma ampla tolerância batimétrica durante o Paleozóico, apesar de terem habitado, preferencialmente, ambientes de baixa energia, os quais estão freqüentemente associados com sedimentos finos. Em seguida, ocorreu a deposição da unidade 2. Essa unidade é representada por um dolomito cinza claro, com fósseis dispersos na matriz sedimentar. Há, ainda, cinco pavimentos constituídos por braquiópodes articulados intercalados. As assinaturas tafonômicas dos bioclastos (e.g., predominância de espécimes desarticulados e de valvas ventrais em detrimento devalvas dorsais) e a biofábrica (e.g., elevada porcentagem de espécimes na posição hidrodinâmica estável) sugerem que essa unidade represente um tempestito distal, depositado logo acima do nível de base de onda de tempestade. Os grupos ecológicos presentes apontam para o mesmo ambiente deposicional inferido a partir das características tafonômicas. Além disso, as características paleoautoecológicas dos organismos preservados nessa unidade (e.g., presença de um grande sulco mediano nos estrofomenídeos e de asas nos espiriferídeos) são sugestivas de um paleoambiente de águas calmas e com substrato mole. Por fim, ocorreu a deposição da unidade 3. Tal unidade é constituída, predominantemente, por espécimes de bivalves articulados e preservados em posição de vida. Essas características são indícios de que a unidade em questão também represente um tempestito distal, porém depositado abaixo do nível de base de onda de tempestade. A abundância de detritívoros na fauna dessa unidade, representados pelo gênero Solemya, sugere, ainda, a ocorrência de águas calmas e de substrato lamoso, rico em matéria orgânica, durante o período de deposição da referida unidade. No que se refere ao intervalo de tempo compreendido pelas concentrações fossilíferas preservadas, critérios tafonômicos, ecológicos, sedimentológicos e atualísticos sugerem a ocorrência de mistura temporal da ordem de centenas de anos. As informações obtidas a partir do estudo das três unidades preservadas no Calcário Esperança sugerem que o ambiente de deposição dessa fácies carbonática tornou-se gradativamente mais profundo ao longo do tempo. Esse parece ter sido o principal fator responsável pela variação faunística observada entre as unidades. Os resultados obtidos reiteram a importância da tafonomia e da paleoecologia como ferramenta imprescindível na reconstrução de mudanças ambientais e da dinâmica deposicional do passado. / The Piauí Formation (Upper Carconiferous), of the Parnaíba Basin, preserves a rich and diversified invertebrate fauna, distributed in carbonate facies of varying depositional histories. Until now, studies related to this important lithostratigraphic unit focused mainy on the sedimentology of the area and the taxonomy of the invertebrates. There are only brief taphonomic works about this basin, and they are essential to understand the genesis of any fossil concentrations present and for modern paleobiological analysis. The purpose of this work is to produce a biostratinomic characterization of the bioclast concentrations from the Esperança facies, and to interpret its genesis. The \"Esperança Limestone\" was sampled at seven locations in the quarry, selected to represent all exposure portion. Three microstratigraphic units were recognized. The fauna is mostly Brachiopoda, along with Bivalvia, with minor occurrences of Bryzoa and Plantae. Most fossils are well preserved and represented by molds and casts. The three units differ from one another in taxonomic and ecological compositions, taphonomic patterns and in size frequency distributions of the guilds that are present. Detailed biostratinomic reconstruction of these useful insights into the depositional history of the Esperança limestone facies. Accumulation of bioclasts in the three units was not significantly affected by biological biostratinomic processes, such as encrustation and bioerosion. These, however, were moderately altered by mechanical processes like disarticulation. It could also be observed that the ventral valves dominate among skeletal remains in brachiopods accumulations. Nevertheless, there was no significant deviation from the 50:50 ratio of opposing valves in bivalves concentrations. The depositional history of the \"Esperança Limestone\" began with unit 1, a dolomite unfossiliferous except for two pavements of the inarticulate brachiopod Orbiculoidea. Biostratinomic features of the fossils from that unit (e.g., similar proportion of convex-up and convex-down specimens; ratio of opposite valves close to 50:50; lack of size selection) suggest that the transport was not significant and that the energy of the depositional environment of this unit was low. Moreover, the low faunal diversity suggests that the unit in subject has been deposited inder physical stressful conditions. Sedimentological and diagenetics features, as well as the analyses of microfacies point for dysaerobic depositional conditions, which seem to be associated to a proximal marine environment, with restricted circulation of water. The taphonomic features observed are compatible with that interpretation. In addition, the study of unit 1 of the \"Esperança Limestone\" allows an elucidation of the paleoecology of its most common taxa, Orbiculoidea. These inarticulate brachiopods are one of the most enigmatic creatures of the Paleozoic. The overwhelming majority of the works related to them treat only the taxonomy of the gender. Taphonomic, morphologic, sedimentological features and data from the literature indicate that they were epifaunal and pedunculated organisms. They were fixed directly to the substratum or to skeletal remains on the ocean floor. They could have been physiological gerenalists abd opportunists and probably inhabited physically stressed places. Finally, they had a wide bathymetric tolerance. However, they preferentially inhabited low energy environments, which are frequently associated with fine, argillaceous sediments. The subsequent deposition of the unit 2 is represented by a clean grey dolomite, with fossils dispersed throughout the matrix. There are five inserted pavements of articulate brachiopods. The taphonomic signatures of the bioclasts (e.g., predominance of disarticulates specimens and greater proportion of ventral valves) and the biofabric (e.g., high percentage of specimens in a hydrodynamically stable position) suggest that it is a distal tempestite, deposited soon above the level of storm wave base. The ecological groups present point to the same depositional environment inferred from the taphonomic features. Furthermore, paleoautoecology characteristics of the organisms of that unit (e.g., presence of a big medium sulcus in the productids and of large wings in the spiriferids) suggest an environment of calm waters and soft substratum. Finally, unit 3 represents the final part of the depositional history recorded in the \"Esperança Limestone\". This unit consists, predominantly, of the articulated specimens, preserved in life position. Such characteristics indicate another unit which represents a distal tempestite, even so deposited below the level of storm wave base. The abundance of deposit-feeding organisms in the fauna of that unit, represented by the gender Solemya, also suggests the occurrence of calm waters and of a mud substratum, rich in organic matter, during the deposition of this unit. The taphonomic, ecologic and sedimentological analysis and, also, actualistic studies related to brachiopods suggest that the preserved concentrations are time-averaged, in order of hundreds of years. Informations obtained from the study of the three units of \"Esperança Limestone\" indicate that the depositional environment became gradually deeper with time, and it seems to have been the main factor responsible for faunal variations amongst the units. The results reiterate the importance of the taphonomy and paleoecology as tools of reconstruction of environments and environmental changes of the past and of the depositional dynamics.
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Redescrição osteológica comentada e aspectos paleoecológicos dos gêneros Notelops e Rhacolepis (Pachyrhizodontoidei) /

Voltani, Cibele Gasparelo. January 2016 (has links)
Orientador: Reinaldo José Bertini / Banca: Roberto Goitein / Banca: Marise Sardenberg Salgado de Carvalho / Banca: Alcina Magnólia da Silva Franca / Banca: Maria Helena Ribeiro Hessel / Resumo: A Bacia do Araripe situa-se no Nordeste brasileiro, e sua área estende-se sobre os estados de Ceará, Pernambuco e Piauí. Esta bacia sedimentar apresenta formações geológicas de idade paleozoica e mesozoica em cujos estratos estão fossilizados diversos tipos de organismos. A Formação Santana, eocretácica, possui destaque em termos de diversidade e qualidade dos organismos fossilizados. O Membro Romualdo é o mais superior desta formação e representa o contexto no qual ocorrem os ictiólitos ou concreções calcárias portadoras de peixes fósseis, sendo fonte de cerca de 30 gêneros formalmente descritos. Destes gêneros, dois foram selecionados para redescrição osteológica, Notelops e Rhacolepis, mediante preparação mecânica e/ou química para a remoção de sedimento de modo a evidenciar estruturas ósseas. Além da osteologia dos gêneros mencionados, outros organismos associados também foram evidenciados, permitindo a observação de um passado "congelado" nas imediações da gênese dos ictiólitos viabilizando, assim, breves abordagens de aspectos paleoecológicos para os para os peixes fósseis redescritos nesta tese / Abstract: Araripe Basin is located in Brazilian northeast, and its area extends over Ceará, Pernambuco and Piauí states. This watershed presents geologic formations from the Paleozoic and Mesozoic ages in which strata are fossilized several kinds of organisms. The Santana Formation, Early Cretaceous, is highlighted in terms of diversity and quantity of fossilized organisms. Romualdo Member is the most superior of this formation and it is the context in which ichthyoliths or calcareous concretions bearing fossilized fish occurs, being the source of about 30 formally described genres. Of these genres, two have been selected for osteological redescriptions, Notelops and Rhacolepis, by mechanical and/or chemical preparation for sediment removal to evidence bone structures. Besides the osteology of these mentioned genres, other organisms in association with them were also evidenced, allowing the observation of a "frozen" past near the genesis of ichthyoliths, enabling thus brief observations of the paleoecological aspects for the fish redescribed in these Ph D Thesis / Doutor
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Assinaturas tafonômicas dos invertebrados da formação Itaituba aplicação como ferramenta de análise estratigráfica e paleoecológica na seção pensilvaniana aflorante na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil

Moutinho, Luciane Profs January 2006 (has links)
Este trabalho foi baseado na aplicação de diferentes ferramentas de análise paleoecológica e estratigráfica, visando o entendimento do ambiente deposicional que foi cenário de deposição das rochas sedimentares do Eomesopensilvaniano da Bacia do Amazonas. Neste período, uma plataforma carbonática intracratônica do tipo rampa se estabeleceu sobre os sedimentos de origem eólica da Formação Monte Alegre, possibilitando a deposição de espessos depósitos de contexto ambiental marinho raso, hoje representados pelas rochas carbonáticas/evaporíticas da Formação Itaituba, aflorantes na pla taforma sul da bacia. Através do estudo de Petrografia e fácies foram caracterizados os contextos ambientais envolvidos na gênese dos depósitos estudados e definido o modelo de ambiente deposicional melhor adequado as variações faciológicas verticais observadas. Da mesma forma, foram identificados os principais eventos diagenéticos, estabelecida sua relação com superfícies de interesse no entendimento da organização estratigráfica da seção e identificados 7 ciclos raseantes para o topo de alta freqüência A Estratigrafia isotópica com base em isótopos estáveis de carbono e oxigênio foi aplicada como ferramenta complementar de análise e forneceu elementos que se aplicaram a correlação com as mudanças na concentração da água marinha decorrentes, principalmente, de variações climáticas de alta freqüência, seja pela diluição da salmoura em função do estabelecimento de condições marinhas abertas, seja pela influência da diagênese meteórica e dolomitização na plataforma exposta em fases de nível relativo de mar baixo e na identificação de superfícies de maior interesse estratigráfico, como superfícies transgressivas e de máximo raseamento. Desta forma, os registros isotópicos da seção analisada foram divididos em 5 intervalos aproximadamente correspondentes aos ciclos raseantes de alta freqüência observados. A Tafonomia dos invertebrados consistiu no objetivo principal deste trabalho e o conjunto de informações obtido através das análises tafonômicas foi aplicado no entendimento das condições paleoecológicas para os contextos ambientais idealizados e na correlação das fácies tafonômicas com as superfícies de importância estratigráfica identificadas nos ciclos de raseamento, tomando como base os conceitos definidos na Estratigrafia de Seqüências deposicionais. Assim foram definidas seis tafofácies tipo para o contexto de plataforma carbonática intracratônica estudado, reunindo informações acerca da composição faunística, faciologia e do grau de preservação dos elementos bioclásticos. A partir das tafofácies tipo definidas foram desenvolvidos modelos paleoecológicos regionais, expressos sob a forma de bloco-diagramas, caracterizando a distribuição dos parâmetros ambientais, a composição das associações faunísticas e a distribuição e amplitude dos processos tafonômicos atuantes na geração da assinatura tafonômica dos elementos bioclásticos através dos contextos ambientais pertinentes ao ambiente deposicional estudado. A partir da integração dos dados obtidos pelas ferramentas faciológicas, tafonômicas e isotópicas utilizadas, foi definido o modelo de associação de tafofácies de alta freqüência apresentado para a seção do Eomesopensilvaniano aflorante na borda sul da Bacia do Amazonas e composto por cinco associações de tafofácies: A associação de tafofácies de ravinamento que apresenta correlação com os deslocamentos negativos da curva de d18O, caracterizando a diluição da salmoura, decorrente da inundação marinha; associação de tafofácies transgressiva representada por assinaturas de d18O homogêneas, dentro da média ou gradualmente mais negativas e tendências positivas do d13C, associadas ao estabelecimento de condições marinhas abertas; associação de tafofácies de máximo afogamento; associação de tafofácies de mar alto , composta por horizontes carbonáticos gradativamente mais proximais, evidenciando a queda relativa do nível do mar e associação de tafofácies de mar baixo, que caracteriza deposição em contextos ambientais restritos, apresentando assinaturas isotópicas de d18O e d13C negativas, refletindo a influência da diagênese meteórica ou assinatura da curva de d13C negativa e da curva de d18O com deslocamentos positivos, refletindo condições ambientais de restrição e hipersalinidade. As tafofácies tipo, os modelos paleoecológicos regionais, e o modelo de associação de tafofácies de alta freqüência apresentados dizem respeito as particularidades do ambiente de deposição das rochas da seção estudada e se mostram exclusivos na caracterização deste cenário de bacia intracratônica influenciado pelas variações climáticas de alta freqüência, uma vez que as peculiaridades observadas nas associações de litofácies, biofácies, tafofácies e assinaturas isotópicas refletem as condições deposicionais pertinentes ao contexto regional estudado, diferindo dos elementos observados nos depósitos contemporâneos de contextos intracratônicos análogos, em diferentes bacias sedimentares no mundo. Assim, a tafonomia dos invertebrados, suportada pela análise das fácies sedimentares e dos isótopos estáveis, atende as finalidades preconizadas no presente trabalho, expondo seu potencial enquanto ferramenta de análise estratigráfica e paleocológica na seção eomesopensilvaniana aflorante da plataforma sul da Bacia do Amazonas. / This study was based on the application of different pale ocologic and stratigraphic tools in order to better understand the deposicional environment which corresponds to the depositional set of sedimentary rocks from the Early-Middle Pennsylvanian of the Amazonas Basin. During this time, an intracratonic carbonatic platform developed overlaying the eolian sediments from Monte Alegre Formation, favoring the deposition of thick shallow marine deposits, represented by the carbonatic/evaporitic rocks from the Itaituba Formation, which outcrops in the southern border of the basin. Based on Petrographic studies and the vertical faciologic variations observed, the environmental contexts evolved on the genesis of the studied deposits were characterized and defined a depositional environmental model. In addition, the main diagenetic events were identified and correlated with the surfaces of interest on the understanding of the stratigraphic organization of the studied section and 7 high frequency shallowing upward cycles were identified. The Isotopic Stratigraphy based on stable isotopes of carbon and oxygen was applied as a complementary analytical tool, contributing with data useful on the correlation of the variations in the marine water concentration, in consequence of high frequency climatic changes, as a function of the dilution of the marine water due to the establishment of open marine conditions or as a consequence of the meteoric diagenesis and dolomitization on the exposed platform during relative low sea level episodes and useful in the identification of important stratigraphic surfaces, such as transgressive and maximum shallowing surfaces. Thus, the isotopic records of the studied section were divided in 5 intervals equivalents to the high frequency shallowing upward cycles observed. The Invertebrates Taphonomy consisted in the main objective of this work and the data set obtained by taphonomic analyses was applied on the understanding of the paleoecological conditions for the idealized environmental contexts and on the correlation of the taphonomic facies with important stratigraphic surfaces identified in the shallowing upward cycles, based in the conceptual framework of the Sequence Stratigraphy. Hence 6 taphofacies were defined for the intracratonic carbonatic platform context studied, summarizing information regarding to the faunistic compositions, faciology and the preservation of bioclastic elements. Based on the defined taphofacies, regional peloecological models were developed and shown as block-diagrams characterizing the environmental parameters distribution, the faunistic association compositions and the amplitude and distribution of the taphonomic processes responsible for the generation of taphonomic signatures of the bioclastic elements across the environmental contexts belonging to the depositional environment studied. Based on the faciologic, taphonomic and isotopic data integration, a high frequency taphofacies association model was defined for the Early-Middle Pennsylvanian section outcropped in the southern border of the Amazonas Basin, consisting in 5 taphofacies associations: ravinment taphofacies association, which correlates with the negative shifts of the d18O curve, due to the dilution of the marine water, as a function of the marine inundation; transgressive taphofacies association, characterized by homogeneous d18O signatures, in the media or gradually negative, which correlates with the establishment of open marine conditions; maximum flooding taphofacies association; high sea level taphofacies association, composed by gradually proximal carbonatic horizons, evidencing the relative sea level fall and the low sea level taphofacies association, which characterizes the deposition in restrict environmental contexts, showing negative d18O and d13C isotopic signatures, due to the meteoric diagenesis overprint or negative d13C curve signature and positive shifts in the d18O curve, reflecting environmental conditions of restriction and hipersalinity. The type taphofacies, regional paleoecological models and the high frequency taphofacies association model here presented are related to the particularities of the depositional environment of the studied rocks and are exclusive on the characterization of this intracratonic basin set influenced by high frequency climatic variations. It is because the peculiarities observed in the litofacies, biofacies and taphofacies associations reflect the depositional conditions prevailing in the regional context studied, different from those elements observed in contemporaneous deposits of analogous intracratonic sedimentary basins around the world. Furthermore, the invertebrate’s taphonomy, correlated with sedimentary facies and stable isotopic analyses supports the purposes of this work, showing its potential as a stratigraphic and paleoecologic tool for the Early-Middle Pennsylvanian section outcropped in the southern border of the Amazonas Basin.
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Assinaturas tafonômicas dos invertebrados da formação Itaituba aplicação como ferramenta de análise estratigráfica e paleoecológica na seção pensilvaniana aflorante na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil

Moutinho, Luciane Profs January 2006 (has links)
Este trabalho foi baseado na aplicação de diferentes ferramentas de análise paleoecológica e estratigráfica, visando o entendimento do ambiente deposicional que foi cenário de deposição das rochas sedimentares do Eomesopensilvaniano da Bacia do Amazonas. Neste período, uma plataforma carbonática intracratônica do tipo rampa se estabeleceu sobre os sedimentos de origem eólica da Formação Monte Alegre, possibilitando a deposição de espessos depósitos de contexto ambiental marinho raso, hoje representados pelas rochas carbonáticas/evaporíticas da Formação Itaituba, aflorantes na pla taforma sul da bacia. Através do estudo de Petrografia e fácies foram caracterizados os contextos ambientais envolvidos na gênese dos depósitos estudados e definido o modelo de ambiente deposicional melhor adequado as variações faciológicas verticais observadas. Da mesma forma, foram identificados os principais eventos diagenéticos, estabelecida sua relação com superfícies de interesse no entendimento da organização estratigráfica da seção e identificados 7 ciclos raseantes para o topo de alta freqüência A Estratigrafia isotópica com base em isótopos estáveis de carbono e oxigênio foi aplicada como ferramenta complementar de análise e forneceu elementos que se aplicaram a correlação com as mudanças na concentração da água marinha decorrentes, principalmente, de variações climáticas de alta freqüência, seja pela diluição da salmoura em função do estabelecimento de condições marinhas abertas, seja pela influência da diagênese meteórica e dolomitização na plataforma exposta em fases de nível relativo de mar baixo e na identificação de superfícies de maior interesse estratigráfico, como superfícies transgressivas e de máximo raseamento. Desta forma, os registros isotópicos da seção analisada foram divididos em 5 intervalos aproximadamente correspondentes aos ciclos raseantes de alta freqüência observados. A Tafonomia dos invertebrados consistiu no objetivo principal deste trabalho e o conjunto de informações obtido através das análises tafonômicas foi aplicado no entendimento das condições paleoecológicas para os contextos ambientais idealizados e na correlação das fácies tafonômicas com as superfícies de importância estratigráfica identificadas nos ciclos de raseamento, tomando como base os conceitos definidos na Estratigrafia de Seqüências deposicionais. Assim foram definidas seis tafofácies tipo para o contexto de plataforma carbonática intracratônica estudado, reunindo informações acerca da composição faunística, faciologia e do grau de preservação dos elementos bioclásticos. A partir das tafofácies tipo definidas foram desenvolvidos modelos paleoecológicos regionais, expressos sob a forma de bloco-diagramas, caracterizando a distribuição dos parâmetros ambientais, a composição das associações faunísticas e a distribuição e amplitude dos processos tafonômicos atuantes na geração da assinatura tafonômica dos elementos bioclásticos através dos contextos ambientais pertinentes ao ambiente deposicional estudado. A partir da integração dos dados obtidos pelas ferramentas faciológicas, tafonômicas e isotópicas utilizadas, foi definido o modelo de associação de tafofácies de alta freqüência apresentado para a seção do Eomesopensilvaniano aflorante na borda sul da Bacia do Amazonas e composto por cinco associações de tafofácies: A associação de tafofácies de ravinamento que apresenta correlação com os deslocamentos negativos da curva de d18O, caracterizando a diluição da salmoura, decorrente da inundação marinha; associação de tafofácies transgressiva representada por assinaturas de d18O homogêneas, dentro da média ou gradualmente mais negativas e tendências positivas do d13C, associadas ao estabelecimento de condições marinhas abertas; associação de tafofácies de máximo afogamento; associação de tafofácies de mar alto , composta por horizontes carbonáticos gradativamente mais proximais, evidenciando a queda relativa do nível do mar e associação de tafofácies de mar baixo, que caracteriza deposição em contextos ambientais restritos, apresentando assinaturas isotópicas de d18O e d13C negativas, refletindo a influência da diagênese meteórica ou assinatura da curva de d13C negativa e da curva de d18O com deslocamentos positivos, refletindo condições ambientais de restrição e hipersalinidade. As tafofácies tipo, os modelos paleoecológicos regionais, e o modelo de associação de tafofácies de alta freqüência apresentados dizem respeito as particularidades do ambiente de deposição das rochas da seção estudada e se mostram exclusivos na caracterização deste cenário de bacia intracratônica influenciado pelas variações climáticas de alta freqüência, uma vez que as peculiaridades observadas nas associações de litofácies, biofácies, tafofácies e assinaturas isotópicas refletem as condições deposicionais pertinentes ao contexto regional estudado, diferindo dos elementos observados nos depósitos contemporâneos de contextos intracratônicos análogos, em diferentes bacias sedimentares no mundo. Assim, a tafonomia dos invertebrados, suportada pela análise das fácies sedimentares e dos isótopos estáveis, atende as finalidades preconizadas no presente trabalho, expondo seu potencial enquanto ferramenta de análise estratigráfica e paleocológica na seção eomesopensilvaniana aflorante da plataforma sul da Bacia do Amazonas. / This study was based on the application of different pale ocologic and stratigraphic tools in order to better understand the deposicional environment which corresponds to the depositional set of sedimentary rocks from the Early-Middle Pennsylvanian of the Amazonas Basin. During this time, an intracratonic carbonatic platform developed overlaying the eolian sediments from Monte Alegre Formation, favoring the deposition of thick shallow marine deposits, represented by the carbonatic/evaporitic rocks from the Itaituba Formation, which outcrops in the southern border of the basin. Based on Petrographic studies and the vertical faciologic variations observed, the environmental contexts evolved on the genesis of the studied deposits were characterized and defined a depositional environmental model. In addition, the main diagenetic events were identified and correlated with the surfaces of interest on the understanding of the stratigraphic organization of the studied section and 7 high frequency shallowing upward cycles were identified. The Isotopic Stratigraphy based on stable isotopes of carbon and oxygen was applied as a complementary analytical tool, contributing with data useful on the correlation of the variations in the marine water concentration, in consequence of high frequency climatic changes, as a function of the dilution of the marine water due to the establishment of open marine conditions or as a consequence of the meteoric diagenesis and dolomitization on the exposed platform during relative low sea level episodes and useful in the identification of important stratigraphic surfaces, such as transgressive and maximum shallowing surfaces. Thus, the isotopic records of the studied section were divided in 5 intervals equivalents to the high frequency shallowing upward cycles observed. The Invertebrates Taphonomy consisted in the main objective of this work and the data set obtained by taphonomic analyses was applied on the understanding of the paleoecological conditions for the idealized environmental contexts and on the correlation of the taphonomic facies with important stratigraphic surfaces identified in the shallowing upward cycles, based in the conceptual framework of the Sequence Stratigraphy. Hence 6 taphofacies were defined for the intracratonic carbonatic platform context studied, summarizing information regarding to the faunistic compositions, faciology and the preservation of bioclastic elements. Based on the defined taphofacies, regional peloecological models were developed and shown as block-diagrams characterizing the environmental parameters distribution, the faunistic association compositions and the amplitude and distribution of the taphonomic processes responsible for the generation of taphonomic signatures of the bioclastic elements across the environmental contexts belonging to the depositional environment studied. Based on the faciologic, taphonomic and isotopic data integration, a high frequency taphofacies association model was defined for the Early-Middle Pennsylvanian section outcropped in the southern border of the Amazonas Basin, consisting in 5 taphofacies associations: ravinment taphofacies association, which correlates with the negative shifts of the d18O curve, due to the dilution of the marine water, as a function of the marine inundation; transgressive taphofacies association, characterized by homogeneous d18O signatures, in the media or gradually negative, which correlates with the establishment of open marine conditions; maximum flooding taphofacies association; high sea level taphofacies association, composed by gradually proximal carbonatic horizons, evidencing the relative sea level fall and the low sea level taphofacies association, which characterizes the deposition in restrict environmental contexts, showing negative d18O and d13C isotopic signatures, due to the meteoric diagenesis overprint or negative d13C curve signature and positive shifts in the d18O curve, reflecting environmental conditions of restriction and hipersalinity. The type taphofacies, regional paleoecological models and the high frequency taphofacies association model here presented are related to the particularities of the depositional environment of the studied rocks and are exclusive on the characterization of this intracratonic basin set influenced by high frequency climatic variations. It is because the peculiarities observed in the litofacies, biofacies and taphofacies associations reflect the depositional conditions prevailing in the regional context studied, different from those elements observed in contemporaneous deposits of analogous intracratonic sedimentary basins around the world. Furthermore, the invertebrate’s taphonomy, correlated with sedimentary facies and stable isotopic analyses supports the purposes of this work, showing its potential as a stratigraphic and paleoecologic tool for the Early-Middle Pennsylvanian section outcropped in the southern border of the Amazonas Basin.
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Bioestratigrafia e paleoecologia de depósitos neógenos e pleistocenos aflorantes na porção central e ocidental da Bacia do Solimões, Estado do Amazonas, Brasil

Silveira, Rosemery Rocha da January 2015 (has links)
As 93 amostras palinológicas obtidas deste estudo são oriundas de 12 afloramentos relacionados às formações Solimões e Içá, na região de Coari (5 afloramentos) e Alto Solimões (7 afloramentos), Bacia do Solimões, no estado do Amazonas. Este trabalho apresenta os palinomorfos reconhecidos nestes depósitos (incluindo descrições quando necessárias), com registro fotomicrográfico, relativos a 11 taxons de esporos de fungos, 7 algas, 1 escolecodonte, 1 cisto de dinoflagelado, 31 esporos de pteridófitas, 2 grãos de pólen de gimnospermas e 48 grãos de pólens de angiospermas. Perfis compostos foram construídos para os depósitos aflorantes das regiões de Alto Solimões e Coari, com interpretação estratigráfica. A composição da palinoflora em ambas as áreas apresenta contrastes, sendo aquela de Alto Solimões a de menor diversidade, mas com maior abundância, em comparação com a de Coari. Na região do Alto Solimões há documentação de formas como Crassoretitriletes vanraadshooveni, Foveotriletes ornatos, Magnastriatites grandiosus e a ocorrência de um cisto de dinoflagelado, que confirma influência marinha local para a Formação Solimões. Na região de Coari foi verificado predomínio de esporomorfos, evidenciando contexto continental para as formações Solimões e Içá. Palinofósseis guias de zoneamentos palinológicos foram reconhecidos para a região do Alto Solimões, tais como Crassoretitriletes vanraadshooveni, Grimsdalea magnaclavata, Multimarginites vanderhammeni, Diphyes latiusculus, entre outros. A associação dessas formas permitiu posicionar os depósitos da Formação Solimões na região de Tabatinga e Atalaia do Norte entre o Serravaliano e o Tortoniano (Mioceno Médio/ Superior), com correspondência com a Zona Grimsdalea, pré-estabelecida para intervalo coevo da unidade. Para Coari as amostras foram posicionadas no Neomioceno/Plioceno, a partir do reconhecimento da Subzona de Intervalo de Fenestrites longispinisus, ainda que na área este apresente baixa frequência. Ainda na região de Coari são identificados depósitos mais jovens, a partir da presença de Alnipollenites verus, que indica idade Pleistocena. / The 93 pollen samples obtained in this study were the result of research 12 outcrops related to Solimões and Içá formations in the region of Coari (5 outcrops) and Alto Solimões (7 outcrops) in the state of Amazonas. This paper presents the recognized palinomorphs (including descriptions when necessary) and photomicrographs of 11 fungal spores, 7 algae, 1 escolecodont, 1 dinoflagellate cyst, 31 fern spores and 48 pollen grains of angiosperms. The composition of palinoflora in both areas shows contrasts with that of the Alto Solimões less diverse, but more abundantly in comparison with the Coari. In the Alto Solimões is no documentation of ways Crassoretitriletes vanraadshooveni, Foveotriletes ornamentos, Magnastriatites grandiosus and the occurrence of a dinoflagellate cyst, confirming local marine influence to the Solimões Formation. In Coari region was verified predominance of esporomorphs, showing the continental context for the Solimões and Içá formations. Guides species of zonal schemes previously proposed were recognized for the Alto Solimões, such as Crassoretitriletes vanraadshooveni, Grimsdalea magnaclavata, Multimarginites vanderhammeni, Diphyes latiusculus, among others. The association of these forms allowed positioning of the deposits of the Solimões Formation in the region of Tabatinga and Atalaia do Norte on the edge of Serravaliano-Tortonian intervals (Miocene Middle and Upper), with correspondence with the Grimsdalea Zone, preset to coeval range of the unit. To Coari samples were placed in Neomioceno / Pliocene, from the recognition Interval Subdivision of Fenestrites longispinisus, although in this area has a low frequency. Still in the region Coari younger deposits are identified from the presence of Alnipollenites verus, which indicates age Pleistocene.
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Ostracodes da Formação Solimões, Brasil: contribuição à bioestratigrafia do neógeno da Amazônia

MEDEIROS, Caio Gurgel de January 2017 (has links)
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