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Osteologia e sistemática de Brannerion latum (Agassiz, 1841) (Teleostei : Albuliformes) do Aptiano-Albiano do nordeste do Brasil

Massa, Renato Stefani January 2004 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2017-10-18T22:09:35Z No. of bitstreams: 1 618511.pdf: 3864710 bytes, checksum: aea1a0fa3581ccba99f78d60a55ccf94 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-18T22:09:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 618511.pdf: 3864710 bytes, checksum: aea1a0fa3581ccba99f78d60a55ccf94 (MD5) Previous issue date: 2004 / Brannerion latum (Agassiz, 1841) é um peixe Elopomorpha de médio porte, com ocorrência nas formações Santana e Codó, respectivamente do Cretáceo Inferior das bacias do Araripe e do Parnaíba, Nordeste do Brasil. Embora há muito estudada, a osteológia desta espécie carecia de uma descrição mais detalhada. Além disso, o posicionamento filogenético do táxon também era incerto: alguns autores o consideravam como Albuloidei incertae sedis; outros como um plésion de sedis mutabilis dentro de Albuliformes; outros ainda, em um senso mais restrito, como Elopidae ou como Albulidae. No presente trabalho, o peixe B. latum foi descrito em detalhes com enfoque comparativo aos táxons recentes Albula vulpes (Linnaeus, 1758) e Elops saurus Linnaeus, 1766 e ao táxon fóssil Paraelops cearensis Silva Santos, 1971, considerando a similaridade osteológica entre eles. Adicionalmente, buscou-se refinar a sistemática de B. latum através de uma análise filogenética nos moldes cladísticos. Para tal, foram utilizados como grupo interno os táxons de Albuliformes: A. vulpes; Baugeichthys caeruleus Filleul, 2000; B. latum; Deltaichthys albuloides Fielitz & Bardack, 1992; Farinichthys gigas Gallo & Figueiredo, 2002; Lebonichthys gracilis (Davis, 1887); Osmeroides lewesiensis (Mantell, 1822); P. cearensis; Phosphonatator oxyrhynchus Cavin et al., 2000; e como grupo externo, E. saurus. Nesta análise preliminar, foram obtidas três árvores igualmente parcimoniosas (C = 115 passos; ic = 0,88; ir = 0,87). A árvore de consenso estrito resultou em sete nós para nove táxons terminais (C – 115 passos; ic = 0,88; ir = 0,87). A topologia encontrada B. caeruleus + (B. latum + (P. cearensis + (O. lewesiensis + L. gracilis P. oxyrhynchus + (D. albuloides + (A. vulpes + F. gigas)))))) sugere que B. latum é um táxon basal de um clado composto pelos Albuliformes, com exceção de B. caeruleus. / Brannerion latum (Agassiz, 1841) is a medium elopomorph fish occurring in the Santana and Codó formations, respectively from the Lower Cretaceous of the Araripe and Parnaíba basins, Northeastern Brazil. Although this species was studied a long time ago, a detailed description of its osteology was lacking. ln addition, its phylogenetic position was dubious: some authors classified the species as an Albuloidei incertae sedis; other authors, as a plesion of sedis mutabilis within the Albuliformes; and some other authors put it in the Elopidae or Albulidae families. ln the present dissertation, B. latum was described under a comparative point of view with the extant taxa Albula vulpes (Linnaeus, 1758) and Elops saurus Linnaeus, 1766, and the extinct taxon Paraelops cearensis Silva Santos, 1971. This comparison was based on the osteological similarity among those taxa previously verified. ln addition, the systematic of B. latum was reviewed and a refined cladistic analysis was accomplished. Nine terminal taxa of Albuliformes composed the ingroup: A. vulpes; Baugeichthys caeruleus Filleul, 2000; B. latum; Deltaichthys albuloides Fielitz & Bardack, 1992; Farinichthys gigas Gallo & Figueiredo, 2002; Lebonichthys gracilis (Davis, 1887); Osmeroides Jewesiensis (Mantell, 1822); P. cearensis; Phosphonatator oxyrhynchus Cavin et al., 2000; E. saurus was used for outgroup. This analysis produced three equally parsimonious trees (L = 115 steps; ci = 0.88; ri = 0. 87). The strict consensus tree found seven nodes for nine terminals (L = 115 steps; ci = 0. 88; ri = 0. 87). The topology founded (8. caeruleus + (B. latum+ (P. cearensis + (O. lewesiensis + L. gracilis P. oxyrhynchus + (D. albuloides + (A. vulpes + F. gigas)))))) suggests that B. latum is a basal taxon of a clade composed by all Albuliformes except B. Caeruleus.
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Descrição morfológica do crânio e mandíbula de Stratiotosuchus maxhechti (Crocodylomorpha, Cretáceo Superior do Brasil) e seu posicionamento filogenético

Riff, Douglas 07 1900 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-12T15:38:12Z No. of bitstreams: 1 617830.pdf: 31393718 bytes, checksum: 445ba5a2d30a9bdc7de65b464e4697ba (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-12T15:38:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 617830.pdf: 31393718 bytes, checksum: 445ba5a2d30a9bdc7de65b464e4697ba (MD5) Previous issue date: 2003-07 / Na década de 1980, foi coletado um esqueleto praticamente completo e articulado de um crocodilomorfo inicialmente relacionado ao gênero Baurusuchus. Este material provém de afloramentos da Formação Adamantina, de idade cretácica, situados no oeste do Estado de São Paulo e foi depositado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Rio de Janeiro. Este material foi posteriormente descrito como Stratiotosuchus maxhechti Campos, Suarez, Riff & Kellner, 2001. Neste trabalho, é apresentada uma descrição detalhada do crânio e mandíbula de S. maxhechti após sua preparação completa. A feição alta e comprimida do rostro, a presença de um grande jugal fortemente sulcado e flexionado em sua porção anterior, apenas cinco dentes maxilares teropodomorfos, dentre outras características, reforçam a idéia prévia de este táxon tratar-se de um Baurusuchidae. Este táxon difere dos demais Baurusuchidae pela presença de uma marcada depressão na superfície posterodorsal do frontal e margens laterais das maxilas infladas. Uma vez que o Stratiotosuchus maxhechti é o mais completo Baurusuchidae conhecido atualmente, apresenta várias novas características cranianas para o grupo, particularmente detalhes das regiões occipital e palatal, que são descritas aqui pela primeira vez. Esse material permitiu também a identificação de um parasfenóide individualizado, elemento jamais reconhecido num crocodilomorfo adulto. Esta descrição fornece uma base de dados que será de grande utilidade na elucidação das relações filogenéticas dos Mesoeucrocodylia basais, comunidade esta que compunha uma diversificada fauna no Gondwana (especialmente na América do Sul) durante o Cretáceo. Além disso, vários aspectos da morfologia craniana, como ornamentação occipital, a morfologia do sistema de Eustachio e a dentição indicam que este táxon (e talvez todos os baurusuquídeos) possuíam hábitos terrestres. / A detailed description of the skull and mandible of the crocodylomorph Stratiotosuchus maxhechti Campos, Suarez, Riff & Kellner, 2001 is presented here. This specimen (DGM 1477-R; housed at the Museu de Ciências da Terra, DNPM, Rio de Janeiro) was collected in 1988 at outcrops of the Adamantina Formation (Upper Cretaceous) in the western part of the São Paulo State. The laterally compressed rostrum, the presence of a huge, strongly grooved and flexed jugal, and the presence of only five maxillary theropodomorph teeth supports the allocation of Stratiotosuchus maxhechti to the Baurusuchidae. lt differs from other species of this clade by the marked depression of the posterodorsal surface of the frontals and the inflated lateral edges of the maxillae. Since the skull of Stratiotosuchus maxhechti is the most complete Baurusuchidae known to date, it presents several new cranial data for a member of this group, particularly details of the occipital and palatal region which are described here for the first time. This material also allowed the identification of an individualized parasphenoid, that has never been reported in an adult crocodylornorph before. Several aspects of cranial morphology, like the occipital ornamentation, the Eustachian morphology, and the dentition, supports the general idea that Stratiotosuchus (and perhaps all baurusuchids) have had terrestrial habits.
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Diversidade de Chiroptera do quaternário de Serra da Mesa (GO) com ênfase na morfologia do aparelho mastigatório

Fracasso, Maria Paula de Aguiar 09 1900 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-12T15:42:05Z No. of bitstreams: 1 617519.pdf: 22527740 bytes, checksum: 2c1a9f47a628f17a233bf51481a759fd (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-12T15:42:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 617519.pdf: 22527740 bytes, checksum: 2c1a9f47a628f17a233bf51481a759fd (MD5) Previous issue date: 2003-09 / CAPES / Reconhecimento taxonômico da diversidade de morcegos do Quaternário de Serra da Mesa (Alto Tocantins, Goiás). Os fósseis foram revelados a partir de escavações em quatro cavernas calcárias da região: Igrejinha, Carneiro, Nossa Senhora Aparecida e Itambé. A identificação e diagnose do material foram realizadas através de um estudo comparativo original da morfologia do aparelho mastigatório de Chiroptera. Foram identificados 431 fragmentos, sendo reconhecidas 28 espécies: Anoura cf. geoffroyi, Artibeus (Artibeus) sp., Carollia sp., Chrotopterus auritus, Desmodus rotundus, Desmodus sp., Emballonuridae sp. indet., Eptesicus/Histiotus, Glossophaga sp., Lionycteris spurrelli, Lonchorhina aurita, Micronycteris megalotis, Mimon bennetti, Mimon crenulatum, Molossidae sp. indet., Myotis sp., Natalus straminaeus, Phyllostomus discolor, Phyllostomus hastatus, Platyrrhinus sp., Platyrrhinus/Uroderma, Pteronotus davyi, Pteronotus parnelli, Sturnira sp., Tonatia bidens, Tonatia silvicola, Tonatia sp., Trachops cirrhosus. Dentre as cavernas estudadas, Carneiro foi a que mais apresentou maior abundância e diversidade de quirópteros (365 fragmentos). As espécies mais abundantes foram Natalus straminaeus (138 fragmentos) e Pteronotus parnelli (134 fragmentos). Essa dissertação apresenta o primeiro registro para os gêneros Lionycteris, Lonchorhina e Trachops no Quaternário sul-americano. A espécie Pteronotus davyi, identificada entre os fragmentos de Serra da Mesa, não ocorre na fauna atual do Brasil, podendo tratar-se de uma extinção local. Em termos de diversidade de morcegos fósseis, a fauna encontrada em Serra da Mesa é comparável aquela das cavernas da Bahia, que constitui o registro mais abundante de quirópteros do Quaternário da América do Sul. / Evaluate the taxonomic diversity of fossil bats (Chiroptera) from the region of the Serra da Mesa in the State of Goias, Central Brazil. Quaternary fossils were obtained from four limestone caves, namely Igrejinha, Carneiro, Nossa Senhora Aparecida, and ltambé. The taxonomic identification of the fragments was based on a original comparative study of the masticatory apparatus of extant bat species. A total of 431 fragments were identified, comprising 28 species: Anoura cf. geoffroyi, Artibeus (Artibeus) sp., Carollia sp., Chrotopterus auritus, Desmodus rotundus, Desmodus sp., Emballonuridae sp. indet., Eptesicus Histiotus, Glossophaga sp., Lionycteris spurrelli, Lonchorhina aurita, Micronycteris megalotis, Mimon bennetti, Mimon crenulatum, Molossidae sp. indet., Myotis sp., Natalus straminaeus, Phyllostomus discolar, Phyllostomus hastatus, Platyrrhinus sp., Platyrrhinus Uroderma, Pteronotus davyi, Pteronotus parnelli, Sturnira sp., Tonatia bidens, Tonatia silvicola, Tonatia sp., Trachops cirrhosus. Carneiro has showed the greatest abundance and diversity of bats (365 fragments). The species that presented the major number of fragments were Natulus struminaeus ( 138 fragments) and Pteronotus parnellii ( 134 fragments). This study presents the first record of the genera Lionycteris, Lonchorhina and Trachops from the Quaternary of South America. The species Pteronotus davyi does not occur in the recent fauna of Brazil, and may represent a local extinction. The diversity of Chiroptera found in Serra da Mesa is equivalent to that described for Bahia, which heretofore has the most abundant record for Quaternary bats from South America.
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Megafauna do quaternário tardio dos depósitos cársticos do Alto Vale do Ribeira, sudeste do Estado de São Paulo, Brasil / Late-Quaternary megafauna of the Upper Ribeira karstic area, southeast São Paulo State, Brazil

Ghilardi, Aline Marcele 02 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:31:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3497.pdf: 5073859 bytes, checksum: 36a72d05c41badbe007e14a94e6f23bf (MD5) Previous issue date: 2011-03-02 / Financiadora de Estudos e Projetos / The carbonate caves of the Upper Ribeira Valley, southeastern São Paulo State, Brazil, preserve abundant fossil record of Pleistocene-Holocene South American megafauna. This work presents a historical review of its paleontological studies, as well as an update taxonomic survey of the megafauna material gathered since the beginning of the explorations in the area. Herein are also discussed paleobiogeographic and paleoecological questions and presented new Electron Spin Resonance dating results of the Ribeira s material. The fossil megafauna of the Upper Ribeira karstic region include: Eremotherium laurillardi, Nothrotherium maquinense, Lestodon armatus, Catonyx cuvieri, Ocnopus gracilis‟, Ahytherium aff. aureum, Glyptodon clavipes, G. reticulatus, Hoplophorus cf., Toxodon spp., Stegomastodon waringi, Tapirus terrestris,. Equidae indet., Smilodon populator and Panthera onca, of which only P. onca and T. terrestris still remain in the region. The register of Equidae here presented is the first for this area and also the first formal entry for the São Paulo state. The fossil assemblage recorded shows greater biogeographical affinity to the mega-mammal community of the intertropical region, though a typical taxon from pampean localities was also found. This denotes that the area should be a transition zone. The ecology of the species found suggests bygone occurrence of fairly different environmental settings than the existing one in the area. There were more temperate climates associated with open vegetation physiognomies, what agrees with the already known paleopalinological data. The fossil material does not show any kind of cronocorrelation given the type of genesis of the cave accumulations; and paleoecological investigations indicate that these fossils does not represent a real biocoenosis, but depict different faunistic moments related to climate oscillations during the Quaternary. The results obtained with the absolute dating corroborate the hypothesis that the Vale do Ribeira material belong to Late Pleistocene Holocene age; and also give the first biocronological insight for an extinct group in this area. To better understand the information provided by these deposits, further efforts on prospection and dating should be conducted, as well as detailed taphonomic investigations. The studies of the Quaternary fauna in São Paulo State come to fill an important gap in the intricate history of the South American megafauna. / As cavernas carbonáticas do Alto Vale do Ribeira, sudeste do Estado de São Paulo, Brasil, preservam abundantes registros fósseis da megafauna pleisto-holocênica sul-americana. O presente trabalho oferece uma revisão dos estudos paleontológicos realizados nessa região, assim como um levantamento de todo material fóssil relativo à mega-mamíferos coletado desde o início das explorações na área. São apresentadas discussões paleobiogeográficas e paleoecológicas relativas à fauna pretérita, além de novos resultados de datação por Ressonância do Spin Eletrônico' (ESR) de materiais da região. A megafauna fóssil encontrada inclui: Eremothrerium laurillardi, Nothrotherium maquinense, Lestodon armatus, Catonyx cuvieri, Ocnopus gracilis , Ahytherium aff. aureum, Glyptodon clavipes, G. reticulatus, Hoplophorus sp., Toxodon spp., Stegomastodon waringi, Tapirus terrestris, Equidae indet., Smilodon populator e Panthera onca, dos quais apenas P. onca e T. terrestris continuam presentes na área. O registro fóssil de Equidae aqui apresentado é inédito para a região e constitui-se do primeiro apontamento formal para o Quaternário do Estado de São Paulo. A assembléia fóssil registrada mostra maior afinidade biogeográfica à comunidade de mega-mamíferos da região intertropical, porém o fato de ter sido encontrado um taxon típico da região pampeana denota que a área deveria fazer parte de uma zona de transição. A ecologia das espécies encontradas sugere a ocorrência pretérita de configurações ambientais bastante distintas da atual na região, ou seja, houveram climas mais temperados e secos associados a fisionomias vegetacionais mais abertas, até o avanço e estabelecimento definitivo da floresta mesofítica atual. Isso concorda com os dados conhecidos pelos estudos de paleopalinologia. Os materiais dos depósitos analisados não demonstram uma cronocorrelação tendo em vista o tipo de gênese das acumulações cavernícolas. As investigações paleoecológicas indicam que os fósseis encontrados não representam uma biocenose real, mas retratam momentos faunísticos distintos relacionados às alterações climáticas ao longo do Quaternário. O resultado obtido com a datação absoluta concorda com a hipótese de que o conjunto paleofaunístico do Vale do Ribeira pertença ao Pleistoceno Tardio Holoceno, além disso, fornece o primeiro insight sobe a biocronologia de um grupo extinto da região. Para que melhor se compreenda as informações providas por esses depósitos, mais esforços de prospecção e datação devem ser conduzidos, assim como a realização de investigações tafonômicas mais detalhadas. O prosseguimento dos estudos da fauna quaternária do Estado de São Paulo virá a preencher uma lacuna importante na intrincada história da megafauna sul-americana.
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Estudo do gênero Glossotherium Owen, 1840 (Xenarthra, Tardigrada, Mylodontidae), pleistoceno no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Pitana, Vanessa Gregis January 2011 (has links)
O estudo dos Mylodontinae provenientes de localidades pleistocênicas da região central (Municípios de São Gabriel e Rosário do Sul), oeste (Municípios de Quaraí, Uruguaiana e Alegrete) e costeira (Município de Santa Vitória do Palmar) do Estado do Rio Grande do Sul, possibilitou a identificação de material craniano e mandibular como Glossotherium robustum, com base nos seguintes caracteres: alargamento da porção anterior da maxila, forma arredondada e inclinação ventrolateral da fossa para o estilohial, formato elíptico do côndilo occipital e goteira lingual em forma de pá. Os caracteres cranianos, principalmente da região rostral, são mais confiáveis para uma identificação a nível de espécie. Os dentários, molariformes e material pós-craniano isolado (úmero, rádio, fêmur, tíbia e astrágalo) foram identificados como Glossotherium aff. G. robustum. No caso específico dos dentários, levou-se em conta a forma espatulada da região sinfisiária e a menor convexidade da margem ventral do corpo do dentário; pequenas diferenças morfológicas (e.g. tamanho dos dentes, diferença na altura do dentário) foram atribuídas à ontogenia. Na identificação do material pós-craniano, foram utilizados alguns caracteres como a robustez das cristas umerais, a borda bem marcada da faceta astragalar na tíbia e o ângulo reto da apofise odontoide no astrágalo. Deve-se considerar também, a maior homogeneidade morfológica dos ossos pós-cranianos em relação ao crânio e a escassez de esqueletos completos para o estudo comparativo. Alguns espécimes foram identificados apenas como Mylodontinae, na falta de caracteres anatômicos diagnósticos, ou devido ao seu estado fragmentário. De acordo com os caracteres acima mencionados para o crânio, dentários e material pós-craniano, confirmou-se uma maior similaridade morfológica do material pleistocênico do RS com a fauna Pampeana (Pleistoceno superior) da Argentina e Uruguai. O presente estudo também permitiu reconhecer diferenças morfológicas consistentes em relação à forma intertropical, a qual deve ser considerada totalmente distinta de G. robustum. Dessa forma, até o presente momento, os registros desta espécie parecem mostrar que esteve bem distribuída entre as latitudes de 17°S e 40°S que abrange a Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. / The study of Mylodontinae from Pleistocene localities of the central (Municipalities of São Gabriel and Rosário do Sul), western (Municipalities Quaraí, Uruguaiana and Alegrete) and coast regions (Municipality of Santa Vitória do Palmar) of Rio Grande do Sul State enabled the identification of the cranial and mandibular material as Glossotherium robustum, on the basis of following characters: enlargement of the anterior portion of maxilla, rounded and ventrolaterally bent fossa for the estilohial, elliptical shape of the occipital condyle and shovel-shaped symphyseal region. Cranial characters, mostly rostral region, provide a better support for a identification at the species level. Dentaries, teeth and isolated postcranial material (humerus, radius, femur, tibia and astragalus) were identified as Glossotherium aff. G. robustum. For the dentaries, it was taken into account the spatulate shape of the symphyseal region and the convexity of the ventral margin of dentary body. Small differences in morphology (e.g. size of the teeth, height of the dentary body) were seen as a result of ontogeny. In the identification of postcranial material, some characters were used as: robustness of the humeral ridge, well developed edge of astragalar facet in the tibia and the right angle of the odontoid apophysis in the astragalus. In addition, we took into account the morphological uniformity of the postcranial bones in regard to the skull and the lack of complete skeletons for the comparative. Some specimens were identificated only as Mylodontinae; because of the lack of diagnostic characters, and the fragmentary state of material. According to the characters mentioned above, it was confirmed a greater morphological similarity of the pleistocenic material of RS with that of Pampean fauna (upper Pleistocene) of Argentina and Uruguay. Comparative study also allowed to recognize consistent morphological differences regarding to the intertropical form, which must seen regarded as entirely distinct from the southern taxon. Thus, to date, the records of G. robustum indicated that this taxon was well distributed between latitudes 17°S and 40°S including Bolivia, Argentina, Uruguay and Brazil.
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Novos materiais de Rhynchocephalia da formação Caturrita (triássico superior) do Rio Grande do Sul, Brasil : estudo anatômico e implicações filogenéticas

Arantes, Bruno de Amorim January 2011 (has links)
Os esfenodontes (Lepidosauria, Rhynchocephalia) formam um dos grupos mais abundantes da fauna da “Formação Caturrita” (Triássico Superior), do Rio Grande do Sul, e representam o registro mais antigo de Rhynchocephalia para a América do Sul. O primeiro espécime encontrado foi reportado por Ferigolo (2000) sem, entretanto, apresentar uma descrição formal do novo táxon. Posteriormente, Bonaparte & Sues, em 2006, descreveram dois crânios com mandíbulas articuladas (holótipo e material referido), determinando uma nova espécie, Clevosaurus brasiliensis e formalizando a Família Clevosauridae composta pelos gêneros Clevosaurus, Brachyrhinodon e Polysphenodon. O presente trabalho apresenta a descrição anatômica de sete novos espécimes pertencentes à coleção do Laboratório do Setor de Paleovertebrados do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do IGEO/UFRGS, representados por materiais cranianos e mandibulares, com dentição. Constatou-se que todo o material estudado pode ser seguramente atribuído a C. brasiliensis, com base em sua diagnose original. A fim de testar a consistência da Família Clevosauridae e o posicionamento de C. brasiliensis, foi realizada um análise filogenética com base em uma matriz dados contendo 26 táxons e 67 caracteres. Na matriz os novos materiais descritos, bem como os materiais descritos por Arantes et al. (2009) e por Ferigolo (2000, 2009) foram codificados como C. brasiliensis. Os resultados da análise filogenética apontaram a coesão da Família Clevosauridae, e mostraram uma associação mais próxima da espécie brasileira com Clevosaurus mcgilli e C. bairdi. Sendo assim, conclui-se neste estudo que C. brasiliensis continua sendo a única espécie de Rhynchocephalia presente no Triásssico do Rio Grande do Sul. / The sphenodonts (Lepidosauria, Rhynchocephalia) form one of the most abundant groups in the fauna of the “Caturrita Formation” (Upper Triassic), on the Rio Grande do Sul state, Brazil, and represent the oldest record of Rhynchocephalia in South America. The first specimen was reported found by Ferigolo (2000) without, however, a formal description of the new taxon. Later, Bonaparte & Sues, in 2006, described two skulls with articulated mandibles (holotype and referred specimen), determining a new species, Clevosaurus brasiliensis and formalizing the family Clevosauridae, which comprises the genera Clevosaurus, Brachyrhinodon and Polysphenodon. This work presents the anatomical description of seven new specimens from the collection from the Laboratory of Paleovertebrates, Department of Paleontology and Stratigraphy, IGEO / UFRGS, represented by cranial and mandibular material, with teeth. It was found that all of the material can be safely attributed to C. brasiliensis, based on their original diagnosis. In order to test the consistency of the family and the placement of C. brasiliensis, a phylogenetic analysis was performed based on a data matrix containing 26 taxa and 67 characters. In the matrix, the new materials described, as well as the materials described by Arantes et al. (2009) and Ferigolo (2000, 2009) were classified as C. brasiliensis. The results of the phylogenetic analysis showed the cohesion of the Clevosauridae, and a close association of the Brazilian species with Clevosaurus mcgilli and C. bairdi. Therefore, we conclude from this study that C. brasiliensis remains the only Rhynchocephalia species present in the Triassic from Rio Grande do Sul.
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Espongofauna do peleolago cemitério, Catalão, GO.

Machado, Vanessa de Souza January 2009 (has links)
O Afloramento Paleolago Cemitério, localizado na mina de fosfato a céu aberto da "Ultrafértil", município de Catalão, Goiás, possui depósito originado pelo preenchimento de uma depressão na parte central do Complexo Carbonatítico de Catalão I, onde sedimentos lacustres, ricos em espículas de esponjas, assentam discordantemente sobre um domo de rochas magmáticas carbonatíticas do Cretáceo Superior. Foi analisado o conteúdo de espículas de esponjas continentais e da quantidade de frústulas de diatomáceas em rochas de três Seções, 1, 2 e 3, que contemplaram desde a base ao topo desse depósito. É abordada aqui a caracterização de todos os horizontes deposicionais, quanto ao conteúdo biosilicoso, e sua utilização como dado proxi de reconstrução paleoambiental. Para esse fim, frações dessas rochas foram tratadas com métodos usuais utilizados na obtenção de material silicoso. O estudo taxonômico das espículas nessas rochas confirmou a existência de uma comunidade autóctone e lêntica composta de seis espécies de esponjas continentais responsáveis pela gênese dos depósitos de espongilitos: Metania spinata (Carter, 1881), Dosilia pydanieli Volkmer-Ribeiro, 1992, Radiospongilla amazonensis Volkmer-Ribeiro & Maciel, 1983, Trochospongilla variabilis Bonetto & Ezcurra de Drago (1973), Corvomeyenia thumi (Traxler, 1895), Heterorotula fistula Volkmer-Ribeiro & Motta, 1995, no presente caso acrescidas de Corvoheteromeyenia australis (Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966), que tem aqui confirmado o seu primeiro registro em comunidade formadora de espongilitos No entanto, registrou-se também uma comunidade de esponjas de ambiente lótico na porção mais basal do depósito, integrada pelas espécies Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966, Oncosclera navicella (Carter, 1881) e Eunapius fragilis (Leidy, 1851), sugerindo uma contribuição de águas com fluxo no início da formação do Paleolago. A comunidade lêntica detectada é considerada indicadora de lagoas típicas de Cerrado, sugerindo a existência desse Bioma, na região central do Brasil, já no final do Pleistoceno. Registra-se nesse Paleolago a ocorrência inédita de diatomitos e espongilitos num mesmo depósito. São propostos dois paleoambientes diferenciados, quando da ocorrência de espongilitos e diatomitos. Os resultados ainda parecem corroborar a hipótese de formação do Paleolago Cemitério a partir do acúmulo de substâncias húmicas, contribuindo para acidificação das águas e instalação de processo cárstico de solapamento do fundo de lagoas. / The Paleolake Cemetery Outcrop situated at the phosphate mine of the Ultrafértil Mining Company, in the municipality of Catalão, Goiás State, presents a significant deposit of sedimentary rocks originated by the fulfilling of a depression at the central part of the Carbonatitic Complex of Catalão I, where lacustrine sediments, which are rich in spicules of sponges, overlie discordantly a dome of carbonatitic magmatic rocks of the Late Cretaceous age. Freshwater sponges spicules contents were analysed as well as the diatom frustules in sedimentary rocks of three sections, namely 1, 2 and 3, that range from bottom to top of the above-mentioned lake deposit. The characterization of all depositional horizons is addressed here regarding the bio siliceous content and its utilization as a proxy datum for paleoenvironmental reconstruction. In order to accomplish this purpose, fractions of these rocks were treated with usual methods applied for the obtaining of siliceous material. The taxonomic study of spicules in these rocks confirmed the existence of an indigenous and lenthic community composed of six species of continental sponges responsible for the genesis of spongilite beds: Metania spinata (Carter, 1881), Dosilia pydanieli Volkmer-Ribeiro, 1992, Radiospongilla amazonensis Volkmer-Ribeiro & Maciel, 1983, Trochospongilla variabilis Bonetto & Ezcurra de Drago (1973), Corvomeyenia thumi (Traxler, 1895), Heterorotula fistula Volkmer-Ribeiro & Motta, 1995, in the present case added to Corvoheteromeyenia australis (Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966), species confirmed herein, for the first time, as an element of a forming-spongilite community However, other community of sponges related to lothic environment has also been registered at the bottom of lake deposit, which is formed by the following species: Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966, Oncosclera navicella (Carter, 1881) and Eunapius fragilis (Leidy, 1851). The last community suggests a contribution of water flow in the beginning of the Paleolake genesis. The lenthic community found is considered to be an indicator of Cerrado-type lagoons suggesting the existence of this biome, in central region of Brazil, in the end of the Pleistocene. In this Paleolake there is also the unprecedented occurrence of diatomites interbedded with spongilites along the same section. Then it is proposed herein the presence of two different paleoenvironments to explain the occurrence of spongilites and diatomites together in this deposit. The results obtained seem to corroborate the hypothesis of formation of the Cemetery Paleolake, from the accumulation of humic substances, contributing to the acidification of the water and the installation of the karstic process for the washout of the lake bottom.
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Revisão anatômica e posicionamento filogenético das espécies de Ionoscopiformes (Actinopterygii: Holostei) do Cretáceo do nordeste do Brasil e de Puebla, México / Anatomic and phylogenetic review of Ionoscopiformes (Actinopterygii: Holostei) from Cretaceous of Brazil (northeastern) and Mexico (Puebla)

Giselle Ribeiro de Paula Machado 24 February 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os gêneros de peixes fósseis Oshunia e Placidichthys são holósteos pertencentes à Ordem Ionoscopiformes e provenientes do Cretáceo Inferior do Brasil, das bacias do Araripe e de Tucano. No clado Ionoscopiformes sensu Grande & Bemis (1998) estão incluídas as famílias Ionoscopidae e Ophiopsidae, todavia as relações internas deste grupo ainda são duvidosas. Oshunia e Placidichthys fazem parte das famílias Ionoscopidae e Ophiopsidae, respectivamente, sendo o gênero Oshunia considerado como mono-específico (cf., O. brevis), enquanto que Placidichthys apresenta duas espécies nominais (cf., P. bidorsalis e P. tucanensis). Em função destas espécies terem sido descritas a partir de poucos espécimes, ainda existiam várias lacunas no conhecimento em relação as mesmas, como, por exemplo, a possibilidade da existência de outras espécies no gênero Oshunia e a falta de informações anatômicas, especialmente do crânio, da região occipital, dos ossos da face e da nadadeira caudal das espécies de Placidichthys. Outro ponto em aberto na literatura era a posição filogenética dos dois gêneros. Frente a estas questões, o objetivo da presente dissertação foi realizar uma revisão anatômica dos gêneros Oshunia e Placidichthys, a fim de ampliar o conhecimento anatômico e taxonômico acerca dos mesmos, além realizar uma análise filogenética da Ordem Ionoscopiformes, baseada em matrizes de caracteres existentes na literatura, para se obter um melhor posicionamento dessas espécies brasileiras. Em função da facilidade de acesso a material mexicano, também foram incluídos nesta revisão os gêneros Teoichthys e Tuetzalichthys provenientes do Cretáceo da Formação Tlayúa, estes também peixes fósseis holósteos pertencentes à Ordem Ionoscopiformes. Do ponto de vista taxonômico, não foi possível confirmar a existência de novas espécies para o gênero Oshunia, entretanto ficou clara a presença de uma nova espécie pertencente ao gênero mexicano Teoichthys. A presente revisão proporcionou uma série de novas informações sobre a anatomia destas espécies de Ionoscopiformes, tais como a descrição dos ossos circumorbitais e do teto craniano e uma reinterpretação acerca da nadadeira dorsal de Placidichthys bidorsalis, ou ainda sobre a forma do rostral de Teoichthys kallistos. Da mesma maneira, esta revisão também ofereceu novos dados para a construção de uma nova hipótese filogenética para Ionoscopiformes, a qual se mostrou consideravelmente distinta das hipóteses filogenéticas anteriores (cf., relações internas de Ionoscopidae e o posicionamento do gênero Teoichthys). O baixo suporte para grande parte dos clados torna evidente a fragilidade das hipóteses de relacionamento interno do clado Ionoscopiformes, bem como a necessidade de uma revisão mais aprofundada das outras espécies deste grupo e dos caracteres a serem utilizados em futuras análises filogenéticas. / The fossil genera Oshunia and Placidichthys are holosteans, belonging to the Order Ionoscopiformes, from the Early Cretaceous of the Araripe and Tucano basins in Brazil. Ionoscopiformes sensu Grande & Bemis (1998) includes the families Ionoscopidae and Ophiopsidae, however the inner relationships of this clade are still uncertain. Oshunia and Placidichthys belong to the families Ionoscopidae and Ophiopsidae, respectively, and while the genus Oshunia is considered to be monospecific (cf., O. brevis), Placidichthys presents two nominal species (cf., P. bidorsalis and P. tucanensis). Especially due to the fact that these species where described from just a few specimens, there were still several gaps on the knowledge about them, as for example, the possible existence of additional species from the genus Oshunia and the lack of anatomical information, notably from the skull roof, occipital region, check bones, and caudal fin of Placidichthys species. Another debatable matter was the phylogenetic position of these two genera. Given these issues, the objective of the present thesis was to make a revision of the genera Oshunia and Placidichthys, with the aim of increasing the anatomical and taxonomic knowledge about them, and also to make a phylogenetic analysis of Ionoscopiformes, based on data matrixes from the literature, in order to achieve a stronger hypothesis over the relationships of these Brazilian genera. Granted the easy access to Mexican specimens from the Cretaceous of the Tlayúa Formation, the genera Teoichthys and Quetzalichthys were also reviewed on the present work. From a taxomomical point of view, it was not possible to conclude over the existence of new species from the genus Oshunia, however it was evident the presence of a new species belonging to the Mexican genus Teoichthys. The present revision brought a series of new information over the anatomy of these Ionoscopiformes species, such as a first description of the circumorbital and skull roof bones and a reinterpretation over the dorsal fin of Placidichthys bidorsalis, or about the shape of the rostral bone of Teoichthys kallistos. Likewise, this revision also offered new data for the construction of a new phylogenetic hypothesis for Ionoscopiformes, which was considerably distinct from the anterior ones (cf., inner relationships of Ionoscopidae and the placement of the genus Teoichthys). The low support for many clades makes evident the fragility of the phylogenetic hypotheses of Ionoscopiformes, as well as the necessity of a more detailed revision of other species from this group and also of the characters to be used on future phylogenetic analyses.
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Revisão anatômica e posicionamento filogenético das espécies de Ionoscopiformes (Actinopterygii: Holostei) do Cretáceo do nordeste do Brasil e de Puebla, México / Anatomic and phylogenetic review of Ionoscopiformes (Actinopterygii: Holostei) from Cretaceous of Brazil (northeastern) and Mexico (Puebla)

Giselle Ribeiro de Paula Machado 24 February 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os gêneros de peixes fósseis Oshunia e Placidichthys são holósteos pertencentes à Ordem Ionoscopiformes e provenientes do Cretáceo Inferior do Brasil, das bacias do Araripe e de Tucano. No clado Ionoscopiformes sensu Grande & Bemis (1998) estão incluídas as famílias Ionoscopidae e Ophiopsidae, todavia as relações internas deste grupo ainda são duvidosas. Oshunia e Placidichthys fazem parte das famílias Ionoscopidae e Ophiopsidae, respectivamente, sendo o gênero Oshunia considerado como mono-específico (cf., O. brevis), enquanto que Placidichthys apresenta duas espécies nominais (cf., P. bidorsalis e P. tucanensis). Em função destas espécies terem sido descritas a partir de poucos espécimes, ainda existiam várias lacunas no conhecimento em relação as mesmas, como, por exemplo, a possibilidade da existência de outras espécies no gênero Oshunia e a falta de informações anatômicas, especialmente do crânio, da região occipital, dos ossos da face e da nadadeira caudal das espécies de Placidichthys. Outro ponto em aberto na literatura era a posição filogenética dos dois gêneros. Frente a estas questões, o objetivo da presente dissertação foi realizar uma revisão anatômica dos gêneros Oshunia e Placidichthys, a fim de ampliar o conhecimento anatômico e taxonômico acerca dos mesmos, além realizar uma análise filogenética da Ordem Ionoscopiformes, baseada em matrizes de caracteres existentes na literatura, para se obter um melhor posicionamento dessas espécies brasileiras. Em função da facilidade de acesso a material mexicano, também foram incluídos nesta revisão os gêneros Teoichthys e Tuetzalichthys provenientes do Cretáceo da Formação Tlayúa, estes também peixes fósseis holósteos pertencentes à Ordem Ionoscopiformes. Do ponto de vista taxonômico, não foi possível confirmar a existência de novas espécies para o gênero Oshunia, entretanto ficou clara a presença de uma nova espécie pertencente ao gênero mexicano Teoichthys. A presente revisão proporcionou uma série de novas informações sobre a anatomia destas espécies de Ionoscopiformes, tais como a descrição dos ossos circumorbitais e do teto craniano e uma reinterpretação acerca da nadadeira dorsal de Placidichthys bidorsalis, ou ainda sobre a forma do rostral de Teoichthys kallistos. Da mesma maneira, esta revisão também ofereceu novos dados para a construção de uma nova hipótese filogenética para Ionoscopiformes, a qual se mostrou consideravelmente distinta das hipóteses filogenéticas anteriores (cf., relações internas de Ionoscopidae e o posicionamento do gênero Teoichthys). O baixo suporte para grande parte dos clados torna evidente a fragilidade das hipóteses de relacionamento interno do clado Ionoscopiformes, bem como a necessidade de uma revisão mais aprofundada das outras espécies deste grupo e dos caracteres a serem utilizados em futuras análises filogenéticas. / The fossil genera Oshunia and Placidichthys are holosteans, belonging to the Order Ionoscopiformes, from the Early Cretaceous of the Araripe and Tucano basins in Brazil. Ionoscopiformes sensu Grande & Bemis (1998) includes the families Ionoscopidae and Ophiopsidae, however the inner relationships of this clade are still uncertain. Oshunia and Placidichthys belong to the families Ionoscopidae and Ophiopsidae, respectively, and while the genus Oshunia is considered to be monospecific (cf., O. brevis), Placidichthys presents two nominal species (cf., P. bidorsalis and P. tucanensis). Especially due to the fact that these species where described from just a few specimens, there were still several gaps on the knowledge about them, as for example, the possible existence of additional species from the genus Oshunia and the lack of anatomical information, notably from the skull roof, occipital region, check bones, and caudal fin of Placidichthys species. Another debatable matter was the phylogenetic position of these two genera. Given these issues, the objective of the present thesis was to make a revision of the genera Oshunia and Placidichthys, with the aim of increasing the anatomical and taxonomic knowledge about them, and also to make a phylogenetic analysis of Ionoscopiformes, based on data matrixes from the literature, in order to achieve a stronger hypothesis over the relationships of these Brazilian genera. Granted the easy access to Mexican specimens from the Cretaceous of the Tlayúa Formation, the genera Teoichthys and Quetzalichthys were also reviewed on the present work. From a taxomomical point of view, it was not possible to conclude over the existence of new species from the genus Oshunia, however it was evident the presence of a new species belonging to the Mexican genus Teoichthys. The present revision brought a series of new information over the anatomy of these Ionoscopiformes species, such as a first description of the circumorbital and skull roof bones and a reinterpretation over the dorsal fin of Placidichthys bidorsalis, or about the shape of the rostral bone of Teoichthys kallistos. Likewise, this revision also offered new data for the construction of a new phylogenetic hypothesis for Ionoscopiformes, which was considerably distinct from the anterior ones (cf., inner relationships of Ionoscopidae and the placement of the genus Teoichthys). The low support for many clades makes evident the fragility of the phylogenetic hypotheses of Ionoscopiformes, as well as the necessity of a more detailed revision of other species from this group and also of the characters to be used on future phylogenetic analyses.
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Biogeografia Histórica de Mawsoniidae (Sarcopterygii: Actinistia) / Historical biogeography of Mawsoniidae (Sarcopterygii: Actinistia)

Raphael Miguel da Silva 21 December 2011 (has links)
Mawsoniidae é uma família de actinístios fósseis, conhecidos popularmente como celacanto, sendo encontrados em paleoambientes continental e marinho. O táxon foi proposto na década de 1990, apresentando, a partir de então, alguns estudos abordando sua filogenia num contexto cladístico. Trata-se de um grupo monofilético, sendo representado por cinco gêneros inquestionáveis (i. e., Axelrodichthys, Chinlea, Diplurus, Mawsonia e Parnaibaia), além de outros dez que possuem alguma discordância na sistemática (i. e., Alcoveria, Garnbergia, Heptanema, Indocoelacanthus, Libys, Lualabaea, Megalocoelacanthus, Moenkopia, Rhipis e Trachymetopon). Cabe ressaltar que nem todos estes gêneros foram contemplados nas análises cladísticas de Mawsoniidae. Mawsoniidae possui considerável interesse biogeográfico, considerando sua extensa amplitude temporal (Triássico Médio ao Cretáceo Superior) e ampla distribuição geográfica (Américas do Sul e do Norte, África e Europa). Os gêneros restritos à América do Norte (Diplurus e Chinlea) e Europa (Alcoveria) possuem os registros mais antigos (Triássico Médio-Jurássico Inferior). Já os gêneros restritos ao Hemisfério Sul (Mawsonia, Axelrodichthys e Parnaibaia) distribuem-se do Jurássico Superior ao Cretáceo Superior, no Brasil e na África. A presente dissertação propôs analisar a Biogeografia Histórica de todos os gêneros (os válidos e os de posicionamento taxonômico controverso) de Mawsoniidae, aplicando o método panbiogeográfico de análise de traços. A partir desta análise, foram obtidos 11 traços individuais das espécies e três traços generalizados (TGs). O TG1, que foi denominado Newark Nordeste, ocorre nos estratos do Grupo Newark (Triássico Superior); o TG2, que foi denominado Centro-oeste gondwânico, ocorre na Formação Lualaba (Jurássico Superior); e o TG3, que foi denominado Itapecuru-Alcântara-Santana, ocorre nas formações Itapecuru-Alcântara-Santana (Cretáceo Inferior). Com base no padrão de distribuição encontrado, sugere-se que a origem do grupo ocorreu a partir do Triássico Médio/Superior na Pangeia Oriental, com subsequente expansão no Jurássico Inferior, corroborada por registros de Indocoelacanthus e Trachymetopon. A expansão do grupo em direção à Gondwana Ocidental ocorreu a partir do Cretáceo Inferior, com registros dos gêneros Mawsonia e Axelrodichthys. A análise panbiogeográfica também foi aplicada para produzir traços individuais para os gêneros em determinados períodos geológicos, os quais mostraram congruência com os traços individuais das espécies. Os resultados aqui obtidos reforçaram o potential do método panbiogeográfico na obtenção dos padrões de distribuição e, consequentemente, nas áreas de endemismo de Mawsoniidae, ao longo de todo o Mesozoico. / Mawsoniidae is a fossil family of actinistians popularly known as coelacanth, being found in continental and marine paleoenvironments. The taxon was proposed in the 1990 and, since then, some studies on its phylogeny in a cladistic context were accomplished. It is considered monophyletic in the most recent reviews and includes five unquestionable genera (i. e., Axelrodichthys, Chinlea, Diplurus, Mawsonia, and Parnaibaia), besides ten others with some taxonomical controversy (i. e., Alcoveria, Garnbergia, Heptanema, Indocoelacanthus, Libys, Lualabaea, Megalocoelacanthus, Moenkopia, Rhipis, and Trachymetopon). Notwithstanding, not all of these genera were included in the cladistic analysis of Mawsoniidae. Mawsoniidae possesses a remarkable biogeographical significance due to its extensive temporal range, from the Middle Triassic to the Late Cretaceous, and a wide geographical distribution in the South and North Americas, Africa, and Europe. The genera restrict to the North America (Diplurus and Chinlea) and Europe (Alcoveria) possess the oldest records (Middle Triassic-Early Jurassic), whereas those found in the South Hemisphere (Mawsonia, Axelrodichthys, and Parnaibaia) extend from Late Jurassic to Late Cretaceous, in Brazil and Africa. This study proposed to analyze the Historical Biogeography of Mawsoniidae, including the valid genera as well as those of controverse systematic position, applying the panbiogeographical method of track analysis. Based on this analysis, 11 individual tracks of the species and three generalized tracks (GTs) were obtained. The GT1, named Northeastern Newark, occurs in strata of the Newark Group (Upper Triassic); GT2, named Midwest Gondwana, occurs in the Lualaba Formation (Upper Jurassic); and GT2, named Itapecuru-Alcântara-Santana, occurs in the Itapecuru-Alcântara-Santana formations (Lower Cretaceous). Regarding the distribution pattern herein found, the origin of the probably occurred from the Middle/Upper Triassic in the Eastern Pangeia, with subsequent expansion in the Lower Jurassic, corroborated by records of Indocoelacanthus and Trachymetopon. The expansion of the group towards the Western Gondwana occurred in the Lower Cretaceous, with records of Mawsonia and Axelrodichthys. The panbiogeographical analysis was also applied to produce individual tracks of the genera by certain geological periods, which showed congruence with the individual tracks of the species. The results herein obtained accentuated the potential of the panbiogeographical method for obtaining the distribution patterns and, consequently, the areas of endemism of Mawsoniidae, throughout all Mesozoic.

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