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Microfósseis em depósitos quaternários de megafauna no Nordeste do Brasil e seu significado paleoambiental / not availableMedeiros, Vanda Brito de 16 May 2019 (has links)
O Nordeste brasileiro possui muitos depósitos com rico registro fossilífero da megafauna pleistocênica, ainda a serem estudados com relação ao habitat e hábitos alimentares destes megamamíferos. Desta forma, este trabalho teve por objetivo descrever o ambiente no qual estes animais habitavam durante o Pleistoceno Tardio; discutir o impacto das mudanças climáticas deste período na vegetação e as alterações ocorridas na base da cadeia trófica de representantes da megafauna; verificar se há evidências da interferência humana em sua extinção e averiguar a existência de corredores bióticos que teriam ligado a Mata Atlântica à Floresta Amazônica em momentos de maior umidade na região da Caatinga. Para tanto, foram realizadas análises micropaleontológicas em sedimentos coletados em tanques, contendo restos de megafauna e/ou em lagoas efêmeras, nos municípios de Afrânio, Buíque e São Bento do Una (Pernambuco) e em São João do Cariri (Paraíba) e em cálculos dentários destes animais. Sedimentos coletados em São Bento do Una, com aproximadamente 34.935 anos cal. AP, revelaram a presença de elementos de floresta úmida e fria, de forma descontínua até aproximadamente 19.000 anos cal. AP, coincidindo com os eventos climáticos H3 e H2. Com o aquecimento do final do Pleistoceno, os elementos indicativos de clima frio desapareceram do registro, permanecendo alguns representantes da Amazônia e Floresta Atlântica. Os demais testemunhos cobrem o final do Pleistoceno, até o Holoceno. De forma geral, a umidade permanece, com a manutenção de uma floresta úmida até 6.000 anos cal. AP, quando se inicia a fase de ressecamento e posterior implantação da Caatinga a partir de 4.900 anos cal. AP, sendo esta fase de seca marcada pela perda do sinal polínico, decorrente de hiato, em Buíque. O retorno da umidade, por volta de 2.000 anos cal. AP, foi caracterizado por chuvas torrenciais. Sinais de intervenção humana foram notados através da identificação de palmeiras a partir de 9.000 anos AP, assim como a presença de elementos introduzidos após a colonização. As análises realizadas nos cálculos dentários revelaram a presença de elementos vegetais característicos de floresta úmida e fria, com predomínio de ciclo fotossintético C3. Em suma, conclui-se que os megamamíferos pleistocênicos do Nordeste habitaram em um ecossistema não análogo à Caatinga atual; a presença de elementos vegetais atualmente restritos a ambientes mais úmidos e frios, indica a instalação de um corredor de trocas bióticas no passado; registros micropaleontológicos da Caatinga estão em sincronia e corroboram os estudos paleoclimáticos do Nordeste, no Quaternário Tardio. Não obstante, as alterações climáticas do Pleistoceno Tardio não foram responsáveis pelo estabelecimento da vegetação hiperxerófila, fato que ocorreu por volta de 4.900 anos cal. AP. Desta forma, a extinção da megafauna não ocorreu devido à inexistência de vegetação, mas o início do declínio pode ter ocorrido devido à configuração climática, em decorrência do aquecimento gradativo aliado ao aumento da pluviosidade, ao término do Último Máximo Glacial e durante o evento climático H1. / Northeastern Brazil has many deposits with rich fossil record of the Pleistocene megafauna, still to be studied in relation to the habitat and feeding habits of these megamammals. In this way, this work had the objective to describe the environment in which these animals inhabited during the Late Pleistocene; discuss the impact of climatic changes of this period on vegetation and the changes occurring at the base of the trophic chain of megafauna representatives; to verify if there is evidence of human interference in its extinction; and to investigate the existence of biotic corridors that would have connected the Atlantic Forest to the Amazon Forest in times of greater humidity in the Caatinga region. For that, micropaleontological analyses were performed in sediments collected in tanks containing megafauna remains and / or in ephemeral lagoons, in the cities of Afrânio, Buíque and São Bento do Una (Pernambuco state) and in São João do Cariri (Paraíba state) also in dental calculus of these animals. Sediments approximately 34,935 yrs cal. BP collected from São Bento do Una, revealed the presence of elements of wet and cold forest, discontinuously approximately 19,000 yrs cal. BP, coinciding with H3 and H2 climatic events. With the warming of the late Pleistocene, the elements indicative of cold weather disappeared from the registry, remaining some representatives of the Amazon and Atlantic Forest. The other core samples covered the late Pleistocene, up to the Holocene. In general, the humidity remains, with the maintenance of a rainforest up to 6,000 yrs cal. BP, when the dry season begins and the posterior Caatinga implantation after 4,900 yrs cal. BP, being this drought phase marked by the loss of the pollen signal, due to hiatus in Buíque. The return of humidity, about 2,000 yrs cal. BP, was characterized by torrential rains. Signs of human intervention were noted through the identification of palms from 9,000 yrs cal. BP, as well as the presence of elements introduced after colonization. The analyses performed in dental calculus revealed the presence of vegetal elements characteristic of wet and cold forest, with predominance of C3 photosynthetic cycle. In sum, it is concluded that the Pleistocene megamammals of the northeast inhabited an ecosystem not analogous to the current Caatinga; the presence of plant elements currently restricted to more wet and cold environments, indicates the installation of a corridor of biotic exchanges in the past; micropaleontological records of the Caatinga are in synchrony and corroborate the paleoclimatic studies of the Northeast in the Late Quaternary. Nevertheless, climatic changes of Late Pleistocene were not responsible for the establishment of hyperxerophilic vegetation, a fact that occurred around 4,900 yrs cal. BP. Thus, the extinction of the megafauna did not occur due to the lack of vegetation, but the beginning of the decline may have occurred as a result of the climatic configuration, due to the gradual warming associated with the increase of rainfall, at the end of the Last Glacial Maximum and during the climatic event H1.
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\"História ecológica da floresta de Araucária durante o Quaternário Tardio no setor sul da serra da Mantiqueira: análises sedimentológicas e palinológicas na região de Monte Verde (MG)\" / \"Ecological history of the Araucaria forest during the late Quaternary: sedimentological and palinological results from the Monte Verde region, Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brazil\"Siqueira, Eliane de 11 December 2006 (has links)
A baixa temperatura média anual (< 18ºC), a localização em zona de altitude elevada (> 1500 m) e a diversidade florística, bem representativa da parte sul da serra da Mantiqueira, tornam a região de Monte Verde (município de Camanducaia, sudeste do Estado de Minas Gerais), propícia para a investigação de mudanças climáticas ocorridas no Quaternário tardio, meta desta Dissertação. Para buscar esta meta, propõe-se como objetivo a análise e descrição da sucessão paleoflorística, integrada ao aporte sedimentar e às condições geoquímicas de deposição nesta região, com base de dados palinológicos, sedimentológicos (granulometria, concentração de matéria orgânica e teor e tipos de minerais pesados) e geocronológicos (datações 14C por espectrometria de aceleração de massa). A área amostrada foi a margem esquerda do Córrego dos Cadetes, afluente do rio Jaguari. Trata-se de um vale fluvial encaixado em alvéolo de relevo acidentado, onde se coletou testemunho raso (2,10m) contínuo, com equipamento vibrocorer (vibro-amostrador). Os depósitos sedimentares tertemunhados são argilo-arenosos orgânicos e turfosos. Sua análise sedimentológica demonstra a ocorrência de variações graduais e cíclicas relacionadas a mudanças no balanço entre aporte sedimentar terrígeno e biodretítico e/ou orgânico, controlado por alterações no tipo de processo deposicional, e, por extensão, na cobertura vegetal, esta possivelmente influenciada por oscilações climáticas do Quaternário Tardio. As cinco datações obtidas ficaram compreendidas no intervalo entre 20830-20370 anos 14C cal A.P. (100 cm de profundidade) e 2350?2150 anos 14C cal A.P. (10 cm). Os dados palinológicos permitem interpretar que durante todo esse período a região foi dominada por floresta, principalmente com a presença de Araucaria angustifolia, sob clima predominantemente frio e úmido, porém com possíveis oscilações de umidade. Para efeito de inferências paleoclimáticas, quatro fases principais foram identificadas, expressas a seguir em idades extrapoladas. A primeira fase corresponde ao intervalo de 17000 a 15000 anos A.P., no qual há oscilação da cobertura vegetal e aumento de erosão nas encostas, sob clima frio e úmido. Na segunda fase, de 15000 a 9000 anos A.P., detectou-se aumento de umidade acompanhado da redução do aporte trativo. A terceira fase, correspondente ao intervalo de 9000 a 8000 anos A.P., registra decréscimo na umidade e aumento da taxa de sedimentação. Nos últimos 8000 anos A.P., ocorre a manutenção da floresta de Araucaria em condições climáticas frias e úmidas. / Low annual average temperature (< 18ºC), the localization in a zone of high altitude (> 1500 m) and high floristic diversity, representative of the southern part of the Serra da Mantiqueira highlands, turn the Monte Verde region (city of Camanducaia, Southeast of the State of Minas Gerais), propitious for the inquiry of Late Quaternary climatic changes, the aim of this dissertation. The objective of the study is to analyze and describe the paleofloristic succession based on palynology, integrated with sedimentological (grain size and heavy mineral analysis), geochemical (quantification of organic matter) and geochronological (14C AMS dating) data. The sampled area is located at the left margin of the Cadetes stream, a tributary of the Jaguari River. A 2.10 m long sediment core was collected on the fluvial valley with a vibrocore equipment. The sandy-clay sediments show a high organic content and are similar in appearance to peatbog deposits. The sedimentological analysis demonstrate the occurrence of gradual and cyclic variations related to the change in incoming of terrigenous biodetrital/organic sediments, controlled by alterations in the type of depositional process, and, therefore, possibly by the vegetation cover. All these changes were possibly influenced by climatic oscillations of the Late Quaternary. The five 14C AMS dates obtained encompass the period between 20830-20370 14C cal. A.P. (100 cm of depth) and 2,350-2,150 years 14C cal. A.P. (10 cm). The palynological results indicate that in the last 20,000 years the landscape was characterized by Araucaria angustifolia forest under predominantly cold and humid climates, with minor oscillations of humidity. Four pollen phases had been identified, with extrapolated ages for paleoclimatic inferences. The first one corresponds to the interval between 17,000 and 15,000 years A.P. with oscillation of the forest cover under cold and humid climate. Between 15,000 and 9,000 years A.P., there is an increase of humidity and reduction of tractive sedimentary supply. The third interval corresponds to the period between 9,000 and 8,000 years A.P. with a decrease in humidity and increase of the sedimentation rate. In the last 8,000 years A.P. Araucaria forest was maintained under cold and humid climatic conditions, as it did during the Late Pleistocene.
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Dinâmica dos Espodossolos, da vegetação e do clima durante o Quaternário tardio na região nordeste do estado do Espírito Santo / Late Quaternary dynamics of Spodosols, vegetation and climate at the northeastern region of Espírito Santo stateBuso Junior, Antonio Alvaro 08 May 2015 (has links)
Esse trabalho, realizado na região nordeste do estado do Espírito Santo, é dividido em duas partes. A primeira envolve a caracterização da precipitação polínica moderna da vegetação de mata de tabuleiros e de duas fisionomias de vegetação de muçununga. A segunda consiste na reconstrução paleoambiental no Quaternário tardio, com base em estudo interdisciplinar aplicado a Espodossolos e sedimento lacustre. A caracterização da precipitação polínica moderna mostrou que a mata de tabuleiros é marcada por maiores taxas de acumulação polínica, maiores frequências de Urticaceae/Moraceae e presença de táxons raros, tais como Glycydendron, Rinorea, Hydrogaster, Virola e outros. A vegetação da muçununga arborizada foi caracterizada por taxa de acumulação polínica intermediária, altas frequências de Byrsonima, e frequências mais elevadas de Araliaceae, Doliocarpus e Lundia. A vegetação de muçununga campestre é caracterizada por menores taxas de acumulação polínica e maiores frequências de Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae. A comparação desses resultados com amostra superficial de sedimento lacustre mostrou que em amostras sedimentares o sinal polínico de mata de tabuleiros pode ser mascarado pela alta frequência de espécies semi-aquáticas das famílias Poaceae e Cyperaceae, e por altas frequências de espécies pioneiras, tais como Cecropia. O estudo de reconstrução do paleoambiente permitiu a elaboração de um modelo para a evolução das manchas de Espodossolo da região, as quais sustentam as diferentes fisionomias da vegetação de muçununga. Segundo esse modelo, essas manchas seriam originárias da transformação do Argissolo devido a fatores relacionados ao relevo e a paleoclimas mais úmidos. Entretanto, não é possível descartar a possibilidade de que algumas manchas de Espodossolo tenham se originado em sedimentos intrinsecamente arenosos relacionados ao Pós-Barreiras. O estudo também permitiu inferir flutuações do paleoclima durante o Quaternário tardio. Um clima mais úmido no intervalo aproximado de 31000-23000 anos cal. AP, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, é inferido com base no início do processo de podsolização e no desenvolvimento de algumas das atuais manchas de Espodossolo. O intervalo seguinte, aproximadamente entre 23000-8000 anos cal. AP, é inferido como menos úmido que o anterior, com base na expansão pontual de plantas C4 observada na matéria-orgânica do solo, e na ausência do sinal polínico de mata de tabuleiros entre 11000-8000 anos cal. AP no sedimento lacustre. O último intervalo, entre cerca de 7000 anos cal. AP até hoje, é inferido como mais úmido, com base no início do registro polínico em área de Espodossolo alagado e formação de horizonte B espódico secundário, e também na expansão das matas de tabuleiros observada no sinal polínico do sedimento lacustre. O registro polínico sedimentar mostra a presença de táxons com distribuição disjunta entre os biomas Amazônia e Mata Atlântica desde cerca de 8500 anos cal. AP. O registro polínico, a matéria-orgânica sedimentar e a matéria-orgânica dos solos não mostram indícios de expansão de campos e savanas com predomínio de plantas C4 durante os últimos 17000 anos cal. AP, o que pode indicar que a região pode ter sido um refúgio florestal durante os períodos menos úmidos do Pleistoceno tardio e do Holoceno / This study was carried out at the northeastern region of the Espírito Santo State, Brazil. It is organized in two main parts. The first one is related to the characterization of the modern pollen rain of the \"tabuleiros\" forest vegetation and of two distinct physiognomies of mussununga vegetation. The second part consists of the late Quaternary paleoenvironment reconstruction, based on interdisciplinary study applied in Spodosols and lake sediment. The modern pollen rain of the \"tabuleiros\" forest is characterized by the highest pollen accumulation rates, highest frequencies of Urticaceae/Moraceae, and the presence of less frequent and rare taxa as Glycydendron, Rinorea, Hydrogaster, Virola, and others. The wooded mussununga vegetation is characterized by intermediate pollen accumulation rates, high frequencies of Byrsonima, and high frequencies of Araliaceae, Doliocarpus and Lundia when compared with the other vegetation types. The grassland mussununga vegetation is characterized by the lowest pollen accumulation rates, and the highest frequencies of Poaceae, Cyperaceae and Asteraceae. The comparison of these results with the pollen assemblage from lake sediment surface sample shows that in sediment samples the \"tabuleiros\" forest signal may be masked by high frequencies of semi aquatic herbs, mainly Poaceae and Cyperaceae, and pioneer species, especially Cecropia. The paleoenvironment reconstruction study allowed the development of a model for the evolution of Spodosol spots in the region, which sustain the distinct physiognomies of the mussununga vegetation. According to this model, these Spodosol spots originate from the transformation of the Ultisol due to factors related to the relief and more humid paleoclimate events. However, some of these Spodosol spots may have evolved on intrinsically sandy Post-Barreiras sediments. The paleoenvironment study also allowed some inferences about late Quaternary climate fluctuations. Based on the beginning of the podsolization process and on the evolution of some Spodosol spots, the climate during the interval from ~31,000-23,000 cal yr BP may have been humid, without dry period along the year. The next interval, from ~23,000 to 8000 cal yr BP is inferred less humid than the previous one, based on the spatially restricted expansion of C4 plants, observed in the soil organic matter, and on the absence of the \"tabuleiros\" forest pollen signal, from ~11,000 to 8000 cal yr BP, in the lake sediment. The climate of the last interval, from ~7000 yr cal BP to the present, is inferred more humid than the previous one, based on the beginning of the pollen record in a flooded Spodosol site, and on the expansion of the \"tabuleiros\" forest in the pollen record of the lake sediment. Geographically disjunct taxa between Amazonia and Atlantic Forest biomes are present in the pollen record from the lake sediment since ~8500 cal yr BP to the present. Pollen records, and sediment and soil organic matter do not show the expansion of grasslands or savannas dominated by C4 plants during the last 17,000 cal yr BP, which may indicate that the region probably was a forest refuge during the less humid intervals of late Pleistocene and Holocene
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Reconstituição paleoambiental com base em palinomorfos do quaternário do baixo Vale do Rio Doce, ES, BrasilFerrazzo, Mariana January 2008 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-02T22:44:12Z
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Previous issue date: 2008 / Nenhuma / O Quaternário, que envolve aproximadamente, os últimos dois milhões e seiscentos mil de anos de história da Terra, é marcado por freqüentes e intensas alterações do clima global, repercutindo em profundas mudanças de ordem ambiental. Essas mudanças estão refletidas tanto no registro geológico quanto no registro biológico. Através da Palinologia, ciência que estuda a morfologia dos grãos de pólen, esporos e outros microfósseis, genericamente chamados de palinomorfos, é possível identificar as variações ambientais ao longo de intervalos de tempo, marcadas no registro fóssil. O presente estudo objetiva elaborar um modelo paleoambiental da região do delta do rio Doce, através da análise palinológica de sedimentos do Pleistoceno tardio e Holoceno. Os sedimentos em estudo foram amostrados de quatro furos de sondagem perfurados na região do delta do rio Doce. As 66 amostras selecionadas foram acetolizadas no laboratório de Palinologia da ULBRA, no campus de Canoas/RS. Os palinomorfos foram quantificados e os resultados plotados em um aplicativo. Os diagramas polínicos gerados representam a abundância dos diferentes grupos de palinomorfos ao longo do tempo. A interpretação desses dados sugere que os eventos climáticos que ocorreram durante o Quaternário não sobrepujaram os fatores locais, como o solo arenoso e a salinidade, a ponto de provocar grandes mudanças florísticas. Durante esse período predominaram campos úmidos com vegetação aberta. Os elementos de mata Atlântica e de floresta semidecídua se desenvolveram em locais afastados dos pontos de coleta. Durante o Pleistoceno, entre 40.000 e 50.000 anos antes do presente (A.P.) o mar esteve acima dos níveis eustáticos propostos para o período no local.
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Palinoestratigrafia do turoniano da área de Laranjeiras, na Bacia de Sergipe : inferências paleoambientais e paleoclimáticasSantos, Paulo Roberto Silva January 2009 (has links)
O registro geológico correspondente à passagem do Cenomaniano ao Turoniano é reconhecido mundialmente por documentar o mais importante fenômeno eustático de elevação do nível dos mares no Cretáceo. Associado a este, ocorreu um evento anóxico oceânico de natureza global, com importantes implicações econômicas na formação de extensos depósitos pelíticos ricos em matéria orgânica e potencialmente geradores de hidrocarbonetos. No Brasil este intervalo é encontrado predominantemente em sub-superfície, em poços de petróleo terrestres e marítimos. A melhor exposição desta seção se encontra na pedreira Votorantim, no município de Laranjeiras, Estado de Sergipe. Através de análises palinológicas semiquantitativas realizadas em testemunhos e exposições de rocha recuperadas pela atividade da mineração, é proposto neste trabalho um arcabouço palinoestratigráfico para a seção estudada, integrando-se ainda dados paleoecológicos que suportaram uma interpretação estratigráfica segundo a metodologia da Estratigrafia de sequências. / The Cenomanian –Turonian boundary is worldwide recognized as the most important eustatic event of the sea level rise in the Cretaceus, correlated with a global oceanic anoxic event, which induced the widespread formation of organic and rich pelitic deposits from the potential source rocks of hydrocarbon. In Brazil this section is predominantly found in the subsurface, onshore and offshore oil wells. One of the best outcrops of this interval is found in the Votorantim/CIMESA Quarry, in Laranjeiras, State of Sergipe, Brazil. Through a semiquantitative palynological study, based on mining cores drilled in the quarry, a palynostratigraphic framework is proposed for the studied section, integrated with additional paleoecological inferences and interpretations based on the Sequence stratigraphy methodology.
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Análise palinoestratigráfica de depósitos permianos da Bacia do Paraná no sul do estado do Rio Grande do Sul, Brasil : uma nova proposta bioestratigráficaMori, Ana Luisa Outa January 2010 (has links)
As análises palinológicas desenvolvidas no Estado do Rio Grande do Sul estiveram, em sua maioria, relacionadas ao estudo das jazidas de carvão, resultando no reconhecimento de associações palinológicas vinculadas estreitamente às paleoturfeiras. Como resultado, o conhecimento das demais associações palinológicas permianas é menos detalhado, com efeito na compartimentação palinobioestratigráfica da Bacia do Paraná, tornando-se necessário aprimorar os limites das biozonas estabelecidas e compreender o melhor significado da sucessão bioestratigráfica. Esta tese compreende a análise palinológica dos poços HN-05-RS e HN-25-RS e de um afloramento localizados na região de Candiota – Hulha Negra, sul do Rio Grande do Sul. Um total de oito amostras foi coletado no afloramento (formações Rio Bonito e Palermo), enquanto 114 são referentes a amostras de subsuperfície, envolvendo o intervalo entre o Subgrupo Itararé à Formação Rio do Rasto. A análise palinológica permitiu a identificação de 143 espécies, incluindo esporos (64), grãos de pólen (67) e elementos microplanctônicos (12). As características qualitativas e quantitativas das associações recuperadas nos dois poços permitiram a proposição de três zonas de associação, designadas como: (i) Zona Granulatisporites austroamericanus – Vittatina saccata (GV), ocorrente entre o Subgrupo Itararé e topo da Formação Rio Bonito; (ii) Zona Lundbladispora braziliensis – Weylandites lucifer (LW), entre o topo da Formação Rio Bonito/base da Formação Palermo à porção média desta última; e (iii) Zona Thymospora thiesseni – Lueckisporites virkkiae (TL), entre a porção média da Formação Palermo à base da Formação Rio do Rasto. As distribuições dos táxons em cada uma dessas unidades são distintas das amplitudes apresentadas para a Bacia do Paraná em território brasileiro e encontram maiores similaridades com o zoneamento do norte do território uruguaio, de idades coevas. Na Bacia do Paraná, as zonas GV e LW são correlatas, grosso modo, à Zona V. costabilis, enquanto a Zona TL é correspondente à Zona L. virkkiae, ainda que divergências nos táxons tenham sido observadas. Por outro lado, as zonas GV, LW e TL são muito semelhantes às zonas estabelecidas no Uruguai, Cristatisporites inconstans – Vittatina subsaccata, de Intervalo de Lundbladispora e Striatoabieites anaverrucosus – Staurosaccites cordubensis, respectivamente, ainda inéditas. Adicionalmente, uma nova idade radiométrica foi obtida para a Formação Rio Bonito no afloramento estudado, onde foram reconhecidas as zonas de idade permiana V. costabilis (níveis C1 a C3, relativos ao topo da Formação iii Rio Bonito) e L. virrkiae (C4 a C8, correspondentes ao topo da Formação Rio Bonito à base da Formação Palermo). A idade de 281,4 ± 3,4 Ma é interpretada como a base da Zona Lueckisporites ou topo da Zona GV, conforme o conteúdo palinológico nas camadas acima e abaixo do nível de tonstein utilizado na datação. Ao confrontar esta datação absoluta com outras selecionadas para a bacia, o posicionamento das biozonas é proposto como segue: (i) Zona Granulatisporites austroamericanus – Vittatina saccata, entre o Asseliano à porção média do Artinskiano; (ii) Zona Lundbladispora braziliensis – Weylandites lucifer, Artinskiano Médio; e (iii) Zona Thymospora thiesseni – Lueckisporites virkkiae, datada como Artinskiano Médio/Superior ao Wordiano. / Mostly of the palynological analysis carried out in Rio Grande do Sul State is related to the study of the coal seams, which resulted in the recognition of palynological associations closely linked to swampy paleoenvironments. As result, other Permian palynogical associations are poorly defined, affecting the palynostratigraphic scheme developed to the Paraná Basin, which implies in necessities on improvement of the limits of those biozones and the better understanding on the meaning of the biostratigraphical succession. This thesis involves palynological studies on the HN-05-RS and HN-25-RS boreholes and one outcrop all located in Candiota – Hulha Negra region, southern Rio Grande do Sul. Eight samples was collected in the ouctcrop (corresponding to Rio Bonito and Palermo formations), while 114 samples corresponds to subsurface, related to the interval between the Itararé Subgroup and Rio do Rasto Formation. The palynological analysis allowed the recognition of 143 species among spores (64), pollen grains (67) and microplanktonic elements (12). The quantitative and qualitative aspects of the recovered associations in the boreholes enable the proposition of three association biozones, designated as: (i) Granulatisporites austroamericanus - Vittatina saccata Zone (GV), occurring between the Itararé Subgroup and topmost deposits of the Rio Bonito Formation, (ii) Lundbladispora braziliensis - Weylandites lucifer Zone (LW), from the top of Rio Bonito/base of the Palermo Formation to the middle portion of this last unit, and (iii) Thymospora thiesseni - Lueckisporites virkkiae Zone (TL), which occurs between the middle portion of Palermo-Formation to the base of Rio do Rasto Formation. The distribution of some taxa in each of these units are distinct from the know ranges presented to the Paraná Basin in the brazilian portion, and record more similarities with the biozone of northern Uruguay, of coeval ages. In the Paraná Basin, the GV and LW zones are roughly correlated to Zone V. costabilis, while the TL Zone corresponds to the L. virkkiae Zone, although differences in the taxa have been observed. Otherwise, the GV, LW and TL zones are very similar to the Uruguayan biozones, such as Cristatisporites inconstans - Vittatina subsaccata, Interval of Lundbladispora and Striatoabieites anaverrucosus - Staurosaccites cordubensis, respectively, although these are still unpublished. Moreover, a new radiometric age was obtained for the Rio Bonito Formation in the outcrop studied, in which was recognized the Permian biozones V. costabilis Zone ( C1-C3 levels, related to the topmost deposits of the Rio Bonito Formation) and L. virkkiae Zone (C4-C8 levels, between the topmost v Rio Bonito Formation and basal portion of the Palermo Formation). The age of 281.4 ± 3.4 Ma is interpreted as the base of Lueckisporites Zone or top of the GV Zone, according to the palynogical content related to the nearest layers of the tonstein used on the dating. Comparing this new absolute age with other selected datings for the basin, the positioning of biozones is proposed as follows: (i) Granulatisporites austroamericanus - Vittatina saccata Zone between the Middle Asselian to the Artinskian, (ii) Lundbladispora braziliensis - Weylandites lucifer Zone, Middle Artinskian, and (iii) Thymospora thiessen - Lueckisporites virkkiae Zone as Middle/Upper Artinskian to Wordian.
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Efeito da nutrição e manejo de colheita de apitoxina no desenvolvimento de glândulas hipofaringeanas em abelhas Apis mellifera L.Bovi, Thaís de Souza January 2017 (has links)
Orientador: Ricardo de Oliveira Orsi / Resumo: As glândulas hipofaringeanas das abelhas Apis mellifera L. possuem diversas funções importantes para o desenvolvimento das colônias, sendo a mais importante delas a produção da fase proteica da geleia real, a qual é o ponto de partida das diferentes rotas de desenvolvimento das abelhas. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivos estudar possíveis variáveis que possam afetar, ao longo do tempo, a morfologia das glândulas hipofaringeanas (área e número de seus ácinos). Em vista disso, no Capítulo II, foram investigados se os nutrientes e origem botânica do pólen podem afetar o desenvolvimento das glândulas hipofaringeanas ao longo das estações do ano. A qualidade deste recurso floral é determinante para o crescimento das glândulas hipofaringeanas em abelhas operárias e, cada tipo polínico oferece aporte nutricional específico, o qual pode variar de acordo com a origem botânica dos vegetais estações do ano. Dessa maneira, foi realizado estudo morfológico das glândulas hipofaringeanas de abelhas com seis dias de idade ao longo de um ano. O “pão de abelhas” foi colhido durante um ano e, foram feitas análises de proteína total, cinzas, flavonoides totais, compostos fenólicos e análises palinológicas. Verificou-se que a GH teve maior área e número de ácinos na estação do verão (P < 0,05). O teor de proteína bruta e cinzas não mostraram variações ao longo do ano. O teor de flavonoides totais do pólen foi maior no verão (P < 0,05). Foram identificados três grupos de compostos... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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História das paisagens florestais mésicas dentro da diagonal de formações abertas : contribuições de paleomodelagem, filogeografia de espécies associadas e de conservaçãoLedo, Roger Maia Dias 29 February 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2016. / Texto liberado parcialmente pelo autor. Conteúdo restrito: Introdução Geral e Capítulo 3. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-18T18:20:20Z
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2016_RogerMaiaDiasLedo_Parcial.pdf: 8207784 bytes, checksum: b262052fea0d831e46f3680037e05ffb (MD5) / A Amazônia e a Floresta Atlântica estão entre as florestas tropicais mais ricas do mundo. Entre elas há um corredor de vegetações mais abertas formado pela Caatinga, Cerrado e Chaco, considerado obstáculo para o trânsito de espécies florestais. Contudo, distribuições disjuntas de vários taxons ocorrendo tanto na Amazônia quanto na Floresta Atlântica sugerem eventos passados de conexões entre os dois biomas. Diversas rotas foram propostas na literatura, podendo ser resumidamente classificadas em rotas através do nordeste do Brasil, conectando o leste da Amazônia e o norte da Floresta Atlântica] e rotas que conectam o oeste da Amazônia e o sudeste da Floresta Atlântica. Das diversas rotas propostas na literatura, a ponte SEDNW foi considerada contínua ou quaseDcontínua por Por (1992). OliveiraDFilho e Ratter (1995) ainda sugerem a ocorrência de uma rota de intercâmbio biótico através do Cerrado, entretanto esta se apresenta como a rota menos estudos na literatura. Apesar de avanços sobre o tema, perguntas básicas sobre quando as rotas ocorreram, por onde passaram, com que frequência ocorreram e sobre quais condições climáticas existiram permanecem contenciosas. Estudos com modelagem de nicho para o nível ecossistêmico são interessantes alternativas, se associadas com estudos independentes (ex. palinologia e dados moleculares). Filogeografia também é uma disciplina bastante indicada para se estudar a dinâmica de conexão entre a Amazônia e Floresta Atlântica, dado seu poder explanatório acerca da influência de eventos históricos do Terciário e Quaternário na estruturação de padrões demográficos da linhagem de diversos organismos. Esses tipos de estudo ainda são considerados urgentes frente à destruição de habitats naturais, muitas vezes amparadas por uma falsa ideia de conservação ambiental presente nos textos legais nacionais, mas sem base científica, como o caso do novo código florestal brasileiro. Com base nisso, o presente estudo está dividido em três abordagens (três capítulos). Para o primeiro capítulo revisitamos as conexões antigas entre a Amazônia e a Floresta Atlântica por meio de modelagem de nicho ecológico e dados paleobiológicos (paleopalinologia e cronologia de espeleotemas) e evidencias moleculares disponíveis na literatura. Além disso, este estudo testou a hipótese de Por (1992) sobre a rota SEDNW sendo a mais importante em termos de frequência e
duração. Para o segundo capítulo, estudamos especificamente questões acerca da rota proposta por OliveiraDFilho e Ratter (1995) através do Brasil Central, a rota menos estudada na literatura até o presente momento. Para isso, realizamos a filogeografia de Colobosaura modesta, um lagarto típico de regiões florestadas no Cerrado, mas também distribuído na margem leste da Amazônia, brejos de altitude nordestinos e em áreas isoladas na Mata Atlântica. Por fim, para o terceiro capítulo avaliamos a eficiência do código florestal na conservação de espécies de lagartos em matas de galeria, considerando que essa lei traz a falsa impressão de conservação.
_______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Amazon and the Atlantic Forest are among the richest tropical forests in the world. Among them there is a more open vegetation corridor formed by the Caatinga, Cerrado and Chaco, considered obstacle for the transit of forest species. However, the disjunct distribution of several taxa occurring both in the Amazon and in the Atlantic Forest suggests past events connections between the two biomes. Several routes have been proposed in the literature and may be briefly classified into routes through the northeastern Brazil, connecting the eastern Amazon and northern Atlantic Forest] and routes connecting the western Amazon and the Southeast Atlantic Forest. Ammong the various routes proposed in the literature, the SEDNW bridge was considered continuous or quasiDcontinuous by Por (1992). OliveiraDFilho and Ratter (1995) also conceived a route of biotic exchange passing through the Cerrado, however it is presented as the route with less studies in the literature. Moreover, despite advances on this subject, basic questions about when the routes occurred, passed by, how often occurred and under what weather conditions existed remain contentious. Studies with niche modeling to the ecosystem level are interesting alternatives in answering this questions, if associated with independent studies (eg. Palinology and molecular data). Phylogeography is also a well suited discipline to study past connection events between the Amazon and Atlantic Forest, given its explanatory power related to the influence of Tertiary and Quaternary historical events in shaping demographic patterns of the lineage of several organisms. These types of studies are still considered extremely necessary given the expressive destruction of natural habitats, often supported by a false idea of environmental conservation, presented in national legal texts but without scientific basis, as the case of the new Brazilian forest code. Based on this, the present study is divided into three approaches (three chapters). In the first chapter we revisited old connections between the Amazon and the Atlantic Forest through ecological niche modeling and palaeobiological data (paleopalinology and speleothem chronology), and molecular evidence available in the literature. In addition, we also tested the hypothesis of Por (1992) which consider the NWDSE route as the most important in terms of frequency and duration in this study. For the second chapter, we accessed questions about the route proposed by OliveiraDFilho and Ratter (1995) through the Central Brazil, the least studied route in the literature to date. Specifically, we performed the phylogeography of Colobosaura modesta, a typical lizard of forested habitats in the Cerrado, but also distributed on the eastern Amazon, in the Brazilian “brejosD deDaltitude”, and also in isolated areas in the Atlantic Forest. Finally, for the third chapter we evaluate.
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Estratigrafia e palinologia e depósitos turfosos e alúvio-coluviais quaternários no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e planalto de São Bento do Sul, Santa CatarinaLima, Gisele Leite de January 2010 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T07:13:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
285331.pdf: 5660148 bytes, checksum: caa9090aed343a184179c61dc34b60ac (MD5) / Este trabalho apresenta os resultados da integração da análise estratigráfica e palinológica a partir da análise de cinco sequências sedimentares estudadas no Planalto de São Bento do Sul e no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Tal integração possibilitou o estabelecimento de quadro de evolução ambiental dos planaltos litorâneos de Santa Catarina, a partir do Estágio Isotópico Marinho 5. Esses resultados demonstraram que as mudanças ambientais locais registradas nos sedimentos estudados dessas cinco áreas coincidem com eventos climáticos relacionados ao Pleistoceno Superior e ao Holoceno, incluindo importantes eventos globais e hemisféricos como o Último Máximo Glacial (de 18 a 20 ka), Inversão Fria Antártica, Bølling-Allerød (cerca de 15 ka) e Younger Dryas (de 12,9 a 11,5 ka). O trabalho evidenciou ainda que, depósitos aluviais e alúvio-coluviais apresentam potencial para estudos palinológicos, visando a caracterização paleoambiental e que, apesar desses materiais não serem os mais privilegiados nas pesquisas palinológicas, se esses apresentam determinadas características, podem ser fonte de material palinológico em qualidade e quantidade satisfatória. O estudo dessas áreas, fundamentado na análise estratigráfica e palinológica poderá contribuir para a compreensão das respostas das áreas planálticas do sul do Brasil às mudanças climáticas ocorridas no Quaternário.
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O gênero Pterocaulon Ell. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul: aspectos taxônomicos, palinológicos e fitoquímicosLima, Luis Fernando Paiva January 2006 (has links)
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