Spelling suggestions: "subject:"papel doo profissional dde enfermagem"" "subject:"papel doo profissional dee enfermagem""
31 |
Formação do técnico de enfermagem no desenvolvimento de competências para implementar a sistematização da assistência de enfermagemCruz, Andréa de Mello Pereira da January 2008 (has links)
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), utilizada no estudo com o mesmo significado de Processo de Enfermagem, é uma metodologia que orienta as ações de cuidado por meio de etapas sistematizadas e inter-relacionadas. No contexto atual, muitas pesquisas são realizadas, considerando a perspectiva do enfermeiro, que é o profissional responsável por sua implantação, planejamento, organização, execução e avaliação. Contudo, na realidade brasileira, a SAE é implementada com a participação de toda equipe de enfermagem. Assim, os profissionais envolvidos com a SAE necessitam desenvolver competências para sua implementação. Este estudo teve como objetivo conhecer na perspectiva de técnicos de enfermagem, as competências desenvolvidas na sua formação para implementar a SAE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória e descritiva. A coleta dos dados foi desenvolvida por meio da realização do grupo focal com técnicos de enfermagem do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HC). A análise das informações foi realizada através da análise de conteúdo proposta por Bardin. Na análise das informações, emergiram duas categorias temáticas, “A participação do técnico de enfermagem na SAE” e “As competências na formação do técnico de enfermagem” e cada uma delas com duas sub-categorias, “Concepção da SAE” e “(Des) Valorização da SAE”; “Competência técnico-cientifica” e “Competência na relação interpessoal”, respectivamente. Os depoimentos revelaram conhecimento limitado dos sujeitos sobre a metodologia e reconhecimento e valorização distinta entre os mesmos. Neste sentido, a análise sugere que os sujeitos consideram importante a realização de práticas educativas para sua capacitação no exercício profissional. Em relação às competências que contribuem com a implementação da SAE, os depoimentos evidenciaram a competência técnico-cientifica e na relação interpessoal, sendo que as participantes enfatizam a dimensão da técnica e da experiência na competência técnico-cientifica e o trabalho em equipe e a comunicação na competência da relação interpessoal. Este estudo permite concluir o quanto é significativo instituir espaços para escuta da equipe de enfermagem que promovam sua interação, possibilitando a construção coletiva dos conhecimentos pertinentes aos seus processos de trabalho. / Nursing care systematization (NCS), which is synonymous with nursing process herein, is a method that guides healthcare decisions by way of systematic and interrelated steps. Currently, there have been several studies based on the perspective of nurses, who are in charge of implementing, planning, organizing, carrying out and evaluating the process. However, In Brazil, the whole nursing staff becomes involved in the implementation of NCS. Therefore, these professionals need to develop competences for NCS implementation. The aim of the present study was to identify the competences developed in the qualification of nursing technicians for NCS implementation. This is a qualitative study that uses an exploratory and descriptive approach. The data were collected by a focal group comprising nursing technicians from Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. The information was assessed according to Bardin’s content analysis. Two thematic categories arose from the analysis, “Participation of the nursing technician in NCS” and “The competences required for the nursing technician’s qualification,” each of which was subdivided into “Conception of NCS” and “(De)Valuation of NCS;” and “Technical and scientific competence” and “Competence in interpersonal relationships”, respectively. Nursing professionals stated that their knowledge about the methodology is limited and that both the recognition and valuation of the methodology differ among them. Therefore, it is suggested that the subjects involved acknowledge the importance of educational practices that can qualify them for their professional activities. With regard to the competences that contribute to NCS implementation, the subjects mentioned technical and scientific competence and competence in interpersonal relationships, and also underscored the important role of technical knowledge and experience in technical and scientific competence, and of teamwork and communication in interpersonal relationship. n conclusion, it is crucial that the nursing staff be given opportunities to be heard, whereby interaction can be enhanced, thus enabling the collective construction of knowledge about their work processes. / La Sistematización de la Asistencia de Enfermería (SAE), utilizada en el estudio con el mismo significado de Proceso de Enfermería, es una metodología que orienta las acciones de cuidado mediante etapas sistematizadas e interrelacionadas. En el contexto actual, muchas investigaciones son realizadas, considerando la perspectiva del enfermero, que es el profesional responsable por su implantación, planificación, organización, ejecución y evaluación. Sin embargo, en la realidad brasileña, SAE es implementada con la participación de todo el equipo de enfermería. De ese modo, los profesionales implicados en la SAE necesitan desarrollar competencias para su implementación. Este estudio tuvo por objetivo conocer, en la perspectiva del técnico en enfermería, las competencias desarrolladas en su formación para implementar la SAE. Se trata de una investigación cualitativa del tipo exploratoria y descriptiva. La recolección de los datos fue desarrollada mediante la realización del grupo focal con técnicos en enfermería del Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). El análisis de las informaciones fue realizada mediante análisis de contenido propuesta por Bardin. En el análisis de las informaciones, surgieron dos categorías temáticas, “La participación del técnico de enfermería en la SAE” y “Las competencias en la formación del técnico de enfermería” y cada una de ellas con dos subcategorías, “Concepción de la SAE” y “(Des) Valorización de la SAE”; “Competencia técnico-científica” y “Competencia en la relación interpersonal”, respectivamente. Las deposiciones revelaron conocimiento limitado de los sujetos sobre la metodología y reconocimiento y valorización distintos entre ellos. En este sentido, el análisis sugiere que los sujetos consideraron importante la realización de prácticas educativas para su capacitación en el ejercicio profesional. Respecto a las competencias que contribuyen con la implementación de la SAE, las deposiciones evidenciaron la competencia técnico-científica y la competencia en la relación interpersonal, siendo que las participantes enfatizan la dimensión de la técnica y de la experiencia en la competencia técnico-científica y el trabajo en equipo y la comunicación en la competencia de la relación interpersonal. Este estudio permite concluir cuan significativo es instituir espacios para la escucha del equipo de enfermería que promuevan su interacción, posibilitando la construcción colectiva de los conocimientos pertinentes a sus procesos de trabajo.
|
32 |
Prática clínica das enfermeiras na estratégia saúde da família : exercendo a clínica do cuidadoColomé, Isabel Cristina dos Santos January 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar a dimensão assistencial do processo de trabalho de enfermeiras que atuam na Estratégia Saúde da Família, considerando a prática clínica que desenvolvem nesse contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram coletados por meio das técnicas de observação livre por amostragem de tempo e incidente crítico. Os sujeitos foram 26 enfermeiras que atuavam na assistência em unidades de saúde da família. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, do tipo análise temática e resultou em duas categorias temáticas e subcategorias. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS parecer número 22237. A prática clínica das enfermeiras permeia as atividades de assistência que realizam e compõe-se de ações curativas, educativas, preventivas, de recuperação e promoção da saúde. Essa prática ocorre em um processo de trabalho voltado para o atendimento de usuários de diversas faixas etárias, que apresentam necessidades e/ou problemas de saúde variados e complexos, resultantes de situações clínicas e sociais próprias da sua dinâmica de vida. A prática clínica da enfermeira na saúde da família se caracteriza pela clínica do cuidado, ou seja, uma clínica própria, capaz de promover a ampliação do objeto de intervenção para além da lógica clínica biológica e curativa. Os componentes da clínica do cuidado da enfermeira expressam a forma com que define o seu objeto de trabalho e o saber/fazer que utiliza para isso, são eles: mobilização de conhecimentos; habilidade de comunicação - escuta; criação de vínculos de confiança. O desenvolvimento da clínica do cuidado faz com que a enfermeira seja a profissional de referência para os usuários na unidade. No cotidiano, a partir da mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências vivenciadas, as enfermeiras constroem o saber operante, ou seja, um saber/fazer específico do seu núcleo profissional. O saber operante permite a avaliação/julgamento das situações e a tomada de decisão, visando satisfazer necessidades físicas, mentais, emocionais e sociais dos usuários e famílias de forma integral, exigindo um processo de aprendizagem contínua. As enfermeiras encontram dificuldades no desenvolvimento de sua prática clínica, quando não conseguem alcançar os resultados traçados para o cuidado. No entanto, também encontram potencialidades que geram motivação, estando relacionadas a sua capacidade de minimizar o sofrimento do usuário e/ou família, realizar uma ação resolutiva e receber o reconhecimento dos usuários, familiares ou outros profissionais. Os resultados mostram que as enfermeiras desenvolvem a clínica do cuidado, na medida em que organizam o seu conhecimento clínico sobre o indivíduo e a família, a comunidade e o sistema de saúde; promovem a valorização dos momentos de fala e escuta; buscam a promoção da saúde e desenvolvem uma clínica voltada para o sujeito, não desprezando a doença, mas deslocando o foco da cura para ter como finalidade primordial o cuidar. / This study aims at analyzing the care dimension regarding the working process of nurses who perform in the Family Health Strategy by considering the clinical practice they carry out within such context. It is a qualitative study whose data were collected by means of free observation techniques as per time sampling and critical incident. The subjects were 26 nurses who attended in the care center at family health care units. The data analysis followed the technique of content analysis of the thematic analysis type which provided two thematic categories and subcategories. The study received the approval from the Ethics Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul under opinion number 22237. The clinical practice of the nurses permeates their care activities and is composed of healing, educative, preventive, recuperation and health promotion actions. Such practice occurs in a working process addressed to users from several age frames who present needs and/or varied and complex health problems derived from clinical and social circumstances that are peculiar to their life dynamics. The clinical practice of the nurse in the Family Health Strategy is featured by the care clinic, that is, an appropriate clinic able to promote the enlargement of the intervention object beyond the biological and healing clinical logics. The components of the nurse´s care clinic express the way how he/she defines his/her working object and the knowledge and expertise he/she utilizes thereto which are: knowledge mobilization; communication ability – listening; creation of trust bonds. The development of the care clinic makes of the nurse the reference professional for the users in the unit. Upon daily life, from the mediation between scientific knowledge and experiences, nurses construct the operational knowledge, that is, a specific expertise from his/her professional nucleus. The operational knowledge allows the evaluation and judgment of the circumstances besides the decision-making, aiming at satisfying the physical, mental, emotional and social needs of users and families as a whole what requires a continuous learning process. Nurses find difficulties in the development of their clinical practice when they do not succeed into achieving the results they have outlined for the care. However they also find potentialities that generate motivation and are related to their capacity of minimizing the pain of the user and/or family, by performing a resoluteness action and receiving the recognition of users, family members or other professionals. Findings show that nurses develop the care clinic to the extent that they organize their own clinical knowledge about the individual and the family, the community and the health system; they promote the valorization of the speaking and listening moments; they search for health promotion and develop a clinic addressed to the subject and they do not underestimate the disease but they displace the focus from the cure to the care as the primordial target. / Este estudio visa a analizar la dimensión asistencial del proceso de trabajo de enfermeras en la Estrategia Salud de la Familia, considerando la práctica clínica que desenvuelven en ese contexto. Este es un estudio cualitativo cuyos datos fueron recolectados por medio de las técnicas de observación libre por muestreo de tiempo e incidente crítico. Los sujetos fueron 26 enfermeras que actuaban en la asistencia en unidades de salud de la familia. El análisis de los datos siguió la técnica de análisis de contenido, del tipo análisis temático y resultó en dos categorías temáticas y subcategorías. El estudio obtuvo aprobación del Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul según el informe número 22237. La práctica clínica de las enfermeras impregna sus actividades de asistencia y se componen de acciones curativas, educativas, preventivas, de recuperación y promoción de la salud. Esa práctica ocurre en un proceso de trabajo direccionado al atendimiento de usuarios de diversos grupos de edad, que presentan necesidades y/o variados y complejos problemas de salud, resultantes de situaciones clínicas y sociales propias de su dinámica de vida. La práctica clínica de la enfermera en la salud de la familia se caracteriza por la clínica del cuidado, o sea, una clínica propia, capaz de promover la ampliación del objeto de intervención para allá de la lógica clínica biológica y curativa. Los componentes de la clínica del cuidado de la enfermera expresan la forma con que define su objeto de trabajo así como el saber y el hacer que utiliza para eso, es decir: movilización de conocimientos; habilidad de comunicación - escucha; creación de vínculos de confianza. El desenvolvimiento de la clínica del cuidado hace de la enfermera la profesional de referencia para los usuarios en la unidad. En el cotidiano, a partir de la mediación entre los conocimientos científicos y las experiencias vividas, las enfermeras construyen el saber operante, o sea, un saber y un hacer específico de su núcleo profesional. El saber operante permite la evaluación y el juicio de las situaciones y la toma de decisiones, visando a satisfacer necesidades físicas, mentales, emocionales y sociales de los usuarios y familias de forma integral, exigiendo un proceso de aprendizaje continuo. Las enfermeras encuentran dificultades en el desenvolvimiento de su práctica clínica, cuando no logran alcanzar los resultados trazados para el cuidado. Sin embargo, también encuentran potencialidades que generan motivación, relacionadas a su capacidad de minimizar el sufrimiento del usuario y/o familia y de realizar una acción resolutiva y recibir el reconocimiento de los usuarios, familiares o de otros profesionales. Los resultados muestran que las enfermeras desenvuelven la clínica del cuidado al organizar su conocimiento clínico acerca del individuo y de la familia, de la comunidad y del sistema de salud; promueven la valoración de los momentos de habla y escucha; buscan la promoción de la salud y desenvuelven una clínica dedicada al sujeto, no despreciando la enfermedad, pero desplazando el foco de la cura al acto de cuidar como finalidad primordial.
|
33 |
Proatividade do enfermeiro no gerenciamento do cuidadoFerreira, Gimerson Erick January 2013 (has links)
As transformações no cenário contemporâneo da enfermagem têm impulsionado a busca crescente por ações proativas no gerenciamento do cuidado, as quais permitam potencializar o desenvolvimento de melhores práticas. O agir proativo do enfermeiro revela-se elemento propulsor na articulação e na efetividade de ações estratégicas, fato que demanda maior aprofundamento do tema abordado. Assim, foi desenvolvido um estudo descritivoexploratório, qualitativo, com o objetivo de conhecer percepções de enfermeiros acerca do agir proativo no trabalho e das possíveis repercussões deste modo de agir no gerenciamento do cuidado. O projeto foi homologado no Comitê de Ética em Pesquisa do campo de estudo sob o registro 13-0054 com adequações à Resolução 466/12 do CNS – Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2013, por meio da Técnica de Vinhetas com 35 enfermeiros de unidades de internação cirúrgica de um hospital universitário. As informações foram submetidas à análise de conteúdo, resultando nos temas (Re)ação na zona de conforto e liderança: sentidos para a (des)acomodação e Repercussões do fazer/deixar acontecer no gerenciamento do cuidado. A proatividade do enfermeiro foi entendida como uma maneira de sair da zona de conforto e visualizar oportunidades e ações antecipatórias que o permitam fazer acontecer em situações que visem melhorias para o cuidado. Essa condição demonstrou a necessidade do enfermeiro agir por antecipação, orientando-se para a mudança e sendo propositivo ao planejar e organizar suas ações com vistas a potencializar as articulações que desenvolve. Em contrapartida, o modo não proativo de agir foi considerado atitude incongruente ao enfermeiro que gerencia o cuidado, visto que a complexidade do seu trabalho demanda posicionamento centrado em práticas de excelência. Houve destaque às associações feitas entre proatividade e processo de liderança, revelando o caráter ambivalente deste processo, que tanto pode representar um estímulo como um entrave ao desenvolvimento de ações proativas. A proatividade do líder de equipe foi considerada inerente ao perfil requerido no trabalho contemporâneo de enfermagem, sendo o enfermeiro com potencial para liderar proativamente percebido como modelo de conduta que atende a expectativas organizacionais e da equipe. Também, foram apresentadas repercussões do agir proativo do enfermeiro no gerenciamento do cuidado: impulsiona o desenvolvimento organizacional, possibilita um cuidado que vai “além da doença” e que confere maior qualidade, segurança e satisfação ao usuário, fomenta o agir proativo e estimula cooperação, liderança e aprendizado na equipe e proporciona ao enfermeiro maior realização, reconhecimento e melhor performance. Confirmam-se os pressupostos de que o enfermeiro tem possibilidades e potencialidades de ser proativo em suas ações, sendo capaz de sair da zona de conforto e articular-se junto à equipe em prol de melhores práticas, e de que estas ações, quando exercidas de modo proativo, repercutem favoravelmente no gerenciamento do cuidado. Com a pesquisa, propõe-se subsidiar reflexões que impulsionem a busca por modos proativos de agir no gerenciamento do cuidado. Para tanto, presume-se a necessidade de sair da zona de conforto e de nortear-se por ações compartilhadas e dialógicas que possibilitem ao enfermeiro fazer acontecer. / The transformations in the contemporary scenario of nursing have driven the search for proactive actions in the management of care, which may enhance the development of better practices. Proactive action of the nurse turns out to be propellant element in the articulation and in the effectiveness of strategic actions, which demand greater deepening the theme addressed. Thus it was developed a descriptive-exploratory study, qualitative, aiming to meet nurses' perceptions about proactive action at work and of the possible consequences of this action in thee care management. The project was approved in the Committee of Ethics in Research in the field of study under the record 13-0054 with adjustments to Resolution 466/ 12 of the NHC – National Health Council. The data collection took place between May and June 2013, through the Vignette Technique with 35 nurses of the inpatient surgical unit of a university hospital. The information has been subjected to content analysis, resulting in the themes (Re)action in the comfort zone and leadership: directions for the (dis)arrange and Repercussions of make/let it happen in the management of care. The proactivity of the nurse was understood as a way out of the comfort zone and show opportunities and anticipatory responses to permit actions do happen in situations aimed at improvements for care. This condition has shown the need of nurses’ act by anticipation, being orienting to change and being intentional to plan and organize their actions to strengthen the joints that develops. On the other hand, not proactive mode of acting was considered incongruous attitude to the nurse who manages the care, since the complexity of their work placement demand centered on best practices. There were highlighted the associations made between proactivity and leadership process, revealing the ambivalent character of this process, which can both represent a stimulus as a barrier to the development of proactive actions. The proactivity of the team leader was considered inherent to the required profile in the contemporary work of nursing, where the nurse with the potential to lead proactively perceived as role model that meets organizational and team expectations. Also, the act proactive repercussions were presented of the care management nurse: he boosts organizational development, he enables a caution that goes "beyond the illness" and that gives greater quality, safety and satisfaction to the patient, promoting and stimulating cooperation proactive action, leadership and learning in the team and providing an orderly crowning achievement, recognition and better performance. The assumptions are confirmed that the nurse has possibilities and potentials to be proactive in their actions, being able to get out of the comfort zone and link up with the team for best practices, and that these actions, when performed proactively impact favorably on care management. With the research, it is proposed to subsidize reflections that boost the search for proactive ways to act in the management of care. To this end, it is assumed the need to get out of the comfort zone and to be guided by shared and dialogical actions which allow the nurse to make it happen. / Las transformaciones en el escenario contemporáneo de la enfermería ha impulsado la búsqueda creciente por acciones proactivas en el gerenciamiento del cuidado, las cuales permitan potencializar el desarrollo de mejores prácticas. El actuar proactivo del enfermero se revela como elemento propulsor en la articulación y en la efectividad de acciones estratégicas, hecho que demanda mayor profundidad del tema abordado. Así, fue desarrollado un estudio descriptivo-exploratorio, cualitativo, con el objetivo de conocer percepciones de enfermeros acerca de la acción proactivo en el trabajo y de las posibles repercusiones de este modo de actuar en el gerenciamiento del cuidado. El proyecto fue homologado en el Comité de Ética en Investigación del campo de estudio sobre el registro 13-0054 con adecuaciones a la Resolución 466/12 del CNS – Consejo Nacional de Salud. La recolección de datos se dio entre mayo y junio de 2013, por medio de la Técnica de Viñetas con 35 enfermeros de unidades de internación quirúrgica de un hospital universitario. Las informaciones fueron sometidas al análisis de contenido, resultando en los temas (Re)acción en la zona de confort y liderazgo: sentidos para la (des)acomodación y Repercusiones del hacer/dejar acontecer en el gerenciamiento del cuidado. La proactividad del enfermero fue entendida como una manera de salir de la zona de confort y visualizar oportunidades y acciones anticipatorias que le permitan hacer acontecer en situaciones que visen mejorías para el cuidado. Esa condición demostró la necesidad del enfermero actuar por anticipación, orientándose para el cambio y siendo propositivo al planear y organizar sus acciones para potencializar las articulaciones que desarrolla. En contrapartida, el modo no proactivo de actuar fue considerado actitud incongruente al enfermero que gerencia el cuidado, visto que la complejidad de su trabajo demanda posicionamiento centrado en prácticas de excelencia. Hubo destaque a las asociaciones hechas entre proactividad y proceso de liderazgo, revelando el carácter ambivalente de este proceso, que tanto puede representar un estímulo como una traba al desarrollo de acciones proactivas. La proactividad del líder del equipo fue considerada inherente al perfil requerido en el trabajo contemporáneo de enfermería, siendo el enfermero con potencial para liderar proactivamente percibido como modelo de conducta que atiende las expectativas organizacionales y del equipo. También, fueron presentadas repercusiones del actuar proactivo del enfermero en el gerenciamiento del cuidado: impulsa el desarrollo organizacional, posibilita un cuidado que va “más allá de la enfermedad” y que confiere mayor calidad, seguridad y satisfacción al usuario, fomenta el actuar proactivo y estimula cooperación, liderazgo y aprendizaje en el equipo y proporciona al enfermero mayor realización, reconocimiento y mejor performance. Se confirman los presupuestos de que el enfermero tiene posibilidades y potencialidades de ser proactivo en sus acciones, siendo capaz de salir de la zona de confort y articularse junto al equipo en pro de mejores prácticas, y de que estas acciones, cuando ejercidas de modo proactivo, repercutan favorablemente en el gerenciamiento del cuidado. Con la investigación, se propone subsidiar reflexiones que impulsen la búsqueda por modos proactivos de actuar en el gerenciamiento del cuidado. Para eso, se presume la necesidad de salir de la zona de confort y de guiarse por acciones compartidas y dialógicas que posibiliten al enfermero hacer acontecer.
|
34 |
A dimensão gerencial do trabalho do enfermeiro em um serviço hospitalar de emergênciaSantos, José Luis Guedes dos January 2010 (has links)
Este estudo teve como objetivo geral analisar a dimensão gerencial do processo de trabalho do enfermeiro em um serviço hospitalar de emergência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso com base no referencial teórico dos estudos sobre processo de trabalho em saúde, processo de trabalho gerencial do enfermeiro e gerenciamento do cuidado. Os dados foram coletados entre junho e setembro de 2009, por meio de observação participante e entrevista semi-estruturada com enfermeiros do Serviço de Emergência de um Hospital Universitário do Rio Grande do Sul – RS, Brasil. O material empírico foi analisado segundo a técnica de análise de conteúdo temática, a partir da qual se constituíram quatro categorias: 1) O trabalho dos enfermeiros no cotidiano do serviço de emergência; 2) Atuação dos enfermeiros no gerenciamento do cuidado; 3) Articulação entre os profissionais e trabalho em equipe; e, 4) Desafios no gerenciamento do cuidado e estratégias para superá-los. O trabalho dos enfermeiros no serviço de emergência é constantemente influenciado por situações inesperadas e pela procura por atendimento, que variam em diversidade e complexidade. A dimensão gerencial do trabalho do enfermeiro tem como foco o atendimento às necessidades dos pacientes e contempla a realização e o planejamento do cuidado, a previsão e provisão de recursos para o bom funcionamento da unidade e a liderança, supervisão e capacitação da equipe de enfermagem. Os enfermeiros reconhecem a importância do trabalho em equipe e sua responsabilidade na articulação das ações dos profissionais de saúde. A superlotação e manutenção da qualidade do cuidado são os principais desafios gerenciais dos enfermeiros. As estratégias para superá-los incluem mudanças no fluxo de atendimento dos pacientes e na estrutura física da unidade e a reorganização do sistema de saúde para a atenção às urgências. Esses resultados podem colaborar com o trabalho dos enfermeiros possibilitando que discutam e reflitam sobre suas práticas e avancem na compreensão do gerenciamento do cuidado como instrumento para a melhoria da assistência e das práticas de atenção à saúde nos serviços de emergência. / The purpose of this study was to analyze the managerial dimension of the nurse work in a hospital emergency service. It is a qualitative research approached as a case study based on the theoretical referent of the studies on the working process in health, managerial working process, and care management. The data were collected between June and September 2009 through participant observation and semi-structured interview with nurses of the Emergency Service of a University Hospital of Rio Grande do Sul – RS, Brazil. The empirical material has been analyzed according to theme content analysis, from which four categories had been set: 1) Nurse work in the quotidian of emergency service; 2) Care management; 3) Articulation among professionals and team work; and, 4) Challenges for care management and strategies to overcome them. The work of nurses in emergency services is constantly influenced by unexpected situations and the great search of people to be attended to; which varies in diversity and complexity. The managerial dimension of nurse‟s work focuses in the fulfillment of patients' needs and contemplates the accomplishment and care planning, prevision, provision of resources for the unit; as well as the leadership, supervision, and training of nursing team. Nurses recognize the importance of team work and their responsibility in joining health professional actions. Overcrowding and quality of care are the main challenges nurses face in managing care. The strategies to overcome them include changes in the flow of patients and physical structure of the unit and reorganization of the health system for emergency attention. These results might collaborate with the work of nurses enabling those professionals to discuss and reflect on their practices and advance in the comprehension of care management as a tool for assistance improvement and of the practices in health attention in emergency services. / Este estudio tuvo como objetivo general analizar la dimensión gerencial del proceso de trabajo del enfermero en un servicio hospitalario de emergencia. Se trata de una investigación cualitativa de tipo estudio de caso basada en el marco teórico de los estudios sobre proceso de trabajo en salud, proceso de trabajo gerencial del enfermero y gerenciamiento del cuidado. Se recolectaron los datos entre junio y septiembre de 2009, por medio de observación participante y entrevista semi-estructurada con enfermeros del Servicio de Emergencia de un Hospital Universitario del Rio Grande do Sul – RS, Brasil. Se analizó el material empírico según la técnica del análisis temático de contenido, a partir del cual se establecieron cuatro categorías: 1) El trabajo de los enfermeros en el cotidiano del servicio de emergencia; 2) Atuacción de los enfermeros en lo gerenciamiento del cuidado; 3) Articulación entre los profesionales y trabajo en equipo; y, 4) Retos en el gerenciamiento del cuidado y estrategias para superarlos. El trabajo de los enfermeros en el servicio de emergencia recibe frecuentemente la influencia de situaciones inesperadas y de la gran búsqueda por atención, que varían en diversidad y complejidad. La dimensión gerencial del trabajo del enfermero tiene como foco la atención a las necesidades de los pacientes y comprende la realización y la planificación del cuidado, la previsión y la disposición de recursos para el buen funcionamiento de la unidad y el liderazgo, supervisión y capacitación del equipo de enfermería. Los enfermeros reconocen la importancia del trabajo en equipo y su responsabilidad en la articulación de las acciones de los profesionales de salud. La superpoblación de la unidad y la manutención de la calidad del cuidado son los principales retos de los enfermeros en su gerencia. Las estrategias para transponerlos incluyen cambios en el flujo de atención a los pacientes y en la estructura física de la unidad y la reorganización del sistema de salud para la atención a las urgencias. Esos resultados pueden colaborar con el trabajo de los enfermeros permitiendo que discutan y reflexionen sus prácticas, avanzando en la comprensión de la gerencia del cuidado como una herramienta para la mejora de la asistencia y de las prácticas de atención a la salud en los servicios de emergencia.
|
35 |
A privacidade dos pacientes e as ações dos enfermeiros no contexto da internação hospitalarSoares, Narciso Vieira January 2010 (has links)
A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar situações relativas à privacidade do paciente no cotidiano da enfermagem hospitalar e as ações dos enfermeiros nesse contexto, tendo-se como objetivos específicos: identificar a percepção de pacientes de uma unidade de internação sobre aspectos relacionados à sua privacidade no hospital; descrever condições do ambiente hospitalar relacionadas à privacidade dos pacientes internados; destacar ações da equipe de enfermagem que repercutem na privacidade dos pacientes; discutir e propor encaminhamentos acerca da prática gerencial do enfermeiro sobre as questões apontadas. O estudo caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa ocorreu em um hospital de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, mediante três técnicas de coleta de dados, no período entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Em um primeiro momento, coletaram-se informações por meio de entrevistas com doze pacientes internados em uma unidade de clínica médica e mediante observação simples da ambiência desse local. Posteriormente, foram realizados cinco encontros de grupo focal com dez enfermeiros gerentes de equipe. Os dados foram submetidos à análise temática, resultando nas categorias: exposição do corpo – de si e dos outros; postura inadequada da equipe de enfermagem; e acesso indevido ao prontuário do paciente. Os dados obtidos mediante entrevistas e observação do ambiente apontaram para situações do cotidiano que sugerem a ocorrência da violação do espaço pessoal e do corpo do paciente, por vezes sem justificativa aparente. A experiência de exposição do corpo de si e a postura inadequada de profissionais da equipe de enfermagem, na visão dos pacientes, constituem-se em condições geradoras de ansiedade, constrangimento e estresse, condição que repercute em sua saúde e bem estar. As falas deixaram transparecer a pouca expectativa de alguns pacientes sobre a privacidade no cuidado recebido na instituição. Os pacientes relacionaram privacidade à competência técnica e ao conhecimento dos profissionais sobre os procedimentos que realizam, associando idéias como prestatividade e gentileza no tratamento. Nos debates do grupo focal, os enfermeiros aludiram à inadequação do ambiente físico, à deficiência de recursos humanos e materiais e à falta de tempo como fatores que dificultam o planejamento e implementação de estratégias para a preservação da privacidade do paciente, no ambiente hospitalar. As atividades cotidianas dos enfermeiros gerentes de equipe centramse prioritariamente na competência técnico-burocrática, com ênfase na coordenação, supervisão e controle, assim como na previsão e provisão de recursos para as ações de cuidado. Os dados ilustram situações em que se percebe o agir profissional com ênfase na racionalidade técnica, pois a equipe se circunscreve no cumprimento de normas e rotinas, em detrimento de quesitos igualmente importantes que perpassam as relações com o paciente. Assim, outras dimensões que remetem à ética do cuidado tais como a subjetividade, a sensibilidade, a comunicação e o desenvolvimento da cidadania não vêm sendo priorizadas. Os enfermeiros assinalaram a necessidade de incluir abordagens sobre privacidade nos programas de educação continuada como uma possibilidade de mudança de postura em relação a essa temática. A ética do cuidado implica em exercício de reflexão e de autocrítica sobre o fazer cotidiano, adotando-se uma postura de estranhamento, inconformidade e de ruptura com as práticas que possam resultar em transgressão aos princípios éticos, de desrespeito aos direitos do paciente. No grupo focal com os enfermeiros gerentes de equipe foi elaborado um documento contendo estratégias viáveis para serem implementadas na instituição, no sentido de resguardar a privacidade do paciente naquele cenário. Assim, defendeu-se que haja maior proteção do prontuário do paciente, assegurando acesso exclusivo de profissionais diretamente envolvidos no cuidado e outras medidas que, embora elementares, podem representar um diferencial no resguardo da privacidade como o uso de biombos e manter fechada a porta do quarto durante a higiene pessoal, punções, curativos e outros procedimentos à beira do leito. Também foi ponderado acerca da necessidade de restringir acessos diversos ao paciente, preservando-o do contato indevido e/ou indesejado com pessoas alheias ao cuidado. Houve ênfase à capacitação e sensibilização das equipes de atendimento, incorporando temáticas desta natureza nos programas de educação permanente desenvolvidos na instituição. / Privacy is an individual right that takes into account situations involving protection of the subjects’ intimacy, in a dignified manner, limiting access to the body, to intimate objects, to family and social relations. Nurses are challenged to think ethically about the responsibility and commitment of their actions in this sphere. The study in general aimed at analyzing situations involving the patient’s privacy in the daily work of hospital nursing and nurses’ actions in this context. The specific objectives were: to identify the patients’ perception in a hospital ward, regarding aspects related to their privacy in hospital; to describe the conditions of the hospital environment involving the privacy of the hospitalized patients; to highlight the actions of the nursing staff which have repercussions on the patient’s privacy; to discuss and propose things to be done about the managerial practice of nurses regarding the issues mentioned. The study is characterized as qualitative, and exploratory-descriptive. It was performed at a teaching hospital in the State of Rio Grande do Sul using three data collection techniques, between October 2008 and January 2009. Initially, information was collected by interviews with twelve inpatients in a clinical medicine ward and by simple observation of the atmosphere in the ward. Later, five focus group meetings were held with ten nursing staff managers. The data were analyzed thematically, and the result was the following categories: exposure of the body – one’s own and that of others; inappropriate attitude of the nursing staff; and looking at the patient’s records without an appropriate reason. The data obtained in these interviews and observing the environment point to situations of daily life that suggest that the personal space and body of the patient have been violated, sometimes without any apparent justification. The experience of exposing one’s body and the inappropriate attitude of nursing staff professionals, from the patients’ perspective, are conditions that generate anxiety, embarrassment and stress, a condition that has repercussions on their health and wellbeing. The things they say show the lack of expectation among the patients regarding privacy in the care received at the institution. The patients related privacy to technical competence and to the professionals’ knowledge about the procedures they perform, associating ideas such as helpfulness and kindness in the treatment. In the focus group discussions, nurses referred to the inadequate physical environment, lack of human resources and materials, and lack of time as factors that make it difficult to plan and implement strategies to preserve the patients’ privacy in the hospital environment. The priority of daily activities of the nursing staff managers focuses mainly on the technical-bureaucratic competence, emphasizing coordination, supervision and control, as well as on forecasting and providing resources for care actions. The data illustrate situations in which acting professionally is perceived as emphasizing technical rationality, since the staff limits itself to complying with rules and routines, to the detriment of equally important aspects that permeate relations with the patient. Thus, no priority has been given to other dimensions which concern the ethics of care, such as subjectivity, sensitivity, communication and the development of citizenship. Nurses point to the need for including approaches to privacy in the continued education programs as a possibility of changing attitudes about this topic. The ethics of care implies exercising reflection and self-criticism concerning daily work, adopting an attitude of taking a fresh look non-conformity and breaking with practices that may lead to infringing the ethical principles and disrespecting the patient’s rights. In the focus group with the nursing staff managers a document was written containing feasible strategies to be implemented at the institution, to protect the patient’s privacy in that environment. Thus it was advocated that the patient’s records be better protected, ensuring that only the professionals directly involved in their care will be able to look at them, and other measures which, although elementary, may make a difference in protecting privacy, such as using screens and keeping the room door closed while performing personal hygiene, punctures, dressings and other bedside procedures. Thought was also given to the need to restrict to limit access to the patient preserving him from undue and/or undesired contact with people who have nothing to do with his care. Training and sensitization of the care staff was emphasized, as well as the inclusion of such topics in the permanent education programs carried out at the institution. / La privacidad es un derecho individual que contempla situaciones relacionadas a la protección de la intimidad de los sujetos, respeto a la dignidad, limitación de acceso al cuerpo, a los objetos íntimos, a las relaciones familiares y sociales y la enfermería tiene como desafío la reflexión ética sobre la responsabilidad y compromiso de sus acciones, en ese ámbito. El objetivo general de la investigación consistió en analizar situaciones relativas a la privacidad del paciente en el cotidiano de la enfermería hospitalario y las acciones de los enfermeros en ese contexto, se teniendo como objetivos específicos: identificar la percepción de pacientes de una unidad de ingreso sobre aspectos relacionados a su privacidad en el hospital; describir condiciones del ambiente hospitalario relacionadas a la privacidad de los pacientes internados; destacar acciones del equipo de enfermería que repercuten en la privacidad de los pacientes; discutir y proponer encaminamientos acerca de la práctica gerencial del enfermero sobre las cuestiones apuntadas. El estudio se caracteriza como cualitativo, del tipo exploratoriodescriptivo. La investigación ocurrió en un hospital de enseñanza del Estado de Rio Grande do Sul, mediante tres técnicas de colecta de dados, en el periodo entre octubre de 2008 y enero de 2009. En un primer momento, se habían colectado informaciones mediante entrevistas con doce pacientes internados en una unidad de clínica médica y mediante observación simple del ambiente de ese local. Posteriormente, habían sido realizados cinco encuentros de grupo focal con diez enfermeros gerentes de equipo. Los dados habían sido sometidos al análisis temático, resultando en las categorías: exposición del cuerpo – de sí y de los otros; postura inadecuada del equipo de enfermería; y acceso indebido al prontuario del paciente. Los datos obtenidos mediante entrevistas y observación del ambiente apuntaron para situaciones del cotidiano que sugieren la ocurrencia de la violación del espacio personal y del cuerpo del paciente, por veces sin justificante aparente. La experiencia de exposición del cuerpo de sí y la postura inadecuada de profesionales del equipo de enfermería, en la visión de los pacientes, se constituyen en condiciones generadoras de ansiedad, constreñimiento y estrés, condición que repercute en su salud y bien estar. Las hablas dejaron traslucir poca expectativa de algunos pacientes sobre la privacidad en el cuidado recibido en la institución. Los pacientes relacionaron privacidad a la competencia técnica y al conocimiento de los profesionales sobre los procedimientos que realizan, asociando ideas como utilidad y gentileza en el tratamiento. En los debates del grupo focal, los enfermeros aludieron a la inadecuación del ambiente físico, a la deficiencia de recursos humanos y materiales y a la falta de tiempo como factores que dificultan la planificación e implementación de estrategias para la preservación de la privacidad del paciente, en el ambiente hospitalario. Las actividades cotidianas de los enfermeros gerentes de equipo se centran prioritariamente en la competencia técnico-burocrática, con énfasis en la coordinación, supervisión y control, así como en la previsión y provisión de recursos para las acciones de cuidado. Los dados ilustran situaciones en que se percibe el actuar profesional con énfasis en la racionalidad técnica, pues la plantilla se circunscribe en el cumplimiento de normas y rutinas, en detrimento de especialidades igualmente importantes que impregnan las relaciones con el paciente. Así, otras dimensiones que remiten a la ética del cuidado tales como la subjetividad, la sensibilidad, la comunicación y lo desarrollo de la ciudadanía no vienen siendo priorizadas. Los enfermeros habían señalado la necesidad de incluir abordajes sobre privacidad en los programas de educación continuada como una posibilidad de mudanza de postura en relación a esa temática. La ética del cuidado implica en ejercicio de reflexión y de autocrítica sobre el hacer cotidiano, se adoptando una postura de extrañamiento, inconformidad y de ruptura con las prácticas que puedan resultar en transgresión a los principios éticos, de falta de respeto a los derechos del paciente. En el grupo focal con los enfermeros gerentes de equipo fue elaborado un documento contiendo estrategias viables para que sean implementadas en la institución, en el sentido de resguardar la privacidad del paciente en aquel escenario. Así, se defendió que haya mayor protección del prontuario del paciente, asegurando acceso exclusivo de profesionales directamente envueltos en el cuidado y otras medidas que, aunque elementales, pueden representar un diferencial en el resguardo de la privacidad como el uso de biombos y mantener cerrada la puerta de la habitación durante la higiene personal, punzones, curativos y otros procedimientos a la orilla del lecho. También fue ponderado acerca de la necesidad de restringir accesos diversos al paciente, preservándolo del contacto indebido y/o indeseado con personas ajenas al cuidado. Hubo énfasis a la capacitación y sensibilización de los equipos de atención, incorporando temáticas de esta naturaleza en los programas de educación permanente desarrollados en la instituición.
|
36 |
Práticas de enfermeiras em unidades básicas de saúde no município de Porto Alegre / Prácticas de enfermeras en unidades básicas de salud en el municipio de Porto Alegre / Nurses’ practices at health basic units in the city of Porto AlegreNauderer, Taís Maria January 2007 (has links)
A Saúde Coletiva é um espaço privilegiado para atuação das enfermeiras, pois nessa área as profissionais podem influir efetivamente no atendimento das necessidades de saúde das populações, utilizando, em suas práticas, os recursos do Sistema de Saúde com criatividade e comprometimento. Existem distorções na imagem profissional das enfermeiras, mas entende-se que é em seu trabalho cotidiano que a valorização profissional se constitui. Assim, o objetivo deste estudo é conhecer e compreender as práticas das enfermeiras em Unidades Básicas de Saúde da rede do município de Porto Alegre, identificando limitações e alternativas utilizadas pelas profissionais que podem contribuir para modificações na representatividade de seu trabalho e na proposição de práticas inovadoras, na atenção à saúde das populações. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual se realizaram entrevistas semi-estruturadas com 15 enfermeiras atuantes em Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre. O tratamento dos dados baseou-se na análise de conteúdo do tipo temática. Elaborou-se uma árvore associativa com as palavras associadas pelas enfermeiras à expressão "Enfermeira na Saúde Coletiva". Os resultados indicam que as enfermeiras são identificadas pela população conforme as ações que executam e são procuradas para resolver problemas que nem sempre apresentam relação com seu trabalho, demonstrando a diversidade de suas práticas. As atividades realizadas nas Unidades de Saúde são permeadas de limitações impostas pelo Sistema de Saúde, como a falta de trabalhadores de enfermagem. O trabalho em equipe evidencia diferentes realidades nas Unidades de Saúde, representando tanto integração e igualdade entre os trabalhadores como limitações às práticas das enfermeiras. Conclui-se que as profissionais podem contribuir para modificar as realidades de saúde dos usuários atendidos, por meio de ações de qualidade, criativas e inovadoras, caracterizando a essencialidade das práticas das enfermeiras em Unidades Básicas de Saúde. / Public Health is a privileged space for the nurses´ performance because in this field they can influence effectively in the care of the health needs of the population by utilizing in their practices, the resources of the Health System with creativity and commitment. There are distortions in the professional image of the nurses but it is understood that it is in their daily work that the professional appreciation is built. Therefore, the objective of this study is knowing and understanding the practices of the nurses who work at Health Basic Units of the network in the city of Porto Alegre, by identifying limitations and alternatives utilized by the professionals that can contribute to modifications in the representativeness of their work and in the proposition of innovating practices in the health care of the population. It is a qualitative study whereby semi-structured interviews were made with 15 nurses who work at Health Basic Units of Porto Alegre. The treatment of the data was based on the analysis of content of the thematic type. An associative tree was elaborated with the words connected by the nurses to the expression “Nurse in the Public Health”. The results of the interviews indicate that the nurses are identified by the population according to the actions that they perform and are asked to solve problems that not always are related to their work, demonstrating diversity in their practices. The several activities performed at the Health Units are impregnated with limitations imposed by the Health System like the lack of nursing workers. The teamwork evidences different realities in the Health Units by representing integration and equality among the workers as well as limitations regarding the nurses´ practices. The conclusion is that the professionals can contribute to modify the health reality of the assisted users by means of quality, creative and innovating actions featuring the essential character of the nurses´ practices at Health Basic Units. / La Salud Colectiva es un espacio privilegiado para actuación de las enfermeras pues, en esta area, las profesionales pueden influir efectivamente en la atención de las necesidades de salud de la gente, utilizando, en sus prácticas, los recursos del Sistema de Salud con creatividad y cometido. Hay distorsiones en la imagen profesional de las enfermeras pero se entiende que es, en su trabajo cotidiano, que la valorización profesional se constituye. Así, el objetivo de este estudio es conocer y comprender las prácticas de las enfermeras que actúan en Unidades Básicas de Salud de la red del municipio de Porto Alegre, identificando limitaciones y alternativas utilizadas por las profesionales que puedan contribuir para modificaciones en la representatividad de su trabajo y en la proposición de prácticas innovadoras en la atención a la salud de la gente. Se trata de un estudio cualitativo en lo cual se hicieron entrevistas semi-estructuradas con 15 enfermeras que actúan en Unidades Básicas de Salud de Porto Alegre. El tratamiento de los datos se basó en el análisis de contenido del tipo temático. Se elaboro un árbol asociativo con las palabras asociadas, por las enfermeras, al termo "Enfermera en la Salud Colectiva". Los resultados indican que las enfermeras son identificadas por la gente según las acciones que ejecutan y son procuradas para resolver problemas que ni siempre presentan relación con su trabajo, demostrando la diversidad de sus prácticas. Las diversas actividades realizadas en las Unidades de Salud son impregnadas de limitaciones impuestas por el Sistema de Salud, como la falta de trabajadores de enfermería. El trabajo en equipo evidencia diferentes realidades en las Unidades de Salud, representando tanto integración e igualdad entre los trabajadores como limitaciones a las prácticas de las enfermeras. Se concluye las profisionales pueden contribuir para modificar las realidades de salud de los usuarios atendidos, por medio de acciones de calidad, creativas e innovadoras, caracterizando la esencialidad de las prácticas de las enfermeras en Unidades Básicas de Salud.
|
37 |
Formação do técnico de enfermagem no desenvolvimento de competências para implementar a sistematização da assistência de enfermagemCruz, Andréa de Mello Pereira da January 2008 (has links)
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), utilizada no estudo com o mesmo significado de Processo de Enfermagem, é uma metodologia que orienta as ações de cuidado por meio de etapas sistematizadas e inter-relacionadas. No contexto atual, muitas pesquisas são realizadas, considerando a perspectiva do enfermeiro, que é o profissional responsável por sua implantação, planejamento, organização, execução e avaliação. Contudo, na realidade brasileira, a SAE é implementada com a participação de toda equipe de enfermagem. Assim, os profissionais envolvidos com a SAE necessitam desenvolver competências para sua implementação. Este estudo teve como objetivo conhecer na perspectiva de técnicos de enfermagem, as competências desenvolvidas na sua formação para implementar a SAE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória e descritiva. A coleta dos dados foi desenvolvida por meio da realização do grupo focal com técnicos de enfermagem do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HC). A análise das informações foi realizada através da análise de conteúdo proposta por Bardin. Na análise das informações, emergiram duas categorias temáticas, “A participação do técnico de enfermagem na SAE” e “As competências na formação do técnico de enfermagem” e cada uma delas com duas sub-categorias, “Concepção da SAE” e “(Des) Valorização da SAE”; “Competência técnico-cientifica” e “Competência na relação interpessoal”, respectivamente. Os depoimentos revelaram conhecimento limitado dos sujeitos sobre a metodologia e reconhecimento e valorização distinta entre os mesmos. Neste sentido, a análise sugere que os sujeitos consideram importante a realização de práticas educativas para sua capacitação no exercício profissional. Em relação às competências que contribuem com a implementação da SAE, os depoimentos evidenciaram a competência técnico-cientifica e na relação interpessoal, sendo que as participantes enfatizam a dimensão da técnica e da experiência na competência técnico-cientifica e o trabalho em equipe e a comunicação na competência da relação interpessoal. Este estudo permite concluir o quanto é significativo instituir espaços para escuta da equipe de enfermagem que promovam sua interação, possibilitando a construção coletiva dos conhecimentos pertinentes aos seus processos de trabalho. / Nursing care systematization (NCS), which is synonymous with nursing process herein, is a method that guides healthcare decisions by way of systematic and interrelated steps. Currently, there have been several studies based on the perspective of nurses, who are in charge of implementing, planning, organizing, carrying out and evaluating the process. However, In Brazil, the whole nursing staff becomes involved in the implementation of NCS. Therefore, these professionals need to develop competences for NCS implementation. The aim of the present study was to identify the competences developed in the qualification of nursing technicians for NCS implementation. This is a qualitative study that uses an exploratory and descriptive approach. The data were collected by a focal group comprising nursing technicians from Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. The information was assessed according to Bardin’s content analysis. Two thematic categories arose from the analysis, “Participation of the nursing technician in NCS” and “The competences required for the nursing technician’s qualification,” each of which was subdivided into “Conception of NCS” and “(De)Valuation of NCS;” and “Technical and scientific competence” and “Competence in interpersonal relationships”, respectively. Nursing professionals stated that their knowledge about the methodology is limited and that both the recognition and valuation of the methodology differ among them. Therefore, it is suggested that the subjects involved acknowledge the importance of educational practices that can qualify them for their professional activities. With regard to the competences that contribute to NCS implementation, the subjects mentioned technical and scientific competence and competence in interpersonal relationships, and also underscored the important role of technical knowledge and experience in technical and scientific competence, and of teamwork and communication in interpersonal relationship. n conclusion, it is crucial that the nursing staff be given opportunities to be heard, whereby interaction can be enhanced, thus enabling the collective construction of knowledge about their work processes. / La Sistematización de la Asistencia de Enfermería (SAE), utilizada en el estudio con el mismo significado de Proceso de Enfermería, es una metodología que orienta las acciones de cuidado mediante etapas sistematizadas e interrelacionadas. En el contexto actual, muchas investigaciones son realizadas, considerando la perspectiva del enfermero, que es el profesional responsable por su implantación, planificación, organización, ejecución y evaluación. Sin embargo, en la realidad brasileña, SAE es implementada con la participación de todo el equipo de enfermería. De ese modo, los profesionales implicados en la SAE necesitan desarrollar competencias para su implementación. Este estudio tuvo por objetivo conocer, en la perspectiva del técnico en enfermería, las competencias desarrolladas en su formación para implementar la SAE. Se trata de una investigación cualitativa del tipo exploratoria y descriptiva. La recolección de los datos fue desarrollada mediante la realización del grupo focal con técnicos en enfermería del Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). El análisis de las informaciones fue realizada mediante análisis de contenido propuesta por Bardin. En el análisis de las informaciones, surgieron dos categorías temáticas, “La participación del técnico de enfermería en la SAE” y “Las competencias en la formación del técnico de enfermería” y cada una de ellas con dos subcategorías, “Concepción de la SAE” y “(Des) Valorización de la SAE”; “Competencia técnico-científica” y “Competencia en la relación interpersonal”, respectivamente. Las deposiciones revelaron conocimiento limitado de los sujetos sobre la metodología y reconocimiento y valorización distintos entre ellos. En este sentido, el análisis sugiere que los sujetos consideraron importante la realización de prácticas educativas para su capacitación en el ejercicio profesional. Respecto a las competencias que contribuyen con la implementación de la SAE, las deposiciones evidenciaron la competencia técnico-científica y la competencia en la relación interpersonal, siendo que las participantes enfatizan la dimensión de la técnica y de la experiencia en la competencia técnico-científica y el trabajo en equipo y la comunicación en la competencia de la relación interpersonal. Este estudio permite concluir cuan significativo es instituir espacios para la escucha del equipo de enfermería que promuevan su interacción, posibilitando la construcción colectiva de los conocimientos pertinentes a sus procesos de trabajo.
|
38 |
A privacidade dos pacientes e as ações dos enfermeiros no contexto da internação hospitalarSoares, Narciso Vieira January 2010 (has links)
A privacidade é um direito individual que contempla situações relacionadas à proteção da intimidade dos sujeitos, respeito à dignidade, limitação de acesso ao corpo, aos objetos íntimos, aos relacionamentos familiares e sociais e a enfermagem tem como desafio a reflexão ética sobre a responsabilidade e compromisso de suas ações, nesse âmbito. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar situações relativas à privacidade do paciente no cotidiano da enfermagem hospitalar e as ações dos enfermeiros nesse contexto, tendo-se como objetivos específicos: identificar a percepção de pacientes de uma unidade de internação sobre aspectos relacionados à sua privacidade no hospital; descrever condições do ambiente hospitalar relacionadas à privacidade dos pacientes internados; destacar ações da equipe de enfermagem que repercutem na privacidade dos pacientes; discutir e propor encaminhamentos acerca da prática gerencial do enfermeiro sobre as questões apontadas. O estudo caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório-descritivo. A pesquisa ocorreu em um hospital de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, mediante três técnicas de coleta de dados, no período entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Em um primeiro momento, coletaram-se informações por meio de entrevistas com doze pacientes internados em uma unidade de clínica médica e mediante observação simples da ambiência desse local. Posteriormente, foram realizados cinco encontros de grupo focal com dez enfermeiros gerentes de equipe. Os dados foram submetidos à análise temática, resultando nas categorias: exposição do corpo – de si e dos outros; postura inadequada da equipe de enfermagem; e acesso indevido ao prontuário do paciente. Os dados obtidos mediante entrevistas e observação do ambiente apontaram para situações do cotidiano que sugerem a ocorrência da violação do espaço pessoal e do corpo do paciente, por vezes sem justificativa aparente. A experiência de exposição do corpo de si e a postura inadequada de profissionais da equipe de enfermagem, na visão dos pacientes, constituem-se em condições geradoras de ansiedade, constrangimento e estresse, condição que repercute em sua saúde e bem estar. As falas deixaram transparecer a pouca expectativa de alguns pacientes sobre a privacidade no cuidado recebido na instituição. Os pacientes relacionaram privacidade à competência técnica e ao conhecimento dos profissionais sobre os procedimentos que realizam, associando idéias como prestatividade e gentileza no tratamento. Nos debates do grupo focal, os enfermeiros aludiram à inadequação do ambiente físico, à deficiência de recursos humanos e materiais e à falta de tempo como fatores que dificultam o planejamento e implementação de estratégias para a preservação da privacidade do paciente, no ambiente hospitalar. As atividades cotidianas dos enfermeiros gerentes de equipe centramse prioritariamente na competência técnico-burocrática, com ênfase na coordenação, supervisão e controle, assim como na previsão e provisão de recursos para as ações de cuidado. Os dados ilustram situações em que se percebe o agir profissional com ênfase na racionalidade técnica, pois a equipe se circunscreve no cumprimento de normas e rotinas, em detrimento de quesitos igualmente importantes que perpassam as relações com o paciente. Assim, outras dimensões que remetem à ética do cuidado tais como a subjetividade, a sensibilidade, a comunicação e o desenvolvimento da cidadania não vêm sendo priorizadas. Os enfermeiros assinalaram a necessidade de incluir abordagens sobre privacidade nos programas de educação continuada como uma possibilidade de mudança de postura em relação a essa temática. A ética do cuidado implica em exercício de reflexão e de autocrítica sobre o fazer cotidiano, adotando-se uma postura de estranhamento, inconformidade e de ruptura com as práticas que possam resultar em transgressão aos princípios éticos, de desrespeito aos direitos do paciente. No grupo focal com os enfermeiros gerentes de equipe foi elaborado um documento contendo estratégias viáveis para serem implementadas na instituição, no sentido de resguardar a privacidade do paciente naquele cenário. Assim, defendeu-se que haja maior proteção do prontuário do paciente, assegurando acesso exclusivo de profissionais diretamente envolvidos no cuidado e outras medidas que, embora elementares, podem representar um diferencial no resguardo da privacidade como o uso de biombos e manter fechada a porta do quarto durante a higiene pessoal, punções, curativos e outros procedimentos à beira do leito. Também foi ponderado acerca da necessidade de restringir acessos diversos ao paciente, preservando-o do contato indevido e/ou indesejado com pessoas alheias ao cuidado. Houve ênfase à capacitação e sensibilização das equipes de atendimento, incorporando temáticas desta natureza nos programas de educação permanente desenvolvidos na instituição. / Privacy is an individual right that takes into account situations involving protection of the subjects’ intimacy, in a dignified manner, limiting access to the body, to intimate objects, to family and social relations. Nurses are challenged to think ethically about the responsibility and commitment of their actions in this sphere. The study in general aimed at analyzing situations involving the patient’s privacy in the daily work of hospital nursing and nurses’ actions in this context. The specific objectives were: to identify the patients’ perception in a hospital ward, regarding aspects related to their privacy in hospital; to describe the conditions of the hospital environment involving the privacy of the hospitalized patients; to highlight the actions of the nursing staff which have repercussions on the patient’s privacy; to discuss and propose things to be done about the managerial practice of nurses regarding the issues mentioned. The study is characterized as qualitative, and exploratory-descriptive. It was performed at a teaching hospital in the State of Rio Grande do Sul using three data collection techniques, between October 2008 and January 2009. Initially, information was collected by interviews with twelve inpatients in a clinical medicine ward and by simple observation of the atmosphere in the ward. Later, five focus group meetings were held with ten nursing staff managers. The data were analyzed thematically, and the result was the following categories: exposure of the body – one’s own and that of others; inappropriate attitude of the nursing staff; and looking at the patient’s records without an appropriate reason. The data obtained in these interviews and observing the environment point to situations of daily life that suggest that the personal space and body of the patient have been violated, sometimes without any apparent justification. The experience of exposing one’s body and the inappropriate attitude of nursing staff professionals, from the patients’ perspective, are conditions that generate anxiety, embarrassment and stress, a condition that has repercussions on their health and wellbeing. The things they say show the lack of expectation among the patients regarding privacy in the care received at the institution. The patients related privacy to technical competence and to the professionals’ knowledge about the procedures they perform, associating ideas such as helpfulness and kindness in the treatment. In the focus group discussions, nurses referred to the inadequate physical environment, lack of human resources and materials, and lack of time as factors that make it difficult to plan and implement strategies to preserve the patients’ privacy in the hospital environment. The priority of daily activities of the nursing staff managers focuses mainly on the technical-bureaucratic competence, emphasizing coordination, supervision and control, as well as on forecasting and providing resources for care actions. The data illustrate situations in which acting professionally is perceived as emphasizing technical rationality, since the staff limits itself to complying with rules and routines, to the detriment of equally important aspects that permeate relations with the patient. Thus, no priority has been given to other dimensions which concern the ethics of care, such as subjectivity, sensitivity, communication and the development of citizenship. Nurses point to the need for including approaches to privacy in the continued education programs as a possibility of changing attitudes about this topic. The ethics of care implies exercising reflection and self-criticism concerning daily work, adopting an attitude of taking a fresh look non-conformity and breaking with practices that may lead to infringing the ethical principles and disrespecting the patient’s rights. In the focus group with the nursing staff managers a document was written containing feasible strategies to be implemented at the institution, to protect the patient’s privacy in that environment. Thus it was advocated that the patient’s records be better protected, ensuring that only the professionals directly involved in their care will be able to look at them, and other measures which, although elementary, may make a difference in protecting privacy, such as using screens and keeping the room door closed while performing personal hygiene, punctures, dressings and other bedside procedures. Thought was also given to the need to restrict to limit access to the patient preserving him from undue and/or undesired contact with people who have nothing to do with his care. Training and sensitization of the care staff was emphasized, as well as the inclusion of such topics in the permanent education programs carried out at the institution. / La privacidad es un derecho individual que contempla situaciones relacionadas a la protección de la intimidad de los sujetos, respeto a la dignidad, limitación de acceso al cuerpo, a los objetos íntimos, a las relaciones familiares y sociales y la enfermería tiene como desafío la reflexión ética sobre la responsabilidad y compromiso de sus acciones, en ese ámbito. El objetivo general de la investigación consistió en analizar situaciones relativas a la privacidad del paciente en el cotidiano de la enfermería hospitalario y las acciones de los enfermeros en ese contexto, se teniendo como objetivos específicos: identificar la percepción de pacientes de una unidad de ingreso sobre aspectos relacionados a su privacidad en el hospital; describir condiciones del ambiente hospitalario relacionadas a la privacidad de los pacientes internados; destacar acciones del equipo de enfermería que repercuten en la privacidad de los pacientes; discutir y proponer encaminamientos acerca de la práctica gerencial del enfermero sobre las cuestiones apuntadas. El estudio se caracteriza como cualitativo, del tipo exploratoriodescriptivo. La investigación ocurrió en un hospital de enseñanza del Estado de Rio Grande do Sul, mediante tres técnicas de colecta de dados, en el periodo entre octubre de 2008 y enero de 2009. En un primer momento, se habían colectado informaciones mediante entrevistas con doce pacientes internados en una unidad de clínica médica y mediante observación simple del ambiente de ese local. Posteriormente, habían sido realizados cinco encuentros de grupo focal con diez enfermeros gerentes de equipo. Los dados habían sido sometidos al análisis temático, resultando en las categorías: exposición del cuerpo – de sí y de los otros; postura inadecuada del equipo de enfermería; y acceso indebido al prontuario del paciente. Los datos obtenidos mediante entrevistas y observación del ambiente apuntaron para situaciones del cotidiano que sugieren la ocurrencia de la violación del espacio personal y del cuerpo del paciente, por veces sin justificante aparente. La experiencia de exposición del cuerpo de sí y la postura inadecuada de profesionales del equipo de enfermería, en la visión de los pacientes, se constituyen en condiciones generadoras de ansiedad, constreñimiento y estrés, condición que repercute en su salud y bien estar. Las hablas dejaron traslucir poca expectativa de algunos pacientes sobre la privacidad en el cuidado recibido en la institución. Los pacientes relacionaron privacidad a la competencia técnica y al conocimiento de los profesionales sobre los procedimientos que realizan, asociando ideas como utilidad y gentileza en el tratamiento. En los debates del grupo focal, los enfermeros aludieron a la inadecuación del ambiente físico, a la deficiencia de recursos humanos y materiales y a la falta de tiempo como factores que dificultan la planificación e implementación de estrategias para la preservación de la privacidad del paciente, en el ambiente hospitalario. Las actividades cotidianas de los enfermeros gerentes de equipo se centran prioritariamente en la competencia técnico-burocrática, con énfasis en la coordinación, supervisión y control, así como en la previsión y provisión de recursos para las acciones de cuidado. Los dados ilustran situaciones en que se percibe el actuar profesional con énfasis en la racionalidad técnica, pues la plantilla se circunscribe en el cumplimiento de normas y rutinas, en detrimento de especialidades igualmente importantes que impregnan las relaciones con el paciente. Así, otras dimensiones que remiten a la ética del cuidado tales como la subjetividad, la sensibilidad, la comunicación y lo desarrollo de la ciudadanía no vienen siendo priorizadas. Los enfermeros habían señalado la necesidad de incluir abordajes sobre privacidad en los programas de educación continuada como una posibilidad de mudanza de postura en relación a esa temática. La ética del cuidado implica en ejercicio de reflexión y de autocrítica sobre el hacer cotidiano, se adoptando una postura de extrañamiento, inconformidad y de ruptura con las prácticas que puedan resultar en transgresión a los principios éticos, de falta de respeto a los derechos del paciente. En el grupo focal con los enfermeros gerentes de equipo fue elaborado un documento contiendo estrategias viables para que sean implementadas en la institución, en el sentido de resguardar la privacidad del paciente en aquel escenario. Así, se defendió que haya mayor protección del prontuario del paciente, asegurando acceso exclusivo de profesionales directamente envueltos en el cuidado y otras medidas que, aunque elementales, pueden representar un diferencial en el resguardo de la privacidad como el uso de biombos y mantener cerrada la puerta de la habitación durante la higiene personal, punzones, curativos y otros procedimientos a la orilla del lecho. También fue ponderado acerca de la necesidad de restringir accesos diversos al paciente, preservándolo del contacto indebido y/o indeseado con personas ajenas al cuidado. Hubo énfasis a la capacitación y sensibilización de los equipos de atención, incorporando temáticas de esta naturaleza en los programas de educación permanente desarrollados en la instituición.
|
39 |
Prática clínica das enfermeiras na estratégia saúde da família : exercendo a clínica do cuidadoColomé, Isabel Cristina dos Santos January 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar a dimensão assistencial do processo de trabalho de enfermeiras que atuam na Estratégia Saúde da Família, considerando a prática clínica que desenvolvem nesse contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram coletados por meio das técnicas de observação livre por amostragem de tempo e incidente crítico. Os sujeitos foram 26 enfermeiras que atuavam na assistência em unidades de saúde da família. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, do tipo análise temática e resultou em duas categorias temáticas e subcategorias. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS parecer número 22237. A prática clínica das enfermeiras permeia as atividades de assistência que realizam e compõe-se de ações curativas, educativas, preventivas, de recuperação e promoção da saúde. Essa prática ocorre em um processo de trabalho voltado para o atendimento de usuários de diversas faixas etárias, que apresentam necessidades e/ou problemas de saúde variados e complexos, resultantes de situações clínicas e sociais próprias da sua dinâmica de vida. A prática clínica da enfermeira na saúde da família se caracteriza pela clínica do cuidado, ou seja, uma clínica própria, capaz de promover a ampliação do objeto de intervenção para além da lógica clínica biológica e curativa. Os componentes da clínica do cuidado da enfermeira expressam a forma com que define o seu objeto de trabalho e o saber/fazer que utiliza para isso, são eles: mobilização de conhecimentos; habilidade de comunicação - escuta; criação de vínculos de confiança. O desenvolvimento da clínica do cuidado faz com que a enfermeira seja a profissional de referência para os usuários na unidade. No cotidiano, a partir da mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências vivenciadas, as enfermeiras constroem o saber operante, ou seja, um saber/fazer específico do seu núcleo profissional. O saber operante permite a avaliação/julgamento das situações e a tomada de decisão, visando satisfazer necessidades físicas, mentais, emocionais e sociais dos usuários e famílias de forma integral, exigindo um processo de aprendizagem contínua. As enfermeiras encontram dificuldades no desenvolvimento de sua prática clínica, quando não conseguem alcançar os resultados traçados para o cuidado. No entanto, também encontram potencialidades que geram motivação, estando relacionadas a sua capacidade de minimizar o sofrimento do usuário e/ou família, realizar uma ação resolutiva e receber o reconhecimento dos usuários, familiares ou outros profissionais. Os resultados mostram que as enfermeiras desenvolvem a clínica do cuidado, na medida em que organizam o seu conhecimento clínico sobre o indivíduo e a família, a comunidade e o sistema de saúde; promovem a valorização dos momentos de fala e escuta; buscam a promoção da saúde e desenvolvem uma clínica voltada para o sujeito, não desprezando a doença, mas deslocando o foco da cura para ter como finalidade primordial o cuidar. / This study aims at analyzing the care dimension regarding the working process of nurses who perform in the Family Health Strategy by considering the clinical practice they carry out within such context. It is a qualitative study whose data were collected by means of free observation techniques as per time sampling and critical incident. The subjects were 26 nurses who attended in the care center at family health care units. The data analysis followed the technique of content analysis of the thematic analysis type which provided two thematic categories and subcategories. The study received the approval from the Ethics Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul under opinion number 22237. The clinical practice of the nurses permeates their care activities and is composed of healing, educative, preventive, recuperation and health promotion actions. Such practice occurs in a working process addressed to users from several age frames who present needs and/or varied and complex health problems derived from clinical and social circumstances that are peculiar to their life dynamics. The clinical practice of the nurse in the Family Health Strategy is featured by the care clinic, that is, an appropriate clinic able to promote the enlargement of the intervention object beyond the biological and healing clinical logics. The components of the nurse´s care clinic express the way how he/she defines his/her working object and the knowledge and expertise he/she utilizes thereto which are: knowledge mobilization; communication ability – listening; creation of trust bonds. The development of the care clinic makes of the nurse the reference professional for the users in the unit. Upon daily life, from the mediation between scientific knowledge and experiences, nurses construct the operational knowledge, that is, a specific expertise from his/her professional nucleus. The operational knowledge allows the evaluation and judgment of the circumstances besides the decision-making, aiming at satisfying the physical, mental, emotional and social needs of users and families as a whole what requires a continuous learning process. Nurses find difficulties in the development of their clinical practice when they do not succeed into achieving the results they have outlined for the care. However they also find potentialities that generate motivation and are related to their capacity of minimizing the pain of the user and/or family, by performing a resoluteness action and receiving the recognition of users, family members or other professionals. Findings show that nurses develop the care clinic to the extent that they organize their own clinical knowledge about the individual and the family, the community and the health system; they promote the valorization of the speaking and listening moments; they search for health promotion and develop a clinic addressed to the subject and they do not underestimate the disease but they displace the focus from the cure to the care as the primordial target. / Este estudio visa a analizar la dimensión asistencial del proceso de trabajo de enfermeras en la Estrategia Salud de la Familia, considerando la práctica clínica que desenvuelven en ese contexto. Este es un estudio cualitativo cuyos datos fueron recolectados por medio de las técnicas de observación libre por muestreo de tiempo e incidente crítico. Los sujetos fueron 26 enfermeras que actuaban en la asistencia en unidades de salud de la familia. El análisis de los datos siguió la técnica de análisis de contenido, del tipo análisis temático y resultó en dos categorías temáticas y subcategorías. El estudio obtuvo aprobación del Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul según el informe número 22237. La práctica clínica de las enfermeras impregna sus actividades de asistencia y se componen de acciones curativas, educativas, preventivas, de recuperación y promoción de la salud. Esa práctica ocurre en un proceso de trabajo direccionado al atendimiento de usuarios de diversos grupos de edad, que presentan necesidades y/o variados y complejos problemas de salud, resultantes de situaciones clínicas y sociales propias de su dinámica de vida. La práctica clínica de la enfermera en la salud de la familia se caracteriza por la clínica del cuidado, o sea, una clínica propia, capaz de promover la ampliación del objeto de intervención para allá de la lógica clínica biológica y curativa. Los componentes de la clínica del cuidado de la enfermera expresan la forma con que define su objeto de trabajo así como el saber y el hacer que utiliza para eso, es decir: movilización de conocimientos; habilidad de comunicación - escucha; creación de vínculos de confianza. El desenvolvimiento de la clínica del cuidado hace de la enfermera la profesional de referencia para los usuarios en la unidad. En el cotidiano, a partir de la mediación entre los conocimientos científicos y las experiencias vividas, las enfermeras construyen el saber operante, o sea, un saber y un hacer específico de su núcleo profesional. El saber operante permite la evaluación y el juicio de las situaciones y la toma de decisiones, visando a satisfacer necesidades físicas, mentales, emocionales y sociales de los usuarios y familias de forma integral, exigiendo un proceso de aprendizaje continuo. Las enfermeras encuentran dificultades en el desenvolvimiento de su práctica clínica, cuando no logran alcanzar los resultados trazados para el cuidado. Sin embargo, también encuentran potencialidades que generan motivación, relacionadas a su capacidad de minimizar el sufrimiento del usuario y/o familia y de realizar una acción resolutiva y recibir el reconocimiento de los usuarios, familiares o de otros profesionales. Los resultados muestran que las enfermeras desenvuelven la clínica del cuidado al organizar su conocimiento clínico acerca del individuo y de la familia, de la comunidad y del sistema de salud; promueven la valoración de los momentos de habla y escucha; buscan la promoción de la salud y desenvuelven una clínica dedicada al sujeto, no despreciando la enfermedad, pero desplazando el foco de la cura al acto de cuidar como finalidad primordial.
|
40 |
Proatividade do enfermeiro no gerenciamento do cuidadoFerreira, Gimerson Erick January 2013 (has links)
As transformações no cenário contemporâneo da enfermagem têm impulsionado a busca crescente por ações proativas no gerenciamento do cuidado, as quais permitam potencializar o desenvolvimento de melhores práticas. O agir proativo do enfermeiro revela-se elemento propulsor na articulação e na efetividade de ações estratégicas, fato que demanda maior aprofundamento do tema abordado. Assim, foi desenvolvido um estudo descritivoexploratório, qualitativo, com o objetivo de conhecer percepções de enfermeiros acerca do agir proativo no trabalho e das possíveis repercussões deste modo de agir no gerenciamento do cuidado. O projeto foi homologado no Comitê de Ética em Pesquisa do campo de estudo sob o registro 13-0054 com adequações à Resolução 466/12 do CNS – Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2013, por meio da Técnica de Vinhetas com 35 enfermeiros de unidades de internação cirúrgica de um hospital universitário. As informações foram submetidas à análise de conteúdo, resultando nos temas (Re)ação na zona de conforto e liderança: sentidos para a (des)acomodação e Repercussões do fazer/deixar acontecer no gerenciamento do cuidado. A proatividade do enfermeiro foi entendida como uma maneira de sair da zona de conforto e visualizar oportunidades e ações antecipatórias que o permitam fazer acontecer em situações que visem melhorias para o cuidado. Essa condição demonstrou a necessidade do enfermeiro agir por antecipação, orientando-se para a mudança e sendo propositivo ao planejar e organizar suas ações com vistas a potencializar as articulações que desenvolve. Em contrapartida, o modo não proativo de agir foi considerado atitude incongruente ao enfermeiro que gerencia o cuidado, visto que a complexidade do seu trabalho demanda posicionamento centrado em práticas de excelência. Houve destaque às associações feitas entre proatividade e processo de liderança, revelando o caráter ambivalente deste processo, que tanto pode representar um estímulo como um entrave ao desenvolvimento de ações proativas. A proatividade do líder de equipe foi considerada inerente ao perfil requerido no trabalho contemporâneo de enfermagem, sendo o enfermeiro com potencial para liderar proativamente percebido como modelo de conduta que atende a expectativas organizacionais e da equipe. Também, foram apresentadas repercussões do agir proativo do enfermeiro no gerenciamento do cuidado: impulsiona o desenvolvimento organizacional, possibilita um cuidado que vai “além da doença” e que confere maior qualidade, segurança e satisfação ao usuário, fomenta o agir proativo e estimula cooperação, liderança e aprendizado na equipe e proporciona ao enfermeiro maior realização, reconhecimento e melhor performance. Confirmam-se os pressupostos de que o enfermeiro tem possibilidades e potencialidades de ser proativo em suas ações, sendo capaz de sair da zona de conforto e articular-se junto à equipe em prol de melhores práticas, e de que estas ações, quando exercidas de modo proativo, repercutem favoravelmente no gerenciamento do cuidado. Com a pesquisa, propõe-se subsidiar reflexões que impulsionem a busca por modos proativos de agir no gerenciamento do cuidado. Para tanto, presume-se a necessidade de sair da zona de conforto e de nortear-se por ações compartilhadas e dialógicas que possibilitem ao enfermeiro fazer acontecer. / The transformations in the contemporary scenario of nursing have driven the search for proactive actions in the management of care, which may enhance the development of better practices. Proactive action of the nurse turns out to be propellant element in the articulation and in the effectiveness of strategic actions, which demand greater deepening the theme addressed. Thus it was developed a descriptive-exploratory study, qualitative, aiming to meet nurses' perceptions about proactive action at work and of the possible consequences of this action in thee care management. The project was approved in the Committee of Ethics in Research in the field of study under the record 13-0054 with adjustments to Resolution 466/ 12 of the NHC – National Health Council. The data collection took place between May and June 2013, through the Vignette Technique with 35 nurses of the inpatient surgical unit of a university hospital. The information has been subjected to content analysis, resulting in the themes (Re)action in the comfort zone and leadership: directions for the (dis)arrange and Repercussions of make/let it happen in the management of care. The proactivity of the nurse was understood as a way out of the comfort zone and show opportunities and anticipatory responses to permit actions do happen in situations aimed at improvements for care. This condition has shown the need of nurses’ act by anticipation, being orienting to change and being intentional to plan and organize their actions to strengthen the joints that develops. On the other hand, not proactive mode of acting was considered incongruous attitude to the nurse who manages the care, since the complexity of their work placement demand centered on best practices. There were highlighted the associations made between proactivity and leadership process, revealing the ambivalent character of this process, which can both represent a stimulus as a barrier to the development of proactive actions. The proactivity of the team leader was considered inherent to the required profile in the contemporary work of nursing, where the nurse with the potential to lead proactively perceived as role model that meets organizational and team expectations. Also, the act proactive repercussions were presented of the care management nurse: he boosts organizational development, he enables a caution that goes "beyond the illness" and that gives greater quality, safety and satisfaction to the patient, promoting and stimulating cooperation proactive action, leadership and learning in the team and providing an orderly crowning achievement, recognition and better performance. The assumptions are confirmed that the nurse has possibilities and potentials to be proactive in their actions, being able to get out of the comfort zone and link up with the team for best practices, and that these actions, when performed proactively impact favorably on care management. With the research, it is proposed to subsidize reflections that boost the search for proactive ways to act in the management of care. To this end, it is assumed the need to get out of the comfort zone and to be guided by shared and dialogical actions which allow the nurse to make it happen. / Las transformaciones en el escenario contemporáneo de la enfermería ha impulsado la búsqueda creciente por acciones proactivas en el gerenciamiento del cuidado, las cuales permitan potencializar el desarrollo de mejores prácticas. El actuar proactivo del enfermero se revela como elemento propulsor en la articulación y en la efectividad de acciones estratégicas, hecho que demanda mayor profundidad del tema abordado. Así, fue desarrollado un estudio descriptivo-exploratorio, cualitativo, con el objetivo de conocer percepciones de enfermeros acerca de la acción proactivo en el trabajo y de las posibles repercusiones de este modo de actuar en el gerenciamiento del cuidado. El proyecto fue homologado en el Comité de Ética en Investigación del campo de estudio sobre el registro 13-0054 con adecuaciones a la Resolución 466/12 del CNS – Consejo Nacional de Salud. La recolección de datos se dio entre mayo y junio de 2013, por medio de la Técnica de Viñetas con 35 enfermeros de unidades de internación quirúrgica de un hospital universitario. Las informaciones fueron sometidas al análisis de contenido, resultando en los temas (Re)acción en la zona de confort y liderazgo: sentidos para la (des)acomodación y Repercusiones del hacer/dejar acontecer en el gerenciamiento del cuidado. La proactividad del enfermero fue entendida como una manera de salir de la zona de confort y visualizar oportunidades y acciones anticipatorias que le permitan hacer acontecer en situaciones que visen mejorías para el cuidado. Esa condición demostró la necesidad del enfermero actuar por anticipación, orientándose para el cambio y siendo propositivo al planear y organizar sus acciones para potencializar las articulaciones que desarrolla. En contrapartida, el modo no proactivo de actuar fue considerado actitud incongruente al enfermero que gerencia el cuidado, visto que la complejidad de su trabajo demanda posicionamiento centrado en prácticas de excelencia. Hubo destaque a las asociaciones hechas entre proactividad y proceso de liderazgo, revelando el carácter ambivalente de este proceso, que tanto puede representar un estímulo como una traba al desarrollo de acciones proactivas. La proactividad del líder del equipo fue considerada inherente al perfil requerido en el trabajo contemporáneo de enfermería, siendo el enfermero con potencial para liderar proactivamente percibido como modelo de conducta que atiende las expectativas organizacionales y del equipo. También, fueron presentadas repercusiones del actuar proactivo del enfermero en el gerenciamiento del cuidado: impulsa el desarrollo organizacional, posibilita un cuidado que va “más allá de la enfermedad” y que confiere mayor calidad, seguridad y satisfacción al usuario, fomenta el actuar proactivo y estimula cooperación, liderazgo y aprendizaje en el equipo y proporciona al enfermero mayor realización, reconocimiento y mejor performance. Se confirman los presupuestos de que el enfermero tiene posibilidades y potencialidades de ser proactivo en sus acciones, siendo capaz de salir de la zona de confort y articularse junto al equipo en pro de mejores prácticas, y de que estas acciones, cuando ejercidas de modo proactivo, repercutan favorablemente en el gerenciamiento del cuidado. Con la investigación, se propone subsidiar reflexiones que impulsen la búsqueda por modos proactivos de actuar en el gerenciamiento del cuidado. Para eso, se presume la necesidad de salir de la zona de confort y de guiarse por acciones compartidas y dialógicas que posibiliten al enfermero hacer acontecer.
|
Page generated in 0.1226 seconds