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Geologia, petrografia e geocronologia das regioes meridional e oriental do complexo de Morungaba, SP

Silvio Roberto Farias Vlach 09 July 1985 (has links)
O Complexo Intrusivo de Morungaba, com área de 330 km², aflora ao sudeste do Estado de São Paulo, apresentando forma irregular, alongada segundo SW-NE. É composto principalmente por rochas granitóides com biotita; dioritos são subordinados. O mapeamento faciológico detalhado (escala 1:50.000) das partes meridional e oriental do Complexo (200 km²), permitiu o reconhecimento de 31 facies granitóides (incluindo duas de rochas dioríticas), com características estruturais-petrográficas próprias. A maioria das facies (mapeadas como associações de facies) é agrupada em três Suítes magmáticas, denominadas Rósea, Cinzenta e Porfirítica. A Suíte Rósea é formada por quartzo-monzonitos, granitos 3b e granitos 3a, predominantemente equigranulares de granulação média a grossa e por granitóides-pórfiros, os quais afloram como corpos alongados a sub-circulares, acompanhando as estruturas regionais. No diagrama Q-FA-P, as rochas definem, em parte, tendência calco-alcalina granodiorítica-monzonítica. Nas rochas mais máficas (M\' entre 5 e 15) encontra-se a associação máfica biotita + titanita + magnetita \'+ OU -\' alanita \'+ OU -\' ilmenita; as rochas mais félsicas (M\' \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 5) apresentam biotita \'+ OU -\' alanita \'+ OU -\' muscovita + magnetita \'+ OU -\' ilmenita. Na parte Sul do Complexo, as facies distribuem-se segundo um padrão concêntrico de zonalidade. As características geológicas e estruturais-texturais indicam que as a rochas mais félsicas, e mais jovens, têm histórias de cristalização mais simples e que se colocam sob regimes mais permissivos, termicamente menos rigorosos, que as rochas mais máficas e mais antigas. Os granitóides-pórfiros são manifestações derradeiras, colocadas sub-superficialmente, como corpos menores e diques. A maioria das facies invadiu como corpos discretos. Dados geocronológicos Rb/Sr para grupos de facies associadas definem intervalos amplos de colocação e/ou cristalização (690 m.a. para rochas mais máficas; 490 m.a. para rochas mais félsicas), os quais são exagerados e devem-se, provavelmente, à influência de diversos processos petrogenéticos (e.g., não-homogeneidade isotópica da área fonte, cristalização fracionada). Uma isócrona conjunta, para a maioria das facies desta Suíte, indica idade de 580 m.a.. Acredita-se que a maioria das facies se posicionou entre 590 m.a. e 560 m.a.. As razões iniciais obtidas (0,707 - 0,706) são compatíveis com derivação a partir de fonte na crosta inferior, possivelmente pós-transamazônica. A Suíte Cinzenta agrupa facies equigranulares de granulação fina a média, com tipos hololeucocráticos (M\' \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 5; granitos 3b com biotita + muscobita \'+ OU -\' granada \'+ OU -\' ilmenita) e leucocráticos (M\' entre 5 e 10; granitos 3b e subordinadamente granodioritos, ambos com biotita + titanita + magnetita \'+ OU -\' alanita \'+ OU -\' ilmenita ou com associação máfica similar aos tipos hololeucocráticos). As rochas são mais antigas que a maioria dos granitóides da Suíte Rósea. As facies hololeucocráticas apresentam idade Rb/Sr de 590 m.a. e razão inicial 0,709, compatível com fonte metassedimentar isotopicamente pouco evoluida. As facies leucocráticas são de origem híbrida, produto de assimilação de rochas dioríticas (a maioria do embasamento) por magmas que originam principalmente as facies hololeucocráticas; apresentam, caracteristicamente, enclaves e glomérulos máficos (com biotita + plagioclásio + titanita + magnetita + apatita \'+ OU -\' ilmenita, de origem restítica). A Suíte Porfirítica, mapeada parcialmente, compreende quartzo, monzonitos, granitos 3b e granitos 3a, predominantemente porfiríticos, de granulação média a grossa. Apresentam M\' entre 5 e 15 e contêm biotita \'+ OU -\' hornblenda + titanita + magnetita \'+ OU -\' alanita \'+ OU -\' ilmenita. Afloram na parte N/NE do Complexo como corpos alongados, colocados sob regimes forçados, sub-concordantes com os padrões estruturais regionais SW-NE. As rochas desta Suíte são anteriores aos granitóides equigranulares, apresentando idade isocrônica (Rb/Sr) de 610 m.a. e razão inicial de 0,707, sugerindo que os magmas são originados por fusão de materiais da crosta inferior. Os dioritos compreendem em parte rochas híbridas, derivadas por interação de rochas dioríticas mais máficas do embasamento com magmas granitóides das Suítes Rósea e Cinzenta. Também incluem prováveis corpos magmáticos discretos, colocados sincronicamente aos granitóides. Os granitóides das Suítes Rósea e Porfirítica são correlacionáveis aos granitóides da série magnetítica e, em parte, aos granitóides de tipo I Caledoniano, enquanto que os da Suíte Cinzenta correspondem em parte aos granitóides da série ilmenítica (e granitóides tipo S) e, em parte, aos da série magnetítica. O Complexo Intrusivo de Morungaba, colocado em grande parte durante fases do soerguimento regional, representa os eventos tardi- e pós-orogênicos do Ciclo Brasiliano. / The Morungaba Granitoid Complex, covering about 330 km², crop out as an elongate irregular massif trending SW-NE, in the southeast part of the State of São Paulo, southeast Brazil. Major constituents are biotite granitoids with subordinate diorites. Over thirty facies types, each with distinctive structural-petrographic features, were recognized during detailed mapping of part of the massif (about 200 km²), and mapped as groups of facies. The Pink Granitoid Suite is made up mostly of equigranular quartz monzonites and 3b-3a granites, with some granite porphyries. Modes depict, in part, a calc-alkaline tendency in the modal Q-AF-P triangle. The more mafic facies (M\' about 5-15) contain biotite + sphene + magnetite \'+ OU -\' allanite \'+ OU -\' ilmenite, while the more felsic types (M\' \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 5) show biotite \'+ OU -\' allanite \'+ OU -\' muscovite \'+ OU -\' magnetite \'+ OU -\' ilmenite. Granitoids are distributed in a roughly concentric pattern in the southern part of the massif. Geological and petrographic characteristics indicate that the more felsic (and Iater) facies - in contrast to mafic types - had simpler crystallization histories and were emplaced under thermally less rigorous, and structurally more permissive, regimes. Granite porphyries are late rocks, emplaced as shallow (subvolcanic?) dikes and small bodies. Most facies types penetrated as discrete magmatic volumes. Geochronological Rb/Sr data for several groups of associated facies suggest a protracted emplacement interval, between 690 Ma for the more mafic groups and 490 Ma for the more felsic varieties. This interval seems unacceptably long, however, and probably reflects the existence of \"fictitious isochrons\" conditioned by several special petrogenetic processes (e.g., lack of isotopic homogeneity in the source region, influence of magmatic differentiation). A joint isochron of the Pink Suite indicates an age of 580 Ma. It is suggested that the ages of various facies lie between 560 and 590 Ma. The initial \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' ratios of about 0.707 - 0.706 are compatible with a lower crust, possibly post-Transamazonic, source. The Gray Suite, also equigranular, comprises holoIeucocratic (3b granites with biotite + muscovite \'+ OU -\' garnet \'+ OU -\' ilmenite; M\' \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 5) and leucocratic types (3b granites and subordinate granoriorites with biotite + sphene + magnetite + allanite + ilmenite or the same mafic minerals of the hololeucocratic varieties; M\' about 5-15). These rocks are older than most facies of the Pink Suite. Hololeucrocratic types show a Rb/Sr isochronic afe of 590 Ma and an initial \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' ratio of 0.709, compatible with a metasedimentary source. The leucocratic facies are mostly hybrid rocks, a mixture of evolved granite magmas (which crystallized mainly as hololeucocratic types) and older basement diorites. These rocks contain characteristic enclaves and mafic clots (restitic, with biotite + plergioclase + sphene + magnetite + apatite + ilmenite). The Porphyritic Granitoid Suite, only partly mapped, comprises mostly porphyritic quartz monzonites and 3b-3a granites, with biotite \'+ OU -\' hornblende + sphene + magnetite \'+ OU -\' allanite \'+ OU -\' ilmenite, which crop out as forcefully emplaced elongate bodies, trending SW-NE, subconcordant with the basement structure. These varieties are older than the equigranular rocks from the two other suites. A Rb/Sr isochron furnishes an age of 610 Ma and an initial ratio of a 0.707, also compatible with a derivation from a lower crustal source. Diorites are partly hybrid rocks, a result of interaction between more mafic basement diorites and evolved granite magmas, but probably also include small magmatic bodies, emplaced contemporaneousIy with other granitoids. The granitoids of the Pink and Porphyritic Suites are comparable to Magnetite-granites and, in part, to I-type Caledonian granites, while those of the Gray Suite present characteristics of both Magnetite-, Ilmenite- (and S-) granite types. The Morungaba Complex was emplaced mostly during regional uplift, and represents late- to post-tectonic magmatic stages of the Brasiliano Orogeny.
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Aspectos petrogenéticos e metalogenéticos das jazidas de esmeraldas de Carnaiba e Socoto, BA. / Not available.

Maria Manuela Galvão Monteiro Capovilla 11 August 1995 (has links)
As jazidas de esmeraldas de Carnaíba e Socotó, situam-se na borda oeste da Serra de Jacobina, na parte NE do Estado da Bahia, próximas à cidade de Campo Formoso. O contexto geológico da área estudada compreende rochas metaultramáficas, hospedeiras das mineralizações estudadas, que estão imbricadas, tectonicamente, tanto às rochas metassedimentares do Grupo Jacobina, como às rochas gnáissico-migmatíticas polimetamórficas do embasamento arqueano (Complexo Metamórfico-Migmatítico). Os contatos das rochas metaultramáficas com as rochas metassedimentares (quartzitos) são tectônicos, por falhas de empurrão e marcados por forte milonitização (rúptil-dúctil); já os contatos com as rochas gnáissico-migmatíticas, também tectônicos, são caracterizados por falhas inversas de ângulos médios a altos, estando presentes ainda forte milonitização e efeitos de retrometamorfismo de baixo grau. Aos processos metassomáticos que originaram as mineralizações de esmeraldas. Neste trabalho foram estudadas em detalhe as mineralizações de Carnaíba, Marota e Socotó, Trecho Velho, ambas controladas por falhas de empurrão de ângulos médios a altos, mobilizados pegmatóides plagioclasíticos nelas injetados e flogopititos em zonas metassomáticas. Tanto os pegmatóides como os flogopititos são portadores (ou não) de mineralizações de esmeraldas, tanto em Carnaíba como em Socotó. Nas áreas de mineralização estudadas não foram observados contatos intrusivos e/ou quaisquer efeitos de metamorfismo de contato entre os conjuntos litológicos regionais e/ou locais graníticos, representados pelos batólitos de Carnaíba e Campo Formoso, assim como por corpos menores de microgranitos de Socotó Trecho Velho e as rochas metaultramáficas, de baixo grau metamórfico, localmente mineralizadas. Desses conjuntos petro-metalogenéticos, foram estudados os litotipos principais potencialmente envolvidos na gênese das mineralizações de esmeraldas, com métodos multidisciplinares: geológicos de campo e laboratoriais, principalmente mineralógico-petrográficos (incluindo a microtermometria de inclusões fluidas), cristalográficos e geoquímicos (incluindo química mineral e isótopos estáveis). Os resultados petrográfico-litogeoquímicos considerados mais importantes, mostraram a variabilidade composicional pré-metassomática das rochas metaultramáficas (de peridotídica, piroxenítica a olivina gabro-norítica), assim como sua possível derivação de rochas vulcânicas e/ou sub vulcânicas de sequências Vulcano-sedimentares pré-cambrianas antigas (proterozóicas inferiores ou arqueanas). Entretanto, não foi possível verificar nenhuma relação genética entre as rochas graníticas regionais 3/ou locais e as mineralizações de esmeraldas. As evidências encontradas indicam a origem das mineralizações estudadas relacionada a processos tectono-metamórficos e metassomáticos, posteriores a formação das rochas graníticas (do Complexo Metamórfico Migmatítico, dos Batólitos de Carnaíba e Campo Formoso e dos microgranitos de Socotó), por circulação de fluidos de origens profundas, magmático/pós-magmáticos e/ou metamórficos. As principais transformações metassomáticas de natureza alcalina potássica causaram enriquecimentos em K, Rb, Ba, Al, Ga, Zr, Y, La, Pb e U, e a transformação das rochas metaultramáficas em flogopititos. Nos garimps de Marota, Carnaíba e Trecho Velho, Socotó, foram confirmados nesta pesquisa 2 tipos de mineralizações de esmeraldas. O primeiro, denominado de tipo 1, e encontrado tanto em Carnaíba como em Socotó, é representado pelos veios pegmatóides plagioclasíticos dispostos discordantemente, com estruturas essencialmente rúpteis, aos corpos de rochas metaultramáficas. A partir destes veios configuram-se zonas bilaterais simétricas de alteração metassomática nas encaixantes, responsáveis pela formação dos flogopititos. Neste tipo de mineralização, os cristais de esmeraldas ocorrem tanto no veio pegmatóide (tipo 1-pegmatóide) como nas zonas de flogopititos (tipo 1-flogopitito). As esmeraldas são caracterizadas por apresentarem cores verdes a esverdeadas, mais fortes nos flogopititos do que nas bordas dos veios pegmatóides, apresentando-se fraturadas por deformações tectônicas. Possuem médios a altos teores de álcalis em seus canais estruturais, além de inclusões fluidas (IF) carbônicas, aquo-carbônicas ou aquosas aprisionadas a temperaturas mínimas entre 200 e 225°C, que corresponderia a temperatura mínima de formação dos cristais. As pressões dos fluidos no aprisionamento das IF/formação das esmeraldas estaria em torno de 1 a 2 Kbars, dados estes confirmados pelos altos teores de água nos canais estruturais. As esmeraldas de Socotó de tipo 1-pegmatóides apresentam uma ligeira expansão em direção em direção ao eixo cristalográfico a em relação às esmeraldas de mesmo tipo de Carnaíba. O segundo tipo de mineralização de esmeraldas, tipo 2, foi observado somente em Carnaíba (Marota). É representado por veios de quartzo, discordantes, não deformados, portadores de esmeraldas,posteriores aos veios pegmatóides plagioclasíticos. Num caso estudado, a esmeralda é perfeitamente idiomórfica e de cor verde intenso; possui altos teores de álcalis em seus canais estruturais, inclusões fluidas primárias essencialmente aquo-salinas, com temperaturas mínimas de aprisionamento dos fluidos entre 190 e 225°C, com sistema homogêneo de fluidos, e pressões médias de aprisionamento entre 220 a 400 bars, condições estas que corresponderiam a níveis crustais mais rasos. / The emerald deposits of Carnaíba and Socotó are located on the Western border of the Serra de Jacobina, in the Northeastern part of the State of Bahia, near the city of Campo Formoso. The geological context of the studied area comprises metaultramafic rocks hosting, locally, the emerald mineralizations. The metaultramafic rocks occur tectonically imbricated with the metasediments of the Jacobina Group and with polymetamorphic gneissic and migmatitic rocks of the Archean basement (Complexo Metamórfico Migmatítico). The contacts of the metaultramafics with the (overall quartzitic) metasediments are low-angle thrust faults evidencing conspicuous (ruptile-ductile)mylonitization. The contacts with the gneissic and migmatitic rocks are tectonic, too, although they consist of medium-to high-angle upthrusts. Strong mylonitization and low-grade retrometamorphism occur, as well. Associated with the regional tectono-metamorphic events there occurred, locally, metasomatic processes; these originated the emerald mineralizations. In this study, the mineralizations of Carnaíba - Marota and Socotó - Trecho Velho were investigated in detail. They are controlled in both areas by medium- to high-angle faults with or without injected plagioclasitic pegmatoids and always with phlogopitites forming zones of metasomatic alteration. Pegmatoids and phlogopitites of both sites, Carnaíba and Socotó, may (or not) contain emeralds. However, in neither of the study areas there were observed intrusive relationships and/or whatever else contact metamorphic phenomena, between the main regional and/or local granitic rocks (represented by the Carnaíba and Campo Formoso batholiths, as well as the rather small microgranitic intrusions od Socotó - Trecho Velho) and the low-grade regional metamorphic metaultramafics with local emerald mineralizations. In the outlined petro-metallogenetic context, the main lithotypes potentially envolved with the emerald mineralizations were studied with multidisciplinary methods, including field geology and, as main laboratory work, mineralogical and petrographical techniques (including fluid inclusions microthermometry), X-ray crystallography, IR-spectroscopy and geochemistry (including bulk rock major and trace element analytics, mineral chemistry and stable isotopes). The main petrographical and bulk geochemistry results revealed the premetasomatic variability of the metaultramafic rocks, ranging from peridotitic to pyroxenitic and olivine-gabbro noritic compositions, as well as their possible derivation from volcanic and/or subvolcanic protoliths of volcano-sedimentary (supra-crustal) sequences of old precambriam (lower Proterozoic or Archean) age. However, it was not possible to establish specific genetical relationships between any of the regional and/or local granitic rocks and the emerald mineralizations. All the evidences found indicate the origin of the studied emerald mineralizations as related with tectono-metamorphic and metasomatic processes younger than the granitic rocks (of the Complexo Metamórfico Migmatitico, the Carnaíba and Campo Formoso batholiths and the Socotó microgranites), due to fault-related circulation and interactions of fluids of deep crustal, magmatic to postmagmatic and/or metamorphic origins with the metaultramafic wall-rocks. These caused alkaline-potassic alterations with enrichments (from more to less systematic) of: K, Rb, Ba, Al, Ga, Zr, Y, La, Pb and U, along with the transformation of the metaultramafics into phlogopitites. The diggings (garimpos) of Marota, Carnaíba and Trecho Velho, Socotó host two types (and generations) of emerald mineralizations. The older one, designated as type 1, was found in Carnaíba and Socotó and consists of pegmatoid plagioclasitic discordant veins, disposed in a system of essentially ruptile structures of medium- to high-angle transtensive and transpressive faults and fractures. These veins caused the metasomatic alteration and transformation of the metaultramafic wall rocks into phlogopitites, occurring as bilateral symmetrical zones. In this type of mineralization the emeralds occur in the vein itself (type 1-pegmatoid) and in the vein-related, adjacent phlogopitite zones (type 1-phlogopitite). The emeralds show typical greenish and green colours, being stronger coloured in the phlogopitite and in the adjacent border zones of the veins, and are commonly fractured, due to younger tectonics. They possess high alkali contents (mainly Na) in the crystallographic channels and carbonic, hydrous and carbonic, and hydrous fluid inclusions (FI). The FI were entrapped at minimum temperatures of 200 - 225°C that may be considered as the minimum formational temperatures of the emerald crystals. The fluid pressures during the crystallization of the emeralds were realtively high, as evidenced by the high fluid contents of the crystallographic channels. The FI studies indicate a heterogeneous fluid system and entrapement pressures in the range of 1 - 2 Kb. The type 1 -pegmatoid emeralds od Socotó present a slight expansion of crystallographic \'a IND. O\' when compared to their analogues of Carnaíba. The second type of mineralization (type 2) was studied only at Carnaíba (Marota). It occurs as emerald mineralization (type 2) was studied only at Carnaíba (Marota). It occurs as emerald mineralized non-deformed (discordant) quartz veins younger than the pegmatoid plagioclasitic veins and mineralizations. The emerald crystals are perfectly idiomorphic, of intense green colour and show high alkali contents in the crystallographic channels. The primary FI are essentially hydrous and saline, indicating the entrapement of a homogeneous fluid system at minimum temperatures of 190 - 225°C and mean fluid pressures of 220 - 400 b, conditions that clearly point to a shallower crustal depth of formation.
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Geologia e petrografia da área Potiraguá, Bahia, Brasil / Not available.

Paulo Ganen Souto 01 February 1972 (has links)
A área de Potiraguá, no sul do Estado da Bahia, é constituída geologicamente por rochas metamórficas pré-cambrianas de pelo menos três idades diferentes. Os granulitos da parte oriental, representados localmente por associações ácidas e intermediárias (enderbitos), são orientados segundo N-NE, com fortes mergulhos para W. Essas rochas têm idades superiores a 2,5 bilhões de anos. Aos granulitos parecem associados migmatitos e gnaisses que ocorrem em torno de Potiraguá. Na parte ocidental, quartzitos, quartzo-muscovita-xistos e gnaisses cataclásticos formam uma seqüência mais nova, que foi correlacionada às rochas do embasamento sul do Grupo Rio Pardo, datadas do Pré-Cambriano Superior. Ao sul da área, rochas carbonáticas fracamente metamórficas foram assumidas do Grupo Rio Pardo, cujo metamorfismo ocorreu a 470 milhões de anos. Anortositos formam um maciço alongado de direção N-S, encaixado em rochas granulíticas. São compostos principalmente de andesina-labradorita, augita, hiperstênio e olivina, apresentando todas as características dos anortositos que formam intrusões independentes em terrenos pré-cambrianos de diversas partes do mundo. Não foram encontradas evidências que pudessem relacionar os anortositos às rochas da série charnoquítica (granulitos). Três maciços alcalinos foram delimitados, alinhando-se na direção N-NW. A idade das rochas alcalinas de Potiraguá foi determinada, sendo da ordem de 765 milhões de anos, bastante mais antiga em relação as outras províncias alcalinas brasileiras. Petrograficamente, foram determinadas rochas da família dos nefelina-sienitos, com tipos de transição para os litchfielditos. Em muitos casos, sodalita substitui completamente a nefelina, formando os sodalita-sienitos. Pertita constituída de microclina e albita, nefelina, cancrinita, biotita, anfibólio e sodalita são os minerais mais difundidos nas rochas da área, enquanto esfeno é, sem dúvida, o mais importante dos minerais acessórios. As determinações químicas mostraram que são rochas pobres em sílica, cálcio e magnésio e ricas em sódio e potássio, tendo um caráter atlântico forte. Alguns diagramas de variação apontaram resultados em grande parte concordantes com uma origem a partir da cristalização de um magma basáltico, não existindo, entretanto, qualquer outra prova de que este tenha sido o processo genético envolvido. Sienitos e quartzo-sienitos ocorrem próximos às rochas alcalinas, havendo notável concordância estrutural entre os quartzo-sienitos da Serra das Araras e os nefelina-sienitos, tendo sido sugerido um relacionamento genético. / Not available.
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Geologia, petrologia e geocronologia dos gnaisses e rochas associadas na região entre Carrancas, Minduri e Luminárias (MG) / not available

Caio Arthur Santos 11 June 2014 (has links)
A região da cidade de Carrancas (sul de Minas Gerais) tem sido, a exemplo de toda a área a sul do Cráton São Francisco, objeto de diversos estudos, principalmente desde o inicio da década de 80. Entretanto, esses estudos focam principalmente nas unidades metassedimentares e suas relações entre si, enquanto rochas gnáissicas e associadas, que ocorrem numa faixa que se estende para sudoeste de Carrancas por cerca de 150 km, tem recebido pouca atenção. Assim, o presente trabalho visou separar e descrever os diferentes tipos de gnaisses e rochas associadas e esclarecer as relações entre essas rochas e as unidades metassedimentares adjacentes. Os trabalhos de campo mostram que, na maior parte da área estudada, aflora uma mesma unidade, composta principalmente por gnaisses com feições migmatiticas, em meio aos quais ocorrem intercalações principalmente de rochas metaultramáficas, mas também de rochas metamáficas e metassedimentares. Tal como apontado por Coutinho (2012) e Gengo (2010), na região a oeste da Serra das Bicas essa associação se situa tectonicamente acima dos metassedimentos do Grupo Carrancas, os quais, por sua vez cavalgam uma associação semelhante que ocorre a leste da referida serra. Foi inferido um traçado para o contato entre a associação a oeste (Nappe Gnáissica) e a associação a leste (Associação Gnáissica Inferior), o qual fica implícito nos trabalhos citados acima. Os gnaisses migmatíticos são rochas bandadas que apresentam grande variação composicional, muito embora exista um padrão de bandas ricas em plagioclásio e minerais máficos associadas a bandas ricas em microclínio e pobres em minerais máficos. As evidências petrográficas e geocronológicas não sustentam a hipótese de derivação sedimentar para esses gnaisses e sugerem que esses são migmatitos fortemente deformados. A análise das rochas metaultramáficas descritas, combinada com uma revisão dos dados disponíveis, mostra que estas foram submetidas a processos metassomáticos cujo momento de ocorrência, natureza e intensidade variaram de corpo para corpo. Datações U-Pb em zircão apontam idade de 2,75 Ga para os gnaisses migmatíticos e de 2,1 Ga para um corpo de tonalito pouco deformado presente na Associação Gnáissica Inferior. A idade de 2,75 Ga, obtida no litotipo predominante, é correlacionável a idades determinadas em complexos gnáissicos da região sul do Cráton São Francisco (Complexos Bonfim, Belo Horizonte e Bação), e contrasta com idades obtidas no Complexo Mantiqueira, ao qual os gnaisses da área de estudo são correlacionados em alguns trabalhos. / The region of Carrancas township (southern Minas Gerais state), like the whole area to the south of the São Francisco Craton, has been the target of many studies, mainly since the beginning of the 80\'s. However, these studies focus mainly the metasedimentary units and the relationships amid them, while the gneissic and associated rocks, that occur in a stripe stretching to the southwest of Carrancas for around 150 km, have received little attention. So, this work aims to separate and describe the different types of gneisses and associated rocks, and to clarify the relationships between them and the adjacent metasedimentary units. The fieldwork shows that in most of the area a same unit crops out, composed mainly by gneisses with migmatitic features, in the middle of which occur lenses of metaultramafic rocks and, less often, metamafic and metasedimentary rocks. As was pointed out by Coutinho (2012) and Gengo (2010), in the region to the west of Serra das Bicas this association tectonically overlays the metasedimentary rocks of the Carrancas Group, which, in turn, overlay a similar association that occurs further east. The contact between the western association (the Gneissic Nappe) and the eastern association (the Inferior Gneissic Association), which remains implicit in the works cited above, had its trace inferred. The migmatitic gneisses are banded rocks that show great compositional variation, despite the fact that there is a pattern of plagioclase- and mafic minerals-rich bands associated with bands that are microcline-rich and mafic minerals-poor. Petrographic and geochronological evidence do not support the hypothesis of a sedimentary derivation for these gneisses, and suggest that they are strongly deformed migmatites. The analysis of the described metaultramafic rocks, combined with a review of the available data, shows that they were submitted to metasomatic processes whose time of occurrence, nature and intensity varied form lens to lens. U-Pb zircon dating furnished an age of 2,75 Gy for the migmatitic gneisses and 2,1 Gy for a weakly deformed tonalitic body that occurs in the Inferior Gneissic Association. The 2,75 Gy age, obtained in the dominant lithology, can be correlated with ages determined in gneissic complexes of the southern São Francisco Craton (Bonfim, Belo Horizonte and Bação Complexes) and differs from the ages obtained in rocks belonging to the Mantiqueira Complex, to which the gneisses of the area are related in some works.
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Petrogênese e geocronologia U-Pb do magmatismo granítico tardi- a pós-orogênico no batólito Agudos Grandes (SP) / not available

Leite, Renato Jordan 28 March 2003 (has links)
O presente trabalho integra mapeamento faciológico, petrografia, geoquímica, isotopia Rb-Sr e Sm-Nd, e geocronologia U-Pb no estudo de magmatismo tardi- a pós orogênico do batólito granítico Agudos Grandes, uma extensa unidade Neoproterozóica intrusiva no Complexo Embu, porção central da Faixa Ribeira. Os principais corpos tardi-orogênicos do batólito ocorrem como uma sucessão de intrusões elipsoidais complexamente zonadas que, em direção a oeste, têm caráter progressivamente mais félsico e são mais afetadas por processos hidrotermais. Todos os plútons foram datados pelo método U-PB em monazita, e têm idades indistinguíveis, de \'DA ORDEM DE\'600 Ma. Os termos menos diferenciados são constituintes principais do granito Piedade; peculiar é a linhagem peraluminosa (muscovita-biotita granitos) de borda, que deve ter se gerado por forte contaminação de magmas básicos por material metassedimentar, e contrasta com a linhagem metaluminosa central (biotita granitos portadores de titanita) por exibir menor Mg#, maior Al, padrões de ETR mais fracionados, \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' mais negativo (-14 a -15 versus -12 a -14) e maior \'ANTIPOT. 87 Sr\'/\' ANTIPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0,712-0,713 versus 0,710-0,711). Os granitos mais diferenciados, presentes nos maciços Roseira, Serra dos Lopes e Pilar do Sul, têm assinatura isotópica de Sr e Nd consistente com origem a partir de magmas similares aos da linhagem peraluminosa de Piedade através de processos de assimilação e cristalização fracionada. Os granitos tardi-orogênicos mostram algumas similaridades importantes com os granitos sin-orogênicos cálcio-alcalinos de alto K que formaram a massa principal do batólito Agudos Grandes a \'DA ORDEM DE\'610 Ma, entre elas os teores elevados Sr e os padrões de ETR muito fracionados e com fracas anomalias negativas de Eu, sugestivos de fontes profundas, fora campo de estabilidade do plagioclásio. Dois conjuntos de granitos pós-orogênicos, ambos com afinidades geoquímicas com granitos de tipo A (altos K/Na, Y, Nb e Zr e baixos Al, Ba, Sr e Mg#), foram identificados. A \'DA ORDEM DE\'585 Ma se formaram os plútons São Miguel Arcanjo e Capão Bonito, integrantes da Província Itu, que exibem \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' fortemente negativos (\'DA ORDEM DE\'-16) e altos \'ANTIPOT. 87 Sr\'/ \'ANTIPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0,715-0,717) e Th/U, consistentes com a participação importante de crosta antiga empobrecida. A \'DA ORDEM DE\' 565 Ma formaram-se os plútons fortemente alongados Serra da Bateia e Serra da Queimada, que têm assinatura isotópica mais primitiva (e.g., \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' = -10 a -12), possivelmente refletindo a participação de um componente de manto, mas também incorporando material de crosta menos empobrecida. Esses plútons tardios podem ter se formado como reflexos intra-placa de processos orogenéticos que ocorriam mais a NE. O baixo Mg# dos granitos pós-orogênicos indica geração sob condições redutoras, o que é confirmado pela química dos minerais máficos. Os padrões de ETR pouco fracionados com anomalias negativas de Eu bem definidas sugerem que a geração dos magmas parentais dos granitos pós-orogênicos ocorreu a profundidades menores, dentro do campo de estabilidade do plagioclásio. / The present study combines faciological mapping, petrography, geochemistry, Rb-Sr and Sm-Nd isotope geochemistry, and U-Pb geochronology as tools in the study of the late- to post-orogenic magmatism in the Agudos Grandes granitic batholith, an extensive Neoproterozoic unit intrusive into the Embu Metamorphic Complex, central portion of the Ribeira Belt. The main late-orogenic bodies occur as a succession of zoned ellipsoidal plutons which are progressively more felsic and were more affected by hydrothermal processes westwards. All the plutons were dated by the U-Pb method in monazite, and yield undistinguishable ages at \'DA ORDEM DE\'600 Ma. The least differentiated rocks are the main constituents of the Piedade granite; peculiar is the border peraluminous lineage (muscovite-biotite granites), which seems to have been generated by strong contamination of basic magmas with metasedimentary material, and differs from the central metaluminous lineage (titanite-bearing biotite granites) by its lower Mg#, higher Al, more fractionated REE patterns, more negative \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' (- 14 to -15 versus -12 to -14) and higher \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0.712-0.713 versus 0.710-0.711). The more differentiated granites, which predominate in the Roseira, Serra dos Lopes and Pilar do Sul massifs, have Sr and Nd isotope signature consistent with an origin from magmas akin to the Piedade peraluminous lineage through assimilation-crystal fractionation (ACF) processes. The late-orogenic granites show some important similarities with the \'DA ORDEM DE\'610 Ma syn-orogenic high-K calc-alkaline granites that make up the bulk of the batholith, such high Sr contents and strongly fractionated REE patterns with weak negative Eu anomalies, suggestive of deep sources, outside the feldspar stability field. Two groups of post-orogenic granites were identified, both with A-type geochemical affinites (high K/Na, Y, Nb and Zr and low Al, Ba, Sr and Mg#). At \'DA ORDEM DE\'585 Ma the São Miguel Arcanjo and Capão Bonito plutons were formed, as a part of the Itu Province; these granites have strongly negative \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' (\'DA ORDEM DE\'-16), high \'ANTPOT 87 Sr\'/\'ANTPOT 86 S\'\'r IND. T\' (0.715-0.717) and Th/U, suggestive of sources within a depleted old crust. At \'DA ORDEM DE\'565 Ma the elongated Serra da Bateia and Serra da Queimada plutons were formed, with a more primitive isotope signature (e.g., \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' = -10 a -12), possibly reflecting a mantle component, but also incorporating less depleted crust material. These late plutons may have formed as within-plate reflections of coeval orogenic processes occurring to the NE. The Mg# of the post-orogenic granites is indicative of generation under reducing conditions, which is confirmed by the chemistry of mafic minerals. The weakly flactionated REE patterns with well-defined negative Eu anomalies suggest that their parent melts were generated at lower depths, within the plagioclase stability field.
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Enxames de diques máficos do setor sul do Cráton do São Francisco - MG / Not available.

Chaves, Alexandre de Oliveira 19 June 2001 (has links)
O mapeamento geológico e as investigações petrográficas, geoquímicas e geocronológico/isotópicas aqui desenvolvidas, integradas aos dados disponíveis na literatura, permitiram distinguir, numa área da ordem de 30.000\'Km POT.2\' do setor sul do Cráton do São Francisco, seis manifestações de magmatismo básico na forma de enxames de diques. Registrando importantes eventos geológicos regionais, os enxames, nomeados E1, E2, E3, E4, E5 e E6, guardam características geoquímico/isotópicas bem definidas, apesar das inúmeras similaridades entre seus corpos em escala de afloramento. Com algumas exceções, mostram texturas ígneas subofíticas a intergranulares e uma seqüência de cristalização com augitas e plagioclásios como minerais primários, seguida de opacos, apatita, quartzo e, às vezes, biotita, olivina ou titanita. Feições de saussuritização e uralitização são bastante freqüentes. Diques anfibolíticos, com coronas de granada metamórfica, aparecem no enxame E3. O mais antigo \"enxame\" de diques máficos, E1 (neoarqueano), está representado basicamente por dois corpos dentro da área investigada, na sua porção extremo-sul, cruzando gnaisses-migmatíticos do Complexo Campo Belo. Eles preservam texturas ígneas granulares hipidiomórficas a intergranulares. Com cerca de 50 Km cada, apresentam direção NW e, em termos geoquímicos, variam de toleítos a andesitos basálticos, com os maiores valores de Mg# (55 a 75), indicando magmas pouco fracionados, dentre os enxames estudados. O padrão de elementos terras-raras (ETR) mostra um pronunciado fracionamento das leves (ETRL) em relação às pesadas (ETRP), com anomalias negativas de Eu. Diques cogenéticos aos E1, na região adjacente de Lavras, foram datados em 2658 \'+OU-\' 44 Ma (SM-Nd) por Pinese (1997), tendo ele deduzido que, praticamente isentos de contaminação crustal, se originaram de fonte mantélica enriquecida nas razões Rb/Sr e empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'\'IND Nd\'(2,65 Ga) variam de -1,5 a -2,1 para os diques menos evoluídos (\'T IND.DM\' 2,80-2,86 Ga) e de +1,6 a +2,5 para os mais evoluídos (\'T IND.DM\' 2,17-2,24 Ga). Provavelmente, os diques E1 e os básicos-noríticos de Pinese (op. cit.), ambos do mesmo enxame, registram as fases finais do envento Rio das Velhas. Sem dados isotópicos, o enxame E2 mostra seus corpos cortando gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim e as litologias do Supergrupo Rio das Velhas, com largura entre 10-50m e comprimento entre 20-100Km. O fato de que os diques E2 não cruzam litologias do Supergrupo Minas e aparentemente cortam os diques arqueanos E1 sugere a especulação de que os mesmos teriam irradiado para NW, W e SW a partir de uma fonte situada à leste da área, nas imediações do Quadrilátero Ferrífero, e corresponderiam ao registro do evento extensivo gerador da bacia sedimentar que teria recebido os sedimentos do Supergrupo Minas, na transição Arqueano-Paleoproterozóico. Seus valores de Mg#(40-60) indicam magmas mais fracionados que dos E1. Variam também de toleítos a andesitos basálticos em termos geoquímicos e mostram um enriquecimento geral de ETR, com discretas anomalias negativas de Eu. O terceiro enxame, E3, com corpos de direção predominante NNW, mostra sua evolução relacionada ao desenvolvimento de zonas de cisalhamento transcorrente transamazônicas (ZCT), ou seja, seus diques intrudiram sintectonicamente nas porções transtensionais das mesmas. Após a consolidação magmática, foram metamorfisados em função da continuidade dos movimentos horizontais ao longo das ZCT. Essa deformação teria originado texturas metamórficas blasto-subofiticas a granoblásticas/nematoblásticas e as \"sheared margins\" observadas na maioria dos diques E3. Alguns poucos diques se preservaram do metamorfismo, guardando a textura ígnea subofitica, e foram datados pelo método Rb-Sr em 2189 \'+OU-\' 45 Ma (razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 SR\' de 0,702027, indicando fonte mantélica, e MSWD 0,96), idade que marca o início da deformação transamazônica regional. Os diques deste enxame cortam tanto gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, como também as litologias do Supegrupo Rio das Velhas. Constituem discretos lineamentos ao longo de centenas de metros a poucas dezenas de quilômetros e têm larguras que vão de 2m a cerca de 80m, com média de 30m. São certamente cortados por diques E4 e E5, mais recentes. A respeito da mobilidade de elementos químicos em processos metamórfico-hidrotermais, ficou evidenciado, com base em diagramas MPR, que houve mobilização parcial somente de K e Na durante os processos metamórficos que atingiram os E3. Geoquimicamente, são basaltos toleíticos com Mg# entre 35-55, ligeiramente mais evoluídos que os enxames E1 e E2 em termos do fracionamento magmático. Mostram altas razões Zr/Nb e baixas razões Zr/Y em comparação aos demais enxames da área investigada e discreto fracionamento de ETR, com anomalias negativas de Eu e a menor razão \'(La/Yb) IND.N\' dentre todos os enxames (entre 1,06-3,48). Quanto às características isotópicas da fonte dos E3, aparentemente isenta de processos de assimilação crustal, é enriquecida nas razões Rb/Sr e Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.ND\' (2,2 Ga) variam de -0,5 a -1,0 e os de \'T IND.DM\' encontram-se entre 2.65 e 3.08 Ga. O mais expressivo enxame em termos de dimensões e número de diques é o E4. Com direções N50-60W, são lineamentos que se destacam em imagens de satélite e mapas aeromagnéticos. Alguns diques alcançam 150 Km de comprimento em afloramento e se prolongam por sob a cobertura Bambuí. Cortam gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, as litologias dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas e os diques dos enxames E1, E2 e E3. O material dos diques tem feições de diabásios, sendo os de granulação mais grossa dentre os enxames investigados. Alguns corpos são porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio de até 15 cm na maior dimensão e outros guardam diferenciados félsicos em seu interior. A textura ígnea predominante é a subofitica. Sua intrusão parece ter havido por fraturamento magmático, dada a inexistência de zonas de fraqueza pré-existentes de direções N50-60W, causado por uma possível pluma mantélica situada à noroeste do setor sul do Cráton, um fenômeno geológico que permite explicar o fluxo magmático horizontal de NW para Se, registrado por feições de contato com a encaixante, orientação dos fenocristais de plagioclásio na mesma direção dos diques e dados preliminares de anisotropia da susceptibilidade magnética. Os E4 constituem-se basicamente de andesitos basálticos (raros diques mostram tendência alcalina). Com relação à norma CIPW, são quartzo-toleítos como os demais enxames. Os valores de Mg# situam-se entre 25 e 55, apontando magmas bastante evoluídos, e mostram fracionamento de ETR, com as mais pronunciadas anomalias negativas de Eu (Eu/Eu* 0,64-0,85) dentre os enxames investigados. Os E4 foram datados pelo método Rb-Sr em 1740 \'+OU-\' 54 Ma, com razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' de 0,70562 \'+OU-\' 0,00092 (MSWD 1,3). Esse valor corrobora com a idade de 1714 \'+OU-\' 5 Ma encontrada por Silva et al. (1995) pelo método U-Pb para rocha similar dentro da área investigada e marca localmente a ampla Tafrogênese Estateriana responsável pela fissão da massa continental paleoproterozóica pré-existente, designada Atlântica. O elevado valor da razão inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 SR\' é atribuído a processos de assimilação crustal sofridos pelos E4. Sua fonte é enriquecida nas razões Rb/Sr e levemente empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.Nd\'(1,7 Ga) levemente negativos, entre -0,2 e -2,5, parecem indicar que o magma dos E4 sofreu algum grau de residência crustal e, sendo eles próximos a zero (-0,2), apontariam para uma fonte pouco diferenciada, ou seja, a referida pluma mantélica. Seu \'T IND.DM\' encontra-se entre 2,13-2,58 Ga. Outra geração de diques proterozóicos, porém de direções N60-70E, cruza a porção sul do Cráton, alguns com mais de 100 Km de extensão. Pertencem ao enxame E5 e cruzam gnaisses-migmatíticos e granitóides dos Complexos Belo Horizonte, Campo Belo e Bonfim, as litologias dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas e os diques dos enxames E2, E3 e E4. Preservam a textura ígnea ofitica a intergranular em tipos de granulação média a fina. Tipos porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio de até 5cm, são também encontrados. Amostras isotopicamente similares, oriundas dos E5 e da região adjacente do Espinhaço Meridional (NE da área investigada), produziram uma isócrona Sm-Nd de 984 \'+OU-\' 110 Ma (razão inicial \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT.144 ND\' de 0,511355, típica de fonte mantélica, e MSWD 1,8). A afinidade temporal dos diques e sills de 906 \'+OU-\' 2 Ma (U-Pb, Machado et al., 1989) do Espinhaço Meridional reforça a idéia de que eles sejam cogenéticos aos E5, sendo todos eles marcadores locais da Tafrogênese Toniana, que registra a quebra do supercontinente Mesoproterozóico pré-existente, denominado Rodínia. Os E5 teriam irradiado para SW na área investigada a partir de pluma mantélica, proposta por Correa-Gomes & Oliveira (1997) na interfácie Brasil-África, há 1,0 Ga. Geoquimicamente, os E5 correspondem a basaltos toleíticos (Mg# entre 35 e 45 e mostram os maiores índices defracionamento de ETR [\'(La/Yb) IND.N\' 9,93-15,59] e razões Zr/Y dentre todos os enxames. É o único com anomalias positivas de Eu, similares às dos diques do Espinhaço Meridional. Isotopicamente, sua fonte é enriquecida nas razões Rb/Sr e levemente empobrecida na razão Sm/Nd em relação à \"Terra Global\". Os valores de \'épsilon\'IND.ND\'(0,9 Ga), entre -0,3 e -1,0, parecem indicar que o magma gerador dos E5 sofreu algum grau de residência crustal e, sendo próximos a zero, apontariam para a fonte - pluma - quase condrítica. Idades modelo (\'T IND.DM\') para os E5 estão entre 1,44-1,62 Ga. Os diques E5 não cortam o Grupo Bambuí, o que limita a sua deposição em ~0,9-1,0 Ga. O \"enxame\" E6 mostra dois diques, com direções aproximadas E-W e largura máxima de 10m, cuja rocha tem granulação muito fina, quase vítrea, e coloração negra. Eles são inferidos como mesozóicos, ou seja, representantes da quebra do Gondwana, por se apresentarem quimicamente similares a diques do Espinhaço Meridional e Lavras, de 120-220 Ma (K-Ar, Dussin, 1994; Silva et al., 1995; Pinese, 1997). São andesitos com Mg# entre 20-30, os mais evoluídos dentre os enxames, de acordo com este parâmetro. Mostram um maior fracionamento de ETRL em relação às ETRP, com anomalias negativas de Eu. Os enxames derivam de fontes mantélicas distintas, dadas as suas marcantes diferenças das razões Zr/Nb, Zr/Y, Zr/Sr, \'(La/Yb) IND.N\' e Eu/Eu* e dos referidos parâmetros petrológicos dos isótopos de Sr e Nd. / Supported by unpublished geological mapping and petrographic, geochemical and geochronological/isotopic data, compared and unified with those available from the literature, this research allowed the characterization of six basic magmatic episodes, occurring as dyke swarms in an area about 30.000 Km² in the southern part of the São Francisco Craton. Recording important regional geological events, the swarms E1, E2, E3, E4, E5 and E6 keep well defined geochemical/isotopic characteristics, despite dyke similarities in outcroup scale. The most of them shows subophitic to intergranular igneous textures and a crystallization sequence with augite and plagioclase as primary minerals, followed by opaque minerals, apatite, quartz and sometimes olivine, biotite or sphene. Saussuritization/uralitization processes are quite frequent. Several dykes of the swarm E3, with amphibole and garnet, have been subject to a metamorphic event of the high amphibolite facies. The oldest \"swarm\", E1, is represented so far, within mapped area, by two bodies outcropping in the southern part of the investigated region crosscutting migmatitic gneisses of the Campo Belo Complex. Each of them, outcrops along about 50 Km striking NW. At least one of them preserves intergranular igneous texture. Geochemically, they show close relationship to petrographic types oscillating between tholeiites and basaltic andesites. They have the highest Mg# (from 55 up to 75) among all the analized material, indicating poor fractional basic magmas. Its rare earth element (REE) patterns, with negative Eu anomalies, display a clear fractionation of the LREE as compared with that of the heavy ones (HREE). Cogenetic dykes, outcropping in the Lavras adjacent area, and dated by Pinese (1997), show de age 2.658 \'+ OU -\' 44 Ma (Sm-Nd). The same Author has found that they do not show any significant crustal contamination, and originated from a mantle source with high Rb/Sr values and low Sm/Nd values as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon\'Nd (2.65 Ga) values ranging from -2.1 up to -1.5 for the less evolved dykes (\'T IND. DM\' 2.80 -2.86 Ga) and from +1.6 up to +2.5 for the more evolved ones (\'T IND. DM\' 2.17-2.24 Ga). It can be expeted that the dykes E1 and the basic-noritic ones studied by Pinese (1997), belonging to the same swarm, record the final phases of the Rio das Velhas event. The dyke swarm E2 is represented by bodies crosscutting granitoids and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes and the Rio das Velhas Supergroup as well. They show outcropping widths ranging from 10 up to 50m and lengths ranging from 20 up to 100Km. The dykes E2 do not crosscut the Minas Supergroup, dated about 2.5 Ga. However they intersect the late archean dykes E1 dated about 2.65 Ga, suggesting that the dykes of this swarm may record an extension event which led to the opening of the basin that received the Minas Supergroup sediments, in the transition Archean-Paleoproterozoic. Irradiating to NW, W and SW, it is assumed that they originated from a source located to the east of the area, in the vicinity of the Quadrilátero Ferrífero. Its Mg # (from 40 up to 60) indicate more fractional magmas when compared with those from the dykes E1. Even so the dykes E2 show geochemical signatures ranging between tholeiites and basaltic andesites as well. Its REE patterns, with slight negative Eu anomalies, show an general enrichment in these elements. Unfortunately from this dykes the geocronological/isotopic data are not yet available. The bodies of dyke swarm E3, outcropping predominantly according to the NNW trend, show a close relationship to the development of transamazonic transcurrent shear zones (TSZ). In other words, these dykes have been syntectonic emplaced in the transtensional portions of the TSZ. Soon after the magmatic, consolidation, the dykes have been metamorphosed in the amphibolite facies following the horizontal displacements of the TSZ. This deformation originated both the blasto-subophitic to granoblastic metamorphic textures in the inner parts of these dykes and nematoblastic ones at the border (sheared margins). Luckily, among all these metamorphic dykes, the autor found two bodies, keeping the initial subophitic igneous texture, which did not undergo metamorphism. The Rb-Sr isochronic age of these dykes is 2.189 \'+ OU -\' 45 Ma (MSWD 0.96). The \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' initial ratio 0.702027 indicates a mantle source. This age marks the beginning of the regional transamazonic orogenetic phase. The dykes of this swarm cut granitoids and migmatitic and gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, and the Rio das Velhas Supergroup as well. They appear as pinch and swell like alignments whose outcroup lengths range from hundreds of meters up to few dozens of kilometers, and the outcrop widths change from 2m up to 80m (average 30m). They are certainly cut by the more recent dykes of the swarms E4 and E5. Geochemically the MPR diagrams have shown that there was only partial K and Na mobilization during the metamorphic processes affecting the dykes of the swarm E3. These tholeiitic basalts dykes, with Mg # ranging between 35 and 55, are slightly more evolved than those ones belonging to the swarms E1 and E2. They show high Zr/Nb values, low Zr/Y values and slight REE fractionation, with negative Eu anomalies and the smallest \'(La/Yb) IND. N\' ratio values among all the studied swarms. The isotopic characteristics of the E3 source, apparently without crustal assimilation, show enrichment in the Rb/Sr and Sm/Nd ratios as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon\'Nd (2.2 Ga) values range from -1.0 up to -0.5 and \'T IND. DM\' ages are 2.65-3.08 Ga. The E4 is the most expressive swarm both in dimensions and number of dykes. Striking N50-60W the dykes alignments stand out in satellite images and aeromagnetic maps. Some of these dykes are up to 150 Km long in outcrop and continue under the Bambuí cover as revealed by the aeromagnetic surveying. They cut granitoids and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, the Rio das Velhas and Minas Supergroups and the dykes of the swarms E1, E2 and E3 as well. The dyke material has diabase features and is coarse grained. The grain size is the greatest one among all the investigated swarms. Some bodies are porphyritic, with plagioclase phenocrysts whose length goes up to 15 cm in the largest dimension. The more thicker (up to 100m) becomes the dyke the more likely are the chances to find more felsic remnants differentiated inside of it. The predominant igneous texture is subophitic. Lacking weakness zones striking N50-60W preceding the intrusion, one constrained to think of a magmatic fracturing beginning just before the emplacement of the molten basic material. That could be induced by a possible mantle plume located northwesterly outside the southern part of the Craton. Such a magmatic fracturing would explain the horizontal magmatic flow, from NW to SE, recorded by small scale attributes near the contact with the country-rocks, orientation of the plagioclase phenocrysts in the same trend of the dykes, and by geochemical evolution along a dyke E4 from NW to SE. Preliminary unplubished data of anisotropy of magnetic susceptibility, showing the ellipsoid main axis parallel to the strike, lead to the same conclusion. The dykes of the swarm E4 are made basically of basaltic andesites. However, although seldom, some dykes show alkaline trend. According to the CIPW norm, the dykes basic material match well with quartz-tholeiites as it appears with the basic material of the other swarms as well. Their Mg #, ranging from 25 up to 55, point out to quite evolved magmas. They show REE fractionation, with the most sharp negative Eu anomalies (Eu/Eu* 0.64-0.85) among the studied basic material of all swarms. The Rb/Sr age of the E4 basic material is 1.740 \'+ OU -\' 54 Ma, with \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' initial ratio of 0.70562 \'+ OU -\'0.00092 and MSWD 1.3. This age is very similar to the U-Pb age of 1.714 \'+ OU -\' 5 Ma got by Silva et al. (1995) for similar rock material sampled inside of the investigated area. The swarm E4 singles out locally the world-wide Staterian Taphrogenesis accounting for the fission of the preexistent paleoproterozoic continental mass, designated Atlantic. The high value of the \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' initial ratio is attributed to crustal assimilation suffered by the E4 dykes, ratified at \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' versus 1/Sr two-component mixing diagram. The \'\'épsilon\' IND. Nd\' (1,7 Ga) values slightly negative, -0,2 to -2,5, also seem to indicate that the E4 magma suffered some degree of crustal residence. The longer was the crustal residence time of the molten basic material the greater was its crustal assimilation. The \'\'épsilon\' IND. Nd\'(1,7 Ga) value -0,2 means smaller assimilation and a magma composition closer to that of the material leaving the plume. The \'T IND. DM\' ages range from 2.13 up to 2.58 Ga. Another Proterozoic group of dykes striking N60-70E cross through the southern part of the Craton. They represent dyke swarm E5. Some of them crop out by more than 100 Km length. The dykes cut both granitoides and migmatitic gneisses of the Belo Horizonte, Campo Belo and Bonfim Complexes, the Rio das Velhas and Minas Supergroups and the dykes of the older swarms E2, E3 and E4 as well. Preserving ophitic to intergranular igneous structures, they are medium to fine grained. Porphyritic types, with plagioclase phenocrysts up to 5cm long, are also found. Samples, originating from dykes collected both in the E5 swarm and from those outcropping in the Southern Espinhaço adjacent region (Dussin 1997), NE of the investigated area, show strong isotopic similarities. Plotting the Sm-Nd own data along with those of Dussin (1997) a very good isochron (MSWD 1.8) was built from which the age 984 \'+ OU -\' 110 Ma was obtained. The \'ANTPOT 143 Nd\'/\'ANTPOT. 144Nd\' initial ratio value (0.511355), characterizes a mantle source. The occurrence of dykes and sills, in the Southern Espinhaço, 906 \'+ OU -\' 2 Ma (U-Pb) old according to Machado et al. (1989), seems to indicate a very strong temporal affinity between the basic material emplaced both as the E5 dykes and the above mentioned Espinhaço dykes and sills. All these are local markers of the Tonian Taphorogenesis, that registers the break of the mesoproterozoic preexistent Rodinia supercontinent. The E5 dykes, spreading out southwesterly within the investigated area, would originate from a mantle plume, 1.0 Ga old, situated in the Brazil-Africa interface proposed by Correa-Gomes & Oliveira (1997). The geochemical signature of the E5 basic material corresponds to tholeiitic basalts with Mg # ranging between 35 and 45. Among the basic material of all swarms, the E5 one shows the greatest values both for indexes of the REE fractionation [\'(La/Yb) IND. N\' ranging between 9.93 and 15.59] and for the Zr/Y ratios. Among all the studied basic material samples, only the E5 ones show positive Eu anomalies. That occurs with the neoproterozoic dykes of the Southern Espinhaço as well. Isotopicaly, its source material had high values for the Rb/Sr ratio and was slightly depleted in Sm giving its Sm/Nd ratio smaller values as compared with those of the Bulk Earth. The \'épsilon Nd\' (0.9 Ga) values, ranging from -1.0 up to -0.3, seem to indicate that the E5 parental magma underwent some degree of crustal residence. The \'épsilon\' Nd values, close to zero, point out to a near chondritic source. The E5 model ages (\'T IND. DM\') are 1.44-1.62 Ga. As the dykes E5 do not cut the São Francisco Supremo, the sedimentation of it must be younger than that of the E5 dykes whose age is situated, as we have shown above, between 0.9 and 1.0 Ga. The dyke \"swarm\" E6 is represented so far, within mapped area, only by two dykes. Striking nearly E-W they show a maximum outcrop width of 10m. Its rock material is very. Its rock material is very fine grained, almost vitreous, and black. It is assumed that they represent Mesozoic basic material emplaced during the Gondwana break. This assumption arose because they present a chemical signature very similar to that of the dykes outcropping both in the Southern Espinhaço and Lavras regions. All these dykes, dated by K-Ar, show ages ranging between 120 and 220 Ma (Dussin, 1994; Silva et. al., 1995; Pinese, 1997). They are andesites with Mg # ranging between 20 and 30. By this parameter they correspond to the more evolved basic material collected in all the swarms. Its REE patterns, with negative Eu anomalies, show a greater LREE differentiation as compared with that of the HREE. Taking into account the outstanting differences in the ratio values of Zr/Nb, Zr/Y, Zr/Sr, \'(La/Yb) IND. N\' and Eu/Eu*, the different Sr and Nd isotope petrogenetic parameters, the geological setting, the petrographic attributes and the geochemical signatures aforementioned, disclosed in the studied dyke swarms, one is compeled to assume different mantle sources, for these different basic materials.
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Caracterização dos processos geológico-evolutivos precambrianos na região de São Fidelis, norte do estado do Rio de Janeiro / Not available.

Batista, Job Jesus 07 December 1984 (has links)
Após vários anos de levantamento geológico básico na região norte do estado do Rio de Janeiro, propôs-se o desenvolvimento de pesquisa mais detalhada, de cunho científico mais profundo, tendo em vista a variedade de interrogações que se levantavam dentro do panorama geológico-evolutivo, configurado como de extrema complexidade. Além dos trabalhos iniciais de mapeamento sistemático, na escala de 1: 50.000, foram implementados trabalhos adicionais de campo em áreas selecionadas, petrografia de detalhe, estudos geocronológicos e abordagens geoquímicas. As feições tectônicas, estruturais e texturais, bem como as evidências petrológicas e os padrões geocronológicos e geoquímicos apresentados pelas rochas estudadas, permitem a caracterização dessa faixa como de típico cinturão móvel (\"móbile belt\") ensiálico. O relacionamento complexo entre os vários tipo litológicos é condicionado pelo caráter policíclico da faixa estudada, onde ocorreram diversos processos (plutonismo, migmatização, metamorfismo, deformação, anatexis ou palingênese, etc.) em diferentes fases precambrianas, muito provavelmente sendo atribuída ao Arqueano a fase primordial gerado de rochas. Acredita-se que boa parte da crosta continental dessa região já formada desde o Arqueano, sendo de constituição siálica, havendo retrabalhamento por deformação cisalhante no ciclo Transamazônico e por anatexis/palingênese no Brasiliano. Relacionado ao Arqueano ter-se-ia o embasamento plutônico (Agrupamento I do Complexo Juiz de Fora), de afinidade tonalítica (enderbitos e gnaisses porfiroblásticos), representando crescimento crustal através de processos plutônicos, com \"trend\" de diferenciação predominantemente de natureza calco-alcalina. Algumas indicações toleíticas poderiam significar um certo caráter bimodal. A esse embasamento sobrepor-se-ia pilha supracrustal (Agrupamento III - Complexo Paraíba), cujos produtos originais, depositados em tempos ) pré-Transamazônicos, seriam pelitos, psamo-pelitos, psamitos, margas, calcários, dolomitos, além da contribuição vulcânica. Durante o Ciclo Transamazônico (Proterozóico Inferior) todo o conjunto Arqueano (embasamento + supracrustais) seria intensamente afetado por movimentos cisalhantes, promovendo forte-blastomilonitização e catáclase, com aparecimento da primeira fase de migmatização, de caráter sin-tectônico, onde duas entidades apresentam expressão cartografável (unidades São José de Ubá e Monte Verde - Agrupamento II do Complexo Juiz de fora). No Ciclo Brasiliano (Proterozóico Superior) ocorre genralizada anatexis formando importantes massas granitóides e migmatitos a partir de produtos rochosos, com vivência crustal anterior, caracterizando as entidades do Complexo Serra dos Órgãos. Também, neste ciclo, ocorreram falhamentos transcorrentes em faixas reativadas. Não negligenciável é a possibilidade de atuação de evento intermediário entre os ciclos Transamazônico e Brasiliano (Ciclo Uruaçuano), relacionado ao Proterozóico Médio (mais ou menos 1.000 Ma.). Suportando esta hipótese existem algumas insinuações em resultados geocronológicos publicados. No Meso-cenozóico atuaram processos tradicionais, responsáveis pela quebra, fragmentação e separação do Gondwana, aos quais se ligariam magmatismo básico (diques de diabásio), magmatismo alcalino e formação de bacias costeiras. A evolução cinemática do cinturão é largamente dominada por movimentos verticais, porém análise de zonas de cisalhamento indicam movimentos transcorrentes. Pelas descrições dos processos atuantes no Arqueano, Proterozóico Inferior, Proterozóico Superior e Fanerozóico chega-se a umapostura não-uniformitarista em relação aos regimes tectônicos que afetaram esta porção da Província Mantiqueira, no norte fluminense, atribuindo-lhes rápido crescimento no Arqueano por fenômenos plutônicos; cisalhamento intenso no Proterozóico ) Inferior; predominância de eventos termais e reativações deformacionais no Proterozóico Superior e processos tracionais no Fanerozóico. Desta maneira estabeleceram-se grandes descontinuidades entre cada um das eras geológicas. / This work deals a study of geological processes in the evolution of a part of the North Fluminense region, which belongs to a polycyclic mobile belt. Besides the systematic 1:50.000 scale geological mapping, additional field work was carried out followed by detailed petrography, geochronological studies and geochemistry. In accord with the description of the processes that occurred in the Archean, Lower and Upper Proterozoic and Phanerozoic, a non-uniformitarian view is adopted for the tectonic regimes that affected this part of the Mantiqueira Province. The overall picture can be envisaged as one of rapid growth by plutonic phenomena ascribed to the Archean, intense shearing during Lower Proterozoic, predominance of thermal events and reactivated deformation in the Upper Proterozoic, and tractional processes in the Phanerozoic. In this way, distinct and significant discontinuities can be established between each geological era.
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Petrografia e Litogeoquímica dos Litotipos Granuliticos Ortoderivados da Cidade de Salvador, Bahia.

Souza, Jailma Santos de 27 November 2009 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-06-28T20:27:13Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Jailma Souza.pdf: 4644374 bytes, checksum: 8531d6b5d8183aac2e93f1b5cf17218b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-28T20:27:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Jailma Souza.pdf: 4644374 bytes, checksum: 8531d6b5d8183aac2e93f1b5cf17218b (MD5) / A região que compreende a cidade de Salvador é subdividida em três domínios geológicos principais: (i) a Bacia Sedimentar do Recôncavo, limitada a leste pela Falha de Salvador; (ii) a Margem Costeira Atlântica, formada por depósitos terciários e quaternários modelados por flutuações climáticas e do nível relativo do mar e (iii), o Alto de Salvador, que representa um horst de litotipos cristalinos, metamórficos de alto e médio grau. Estudos realizados por Barbosa et a. (2005), no Alto de Salvador, mostraram uma história geológica complexa, com grande diversidade de litotipos metamórficos de alto grau, deformados de modo polifásico e freqüentemente cortados por corpos tabulares monzo-sienograníticos e diques máficos. Os litotipos metamórficos ortoderivados representam a associação litológica predominante em Salvador. Os estudos petrográficos permitiram subdividir os litotipos ortoderivados em granulitos tonalíticos, granulitos charnoenderbíticos, granulitos monzocharnockíticos e granulitos quartzo-monzodioríticos. Contudo, os estudos petroquímicos possibilitaram a subdivisão destes litotipos. Assim, dos granulitos tonalíticos surgiram os subtipos (T1 e T2); dos granulitos charnoenderbíticos (CHED1, CHED2 e CHED3) e dos granulitos quartzomonzodioríticos (QMZD1, QMZD2 e QMZD3). A litogeoquímica mostra que a maioria dos granulitos ortoderivados se originaram a partir de magma cálcio-alcalino, sendo alguns tipos (T1, T2) pobres em potássio e outros (CHED1, CHED2, MZCH, QMZD1, QMZD2, QMZD3) ricos nesse elemento. Entretanto, um deles (CHED3) pode ser derivado de magma transicional tholeiítico/cálcio-alcalino. Quanto aos elementos traços verifica-se certa similaridade nos spidergrams dos litotipos estudados, com anomalias positivas de Ba, La, Zr e Y, e negativas de K, Ti, Ho, Yb e P. Por sua vez, os padrões de ETR são relativamente distintos, apresentando um forte fracionamento entre os ERTL em relação aos ETRP, característicos de magmas cálcio-alcalinos. Excetua-se o subtipo CHED3, que apresenta uma disposição aproximadamente subhorizontal, mais próxima de magmas tholeiíticos. / ABSTRACT - The region that the city of Salvador is located is subdivided in three main geologic domains: (i) the Recôncavo Sedimentary Basin, limited in the east by the Fault of Salvador; (ii) the Atlantic Coastal Margin, formed for tertiary and quaternary deposits shaped by climatic changes and of the relative level of the sea and (iii), the Salvador high, that represents one horst of crystalline lithotypes, metamorphism of high and medium degrees. Studies carried through by Barbosa et al. (2005), in the high portion of Salvador, had shown a complex geologic history, with great diversity of metamorphic lithotypes of high degree, polyphase deformed and frequently cut by monzosienogranites and mafic dykes. The orthoderived metamorphic lithotypes represent the predominant lithologic association in Salvador. Petrographic studies had divided these lithotypes in tonalitic granulites, charnoenderbitic granulites, monzocharnockitic granulites, quartz-monzodiorític granulites. However, petrochemical studies have allowed the subdivision these rocks. Thus, the tonalitic granulites occur subtypes (T1 and T2), the granulites charnoenderbites (CHED1, CHED2 and CHED3) and quartz-granulites monzodioritic (QMZD1, QMZD2 and QMZD3). The lithogeochemistry shows that the orthoderived granulites were originated from calc-alkaline magma, being in some types (T1, T2), poor in potassium and others (CHED1, CHED2, MZCH, QMZD) rich in that element, and/or of calcalkaline tholeiitic transitional magma, as for example, the subtype CHED3. About the trace elements, a similarity in the spidergrams of the studied lithotypes is verified, with positive anomalies of Ba, Th, Zr and Y, and negative anomalies of K, Y, Ho, Yb and P. The partterns of REE of these lithotypes are relatively distinct, presenting a strong depletion between the LREE (light rare earth element) in relation to the HREE (heavy rare earth element), characteristic of calc-alkaline magmas, excepting subtype CHED3, that presents approximately flat parttern, next to tholeiitic magmas.
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Análise estrutural do metagranito capané no Complexo Porongos, Cachoeira Do Sul, RS

Zvirtes, Gustavo January 2014 (has links)
A análise estrutral é uma importante ferramenta na reconstrução de configurações tectônicas, especialmente em terrenos com complexa evolução estrutural, como o Cinturão Dom Feliciano, onde múltiplos eventos metamórficos e fases de deformação se sobrepõem durante sua construção. A análise estrutural do Metagranito Capané e suas relações com o Complexo Porongos são discutidas a partir do mapeamento geológico e da petrografia, integrados com a análise tectônica. O Complexo Porongos (CP) é constituído por quartzitos, xistos pelíticos, mármores e rochas calci-silicáticas intercalados com metavulcânicas ácidas a intermediárias. No interior do CP ocorrem corpos graníticos de formas tabulares, deformados e alongados segundo a direção NNE, com foliação milonítica paralela à foliação metamórfica de fácies xisto verde a anfibolito das rochas encaixantes. Posicionado no flanco oeste da Antiforme Capané, ao norte do complexo, o Metagranito Capané é um pertita granito milonítico, com contatos intrusivos em quartzitos e metapelitos. A intensa milonitização que afetou o granito está associada à atuação de zonas de cisalhamento oblíquas e transcorrentes. O granito apresenta texturas ígneas preservadas de modo localizado e uma foliação milonítica de direção NE bem desenvolvida mergulhando em média de 30º para WNW. A lineação de estiramento mergulha em baixo ângulo (<10º) para SSW, semelhante às lineações das suas encaixantes. Os porfiroclastos de K-feldspatos foram parcialmente à completamente recristalizados e são manteados por fitas de quartzo estirados e K-feldspato recristalizado. Porfiroclastos de aegirina estão estirados na foliação milonítica por processos de quebra de grão e boudinagem. As texturas e estruturas observadas são típicas de milonitos de grau médio, condição equivalente à suas encaixantes. Indicadores cinemáticos mostram movimentação de topo para NE. Os dados petrográficos sugerem que o Metagranito Capané evolui a partir de um magma alcalino, provavelmente posicionado antes do desenvolvimento das principais fases de deformação da Antiforme Capané (S1 e S2). A milonitização do granito está associada à evento deformacional compressivo de movimentação oblíqua a transcorrente, relacionado a etapa final de colisão entre os Crátons Rio de La Plata e Kalahari, durante a evolução pós-colisional do Cinturão Dom Feliciano. / The estrutral analysis is an important tool in the reconstruction of tectonic settings, especially in terrains with complex structural evolution, as the Dom Feliciano Belt, where multiple metamorphic events and deformation phases overlap during its construction. Structural analysis of Metagranito Capané and their relationships with metavolcanossedimentary rocks of Porongos Complex is discussed from geological mapping, structural geology and petrography, integrated with regional tectonic features. The Porongos Complex (PC) consists of quartzite, pelitic schists, marbles and calc-silicate rocks interleaved with acid to intermediate metavolcanic rocks. Over complex deformed and elongated tabular granitic bodies occur according to the NNE direction with mylonitic foliation parallel to the metamorphic foliation of the green schist to amphibolites facies of the host rocks. Positioned on the west flank of CapanéAntiform on north of the complex, CapanéMetagranite is represented by milonitic pertite granite which is intrusive in quartzites and metapelites. The intense mylonitization is associated with the development of oblique and strike-slip shear zones. The granite textures range from well preserved igneous to well-developed mylonitic foliation dipping on average 30° to WNW. The stretching lineation plunges at low angle (<10 °) for SSW, similar to their host rocks. In thin section porphyroclasts of K-feldspars were partially to completely recrystalized and are mantled by ribbons of quartz and recrystallized K-feldspar. Porphyroclasts of aegirine were streched in mylonitic foliation drawn by processes of grain breakage and boudinage. Such textures and structures are typical of medium-grade mylonites, equal their host rocks. Kinematic indicators indicate tectonic movement top to NE. The petrographic data it is suggested that the Capané Metagranite have mineralogical characteristics of alkaline magmas probably positioned before the development of the main deformation phases of Capané Antiform (S1 and S2). The granite mylonitization occurred in compressive deformational event with oblique- transcurrent movement, still associated with the collision between the Rio de La Plata and the Kalahari cratons during the period of post-collisional evolution of the Dom Feliciano Belt.
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Geologia estrutural e geoquímica das rochas metavulcânicas do Complexo Metamórfico Porongos comparadas aos ortognaisses do Complexo Várzea do Capivarita: um exemplo de intercalação tectônica no sul do Brasil

Battisti, Matheus Ariel January 2018 (has links)
Este trabalho foca no estudo das rochas metavulcânicas do extremo leste do Complexo Metamórfico Porongos (CMP), expostos na parte sul da Província de Mantiqueira. Assim, para investigar a história estrutural e cinemática do CMP, foi realizado estudos de detalhamento estrutural e petrografia, além de análises de geoquímica de rocha total e de microssonda eletrônica. As rochas de Encruzilhada do Sul (subárea 1) e Cerro do Alemão (subárea 2) são dacitos e riolitos que possuem assinatura geoquímica similar a rochas geradas em ambiente de arco magmático maduro, o qual teria ocorrido em torno de 790 Ma. Este mesmo vulcanismo e fases de deformação semelhantes são registrados no Complexo Várzea do Capivarita (CVC), embora em condições metamórficas diferentes. Os dados de geologia estrutural da área estudada revelam que a principal fase de deformação D1 é uma fase compressiva com pico metamórfico em fáceis anfibolito e, D2 e D3 são fases de deformação tardias que desenvolvem dobras em nível crustal raso com clivagem de plano axial. A principal estrutura de D1 é a intercalação entre S1 e S1 com textura milonítica, possivelmente desenvolvida sobre S0, e que sugere bandas de cisalhamento sub-horizontais preferenciais, interpretadas como geradas em uma evolução por fold and thrust belt. A lineação de estiramento (L1) é distribuída ao longo de um grande círculo nos estereogramas e pode indicar uma rotação ao longo de planos de cisalhamento, que deve estar relacionada a movimentos de transcorrência, similar ao descrito como deformação progressiva no Complexo Várzea do Capivarita. Assim, as bacias vulcano-sedimentares do Complexo Metamórfico Porongos e do Complexo Várzea do Capavirita podem ter compartilhado uma única bacia sedimentar, em que cada complexo ocupara diferentes níveis estratigráficos. Um evento colisional de direção E-W em torno de 650 Ma metamorfizou e gerou fold-thrusts em ambos os complexos, colocando-os lado a lado, no mesmo nível crustal. Estudos recentes indicam um evento metamórfico mais jovem, com idade mínima de 578 ± 1,6. Esse evento deve estar relacionado a reativação do estágio contracional e possivelmente gerou dobras em nível crustal raso nas rochas do leste do CMP, e as empurrou para o topo das rochas do oeste do CMP. / This study focuses on the metavolcanic rocks from the eastern part of the Porongos Metamorphic Complex (PMC), exposed in the southern part of the Neoproterozoic Mantiqueira Province, Brazil. In order to investigate the structural and kinematic history of this part of PMC, detailed structural mapping, petrography, whole-rock and mineral geochemistry were carried out. Metavolcanic rocks from Encruzilhada do Sul (subarea 1) and Cerro do Alemão (subarea 2) are dacites and rhyolites bearing a geochemical inprint of arc magmatism at the age of ca. 790 Ma. A correlated volcanism and similar deformational phases are recorded in the Várzea do Capivarita Complex (VCC), although at higher metamorphic grade. Structural investigation of the area reveals that the main deformation phase D1 is a compressive phase and reached the metamorphic peak at amphibolite facies conditions. D2 and D3 are late deformation phases which develop folds and axial plane cleavages. The most conspicuous D1 structure is an alternating of S1 and mylonitic-S1 and suggest preferential sub-horizontal shear bands, interpreted as related to a fold and thrust belt evolution. The scattering of stretching lineation (L1) along a great circle in stereoplots is interpreted as a result of shearing along these planes, similar to what is described for the progressive deformation of VCC nearby. The present dataset supports the interpretation that the volcano-sedimentary register of Porongos Metamorphic Complex and Várzea do Capivarita Complex possibly shared a common sedimentary basin taken to different crustal levels by deformation. A W-directed collisional event at 650 Ma metamorphosed the rocks and generated thrust-folds in both complexes, and placing them side by side at the same crustal level. As indicated by recent studies, a younger metamorphic event of 578 ± 1.6 as minimum age, must have folded the eastern part of PMC generating shallow-level folds, and thrusted the rocks on the eastern side to place them on top of western-side rocks of PMC.

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