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Privatização e política neoliberal: a resistência da categoria bancária no processo de privatização do Banespa (1995-2000)Oliveira, Humberto de [UNESP] 09 1900 (has links) (PDF)
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oliveira_h_me_mar.pdf: 687106 bytes, checksum: d46ce341d631333307ce6d01a4182c93 (MD5) / Esta pesquisa tem como tema investigar a resistência da classe trabalhadora bancária do Banespa contra a privatiza;ão da instituição no contexto da política neoliberal adotada no país. A pesquisa priorizou, especificamente, investigar a atuação da entidade representativa dos trabalhadores do Banco do Estado de São Paulo, a Afubesp-Associação dos Funcionários do Banespa. Destaca-se o movimento de resistência promovido pela associação dos trabalhadores, mobilizando a categoria bancária para impedir a privatização do banco. Neste processo, percebemos uma luta de classes entre capital e trabalho. Debatemos,nesta pesquisa, a conscientização política da vanguarda do movimento bancário, pois sua ofensiva possibilitou uma resposta positiva a sua atuação, juntamente com o sindicato da categoria em favor dos banespianos. Neste contexto, resgatamos um balanço histórico do movimento de resistência bancária, propondo uma análise crítica frente à mobilização desta categoria de trabalhadores. A relevância do estudo aponta para a análise de dados significativos sobre as transformações nas relações do trabalho bancário e enfoca a atuação de organismos de representação dos trabalhadores e do sindicato da categoria bancária, trazendo à memória valores intrínsecos à consciência de classe dos trabalhadores e da sua particularidade. Destaca,também, a pesquisa, que as formas de resistência adotadas pelos trabalhadores bancários, permitiu agir com procedimentos legais e jurídicos que possibilitou resistir à venda da instituição para um grupo financeiro privado, justificando sua ofensiva e promovendo um debate com vários setores da sociedade civil, chamando atenção para aquele momento singular da história brasileira, trazendo à tona discussões político-ideológicas em torno de interesses antagônicos. / This research theme is to investigate resistance of Banespa working class against the institution privatization in the context of the neo-liberal political science adopted in the country. It is prioritized, especially, to investigate the entity actuation that represents the State of São Paulo Bank employees, Afubesp (Associação dos Funcionários do Banespa). It is stood out the resistance movement promoted by workers association, mobilizing the bank class to impede the privatization. In this process it is realized a classes fight between capital and work. It is discussed the political consciousness of the bank movement vanguard, for, its offensive enabled a positive answer to its actuation, joined with the trade union in behalf of Banespa employees. In this context, it is recovered a historical examination of bank resistance movement, proposing a critique analysis about this working class mobilization. The importance of this study points to a critique analysis of significant facts about the transformations in the relationship of bank work, and focus on the actuation of organizations that represents the employees and the trade union of bank class, bringing to memory intrinsic values to working class conscience and its particularity. It is also stood out that resistance forms adopted by the bank employees allowed them to act with legal and juridical procedures which enabled them to resist the institution sale to a private financial group, justifying its offensive and promoting a discussion with a number of civilian society sectors, directing people attention to that peculiar moment of Brazilian history, becoming notable ideological and political discussion towards antagonistic interests.
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‘Agora tudo é bullying’ : uma mirada antropológica sobre a agência de uma categoria de acusação no cotidiano brasileiroBazzo, Juliane January 2018 (has links)
Esta tese oferta uma mirada antropológica sobre a agência da noção de bullying situada como uma categoria de acusação social no cotidiano contemporâneo brasileiro. Nascido como construto científico durante os anos 70, na região escandinava, o bullying conferiu nome a condutas, típicas em escolas, de intimidação sistemática entre pares, no interior de um decurso civilizatório no Ocidente que passa a atribuir reconhecimento a agressões de feitio moral. No Brasil, a acepção de bullying populariza-se apenas mais tardiamente, em meados da primeira década dos 2000. O espraiamento do conceito no país, inclusive para além dos muros das instituições de ensino, se dá num período sociopolítico específico: aquele de operação sem anterioridade na história nacional de um conjunto de políticas públicas nos campos da inclusão econômica e da diversidade social, alavancadas pelos governos presidenciais do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas iniciativas estatais colocam em primeiro plano tensões seculares presentes na sociedade brasileira perante alteridades e iniquidades de naturezas diversas. Tal quadro desencadeia uma série de disputas e confrontos que agência da noção de bullying trabalha por traduzir, comunicar e, concomitantemente, abastecer. Para problematizar isso, esta investigação apresenta-se como uma etnografia multissituada, a perseguir agenciamentos do bullying em diferentes domínios – científico, estatal, educacional, mercadológico e midiático – , em escalas sociológicas micro, intermediária e macro, a partir de acontecimentos ordinários e extraordinários. Os resultados apontam, de um lado, para um construto que, uma vez legitimado científica e politicamente, se revela potente em desencadear processos de subjetivação e estratégias de militância, capazes de denunciar uma gama de segregações e agir sobre elas. De outro lado, contudo, essas mobilizações encontram limites na exata medida que o conceito possui para subsidiar investidas neoliberais de gestão de populações, as quais demandam o autogoverno dos indivíduos em prol de uma pacificação ideal, mediante suspensão de contextos ético-políticos amplos e consequente perpetuação de desigualdades. A consideração dessa dupla faceta própria ao construto do bullying se coloca, assim, fundamental para pensar produções acadêmicas, políticas públicas, programas escolares de intervenção, produtos e serviços, bem como coberturas noticiosas, em ação no passado, ativos no presente ou, ainda, a serem planificados no futuro em favor dos direitos humanos e da justiça social. / The present dissertation offers an anthropological perspective on the agency of the notion of bullying as a category of social accusation in the Brazilian contemporary everyday life. Born as a scientific construct during the 1970’s in the Scandinavian region, the concept of bullying, within the Western civilization course that now recognizes moral character aggressions, gave a name to typically school-based conducts of systematic intimidation between peers. In Brazil, the notion of bullying is popularized only later, in the first decade of the 2000’s. The concept’s dissemination in the country, even beyond the walls of educational institutions, occurs in a specific sociopolitical period: an unprecedented moment in the national history for the operation of a set of economic inclusion and social diversity policies, leveraged by the presidential governments of the Workers’ Party (PT). These state initiatives bring to the fore secular tensions regarding alterities and inequalities of different natures that have always been present in the Brazilian society. Such framework unleashes a series of disputes and confrontations that the agency of the bullying notion works to translate, to communicate and, at the same time, to instigate. In order to problematize this scenario, this investigation presents itself as a multi-sited ethnography, pursuing bullying agencies in different domains – scientific, state-owned, educational, marketing and media – on micro, intermediate and macro sociological scales, by means of ordinary and extraordinary events. The results point, on the one hand, to a construct that, once legitimated scientifically and politically, proves itself potent in triggering processes of subjectivation and strategies of militancy, capable of denouncing a range of segregations and acting on them. On the other hand, however, these mobilizations find limits in the exact measure that the concept has been subsidizing neoliberal population management efforts, which demand the self-government of individuals for the ideal pacification, through suspending broad ethical and political contexts and consequently with the perpetuation of inequalities. Considering this double facet of the bullying construct is therefore essential for thinking about academic productions, public policies, school intervention programs, products and services, and also the news coverage which were in action in the past, active in the present, and to be planned in the future in favor of human rights and social justice.
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‘Agora tudo é bullying’ : uma mirada antropológica sobre a agência de uma categoria de acusação no cotidiano brasileiroBazzo, Juliane January 2018 (has links)
Esta tese oferta uma mirada antropológica sobre a agência da noção de bullying situada como uma categoria de acusação social no cotidiano contemporâneo brasileiro. Nascido como construto científico durante os anos 70, na região escandinava, o bullying conferiu nome a condutas, típicas em escolas, de intimidação sistemática entre pares, no interior de um decurso civilizatório no Ocidente que passa a atribuir reconhecimento a agressões de feitio moral. No Brasil, a acepção de bullying populariza-se apenas mais tardiamente, em meados da primeira década dos 2000. O espraiamento do conceito no país, inclusive para além dos muros das instituições de ensino, se dá num período sociopolítico específico: aquele de operação sem anterioridade na história nacional de um conjunto de políticas públicas nos campos da inclusão econômica e da diversidade social, alavancadas pelos governos presidenciais do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas iniciativas estatais colocam em primeiro plano tensões seculares presentes na sociedade brasileira perante alteridades e iniquidades de naturezas diversas. Tal quadro desencadeia uma série de disputas e confrontos que agência da noção de bullying trabalha por traduzir, comunicar e, concomitantemente, abastecer. Para problematizar isso, esta investigação apresenta-se como uma etnografia multissituada, a perseguir agenciamentos do bullying em diferentes domínios – científico, estatal, educacional, mercadológico e midiático – , em escalas sociológicas micro, intermediária e macro, a partir de acontecimentos ordinários e extraordinários. Os resultados apontam, de um lado, para um construto que, uma vez legitimado científica e politicamente, se revela potente em desencadear processos de subjetivação e estratégias de militância, capazes de denunciar uma gama de segregações e agir sobre elas. De outro lado, contudo, essas mobilizações encontram limites na exata medida que o conceito possui para subsidiar investidas neoliberais de gestão de populações, as quais demandam o autogoverno dos indivíduos em prol de uma pacificação ideal, mediante suspensão de contextos ético-políticos amplos e consequente perpetuação de desigualdades. A consideração dessa dupla faceta própria ao construto do bullying se coloca, assim, fundamental para pensar produções acadêmicas, políticas públicas, programas escolares de intervenção, produtos e serviços, bem como coberturas noticiosas, em ação no passado, ativos no presente ou, ainda, a serem planificados no futuro em favor dos direitos humanos e da justiça social. / The present dissertation offers an anthropological perspective on the agency of the notion of bullying as a category of social accusation in the Brazilian contemporary everyday life. Born as a scientific construct during the 1970’s in the Scandinavian region, the concept of bullying, within the Western civilization course that now recognizes moral character aggressions, gave a name to typically school-based conducts of systematic intimidation between peers. In Brazil, the notion of bullying is popularized only later, in the first decade of the 2000’s. The concept’s dissemination in the country, even beyond the walls of educational institutions, occurs in a specific sociopolitical period: an unprecedented moment in the national history for the operation of a set of economic inclusion and social diversity policies, leveraged by the presidential governments of the Workers’ Party (PT). These state initiatives bring to the fore secular tensions regarding alterities and inequalities of different natures that have always been present in the Brazilian society. Such framework unleashes a series of disputes and confrontations that the agency of the bullying notion works to translate, to communicate and, at the same time, to instigate. In order to problematize this scenario, this investigation presents itself as a multi-sited ethnography, pursuing bullying agencies in different domains – scientific, state-owned, educational, marketing and media – on micro, intermediate and macro sociological scales, by means of ordinary and extraordinary events. The results point, on the one hand, to a construct that, once legitimated scientifically and politically, proves itself potent in triggering processes of subjectivation and strategies of militancy, capable of denouncing a range of segregations and acting on them. On the other hand, however, these mobilizations find limits in the exact measure that the concept has been subsidizing neoliberal population management efforts, which demand the self-government of individuals for the ideal pacification, through suspending broad ethical and political contexts and consequently with the perpetuation of inequalities. Considering this double facet of the bullying construct is therefore essential for thinking about academic productions, public policies, school intervention programs, products and services, and also the news coverage which were in action in the past, active in the present, and to be planned in the future in favor of human rights and social justice.
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O PAPEL DO TERCEIRO SETOR NAS POLÍTICAS AMBIENTAIS DO ESTADO NEOLIBERAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DO COREDE CENTRO DO RIO GRANDE DO SUL / THE ROLE OF THE THIRD SECTOR IN RELATION TO THE NEOLIBERAL STATE ENVIRONMENTAL POLICIES: AN ANALYSIS FROM THE CENTER COREDE OF THE RIO GRANDE DO SUL STATEDickel, Mara Eliana Graeff 06 October 2010 (has links)
The year of 1990 can be considered one in which the environmental issue reaches more visibility in the international arena and represents compulsory subject on the agenda. It s also during this period that, under hegemonic influence of neoliberal thinking in a context marked by the democratic restructuring, NGOs (Non Governmental Organizations) shall assume and create mechanisms for the management of "abandoned" territories by public institutions, starting to act in defense of the assumption of civil society participation in the
state, assuming the role of public policies executors and supporting various forms of public services privatization, responding to the market demand. It is interesting to note that the emergence of ecological and environmentalists movements did not occur in a deserted political arena, its purposes are adding to the many social movements and popular causes that arise in response to the civilization model and exploratory force, acting as carriers of the
constituent elements for the introduction of citizen's rights and citizenship. The main objective of this dissertation is to discuss the role of Non Governmental Organizations (NGOs) operating in the environmental limit of COREDE Centre of RS, based on the environmental
policy of the Brazilian government after the 80's. The working sample consisted of active institutions (selected through the registration data provided by the Ministry of Justice) within the limits of COREDE Centre, considering only those who are dedicated specifically to environmental issues or working in related areas, totaling six institutions distributed among 19 counties in the Centre COREDE of the Rio Grande do Sul state. This research was based on a qualitative analysis methodology of managers and volunteers discourse analysis that belonged to the sample institutions. As a result, one can conclude that (a) the lack of a unified and updated database complicates the possibility of seeing in a clear way the relations between State and the third sector, also making harder the social control; (b) the institutions were not built through the process of social movements institutionalization; (c) mostly are functional to a corporate model consisting of neoliberal policies; (d) regarding the public policies, much of the sample was found to be consistent with the market precepts;
(e) despite the environmental issue is not the central focus of many institutions, even if there were found three institutions that address this issue with actions that fill a critical and emancipatory educational practice. / A década de 1990 pode ser apontada como aquela em que a questão ambiental atinge maior visibilidade no cenário internacional e se constitui tema obrigatório na agenda política. É também neste período, sob influência hegemônica do pensamento neoliberal, em um contexto marcado pela restruturação democrática, que as ONG s (Organizações Não
Governamentais) passam a assumir e a criar mecanismos de gestão dos territórios abandonados pelas instituições públicas, passando a atuar na defesa do pressuposto da
participação da sociedade civil no Estado, assumindo a função de executoras de políticas públicas e apoiando as várias formas de privatização dos serviços públicos, respondendo à demanda de mercado. É interessante destacar que o surgimento dos movimentos ecológicos e ambientalistas não ocorre em uma arena política deserta, seus propósitos vêm a somar aos de muitos movimentos sociais e causas populares que surgem em resposta ao modelo civilizatório e exploratório vigente, atuando como portadores dos elementos
constitutivos para introdução dos direitos do cidadão e da cidadania. O objetivo central da presente dissertação consiste em discutir o papel das Organizações Não Governamentais (ONG s) ambientalistas que atuam no limite do Corede Centro do RS, com base na política ambiental do Estado brasileiro pós década de 80. A amostra de trabalho foi constituída das instituições atuantes (selecionada através dos dados cadastrais fornecidos pelo Ministério da Justiça) nos limites do Corede Centro considerando apenas aquelas que se dedicam expressamente à temática ambiental ou atuam em áreas correlatas, totalizando 6 instituições distribuídas entre os 19 municípios do Corede Centro do Rio Grande do Sul. A presente pesquisa tomou como base uma metodologia de análise qualitativa apartir da análise de discurso dos gestores e voluntários das instituições componentes da amostra. Ao final pode-se concluir que (a) a inexistência de um banco de dados unificado e atualizado
dificulta ; a possibilidade de se visualizar de forma mais clara as relações entre o Estado e o Terceiro Setor, dificultando até mesmo seu controle social (b) as instituições da amostra não se constituíram a partir do processo de institucionalização dos movimentos sociais; (c) em sua grande maioria são funcionais a um modelo societário constituído pela política
neoliberal; (d) quanto às politicas públicas, grande parte da amostra mostrou-se condizente com os preceitos do Mercado (e) apesar da questão ambiental não ser foco central de
grande parte das instituições, mesmo constando em seu registro três instituições que abordam esta temática com ações que permeiam uma prática educativa emancipatória e
crítica.
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‘Agora tudo é bullying’ : uma mirada antropológica sobre a agência de uma categoria de acusação no cotidiano brasileiroBazzo, Juliane January 2018 (has links)
Esta tese oferta uma mirada antropológica sobre a agência da noção de bullying situada como uma categoria de acusação social no cotidiano contemporâneo brasileiro. Nascido como construto científico durante os anos 70, na região escandinava, o bullying conferiu nome a condutas, típicas em escolas, de intimidação sistemática entre pares, no interior de um decurso civilizatório no Ocidente que passa a atribuir reconhecimento a agressões de feitio moral. No Brasil, a acepção de bullying populariza-se apenas mais tardiamente, em meados da primeira década dos 2000. O espraiamento do conceito no país, inclusive para além dos muros das instituições de ensino, se dá num período sociopolítico específico: aquele de operação sem anterioridade na história nacional de um conjunto de políticas públicas nos campos da inclusão econômica e da diversidade social, alavancadas pelos governos presidenciais do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas iniciativas estatais colocam em primeiro plano tensões seculares presentes na sociedade brasileira perante alteridades e iniquidades de naturezas diversas. Tal quadro desencadeia uma série de disputas e confrontos que agência da noção de bullying trabalha por traduzir, comunicar e, concomitantemente, abastecer. Para problematizar isso, esta investigação apresenta-se como uma etnografia multissituada, a perseguir agenciamentos do bullying em diferentes domínios – científico, estatal, educacional, mercadológico e midiático – , em escalas sociológicas micro, intermediária e macro, a partir de acontecimentos ordinários e extraordinários. Os resultados apontam, de um lado, para um construto que, uma vez legitimado científica e politicamente, se revela potente em desencadear processos de subjetivação e estratégias de militância, capazes de denunciar uma gama de segregações e agir sobre elas. De outro lado, contudo, essas mobilizações encontram limites na exata medida que o conceito possui para subsidiar investidas neoliberais de gestão de populações, as quais demandam o autogoverno dos indivíduos em prol de uma pacificação ideal, mediante suspensão de contextos ético-políticos amplos e consequente perpetuação de desigualdades. A consideração dessa dupla faceta própria ao construto do bullying se coloca, assim, fundamental para pensar produções acadêmicas, políticas públicas, programas escolares de intervenção, produtos e serviços, bem como coberturas noticiosas, em ação no passado, ativos no presente ou, ainda, a serem planificados no futuro em favor dos direitos humanos e da justiça social. / The present dissertation offers an anthropological perspective on the agency of the notion of bullying as a category of social accusation in the Brazilian contemporary everyday life. Born as a scientific construct during the 1970’s in the Scandinavian region, the concept of bullying, within the Western civilization course that now recognizes moral character aggressions, gave a name to typically school-based conducts of systematic intimidation between peers. In Brazil, the notion of bullying is popularized only later, in the first decade of the 2000’s. The concept’s dissemination in the country, even beyond the walls of educational institutions, occurs in a specific sociopolitical period: an unprecedented moment in the national history for the operation of a set of economic inclusion and social diversity policies, leveraged by the presidential governments of the Workers’ Party (PT). These state initiatives bring to the fore secular tensions regarding alterities and inequalities of different natures that have always been present in the Brazilian society. Such framework unleashes a series of disputes and confrontations that the agency of the bullying notion works to translate, to communicate and, at the same time, to instigate. In order to problematize this scenario, this investigation presents itself as a multi-sited ethnography, pursuing bullying agencies in different domains – scientific, state-owned, educational, marketing and media – on micro, intermediate and macro sociological scales, by means of ordinary and extraordinary events. The results point, on the one hand, to a construct that, once legitimated scientifically and politically, proves itself potent in triggering processes of subjectivation and strategies of militancy, capable of denouncing a range of segregations and acting on them. On the other hand, however, these mobilizations find limits in the exact measure that the concept has been subsidizing neoliberal population management efforts, which demand the self-government of individuals for the ideal pacification, through suspending broad ethical and political contexts and consequently with the perpetuation of inequalities. Considering this double facet of the bullying construct is therefore essential for thinking about academic productions, public policies, school intervention programs, products and services, and also the news coverage which were in action in the past, active in the present, and to be planned in the future in favor of human rights and social justice.
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O retorno de trabalhadores demitidos de uma empresa pública na década de 1990: contradições, avanços e retrocessos / The return of workers dismissed from a public company in the 1990s: contradictions, advances and setbacksVanessa Uchôa de Assis Martins da Silva 30 May 2010 (has links)
Essa dissertação de mestrado apresenta um estudo com os trabalhadores demitidos de uma Empresa Pública, na década de 1990, por força da implementação de medidas neoliberais no Brasil. Apesar dos inúmeros impactos gerados a esses trabalhadores, após esta decisão do Estado, a proposta é analisar os impactos objetivos, sofridos pelos trabalhadores, originários da perda repentina de um contrato de trabalho formal e consequentemente, da perda de salários diretos, de salários indiretos, com a ausência de políticas sociais corporativas, e de direitos garantidos enquanto trabalhadores protegidos. As estratégias de sobrevivência adotadas por estes trabalhadores foram as mais variadas, porém, a grande maioria teve o trabalho por conta própria como a principal alternativa de reprodução social, saindo completamente do ramo de produção em que trabalhavam. Insatisfeitos com a demissão, esse grupo de trabalhadores lutou para retornar ao quadro de empregados da Corporação. Após cerca de uma década e meia, os trabalhadores conquistaram o direito de retornar e ser admitido pela Empresa V, uma das que compõem a Corporação, tendo em vista a extinção daquelas a que pertenciam. Com essa decisão, os trabalhadores e suas famílias estavam novamente assegurados pelas políticas corporativas e com novas possibilidades. No entanto, a adequação aos novos requisitos da Empresa V, fez com que alguns indivíduos não atendessem ao novo perfil de trabalhador exigido pela instituição e pelo mercado de trabalho, devido à idade e ao tipo de qualificação. Assim, ao mesmo tempo em que o retorno lhes trouxe novas possibilidades, com o acesso a um salário mensal e políticas empresariais de qualidade, por outro lado, também trouxe grandes desafios para alguns trabalhadores, devido a sua dificuldade de inserção nos processos de trabalho e nas normas da empresa. Conclui-se então, que o retorno à Corporação, após mais de uma década de luta, foi para esse grupo de trabalhadores, um processo contraditório, pois, ao mesmo tempo em que tiveram diversos direitos assegurados, alguns não conseguiram desenvolver suas atividades nos moldes do atual modo de produção. / This thesis describes a study of workers dismissed from a public company, in the 1990s, under the implementation of neoliberal measures in Brazil. Despite the numerous impacts generated by these workers after the decision of the State, the proposal is to analyze the impacts goals, suffered by workers originating in a sudden loss of formal employment contract and therefore the loss of direct salaries, wages indirect with the absence of corporate social policies, and guaranteed rights as workers protected. The survival strategies adopted by these workers were the most varied, however, most had self-employment as the main alternative of social reproduction and completely out of the industry in which they worked. Dissatisfied with the dismissal, this group of workers struggled to return to the staff of the Corporation. After about a decade and a half, workers won the right to return and be accepted by the Company V, which composes the Corporation in view the extinction of those to which they belonged. With this decision, workers and their families were again assured by corporate policies and new possibilities. However, the adaptation to the new requirements of Company V, meant that some individuals did not meet the new worker profile required by the institution and the labor market. Thus, while the return gave them new opportunities, with access to a monthly salary and company policy of quality, however, also brought great challenges to some workers, due to their difficulty of insertion in the work processes and the standards of the company. It follows then, that the return to the Corporation, after more than a decade of struggle, it was for this group of workers, an adversarial process, because while they had different legal rights, some failed to develop its activities in the manner the current mode of production.
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O retorno de trabalhadores demitidos de uma empresa pública na década de 1990: contradições, avanços e retrocessos / The return of workers dismissed from a public company in the 1990s: contradictions, advances and setbacksVanessa Uchôa de Assis Martins da Silva 30 May 2010 (has links)
Essa dissertação de mestrado apresenta um estudo com os trabalhadores demitidos de uma Empresa Pública, na década de 1990, por força da implementação de medidas neoliberais no Brasil. Apesar dos inúmeros impactos gerados a esses trabalhadores, após esta decisão do Estado, a proposta é analisar os impactos objetivos, sofridos pelos trabalhadores, originários da perda repentina de um contrato de trabalho formal e consequentemente, da perda de salários diretos, de salários indiretos, com a ausência de políticas sociais corporativas, e de direitos garantidos enquanto trabalhadores protegidos. As estratégias de sobrevivência adotadas por estes trabalhadores foram as mais variadas, porém, a grande maioria teve o trabalho por conta própria como a principal alternativa de reprodução social, saindo completamente do ramo de produção em que trabalhavam. Insatisfeitos com a demissão, esse grupo de trabalhadores lutou para retornar ao quadro de empregados da Corporação. Após cerca de uma década e meia, os trabalhadores conquistaram o direito de retornar e ser admitido pela Empresa V, uma das que compõem a Corporação, tendo em vista a extinção daquelas a que pertenciam. Com essa decisão, os trabalhadores e suas famílias estavam novamente assegurados pelas políticas corporativas e com novas possibilidades. No entanto, a adequação aos novos requisitos da Empresa V, fez com que alguns indivíduos não atendessem ao novo perfil de trabalhador exigido pela instituição e pelo mercado de trabalho, devido à idade e ao tipo de qualificação. Assim, ao mesmo tempo em que o retorno lhes trouxe novas possibilidades, com o acesso a um salário mensal e políticas empresariais de qualidade, por outro lado, também trouxe grandes desafios para alguns trabalhadores, devido a sua dificuldade de inserção nos processos de trabalho e nas normas da empresa. Conclui-se então, que o retorno à Corporação, após mais de uma década de luta, foi para esse grupo de trabalhadores, um processo contraditório, pois, ao mesmo tempo em que tiveram diversos direitos assegurados, alguns não conseguiram desenvolver suas atividades nos moldes do atual modo de produção. / This thesis describes a study of workers dismissed from a public company, in the 1990s, under the implementation of neoliberal measures in Brazil. Despite the numerous impacts generated by these workers after the decision of the State, the proposal is to analyze the impacts goals, suffered by workers originating in a sudden loss of formal employment contract and therefore the loss of direct salaries, wages indirect with the absence of corporate social policies, and guaranteed rights as workers protected. The survival strategies adopted by these workers were the most varied, however, most had self-employment as the main alternative of social reproduction and completely out of the industry in which they worked. Dissatisfied with the dismissal, this group of workers struggled to return to the staff of the Corporation. After about a decade and a half, workers won the right to return and be accepted by the Company V, which composes the Corporation in view the extinction of those to which they belonged. With this decision, workers and their families were again assured by corporate policies and new possibilities. However, the adaptation to the new requirements of Company V, meant that some individuals did not meet the new worker profile required by the institution and the labor market. Thus, while the return gave them new opportunities, with access to a monthly salary and company policy of quality, however, also brought great challenges to some workers, due to their difficulty of insertion in the work processes and the standards of the company. It follows then, that the return to the Corporation, after more than a decade of struggle, it was for this group of workers, an adversarial process, because while they had different legal rights, some failed to develop its activities in the manner the current mode of production.
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