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Políticas públicas e trabalho precário : a retórica da “autonomia empreendedora” e a permanência do desempregoOliveira, Vanessa Dias de 13 March 2017 (has links)
In the face of the disastrous picture of unemployment, an ideology is spreading in today's social policies: that of "autonomous" work as a viable means of insertion to guarantee employability. This comes just after the unfolding of the structural crisis in Brazil in the 1980s and 1990s, when the productive restructuring and all its flexible package merged the depletion of the industrialization pattern with the Neoliberal project, dismantling the fragile status of social policies that, Had been implemented after the 1988 Constitution. The financialisation of capital by imposing administrative reform of the state, cuts in social spending, trade liberalization, privatization, appropriation of the public fund and, above all, the deregulation of labor relations, seeks to capture the most inexpensive and unprotected labor in the most strategic territories. The barbarization of the "social issue" is manifested by chronic unemployment, outsourcing, intensification of informal relations, worsening job quality and increased poverty, especially in urban spaces. In order to face it, a public employment system was implemented in 1990, consisting of income transfer policies (salary bonus, unemployment insurance), workforce intermediation, stimulation of professional qualification in addition to credit granting through Employment and Income Generation Program (PROGER). In view of this, the thesis aimed to unveil the role of public policies of labor and income "employment", through the largest program to combat unemployment in Latin America PROGER (Program for the Generation of Employment and Urban Income) in the retreat or favoring the growth of relative overpopulation. The marxian/marxist theoretical foundation, combined with research and information in the Worker Support Fund, Ipea, Dieese, IBGE, from interviews with municipal managers and workers excluded from PROGER-Urban in Aracaju / SE, allow us to affirm that the policy of granting credit operates on two lines and does not reach the most vulnerable subjects, being innocuous in the minimum fight against unemployment. The management principles of Proger-Urban depend on the bureaucracy of financial institutions (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, etc.), and the working conditions of the brazilian labor market, whose precariousness and informality are traits essential, are related to predatory financial accumulation, preventing the generation of work and income along the lines proposed by the program. In the context of Aracaju, the "non-employable", who survive in the margins of labor market policies, enter into the uncertainty of informal occupations, linked to the "third sector" through "voluntary and solidarity" work, in the case of the Recycling Agents Cooperative (CARE). The other workers who remain unemployed seek the intermediation of labor to compete for jobs in the labor market; end up being channeled to the training of technical qualification courses offered by SINE / FAT at the Municipal Labor Foundation, or remain unemployed, increasing the functional contingent to capital. The real subsumption, camouflaged by counter-propensity, takes on such a reified character that it obscures the function of the State and capital in the control of labor, allowing the extraction of absolute and relative surplus value in new formats, favored by the increase of "Non-employable". / Ante el desastroso escenario de paro una ideología se difunde em las políticas
sociales hodiernas: la del trabajo “autónomo” como camino por la inserción viable para
garantizar el empleo. Eso se establece ciertamente tras los desdoblamientos de la
crisis estructural en Brasil en las décadas de 1980/90, cuando la reestructuración
productiva y todo su paquete flexible hundió el agotamiento del patrón de
industrialización con el proyecto Neoliberal, echando por tierra el frágil estatuto de
políticas sociales, que tan pronto había sido insertado tras la Constitución de 1988. Lo
financiero del capital al imponer la reforma administrativa del Estado, los cortes em
los gastos sociales, la apertura comercial, las privatizaciones, la apropiación del fondo
público y sobre todo el desreglamentación de las reglas de trabajo, busca capturar en
los territorios más estratégicos el trabajo más barato y desprotegido. La barbarie de la
“cuestión social” se manifiesta por el paro crónico, terceirización, intensificación de las
relaciones informales, empeora en la cualidad de los puestos de trabajo y aumento de
la pobreza, especialmente en los espacios urbanos. Para enfrentarla se implantó en
el país un sistema público de empleo a partir de 1990 formado por políticas de
transferencia de renta (abono salarial, subsidio al paro), intermediación de la fuerza
de trabajo, estímulo a la cualificación profesional además de la concesión de crédito
vía Programa de Generación de Empleo y Renta (PROGER). Ante eso, la tesis
doctoral objetivó desvelar el papel de las políticas públicas de “empleo” trabajo y renta,
a través del mayor Programa de combate al paro de América Latina el PROGER
(Programa de Generación de Empleo y Renta – Urbano) en la retirada o
favorecimiento al crecimiento de la superpoblación relativa. El fundamento teórico
marxiano/marxista aliado a las investigaciones e informaciones en el Fondo de
Amparo al Trabajador, IPEA, DIEESE, IBGE, de las entrevistas con gestores
municipales y de los trabajadores excluidos del PROGER-Urbano en Aracaju/SE,
permiten afirmar que la política de concesión de crédito opera en dos líneas y no
afectan los sujetos más vulnerables, siendo inocua en el combate mínimo al paro. Los
principios de gestión del Proger-Urbano tiene dependencia de la burocracia de las
instituciones financieras (Banco do Brasil, Caja Económica Federal, Banco do
Nordeste, etc.), y las propias condiciones de funcionamiento del mercado de trabajo
brasileño, cuya precariedad e informalidad son rasgos esenciales, se afinan a la
acumulación financiera predatoria, impidiendo la generación de trabajo y renta en los
moldes propuestos por el programa. En la realidad aracajuana los “sin empleo”, que
sobreviven al borde de las políticas de mercado de trabajo, ingresan en la
incertidumbre de ocupaciones informales, vinculadas l “tercero sector” por medio del
trabajo “voluntario y solidario”, caso de la Cooperativa dos Agentes de Reciclaje
(CARE).Los demás trabajadores que permanecen sin ocupación buscan la
intermediación de “mano de obra para disputar las plazas en el mercado de trabajo;
acaban siendo canalizados para la formación de cursos técnicos de cualificación
ofrecidos por el SINE/FAT en la Fundación Municipal do Trabajo, o permanecen en
paro, aumentando el excedente funcional al capital. La subordinación real, camuflada
por el contra propismo, toma un aspecto de modo reificado, que oscurece la función
del Estado y del capital en el control del trabajo, permitiendo la extracción de la másvalía
absoluta y relativa en nuevos formatos, favorecida por el aumento de los “sin
empleo”. / Diante o desastroso quadro do desemprego uma ideologia se difunde nas políticas sociais hodiernas: a do trabalho “autônomo” como meio de inserção viável para garantir a empregabilidade. Isso se estabelece justamente após os desdobramentos da crise estrutural no Brasil nas décadas de 1980/90, quando a reestruturação produtiva e todo seu pacote flexível fundiu o esgotamento do padrão de industrialização com o projeto Neoliberal, desmontando o frágil estatuto de políticas sociais, que mal havia sido implantado após a Constituição de 1988. A financeirização do capital ao impor a reforma administrativa do Estado, os cortes nos gastos sociais, a abertura comercial, as privatizações, a apropriação do fundo público e sobretudo a desregulamentação das relações de trabalho, busca capturar nos territórios mais estratégicos o trabalho mais barato e desprotegido. A barbarização da “questão social” manifesta-se pelo desemprego crônico, terceirização, intensificação das relações informais, piora na qualidade dos postos de trabalho e aumento da pobreza, especialmente nos espaços urbanos. Para enfrentá-la implantou-se no país um sistema público de emprego a partir de 1990 formado por políticas de transferência de renda (abono salarial, seguro-desemprego), intermediação da força de trabalho, estímulo a qualificação profissional além da concessão de crédito via Programa de Geração de Emprego e Renda (PROGER). À vista disso, a tese objetivou desvelar o papel das políticas públicas de “emprego” trabalho e renda, através do maior Programa de combate ao desemprego da América Latina o PROGER (Programa de Geração de Emprego e Renda – Urbano) no recuo ou favorecimento do crescimento da superpopulação relativa. O fundamento teórico marxiano/marxista aliado as pesquisas e informações no Fundo de Amparo ao Trabalhador, Ipea, Dieese, IBGE, das entrevistas com gestores municipais e dos trabalhadores excluídos do PROGER-Urbano em Aracaju/SE, permite afirmar que a política de concessão de crédito opera em duas linhas e não atingem os sujeitos mais vulneráveis, sendo inócua no combate mínimo ao desemprego. Os princípios de gestão do Proger-Urbano tem dependência da burocracia das instituições financeiras (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, etc.), e as próprias condições de funcionamento do mercado de trabalho brasileiro, cuja precariedade e informalidade são traços essenciais, afinam-se à acumulação financeira predatória, impedindo a geração de trabalho e renda nos moldes propostos pelo programa. Na realidade aracajuana os “inempregáveis”, que sobrevivem à margem das políticas de mercado de trabalho, ingressam na incerteza de ocupações informais, vinculadas ao “terceiro setor” por meio do trabalho “voluntário e solidário”, caso da Cooperativa dos Agentes de Reciclagem (CARE). Os demais trabalhadores que permanecem sem ocupação buscam a intermediação de “mão-de-obra” para disputar as vagas no mercado de trabalho; acabam sendo canalizados para a formação de cursos técnicos de qualificação oferecidos pelo SINE/FAT na Fundação Municipal do Trabalho, ou permanecem desempregados, avolumando o contingente funcional ao capital. A subsunção real, camuflada pelo contra-proprismo, assume uma feição de tal modo reificada, que obscurece a função do Estado e do capital no controle do trabalho, permitindo a extração da mais-valia absoluta e relativa em novos formatos, favorecida pelo aumento dos “inempregáveis”. / São Cristóvão, SE
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