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Análise da autonomia das populações tradicionais no manejo comunitário de recursos florestais madeireiros em unidade de conservação da AmazôniaPACHECO, Jéssica dos Santos 25 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-25 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente estudo buscou analisar o grau de autonomia das populações tradicionais no manejo florestal comunitário (MFC) em unidades de conservação (UC) federais da Amazônia brasileira. Para tal, avaliou-se (1) a percepção de stakeholders em duas UCs e (2) os instrumentos legais e infralegais que pudessem influenciar esta autonomia. No total, 111 stakeholders da RESEX Verde Para Sempre (VpS) e da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA Tapajós) foram entrevistados entre os segmentos Governo, Comunidade e Organizações Parceiras. A percepção foi avaliada por análise de SWOT e questionários de satisfação com escala de Likert de 5 níveis. Documentos relevantes sobre o MFC empregado nas UCs (atas, relatórios, diagnósticos, entre outros) foram também avaliados. Tomadores de Decisão dos principais órgãos ambientais federais em Brasília também foram entrevistados. Os resultados demonstraram que a dependência de autorizações anuais do ICMBio e de procedimentos administrativos do MFC, interferem diretamente na autonomia das populações tradicionais, embora sejam de obrigações exclusivas do órgão ambiental. Nas iniciativas de MFC estudadas, houve relativa satisfação sobre a autonomia das populações tradicionais. Contudo, a interferência do Estado ocorreu em ambos os casos. Na FLONA Tapajós, a estrutura administrativa estatal tem afetado a liberdade comunitária para definir suas escolhas produtivas, principalmente, pela desatualização do plano de manejo da UC. Na RESEX VpS, a autonomia para organizar e administrar a produção no manejo florestal tem sofrido interferência, tanto devido à sua dependência financeira de organizações parceiras, como ao tempo de liberação de licença para manejar. Os instrumentos legais e infralegais do MFC em UC são os principais indutores desse cenário. Constatou-se que estes são constituídos por regras de dimensões territoriais, procedimentais e técnicas, que, em maior ou menor nível, interferem na autonomia comunitária na gestão do recurso florestal, no processo de obtenção da licença do MFC, e nas técnicas exigidas na atividade. O não cumprimento da determinação legal de criação de disposições diferenciadas de PMFS voltado para comunitário tem condicionado as comunidades tradicionais a exigências técnicas padronizadas, em detrimento do reconhecimento constitucional e legal de seus costumes como fonte de direito. Algumas mudanças prioritárias nos regulamentos foram identificadas e propostas neste estudo. Concluiu-se que a simplificação de alguns instrumentos poderia aumentar o grau de autonomia no MFC madeireiro permitindo a sua multiplicação na região Amazônica, assegurando, ao mesmo tempo, um controle equilibrado e eficaz pelo Estado sobre as florestas públicas em propriedade comum. / The present study aim to analyze the degree of autonomy of the traditional populations in the timber community forest management (CFM) in federal protected areas (UC) of the Brazilian Amazon. To do so, it was evaluated (1) the perception of stakeholders in two UCs and (2) the legal instruments and regulatory provisions that could influence this autonomy. In total, 111 stakeholders from the RESEX Verde Para Sempre (VPS) and the Tapajós National Forest (FLONA Tapajós) were interviewed among the Government, Community and Partner Organizations segments. The perception was evaluated by SWOT analysis and 5-level Likert scale satisfaction questionnaires. Relevant documents on the MFC used in the UCs (minutes, reports, diagnoses, among others) were also evaluated. Decision makers from the main federal environmental agencies in Brasilia were also interviewed. The results showed that the dependence of annual permits from the ICMBio and the administrative procedures of the MFC directly interfere in the autonomy of the traditional populations, although they are of exclusive obligations of the environmental agencies. In the initiatives studied, there was relative satisfaction on the autonomy of the traditional populations. However, governmental interference occurred in both cases. In the FLONA Tapajós, the governmental administrative structure has affected the freedom of the community to define its productive choices, mainly due to the outdated management plan of the UC. Also, the autonomy to organize and manage forest production has been restricted at RESEX VpS, both due to its financial dependence on partner organizations and the time lapse until management license is approved. The legal instruments and regulatory provisions of the MFC in UC are the main inducers of this scenario. It was verified that these instruments are constituted by rules of territorial, procedural and technical dimensions that, to a greater or lesser extent, interfere in the community autonomy in the management of the forest resource, in the process of obtaining the MFC license, and in the techniques required in the activity. The failure to comply with the legal determination to create differentiated provisions of sustainable forest management plans adapted to community needs has conditioned traditional communities to standardized technical requirements, to the detriment of the constitutional and legal recognition of their livelihood rights. Some priority changes in the regulations were identified and proposed in this study. It was concluded that the simplification of some instruments could increase the degree of autonomy in the timber CFM allowing its multiplication in the Amazon region, while ensuring, at the same time, a balanced and effective control by the State over public forests in common ownership.
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As possibilidades da inserção da Educação ambiental em unidades de conservação: o caso da reserva extrativista “Ipaú-Anilzinho” na Amazônia tocantinaMORAES, Roble Carlos Tenório 11 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-11 / Este trabalho apresenta-se com a temática da Educação Ambiental em Área Protegida (Reserva Extrativista) que compõe o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC, Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000). O lócus de pesquisa foram as Comunidades de Joana Peres e Anilzinho que compõe a Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho localizada no munícipio de Baião/PA no nordeste paraense. Teve como objeto as ações de educação ambiental desenvolvidas pelo ICMBio na RESEX Ipaú-Anilzinho e a problemática pautada na indagação de como as ações de educação ambiental enquanto política pública no contexto de unidade de conservação se relacionam com a gestão da RESEX e contribuem com o desenvolvimento local das comunidades. O campo de análise da educação ambiental não esteve detido na educação formal escolar e sim de uma educação não formal e informal que se apresenta no escopo das ações que são desenvolvidas pelo ICMBio e das atividades das populações da RESEX. Nesta pesquisa utilizou-se o materialismo histórico-dialético como perspectiva teórica, e na ancoragem da abordagem qualitativa, que permite aos investigadores qualitativos compreender os seus métodos no contexto histórico. Ancoramo-nos na discussão da teoria crítica como campo de embasamento teórico e a análise foi realizada por meio do método marxista que norteou a pesquisa considerando os elementos marxistas calcados na dialética, na historicidade e na mediação. Por meio da fundamentação do método refletimos sobre os incursos ambientais voltados para: a crise ambiental, a constituição dos espaços de proteção ambiental, bem como seus processos de instituição da educação ambiental como mediadora de ações nesta área para a construção da sustentabilidade ambiental, envolvendo comunidades tradicionais e o poder público que gerem esses espaços. Avanços e retrocessos foram identificados e na análise de conteúdo identificamos que apesar das dificuldades empreendidas tanto pelo poder público, quanto das populações tradicionais, houve avanços com a criação da reserva extrativista, identificamos que a Politica Nacional de Educação Ambiental está presente nas ações do ICMBio por meio do Programa Nacional de Educação Ambiental e as ações do órgão gestor surtem efeitos e contribuem para o desenvolvimento da reserva, além disso outras situações afloraram e precisam serem sanadas como, os conflitos que dificultam a gestão da UC por situações que vão da extração ilegal de madeira, ausência da associação mãe da reserva, a divisão da reserva em polos (Norte e Sul), resistência à presença e ações do ICMBio por parcela de moradores, ausência de uma proposta pedagógica na escola que considere a área de reserva, plano de manejo não aprovado, permanência de assentamentos e de populações não tradicionais na RESEX, entre outras situações apontadas no trabalho. A pesquisa possibilitou a compreensão da dualidade homem/natureza e por certo contribuirá em novos olhares para auxiliar na construção de possíveis propostas de interversão da educação ambiental para gestão mais eficiente da UC. / This work presents the issue about Environmental Education in Protected Area (extractive reserve) which holds the Conservation Units of the National System (CUNS, Law 9.985, July 18th, 2000). The lócus of research were Joana Peres and Anilzinho Communities which holds Ipaú-Anilzinho Extractive Reserve located in Baião/Pa Municipality in the Northeast of Pará. It had as fact the environmental education actions developed by ICMBio at RESEX Ipaú-Anilzinho and the matter listed as question of how actions of environmental education as public politics in sense of conservation unit are related with RESEX management and how they contribute to the local development of the communities. The environmental education analysis field was not stuck on schooling formal education but on informal and non-formal education that presents the actions target developed by ICMBio and the populations’ activities from RESEX. In this research it was used historical-speech materialism with theory perspective, and qualitative approach, that permits to the qualitative supervisors understand their methods in historical context. We supported the discussion of critical theory as theoretical field foundation and the analysis was made through Marxism method which guides the research considering Marxism elements inserted into speech, history and mediation. By the method substantiation we thought about environmental incursion directed to: environmental crisis, environmental protection space constitution, as well as their environmental education of institution processes as mediator of actions in this area for environmental sustainability construction, involving traditional communities and public force which manage these spaces. Advance and backspace were identified and at the content analysis we identify that besides the difficulties undertaken as public force as traditional populations, there were advances with the creation of extractive reserve, we also identify that the Environmental Education National Politic is present on ICMBio actions through Environmental Education National Program and the actions of the managing body have effects and contribute to the development of the reserve, in addition other situations have surfaced and need to be remedied as, the conflicts that make difficult the management of the UC by situations that go from the illegal extraction of wood, absence of reserve's parent association, the division of the reserve into poles (North and South), resistance to ICMBio's presence and actions by a portion of residents, absence of a pedagogical proposal in the school that considers the reserve area, management plan not approved, permanence of settlements and non-traditional populations in the RESEX, among other situations pointed out in the work. The research made possible understanding of the duality of man / nature and will certainly contribute in new perspectives to help in the construction of possible proposals of intervention of environmental education for more efficient management of the UC.
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A beiradeira e o grilador: ocupação no oeste do Pará / The \'beiradeira\' and the \'grilador\': ocupation and conflict in West ParáTorres, Mauricio Gonsalves 30 June 2008 (has links)
Como tantos outros extrativistas da Amazônia, a população de Montanha e Mangabal teve seu embrião no primeiro ciclo da borracha, em meados do século XIX, quando parte de seus ascendentes se instalou naquelas margens do Alto Tapajós. Desde então, eles resistiram à escravização por dívida na forma do aviamento; venceram as incertezas vindas com o fim dos tempos da seringa; encontraram soluções quando acabou o comércio das peles de gatos; sobreviveram à chegada e à derrocada dos garimpos, à malária, à contaminação por mercúrio e ao que mais foi preciso. Na década de 1970, muitos deles foram expulsos com requintes de truculência de parte de seu território com a criação do Parque Nacional da Amazônia. Mas a gente de Montanha e Mangabal persistiu também a isso e todos se reagruparam rio acima. Os anos 70 trouxeram ainda o acirramento da grilagem incentivada pelo garimpo e pelas obras da BR-163. Os beiradeiros concentraram-se na margem esquerda do rio Tapajós e, unidos, resistiram. Então apareceu a Indussolo, uma empresa paranaense autora da mais grandiosa e sofisticada fraude fundiária das tantas que a Amazônia é palco. Por meio de sentença judicial, obtiveram um Registro Torrens, uma espécie rara de título fundiário que, legitimado pelo Judiciário, torna a matrícula do imóvel incancelável e irretificável. Assim, a empresa engoliu a espantosa dimensão de 1.138.000 hectares e, dentro deles, quase todo o território de Montanha e Mangabal. Por anos eles vinham lutando contra a Indussolo, quando, em 2006, o Ministério Público Federal instaurou uma ação civil pública atacando a matrícula Torrens, a fim de tutelar a ocupação ancestral da população de Mangabal e Montanha. Esse trabalho nasceu desse momento, na intenção inicial de elaborar um levantamento fundiário que evidenciou o imenso ardil da empresa. Por outro lado, com base na viva fidelidade da tradição oral do grupo, pode-se retratar a outra face da ocupação daquelas terras: oito gerações daquelas pessoas, nascidas e enterradas, naquela terra / Like so many other Amazonian extractivists, the populations of Montanha and Mangabal trace their beginnings back to the first rubber cycle in the mid XIXth century when some of their ancestors installed themselves along the banks of the Upper Tapajos. Since then they have survived the debt bondage of the river trading system, the uncertain times that followed the end of the rubber epoch, the end of the trade in animal skins, the arrival and eventual collapse of the goldmining camps, malaria, mercury contamination and whatever else fate threw at them. In the 1970s many of them were expelled, often with violence, from part of their territory, by the creation of the Amazonia National Park. They resisted this too and regrouped further upriver. The 1970s also brought a worsening of landgrabbing practices, as a result of the goldmining and the building of the BR-163 highway. This led the inhabitants of Montanha and Mangabal to concentrate their dwellings on the left bank of the Tapajos and together, resist the pressures brought to bear on them. A Parana-based company called Indussolo then appeared on the scene. Armed with a court sentence, they obtained the Torrens register, an archaic and extremely rare form of land title, which legitimised their unchallengeable claim to the land . In this way they obtained an area of 1.138.000 hectares, which included almost all the land of the inhabitants of Montanha and Mangabeira. Again, these populations resisted expulsion, until in 2006 the federal prosecutors office brought a civic case against the legitimacy of the Torrens register, in defence of the ancestral rights of occupation of the existing populations. The elaboration of a land survey to demonstrate the scale of the fraud practised by the company was the origin of this thesis. The continuing practice of a lively oral tradition among the population enabled the accurate mapping of eight generations, born and buried in their lands
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Pegar e fazer: a dinâmica da produção e dos usos de artefatos artesanais na região da Barra do Rio Mamanguape - PB e reflexões sobre design e produção do mundo artificial / Pegar e fazer: an investigation of traditional artifacts production and usage at Barra do Rio Mamanguape - PB and a discussion about design and the production of the artificial worldRiul, Marília 03 July 2015 (has links)
Uma série de transformações ambientais, territoriais, sociais e econômicas têm influenciado os modos de vida das culturas tradicionais estabelecidas nas diversas regiões do Brasil e do mundo. Um dos aspectos que é tocado por essas mudanças é a prática da produção artesanal dos artefatos que auxiliam as atividades domésticas e produtivas dessas populações. Esta pesquisa analisou a atual produção de artefatos artesanais em povoados historicamente fixados na região da Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, e também investigou as características presentes do uso de tais artefatos no cotidiano de uma das vilas locais. Essa prática tradicional é fundamentalmente associada às atividades de subsistência desenvolvidas pelas populações da região, como a agricultura, a pesca artesanal e o extrativismo, e tem sido delineada por diferentes fatores de dimensão local e global. Algumas implicações dessa dinâmica são o rareamento da presença da figura do artesão naqueles povoados, bem como o desaparecimento de algumas de suas expressões tradicionais. Foram verificadas variações nas características de alguns artefatos de origem indígena milenar, associados à cultura Potiguara. Também foi constatado o surgimento de outras expressões materiais que decorrem das interações das populações locais com o contexto urbano e industrial, em hibridismo com os elementos culturais tradicionais constituídos a partir da sua histórica relação com os ecossistemas circundantes e a biodiversidade nela existente. Práticas e sentidos embutidos na maneira de produzir o mundo artificial analisada neste contexto foram elencados como aspectos pertinentes ao processo de reconfiguração da atividade do design. Tal reconfiguração é discutida no âmbito de suas práticas e valores, como atividade urbana e industrial responsável pela concepção de grande parte da nossa cultura material, e diante da nossa conjuntura socioambiental. / Traditional cultures of many regions of Brazil have been influenced by many sociocultural, economical, environmental and territorial changes. One of the aspects of their culture that has been changed is the artisanal production of artifacts that are used in everyday domestic and professional activities. This research analyzed the current production of this kind of artifacts in traditional communities situated at Barra do Rio Mamanguape region, Paraíba, and also investigated usage characteristics of artisanal objects in one of the local villages. These traditional practices are associated to subsistence activities developed by the local population, like agriculture, artisanal fishery, gathering, and has been influenced by a number of local and global changes. We have observed that the declining number of artisans and the extinction of some expressions of the traditional material culture are outcomes of these changes. We also verified variations in the characteristics of some artifacts that are linked to the ancient culture of Potiguaras indigenous people. We have observed the emergence of new material expressions determined by interactions between local population and the urban and industrial contexts, involving the traditional elements and maintaining their relationships with local ecosystems and biodiversity. Practices and meanings embedded in the local production of artifacts, as part of the construction of artificial world, were listed as relevant aspects to be considered in the reconfiguration process of values and practices of design, as urban and industrial activity responsible for conceiving our material culture.
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O Caranguejo-Uçá, Ucides cordatus, (Linnaeus 1763): da captura à comercialização nas comunidades quilombolas cacau e terra amarela, Ilha de Colares, Pará-BrasilCARVALHO, Rogério Lopes 10 July 2014 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-05-15T17:47:33Z
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Previous issue date: 2014-07-10 / Este estudo foi realizado nas comunidades quilombolas Cacau e Terra Amarela, município de Colares, Pará. Objetivou diagnosticar a atividade de explotação do caranguejo-uçá (Ucides cordatus), levando em conta aspectos da socioeconomia da atividade, além das técnicas, estratégias e áreas de produção utilizadas pelos seus moradores, bem como as suas formas de comercialização, e comparar tais aspectos com os de outras populações tradicionais relacionadas com a mesma atividade na zona costeira. Foram aplicados questionários semiabertos, técnica da observação direta no campo e fluxograma de comercialização, ambos realizados ao longo de 2013. Esta diagnose definiu que, nas duas comunidades estudadas, as famílias possuem de 4,3 a 4,9 indivíduos por domicílio, respectivamente. Habitam, em sua maioria, moradia própria, construída em alvenaria, vivendo, entretanto, em más condições de vida e sem quase nenhum acesso aos serviços públicos. No geral, abandonaram o estudo cedo, apresentando a maioria apenas o ensino fundamental incompleto. Além disso, foi registrada uma renda familiar mensal baixa, majoritariamente variando de menos de meio até um salário mínimo. A captura do caranguejo-uçá é exercida ao longo de todo o ano, e o laço e o braceamento são as principais técnicas de obtenção do recurso nestas localidades. Enquanto a realização da técnica do braceamento é desempenhada durante, em média, quatro dias de trabalho por semana, durante os meses mais chuvosos, a aplicação do laço ocorre com uma duração média de doze dias por mês, durante os meses menos chuvosos. Na comunidade Cacau são produzidos 52 (D.P. ± 15) caranguejos/dia de trabalho/pessoa no período mais chuvoso, e 110 (D.P. ± 56) caranguejos/dia de trabalho/pessoa no período menos chuvoso. Já na comunidade Terra Amarela estas médias são de 56 (D.P. ± 24) caranguejos/dia/pessoa e 150 (D.P. ± 72) caranguejos/dia/pessoa, respectivamente. Comercializam o produto com intermediários da região, na forma in natura, inteiro e vivo, transportando-os em cofos, no Cacau, e em sacos, na Terra Amarela. São negociados por preços que oscilam ao longo do ano, de R$ 40,00 a R$ 80,00 o cento (100 unidades). A baixa remuneração, associada ao baixo nível de escolaridade, à infraestrutura deficiente e à ausência do poder público local no provimento de serviços, são algumas das principais características associadas à baixa qualidade de vida dessas famílias estudadas. Tais condições mostraram-se bastante semelhantes às de outras comunidades tradicionais não quilombolas que vivem e trabalham em condições semelhantes na região costeira do Pará, observadas também nos aspectos da extração e comercialização que ocorrem de forma muito semelhantes à da maioria das comunidades tradicionais que exploram este recurso junto aos manguezais da costa paraense. Não se percebendo, portanto, peculiaridades na produção quilombola que possam ser consideradas diferenças destacadas em relação a outras populações tradicionais que desempenham a mesma atividade extrativa. Porém, foram identificadas diferenças entre as duas comunidades estudadas, que representam pequenas variações deste padrão geral descrito. Provavelmente estas diferenças estão relacionadas às variações tecnológicas detectadas entre as comunidades estudadas, e também na quantidade capturada do recurso nestes locais. Seus impactos são observados nos custos da atividade, na sua lucratividade, e na qualidade de vida entre os tiradores das comunidades de Cacau e Terra Amarela. / This study was conducted at the quilombola communities of Cacau and Terra Amarela, municipality of Colares, Pará State, Brazil. The objective was to describe and analyze the exploitation of the land crab, or mangrove crab (Ucides cordadus), in terms of some socioeconomic aspects, their techniques, strategies and areas of production adopted, and their forms of crab trade. And to compare these aspects with those from other traditional populations also dedicated to the same extractive activity. Semi-open questionnaires, direct observation in the field and trade and flowchart, were techniques applied in this research during 2013. In the communities studied, the extractive economy is predominant, and mangrove crab extraction is among the main activities. At Cacau and Terra Amarela, households have in average 4.3 and 4.9 members, respectively. Most of the families live in their own brickwork houses, built with conventional materials. Despite of this, these extractive households are poor and live in difficult conditions, with almost no access to public services. In general, the inhabitants stop attending school early in their lives, and most of them (72 to 82%) failed to complete the elementary school cycle. A low monthly household income was recorded; the majority of the households earn less than one minimum salary per month. The laço and the braceamento are the main techniques for obtaining the resource. The technique of braceamento is performed during the four days of work per week in average during the rainy months. The application of laço is performed in average during twelve days per month during the drought months. Cacau produces in average 52 (SD ± 15) crabs / work day / person and 110 (SD ± 56) crabs / work day / person in in the rainy and drought periods, respectively. In the Terra Amarela community these averages are 56 (SD ± 24) crabs / day / person and 150 (SD ± 72) crabs / day/ person. The inhabitants of these communities trade with intermediaries from the region. The crabs are sold in natura, whole and alive, transported in cofos in Cacau and bags in Terra Amarela. Are traded at prices that fluctuate throughout the year, from R$ 40.00 to R$ 80.00 each group of 100 individuals. The low pay for they work, together with low education level, deficiencies in infrastructure, low technology for production, and lack of local provision of public services are some of the aspects contributing to the low quality of life of these families in the communities. These factors also contribute for the maintenance of the engagement of local inhabitants in low value activities, such as the extraction of mangrove crabs. The conditions described for Cacau and Terra Amarela are quite similar to those observed in other traditional communities living and working in similar conditions in the coastal region of Pará State, Brazil. The extraction and trade are very similar to most of the traditional communities that exploit this resource in mangroves forests along the coast of Pará. No significant differences or peculiarities were observed in the extractive activity of these quilombola communities, in relation to other traditional populations performing this same activity in the area. However, differences were found between the two communities studied, which represent variations of this general pattern identified. Probably these differences are related to the technologies adopted, and also on the amount of crabs captured in the two locations. These impact the costs of the activity, its profitability, and the quality of life of inhabitants of Cacau and Terra Amarela.
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Pegar e fazer: a dinâmica da produção e dos usos de artefatos artesanais na região da Barra do Rio Mamanguape - PB e reflexões sobre design e produção do mundo artificial / Pegar e fazer: an investigation of traditional artifacts production and usage at Barra do Rio Mamanguape - PB and a discussion about design and the production of the artificial worldMarília Riul 03 July 2015 (has links)
Uma série de transformações ambientais, territoriais, sociais e econômicas têm influenciado os modos de vida das culturas tradicionais estabelecidas nas diversas regiões do Brasil e do mundo. Um dos aspectos que é tocado por essas mudanças é a prática da produção artesanal dos artefatos que auxiliam as atividades domésticas e produtivas dessas populações. Esta pesquisa analisou a atual produção de artefatos artesanais em povoados historicamente fixados na região da Barra do Rio Mamanguape, Paraíba, e também investigou as características presentes do uso de tais artefatos no cotidiano de uma das vilas locais. Essa prática tradicional é fundamentalmente associada às atividades de subsistência desenvolvidas pelas populações da região, como a agricultura, a pesca artesanal e o extrativismo, e tem sido delineada por diferentes fatores de dimensão local e global. Algumas implicações dessa dinâmica são o rareamento da presença da figura do artesão naqueles povoados, bem como o desaparecimento de algumas de suas expressões tradicionais. Foram verificadas variações nas características de alguns artefatos de origem indígena milenar, associados à cultura Potiguara. Também foi constatado o surgimento de outras expressões materiais que decorrem das interações das populações locais com o contexto urbano e industrial, em hibridismo com os elementos culturais tradicionais constituídos a partir da sua histórica relação com os ecossistemas circundantes e a biodiversidade nela existente. Práticas e sentidos embutidos na maneira de produzir o mundo artificial analisada neste contexto foram elencados como aspectos pertinentes ao processo de reconfiguração da atividade do design. Tal reconfiguração é discutida no âmbito de suas práticas e valores, como atividade urbana e industrial responsável pela concepção de grande parte da nossa cultura material, e diante da nossa conjuntura socioambiental. / Traditional cultures of many regions of Brazil have been influenced by many sociocultural, economical, environmental and territorial changes. One of the aspects of their culture that has been changed is the artisanal production of artifacts that are used in everyday domestic and professional activities. This research analyzed the current production of this kind of artifacts in traditional communities situated at Barra do Rio Mamanguape region, Paraíba, and also investigated usage characteristics of artisanal objects in one of the local villages. These traditional practices are associated to subsistence activities developed by the local population, like agriculture, artisanal fishery, gathering, and has been influenced by a number of local and global changes. We have observed that the declining number of artisans and the extinction of some expressions of the traditional material culture are outcomes of these changes. We also verified variations in the characteristics of some artifacts that are linked to the ancient culture of Potiguaras indigenous people. We have observed the emergence of new material expressions determined by interactions between local population and the urban and industrial contexts, involving the traditional elements and maintaining their relationships with local ecosystems and biodiversity. Practices and meanings embedded in the local production of artifacts, as part of the construction of artificial world, were listed as relevant aspects to be considered in the reconfiguration process of values and practices of design, as urban and industrial activity responsible for conceiving our material culture.
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