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Caracterização geoquímica, isotópica e geotectônica dos complexos Araticum e Arapiraca, Faixa Sergipana, Alagoas, Nordeste do BrasilLima, Mariucha Maria Correia de 20 December 2013 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-04T17:42:51Z
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Previous issue date: 2013-12-20 / Os complexos Araticum (CARAT) e Arapiraca (CARAP) localizam-se no Estado de Alagoas,
Nordeste Brasileiro, numa região que engloba o Município de Major Isidoro e distritos.
Ambos os complexos situam-se no Cinturão de dobramentos Sergipano, numa área limitada
pela zona de cisalhamento transpressional Jacaré dos Homens (ZCJH), ao Sul do Domínio
Pernambuco-Alagoas, entre as coordenadas 9°29'35" e 9°34'56"de latitude sul e os
meridianos 36°48'48" e 36°59'46" de longitude oeste da linha de Greenwich. Os CARAT e
CARAP na área estudada são constituídos por paragnaisses e xistos, intercalados com
anfibolitos, leucogranitos e, apenas no CARAT, subordinamente, por mármores e rochas
calciossilicáticas. A deformação principal dessas rochas, marcada pelas foliações Sn e Sn+1
foi originada pela ZCJH. Observações de campo e petrográficas indicam um metamorfismo
na fácies xisto verde – anfibolito alto (anfibólio + granada + biotita + muscovita + plagioclásio
+ sillimanita) para os paragnaisses do CARAT e CARAP. A assembleia mineral dos
anfibolitos (anfibólio + granada + clinopiroxênio + ortopiroxênio + titanita) é característica da
fácies anfibolito alto a granulito, com retrometamorfismo para anfibolito médio com a
substituição de piroxênio por anfibólio. Os dados litoquímicos e isotópicos nos permite inferir
os protólitos dos paragnaisses de ambos os complexos como grauvacas com intercalações
de pelitos, com proveniência a partir de fontes ácidas a intermediárias. Os ETR mostram
concentrações consistentes entre si e com os padrões, o que evidencia a relativa
imobilidade dos ETR durante o metamorfismo. Os leucogranitos peraluminosos foram
caracterizados como produto de fusão parcial de rochas metassedimentares, ou seja, como
granitos do tipo-S. Os anfibolitos do CARAT e CARAP têm como protólito basaltos de
assinatura toleítica, com padrão de ETR semelhante aos basaltos do tipo E-MORB. O
leucogranito do CARAT apresenta uma idade modelo (TDM) de 2,2 Ga, com valores de
εNd(640 Ma) (-10) negativo, e razões Sr87/Sr86> 0,708, características de granitos tipo-S.
No entanto o leucogranito do CARAP apresenta uma idade modelo (TDM) de 2,9 Ga e
εNd(640 Ma) fortemente negativo (-30). Uma amostra de anfibolito do CARAT analisada
para Sm-Nd apresenta idade modelo (TDM) de 700 Ma e εNd (640 Ma) positivo (+4,95)
indicativo de contribuição mantélica. Os dados U-Pb obtidos para ortognaisse adjacente ao
Complexo Araticum limitado pela ZCJH indicam uma idade de 642,4 ± 3,4 Ma, que é
interpretada como idade de cristalização e de ativação da zona de cisalhamento. Dados
obtidos em leucossoma do CARAP indicam idades ~760 Ma, que inicialmente não parecem
ter algum significado geológico, tendo em vista que o único dado disponível na literatura
sobre o Cinturão de Dobramentos Sergipano para idades próximas a esta é de idade de
cristalização do granito tipo Garrote de 715 Ma. Tectonicamente as rochas
metassedimentares clásticas do CARAT e CARAP representam sequências sedimentares
de arco magmático, caracterizadas por diagramas discriminantes tectônicos.
Adicionalmente, os leucogranitos e anfibolitos também indicam ambientes sin-colisionais e
de arco de ilha, confirmando o ambiente tectônico como um Arco magmático ou Margem
Ativa.
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Donos de gado e gente : fortuna, sociedade e escravidão na segunda metade do século XIX – Limoeiro - AlagoasMELO H, Hélder Silva de 27 August 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-04-15T17:57:42Z
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Previous issue date: 2015-08-27 / CNPQ / A segunda metade do século XIX trouxe uma série de transformação para a sociedade e economia do Brasil. A “questão servil” estava na ordem do dia, ocupando espaço predominante dos debates políticos da época. Ao mesmo tempo, a economia cafeeira do centro-sul crescia, sobrepujando as demais regiões. Essas modificações foram sentidos de diferentes formas nas várias regiões. A nível de Alagoas, o crescimento do algodão, as diversas secas e epidemias e a saída de escravos para outras regiões contribuíram para conformar a sua economia. Tendo como fonte principal inventários post-mortem, objetivamos com este trabalho analisar como essas mutações a nível nacional e local reverberaram na região de Limoeiro, pequena freguesia da também pequena província de Alagoas. Constatamos que, entre 1850 e 1888, a região tinha uma economia dedicando-se, sobretudo, a criação de gado, a produção de alimentos e de algodão, em especial. Pretendemos perceber como a fortuna – no sentido material – era formada naquela região e, em especial, lançando um olhar atento sobre a mão de obra escrava, principal item que formava a fortuna dos indivíduos em análise. / The second half of the nineteenth century brought a number of transformation to society and economy of Brazil. The "servile question" was on the agenda, occupying space predominant political debates of the time. At the same time, the coffee economy of south-central grew, surpassing other regions. These changes were felt in different ways in different regions. The level of Alagoas, the growth of cotton, the number of droughts and epidemics and the output of slaves to other regions contributed to conform to its economy. Its main source inventories postmortem, we aim to analyze how these mutations work at national and local level reverberated in Limon region small parish also the small province of Alagoas. We found that, between 1850 and 1888, the region had an economy dedicating himself above all livestock, food production and cotton in particular. We intend to realize as fortune - in the material sense - was formed in that region and, in particular, casting a watchful eye on slave labor, the main item that formed the wealth of the individuals in question.
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Petrological and volcanological insights into acid lavas from the Paraná-Etendeka Magmatic Province on the surroundings of Guarapuava city, Paraná, Southern Brazil: a contribution of detailed textural characterization combined with in situ Sr isotopes in plagioclase phenocrysts / not availableAngelini, Pedro Geraldi 12 June 2018 (has links)
Nos entornos da cidade de Guarapuava (Paraná, Brasil) afloram rochas vulcânicas ácidas do tipo Chapecó associadas ao magmatismo Eocretáceo da Formação Serra Geral. Tais rochas formam extensos corpos tabulares com dezenas de metros de espessura, sobrepondo-se aos derrames basálticos correlatos. Classificam-se como traquidacitos pobres em sílica (63-66% SiO2). A textura porfirítica caracteriza-se por 10 - 20% de macrocristais de plagioclásio, piroxênio (augita, principalmente) e óxidos de Fe-Ti, em ordem decrescente de abundância; imersos em uma matriz microgranular a afanítica. Em escala de afloramento, os traquidacitos possuem um padrão zebrado, alternando bandas sinuosas claras e escuras dispostas de maneira sub-horizontal. Vesículas e amídalas, apesar de pouco abundantes, são recorrentes. Macrocristais de plagioclásio foram amplamente investigados do ponto de vista petrográfico e isotópico. Tais cristais caracterizam-se por hábitos tabulares euedrais atingindo comprimentos de até 2 cm. Menos comuns, mas presentes, são agregados deste mineral com piroxênio e óxidos de Fe-Ti, definindo textura glomeroporfirítica. Neste caso, o plagioclásio ocorre em menores tamanhos, com formas irregulares e contatos interdigitados. Independente da associação petrográfica, o plagioclásio é predominantemente homogêneo, com ausência de zoneamentos. Imagens de catodoluminescência e microscopia eletrônica de varredura em matriz de traquidacito revelaram que esta é composta por dois domínios petrograficamente distintos; um contínuo e maciço caracterizado por um fino intercrescimento de sanidina e quartzo, e outro irregular e esburacado dominado apenas por sanidina. As bandas escuras observadas nos respectivos afloramentos são enriquecidas no primeiro, enquanto as bandas claras são relativamente empobrecidas neste e dominadas pelo segundo tipo. Todas amostras apresentaram curvas crystal size distribution (CSD) côncavas para cima, possibilitando sua subdivisão em fenocristais (> 3mm) e microfenocristais (< 3mm). Tal divisão guarda relação com o período de residência e ambiente de cristalização, estimados da ordem de 40 anos em câmara magmática profunda (taxa de crescimento de 10-9 mm.s-1), e 2 anos durante ascensão e erupção (taxa de crescimento de 10-8 mm.s-1), respectivamente. Assinaturas de isótopos de Sr em plagioclásio revelam sutis flutuações intra e intercristalinas das razões de 87Sr/86Sr, com média de 0.70566 ± 0.00004 (2\'sigma\'). Tais razões de 87Sr/86Sr em plagioclásio sobrepõem-se às de rocha total, condizente com uma cristalização em equilíbrio e sua classificação como fenocristais sensu stricto. As altas temperaturas dos magmas traquidacíticos (~1000°C) associadas aos cristais sinuosos de plagioclásio nos agregados e às curvas CSD côncavas para cima indicam relevante ação de coarsening durante estágio de câmara magmática. A limitada variação de isótopos de Sr obtida em plagioclásio sugere sua cristalização em uma câmara magmática com contínua injeção de magmas cogenéticos capazes de interagir e homogeneizar todo o ambiente. Tais eventos de injeção magmática causaram rompimento e remobilização de partes das paredes da câmara, redistribuindo os fragmentos cumuláticos, posteriormente preservados como os agregados (clusters). Tal magma ascendeu pela crosta com 10-15% de cristalinidade. As baixíssimas quantidades de água dissolvidas (<1.5% H2O) foram exsolvidas apenas em profundidades muito rasas até a superfície. Tal exsolução magmática ocorreu de maneira heterogênea, gerando zonas discretas com reologias e propriedades diferentes numa escala centimétrica. Fraturas sub-horizontais finamente espaçadas condicionadas pela direção do fluxo e pelo padrão de resfriamento possibilitaram o escape de tais fluidos, que teriam interagido seletivamente com as porções imediatamente próximas, gerando as diferentes cores observadas nos afloramentos bandados. Relações estratigráficas, ausência de texturas/estruturas piroclásticas, imponente presença de cristais euedrais de plagioclásio e homogeneidade isotópica associadas às baixas concentrações de água e altas temperaturas magmáticas refutam uma origem piroclástica para tais depósitos. Sugere-se um modelo eruptivo predominantemente efusivo na forma de extensos derrames de lavas ácidas a partir de condutos na região de Guarapuava. / Acid volcanic rocks of Chapecó affinity crops out on the surroundings of Guarapuava city (Paraná, Brazil) associated with the Eocretaceous magmatism of the Serra Geral Formation. Such rocks constitute extensive tabular deposits up to tens of meters thick, resting directly above the correlate basaltic flows. They classify as low-silica trachydacites (63-66% SiO2). Their porphyritic texture is characterized by 10-20% of macrocrysts of plagioclase, pyroxene (augite, chiefly) and Fe-Ti oxides, in decreasing order of abundance; these are set in a microgranular fine to aphanytic groundmass. Trachydacite outcrops show a zebra-like pattern characterized by a rhythmic alternation of sub-horizontal light and dark bands in a sub-horizontal fashion. Vesicles and amygdales, although rare, are ubiquitous in these outcrops. Plagioclase macrocrysts were thoroughly investigated via petrography and isotopy. Crystals typically exhibit tabular euhedral habits up to 2 cm long. Less frequent, but ubiquitous, are clusters composed of plagioclase + pyroxene ± Fe-Ti oxides, that define a glomeroporphyritic texture. In this case, plagioclase is smaller and show irregular, interfingered contacts. Regardless of the petrographic association, the plagioclase is predominantly unzoned. Cathodoluminescence and scanning electron microscopy reveal the trachydacite groundmass to be composed of two petrographically distinct domains; one massive and continuous composed of a fine intergrowth of sanidine and quartz, and another one irregular and porous dominated only by sanidine. The dark bands observed on the respective outcrops are enriched in the former, whereas the light bands are relatively depleted in this and dominated by the latter type. All samples show concave-up crystal size distribution (CSD) curves, allowing sub-division in two groups: phenocrysts (> 3mm) and microphenocrysts (< 3mm). Such division bears relation with residence times and crystallization environment, estimated about 40 years in a deep-seated magmatic chamber (growth rate of 10-9 mm.s-1) and 2 years during ascent and eruption (growth rate of 10-8 mm.s-1), respectively. Plagioclase Sr isotopes signatures reveal subtle intra and intercrystalline fluctuations in 87Sr/86Sr ratios with a mean value of 0.70566 ± 0.00004 (2\'sigma\'). These signatures overlap with the whole-rock Sr isotopes, implying equilibrium crystallization and their classification as phenocrysts sensu stricto. The high magmatic temperatures of trachydacite magmas (~1000°C) associated with the irregular plagioclase crystals in the clusters and the concave-up CSD curves indicate the importance of coarsening during the magmatic chamber stage. The restricted variation of Sr isotopes obtained in plagioclase suggest their crystallization in a magmatic chamber protractedly supplied by cogenetic magmas capable to interact and homogenize the entire environment. These injection events promoted disruption and remobilization of parts of the chamber walls, redistributing the observed cumulate fragments that form the glomerocrysts. The magmas ascended through the crust bearing 10-15% crystallinity. The very low water contents dissolved (< 1.5% H2O) were exsolved in very shallow depths up to the surface. Such exsolution was heterogeneous through the magma, generating discrete zones with different rheology and properties up to the centimeter scale. Finely spaced sub-horizontal fractures enabled the exsolved fluids to escape and these would have interacted selectively with the immediately adjacent portions, generating the different colors observed on the banded outcrops. Stratigraphic relationships together with the lack of pyroclastic textures/structures, ubiquitous presence of euhedral plagioclase crystals and isotopic homogeneity associated with the low water contents and high magmatic temperatures refutes a pyroclastic origin for such deposits. Otherwise, it is suggested a mainly effusive eruption style as vast acid lava flows fed by discrete conduits on the neighborhoods of Guarapuava.
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O vulcanismo ácido da Província Magmática Paraná-Etendeka na região de Gramado Xavier, RS: estratigrafia, estruturas, petrogênese e modelo eruptivo / The silicic volcanism in Paraná Etendeka Magmatic Province, Gramado Xavier, RS: volcanic stratigraphy, structures, petrogenesis and eruptive modelsPolo, Liza Angelica 05 June 2014 (has links)
O mapeamento detalhado de uma área de ocorrência de rochas vulcânicas na borda sul da Provincia Magmática Paraná Etendeka (PMPE), entre as cidades de Gramado Xavier e Barros Cassal, RS, permitiu estabelecer a relação estratigráfica de três sequências vulcânicas ácidas geradas por eventos eruptivos associados a magmas-tipo quimicamente distintos. A sequência Caxias do Sul corresponde à primeira manifestação de vulcanismo ácido e é formada por diversos fluxos de lava e lava-domos, emitidos de forma continua, sem intervalos significativos entre as erupções, o que resultou em um espesso pacote de até 140 m de espessura. O final do magmatismo se deu de forma intermitente, com a deposição de arenito entre os últimos derrames. Estas rochas têm composição dacítica (68-70% SiO2) e textura inequigranular hipohialina afanítica a fanerítica fina, sendo compostas por microfenocristais (<2,3 mm) e micrólitos de plagioclásio (\'An IND.55-67\"), piroxênios (hiperstênio, pigeonita e augita) e Ti-magnetita imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. Modelos de fracionamento sugerem que seu magma parental pode ter evoluído a partir de um líquido fracionado de basaltos tipo Gramado. As assinaturas geoquímicas e isotópicas (\'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(i)\' 0,7192-0,7202) indicam que a evolução pode ter ocorrido em um sistema fechado, com participação, ao menos localmente, de um contaminante crustal mais oxidado. Estima-se que, previamente à erupção, apresentavam temperaturas próximas ao liquidus, de 980-1000ºC, 2% de H2O, fO2 \'10 POT.10,4\' bar, e devem ter residido em reservatórios localizados na crosta superior, a P~3 kbar. Um evento de recarga na câmara pode ter disparado o início da ascensão, que ocorreu com um gradiente dP/dT de 100bar/ºC e velocidades de 0,2 a 0,5 cm \'s POT.-1\' , propiciando a nucleação e crescimento de feno e microfenocristais. O magma teria alcançado a superfície a temperaturas de ~970ºC e viscosidades de \'10 POT.4\' a \'10 POT .5\' Pa.s. A segunda sequência vulcânica, aqui denominada Barros Cassal, é composta por diversos fluxos de lavas andesito basálticas, andesíticas e dacíticas (54-56; 57-58 e 64-66% SiO2, respectivamente), com frequentes intercalações de arenito, que atestam o comportamento intermitente deste evento. Estas rochas apresentam uma textura hipohialina a hipocristalina afanítica a fanerítica fina, cor preta a cinza escura e proporções variadas de vesículas e amígdalas. Todas são compostas por microfenocristais (<0,75 mm) de plagioclásio, augita e Ti-magnetita subédricos, anédricos ou esqueléticos, imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. As assinaturas isotópicas das rochas que compõem esta sequência (e.g., \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' = 0,7125-0,7132) encontram-se dentro do campo dos basaltos toleíticos tipo Gramado, que pode ter sido o magma parental a partir do qual derivaram por cristalização fracionada. Estimativas baseadas nas condições de equilíbrio cristal-líquido indicam que os magmas mais evoluídos da sequência Barros Cassal, de composição dacítica, apresentavam temperaturas de 990 a 1010 ºC, 1,4 a 1,8% de H2O e viscosidades de \'10 POT.4\' Pa.s. As pequenas dimensões dos cristais e cálculos barométricos indicam que a cristalização se deu durante a ascensão, entre 2 e 3 km de profundidade (0,5 a 0,7 kbar de pressão), enquanto o magma ascendia a uma velocidade de 0,12 cm \'s POT.-1\' . Com o fim deste evento vulcânico, desenvolveu-se regionalmente uma expressiva sedimentação imatura (espessura >10 m) de arenitos arcosianos e conglomerados. O último evento vulcânico corresponde à sequência Santa Maria, composta por fluxos de lava e formação de lava domos de composição riolítica (70-73% SiO2), que atingiram espessuras totais de 150 a 400 m. Na base ocorrem feições de interação lava-sedimento (peperitos) e autobrechas (formadas na base e carapaça dos derrames, que constituem lobos nas porções mais distais). Obsidianas bandadas e outras feições indicativas de fluxo coerente são características da unidade. No centro da pilha, a sequência de riolitos constitui uma camada mais monótona de rochas dominantemente cristalinas com marcante disjunção vertical que correspondem à parte central de corpos de lava-domos, no topo predominam as disjunções horizontais. Estas rochas contém < 6% de fenocristais e microfenocristais (<1,2 mm) de plagioclásio (An40-60), Ti- magnetita e pigeonita imersos em matriz vítrea ou cristalina (maciça ou bandada) com até 20% de micrólitos. Modelos de fracionamento são consistentes com modelos em que o magma parental do riolito Santa Maria teria composição similar ao dacito Barros Cassal. As variações nas razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'ind.(i)\' (0,7230-0,7255) sugerem evolução em sistema aberto, envolvendo contaminação crustal. O magma teria evoluído em câmaras magmáticas localizadas a <12 km de profundidade (<3 kbar), a temperaturas entre 970 e 1000ºC, com fO 2 de ~\'10 POT.10-11\' bar e até 1% de H2O. A cristalização, que se iniciou dentro do reservatório, teria prosseguido durante a ascensão, que ocorreu em gradientes dP/dT de 100 bar/ºC e velocidades médias de 0,2 cm \'s POT.-1\' . O processo de nucleação de micrólitos ocorreu quando o magma ultrapassou o limite de solubilidade a 200 bar de pressão, apresentando temperaturas de 940-950ºC e viscosidades de \'10 POT.5\' a \'10 POT.7\' Pa.s. A alimentação por condutos fissurais, associada a altas taxas de extrusão, teriam elevado a tensão cisalhante próximo às paredes do conduto, gerando bandamentos com distintas concentrações de água. As bandas hidratadas funcionaram como superfícies de escorregamento, diminuindo a viscosidade efetiva, favorecendo a desgaseificação e aumentando a eficiência do transporte do magma desidratado até a superfície. A identificação de estruturas associadas à efusão de lavas, como dobras de fluxo, fluxos lobados, auto-brechas, além da identificação de estruturas de lava domos, contraria interpretações que propõem origem dominantemente piroclástica para o vulcanismo ácido na região, a partir de centros efusivos localizados em Etendeka, na África. / The detailed mapping of an area in the southern edge of the Paraná Etendeka Magmatic Province (PEMP), between the cities of Gramado Xavier and Barros Cassal, Rio Grande do Sul, Brazil, revealed three stratigraphic sequences generated by silicic volcanic eruptions associated to chemically distinct magma-types. The Caxias do Sul sequence corresponds to the first volcanic manifestation of silicic magmatism in the PMPE. It consists of several lava flows and lava domes which erupted continuously, without significant gaps between the events, and resulted in a thick deposit of up to 140 m. The deposition of layers of sandstone between the last lava flows show the intermittent ending of this volcanic event.. These rocks present dacitic composition (~68 wt% SiO2) and hipohyaline to phaneritic texture with microphenocrysts (<2.3 mm) and microlites of plagioclase (\'An IND.55-67\'), pyroxene (hypersthene, pigeonite and augite) and Ti-magnetite surrounded by vitreous or devitrified matrix. The fractionation models suggest that their parental magma may have evolved from a liquid which fractionated from Gramado-type basalts. Geochemical and isotopic signatures ( \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' 0.7192 to 0.7202) indicate that evolution may have occurred in a closed system, with the participation, at least locally, of a more oxidized crustal contaminant. It is estimated that prior to the eruption the magma might have reached a near-liquidus temperature (980-1000°C), with 2%H2O, fO2 \'10 POT.10.4\' bar, in the reservoirs located in the upper crust, at P~3 kbar. A recharge event in the camera may have triggered the ascension, which occurred with a dP/dT gradient of 100bar/°C and speeds from 0.2 to 0.5 cm.\'s POT.-1\' , leading to nucleation and growth of pheno and microphenocrysts. The magma may have reached the surface at a temperature of ~970 °C and viscosity of \'10 POT.4\' -\'10 POT.5\' Pa.s. The second volcanic sequence, Barros Cassal, is composed of several andesite basaltic, andesitic and dacitic lava flows (54-56, 57-58 and 64-66% SiO2, respectively), with frequent intercalations of sandstone, proving the intermittent behavior of this event. These rocks present aphanitic hipohyaline to hipocrystaline phaneritic texture, black to dark gray color and varied proportions of vesicles. They are all composed of microphenocrysts (<0.75 mm) of plagioclase, augite and subhedral, anhedral or skeletal Ti-magnetite, immersed in glassy or devitrified matrix. The isotopic signatures of the rocks that make up this sequence (eg. \'ANTPOT.87 Sr\'/\'86 ANTPOT. \'Sr IND.(i)\' = 0.7125 to 0.7132) are within the field of tholeiitic Gramado- type basalts, which may have been the parental magma from which they derived by fractional crystallization. Estimates based on the conditions of crystal-liquid equilibrium indicate that the most evolved magmas of the Barros Cassal Sequence, of dacitic composition, reached a temperature of 990-1010°C, 1.4 to 1.8% H2O, and viscosity of \'10 POT.4\' Pa.s. The small size of the crystals and the barometric models indicate that crystallization occurred during the rise, between 2 and 3 km depth (0.5 to 0.7 kbar pressure), while the magma ascended at a speed of 0.12 cm \'s POT.-1\' . With the end of this volcanic event, a significant immature sedimentation (thickness> 10 m) of feldspathic sandstone and conglomerates developed regionally. The last sequence corresponds to Santa Maria, composed of lava flows and lava domes of rhyolitic composition (70-73% SiO2). These deposits can be 150-400 m thick. Features as lava-sediment interaction (peperites) and autobreccias (formed at the base of the flows, which are lobated in the more distal portions) are common in the base of the volcanic pile. banded obsidian and other distinctive features of effusive flows are common in this unit. In the center of the stack, a more monotonous body flow predominates, with hipocrystalline textures and vertical disjunction (corresponding to the central portion of the lava dome). on the top, horizontal disjunctions predominate. These rocks contain <6 % of microphenocrysts and phenocrysts (<1.2 mm) of plagioclase (\'An IND.40-60\'), Ti-magnetite and up to 20% of pigeonite microlites. all these mineral phases occur immersed in glassy or crystalline (massive or banded) matrix. The fractionation models are consistent with models in which the parental magma of the Santa Maria rhyolite and the dacites of Barros Cassal Sequence have similar composition. Variations in \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86\'Sr IND.(i)\' (0.7230 to 0.7255) suggest open-system evolution, involving crustal contamination. The magma might have evolved into dacitic composition in magma chambers located at a depth of <12 km (< 3 kbar), at temperatures between 970 and 1000°C, fO2 of ~\'10 POT.10\'-\'10 POT.11\' bar and 1% of H2O. The crystallization began in the reservoir and might have continued during the ascent, which occurred in dP/dT gradients of 100 bar/°C, with average speeds of 0.2 cm s -1 . The microlites nucleation process occurred when the magma exceeded the solubility limit at 200 bar and displayed a temperature of 940-950°C and viscosity of 10 5 -10 7 Pa.s. The feeding through fissure conduits, associated to high- rate extrusion, might have increased the shear stress near the conduit walls, generating banding with different concentrations of water. Hydrated bands acted as slip surfaces, decreasing the effective viscosity, favoring degassing and increasing the efficiency of transport of dry magma to the surface. The identification of structures associated with lava effusion - like folds of flow, lobed flows, autobreccias, as well as lava dome structures - contradicts the current interpretation, which proposes one single pyroclastic origin, eruptive centers located in Etendeka, Africa, for all deposits of silicic composition in the PEMP.
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Geocronologia e petrotrama de quartzo milonitos do duplex transcorrente de Lavras da Mangabeira / Geochronology and milonites quartz fabric of the strike-slip duplex from Lavras da MangabeiraFreimann, Marcelo de Almeida 15 September 2014 (has links)
Fatias de rochas compreendendo granitóides, gnaisses bandados, anfibolitos, quartzitos e metapelitos formam um sistema imbricado situado na porção oeste do Lineamento Patos (Província Borborema, NE do Brasil). A estrutura situada no sul do estado do Ceará, inserida no Bloco Assaré, nesse momento ainda carece de estudos geológicos que permitam a sua melhor compreensão. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de trazer novos dados geocronológicos e estruturais para acrescentar no entendimento do duplex transcorrente. Datações de rochas situadas no interior das escamas imbricadas em zircões (U-Pb) via LA-ICP-MS indicam que o duplexé constituído por unidades (escamas) de idades diferentes. Gnaisses bandados, diques de anfibolito e metaultramáficas da unidade Granjeiro forneceram idades arqueanas (gnaisses: c. 2.8 Ga, LM10; c. 3.2 Ga, LM3; dique: c. 3.0 Ga, LM2). Idades siderianas e riacianas foram encontradas em gnaisses e anfibolitos a oeste de Cajazeiras (c. 2.4 Ga, LM1; c.2.4, LM13) e em augen gnaisses a sul de Cedro (c. 2.2 Ga, LM11), respectivamente. Essas sequencias do embasamento encontram-se em contato alóctone com metapelitos e quartzitos agrupados na Formação neoproterozoica Lavras da Mangabeira. Critérios cinemáticos derivados doestudo das microestruturas e das tramas cristalográficas de milonitos ricos em quartzo mostram que a sequência metassedimentar foi empurrada para nordeste. Eixos-c e eixos- de quartzo indicam a ativação de sistemas de deslizamento de alta temperatura durante o desenvolvimento da trama. Estimativas de temperaturas baseadas na abertura de ângulo da trama de eixos-c e em contatos suturados entre grãos de quartzo indicam que a deformação dúctil ocorreu entre 500 e 700 °C. A formação do duplex transcorrente, que constitui uma estrutura única na Província Borborema, possivelmente foi facilitada pela presença de rochas arqueanas que provavelmente se comportaram de forma mais rígida durante a deformação facilitando o cavalgamento oblíquo dos conjuntos litológicos. O arranjo estrutural das fatias imbricadas é portanto consistente com um duplextranscorrente compressivo induzido pela deformação cisalhante destral. / Slices of metaplutonic rocks, banded gneiss, amphibolites and metasedimentary sequences form a strike-slip duplex situated in the west portion of the Patos Lineament (Borborema Province, Northeastern Brazil). U-Pb (LA-ICP-MS) data in zircons from the imbricate slices indicate they are constituted by rocks of different ages. Banded gneiss, orthogneisses and metaultramafic dikes assembled in the Granjeiro Complex yielded Archean ages between 2.8 and 3.2 Ga. In contrast, biotite gneisses and amphibolites produced a Siderian (ca. 2.4 Ga) age and an augen gneiss apparently intrusive in the Siderian sequences yielded a Rhyacian (ca. 2.2 Ga) age. These basement sequences are in allochtonous contact with metapelites and quartzites grouped in the Lavras da Mangabeira Formation of Neoprotrozoic age. Kinematic criteria deduced from the study of the microstructures and crystallographic fabric of quartz-rich mylonites show that the metasedimentary sequence was thrusted to the northeast direction. Crystalligraphic c- and a- axis of quartz indicated that medium- to high temperature slip-systems were active during the fabric development. Temperature estimations based on the opening-angle of the c-axis fabric and the sutured contacts between quartz-quartz grains indicated that the ductile deformation occurred at 500 and 700°C. The development of the tectonic duplex was likely facilitated by the occurrence of Archean rocks involved in the shear deformation. They would have acted as a rigid (competent) material that induce the stacking of the sequences during the bulk dextral transcurrent deformation of the Patos Lineament.
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Evolução estrutural brasiliana da Província Borborema na região de Campina Grande, (PB) / Brasilian structural evolution of Borborema Province in the Campina Grande region (PB)Rodrigues, Sergio Wilians de Oliveira 14 May 2008 (has links)
O mapeamento sistemático da folha Campina Grande (1:100.000) apresenta grande importância no entendimento das relações estruturais e geocronológicas dos terrenos que constituem a Zona Transversal da Província Borborema (porção nordeste da Plataforma Sul Americana). Sendo que a área abrangida pelo mapeamento sistemático realizado apresentou-se como um excelente laboratório para aplicação de técnicas clássicas e modernas na área de geologia estrutural. Neste trabalho, buscou-se o desenvolvimento e adequação das técnicas de análise de orientação preferencial de forma (OPF) na caracterização principalmente de tramas minerais em rocha granítica. Também foram utilizadas técnicas e métodos referentes a análise de suscetibilidade magnética (ASM), tramas de eixo de quartzo e a utilização de mapeamento isotópico de Nd. O mapeamento sistemático, juntamente com a análise estrutural e cinemática caracterizou na área de estudo uma série de zonas de cisalhamento verticais de direção NW destrais e de direção NE sinistrais que formam um sistema conjugado situado no segmento oriental do Lineamento Patos (Província Borborema), a qual é aqui denominado \"Sistema de Cisalhamento Campina Grande\". As zonas de cisalhamento que compõem o \"Sistema de Cisalhamento de Campina Grande\" apresentam forte influência na colocação dos plútons graníticos da Zona Transversal. Os estudos de anisotropia de suscetibilidade magnética (ASM) e análise de orientação preferencial de forma em tramas minerais (OPF) ressaltam a influências destas zonas no alojamento dos corpos graníticos regionais, principalmente nos Plútons de Campina Grande e Serra Redonda. O estudo da trama de eixos-c de quartzo nos milonitos do \"Sistema de Cisalhamento de Campina Grande\" nas faixas quartzozas confinadas na foliação milonítica é consistente com diferentes critérios cinemáticos verificados em meso- e macroescala. As tramas podem ser descritas por guirlandas simples ou cruzadas relacionadas a ativações combinada dos sistemas de deslizamento basal e romboédrico sob temperatura baixa a moderada (300 a 600º C). As microestruturas são típicas de deformação dúctil do quartzo associado recristalização dinâmica, enquanto no K-feldspato predomina o microfraturamento. O sistema transcorrente conjugado é resultante de esforços compressivos de direção NNW-SSE, que também são responsáveis pelo cavalgamento do embasamento Paleoproterozóico sobre o plúton granítico Brasiliano da Serra Redonda. A progressão e localização da deformação mantiveram a cinemática regional consistente até os estágios tardios da deformação finita registrada em ultramilonitos. O \"Sistema de Cisalhamento de Campina Grande\" apresenta seu período principal de evolução situado no intervalo de 590 a 570 Ma que é associado a intenso magmatismo granítico. E representa o produto da interação dos segmentos crustais da Zona Transversal possivelmente associado a eventos transpressivos. Os segmentos crustais que compõem a Zona Transversal apresentam assinaturas isotópicas distintas de Sm-Nd (relacionada aqui como Grupo I e II). O primeiro padrão reconhecido (Grupo I) é caracterizado em gnaisses de origem supracrustal e ortognaisses graníticos pertencentes ao Terreno Alto Pajeú (TAP) que exibem assinatura isotópica com idades TDM 2,0 a 1.0 Ga e ?Nd(0) com valores no geral menores que - 20,0 e razões Sm147/Nd144 maiores que 0,12. O outro padrão isotópico (Grupo II) apresenta uma assinatura com idades TDM paleoproterozóicas a arqueanas (2,0 a 3,0 Ga), ?Nd(0) com valores entre -20,0 e -35,0 , razões Sm147/Nd144 concentrada no intervalo de 0,08 e 0,12 e é associado as rochas do Terreno Alto Moxotó (supracrustais e ortognaisses diversos). Os valores de ?Nd(950) no TAP apresentam uma variação entre -4,19 a +0,03, o que sugere uma considerável contribuição de materiais/fontes juvenis na formação das rochas deste terreno. Já no TAM os valores de ?Nd(2000) para o TAM variam de -11,28 a +1,73. Os valores positivos de ?Nd(2000) também sugerem a contribuição de materiais/fontes juvenis na formação das rochas deste terreno. Já os valores negativos sugerem retrabalhamento de fontes crustais arqueanas. As assinaturas isotópicas dos dois eventos acrescionais de crostas são observadas nas intrusões graníticas da Zona Transversal, o que indica as contribuições dos Terrenos Alto Moxotó e Alto Pajeú como fonte crustais para o magmatismo regional. Os granitos também apresentam forte relação com fontes associadas à fusão de crosta continental. As idades U/Pb delimitam três principais períodos de magmatismo (cristalização de rocha) nos períodos de 2100 Ma, 950 Ma e 560 Ma na Zona Transversal na área de estudo. Os dois primeiros períodos são associados aos eventos de acresção e geração de crosta no Paleoproterozóico e no Eoneoproterozóico. E o ultimo associado ao magmatismo brasiliano das intrusões graníticas. Estes eventos também são registrados pelos dados isotópicos Rb-Sr, que se alinham às retas de regressão de referência de 2100 Ma, 950 Ma e 560 Ma. Os dados Rb-Sr refletem a homogeneização isotópica nestes períodos, ou por eventos magmáticos ou por metamorfismo. / The systematic mapping of Campina Grande sheet (1:100.000) is very important to understand the structural and geochronological relations between different terranes of the Transversal Zone, Borborema Province (NE Brazil). The mapped area is an excellent natural laboratory to apply classical and modern techniques of structural geology for the study of mechanisms of generation and evolution of ductile shear zones. This work aimed the evaluation, adaptation and validation of techniques for shape preferred orientation analysis to characterize granitic and metamorphic rock fabrics. Additionally, we used a multi-method approach, with the application of anisotropy of magnetic susceptibility analysis, quartz c-axis fabrics and Nd isotopic mapping integrated with conventional geologic studies. A network of transcurrent shear zones formed by NW-trending dextral and NE-trending sinistral zones was recognized by systematic mapping, structural and kinematic analysis. These shear zones form a conjugated system located in the oriental segment of the Patos Lineament (Borborema Province), here denominated as the Campina Grande Shear System. The Campina Grande Shear System strongly influenced the emplacement of granitic plutons in the Transversal Zone. This fact is emphasized by anisotropy of magnetic susceptibility analysis and shape preferred orientation fabrics, mainly for the Campina Grande and Serra Redonda plutons. C-axis fabrics in quartz-mylonites of Campina Grande Shear System show single and cross guirdle patterns consistent with kinematic criteria recorded in meso- and regional macroscale. They are related to the activation of mainly basal and rhomboedric slip systems in a low to moderate temperature (300 a 600º C). Microstructures in quartz indicate the deformation mechanisms include crystal plastic and recrystallization processes, but ductilebrittle strains in feldspar. The conjugate shear zone system agrees with a bulk NNW-SSE trending shortening direction. It was also responsible for the thrusting of the Paleoproterozoic basement to over younger rocks of the \"Alto PajeúTerrane\". The principal phase of the Campina Grande Shear System evolution occurred between 590 and 570 Ma, concomitant with intense granitic magmatism, and represents the product of the interaction of the Transversal Zone segments, possibly associated with transpressive events. The Transversal Zone crustal segments display two main distinct patterns of Sm-Nd isotopic signatures (groups I and II). The group I, characteristic of paragneisses and granitic orthogneisses from the Alto Pageú Terrane (APT), exhibits Nd model ages (TDM) between 1,0 and 2,0 Ma, ?Nd(0) values generally lower than -20,0, and Sm147/Nd144 ratio higher than 0,12. The group II, related to supracrustal rocks and orthogneisses from the Alto Moxotó Terrane (AMT), shows Paleoproterozoic to Archean Nd model ages (2,0 a 3,0 Ga), ?Nd(0) values between -20,0 and -35,0, and Sm147/Nd144 ratio from 0,08 to 0,12. The ?Nd(950) values from the APT vary between -4,19 and +0,03, suggesting important contribution of juvenile material and sources in the rock formation in this terrane. The ?Nd(2000) values from the AMT vary from - 11,28 to +1,73, reflecting reworking of Archean crustal sources and contribution of juvenile material in the rock formation. The isotopic signatures of the two crustal accretionary events (ca. 2000 and 950 Ma) are observed in granitic plutons of the Transversal Zone, indicating that the Alto Moxotó and Alto Pageú terranes contributed as crustal sources for the regional magmatism. The granitic plutons also show strong relation with sources associated to melting of the continental crust. U-Pb age data delimit three principal magmatic events in the Transversal Zone in the study area (ca. 2100 Ma, 950 Ma and 560 Ma). The two former events are associated to crustal accretion and generation, and the last event related to Brasiliano granitic magmatism. Rb-Sr isotopic dates also registered these events, reflecting isotopic homogenization during magmatic and/or metamorphic events.
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Petrografia e mineralogia de granitos peralcalinos: o Plúton Papanduva, Complexo Morro Redondo (PR/SC) / Petrography and mineralogy of peralkaline granits: the Papanduva Pluton, Morro Redondo (PR/SC)Vilalva, Frederico Castro Jobim 09 November 2007 (has links)
O Complexo Morro Redondo, com cerca de 250 Km2, é uma das ocorrências mais importantes de granitos de tipo-A da Província Graciosa, uma importante província póscolisional neoproterozóica (ca. 580 Ma) na região sul-sudeste do Brasil. O Complexo aflora nas proximidades de Tijucas do Sul (PR) e Garuva (SC). É formado pelos Plútons Papanduva e Quiriri, em que afloram, respectivamente, rochas graníticas das associações alcalina e aluminosa de granitos de tipo-A, respectivamente; e por rochas vulcânicas ácidas e básico-intermediárias contemporâneas. O Plúton Papanduva, objeto deste trabalho, aflora na porção norte do Complexo, estendendo-se por uma área de cerca de 100 Km2. Constitui-se essencialmente de álcalifeldspato granitos hipersolvus leucocráticos a hololeucocráticos, de granulação média a fina. De acordo com suas estrutruras, texturas e mineralogia, foram individualizadas quatro unidades distintas, denominadas informalmente de A, B, C e D. As Unidades A e B afloram junto às bordas NE e N do plúton, e nas proximidades de zonas de cisalhamento mais importantes. São caracterizadas por teores modais moderados a altos de quartzo (50-60 % modal) e por texturas deformacionais desde cataclásticas (Unidade B) até protomiloníticas (Unidade A), resultantes de eventos deformacionais tardi a pós-magmáticos. A Unidade C apresenta a maior expressão geográfica, aflorando nas zonas centrais e SW do plúton. Agrupa rochas de estrutura essencialmente maciça, com teores de quartzo mais baixos (próximos de 20% modal). A Unidade D compreende diques centimétricos a decamétricos de álcali-feldspato microgranitos interpretados como o último evento magmático. O feldspato alcalino varia de mesopertítico a pertítico, sendo relativamente mais potássico nas rochas mais deformadas das Unidades A e B. Laths de albita quase pura ocorrem em interscrescimentos com anfibólio e clinopiroxênios sódicos e alguns minerais acessórios, sugerindo coprecipitação em estágios tardi(?) ? a pós-magmáticos. As paragêneses máficas compreendem anfibólios magmáticos e clinopiroxênios tardi- a pósmagmáticos, variando desde tipos sódico-cálcicos (Fe-richterita e egirina-augita) até sódicos (arfvedsonita/riebeckita e egirina). Iniciam sua cristalização posteriormente às fases félsicas, o que caracteriza uma ?seqüência agpaítica de cristalização?. A variação composicional dos anfibólios acompanha, aproximadamente, o aumento da abundância modal de quartzo e/ou a presença de feições indicativas de deformação (cataclasitos) com os termos mais cálcicos aparecendo nas amostras com menores teores de quartzo e estruturas maciças (Unidade C). Na arfvedsonita e egirina as trajetórias evolutivas são marcadas pelo aumento de Na e Fe3+ paralelo à diminuição de Ca, Fe2+ e Ti em direção às bordas cristalinas, indicando condições progressivamente mais alcalinas e oxidantes. Riebeckita é pós-magmática, aparecendo tipicamente em amostras com indícios de alteração hidrotermal das Unidades B e D. Ilmenita ocorre ocasionalmente nas Unidades B, C e D, enquanto magnetita é rara, tipicamente pós-magmática, resultando em valores muito baixos de susceptibilidade magnética (< 1,0 x 10-3 SI). Zircão, chevkinita e astrofilita são os acessórios mais típicos nas Unidades B, C. Por outro lado, uma variedade de minerais acessórios raros, de cristalização tardi ? a pósmagmática, típicos de rochas peralcalinas, como narsarsukita, neptunita (portadores de Ti); britholita e nacareniobsita (portadores de ETR); além de zirconossilicatos de (Na, K), turkestanita e bastnäsita ocorre tipicamente em amostras mais deformadas da Unidade A. A associação aparentemente contemporânea das rochas graníticas com um vulcanismo de caráter bi-modal, a observação de cavidades miarolíticas, bolsões pegmatíticos e texturas gráficas e semi-gráficas no Plúton Papanduva indica condições crustais relativamente rasas para a colocação do magmatismo granítico. Com base nos equilíbrios minerais observados e na presença/ausência de certas fases minerais, pode-se estimar trajetórias evolutivas de T e ?O2 durante a seqüência de cristalização do Plúton Papanduva. As trajetórias são governadas, durante os estágios magmáticos, pela diminuição de T (ca. 750 ? 500o C), em condições progressivamente mais oxidantes, com ?O2 variando desde valores equivalentes ao tampão WM (magnetita ? wüstita) até valores próximos àqueles definidos pelo tampão HM (hematita ? magnetita). A concentração de álcalis, voláteis, HFSE (Zr, Ti, Nb, ETR) e ocasionalmente Ca nos líquidos residuais decorrentes da evolução dos magmas peralcalinos e, em parte, devido à entrada de fluidos externos (Ca e H2O) permitiu a cristalização de minerais acessórios raros. A presença desses acessórios nas rochas tipicamente deformadas sugere que a deformação teve um papel importante na remobilização e circulação desses elementos nos estágios tardi- a pósmagmáticos. / The Morro Redondo Complex, covering an area of about 250 km2, is one of the most expressive occurrences of granites and associated bimodal volcanic rocks from the Neoproterozoic (ca. 580 Ma), post-collisional, A-type Graciosa Province in south-southeast Brazil. The Complex outcrops near Tijucas do Sul (PR) and Garuva (SC) townships, and consists of two main intrusive units: the Papanduva and Quiriri Plutons, both comprising granitic rocks from the alkaline and aluminous petrographic associations of A-type granites. The Papanduva Pluton, which is the main subject of this work, comprises the northern portion of the Morro Redondo Complex, covering an area of about 100 Km2. It is made up of leucocratic to hololeucocratic, coarse- to fine-grained hypersolvus alkali-feldspar granites. Based on their structures, textures and mineralogy, four distinct units were recognized and informally named A, B, C and D. Units A and B outcrops near the NE and N borders of the pluton, and close to major shear zones. They are characterized by high modal quartz contents (50-60 %) and deformational textures varying from cataclastic (Unit B) to protomylonitic (Unit A), as the result of late- to post-magmatic tectonic stress. Unit C, the largest in extent, occurs in the central and SW parts of the pluton. It consists of massive granitic rocks, with lower modal quartz content (ca. 20%). Unit D comprises alkali-feldspar microgranites interpreted as formed by the latest magmatic event. Alkali feldspar varies from mesoperthic to perthitic, being relatively more potassic in the deformed rocks from Units A and B. In some rocks idiomorphic laths of almost pure albite are found in intergrowths with interstitial pyroxene, amphiboles, and accessory minerals; suggesting co-precipitation in the late(?)- to post-magmatic stage. The mafic paragenesis includes magmatic amphiboles and late- to post-magmatic clinopyroxenes, varying from sodic-calcic (Fe-richterite and aegirine-augite) to sodic varieties (arfvedsonite/riebeckite and aegirine). The crystallization history of mafic minerals starts after the felsic phases, in a typical ?agpaitic crystallization sequence?. The amphibole and clinopyroxene compositional variations follow the increase in quartz modal content and/or the presence of deformational textures, with the more calcic varieties crystallizing in rocks with low modal quartz contents and massive structure (Unit C). For arfvedsonite and aegirine, the evolutional trends are marked by enrichment in Na and Fe3+ and depletion in Ca, Fe2+ and Ti towards crystal rims, suggesting progressively more oxidizing and alkaline conditions. Riebeckite is in a post-magmatic phase in hydrothermally altered rocks from Units B and D. Ilmenite appears occasionally in Units B, C and D, while magnetite is a rare phase, typically post-magmatic; thus, the magnetic susceptibility values are very low for most rocks (< 1.0 x 10-3 SI). Zircon, chevkinite and astrophyllite are the most typical accessories in Units B and C. On the other hand, a variety of late- to post-magmatic rare accessory minerals, typical of peralkaline rocks, such as narsarsukite, astrophyllite and neptunite (Ti-bearing); britholite and nacareniobsite (REE-bearing); as well as ( Na, K) zirconosilicates, turkestanite and bastnäsite, appears in the more deformed samples from Unit A. The apparently contemporary association of granitic and bi-modal volcanic rocks, the presence of miarolitic cavities, pegmatitic veins and graphic and semigraphic textures in the Papanduva Pluton indicate emplacement at a relatively high crustal level. Based on the observed mineral equilibria and the presence or absence of some mineral phases it was possible to establish evolutional trends in T-?O2 space during the crystallization sequence of rocks from Papanduva Pluton. The trajectories are governed, during the magmatic stages, by falling temperature (ca. 750 ? 500o C) in progressively more oxidizing environments, with ?O2 varying from MW (magnetite-wüstite) to HM (hematite-magnetite) buffer conditions. The concentration of alkalis, volatiles , HFSE (Zr, Ti, Nb, REE) and occasionally Ca in the residual liquids, as a consequence of peralkaline magma evolution, or, in part, due to external fluids (Ca and H2O) led to the crystallization of rare accessory mineral phases. The presence of these accessory minerals in typically deformed rocks suggests that deformational events played an important role in the remobilization and circulation of these elements in the late- to post-magmatic stages.
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A sequência meta-vulcanossedimentar do circular, Carajás (PA): Geologia, petrografia, litoquímica e geocronologia / not availableReis, Pedro Moraes 31 March 2017 (has links)
A Sequência Meta-vulcanossedimentar do Circular (SMC) constitui um conjunto de rochas supracrustais que estão totalmente circundadas por meta-granitóides ortoderivados, o contato entre eles é composto por falhas de cavalgamento e cisalhamento com transporte tectônico para S-SW. A SMC é composta por formações ferríferas intercaladas a plagioclásio-biotita xistos, granada-biotita xistos e metabasitos, interpretados como uma sequência meta-vulcanoclástica com meta-tufos, metasedimentos terrígenos e meta-vulcânicas com contatos concordantes entre si. Intrusões de metagabros e meta-granodioritos cortam a SMC e apresentam-se metamorfisadas. Paragêneses minerais formadas por granada+biotita+grunerita nas vulcanoclásticas e andesina+hornblenda+epidoto nos metagabros, indicam que estas rochas foram metamorfisadas em fácies anfibolito e retrometamorfisadas na fácies xisto verde, marcada por cloritização e sericitização. Evidências petrográficas indicam que houve pelo menos três eventos deformacionais na SMC, o mais antigo (Sn-1) é marcado por restos de charneiras e arcos poligonais intrafoliais a uma foliação principal Sn, a última (Sn+1) é formada por microfalhas rúpteis que deslocam a Sn. Diques e sills de metagabros metamorfisados em fácies anfibolito indicam que houve pelo menos um evento deformacional após sua colocação. Os meta-granitóides do embasamento da SMC estão associados a séries magmáticas cálcio-alcalinas e cálcio-alcalinas de alto potássio, com características geoquímicas sugestivas de colocação em ambiente sin-colisional. Meta-vulcânicas e meta-tufos de composição traqui-basáltica apresentam características que podem ser associadas a magmas básicos evoluídos, já os metagabros intrusivos possuem composição basáltica e apresentam características indicativas de que são geoquimicamente mais primitivos que as meta-vulcânicas. A partir de dados isotópicos de U-Pb em zircão foi obtida uma idade concordante de 2659 ±6Ma para uma intrusão meta-granodiorítica que corta as formações ferríferas e meta-vulcanoclásticas, definindo, assim uma idade mínima para a SMC. O embasamento da sequência é formado por meta-monzogranitos que apresentaram uma idade de cristalização de 2665 ±29Ma. Os metagabros apresentaram idade discordante de 2560 ±13 interpretada como idade mínima para a colocação dos mesmos. As evidências de campo, petrográficas, litoquímicas e geocronológicas permitiram inferir uma história evolutiva para as rochas da Sequência Meta-vulcanossedimetar do Circular. A área apresenta uma evolução antiga e complexa, com no mínimo três fases de deformação, três fases de magmatismo tanto básicos quanto ácidos, variadas fases de hidortermalismo e desenvolvimento de zonas de cisalhamento. Em uma porção localizada da SMC ocorre uma mineralização de cobre formada por brechas hidrotermais e formações ferríferas hidrotermalizadas, as primeiras são formadas por verdadeiros condutos hidrotermais que exibem feições de fraturamento hidráulico por pressão de fuidos e silicificação, os segundos são formações ferríferas que hospedam a mineralização de cobre com textura stockwork, possivelmente por servirem de armadilhas químicas para a precipitação de sulfetos. Os sulfetos principais são calcopirita e pirrotita. A ausência de deformação nos sulfetos sugere que sua origem esteja associada a eventos posteriores às deformações neoarqueanas, como por exemplo a granitogênese anorogênica paleoproterozóica. Evidências geológicas e geoquímicas indicam que a mineralização é do tipo IOCG. / The Meta-volcanosedimentary Circular Sequence (SMC) is a set of supracrustal rocks that are totally surrounded by meta-granitoids, the contact between them is tectonic composed by thrust fault and transcorrent fault zones with milonitic foliation and tectonic transport for S-SW. The SMC is formed by banded iron formations intersperced with plagioclase-biotite schists, garnet-biotite schists and metabasites, interpreted as a metavulcanoclastic sequence with meta-tuffs, meta-volcanics rocks and basic affinity terrigenous meta-sediments with concordant contacts with each other. Intrusions of metamorphosed gabbros and granodiorites cut the SMC. In metavulcanoclastic rocks, mineral paragenesis is formed by garnet + biotite + grunerite, in meta-gabbros andesina + hornblenda + epidote indicates metamorphism in amphibolite facies and retrometamorphism in green schist facies, marked by chloritization and sericitization. Petrographic evidences indicates a minimum of three deformational events in the SMC, the first (Sn-1) is marked by hinges remains and intrafolial polygonal arches in a main foliation Sn (second), the third (Sn+1) is formed by ruptile micro-faults, which move Sn. Dykes and sills of meta-gabbros metamorphosed in amphibolite facies indicate at least one deformation event after its placement. The SMC basement is composed by meta-granitoids with calcium-alkaline to calcium-alkaline with high potassium magma series, suggesting they were placed in a sincollisional environment. Metavulcanic rocks formed by traquibasaltic composition have characteristics that can be associated to more evolved basic magmas than meta-gabbros, witch have basaltic composition and characteristics that their protoliths were more primitive magmas. From the isotopic data of U-Pb in zircon, a concordant age of 2659 ± 6 Ma was obtained for a meta-granodioritic intrusion that cuts the banded iron formation and metavulcanoclastic rocks, thus defining a minimum age for SMC. The basement is formed by meta-monzogranites that presented a crystallization age of 2665 ± 29Ma. The metagabrro have a discordant age of 2560 ± 13 interpreted as minimum age for his placement. Field works, petrographic description, geochemistry data and geochronological evidences allowed to infer history evolution for the Circular Meta-volcanosedimetary Sequence. The area presents an old and complex evolution, with at least three phases of deformation four intrusion phases of basic and acid magmas, various stages of hidrothermalism and development of shear zones. In a localized portion of SMC, copper mineralization occurs through hydrothermal brecchia and iron formations. The brecchias are formed on hydrothermal conduits by hydraulic fracturing with fluids pressure and silicification associated, the hydrothermalized iron formations hosts the copper mineralization with stock work texture, possibly because they serve as chemical traps for the sulphides precipitation. The main sulphides are chalcopyrite and pyrrhotite. The absence of deformation in sulphides suggests its origin is associated with pos-neoarquean deformations events, such as the anorogenic paleoproterozoic granitogenesis. Geological and geochemical evidence indicates that cooper mineralization is a IOCG type.
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JOSÉ DO PATROCINIO MARQUES TOCANTINS (1844-1889): TRAJETÓRIA DE UM AFRODESCENDENTE NA PROVÍNCIA DE GOIÁS NO SÉCULO XIXLarindo, Aparecida Macedo 19 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-19 / The purpose of this dissertation is to reflect on the historical and social representation of the Afrodescendant in Goiás in the second half of the nineteenth century, guided by the trajectory of journalist and abolitionist José do Patrocínio Marques Tocantins. To begin, I conducted an analysis of the existing historical narratives and the travelers' vision of Goias in the nineteenth century, which were and continue to be references for the study of the History of Goias; focusing on the influence of these historical narratives, on the construction of the Afrodescendent representation in the collective memory of Brazilian and foreign societies. In order to (re) build the historical trajectory of José do Patrocínio, in addition to bibliographies, I used documents and records found in the Museum of the Flags (MUBAN), in the Frei Simão Library and in the diocesan archive Dom Tomás Baldoíno, both from the City of Goiás and also the newspapers: The Free Tribune and The Goyano Publisher, published in the last two decades of the nineteenth century. By reading between the lines of these documents facilitated the visibility of this man who faced the difficulties inherent by the family, social and cultural situation in which he lived; his occupation in the social and cultural spaces in Goiás, his ethnic marriage to Anna Francisca Tocantins and also the importance of the media in the period of political and social transition in the Province, especially in matters concerning the abolition. / O propósito desta dissertação é refletir sobre a histórica do afrodescendente em Goiás na segunda metade do século XIX, norteada pela experiência do jornalista e abolicionista goiano, José do Patrocínio Marques Tocantins; dentro do contexto socioeconômico, político e cultural da Província. Para iniciar, realizei uma análise das narrativas históricas já existentes e a visão dos viajantes sobre Goiás, no século XIX, as quais foram e continuam sendo referências para o estudo da História de Goiás; com atenção voltada para a influência dessas narrativas históricas na construção da representação do afrodescendente na memória coletiva da sociedade brasileira e estrangeira. Para (re) construir as experiências de José do Patrocínio, além de bibliografias, utilizei documentos e registros encontrados no Museu das Bandeiras (MUBAN), na Biblioteca Frei Simão e no arquivo diocesano Dom Tomás Baldoíno, ambos da Cidade de Goiás; e também os jornais: A Tribuna Livre e O Publicador Goyano, publicados nas duas últimas décadas do século XIX. Ler as entrelinhas desses documentos facilitou o reavivamento da história desse goiano que enfrentou as dificuldades inerentes à condição familiar e cultural em que vivia: suas ações desenvolvidas nos espaços sociais e culturais em Goiás; seu casamento interétnico com Anna Francisca Tocantins e, também, a importância da imprensa no período de transição política e social na Província, especialmente nos assuntos ligados à abolição.
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Estudo de proveniência sedimentar de sequências neoproterozóicas ao longo do lineamento Patos (Província Borborema, NE do Brasil) / not availableBautista, John Mauricio Rico 29 June 2012 (has links)
A Província Borborema corresponde a um domínio crustal localizado no nordeste do Brasil, cuja configuração tectônica é resultado da acresção de blocos crustais ao longo de zonas de cisalhamento. Dentre essas zonas destaca-se a de Patos, que corresponderia a uma das principais suturas originadas do Ciclo Brasiliano. Essa estrutura é caracterizada pela presença de milonitos diversos e ortognaisses migmatíticos com direção predominante E-W, mas também inclui a ocorrência de rochas supracrustais conhecidas regionalmente como a Formação Lavras da Mangabeira e uma sequência que ocorre na região de Cajazeiras-Coremas (PB) que é interpretada como análoga ao Grupo Seridó. A sul desta zona de cisalhamento localizam-se algumas bacias eo-paleozoicas dentre as quais as de Iara e Barro, depositadas sobre metapelitos neoproterozoicos do Grupo Cachoeirinha. A sequência de embasamento na área de estudo é denominada Complexo Granjeiro. Apresenta uma grande variedade composional, incluindo ortognaisses, biotita gnaisses parcialmente migmatizados e rochas máficas e meta-ultramáticas. As idades modelo \'t IND.DM\' em ortognaisses deste complexo variam entre 2,7 e 2,6 Ga enquanto que as idades de cristalização (U/Pb em zicão) definem um intervalo entre c. 3,1 - 2,35 Ga, incluindo neste conjunto os resultados de anfibolitos. Repousando em discordância sobre o embassamento encontra-se os meta- sedimentos da Formação Lavras da Mangabeira. Compreende metaconglomerados e quartzitos na base, passando ao topo para micaxistos e filitos. Os metaconglomerados e quartzitos apresentam assinaturas de proveniência com idades modelo \'t IND.DM\' entre 2,7 - 2,5 Ga, e padrões de proveniência U/Pb em zircão detritico definidos por populações de idades entre c. 3,4 e 2,0 Ga, com pico principal em c. 2,2 Ga. Por outro lado, os zircões das litologias metapelíticas exibem idades U/Pb dominantemente neoproterozoicas entre 1,1 - 0,55 Ga, com picos máximos de proveniência em c. 0,65 e c. 0,73 Ga. O Grupo Seridó na área de estudo é definido como em sua área-tipo na Faixa Seridó, incluindo os paragnaisses e mármores da Formação Jucurutu, quartzitos da Formação Equador e os metaturbiditos da Formação Seridó. Nos paragnaisses os zircões detríticos forneceram idades entre 1,1 - 0,6 Ga, incluindo contribuições menores de populações paleoproterozoicas e arqueana. Ao contrário, os quartzitos da Formação Equador apresentam idades modelo \'t IND.DM\' entre 2,7 e 2,5 Ga, com zircões detríticos mostraram idades paleoproterozoicas a arqueanas, similares àquelas obtidas na sequência basal da Formação Lavras da Mangabeira. Esse padrão de proveniência é fortemente sugestivo de que as rochas metasedimentares estudadas (Lavras da Mangabeira e a sequência Cajazeiras-Coremas) devam fazer parte de uma única bacia que, juntamente com o Grupo Seridó na sua área-tipo, tenha sido desmembrada pelo deslocamento transcorrente da Zona de Cisalhamento Patos. Os arenitos arcosianos das bacias eo-paleozoicas, por sua vez, apresentam populações de zircões neoproterozoicos, mas também com aportes de zircões paleoproterozoicos e arquenos. Esses resultados indicam que as bacias podem ter sido preenchidas por fontes diversas ou mesmo por sedimentos provenientes da erosão das sequências metassedimentares neoproterozoicas, mais antigas. A presença de zircões mais jovens que c. 0,62 Ga indica a participação de rochas ígneas brasilianas também como fonte para a sedimentação dessas bacias. / The Borborema Province is a crustal domain located in northeastern Brazil, with a tectonic configuration that resulted from the accretion of crustal blocks along shear zones. The Patos Shear Zone, among the important ones, is one of the main sutures produced by the Brasilian Cycle. This structure is characterized by the presence of E-W-trending diverse milonites and migmatitic orthogneisses, including the regionally known Lavras da Mangabeira supercrustal formation and a sequence in the Cajazeiras-Coremas (PB) region considered as analogous to the Seridó Group. At the south of this shear zone are localized some Eo-Paleozoic basins such as the Lara and Barro, deposited on Neoproterozoic metapelites of the Cachoeirinha Group. The basement sequence of the area studied is called the Granjeiro Complex. lt has a varied composition of orthogneisses, partially migmatized biotite gneisses and mafic and ultramafic rocks. Model \'T IND.DM\' ages in orthogneisses of this complex varies between 2,7 and 2,6 Ga while the crystallization ages (U/Pb in zircon) define an interval between c. 3,1 and 2,35 Ga, including the results from amphibolites. Metasediments of the Lavras da Mangabeira Formation are discordant on the basement. It comprises of metaconglomerates and quartzites at the base and micaschists and phyllites at the top. The metaconglomerates and quartzites have provenance signatures with model \'T IND.DM\' ages between 2,7 - 2,5 Ga, and U/Pb in detritic zircon provenance model defined by populations with ages between c. 3,4 and 2,0 Ga, with main peak at c. 2,2 Ga. The zircons from the metapelitic lithologies show U/Pb ages dominantly Neoproterozoic between 1,1 - 0,55 Ga, with maximum peaks of provenance at c. 0,65 and c. 0,73 Ga. The Seridó Group in the studied area is defined as an area-type in the Seridó Belt, including paragneisses and marbles of the Jucurutu Formation, quartzites from the Equador Formation and the metaturbidites of the Seridó Formation. Detritic zircons in the paragneisses give ages between 1,1 - 0,6 Ga, including minor contributions from the Archean and Paleoproterozoic populations. On the contrary, the quartzites from the Equador Formation give model TDM ages between 2,7 e 2,5 Ga, with detritic zircons having Archean to Paleoproterozoic ages similar to those obtained in the basal sequence of the Lavras da Mangabeira Formation. This provenance model is strongly suggestive in the fact that the studied metasedimentary rocks (Lavras da Mangabeira and the Cajazeiras-Coremas sequence) are supposed to be part of a unique basin which together with the Seridó Group in its area-type, was isolated by the transcurrent deslocation of the Patos Shear Zone. On the other hand, the arkosic sandstones of the Eo-Paleozoic basins have Neoproterozoic zircon populations with Archean and Paleoproterozoic contributions. These results indicate that the basins could have been filled by sediments of diverse sources or from the erosion of the older Neoproterozoic metasediments. The presence of zircons younger than c. 0,62 Ga indicate a participation of igneous rocks of the Brasilian orogeny which also is the source of the sediments of these basins.
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