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Escola e cotidiano: um estudo das percepções matemáticas da comunidade quilombola Mussuca em SergipeFrança, Evanilson Tavares de 09 April 2013 (has links)
As D Ambrosio teaches (2005), discipline is so valued and is often placed on a podium when
establishing maximum scheduling. Discipline is, in fact, an Ethnomathematics produced in
Mediterranean Europe with some Indian people and Islamic civilization contributions. The
Ethnomathematics universalization ended up eclipsing the mathematical constructions of
other human groups, including quilombola. This prevailing attitude is impelled to develop this
research in Mussuca (quilombo), located in Laranjeiras (Sergipe - Brazil), from May to
December 2012, aiming to analyze the perceptions about mathematical knowledge held by the
5th grade students in an elementary school community of Mussuca and the relationship
established by them/students, polyvalent teachers, managers/the school hall and community
members concerned with this same knowledge and their relationship with Africanized. The
supportive theoretical references that in this research are represented by understanding
Quilombo, having Arruti and O'Dwyer as main interlocutors; the mathematic panorama
learning from Silva Costa, D Ambrosio, Fiorentini, Lorenzato, Michael and Vilela reflections,
among others, Ethnomatematics, based on, principally, Ubiratan D'Ambrosio constructions -
africanized also constituted the frequent dialogues, in Lima with contributions from Trinity.
The path outlined for the construction of the research bolstered in the qualitative approach by
treating, as understood by André (2011), the object is studied in a globalized manner,
observing all the elements that influence and have dialogues with him. As methodological
procedures, we used the questionnaire, semi-structured interviews, observation unstructured,
a field diary, focus group and logbook. We attribute this research, a right ethnographic
(ethnographic) view, since we consider the ways in which people construct and understand
their lives, as taught by Bogdan and Biklen (1994). The research showed that the perception
of mathematics in children is highly diversified, and in the environment outside the school this
perception is more diverse than inside the school; it also showed that teachers / students do
not build a personal relationship or a positive affect with Mathematics. It pointed out that: a)
the pedagogical proposal establishes a very fragile dialogue with the quilombo sociocultural
texture Quilombo b) national laws and / or instruments dealing with cultural diversity,
teaching African history and culture and African-Brazilian and education racial ethnics
relations are unknown by many people who are part of the school c) as a result, the issues
mentioned above do not appear or timidly appear in a pedagogical action teaching unit and
d) possibly as previous notes corollary , the mathematical knowledge processed by / the
students in daily life outside the school does not establish dialogue with school mathematics / Como nos ensina D Ambrósio (2005), a disciplina tão valorizada e que, muitas vezes, é
colocada no pódio máximo quando se estabelece escalonamento das disciplinas é, em
verdade, uma Etnomatemática produzida na Europa mediterrânea com algumas contribuições
do povo indiano e da civilização islâmica. A universalização desta Etnomatemática terminou
eclipsando as construções matemáticas de outros grupos humanos, inclusive dos quilombolas.
Esta postura hegemônica nos impeliu a desenvolver esta pesquisa no quilombo Mussuca,
localizado no município de Laranjeiras (Sergipe Brasil), no período de maio a dezembro de
2012, objetivando analisar as percepções sobre os saberes matemáticos apresentadas por
estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental da comunidade quilombola (Mussuca) e a
relação estabelecida por estes/as estudantes, professoras polivalentes, gestores/as da escola
municipal, bem como dos membros da comunidade em questão com estes mesmos saberes e
com a relação deles com as africanidades. As referências teóricas sustentadoras desta pesquisa
estão representadas pela compreensão de quilombo, tendo Arruti e O Dwyer como principais
interlocutores/as; panorama da aprendizagem matemática, a partir das reflexões de Silva,
Costa, D Ambrósio, Fiorentini, Lorenzato, Miguel e Vilela, dentre outros; Etnomatemática,
alicerçada, principalmente, nas construções de Ubiratan D Ambrósio as africanidades
também constituíram diálogos frequentes, tendo em Lima e Trindade seus principais aportes.
O caminho delineado para a construção da pesquisa amparou-se em abordagem qualitativa
por tratarmos, como entende André (2011), o objeto de estudo de maneira globalizada,
observando todos os elementos que interferem e que com ele dialogam. Como procedimentos
metodológicos, fizemos uso de questionários, entrevistas semiestruturadas, observação nãoestruturada,
diário de campo, grupo focal e diário de bordo. Atribuímos à pesquisa, certo olhar
etnográfico (recorte etnográfico), vez que, consideramos os modos como as pessoas
constroem e compreendem suas vidas, como nos ensina Bogdan e Biklen (1994). A pesquisa
evidenciou que a percepção de Matemática das crianças é bastante pulverizada, sendo que no
ambiente externo à escola esta percepção é mais diversificada do que no interior do espaço
escolar; mostrou também que professores/as e estudantes não construíram uma relação
pessoal e afetiva positiva com a Matemática. Apontou ainda que: a) a proposta pedagógica
estabelece um diálogo bastante frágil com a contextura sociocultural do quilombo; b) as
legislações e/ou instrumentos que tratam da pluralidade cultural, do ensino de história e
cultura africana e afro-brasileira e da educação para as relações etnicorraciais são
desconhecidos pela maioria dos que fazem a escola; c) como consequência, as temáticas
supracitadas não aparecem ou aparecem timidamente na ação pedagógica da unidade de
ensino e; d) possivelmente como corolário dos apontamentos anteriores, os saberes
matemáticos processados pelos/as estudantes no cotidiano externo à escola não estabelecem
diálogo com a matemática escolar
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Educação e linguagem no quilombo urbano "Maloca" : perspectivas pedagógicas e políticas a partir da pesquisa ação com crianças do ensino fundamentalTeles, Jaqueline Gomes dos Santos 20 June 2012 (has links)
In an unequal society, prejudice is often naturalized and can be seen in diverse areas, including language. In this context, language teaching . in crisis, once it no longer guarantees the satisfactory exercise of reading and writing . can be a space of confrontation or prejudice reproduction. Thus, this research addressed the issues surrounding the state of crisis in language teaching and presented pedagogical perspectives concerning the respect to differences in classroom. To do so, it started from the institutionalization of language and the denial of culture of African origin groups in order to structure a qualitative approach and an action research. From this perspective, this Dissertation illustrates pedagogical interventions performed in Maloca, first urban community in Sergipe to be recognized by INCRA (National Institute of Colonization and Agrarian Reform) as a remnant of quilombos. Here, the research tried to discuss teaching practices based on cultural perception, and also in the process of writing and speaking skills of the research target group, elementary school children in Maloca. The relevance of delimitation was based on bailout cultural and design education, as instruments of cultural, social and political emancipation of a community. The main references used in this research were Bakhtin.s sociolinguistic studies (1997), focused on learning in Vygotsky (1987) and Gramsci.s concept of political culture (1982). Finally, impressions show that social interaction and pedagogical activity are important for student performance. In the first, writing and speaking skills are complementary; in the second, the starting point is the observance of these students. cultural and linguistic background. / Numa sociedade desigual, os preconceitos são quase sempre naturalizados e se estendem as mais diversas vertentes, inclusive aos falares. Nesse contexto, o ensino de língua - em crise, pois já não garante o exercício satisfatório da leitura e da escrita - pode ser um espaço de enfrentamento ou de reprodução. Desse modo, a pesquisa em questão tratou das problemáticas que circundam o estado de crise no ensino de língua materna e ainda apresentou perspectivas pedagógicas para o respeito à diferença na sala de aula. Para tanto, partiu da institucionalização da língua e da negação da cultura de grupos de matrizes africanas para estruturar uma abordagem qualitativa que desaguasse em uma pesquisa ação. Nessa perspectiva, a dissertação ilustra as intervenções pedagógicas realizadas na Maloca, a primeira comunidade urbana em Sergipe a ser reconhecida pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) como um remanescente de quilombos. Aqui, a pesquisa buscou discutir práticas pedagógicas que se pautam na percepção de cultura e, ainda, no processo de escrita e oralidade dos sujeitos da pesquisa, as crianças da Maloca que cursam o ensino fundamental. A relevância desse recorte se deu na proposta de resgate cultural e na concepção de educação, tecida como instrumento de emancipação cultural, social e política de uma comunidade. As principais referências utilizadas na pesquisa foram os estudos sociolinguísticos de Bakhtin (1997), o enfoque sobre a aprendizagem em Vygotsky (1987) e a concepção política de cultura em Gramsci (1982). Por fim, as impressões apontam que a interação social e a atividade pedagógica são determinantes no rendimento dos estudantes, na primeira, escrita e oralidade devem ser complementares; na segunda, o ponto de partida é a observância do universo cultural e vocabular trazido pelos estudantes.
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