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Peso ao nascer e cuidado parental percebido pela mãe : interações pré e pós-natais sobre o comportamento infantil aos 18 meses de vidaNeuwald, Marla Finkler January 2012 (has links)
Introdução: Evidências sugerem uma associação entre nascer pequeno para idade gestacional (PIG) e o risco aumentado de desenvolver problemas de comportamento. Além disso, indivíduos que relatam ter recebido menor cuidado materno apresentam mais sintomas de depressão e de ansiedade, e, de modo geral, cuidam com menos eficiência de seus filhos. Portanto, uma interação entre nascer PIG e a percepção da mãe de baixo cuidado materno recebido nos seus primeiros dezesseis anos de vida poderia estar associada a prejuízos na função cognitiva e risco aumentado para psicopatologias ao longo da vida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a interação entre nascer PIG e o cuidado parental percebido pela mãe sobre o comportamento infantil aos 18 meses de vida. Métodos: Estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva canadense de nascimentos – MAVAN (Maternal Adversity, Vulnerability and Neurodevelopment) – realizada entre os anos de 2003 e 2010. Os dados analisados são provenientes de 3 questionários (Parental Bonding Instrument, PBI, Early Chidhood Behavior Questionnaire, ECBQ e Infant-Toddler Social and Emotional Assessment, ITSEA) respondidos pelas mães de 305 crianças. Para análise utilizamos Multivariate Analysis of Variance (MANOVA) com análise de interação para detecção das diferenças entre os grupos. Resultados: Observou-se uma interação entre o cuidado materno percebido pela mãe e o peso ao nascimento na habilidade atencional de crianças aos 18 meses de vida em ambos os instrumentos ECBQ e ITSEA. Crianças nascidas PIG e de mães que relataram ter recebido baixo cuidado materno alcançaram menores escores de atenção relatados nos dois questionários analisados - ECBQ (p=0,002) e ITSEA (p=0,05). Efeitos principais das variáveis preditoras peso ao nascimento sobre os domínios aconchego (p=0,011), assim como do cuidado materno sobre os domínios prazer de baixa intensidade (p=0,016) e transferência de atenção (p=0,004) do ECBQ também foram encontrados. Conclusão: Os achados reforçam a importância de uma visão sistêmica do desenvolvimento que contemple aspectos do ambiente precoce e de cuidados parentais nos primeiros anos de vida. Além disso, o comprometimento da atenção encontrado já aos 18 meses nessas crianças tem implicâncias clínicas, visto que pode servir como sinal de alerta, sugerindo a necessidade de um acompanhamento precoce para esses sujeitos. / Introduction: Evidence suggests an association between being born small for gestational age (SGA) and the increased risk for behavioral problems. Besides that, individuals who report have received lower quality of maternal care show increased prevalence of depression and anxiety, as well as in general are poorer caregivers of their offspring. Therefore, an interaction between the birth weight status and the quality of maternal care perceived by the mother could affect the cognitive functioning later in life. This study aimed to evaluate the interaction between being born SGA and the parental bonding perceived by the mother on the children’s behavior at 18 months of age. Methodology: a nested cross-sectional evaluation of a prospective Canadian birth cohort (MAVAN, Maternal Adversity, Vulnerability and Neurodevelopment), developed between the years of 2003 and 2010. Data from 305 children evaluated at 18 months of age and that had all three questionnaires completed (Parental Bonding Intrument - PBI, Early Chidhood Behavior Questionnaire - ECBQ and Infant-Toddler Social and Emotional Assessment – ITSEA) were used. Multivariate ANOVA accounting for parental interactions was used for the analysis. Results: Children born SGA from mothers reporting low maternal care had lower scores in the attentional set shifting trait (ECBQ, p=0.002) and attention construct (ITSEA, p=0.05) at 18 months of age. We also found isolated effects of SGA decreasing cuddliness (p=0.011) and high maternal care per se increased ECBQ low intensity pleasure (p=0.016) and attentional shifting (p=0.004). Conclusion: The findings reinforce the importance of a systemic developmental vision that integrates early environmental aspects and parental care in the first years of life. Besides, the effects on attention found already at 18 months have clinical relevance as it may serve as a warning sign for this population.
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Exposição pré-natal à cocaína e efeitos neurocomportamentais no recém-nascidoCunha, Gabrielle Bocchese da January 2007 (has links)
Introdução: Estudos de prevalência têm demonstrado a importância do problema do uso de cocaína e de outras drogas durante a gestação. Esta pesquisa foi a primeira realizada na América Latina com o objetivo de avaliar o neurocomportamento do recém-nascido (RN) exposto à cocaína. Foram estudadas também as repercussões obstétricas e neonatais. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um estudo transversal. Foram incluídos 34 RNs expostos à cocaína durante o período pré-natal e 28 RNs não expostos nascidos no mesmo hospital. Os RNs foram caracterizados como expostos por uma entrevista materna positiva para o uso de cocaína ou pelo exame meconial positivo. Após a comparação de expostos e não expostos, os RNs foram divididos conforme a duração da exposição à cocaína durante a gestação em 3 grupos para análise dos dados: grupo 1 - RNs não expostos (n = 28); grupo 2 - RNs expostos durante parte da gestação (n = 27) e grupo 3 - RNs expostos durante toda a gestação (n = 7). Entre 24 e 48 horas de vida, a Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) foi aplicada por um examinador cego para a situação de exposição.Os escores da escala foram comparados entre os grupos. Resultados: As características demográficas maternas, as características obstétricas e as neonatais não diferiram entre os grupos expostos ou não expostos. O uso de cocaína durante a gestação esteve associado ao de cigarros, e o uso durante toda a gestação, ao uso de cigarros e de outras substâncias (álcool e maconha). As usuárias de cocaína durante toda a gestação apresentaram taxas de complicações na gestação e de hospitalizações significativamente maiores do que as usuárias durante parte da gestação ou do que as não usuárias. Peso, comprimento e perímetro cefálico dos RNs do grupo 3 foram significativamente menores que os dos grupos 1 e 2. OsRNs do grupo 3 foram menos amamentados ao seio de forma exclusiva do que os demais e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva neonatal e maior tempo de hospitalização do que os do grupo 2. Quanto ao exame neurocomportamental, RNs expostos apresentaram mais sinais de estresse ou de abstinência no sistema nervoso autônomo do que os não expostos. Não foram encontradas outras diferenças nos escores da NNNS quando comparados expostos e não expostos. Os RNs expostos durante toda a gestação apresentaram piores escores na auto-regulação, na qualidade dos movimentos e no item hipotonia. Foram observados mais sinais de estresse autonômicos nos RNs do grupo 3 em relação aos demais.Conclusões: O estudo não detectou diferenças entre usuárias e não usuárias de cocaína quanto às características obstétricas e neonatais. No entanto, o consumo de cocaína durante toda a gestação ocasionou aumento de complicações obstétricas, diminuição do crescimento fetal e maiores taxas de internação hospitalar durante a gestação e no período neonatal. Esta pesquisa demonstrou os efeitos neurocomportamentais precoces numa amostra de RNs expostos à cocaína no período fetal, confirmando dados de estudos anteriores. O consumo de cocaína esteve associado ao de outras drogas pela gestante, o que pode ter influenciado os resultados. No Brasil, são necessários novos estudos, envolvendo vários centros e amostras maiores, para avaliar a associação entre o uso de cocaína na gestação e suas conseqüências obstétricas e neonatais, incluindo os efeitos neurocomportamentais no RN, assim como o impacto socioeconômico do uso desta droga durante a gestação. / Introduction: Prevalence studies have demonstrated the importance of the gestational use of cocaine and other drugs.This was the first Latin American research aiming to evaluate the neurobehavioral of the cocaine exposed newborn infant. The obstetrical and neonatal consequences were also studied. Methodology: The study design was a cross-sectional. The sample comprised 34 newborn infants who had been exposed to cocaine during the prenatal period and 28 who had not been exposed, all born in the maternity unit of a general hospital. Exposure was identified either by means of interviews with mothers in which they reported cocaine use or by positive meconium test results. The infants were classified into three groups according to the duration of cocaine exposure during gestation: group 1 - infants who were not exposed (n = 28); group 2 - infants exposed during part of gestation (n = 27) and group 3 - infants exposed throughout gestation (n = 7). Between 24 and 48 hours of life, the Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) was applied by an examiner who was blind to exposure status.The resultant scores were then compared between the three groups. Results: Maternal demographic, obstetric and neonatal characteristics did not differ between groups. Cocaine use during pregnancy was associated with use of cigarettes, while cocaine use throughout gestation was associated with use of other substances (cigarettes, alcohol and marijuana). Mothers who had taken cocaine throughout pregnancy exhibited significantly higher rates of complications during pregnancy and of hospital admissions than those who had been users during part of the pregnancy and than nonusers. The weights, lengths and head circumferences of the infants in group 3 were significantly smaller than those of the infants in groups 1 and 2. The exposed infants in group 3 were alsoexclusively breastfed less and exhibited higher rates of admission to neonatal intensive care units and longer duration hospital stays than the infants in group 2. In the neurobehavioral assessment, the infants exposed exhibited more signs of autonomic stress than nonexposed. The infants exposed throughout pregnancy exhibited worse scores for self-regulation, quality of movements and hypotonia. More signs of autonomic stress were observed among the infants in group 3, compared with the others. Conclusions: This study was unable to detect differences between users and nonusers. However, using cocaine throughout pregnancy resulted in increased obstetrical complications, delayed fetal growth and increased rates of hospital admission both during pregnancy and during the neonatal period. Fetal exposure to cocaine throughout pregnancy resulted in early neurobehavioral effects on this sample of newborn infants, in confirmation of data from earlier studies. Cocaine use was associated with the use of other drugs by the expectant mothers, which could have affected results. In Brazil, new studies, involving more than one site and larger samples, should be carried out to evaluate the association between use of cocaine by pregnant women and neonatal consequences, including the neurobehavioral effects on the newborn infant, as well as the social and economic impact of the use of this drug.
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Seguimento de recém-nascidos, crianças e adolescentes com acidente vascular cerebral isquêmicoRanzan, Josiane January 2008 (has links)
Introdução: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é a patologia cerebrovascular mais comum na infância e, especialmente, na última década tem sido alvo de muitas pesquisas em todo mundo. O prognóstico do AVCI em crianças e adolescentes parece diferir conforme a população estudada e, as medidas de avaliação de cada estudo. O desfecho também parece estar relacionado à causa base da doença em relação a sua gravidade, ou seja, se o AVCI não está associado à doença grave a maioria dos pacientes tem um bom prognóstico apesar de necessitarem educação especial e uso de medicações. Objetivo: O objetivo da pesquisa é avaliar uma amostra de recém–nascidos, crianças e adolescentes com AVCI em relação a evolução. Seqüelas neurológicas motoras, na linguagem, cognição e comportamento foram as principais variáveis em questão. Metodologia: Em uma série de casos com enfoque prospectivo, foi realizado seguimento neurológico de, no mínimo, 12 meses em 91 dos 101 pacientes com diagnóstico AVCI nas idades de zero a 18 anos. Foram realizadas avaliações psicométrica e fonoaudiológica em parte da amostra. Resultados: Da amostra total, 40 eram AVCI neonatal e o território da artéria cerebral média foi o mais acometido. A média do tempo de seguimento foi de 2,5 anos e apenas 12 pacientes apresentavam exame neurológico normal. Epilepsia (40,6%), deficiência mental (66,6%), alteração na linguagem (63,6%), alteração comportamental (29,9%) e dificuldade escolar (63,6%) foram manifestações clínicas comuns tanto no AVCI neonatal como nas crianças e adolescentes. Conclusão: AVCI no recém-nascido, na criança e no adolescente é causa de seqüelas, não só motoras, mas também cognitivas e comportamentais. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à evolução durante o seguimento. / Introduction: Ischemic stroke (IS) is the most common childhood cerebrovascular pathology and has been the subject of a great deal of research all over the world, especially during the last decade. The prognosis after IS in children and adolescents appears to differ depending on population, on the evaluation methods employed, and on the severity of the underlying disease (when IS is not associated with a severe disease, the majority of patients have good prognosis despite needing special education and medication). Objective: The objective of this study was to evaluate the progress of a sample newborns, children and adolescents with IS. The principal outcomes investigated were neurological sequelae affecting motor function, language, cognition and behavior. Methodology: In a serie of cases with a prospective approach was realized a neurological follow-up, for a minimum of 12 months, of 91 out of 101 patients diagnosed with IS at ages ranging from zero to 18 years. A proportion of this sample also underwent psychometric and speech and hearing assessments. Results: Forty cases were neonatal IS and the middle cerebral artery territory was most often affected. Mean length of follow-up was 2.5 years and only 12 patients had normal neurological examination findings. Epilepsy (40.6%), mental deficiency (66.6%), language problems (63.6%), behavioral abnormalities (29.9%), and educational difficulties (63.6%) were the most common clinical manifestations, both among the neonatal IS patients and among the children and adolescents. Conclusions: Ischemic strokes, whether in the newborn, child or adolescent, cause sequelae which are not limited to motor function, but also affect cognition and behavior. There was no differences between the groups in the follow-up evolution.
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Relação do perfil do acompanhamento nas consultas de pré-natal com os desfechos maternos e perinatais / Relationship of the follow-up profile in pregnant consultations with maternal and perinatal despectsLima, Liene Ribeiro de 31 March 2017 (has links)
LIMA, L. R. Relação do perfil do acompanhamento nas consultas de pré-natal com os desfechos maternos e perinatais. 2017. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-04-18T12:24:05Z
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Previous issue date: 2017-03-31 / Pregnancy is characterized by changes and demand for social support to promote maternal and child well-being. Referred social support is formed by family and friends, who provide emotional, informative, cognitive and material support to the pregnant woman. Thus, it is fundamental to promote prenatal care covering the companions, since the presence of these favors the listening of information, allowing to perceive and understand the changes that occurred during pregnancy. Objectives: To characterize the profile of the follow-up in prenatal consultations and its relation with adherence to prenatal care objectives and gestational outcomes. Methods: A cross-sectional study with a quantitative approach, carried out in Fortaleza-CE, at the Reference Maternity School in the State of Ceará. The data were collected by consulting the medical charts and prenatal cards of the puerperal women, as well as by means of an interview that investigated the socioeconomic, clinical, gynecological, obstetrical, perinatal profile and the follow-up profile of pregnant women at prenatal consultations And motherhood. The sample was divided into two groups: unaccompanied patients during prenatal care and with caregivers during prenatal care for at least one visit. The data were analyzed by the statistical program SPSS® 22, generating the absolute and relative frequency, mean and standard deviation. Categorical variables were analyzed using the Pearson and Fisher Chi-Square Tests, while the Mann-Whitney U-Test was used for the continuous variables. Results: 351 postpartum women participated, 54.4% of whom were followed up at prenatal visits, mainly by the partner (40%) and the mother (35.8%). Prevalence of young women with a mean age of 26 years, with a mean educational level of 10 years, religious (91.7%), no work (59.0%) and partner (85.8%), Years and had work (93.7%). Prevalence of low-risk pregnant women (70.9%), attended by a multiprofessional team (63.8%), primary care (81.3%), who started prenatal care early, attended regular care and underwent laboratory tests And of image as recommended; However, it was not evaluated by the Pap smear (74.6%). The majority had a vaginal delivery (54.4%), a newborn male (53.0%) in term (79.8%) and gestational age (82.3%). 51% presented intercurrences at birth and 17.7% were referred to the neonatal intensive care unit. Regarding social support, 96.6% of the women received financial support, by husband (68.9%) and mother (41%) and emotional support respectively (68.9%, 43.6%). Women were followed up at maternity hospital (92.9%) during labor (72.7%), delivery (86.5%) and postpartum (84.4%); by the husband (50.9%) and the mother (37.4%). In a bivariate analysis, there was a significant association between puerperal work (p: 0.036), companion schooling (p: 0.028), prenatal (p: 0.001) and primary care (p: 0.000), secondary (p: 0.002) and private clinic (p: 0.003), prenatal consultations (p: 0.004); Hemoglobin / hematocrit test (p: 0.038), urine (p: 0.030), toxoplasmosis (p: 0.018), first-trimester ultrasound (p: 0.034), receive financial support (p: (P: 0,008), help received to understand prenatal orientations (p: 0.000), followed puerperous in the maternity ward (p: 0,000) and the spouse as companion in the maternity ward (p: 0.000). In the logistic regression, prenatal care was performed in the private clinic (OR: 9.94, 95% CI: 1.2- 81.3), companion schooling (OR: 1.14, 95% CI: 1.0 - 1,2) and help received to understand the guidelines received during prenatal care (OR: 49.72; 95% CI: 20.69 - 119.51). Conclusion: Women attending prenatal visits were more likely to attend prenatal visits and fulfill prenatal goals; However, without changes in maternal and perinatal outcomes. However, an increase in follow-up was observed at the time of labor. / A gestação é caracterizada por mudanças e demanda de um apoio social para promover o bem estar materno e infantil. Referido apoio social é formado pela família e amigos, que fornecem suporte emocional, informativo, cognitivo e material à gestante. Assim, é fundamental promover uma assistência de pré-natal abrangendo os acompanhantes, pois a presença destes favorece a escuta de informações, permitindo perceber e compreender as alterações ocorridas na gestação. Objetivos: Caracterizar o perfil do acompanhamento nas consultas de pré-natal e a relação deste com a adesão aos objetivos da atenção pré-natal e os desfechos gestacionais. Métodos: Estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado em Fortaleza-CE, na Maternidade Escola de referência no Estado do Ceará. Os dados foram coletados por consulta aos prontuários e aos cartões de pré-natal das puérperas, bem como por meio de entrevista que investigou o perfil socioeconômico, clínico, ginecológico, obstétrico, perinatal e o perfil do acompanhamento das gestantes às consultas de pré-natal e na maternidade. A amostra foi dividida em dois grupos: pacientes sem acompanhantes durante o pré-natal e com acompanhantes durante o pré-natal, pelo ao menos em uma consulta. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS® 22, gerando a frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. As variáveis categóricas foram analisadas mediante aplicação dos Testes de Qui-Quadrado de Pearson e de Fisher, enquanto que o Teste U de Mann-Whitney foi utilizado para as variáveis contínuas. Resultados: Participaram 351 puérperas, sendo 54,4% acompanhadas nas consultas de pré-natal, principalmente pelo companheiro (40%) e mãe (35,8%). Prevaleceram mulheres jovens com idade média de 26 anos, com escolaridade média de 10 anos, religiosas (91,7%), sem trabalho (59,0%) e com companheiro (85,8%), os quais tem idade média de 29 anos e possuíam trabalho (93,7%). Predominaram gestante de baixo risco (70,9%), atendidas por equipe multiprofissional (63,8%), na atenção primária (81,3%), que iniciaram precocemente o pré-natal, compareçam regularmente ao atendimento e realizaram os exames laboratoriais e de imagem conforme preconizado; no entanto, não foi avaliado pelo exame de Papanicolau (74,6%). A maioria teve parto vaginal (54,4%), recém-nascido do sexo masculino (53,0%) no termo (79,8%) e pela idade gestacional (82,3%). 51% apresentaram intercorrências ao nascer e 17,7% foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Referente ao suporte social, 96,6% das mulheres recebeu um apoio financeiro, pelo marido (68,9%) e a mãe (41%) e emocional também respectivamente pelos mesmos (68,9%; 43,6%). As mulheres foram acompanhadas quando internadas na maternidade (92,9%), durante o trabalho de parto (72,7%), parto (86,5%) e pós-parto (84,4%); pelo esposo (50,9%) e a mãe (37,4%). Em análise bivariada, houve uma associação significativa em puérperas que trabalham (p: 0,036), escolaridade do companheiro (p: 0,028), classificação do pré-natal (p: 0,001), profissional que efetuou o pré-natal (p:0,000) e atendimento na atenção primária (p: 0,000), secundária (p:0,002) e clínica privada (p: 0,003), consultas de pré-natal (p: 0,004); exame de hemoglobina/hematócrito (p: 0,038), urina (p: 0,030), toxoplasmose (p: 0,018), ultrassom no primeiro trimestre gestacional (p: 0,034), receber apoio financeiro (p: 0,011), crer que o acompanhante ajudou a enfrentar a gravidez (p: 0,008), ajuda recebida para compreender as orientações do pré-natal (p: 0,000), puérperas acompanhadas na maternidade (p: 0,000) e o esposo como acompanhante na maternidade (p: 0,000). Na regressão logística, permaneceu pré-natal realizado na clínica privada (OR: 9,94; IC 95%: 1,2– 81,3), escolaridade do companheiro (OR: 1,14; IC 95%: 1,0 – 1,2) e ajuda recebida para compreender as orientações recebidas durante o pré-natal (OR: 49,72; IC 95%: 20,69 – 119,51). Conclusão: As mulheres com a presença de acompanhantes durante o pré-natal teve mais chances de comparecer mais as consultas de pré-natal e cumprir os objetivos do pré-natal; entretanto, sem mudanças nos resultados maternos e perinatais. No entanto, foi observado um aumento desse acompanhamento no momento do processo do parto.
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Efeito do processo de pasteurização do leite humano no crescimento de Bifidobacterium spp. “in vitro” / Effect of the human milk pasteurization process upon the growth of Bifidobacterium spp. in vitroBorba, Luciana Maria 20 March 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001-03-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O leite humano é reconhecidamente superior para a alimentação do recém-nascido. Alguns de seus componentes promovem o estabelecimento de uma microbiota intestinal balanceada, particularmente pela colonização das bactérias bífidas, que confere proteção contra infecções e manutenção da saúde. Os bancos de leite humano atendem os recém-nascidos impossibilitados de receberem o leite de suas próprias mães. O leite nos bancos é pasteurizado, e os efeitos desse processo nas substâncias promotoras do crescimento de bactérias bífidas são praticamente desconhecidos. O objetivo desse estudo foi determinar a qualidade microbiológica de leite humano obtido por diferentes técnicas de coleta; verificar o estímulo ou inibição do leite humano pasteurizado no crescimento de estirpes de bactérias bífidas, de origem humana; e acompanhar a viabilidade dessas bactérias em leite humano pasteurizado congelado. A qualidade microbiológica do leite humano coletado por expressão manual, bomba manual ou no gotejamento da mama foi analisada para os grupos de coliformes totais, enterococos, clostrídios, mesófilos aeróbios totais, e bolores e leveduras. Os resultados indicaram que os níveis para cada grupo microbiano não apresentaram diferença significativa (p ≤ 0,05) em relação à técnica de coleta empregada. O estímulo ou inibição do leite pasteurizado no crescimento de Bifidobacterium bifidum ATCC 29521, Bifidobacterium breve ATCC 15700, Bifidobacterium longum ATCC 15707, e Bifidobacterium breve AJ 32 foram avaliados pela inoculação (5%) das culturas ativas em leite humano pasteurizado adicionado do filtrado do leite humano não pasteurizado, ou do filtrado do leite humano pasteurizado, ou do leite humano pasteurizado desnatado, e em leite humano integral pasteurizado. O leite humano pasteurizado adicionado do filtrado do leite humano não pasteurizado promoveu o crescimento das quatro estirpes de bactérias bífidas. Entretanto, os tratamentos leite humano pasteurizado adicionado de filtrado de leite humano pasteurizado, ou de leite humano pasteurizado desnatado, e leite humano integral pasteurizado inibiram o crescimento das quatro estirpes avaliadas. Conclui-se que a pasteurização inibe algum fator que estimula, ou produz algum fator que inibe, o crescimento das estirpes estudadas. A viabilidade das mesmas bactérias adicionadas ao leite humano pasteurizado e congelado foi acompanhada por 15 dias, e após descongelamento e refrigeração por 9 horas. As células permaneceram viáveis durante o congelamento, e após descongelamento e refrigeração, em níveis próximos aos da inoculação, em condições similares às empregadas em um banco de leite. A adição de culturas de bactérias bífidas, de origem humana, ao leite humano pasteurizado nos bancos é uma alternativa para o enriquecimento desse alimento. As culturas podem ser adicionadas na forma de culturas congeladas concentradas, em quantidades previamente determinadas. O produto poderá ser administrado aos bebês, em situações especiais e controladas, como uma contribuição para a colonização do trato intestinal por esse gênero de microrganismos benéficos. / Human milk is recognized superior for newborn feeding. Some of its components promote the establishment of a balanced intestinal microbiota, particularly the bifidobacteria colonization, that confer protection against infections and the health maintenance. The human milk banks assist the newborn that can’t receive its own mothers' milk. The milk in the banks is pasteurized, and the effects of that process in the substances that promotes the growth of bifidobacteria are practically unknown. The objective of this study was to determine the microbiological quality of human milk collected by different techniques; investigate the stimulation or inhibition of pasteurized human milk upon the growth of bifidobacteria of human origin; and follow the viability of a bifidobacteria concentrate added to pasteurized human milk, frozen for 15 days. The microbiological quality of human milk, collected by manual expression, manual pump or dripping milk was analyzed for total coliform, enterococci, clostridia, total aerobic mesophile, and molds and yeasts. The results indicated that microorganisms levels don’t show significative difference regarding the collection technique. The stimulation or inhibition on the growth of Bifidobacterium bifidum ATCC 29521, Bifidobacterium breve ATCC 15700, Bifidobacterium longum . ATCC 15707, and Bifidobacterium breve AJ 32 was eva luate by inoculation of the active cultures in pasteurized human milk added of the filtrate of the human milk unpasteurized, or of the filtrate of the pasteurized human milk, or of the skimmed pasteurized human milk, and in pasteurized whole human milk. The pasteurized human milk added of the filtrate of the human milk unpasteurized promoted the growth of the four strains of bifidobacteria. However, pasteurized human milk containing the filtrate of the pasteurized human milk, or skimmed pasteurized human milk, and pasteurized whole human milk inhibited the growth of the four strains. It suggests that the pasteurization inhibits some factor that stimulates, or it produces some factor that inhibits, the growth of the strains studied. The viability of Bifidobac terium added to pasteurized and frozen human milk was followed during 15 days, and after thawing and refrigeration for 9 hours. The results showed that the cells remain viable during the storage period under freezing, and after thawing and refrigeration, n i the same levels inoculated. This conditions are similar to those found in a human milk bank. The addition of cultures of bifidobacteria, human origin, to human milk pasteurized in the banks is an alternative for the enrichment of that food. The cultures can be added in the form of concentrated frozen cultures, in amounts previously determinated. The product can be administered to the newborns, in special and controlled situations, as a contribution to colonization of the intestinal tract for that genera of beneficial microorganisms. / Tese importada do Alexandria
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Manobra de movimentação do ombro para progressão do cateter central de inserção periférica em unidade neonatal / Maneuver of shoulder movement to peripherally inserted central catheter progression in neonatal unitNobre, Keline Soraya Santana 16 October 2014 (has links)
NOBRE, K. S. S. Manobra de movimentação do ombro para progressão do cateter central de inserção periférica em unidade neonatal. 2014. 133 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-07-25T14:02:52Z
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Previous issue date: 2014-10-16 / Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) e Um Dispositivo intravascular inserido POR punção venosa Periférica, that PROGRIDE Até um vasculatura central, na cava veia superior. Objetivou-se avaliar a manobra de Movimentação do Ombro parágrafo Progressão do PICC em Unidade neonatal. Estudo pré-experimental, Desenho pré e pós-teste com Um Só grupo conduzido, em Unidade Neonatal pública, em Fortaleza / Ceará / Brasil, de dezembro de 2013, um abril de 2014, Aprovado Pelo Comitê de Ética em Pesquisa soluço protocolo nº 408,041. A Amostra constou de 64 inserções de PICC, EM 58 Bebês. Optou-se puncionar veia basílica OU cefálica D da ipsilateral cubital Região. Aplicou-se uma manobra em TODOS OS Bebês, Cujo PICC NÃO progrediu. A consistiu manobra em Tres Passos: Elevação do Ombro, protração e abaixamento do Ombro. Para OS PICC that progrediram com a manobra, fez-se Exame radiológico parágrafo VerificAR uma Localização da ponta do cateter. Os Dados were Organizados Pelo Programa SPSS 20.0, Aplicados Teste Exato de Fisher, Qui-Quadrado de Pearson e de U Mann-Whitney, com Cálculos de p, parágrafo Associações de Variáveis. Resultou Que a maioria dos Bebés São Femininos, moderado pré-termo, Muito Baixo Peso Ao nascer, com Apgar Entre 7 e 9, no Primeiro e Quinto Minutos de vida, com Diagnósticos admissionais de prematuridade, desconforto respiratorio e Infecção neonatal, com a seguintes Medidas antropométricas: estatura Entre 32 e 51 centimetros (cm), comprimento do Direito Membro Superior (D), Entre 10 e 17 cm, distância Entre a Região cubital ea Linha Média clavicular D, Entre 5 e 11 cm. A Progressão do PICC ocorreu sem manobra em 43,7% (28), com manobra, em 56,3% (36), em veia basílica D 42,2% (27), cefálica D 57,87% (37). APOS O Primeiro Passo, 41,7% (15) progrediram, apos o Segundo, 33,3% (12) e 2,8% (1), apos o Terceiro, Nenhum 22,2% (8) em veia cefálica D , apos o Terceiro Passo da manobra. Dos that progrediram APOS manobra, 75% (21) ficaram Central e 25% (7) NÃO central. A Media do Tempo Entre a Aplicação da manobra e uma Realização da radiografia do tórax foi menor Entre OS that progrediram com manobra, e apresentaram posicionamento NÃO central. De: Não houve Associação Estatística significante between como Variáveis neonatais e um Progressão fazer PICC COM E SEM Manobras, Nem tampouco Entre OS Passos da manobra e uma veia e o posicionamento. Verificou-se Associação Estatística significante Entre a Progressão com manobra e cefálica D e um Progressão sem manobra e basílica D. Ressalta-se a Associação Estatística Entre um menor Média do Tempo de espera da radiografia do tórax e um Localização NÃO central. CONCLUI-SE Que uma manobra de Movimentação do Ombro parágrafo Progressão do PICC em bebés internados em Unidade neonatal facilitou a Progressão e Adequado posicionamento em Sistema venoso central. Por ISSO, consideră Ser Ferramenta Eficaz NAS intervenções de enfermagem, that Facilita a Progressão e posicionamento do cateter e de impacto na Redução da internação e sobrevida Desses Bebês. / Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) é um dispositivo intravascular inserido por punção venosa periférica, que progride até a vasculatura central, na veia cava superior. Objetivou-se avaliar a manobra de movimentação do ombro para progressão do PICC em unidade neonatal. Estudo pré-experimental, desenho pré e pós-teste com um só grupo conduzido, em Unidade Neonatal pública, em Fortaleza/Ceará/Brasil, de dezembro de 2013 a abril de 2014, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo nº 408.041. A amostra constou de 64 inserções de PICC, em 58 bebês. Optou-se puncionar veia basílica ou cefálica D da região cubital ipsilateral. Aplicou-se a manobra em todos os bebês, cujo PICC não progrediu. A manobra consistiu em três passos: elevação do ombro, protração e abaixamento do ombro. Para os PICC que progrediram com a manobra, fez-se exame radiológico para verificar a localização da ponta do cateter. Os dados foram organizados pelo programa SPSS 20.0, aplicados Teste exato de Fisher, Qui-Quadrado de Pearson e de U Mann-Whitney, com cálculos de p, para associações de variáveis. Resultou que a maioria dos bebês são femininos, pré-termo moderado, muito baixo peso ao nascer, com Apgar entre 7 e 9, no primeiro e quinto minutos de vida, com diagnósticos admissionais de prematuridade, desconforto respiratório e infecção neonatal, com as seguintes medidas antropométricas: estatura entre 32 e 51 centímetros (cm), comprimento do membro superior Direito (D), entre 10 e 17 cm, distância entre a região cubital e a linha média clavicular D, entre 5 e 11 cm. A progressão do PICC ocorreu sem manobra em 43,7% (28), com manobra, em 56,3% (36), em veia basílica D 42,2% (27), cefálica D 57,87% (37). Após o primeiro passo, 41,7% (15) progrediram, após o segundo, 33,3% (12) e 2,8% (1), após o terceiro, nenhum 22,2% (8) em veia cefálica D, após o terceiro passo da manobra. Dos que progrediram após manobra, 75% (21) ficaram central e 25% (7) não central. A média do tempo entre a aplicação da manobra e a realização da radiografia do tórax foi menor entre os que progrediram com manobra, e apresentaram posicionamento não central. Não houve associação estatística significante entre as variáveis neonatais e a progressão do PICC com e sem manobras, nem tampouco entre os passos da manobra e a veia e o posicionamento. Verificou-se associação estatística significante entre a progressão com manobra e cefálica D e a progressão sem manobra e basílica D. Ressalta-se a associação estatística entre a menor média do tempo de espera da radiografia do tórax e a localização não central. Conclui-se que a manobra de movimentação do ombro para progressão do PICC em bebês internados em unidade neonatal facilitou a progressão e adequado posicionamento em sistema venoso central. Por isso, considera ser ferramenta eficaz nas intervenções de enfermagem, que facilita a progressão e posicionamento do cateter e de impacto na redução da internação e sobrevida desses bebês.
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Índices de resistência à insulina, IGF-1 e componentes da síndrome metabólica na pré-eclâmpsia graveValério, Edimárlei Gonsales January 2008 (has links)
Introdução: Há controvérsia sobre a relação entre resistência à insulina e componentes desta síndrome e doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). Métodos: Realizado estudo caso-controle pareado por IMC e idade gestacional, foram incluídas 16 pacientes com pré-eclâmpsia grave (PEG) e 16 controles normotensas. A resistência à insulina foi avaliada através dos índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance) e QUICKI-IS (Quantitative Insulin Sensitivity Check Index), os componentes da síndrome de resistência à insulina dosados foram colesterol-HDL e triglicerídeos e também foi dosado IGF-1 (Insulin-Like Growth Factor-1). No sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos foram dosados glicemia e insulinemia para cálculo dos índices HOMA-IR e QUICK-IS, assim como a proteína C reativa (PCR). Também foram verificados peso, razão perímetro cefálico/ circunferência abdominal (PC/CA) e idade gestacional ao nascimento. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto aos índices HOMA-IR e QUICKI-IS e colesterol- HDL. Os níveis de triglicerídeos no grupo com PEG foram maiores do que no grupo controle (330,9 mg/dl e 225,1 mg/dl, respectivamente [p = 0,02]) enquanto que os níveis de IGF-1 foram maiores no grupo controle do que no grupo com PEG (277,8 ng/ml e 164,6 ng/ml, respectivamente [p < 0,01]). A maioria das pacientes apresentava sobrepeso ou obesidade (75 %) Os recém-nascidos do grupo com préeclâmpsia apresentaram menor peso e idade gestacional assim como maior razão PC/CA (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa nos índices HOMA-IR e QUICKI-IS e os níveis de PCR foram normais nos dois grupos. Conclusões: Quando as gestantes com PEG foram pareadas com gestantes normotensas segundo seu IMC e idade gestacional, não houve diferença nos índices de resistência à insulina entre os dois grupos, porém as primeiras apresentaram níveis significativamente menores de IGF-1 e maiores de triglicerídeos.
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Administração de morfina durante o período neonatal : avaliação de sistemas de neurotransmissão, parâmetros comportamentais e bioquímicosOliveira, Carla de January 2017 (has links)
Dor em pediatria tem sido o foco de muitos estudos nas últimas décadas devido ao fato de que neonatos apresentam menor limiar a estímulos nocivos e inócuos em relação aos adultos. Desta forma, o uso de analgésicos é frequente para sedação e analgesia em UTIs pediátricas, e entre os opioides, a morfina é um dos mais utilizados. Adicionalmente, exposição a estímulos estressantes como a deprivação materna está entre os fatores ambientais relacionados a alterações no desenvolvimento neural. O estresse social ou a negligência do cuidado parental, e mais precisamente do cuidado materno em ratos, está associado a importantes alterações comportamentais na vida adulta. Entre estas alterações apresentadas ao longo da vida estão alterações na resposta ao estresse, e à alteração na sensibilidade a estímulos dolorosos, indexadas por hiperalgesia. Consquentemente, o estresse social gerado pela deprivação materna está relacionado a prejuízos cognitivos, emocionais e sociais, além de alterações neuroquímicas de longo prazo. Deste modo, é necessário atenção, prevenção e tratamento a esses eventos físicos, emocionais e comportamentais no período neonatal e durante a infância, uma vez que as bases neurobiológicas envolvidas nestes fenômenos ainda não foram completamente elucidadas. Considerando a relevância do tema, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do tratamento com 5 μg de morfina, uma vez ao dia, do P8 ao P14 e a exposição a deprivação materna por 3 horas durante os primeiros 10 dias de vida em curto (P16), médio (P30) e longo prazo (P60), sobre o desenvolvimento dos reflexos neuromotores da prole por meio do Reflexo de Endireitamento, Geotaxia Negativa e Marcha; comportamento nociceptivo por meio dos testes Tail-Flick e Placa Quente, respectivamente. Um total de 58 filhotes foi utilizado. Os animais foram divididos em 5 grupos: controle total (C), que não recebeu nenhuma intervenção; salina (S), que recebeu solução salina; morfina (M), que recebeu morfina; deprivado salina (DS), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam solução salina; e deprivado morfina (DM), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam morfina. Em relação aos testes neuroquímicos, foram analisados níveis de BDNF, NGF, IL-1β e IL-4 em tronco e córtex cerebral que estão relacionados a fenômenos modulatórios em sistemas nervoso e imune. Os animais que receberam morfina e os deprivados maternos que receberam morfina apresentaram atraso no desenvolvimento dos reflexos iniciais. Alterações neuroquímicas também foram observadas. Os níveis de BDNF no tronco encefálico foram diminuídos em animais que receberam morfina e deprivação materna. Animais deprivados apresentaram um aumento nos níveis de NGF no tronco encefálico. Além disso, observou-se um aumento nos níveis de NGF do córtex cerebral em animais que receberam morfina, deprivados maternos e deprivados maternos que receberam morfina. Uma diminuição no limiar nociceptivo foi observada em animais que receberam morfina, deprivados maternos e os deprivados maternos que receberam morfina. Também houve interações em tronco encefálico e córtex cerebral nos níveis de BDNF, IL-1β e IL-4 entre as variáveis independentes: tratamento, deprivação e tempo, o que levou à modificação nos níveis centrais dos neuroimunomoduladores avaliados. Estes dados demonstram a importância de estudos focados nos efeitos do tratamento com morfina no período neonatal ao longo da vida, assim como na busca por alternativas terapêuticas que possam reverter possíveis alterações decorrentes da separação materna no período neonatal. / Pediatric pain has been the focus of many studies in the last decades due to the fact that neonates have a lower threshold for innocuous and noxious stimuli than for adults. Thus, the use of analgesics is frequent for sedation and analgesia in pediatric intensive care units, and among opioids, morphine is one of the most used. Additionally, exposure to stressful stimuli such as maternal deprivation is among the environmental factors related to changes in neural development. The social stress or neglect of parental care, and more precisely maternal care in rats, is associated with important behavioral changes in adult life. Among these changes presented throughout life are changes in the response to stress, and the change in sensitivity to painful stimuli, indexed by hyperalgesia. Consequently, the social stress generated by maternal deprivation is related to cognitive, emotional and social impairments, further to long-term neurochemical changes. Thus, attention, prevention and treatment are necessary to these physical, emotional and behavioral events in the neonatal period and during childhood, since the neurobiological bases involved in these phenomena have not yet been fully elucidated. Considering the relevance of the subject, the objective of this study was to verify the effects of treatment with 5 μg of morphine once a day from P8 to P14 and exposure to maternal deprivation for 3 hours during the first 10 days of short (P16), medium (P30) and long- term (P60), on the development of neuromotor reflexes of offspring through the righting Reflex, Negative Geotaxis and Gait; nociceptive behavior through the Tail-Flick and Hot Plate tests, respectively. A total of 58 puppies were utilized. The animals were divided in 5 groups: the total control group (C), which did not receive any intervention; saline group (S), which receive saline solution; morphine group (M), which receive morphine; deprived saline (DS), which were subjected to maternal deprivation and receive saline solution; and deprived morphine group (DM), which were subjected to maternal deprivation and receive morphine. In relation to the neurochemical tests, levels of BDNF, NGF, IL-1β and IL-4 were analyzed in the brainsteam and cerebral cortex and are related to modulatory phenomena of the nervous and immune systems. Animals that received morphine and deprived animais that received morphine showed a delay in the development of early reflexes. Neurochemical changes were also observed. BDNF levels in the brainstem were decreased in animals receiving morphine and maternal deprivation. Deprived animals had an increase in NGF levels in the brainstem. Besides, an increase in NGF levels of the cerebral cortex was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation and maternal deprivation receiving morphine. A decrease in the nociceptive threshold was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation, and maternal deprivation receiving morphine. There were also interactions in the brainstem and cerebral cortex in the levels of BDNF, IL-1β and IL-4 among the independent variables: treatment, deprivation and time, which led to the modification in the central levels of the neuroimmunomodulators evaluated. These data demonstrate the importance of studies focused on the effects of treatment with morphine in the neonatal period throughout life, as well as on the search for therapeutic alternatives that may reverse possible changes due to maternal deprivation in the neonatal period.
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Prevalência de anemia ferropriva em prematuros de muito baixo peso com um ano de idade corrigida e fatores perinatais associadosFerri, Claúdia January 2012 (has links)
Introdução: Anemia é uma patologia sistêmica e um problema de saúde pública em todo o mundo, inclusive entre prematuros que são considerados grupo de risco. Objetivo: Determinar a prevalência de anemia ferropriva e deficiência de ferro com um ano de idade corrigida em pré-termos de muito baixo peso e verificar os possíveis fatores de risco associados. Metodologia: estudo transversal aninhado a uma coorte de pré-termos em uso profilático de ferro, nascidos com peso inferior a 1500 gramas e idade gestacional menor de 34 semanas, já existente, composta de crianças em acompanhamento regular no ambulatório de seguimento de prematuros de hospital terciário aos doze meses de idade corrigida. O diagnóstico de anemia foi feito pela presença de hemoglobina menor que 11g/dL, e a deficiência de ferro foi determinada por níveis de ferritina inferiores a 10mcg/L, saturação de transferrina menor que 10% e o VCM (volume corpuscular médio) menor que 80fL. Métodos estatísticos: ANOVA One-Way, Qui-quadrado, t de Student, Mann-Whitney, exato de Fisher e Regressão de Poisson. Resultados: Foram incluídas 310 crianças, com prevalência de 26,5% de anemia (n=82), já a prevalência de deficiência de ferro foi de 48%. O maior consumo de leite de vaca aos seis meses de idade corrigida, a menor idade da mãe, o maior número de gestações e ter nascido pequeno para a idade gestacional foram independentemente associadas à anemia após ajustes. Conclusões: A prevalência de anemia é alarmante, e os fatores que mais influenciaram este alto índice foram: menor idade materna, maior número de gestações, menor peso de nascimento para a idade gestacional e maior consumo de leite de vaca aos seis meses de idade corrigida. Estratégias educacionais, alimentares e ambientais poderão impactar em menor prevalência de anemia no seguimento após a alta. / Introduction: Anemia is a systemic condition and a public health issue worldwide, premature infants that are considered a high-group risk. Objective: To ascertain the prevalence of iron deficiency and iron-deficiency anemia at 1 year corrected age in very low birth weight preterm infants and potential risk factors therefor. Methods: An existing cohort of very low birth weight preterm infants (weight <1500 g and gestational age <34 weeks at birth) receiving prophylactic iron supplementation and regular follow-up at the outpatient prematurity clinic of a tertiary referral hospital was assessed at 12 months corrected age. Anemia was diagnosed by a hemoglobin level <11 g/dL, and iron deficiency, by ferritin levels <10 mcg/L, transferrin saturation <10%, and MCV (mean corpuscular volume) <80 fL. Statistical methods included one-way ANOVA, Poisson regression, and chi-square, Student’s t, Mann-Whitney U, and Fisher’s exact tests. This study was approved by the local Research Ethics Committee. Results: The sample comprised 310 infants. The overall prevalence of anemia was 26.5% (n=82), and that of iron deficiency, 48%. Four factors were independently associated with anemia after adjustment: greater cow’s milk intake at 6 months corrected age, younger maternal age, greater number of pregnancies and small for gestational age status. Conclusions: The prevalence of anemia in this sample was concerning. The most influential determinants of anemia were: younger maternal age, greater number of pregnancies, small for gestational age status and cow’s milk intake at 6 months corrected age. Educational strategies geared to proper feeding and environmental factors may help decrease the prevalence of anemia after discharge in very low birth weight preterm infants.
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Desenvolvimento de software para identificar a expressão facial de dor do recém-nascido.Heiderich, Tatiany Marcondes [UNIFESP] January 2013 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2013 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: Desenvolver um software para identificar a expressao facial de dor do recem-nascido, por meio do reconhecimento de imagens, a ser utilizado em tempo real, nas unidades de terapia intensiva, para auxiliar profissionais de Saúde a monitorar sua presenca e a necessidade de intervencao. Metodo: Desenvolvimento de sistema para reconhecimento dos movimentos faciais de dor, de acordo com escala validada (Sistema de Codificacao Facial Neonatal, NFCS), a saber: testa proeminente com aproximacao das sobrancelhas, olhos espremidos, fenda nasolabial aprofundada e labios esticados de forma horizontal ou vertical. O sistema foi criado em um ambiente Delphi para plataforma Windows orientado a objetos. Para a calibragem inicial dos pontos nodais, foram filmados cinco neonatos durante o repouso, procedimento doloroso e recuperacao, sendo as imagens da face analisadas segundo a NFCS e o sistema desenvolvido para detectar as distancias dos pontos nodais principais. Para validar o sistema, as imagens de 30 recem-nascidos submetidos a procedimento doloroso foram adquiridas por filmagem com 3 cameras digitais, sendo comparadas com as imagens calibradas utilizadas na criacao do software. Dos 30 neonatos analisados pelo sistema, foram selecionadas 12 imagens faciais de cada (duas a tres em repouso, uma durante o procedimento doloroso e oito a nove durante a recuperacao) para analise por seis profissionais de Saúde experientes no reconhecimento da dor neonatal. Verificou-se a concordancia entre o sistema e os seis avaliadores para as 360 imagens por meio do kappa generalizado. Analisou-se a concordancia do sistema e de cada um dos avaliadores com a situacao real de repouso ou de procedimento dolorosos. Avaliou-se ainda a heterogeneidade entre os resultados do sistema e da media dos 6 avaliadores para as situacoes de repouso, procedimento dolorosos e recuperacao por meio do Grafico de Bland-Altman. Resultado: O sistema foi desenvolvido com 35 telas de interacao com o usuario, permitindo a calibracao e analise de imagens, assim como a monitoracao do recem-nascido durante o tempo determinado pelo usuario. Foram capturadas 8.457 imagens dos 30 recem-nascidos, sendo 5.644 identificadas pelo sistema como face (188/recem-nascido). A analise da concordancia entre os seis avaliadores e o sistema para as 360 imagens analisadas mostrou kappa generalizado de 0,975 (p<0,001). O sistema mostrou uma sensibilidade de 85% e especificidade de 100% para detectar a face neutra no repouso, enquanto a sensibilidade e a especificidade foram de 100% para detectar dor durante o procedimento doloroso. A pontuacao do numero de movimentos faciais percebidos pelo software e pela media dos seis avaliadores foi homogenea para a situacao de repouso, procedimento dolorosos e recuperacao, segundo o grafico de Bland-Altman. Conclusao: O software desenvolvido mostrou excelente sensibilidade e especificidade para detectar dor durante os procedimentos dolorosos no recem-nascido, sendo homogenea a deteccao do numero de movimentos faciais entre avaliadores e sistema. O sistema desenvolvido pode ajudar os neonatologistas a monitorar a dor de recem-nascidos criticamente doentes. Palavras-Chave: Dor, Recem-Nascido, Avaliacao da dor, Escalas de dor, Expressao facial de dor, Reconhecimento facial. / FAPESP: 2012/50157-0 / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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