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Discurso propedêutico de Kant diante da recepção da Crítica da Razão Pura / Kants propaedeutic discourse in face of the reception of Critique of Pure Reason

André Luís Doneux Ferreira 08 August 2013 (has links)
O objetivo central proposto nesta dissertação é investigar como a recepção da primeira edição da Crítica da razão pura ressoa no corpus dos textos dedicados à preparar o leitor para a compreensão da obra, ou seja, como Kant reconstitui seu discurso propedêutico em relação à Crítica da razão pura a partir dos referenciais oferecidos pelos juízos do público sobre a obra publicada em 1781. O corpus, portanto, está delimitado aos três textos cuja tarefa propedêutica ou seja, a referida preparação prévia do leitor é claramente influenciada pela recepção da Crítica da razão pura. São eles: Prolegômenos a toda metafísica futura que queira apresentar-se como ciência; a Introdução à Crítica da razão pura em sua segunda edição; o Prefácio à segunda edição desta mesma obra. Esta problemática aparentemente técnica é tomada como mote para a realização de uma leitura da posição de Kant frente a acontecimentos marcantes no contexto filosófico e político dos anos seguintes à publicação da primeira edição da Crítica da razão pura marcadamente, a Pantheismusstreit e a mudança no trono prussiano em 1786, a qual, frequentemente, é tomada como causa da suposta recaída no dogmatismo, que seria observada na segunda edição da Crítica da razão pura. Não obstante, a interpretação de algumas das questões centrais para a fortuna crítica da filosofia kantiana, em particular, o estatuto do idealismo transcendental, a autonomia que deve caracterizar o uso público da razão e a elucidação do projeto de uma Crítica da razão pura também fazem parte do escopo da problemática proposta nesta dissertação. Sobretudo, importa valorizar o discurso propedêutico de Kant e as mudanças nele introduzidas, sem as quais as tentativas de compreensão de sua obra seriam inócuas, senão impossíveis de realizar-se objetivamente. / The main objective of this dissertation is to investigate how the reception of the first edition of the Critique of pure reason echoes in the text corpus devoted to prepare the reader to understand this book. In other words, how does Kant reconstitute his introductory speech in relation to the references and judgments given by the readers of the first edition, which was published in 1781? Thus, the text corpus comprises three texts where the propaedeutic task - the prior preparation of the reader - is clearly influenced by the reception of the Critique of Pure Reason. These texts are: the Prolegomena to Any Future Metaphysics, which presents itself as science, the second edition of the Introduction to the Critique of Pure Reason and the Preface of the latter. Moreover, these changes could be analyzed in Kant\'s position about remarkable events in the philosophical and political context of the years following the publication of the first edition of the Critique of Pure Reason. They were mainly the Pantheismusstreit and the change in the Prussian throne in 1786, which is often taken as the cause of the alleged \"return into dogmatism\" that was noticed in the second edition of the Critique of pure reason. On the same note, the interpretation of some of the nodal questions in the critical fortune of the Kantian philosophy, especially the status of transcendental idealism, the autonomy that must characterize the public use of reason and the elucidation of the project of a Critique of Pure Reason also compose important points for this dissertations investigation. All in all, it is crucial to valorize the introductory speech of Kant and the changes made by the author as an overall attempt to understand his work. Without it, our comprehension of such important texts would be innocuous or even impossible to occur objectively.
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O juízo como subordinação intensional e a Analítica Transcendental da Crítica da Razão Pura

Godoy, Evandro C. January 2014 (has links)
Interpretações com diferentes nuances têm sido oferecidas para a concepção de juízo enunciada na Crítica da Razão Pura, mas, grosso modo, pode-se classificálas sob duas linhas gerais, a interpretação analítica e a interpretação a partir de Port-Royal. Ambas as linhas interpretativas, entretanto, se identificam na tese de que no juízo são também subordinadas representações singulares. Esta concepção, designada de interpretação extensional do juízo, leva de modo geral a uma leitura pouco caridosa da obra. A finalidade deste texto é propor e esboçar a defesa de outro modo de conceber o juízo pautado pelas seguintes teses: i) intuições e conceitos não se relacionam no ou pelo juízo; ii) a relação extensional não é suficiente para a determinação de qual conceito é superior ou inferior (gênero ou espécie) e iii) a relação que estabelece a série intensional do conceito determina a hierarquia superior/inferior e por isto é a relação de maior relevância cognitiva. Fazendo frente à concepção extensional, a proposta aqui defendida é designada de interpretação intensional e demanda que a distinção entre intuições e conceitos seja levada às últimas consequências. A potência elucidativa e a conformidade com o texto desta abordagem do juízo mostram-se pela possibilidade de compatibilização das diferentes partes da Analítica transcendental, mesmo aquelas que a literatura secundária tende a descartar ou atribuir pouco significado. Na esteira da elaboração desta compatibilização, após a apresentação e defesa da concepção intensional do juízo, o texto trata em sequência da Dedução metafísica, da Dedução transcendental, do Esquematismo e dos Princípios, procurando ressaltar a interconexão e articulação destas partes, que é calcada na mediação da relação entre os produtos do entendimento e da sensibilidade pela imaginação. Assim, apesar de partir da concepção de juízo, o objetivo do texto é buscar uma leitura da obra magna de Kant que prioriza a consistência. A compatibilização da concepção de juízo com as partes mais relevantes da Analítica – principalmente para o que pesa para o problema da possibilidade de juízos sintéticos a priori – é uma conquista considerável, mas este estudo representa passos, que embora sejam fundamentais, são apenas iniciais na compreensão do idealismo transcendental. / Interpretations with different nuances have been offered for the conception of judgment set out in the Critique of Pure Reason, but, roughly speaking, one can classify them under two broad lines, named, analytic interpretation and interpretation from Port-Royal. However, both lines identify itself under the thesis that in judgments are also subordinate singular representations. This conception, designated here extensional interpretation of judgment, commonly leads to an uncharitable reading of the work. The objective of this text is to propose and outline the defense of another conception of judgment, guided by the following theses: i) intuitions and concepts do not relate in or by means of judgment, ii) the extensional relation is not sufficient to determine which concept is higher or lower (genus or species) and iii) the relation which establishes the intensional series of concept is that one which determines the higher/lower hierarchy and that is the relationship of more cognitive relevance. Contrasting to extensional conception, the proposal advocated here is named of intensional interpretation and demands to take the distinction between intuitions and concepts until its ultimate consequences. The explanatory power and accordance with text of this approach of judgment shows itself by reconciling different parts of the Transcendental Analytic, even those that secondary literature tends to dismiss or assign little significance. In the development of this compatibility, after the presentation and defense of intensional conception of judgment, the text addresses sequentially the Metaphysical Deduction, the Transcendental Deduction, the Schematism and the Principles, seeking to emphasize the linkage and interconnection of these parts, which is modeled on mediation of imagination in the relationship between the products of understanding and sensibility. Therefore, although starting from the conception of judgment, the purpose of the text is to seek a reading of Kant's greatest work that prioritizes consistency. Presenting the compatibility of conception of judgment with the most relevant parts of Analytic – mainly for the concern of the possibility of synthetic a priori judgments – is a considerable achievement, but this study represents steps that, although fundamentals, are just initials to the understanding of transcendental idealism.
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A representaÃÃo do incondicionado na crÃtica da razÃo pura / The representation of the unconditioned in the critique of pure reason

Ericsson VenÃncio Coriolano 16 June 2016 (has links)
nÃo hà / O tema central desta Tese à a representaÃÃo do incondicionado dentro da CrÃtica da RazÃo Pura. Defende-se uma funÃÃo imprescindÃvel do incondicionado para elaboraÃÃo das atividades lÃgica e transcendental da razÃo especulativa. Encontra-se aqui, sob uma nova Ãtica, a apresentaÃÃo da defesa de algumas teses acerca dos seguintes temas secundÃrios: 1) a origem de conceitos transcendentes de modo necessÃrio no pensamento; 2) a definiÃÃo de aparÃncia transcendental; 3) a elaboraÃÃo e soluÃÃo da antinomia da razÃo pura; 4) a definiÃÃo de liberdade transcendental; 5) a exposiÃÃo da funÃÃo da razÃo especulativa no estabelecimento do conhecimento cientÃfico. Os temas (1) e (2) sÃo abordados no primeiro capÃtulo atravÃs da exposiÃÃo da funÃÃo da representaÃÃo do incondicionado no desenvolvimento da derivaÃÃo subjetiva das ideias transcendentais realizada por Kant na CrÃtica da RazÃo Pura de A293/B349 a A338/B396. Os temas (3) e (4) sÃo tratados no segundo capÃtulo, mais precisamente na apresentaÃÃo dos resultados da investigaÃÃo do A Antinomia da RazÃo Pura, segundo capÃtulo do segundo livro da DialÃtica Transcendental, de A405/B432 a A568/B596. O tema (5) à encontrado no terceiro capÃtulo e serà apresentado atravÃs da defesa da tese, obtida a partir do estudo do ApÃndice da DialÃtica Transcendental, de A642/B670 a A705/B733, que a razÃo especulativa tem uma funÃÃo imprescindÃvel para o conhecimento cientÃfico. Defender-se-Ã, em Ãltima anÃlise, que todos esses temas sÃo fundamentados em uma tese de fundo que perpassa toda DialÃtica Transcendental, a saber, que o incondicionado pode ser determinado como elemento transcendental com um uso empÃrico regulativo de toda experiÃncia para o estabelecimento de uma unidade sistemÃtica de todo conhecimento objetivo. / The main theme of this PhD thesis is the representation of the unconditioned in the Critique of Pure Reason. It is argued an essential function of the unconditioned for the preparation of logical and transcendental activities of speculative reason. There is in this work, in a new light, the defense of exposition of some theses about the following sub-themes: 1) the origin of transcendent concepts necessary mode in consciousness; 2) the definition of transcendental appearance; 3) the development and solution of the antinomy of pure reason; 4) the definition of transcendental freedom; 5) the exposition of the function of speculative reason in the establishment of scientific knowledge. Themes (1) and (2) are covered in the first chapter through the exposition of the function of representation of the unconditioned in the development of subjective derivation of transcendental ideas carried out by Kant, of A293/B349 to A338/B396, in the Critique of Pure Reason. Themes (3) and (4) are treated in the second chapter, specifically in the presentation of the results of the research about The Antinomy of Pure Reason, in the second chapter of the second book of the Transcendental Dialectic, of A405/B432 to A568/B596. The theme (5) is found in the third chapter and it is presented by the defense of the thesis that the speculative reason has a vital role to scientific knowledge, it is obtained from the study about Appendix of the Transcendental Dialectic, of A642 / B670 to A705 / B733. It is defended here, ultimately, that all these issues are based on a fundamental thesis that permeates all Transcendental Dialectic, namely that the unconditioned can be determined as a transcendental element with a regulative empirical use of all experience to establish a systematic unity of all objective knowledge.
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A não espacialidade das coisas em si mesmas à luz da interpretação de Henry Allison

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2006 (has links)
A presente dissertação consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na ‘Estética Transcendental’ (Crítica da Razão Pura, A26/B42) em defesa da não espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame está amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no diálogo com os textos do intérprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. São dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertação. O primeiro é a compreensão da distinção transcendental entre coisas em si mesmas e aparições [Erscheinungen] conforme a assim chamada “teoria dos dois aspectos”. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distinção transcendental deve ser entendida não como uma oposição entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distinção de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta é a defesa de uma concepção moderada da tese da não espacialidade. Nessa versão moderada, diversamente da formulação mais forte à qual a maioria dos intérpretes costuma aderir, a tese kantiana não estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam não-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo ‘espacial’. Os primeiros capítulos da dissertação concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmação que as aparições do sentido externo são espaciais e a referida tese da não espacialidade. O trabalho de conciliação resume-se a esclarecer como é possível afirmar, sem contradição, que aparições e coisas em si mesmas são as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparições possuem certas propriedades (determinações espaciais) que as coisas em si mesmas não possuem.A solução dessa dificuldade resultou na identificação de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princípio do caráter constitutivo da relação cognitiva, de outro, a admissão de uma estrutura judicativa peculiar: o juízo reduplicativo. O terceiro capítulo trata, por fim, do sentido da tese da não espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretações que pretendem fortalecer o peso lógico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentação foi a discussão de dois paradoxos recorrentes na literatura secundária: a célebre objeção suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliação entre as afirmações da não espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegéticos em favor de uma versão mais fraca da tese kantiana. Em síntese, a investigação pretendeu confirmar a proposição segundo a qual a não espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condições ontológicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condições de representação, i.e., nas condições de atribuição dos conteúdos de uma representação consciente objetiva (cognição) ao representado.
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O ideal transcendental da razão pura

Gomes, Débora Corrêa January 2009 (has links)
Resumo não disponível.
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O ideal transcendental da razão pura

Gomes, Débora Corrêa January 2009 (has links)
Resumo não disponível.
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A não espacialidade das coisas em si mesmas à luz da interpretação de Henry Allison

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2006 (has links)
A presente dissertação consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na ‘Estética Transcendental’ (Crítica da Razão Pura, A26/B42) em defesa da não espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame está amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no diálogo com os textos do intérprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. São dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertação. O primeiro é a compreensão da distinção transcendental entre coisas em si mesmas e aparições [Erscheinungen] conforme a assim chamada “teoria dos dois aspectos”. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distinção transcendental deve ser entendida não como uma oposição entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distinção de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta é a defesa de uma concepção moderada da tese da não espacialidade. Nessa versão moderada, diversamente da formulação mais forte à qual a maioria dos intérpretes costuma aderir, a tese kantiana não estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam não-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo ‘espacial’. Os primeiros capítulos da dissertação concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmação que as aparições do sentido externo são espaciais e a referida tese da não espacialidade. O trabalho de conciliação resume-se a esclarecer como é possível afirmar, sem contradição, que aparições e coisas em si mesmas são as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparições possuem certas propriedades (determinações espaciais) que as coisas em si mesmas não possuem.A solução dessa dificuldade resultou na identificação de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princípio do caráter constitutivo da relação cognitiva, de outro, a admissão de uma estrutura judicativa peculiar: o juízo reduplicativo. O terceiro capítulo trata, por fim, do sentido da tese da não espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretações que pretendem fortalecer o peso lógico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentação foi a discussão de dois paradoxos recorrentes na literatura secundária: a célebre objeção suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliação entre as afirmações da não espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegéticos em favor de uma versão mais fraca da tese kantiana. Em síntese, a investigação pretendeu confirmar a proposição segundo a qual a não espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condições ontológicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condições de representação, i.e., nas condições de atribuição dos conteúdos de uma representação consciente objetiva (cognição) ao representado.
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O ideal transcendental da razão pura

Gomes, Débora Corrêa January 2009 (has links)
Resumo não disponível.
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A não espacialidade das coisas em si mesmas à luz da interpretação de Henry Allison

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2006 (has links)
A presente dissertação consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na ‘Estética Transcendental’ (Crítica da Razão Pura, A26/B42) em defesa da não espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame está amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no diálogo com os textos do intérprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. São dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertação. O primeiro é a compreensão da distinção transcendental entre coisas em si mesmas e aparições [Erscheinungen] conforme a assim chamada “teoria dos dois aspectos”. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distinção transcendental deve ser entendida não como uma oposição entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distinção de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta é a defesa de uma concepção moderada da tese da não espacialidade. Nessa versão moderada, diversamente da formulação mais forte à qual a maioria dos intérpretes costuma aderir, a tese kantiana não estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam não-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo ‘espacial’. Os primeiros capítulos da dissertação concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmação que as aparições do sentido externo são espaciais e a referida tese da não espacialidade. O trabalho de conciliação resume-se a esclarecer como é possível afirmar, sem contradição, que aparições e coisas em si mesmas são as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparições possuem certas propriedades (determinações espaciais) que as coisas em si mesmas não possuem.A solução dessa dificuldade resultou na identificação de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princípio do caráter constitutivo da relação cognitiva, de outro, a admissão de uma estrutura judicativa peculiar: o juízo reduplicativo. O terceiro capítulo trata, por fim, do sentido da tese da não espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretações que pretendem fortalecer o peso lógico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentação foi a discussão de dois paradoxos recorrentes na literatura secundária: a célebre objeção suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliação entre as afirmações da não espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegéticos em favor de uma versão mais fraca da tese kantiana. Em síntese, a investigação pretendeu confirmar a proposição segundo a qual a não espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condições ontológicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condições de representação, i.e., nas condições de atribuição dos conteúdos de uma representação consciente objetiva (cognição) ao representado.
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HEIDEGGER E KANT: O PROJETO ONTOLÓGICO DE SER E TEMPO E A INTERPRETAÇÃO FENOMENOLÓGICA DA CRÍTICA DA RAZÃO PURA / HEIDEGGER AND KANT: THE ONTOLOGICAL PROJECT OF BEING AND TIME AND THE PHENOMENOLOGICAL INTERPRETATION OF CRITIQUE OF PURE REASON

Silva, Jaderson Oliveira da 30 October 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The goal of this work is to provide a reconstruction of Heidegger's phenomenological interpretation of Critique of Pure Reason carried out in the late twenties in light of the task of a destruction of the history of ontology on the guideline of the problem of temporality. The reconstruction is focused on Kant and the Problem of Metaphysics (1930) regarded in connection with textcourses from the period around Being and Time, in particular The Phenomenological Interpretation of Kant's Critique of Pure Reason (1927-28) and The Fundamental Problems of Phenomenology (1927). After an examination of the central methodological lines derived from the task of phenomenological destruction of the history of ontology the work presents the interpretation of Kant's thesis about being and the background in which it is formulated the thesis according to which Kant's Critique must be understood as a project to lay the foundations for metaphysics. By means of these considerations the work is able to reconstruct the phenomenological interpretation of Critique of Pure Reason as a laying of the foundation for metaphysics which inquires into the problem about the fore ontological understanding that enables entities to become manifest to finite human reason. In light of central orientations provided by the general ontological project of Being and Time the center of attention is the temporal nature of pure objectivity horizon which is developed by means of interpretations of transcendental schematism and transcendental deduction. Thus the work is intended to illuminate Heidegger's claim according to which Kant is the first and only one who traversed a stretch of the path toward the dimension of temporality . / O objetivo do trabalho é reconstruir a interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura realizada por Heidegger ao final dos anos vinte à luz da tarefa de destruição da história da ontologia seguindo o fio condutor da problemática da temporalidade. A reconstrução é focada no livro Kant e o problema da Metafísica (1929), considerado em conexão com os cursos do período ao redor de Ser e Tempo, especialmente, Interpretação Fenomenológica da Crítica da Razão Pura de Kant (1927-28) e Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1927). Após o exame das orientações metodológicas centrais derivadas da tarefa de desenvolver uma destruição fenomenológica da história da ontologia, o trabalho apresenta a interpretação da tese kantiana sobre o ser e reconstrói o pano de fundo em que é formulada a tese segundo a qual a Crítica de Kant deve ser compreendida enquanto um projeto de fundamentação da metafísica. Estas considerações permitem reconstruir a interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura enquanto fundamentação da metafísica, a qual investiga o problema pela possibilidade de uma compreensão ontológica prévia que permite a manifestação do ente à razão humana finita. À luz das orientações do projeto ontológico de Ser e Tempo, a reconstrução centra o foco na problemática da natureza temporal do horizonte da objectualidade pura, desenvolvida por Heidegger mediante interpretações da doutrina do esquematismo e da dedução transcendental. Deste modo, o trabalho procura esclarecer a afirmação segundo a qual Kant foi o primeiro e único que se moveu durante um trecho do caminho da investigação na dimensão da temporalidade .

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