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Interação predador, presa, uma análise comparativa e experimental utilizando os lagartos de uma área de caatinga como modelo

Ferreira, Anthony Santana 27 February 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Many kinds of interactions among species occur in nature, these relationships can be mutually beneficial as both antagonistic. The predator-prey relationship is an example of consumer-resource interactions, which organizes the biological communities in food chains. This work is divided in two chapters, the first is related to how the assemblage of lizards of Monumento Natural Grota do Angico use trophic resources and how the diet is influenced by the availability of local food and seasonality. The second chapter refers to a field experiment focused on the frequency of attacks to the artificial replicas of lizards. Information on the frequency of tail breakage was also used. This information has been confronted with characteristics of the environments studied, periods, predators, sex and foraging strategies. The study was conducted from January 2012 to June 2013 for diet and frequency of tail breaks data and two separate campaigns in July (rainy season) and November (dry season) for the experiment with the replicas in an area of Caatinga of Sergipe the Monumento Natural Grota do Angico. In general, the species had similar diets, Isoptera was the most important prey to A. ocellifera, G. geckoides, L. klugei and B. heathi and Formicidae to T. hispidus and T. semitaeniatus demonstrating a high electivity of a few food resource categories by the species. The prey consumption by each species in both periods was similar in the frequency of categories used, but differed in the type of prey. There was no difference between the diet of the species and the food availability, indicating that it reflects environmental availability. We observed differences between periods regarding the frequencies of replica attack, being more frequent in the dry season. Evaluation of sites showed that there were differences in the frequency of attacks during the wet season, the same was not observed for the dry season and for general assessment (added information from both periods). The frequency of attacks varied depending on the microhabitats in which they were placed, being more common in soil, and on the types of predators, the attacks were more frequent in the rainy season by birds and in the dry season by ants. Regarding the position where the attack occurred, the body and the head were the most common sites, regardless the category of predator. Regarding the frequency of tail breaks, differences were observed only within the gender, being more common in male individuals. / Na natureza ocorrem muitos tipos de interações entre as espécies, relações estas que podem ser tanto antagônicas quanto mutuamente benéficas. A relação predador-presa é um exemplo de interação consumidor-recurso, que organiza as comunidades biológicas em cadeias alimentares. O presente trabalho é apresentado em dois capítulos, sendo o primeiro referente à forma como a taxocenose de lagartos do Monumento Natural Grota do Angico utiliza os recursos tróficos e como a dieta é influenciada pela disponibilidade de alimento local e pela sazonalidade. Já o segundo capítulo refere-se a um experimento de campo focado nas frequências de ataques as réplicas artificiais de lagartos. Informações sobre as frequências de quebra de cauda foram também utilizadas. Essas informações foram confrontadas com características dos ambientes estudados, períodos, predadores, sexo e estratégias de forrageamento. O trabalho foi realizado entre janeiro de 2012 a junho de 2013 para dados da dieta e frequência de quebras de cauda e duas campanhas distintas julho (período chuvoso) e novembro (período seco) para o experimento com as réplicas em uma área de Caatinga de Sergipe, o Monumento Natural Grota do Angico. Em geral, as espécies apresentaram dietas semelhantes, sendo Isoptera a presa mais importante para A. ocellifera, G. geckoides, L. klugei e B. heathi e Formicidae para T. hispidus e T. semitaeniatus demonstrando uma alta eletividade de poucas categorias de recursos alimentares pelas espécies. O consumo de presas por cada espécie nos dois períodos foi semelhante em relação à frequência de categorias utilizadas, mas diferiram no tipo de presa. Não houve diferença entre as dietas das espécies e a disponibilidade, indicando que elas refletem a disponibilidade no ambiente. Variações entre os períodos foram verificadas em relação às frequências de ataque as réplicas, sendo mais frequentes no período seco. Em uma avaliação realizada por sítios, houve diferenças nas frequências de ataques para o período chuvoso, o mesmo não foi observado para o período seco e para avaliação geral (informações somadas dos dois períodos). As frequências de ataque variaram também em função dos microhabitats em que foram colocadas, sendo mais comuns no solo, e em relação aos tipos de predadores, mais frequentes por aves no período chuvoso e por formigas no período seco. Em relação à posição em que o ataque ocorreu, o tronco e a cabeça foram os locais mais comuns, independente da categoria de predador. Quanto às frequências de quebras de cauda, foram observadas diferenças apenas em relação aos sexos dos indivíduos, mais comuns em machos.
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A formação de sentido e o sentido da vida: o círculo ecobiográfico com educadores e as experiências afetivas formadoras em sua relação com o semiárido cearense / La formation de sens et le sens de la vie: le Cercle Ecobiographique avec des enseignants et les expériences affectives formatrices dans le rapport avec le semi-aride du Ceará

FERREIRA, Karla Patrícia Martins January 2011 (has links)
FERREIRA, Karla Patrícia Martins. A formação de sentido e o sentido da vida: o círculo ecobiográfico com educadores e as experiências afetivas formadoras em sua relação com o semiárido cearense. 2011. 190f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-07-05T13:09:30Z No. of bitstreams: 1 2011_Tese_KPMFerreira.pdf: 2083329 bytes, checksum: 840bb3a598de603f1c041e98a0f77696 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-19T15:54:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_Tese_KPMFerreira.pdf: 2083329 bytes, checksum: 840bb3a598de603f1c041e98a0f77696 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-19T15:54:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_Tese_KPMFerreira.pdf: 2083329 bytes, checksum: 840bb3a598de603f1c041e98a0f77696 (MD5) Previous issue date: 2011 / A humanidade conta a sua história ao longo da vida, ao fio do tempo, transmitindo de geração para geração seus conhecimentos e experiências e, a partir dessa teia de relações, é capaz de se reconhecer, saber em que ponto está para então passar o bastão e continuar, formar-se e transformar-se, dando continuidade à espiral de crescimento. Esta pesquisa teve como objetivo trazer à discussão a importância da relação afetiva com o ambiente, nas experiências formadoras de educadores, em especial com o entorno característico de uma comunidade do sertão semiárido cearense, chamada Missi. Vislumbrei apresentar suas histórias. Histórias de vidas simples, ricas, de uma região onde as escolas são altamente vulneráveis às variações climáticas, tendo seu calendário alterado pelas chuvas ou pelas secas. A afetividade é a base deste estudo e destaco sua relevância nos caminhos de formação humana, por acreditar que todas as nossas ações e escolhas são influenciadas pelos afetos, que são compreendidos aqui como todos os sentimentos e emoções. Trabalhei com a abordagem Histórias de Vida e Formação que é, ao mesmo tempo, teoria, método e intervenção graças a seu aspecto formador. Com o intuito de ter acesso aos afetos, utilizei várias estratégias e linguagens tais como desenho, poesia, música, fotografia, relatos orais gravados e narrativas escritas. Durante este percurso, em que eu mesma passei por uma (nova) experiência de formação humana, foi gerada uma metodologia de pesquisa: o Círculo Dialógico-Afetivo Ecobiográfico, que chamei sinteticamente de Círculo Ecobiográfico, no qual é valorizada a relação com o ambiente e os aspectos afetivos e biográficos nela envolvidos, salientando seu papel formador. O Círculo Ecobiográfico encontra sua raiz no reconhecimento dos afetos como todos os sentimentos e todas as emoções (SAWAIA, 1997, 2000; DAMÁSIO, 2004) e floresce a partir das sementes dos estudos pautados no Círculo de Cultura de Paulo Freire e em sua proposta de Educação Popular (FREIRE, 2000, 2005, 2007, 2008); nas Histórias de Vida e Formação, em especial em suas perspectivas intergeracional (LANI-BAYLE, 1997, 2006) e voltada para o ambiente (PINEAU, 2008); na relação afetiva com o ambiente através da Perspectiva Eco-Relacional (FIGUEIREDO, 2003) e dos Mapas Afetivos (BOMFIM, 2003). O Círculo Dialógico-Afetivo Ecobiográfico pauta-se essencialmente na intencionalidade de apreensão da afetividade, na relação dialógica entre pesquisador(a) e sujeitos como maneira de estabelecer e viver os vínculos, na adoção de um percurso (auto)biográfico que privilegia as perspectivas intergeracional e ambiental, no destaque à interação com o ambiente como um aspecto essencial no processo formador, na utilização de diversas linguagens que permitam o acesso aos sentimentos e emoções relacionados ao ambiente e no compromisso de uma investigação que envolva formação e intervenção. / L‟humanité raconte son histoire au long de la vie, au fil du temps, transmettant de génération en génération ses connaissances et expériences, et, à partir de cette toile de relations, elle est capable de se reconnaître, de savoir où elle est pour passer alors le relais et continuer, se former et se transformer, donnant suite à la spirale de la croissance. Cette recherche a eu comme but discuter l‟importance du rapport affectif avec l‟environnement, dans les expériences formatrices des éducateurs, spécialement avec le contexte environnemental caractéristique d‟une communauté du sertão semi-aride du Ceará (Brésil), nommée Missi. J‟ai souhaité présenter leurs histoires. Des histoires de vies simples, riches, d‟une région où les écoles sont très vulnérables aux variations climatiques, son calendrier étant modifié suivant les pluies ou les sécheresses. L‟affectivité est la base de cette étude et je mets en relief son importance dans les chemins de formation humaine, car je pense que toutes nos actions et tous nos choix sont influencés par les affects, qui sont ici compris comme tous les sentiments et toutes les émotions. J‟ai choisi l‟abordage Histoires de Vie et Formation qui est, au même temps, théorie, méthode et intervention par son aspect formateur. Dans l‟intention d‟avoir accès à l‟affectivité, j‟ai utilisé plusieurs stratégies et langages, comme le dessin, la poésie, la musique, la photographie, les récits oraux enregistrés et les récits écrits. Au long de ce parcours, dans lequel je suis moi même passée par une (nouvelle) expérience de formation humaine, une méthodologie de recherche a été générée : le Cercle Dialogique-Affectif Ecobiographique, que j‟ai appelé synthétiquement Cercle Ecobiographique, dans lequel on valorise le rapport avec l‟environnement et les aspects affectifs et biographiques y concernés, mettant en évidence leur rôle formateur. Le Cercle Ecobiographique trouve sa racine dans la reconnaissance des affects comme tous les sentiments et toutes les émotions (SAWAIA, 1997, 2000 ; DAMÁSIO, 2004) et il fleurit à partir des semences des études orientées par le Cercle de Culture de Paulo Freire et sa perspective de l‟Education Populaire (FREIRE, 2000, 2005, 2007, 2008) ; par les Histoires de Vie et Formation, spécialement dans les perspectives intergénérationnelle (LANIBAYLE, 1997, 2006) et écoformationnelle (PINEAU, 2008) ; par la relation affective avec l‟environnement au moyen de la Perspective Eco-Relationnelle (FIGUEIREDO, 2003) et des Cartes Affectives (BOMFIM, 2003). Le Cercle Dialogique-Affectif Ecobiographique se fonde essentiellement sur l‟intentionnalité de l‟appréhension de l‟affectivité, sur la relation dialogique entre le(la) chercheur(se) et les sujets comme une manière d‟établir et vivre les liens, sur l‟adoption d‟un parcours (auto)biographique qui privilégie les perspectives intergénérationnelle et environnementale, sur le rôle attribué à l‟interaction avec l‟environnement comme un aspect fondamental dans le procès de formation, sur l‟utilisation de plusieurs langages qui permettent l‟accès aux sentiments et aux émotions par rapport à l‟environnement et sur l‟engagement d‟une investigation impliquant la formation et l‟intervention.

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